Do medo

ao entusiasmo
entusiasmo:
o início da prática
do psicanalista

@fernandasamico

AULA 2
O TEMPO PARA COMPREENDER:
A DE-FORMAÇÃO DO ANALISTA

@fernandasamico

A travessia da teoria vem junto com a

travessia da fantasia e a teoria ajuda a dar

sustentação para a prática clínica.

GUARDE ISSO AQUI...

Uma análise acontece quando há efeitos de

análise para quem se submete a uma análise.

SOBRE O MEDO, O QUE FAZER?

Então, sobre o medo que tratamos na aula 1, bendizemos
esse medo, bendizemos essa insegurança e bendizemos a
falta de critérios e parâmetros.

Porque a gente só tem um parâmetro que é a ética da

psicanálise e a gente só tem um critério que é o desejo do
analista.

A ética da psicanálise e o desejo do analista são dois

conceitos importantíssimos e que você precisa pesquisar.

01
@fernandasamico

APROVEITE E ANOTE ISSO:

análise
Ética da psic
alista
Desejo do an

Eu quero que você vá lá no google acadêmico e coloque

essas duas expressões e leia todos os artigos que achar
interessantes a esse respeito. Mas leia.

Você vai ler o que você precisa, se não entender, não

tem problema.

Pegar um texto que vocês não vão entender não tem

problema, porque a teoria psicanalítica é diferente das
outras teorias, porque ela é efeito de um saber que não é
um saber acadêmico, por isso que não dá para se formar
em psicanálise dentro da universidade.

02
@fernandasamico

O saber da psicanálise se forma pela experiência com seu

próprio inconsciente que é um saber que não se sabe.

A minha formação acontece quando eu entro em contato

com um saber que não se sabe.
“Que bom que etou com medo, que bom que eu
esu inseguro, mas isso não vai me deixar desistir.”
MEDO E ENTUSIASMO
É isso que eu quero injetar em vocês, quando eu comecei
a falar de medo e entusiasmo, é disso que eu quero falar, é
do entusiasmo que o encontro com a teoria pode
causar, mesmo que esse primeiro encontro seja um
encontro que cause medo, justamente porque você não
está entendendo nada.

O entusiasmo, esse afeto que para mim é um dos AFETOS

mais importantes que existem, é tão importante que o
Lacan disse que só se é analista no final de um processo
de análise, se junto com esse fim de análise vier
também esse afeto de entusiasmo.

Esse afeto que vem dessa potência de um saber que vem

de um lugar que não se sabe, ele precisa ser um afeto
entusiasmado.

“Que bom que etou com medo, que bom que eu

esu inseguro, mas isso não vai me deixar desistir.” 03
@fernandasamico

Quando a gente for olhar para uma falta, uma não

completude e se apavorar, vamos começar a exercitar essa
falta, quando se tem um buraco a gente pode colocar nele
alguma coisa que seja do nosso desejo.

E por que não preencher esse não saber como a

insistência de entender a teoria?

SOBRE A TEORIA
A gente olha a psicanálise com um apaixonamento imenso,
mas esse apaixonamento ao mesmo tempo aponta para a
gente como se fosse um Everest.
Quanto mais teoria a gente tiver, quanto mais estudo a
gente tiver, quanto mais entusiasmo em estudar a teoria da
psicanálise a gente tiver, mais vai ficando brando.

O que a gente pode operar para fazer frente a esse mal-

estar é confiar na teoria e estudá-la.

04
@fernandasamico

O estudo da teoria ajuda a gente a simbolizar nossa prática,

ele ajuda a gente a dar nome para o que a gente precisa
fazer, inclusive, ajuda a gente a nomear a nossa
dificuldade.

Às vezes a gente não sabe nem o nome daquilo que a

gente tá testemunhando ali como fenômeno na clínica.
Como é que você vai levar essa dificuldade para
supervisão?

Então, comecem a estudar teoria PARA ONTEM.

PARA FECHAR SOBRE

O EFEITO ANALÍTICO
(um bônus de uma pergunta da live)

A maneira como a gente organiza a nossa existência, a

gente chama na psicanálise de fantasia fundamental, é a
nossa realidade psíquica.

Essa fantasia fundamental é como se fosse um tecido,

uma trama de fios que se entrelaçam, esses fios são
ligações significantes.

05
@fernandasamico

Então, são significantes que se ligam a outros significantes,

que se ligam a outros significantes e vão formando um
tecido que monta um panorama, que conta uma história,
essa é sua fantasia fundamental, construída num tear.

Numa análise, o que um analista promove é uma bagunça.

devagarzinho...

Não é uma bagunça assim do nada, mas é uma bagunça

nessa trama, nesse tecido, para que essa trama e esse
tecido se reorganizem de maneira que reflita, que
represente aquilo que é mais singular daquele sujeito
que se submete a uma análise, aquilo que é único e
exclusivo dele e não como estava organizado antes, que
respondia muito mais a uma determinação de um lugar...
que na análise lacaniana a gente chama de “grande outro”.

Então, o que uma análise promove é uma reordenação

da fantasia a partir do desejo do sujeito e não desse
desejo que é colocado a serviço do desejo do “grande
outro”, isso é “efeito” para a psicanálise.

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