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Universidade Jean Piaget de Angola

Curso de Direito
Direito dos Recursos Naturais
Importância dos recursos naturais
Desde tempos remotos, os recursos naturais tiveram sempre
uma importância vital na vida sócio-económica e política, de tal
maneira que os estádios de desenvolvimento da humanidade
foram sempre classificados com referência a eles como foram os
casos da:
 Idade da pedra;
 Idade do bronze;
 Idade do ferro;
 Idade do cobre;
 Idade do ouro;
 Idade do petróleo (como, certamente, será classificada a idade actual)
iniciada em 1855, com desenvolvimento exponencial no século
passado;
 E, provavelmente, num futuro breve, a Idade do Sol que é também um
grande recurso natural que começa a despontar.

Conceito
A partir da raiz da definição de Direito, (conjunto de normas jurídicas
que regula a conduta do homem em sociedade) podemos apresentar uma
definição de Direito dos Recursos Naturais. Sendo certo que não existe uma
definição unanimemente aceite.

Assim, o Direito dos Recursos Naturais pode ser definido como “o


conjunto de normas jurídicas que regula a actividade de contratação,
descoberta (pesquisa e prospecção), produção ou exploração,
armazenamento, transportação, distribuição e comercialização dos
recursos naturais.
Tecnicamente usa-se a expressão pesquisa para designar as
actividades de descoberta de hidrocarbonetos, e, prospecção para designar
as actividades de descoberta de minerais.

Evolução da legislação dos recursos


naturais
A evolução da legislação dos recursos naturais, fundamentalmente
dos recursos minerais, incluindo os hidrocarbonetos, teve influência de
factores externos, mormente das potências coloniais que detêm o know
how (tecnologia) e o capital que serve de investimento para as actividades
de descoberta e exploração ou produção.

Com efeito, a legislação dos recursos naturais incluindo os


hidrocarbonetos, evoluiu a partir das decisões tomadas pelos órgãos do
Estado sob a forma de actos administrativos e normativos ao dar resposta
aos novos problemas sociais, económicos e jurídicos que surgiram com as
descobertas dos diferentes recursos naturais. Nesta senda, o Direito dos
Recursos Naturais surge como consequência da evolução sui generis do
direito de propriedade e do direito dos contratos estudados no âmbito do
Direito Civil (Direitos Reais e Direito das Obrigações).
Esta evolução sui generis nasce nos EUA, e, rapidamente, se expandiu
para outros países passando, por isso, a ter um carácter internacional,
fazendo com que, dos EUA, as empresas norte americanas levassem consigo
também conceitos jurídicos para outros países, incluindo aqueles cujos
regimes ou sistemas de propriedade são completamente diferentes, como
os regimes romano-germânico (que vigora no nosso país) e o islâmico (que
vigora nos países islâmicos), o que terá causado algum choque no início
como é óbvio, tal como se verá adiante.

Propriedade dos recursos naturais


A conceitualização da propriedade dos recursos naturais partiu da
noção de propriedade de terra, de harmonia com os diferentes regimes ou
sistemas de propriedade definidos por Blinn, nomeadamente:
 O sistema norte-americano ou da common law;
 O sistema dominial ou romano-germânico;
 E o sistema Islâmico.

1. Sistema norte-americano ou da common law;


O sistema norte-americano ou da common law, como o seu nome
indica, tem a sua génese na common law, caracterizado pela regra dos
precedentes judiciais. É um sistema que parte do princípio segundo o qual
“a quem a terra pertence é proprietário também do céu e da sua
profundidade”. Daí a propriedade privada dos recursos naturais nos EUA,
incluindo, dos minerais do subsolo, salvo as especificidades de
determinados Estados que não seguem este princípio. Pois, como se sabe,
os EUA é uma federação de vários Estados.
Neste sistema, o Estado Federal ou os Estados federados são também
proprietários de recursos naturais como acontece noutros sistemas ou
regimes como veremos. Neste caso, a propriedade de recursos naturais do
Estado ou dos Estados federados compreende apenas os recursos em terras
de domínio público destes e na plataforma continental.

2. Sistema dominial ou romano-germânico;


Importa dizer que o sistema dominial é, hoje, o sistema universal, isto
é, adoptado pela maioria dos países, exceptuando-se apenas os Estados
Unidos e alguns países que adoptaram sistemas mistos.
No sistema dominial ou romano-germânico a propriedade dos
recursos naturais é do Estado. Tem origem no sistema feudal em que a
propriedade da terra e, consequentemente, dos recursos naturais era dos
Senhores feudais, e, este regime, se transferiu depois para a coroa, ou para
o rei, e depois para o Estado soberano. É este sistema que vigora em Angola,
de harmonia com o artigo 16º da CRA.

3. Sistema islâmico
O Direito islâmico se baseia na Shari´ah, lei suprema que tem origem
divina. Segundo os princípios de Direito islâmico, os recursos do subsolo
pertencem ao Estado guardião da propriedade da comunidade que é
inalienável (a comunidade ou a terra se quisermos).
Fases de desenvolvimento da legislação
dos recursos naturais
Partindo do quadro legal das relações entre Estados produtores e as
empresas estrangeiras (multinacionais) especializadas em actividades de
descoberta e exploração ou produção de recursos naturais, Gao divide esse
desenvolvimento em três fases distintas:
 Fase das concessões - que começou no início do sec. XX e se
prolongou até meados deste mesmo século e eram, sobretudo,
as empresas concessionárias que determinavam as regras de
jogo, com vantagens para si nesta fase.
 Fase do confronto – esta fase durou cerca de 25 anos. É nesta
fase que os países produtores de recursos naturais procuraram
se impor e reganhar o controlo sobre os seus recursos naturais.
 Fase da cooperação – a fase da cooperação é a fase actual, que
iniciou nos finais da década de 80 do Séc. Passado. Nesta fase,
as empresas estrangeiras assim como os Estados produtores
encontraram estabilidade e reciprocidade de interesses na
actividade de exploração de recursos naturais. Na fase de
cooperação verificou-se, a partir dos finais do século passado, o
princípio da “nacionalização dos quadros” nas empresas
multinacionais, onde os técnicos especializados deixaram de ser
eminentemente estrangeiros, dando lugar à técnicos nacionais
de países protutores de recursos naturais, incluindo nos órgãos
de direcção das mesmas.

As concessões tradicionais
Noção de Concessão
A concessão, em Direito dos Recursos Naturais, é um contrato pelo
qual o Estado atribui direitos sobre recursos naturais e actividades com eles
relacionadas à empresas especializadas.
As concessões tradicionais foram as formas jurídicas dominantes
durante a primeira metade do sec. XX com as seguintes características:
1. Eram contratos de longa duração, entre 35 a 99 anos sem
qualquer possibilidade de renegociação do mesmo.
2. Eram contratos relativos a uma só fase e, ainda que não se
realizasse a pesquisa ou prospecção, os recursos eram da
concessionária e o Estado não podia fazer nada.
3. Nas concessões tradicionais os contratos abriam, em geral,
várias excepções à legislação em vigor do país produtor a
favor das empresas concessionárias.
4. As áreas de concessões eram zonas extensas, muito vastas e
não se previa a libertação das mesmas antes do período de
vigência do contrato de concessão que, como se viu, eram de
longa duração.
5. As empresas concessionárias realizavam todo o investimento
para as actividades de descoberta e exploração ou produção,
e os Estados produtores eram remunerados com um modesto
royalty (prémio). Em geral, as empresas concessionárias
estavam isentas de impostos e direitos aduaneiros.
6. A propriedade dos recursos da área concedida era das
empresas concessionárias, e os Estados só recuperavam a
propriedade das mesmas após o termo do contrato de
concessão, por vezes, já sem recursos naturais nenhuns.
7. Os Estados produtores não participavam nas decisões
importantes tais como; a determinação da taxa de produção
ou sobre os preços das vendas dos recursos explorados. Em
suma, eram as empresas concessionárias que tomavam todas
as decisões sobre os recursos e sobre as actividades de
descoberta e exploração bem como a sua comercialização.

Objectivo:
▪ Conhecer a importância dos recursos naturais na vida
sócio-económica e política, e o facto de determinados
períodos históricos terem sido associados a alguns deles
dada a sua importância;
▪ Conhecer a génese da evolução histórica da legislação
dos recursos naturais, sobretudo, dos minerais e dos
hidrocarbonetos (petróleo). Que começou nos EUA,
evoluindo a partir das decisões tomadas pelos órgãos do
Estado sob a forma de actos administrativos e normativos. E,
rapidamente, essas formas de actos e decisões se expandiram
para outros países detentores de recursos naturais; Trata-se de
uma evolução sui generis que passou a ter um carácter
internacional ao se expandir para outros países com regimes ou
sistemas de propriedade diferente daquele que vigora nos EUA.
▪ Ter noção do que é o Direito dos Recursos Naturais;
▪ Saber distinguir a actividade de prospecção da
actividade de pesquisa;
▪ Conhecer os sistemas ou regimes de propriedade
definidos por Blinn, assim como as suas características,
e, sobretudo, saber qual deles vigora no nosso
ordenamento jurídico e porquê?
▪ Conhecer as três fases de desenvolvimento da
legislação dos recursos naturais apresentadas por Gao,
bem como as suas características;
▪ Conhecer a noção de concessão em Direito dos
Recursos Naturais;
▪ Saber o que foram as concessões tradicionais e as suas
características.

Concessões qualificadas
Às concessões tradicionais seguiram-se, segundo Schanze, as concessões
qualificadas.
Neste novo tipo de concessões o acesso e o uso dos recursos naturais,
mormente dos minerais, passou a realizar-se em condições estritas
estabelecidas em leis e/ou em contratos com destaque para:
1 A redução da duração e das áreas das concessões;
2 A divisão das actividades em fases

Divisão em Fases nas actividades mineiras e


hidrocarbonetos
A importância da informação.
A informação é, de facto, um “imput” importante no processo de
divisão em fases nas actividades mineiras incluindo os hidrocarbonetos,
fundamentalmente na tomada de decisões e nas negociações entre as
partes. E, por isso, ela deve ser fiável.
Conceitos de informação.
Importa dizer em primeiro lugar que quando se fala sobre a informação
nas actividades referentes aos recursos naturais ela deve ser vista em sentido
amplo, incluindo todos os dados recolhidos, bem como a informação
resultante do tratamento destes dados. Daí a necessidade de se os diversos
conceitos relativos a esse grande imput.
1. Prestação de informação: disponibilizar toda a informação relevante à
todos aqueles que devem tomar decisões.
2. Aprovisionamento de informação: é a actividade de quem procura a
informação. Fonte/emissor e receptor.
3. 3 Instrumentos de prestação: são as formas ou os materiais de que
se serve para a prestação de informação vg o balanço e as contas da
empresa.
4. 4 utilizador de informação: é qualquer parte interessada na
informação nos termos do contrato ou da lei.
5. 5 sistema de informação: disseminação de dados na economia
nacional ou dentro da empresa.
6. 6 comunicação é a troca recíproca de informação

Forma de prestação da informação

Com efeito, exige-se que a informação seja fornecida:


a) No momento certo, obedecendo os prazos para que produza os efeitos
necessários;
b) Com a quantidade adequada, ou seja, toda a informação necessária e
sem omissões na sua transmissão;
c) E com qualidade e objectividade para garantir a sua fiabilidade
De salientar que a informação é regulada por lei e/ou por contrato,
ou seja, é a lei e os contratos que estabelecem o modo de transmissão de
informação entre as fontes e os receptores, que sejam parte nos contratos
relativos aos projectos ou até à terceiros.
Daí, a obrigação positiva de dare, prestar a informação relativa a
actividade de descoberta, produção e ou comercialização de RN. Ou a
obrigação de confidencialidade, non dare,
Prospecção Pesquisa e reconhecimento
Como vimos no conceito de Direito dos Recursos Naturais, a
prospecção, pesquisa e reconhecimento constituem a primeira fase na
actividade de recursos naturais, envolvendo, como é obvio, investimentos
avultados.
Em geral, os Estados produtores não têm recursos financeiros
suficientes para essa actividade e, por isso, fazem-no através das empresas
multinacionais especializadas que contratam para o efeito.
Para tal, o Estado troca um determinado quadro contratual da
concessão dos direitos de exploração, nos limites da lei, pela obrigação da
concessionária realizar por sua conta e risco a actividade de prospecção e
pesquisa.
Assim, a regulação destas actividades no Código Mineiro e na Lei das
Actividades Petrolíferas passou, nas concessões qualificadas, a incluir as
seguintes matérias:
1. A fixação de prazos para a duração da fase, podendo ser
prorrogável;
2. A delimitação da área de concessão e a regulamentação
destinada a libertação ou redução da respectiva área;
3. A obrigação de trabalhos mínimos;
4. A obrigação de despesas mínimas;
5. A obrigação de prestação de informação;
6. A cláusula de risco obrigatório.

Relativamente a última obrigação, sobre a cláusula de risco


obrigatório, em que a concessionária realiza a prospecção, pesquisa e
reconhecimento por sua conta e risco, não há, a partida qualquer
contrapartida para si, salvo em caso de descoberta economicamente viável
em que a concessionária tem o direito de recuperar o capital investido, mas
já na fase seguinte, isto é, na fase de produção ou exploração.
É nesta fase em que começam os problemas, quando a
concessionaria alcança resultados satisfatórios na actividade levada a cabo
de prospecção e pesquisa. Primeiro, a questão da definição se a descoberta
é ou não comercial; Segundo, a questão da passagem para os direitos de
exploração.
Com efeito, só depois de se definir que a descoberta é comercial é
que se passa para a fase de produção que inicia com a extracção do recurso
natural.
Considera-se Descoberta comercial aquela que for economicamente
viável.
Tratando-se de jazidas menos ricas, ou seja, de descoberta não viável
do ponto de vista económico, a concessionária poderá não estar
interessada na exploração da mesma originando conflito entre aquela e o
Estado, pois este pode estar interessado na sua exploração, para, do ponto
de vista fiscal e cambial retirar o maior benefício possível da atribuição da
concessão.
Vale lembrar que nas concessões tradicionais cabia à concessionária
decidir sobre esta questão, ou seja, decidir se deve explorar-se ou não
aquela jazida. Já, nas concessões qualificadas, o sistema de duas fases ou
até de três, permite ao Estado ter controlo sobre a questão relativa às
jazidas menos ricas, isto é:
1. Desde logo, caducando a licença de prospecção e pesquisa, a
questão de quais as descobertas que são comerciais ou não serão
sempre renegociadas;
2. Nos contratos a duas fases, as partes definem ab initio no contrato
o que entendem por descoberta comercial;
3. as partes podem também incluir no contrato regimes diferenciados
para os diferentes tipos de jazidas. Vg o uso de um sistema de
royalties variáveis em função da rentabilidade depósitos para
incentivar a exploração de minas ou poços menos rentáveis cujo
royalty é relativamente baixo.

Transição para os direitos de exploração

 A concessionaria de direitos de prospecção, pesquisa e


reconhecimento, pode, no caso de descoberta comercial e
estando interessada, dependendo da legislação, candidatar-se a
uma nova concessão.
 Mas, em regra geral, as empresas que apostam na prospecção,
pesquisa e reconhecimento num quadro de risco obrigatório,
procuram negociações que incluam no contrato de concessão a
regulação as duas fases, isto é, a de prospecção, pesquisa e
reconhecimento bem como a fase de exploração.
 Noutros casos, garante-se pelo menos à concessionaria o direito
de preferência relativamente ao direito de exploração.
 Contudo, a pratica mais generalizada é a de a concessão de
direitos de prospecção e pesquisa implicar ipso facto a
concessão de direitos de exploração em caso de descoberta
comercial.
 E todas essas questões são regulada por lei e/ou por contratos.

Fase de produção continuação

 A duração da concessão da fase exploração que vai de 15 a 25


anos;
 A redução da área concedida na primeira fase visto estarem já
localizadas as jazidas a explorar, não se justificando a
manutenção da concessão de áreas muito vastas

Outras questões que devem ser reguladas por lei ou por contrato
 Propriedade dos recursos naturais extraídos e em que
momento, ou momentos conforme os contratos, se opera a
transmissão de propriedade;
 Propriedade dos bens necessários às operações;
 Definição de taxa de extracção, níveis e métodos de produção,
vg, boa pratica petrolífera ou melhor metodologia da tecnologia,
incluindo a protecção do meio ambiente;
 Fixação de preços e outras decisões sobre comercialização
como reservas de abastecimento do mercado nacional, regime
de exportação, opções de compra de produção;
 Clausulas financeiras, relativas ao que se chama de distribuição do
rendimento do projecto, incluindo o regime de retorno do Estado,
nomeadamente o regime fiscal;
 Definição de quem toma determinadas decisões e dos poderes de
supervisão e fiscalização do Estado;
 E regras sobre tecnologia, onde se destaca a sua transferência do
seu uso para nacionais, emprego e formação de trabalhadores,
preferência de empresas nacionais no fornecimento de bens ou
serviços etc.,
 Assim, com base no estudo sobre minerais as componentes
essenciais são:
 Afectação de direitos relativos a recursos “a quem”, “por
quem” e “como”
 Especificação das obrigações financeiras associadas a essas
afectações;
 Regulamentação que consiste na intervenção do Estado através
de actos normativos e administrativos;
 Regulamentação da fixação de preços e da comercialização;
 Regulamentação da exportação e importação de recursos e
equipamentos necessários às actividades.
 Em geral são, ainda, componentes destes regimes as formas de
participação directa do Estado nos empreendimentos através de
empresas estatais e também na regulamentação especial do
investimento estrangeiro na área dos recursos naturais;
 E as regras ambientais para a protecção dos recursos

Nos hidrocarbonetos em especial


 Nos hidrocarbonetos, os regimes jurídicos referem-se, em gera,
a duas fases (pesquisa e produção) com os seguintes elementos
comuns:
 Fase da pesquisa:
a) Requisitos e procedimentos da candidatura;
b) Duração do contrato;
a) Actividades permitidas e exigidas;
b) Bónus e outros pagamentos;
c) Participação do Estado;
f)Direito de transição para condições mais seguras;
g) Transmissão e subdivisão de interesses;
h) Rescisão de contrato ou revogação de licença.

As tendências actuais da legislação e contratos sobre recursos


naturais
 Como vimos com Gao, a fase actual é conhecida como a fase da
cooperação. E ele identifica as seguintes tendências mais
significativas:
 1. Reciprocidade de interesse entre Estados e empresas;
 2. Convergência e síntese de regimes;
 3. Estandardização, isto é, a adopção de contratos ou licenças
tipo aprovados por lei;
 Como vimos com Gao, a fase actual é conhecida como a fase da
cooperação. E ele identifica as seguintes tendências mais
significativas:
 1. Reciprocidade de interesse entre Estados e empresas;
 2. Convergência e síntese de regimes;
 3. Estandardização, isto é, a adopção de contratos ou licenças tipo
aprovados por lei;

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