Os maias- apresentação oral- capítulo XI

Boa tarde a todos hoje vou falar sobre a segunda parte do capítulo XI d’OS MAIAS.
Como já sabemos na primeira parte carlos vai visitar a Sr.ª castro Gomes pois a
governanta, miss sara, está com uma bronquite. Nessa mesma noite, carlos tinha um
encontro com a madame Gouvarinho em santarém, no entanto, estava a começar a
ficar desinteressado pela condessa devido sobretudo à posse e domínio que esta tinha
sobre ele. Carlos arranja assim uma desculpa na estação de comboios para não a
acompanhar na viagem. Mas com sorte, o senhor Gouvarinho decide ir visitar o seu
sogro ao Porto, à última hora, pelo que a mulher o tem de acompanhar libertando
carlos daquele encontro.
Na estação de santa Apolónia, Carlos encontra Dâmaso que ia para Penafiel para um
funeral de um tio em Guimarães. Com a madame Gouvarinho e Dâmaso afastados de
si, carlos aproveita para ir a casa de Maria Eduarda todos os dias para estar a par do
estado de saúde de miss sara, aproveitando, assim, para conhecer melhor Maria
Eduarda. Nesses momentos, falavam sobre as suas vidas, dos familiares e conhecidos.
No entanto, ficou desde logo, estabelecido entre ambos que aquela relação não
passaria de uma simples amizade.
Entretanto, fica-se a saber que a madame Gouvarinho fica retida no Porto a cuidar do
seu pai que se encontrava doente. Dando mais tempo ao casal para aprofundar a sua
amizade.
Ora, num dos encontros entre Maria Eduarda e Carlos, Dâmaso aparece lá em casa e
estranha a presença de carlos e a intimidade que os dois parecem ter. Dâmaso acaba
por ficar zangado e com ciúmes pois enquanto Carlos tem Niniche, a cadela de Maria
Eduarda ao colo esta ladra e rosna para ele.
No final do capítulo, sabemos que os Cohen regressam de Inglaterra e Ega está para
chegar de Celorico.
Este capítulo representa o ponto alto da ação visto que carlos vai poder conhecer
finalmente a mulher por quem se sentiu atraído desde o primeiro momento em que a
viu, desenvolvendo uma amizade íntima entre ambos.
Intervenientes neste capítulo:

 Carlos da maia- é a personagem principal, é rico, bem-educado, culto de gostos

requintados, compreensível e bom amigo
 Maria Eduarda- símbolo da mulher típica, bondosa, doce, amorosa, sem
defeitos
 Dâmaso- simboliza os vícios e os defeitos dos lisboetas durante a regeneração
nomeadamente a vaidade, o egoísmo, a cobardia e o excessivo egocentrismo.
 Miss Sara
 Os Gouvarinho
O espaço é dividido entre o Hotel Central, que é a casa de Maria Eduarda onde carlos
vai várias vezes durante o capítulo, o Ramalhete, depois da saída de carlos de casa de
Maria Eduarda e a Estação de Santa Apolónia, onde carlos fala com os Gouvarinho e
Dâmaso, depois de se livrar de uma viagem inapropriada com a condessa Gouvarinho.
O narrador é heterodiegético, ou seja, não é uma personagem da história. Assume
geralmente uma atitude de observador. Utiliza marcas linguísticas como verbos na 3ª
pessoa, pronomes e determinantes na 3ª pessoa. È também narrador omnisciente pois
sabe tudo sobre as personagens, o seu passado, presente e futuro bem como os seu
sentimentos e desejos mais íntimos. N’Os Maias é fundamentalmente sobre Carlos que
recai a focalização interna onde valoriza o universo psicológico de Carlos e proporciona
uma visão crítica da sociedade.
O escritor privilegia o uso de recursos estilísticos como empréstimos/estrangeirismos e
podemos verificar na página 213, uso do gerúndio- pág. 214, adjetivação- pág. 212,
típicos da prosa queirosiana.
Esta obra revela-se como uma profunda critica á sociedade da época, sendo para tal
efeito usadas personagens tipo que representa, a mentalidade e comportamentos da
sociedade lisboeta da segunda metade do seculo XIX. Ao longo da obra são criticados
os vícios da sociedade, a corrupção, a traição, as relações ilegítimas, a futilidade, entre
outros aspetos.