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Bioquímica Da Nutrição 3
Bioquímica Da Nutrição 3
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Sumário
1. Introdução............................................................................................... 4
1. PROTEÍNAS ......................................................................................... 23
3 LIPÍDEOS ................................................................................................... 41
4.ENZIMAS .................................................................................................... 52
INTRODUÇÃO............................................................................................... 76
CONCEITOS ................................................................................................. 76
GLÂNDULAS ................................................................................................. 77
HOMEOSTASIA ............................................................................................ 87
1
HORMÔNIO ESTIMULANTE DA TIREÓIDE (TSH) .................................... 103
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NOSSA HISTÓRIA
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UNIDADE 01- BIOQUÍMICA
1. Introdução
Na medida em que você for aprofundando seus estudos, vai se dar conta de
que tudo, absolutamente TUDO, o que acontece no corpo humano começa dentro
das nossas células, em nível molecular, envolvendo uma complexa interação entre a
célula e o ambiente externo... e é aí que está a bioquímica!
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A bioquímica explica tudo, passo a passo:
d) E por fim, você “pega” uma corzinha e fica com a pele bronzeada. Veja o
esquema a seguir:
Ah, e só para lembrar: a melanina tem uma função que nos protege dos raios
de luz ultravioleta, já que eles podem danificar o DNA (sigla em inglês para ácido
desoxirribonucleico) e causar morte celular ou até mesmo câncer de pele! Por isso, é
necessário ter cuidado com o sol.
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1.2 COMO AS CÉLULAS SE COMUNICAM
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PRINCIPAIS AGENTES DA COMUNICAÇÃO CELULAR
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1.3 RECEPTORES E SEGUNDOS MENSAGEIROS
Bem, você já sabe que para que uma célula possa se comunicar com outra, ou
responder a um estímulo do ambiente onde ela está, há necessidade de que
mensageiros se liguem a receptores e produzam os chamados “segundos
mensageiros” (sistemas efetores) para que, a partir daí, uma resposta seja gerada.
Mas não pense que a comunicação celular é tão simples assim, pois ali ocorrem
processos metabólicos complexos e importantíssimos para a sobrevivência da célula
e do organismo! Logo, existem diversos tipos de receptores e de segundos
mensageiros, os quais vamos conhecer em seguida.
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RECEPTORES ACOPLADOS DIRETAMENTE A UM CANAL IÔNICO
Exemplos:
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RECEPTORES INTRACELULARES QUE REGULAM A TRANSCRIÇÃO DO
DNA
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a) Sistema da adenilciclase. A adenilciclase é uma enzima ligada à
membrana celular que converte o ATP (adenosina trifosfato) intracelular em um
segundo mensageiro, o AMPc (adenosina monofosfato cíclico). A elevação da
concentração de AMPc ativa uma proteína cinase que ativa outras enzimas através
de fosforilação, resultando em resposta celular.
Assim, o ácido araquidônico pode seguir por duas vias enzimáticas distintas:
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Veja a figura abaixo:
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membrana por degradação da proteína ou por alterações na transcrição da proteína
que origina o receptor.
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está congelada. Dos 23% dessa água que não está congelada, apenas 0,5% está
disponível para fornecer a quantidade de água de que toda planta, animal e pessoa
na Terra precisa para sobreviver.
Então a água é bem simples, certo? Na verdade, existem muitas coisas sobre
ela que os cientistas ainda não entendem por completo. E o problema de garantir que
a quantidade suficiente de água limpa e potável esteja disponível para todos que
precisam dela está longe de ser simples.
Em poucas palavras, não podemos funcionar sem ela. A maioria das pessoas
transpira cerca de dois copos de água por dia (0,5 litros). Todos os dias, também
perdemos um pouco mais de um copo (237 ml) quando expiramos, e, urinando,
eliminamos cerca de seis copos (1,4 l) de água. Também perdemos eletrólitos-
minerais como sódio e potássio que regulam os fluidos corporais. Então, como
podemos repor tudo isso?
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Podemos conseguir cerca de 20% da
água necessária por meio dos alimentos que
comemos. Alguns alimentos, como a melancia,
são feitos de quase 100% de água. Apesar da
quantidade de água de que precisamos todos os
dias ser variável, geralmente equivale a oito
copos (2 litros). Você pode conseguir a quantidade necessária de água ingerindo
outras bebidas, mas algumas delas, como as alcoólicas, podem deixá-lo mais
desidratado.
Se sua urina estiver com uma coloração amarelo-escuro, você pode não estar
bebendo água o suficiente. Com certeza, você precisa de mais água quando estiver
se exercitando, sofrendo de diarréia, vômitos e febre, ou quando estiver em um
ambiente quente por muito tempo. A maioria das pessoas consegue sobreviver
apenas alguns dias sem água, embora isso dependa de uma série de fatores,
inclusive da saúde da pessoa e das condições do ambiente. Algumas pessoas
sobreviveram por duas semanas.
Quando uma pessoa não bebe água o suficiente ou perde muita água, ela fica
desidratada. Sinais de desidratação moderada incluem boca seca, sede excessiva,
tontura, delírio e fraqueza. Se a pessoa não receber fluidos nesse estágio, pode sofrer
uma desidratação grave, causando convulsões, respiração acelerada, pulso fraco,
descamação da pele e olhos fundos. Por fim, a desidratação pode causar
insuficiência cardíaca e morte.
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3.2 pH e equilíbrio iônico
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COMO DETERMINAR A FORÇA DO ÁCIDO:
SUBSTÂNCIAS BÁSICAS:
Ao contrário dos ácidos, as bases liberam hidroxilas OH- que são responsáveis
pela redução das outras espécies químicas que estão em contato.
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Assim como os ácidos são classificados em fortes ou fracos, as bases
também podem ser classificadas em bases fortes ou fracas. Esta classificação é
análoga aos ácidos, pois uma base forte é aquela que possui uma constante de
dissociação alta. A constante de dissociação Kb também é obtida de forma
semelhante à constante de equilíbrio para soluções aquosas:
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pH + pOH = 14
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Resumindo:
Indicadores:
Existem alguns ácidos fracos que possuem uma certa cor quando estão em
sua forma molecular e uma cor diferente quando estão na forma ionizada. Isso pode
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ser muito útil, pois dependendo da cor da solução podemos saber se o ácido está
ionizado ou não. Mais do que isso, podemos saber a concentração do íon Hidrogênio
na solução. Por isso dizemos que esses ácidos fracos são indicadores da
concentração do íon Hidrogênio. Podemos chamar essas substâncias de Indicadores.
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Hidrogênio não sofre grandes alterações devido à adição de substâncias ácidas ou
básicas.
A solução tampão pode ser constituída de um ácido fraco e seu respectivo sal
ou uma base fraca e seu respectivo sal. A importância das soluções tampão não estão
apenas associadas ao uso nos laboratórios de pesquisa. A natureza utiliza soluções
tampão em diversos lugares.
H2CO3 = H+ + HCO3-
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UNIDADE 02- BIOQUÍMICA APLICADA À NUTRIÇÃO
1. PROTEÍNAS
As proteínas são macromoléculas naturais formadas por pequenas unidades
de aminoácidos que, por meio de enovelamentos e ligações de hidrogênio, formam
estruturas complexas.
ESTRUTURA QUÍMICA:
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1) Proteína de alto valor biológico (AVB): Possuem em sua composição
aminoácidos essenciais em proporções adequadas. É uma proteína completa.
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Bem, agora que já sabemos a importância e a grande variedade de funções
desempenhadas pelas proteínas em nível celular,
vamos descobrir o quanto elas têm relação com o
nosso cotidiano. Seria tão bom se para ganharmos
massa muscular fosse necessário apenas a ingestão
de proteínas, não é mesmo? Porém, infelizmente, isso
não acontece porque nosso corpo só armazena
açúcares (glicídios –> glicogênio no fígado e nos
músculos) e gordura (lipídios –> no tecido adiposo).
Toda e qualquer proteína que não for usada e estiver “sobrando” no organismo
não vai para os nossos músculos, mas é quebrada em aminoácidos que são
transformados em compostos energéticos, como glicose (se for um aminoácido
glicogênico) e em corpos cetônicos (se for um aminoácido cetogênico). E dessa
quebra ainda resta o grupamento amino, que é tóxico e deve ser eliminado.
Enfim, é por isso que nós apenas ganhamos massa muscular se fizermos muita
atividade física! E ainda assim, mesmo malhando, precisamos ingerir os aminoácidos
necessários para a síntese das proteínas, o que pode ser obtido nos alimentos ou por
suplementação.
Entendeu?
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No entanto, muito cuidado antes de sair por aí consumindo whey, porque, como
já sabemos, todos os aminoácidos que não forem usados na formação de músculos
depois de você ter malhado, não serão armazenados! Eles podem virar glicose, que
por sua vez pode ser transformada em “gordurinhas” e o resultado fnal não vai ser
bem aquele que você esperava.
DIGESTÃO DE PROTEÍNAS
ESTÔMAGO
PÂNCREAS
INTESTINO
— Bem, agora o aminoácido está livre, mas ele ainda precisa entrar na célula
do epitélio intestinal (enterócito) e chegar até a célula de um tecido específico.
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Pois bem, a bioquímica está aqui para te ajudar! Essa bomba, muito importante
para as células, nada mais é do que uma proteína cuja função é: transportar 3 íons
sódio (Na+) para fora da célula enquanto transporta 2 íons potássio (K+) para dentro
da célula, gastando uma molécula de energia chamada ATP (adenosina trifosfato).
Ela faz isso para criar um meio intracelular mais concentrado em potássio e um
meio extracelular mais concentrado em sódio, produzindo diferentes gradientes de
concentração dentro e fora da célula.
— Ok, agora o aminoácido já entrou no enterócito. Como ele sai e vai para os
vasos sanguíneos?
Ele chega ao sangue por difusão facilitada, isso quer dizer que há um canal
proteico que permite que o aminoácido saia da célula e vá ao sangue, já que o
aminoácido está mais concentrado na célula que no sangue.
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— Agora o aminoácido está no sangue, mas ainda precisa entrar em outra
célula de um tecido do corpo humano que esteja precisando produzir proteínas. Como
isso se dá?
VALOR BIOLÓGICO
Fator de correção
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Proteína de leguminosa = 0,6
AMINOÁCIDO LIMITANTE
DESNATURAÇÃO PROTÉICA
BALANÇO NITROGENADO
Ex.: adultos normais que não estão perdendo e nem aumentando a sua massa
magra (músculos).
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3) Balanço nitrogenado positivo: Quando a quantidade de nitrogênio
ingerido é maior que o excretado.
NECESSIDADES DIÁRIAS
FONTES ALIMENTARES
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glutamato –> alfa-cetoglutarato
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corrente sanguínea) ou com antibióticos (para diminuir a existência de bactérias
urease-positivas produtoras de amônio no intestino humano).
2. CARBOIDRATOS (GLICÍDIOS)
CONHECENDO OS AÇÚCARES
ESTRUTURA QUÍMICA:
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MONOSSACARÍDIOS
Veja os exemplos:
DISSACARÍDIOS
POLISSACARÍDIOS
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— Mas por que os animais simplesmente não armazenam glicose em forma de
monossacarídio?
Porque assim tomaria muito espaço dentro das células e, além disso, a glicose
é uma molécula osmoticamente ativa, ou seja, que “puxa” muita água para dentro da
célula, o que poderia fazer com que nossas células explodissem! Portanto, há uma
forma mais eficiente e compacta de armazenamento de energia: por meio do
glicogênio, que nada mais é do que o resultado do enrolamento de polímeros de
glicose. Isso permite que grandes quantidades de energia possam ser armazenadas
em um volume pequeno, com pouco efeito sobre a osmolaridade celular.
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4) Necessários para o funcionamento normal do sistema nervoso central. O
cérebro não armazena glicose e dessa maneira necessita de um suprimento de
glicose sangüínea. A ausência pode causar danos irreversíveis para o cérebro.
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Já a frutose é absorvida pelo transportador que não depende de sódio, o
chamado GLUT5, o qual tem uma afinidade muito mais elevada com a frutose que
com a glicose. Depois de estarem dentro das células intestinais, os monossacarídios
são transportados para a circulação sanguínea pelo transportador GLUT2 presente
na membrana basolateral das células. A partir da circulação
sanguínea, os monossacarídios podem ser usados para
fornecer energia pelo processo de oxidação chamado de
GLICÓLISE, ou podem ser armazenados na forma de
GLICOGÊNIO.
A GLICÓLISE
Assim, o rendimento líquido a partir da oxidação de uma glicose para dois mols
de piruvato é, portanto, 7 mols de ATP. Mas, a oxidação completa de dois mols de
piruvato, através do ciclo de Krebs, produz um adicional de 25 mols de ATP e o
rendimento total será de aproximadamente 32 ATP (7 + 25).
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A VIA DA GLICÓLISE ANAERÓBIA (SEM OXIGÊNIO)
O DESTINO DO PIRUVATO
— Mas como o fígado sabe quando deve armazenar ou produzir mais glicose?
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e a glicemia elevada desencadeia a liberação de insulina a partir de células
pancreáticas.
d) Insulina. Faz com que a glicose seja absorvida pelos tecidos extra-
hepáticos, onde há os transportadores de glicose e as proteínas GLUT, as quais ficam
nas membranas celulares desses tecidos para transportar glicose, sem gasto de
energia. No entanto, os hepatócitos (células do fígado), ao contrário da maioria das
outras células, são essencialmente permeáveis à glicose e não são diretamente
afetados pela ação da insulina.
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GLUT3. É encontrado principalmente em neurônios, mas também no intestino.
Possui alta afinidade por glicose, o que assegura aos neurônios acesso facilitado à
glicose, especialmente sob condições de baixa glicose no sangue. Não responde à
insulina.
GLUT4. Está presente nos tecidos sensíveis à ação da insulina, tais como no
músculo esquelético e no tecido adiposo. A insulina faz com que mais desses
transportadores sejam mobilizados para a superfície celular, a fim de aumentar a
entrada de glicose nessas células.
NECESSIDADES DIÁRIAS
FONTES ALIMENTARES
As fontes são: Pães, massas, melados, cereais, frutas, açúcar, doces, geléias,
legumes, verduras, vegetais feculentos, hortaliças e leite.
GLICONEOGÊNESE
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— Qual a importância desse processo? Por que é preciso produzir glicose
endógena?
SUBSTRATOS DA GLICONEOGÊNESE
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do fígado, a alanina é convertida de volta para piruvato e utilizada como um substrato
da gliconeogênese, ou é oxidada no ciclo de Krebs.
3 LIPÍDEOS
CONHECENDO AS GORDURAS
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• Atuar como mensageiros extracelulares e componentes de cascatas de
reações intracelulares. Exemplo: esteroides.
CLASSIFICAÇÃO:
TIPOS DE LIPÍDIOS
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Saturados: Presentes em carnes gordas, banha, manteiga, palma, cacau,
laticínios, coco, etc. Deve ser limitada a menos de 10% do total de ingestão calórica.
Aumentam o colesterol total e a LDL.
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• VLDL (Very Low Density Lipoprotein): transporta triacilglicerol produzido no
corpo humano.
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Lipoproteínas: Encontradas nas células, nas membranas das organelas
e no sangue. São uma combinação de triglicerídeos, fosfolípideos e colesterol com
proteínas, as quais funcionam para transportar lipídeos insolúveis em meio aquoso.
DIGERINDO GORDURAS
Há duas lipases que são as principais responsáveis pela digestão dos TAG, a
lipase gástrica (que atua no estômago) e a lipase pancreática (que é produzida pelo
pâncreas, mas atua no intestino). Esta última é a responsável por 70-90% da hidrólise
dos TAG e aquela por 10-30%.
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A bile faz a emulsificação das gorduras, ou seja, desmancha os grandes
glóbulos de gordura que vinham pelo trato digestivo em partículas menores. Os sais
biliares e fosfolipídios da bile são anfipáticos, ou seja, contém uma porção polar e
uma outra apolar. Assim, quando entram em contato com os lipídios, eles permitem
que os grandes glóbulos de gordura fquem separados em partículas menores, mesmo
estando em um meio polar. Isso aumenta a superfície de contato com a lipase,
facilitando a digestão das gorduras.
— Então com a ajuda da bile, a lipase consegue liberar ácidos graxos livres e2-
monoacilglicerol no intestino?
As micelas não são absorvidas inteiras, mas são pequenas o suficiente para
adentrarem entre os microvilos (reentrâncias da membrana celular das células do
intestino) e permitirem o contato dos lipídios com a superfície dos enterócitos que vão
absorvê-los. Os ácidos graxos livres e 2-monoacilglireol são absorvidos aos poucos,
ultrapassando a membrana de células intestinais (enterócitos) sem maiores
problemas, porque as membranas biológicas são lipoproteicas e, consequentemente,
permeáveis a solutos apolares como os lipídios. Dentro do enterócito, o 2-
monoacilglicerol e os ácidos graxos formam novamente os TAG, os quais se unem
ao colesterol e a vitaminas lipossolúveis, formando uma lipoproteína chamada
quilomícron, produzida no retículo endoplasmático.
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apolares (TAG, vitaminas lipossolúveis e colesterol). A capa polar é o que permite aos
quilomícrons sua solubilidade no sangue.
— Assim, com base nesses dois conceitos, o que é oxidação de ácidos graxos?
Logo vamos descobrir! Antes disso vamos contextualizar onde e quando essa
transformação ocorre.
a) os triacilgliceróis da dieta;
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b) os triacilgliceróis que estão armazenados no tecido adiposo.
— Mas por que isso? O que os carboidratos têm que os lipídios não têm?
Ainda que a gordura tenha 9 kcal por grama e a glicose apenas 4 kcal, a glicose
é a principal fonte de energia no corpo humano.
Isso ocorre porque a maioria dos tecidos celulares metaboliza glicose para
obter energia em forma de ATP, tanto por via anaeróbia (glicólise – sem uso de O2)
quanto por via aeróbia (ciclo de Krebs e fosforilação oxidativa – com uso de O2),
sendo que a via aeróbia exige a presença de mitocôndrias.
E é por isso que fazer exercícios físicos “queima” gordura, porque os músculos
são capazes de gastar as reservas lipídicas para liberar energia!
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Diferentemente dos músculos esqueléticos e do coração, o fígado é
“generoso”, pois quando usa os ácidos graxos e produz os corpos cetônicos, libera-
os na corrente sanguínea para que sejam usados em outros tecidos do corpo
humano, como, por exemplo, no sistema nervoso, que não pode parar de funcionar
durante o jejum!
Agora você já sabe qual a importância da oxidação dos ácidos graxos para o
nosso corpo, vamos aprender mais sobre esse processo.
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refeições ricas em carboidratos. Ou seja, se você quer queimar gorduras, não fique
devorando carboidratos o dia todo!
Agora que você já entendeu o contexto da oxidação dos ácidos graxos, vamos
para o que interessa...
A BETA-OXIDAÇÃO
O ciclo prossegue até que o ácido graxo inteiro tenha sido convertido em vários
acetil-CoA, os quais liberam energia durante o ciclo de Krebs. Veja a fgura abaixo:
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Já FADH2 e NADH produzidos na beta-oxidação, ainda na própria mitocôndria,
participam da fosforilação oxidativa, liberando muita energia em forma de ATP.Porém,
quando há excesso de acetil-CoA no fígado, este órgão passa a usá-los na produção
de corpos cetônicos (cetogênese) para que haja liberação do CoA e, assim, possa
continuar ocorrendo a beta-oxidação.
Apesar de o fígado não usar como fonte energética os corpos cetônicos, estes
são liberados na corrente sanguínea e são usados por outros tecidos que não fazem
beta-oxidação de ácidos graxos.
CETOGÊNESE
DIABETES
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4.ENZIMAS
-Nome Recomendado: Mais curto e utilizado no dia a dia de quem trabalha com
enzimas; Utiliza o sufixo "ase" para caracterizar a enzima. Exs: Urease, Hexoquinase,
Peptidase, etc.
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CLASSIFICAÇÃO DAS ENZIMAS
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- Isomerases: Catalisam reações de interconversão entre isômeros ópticos
ou geométricos. As Epimerases são exemplos.
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Enzima + Cofator, chamamos de holoenzima.
Inibição enzimática
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- Inibição Enzimática Reversível Competitiva: Quando o inibidor se liga
reversivelmente ao mesmo sítio de ligação do substrato;
BIOENERGÉTICA E METABOLISMO
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bioquímicas para, por fim, obter a homeostasia de que precisam para sobreviver. Por
meio de intermediários metabólicos partilhados pelas reações químicas, outras
reações vitais ocorrem.
A ENERGIA NO METABOLISMO
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A REGULAÇÃO DOS PROCESSOS METABÓLICOS
Por isso, vamos agora discutir brevemente as doenças que podem acometer
essa organela, a fim de que você tenha uma compreensão de como esses processos
de geração de energia são importantes.
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a) As mitocôndrias e todo o DNA mitocondrial do ser humano é herdado da
mãe por meio do óvulo, pois as mitocôndrias do espermatozoide do pai são perdidas
na fecundação.
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O CICLO DE KREBS
O ciclo de Krebs, também chamado de ciclo do ácido cítrico (ou ciclo dos
ácidos tricarboxílicos), é uma via metabólica central que ocorre dentro da mitocôndria,
cuja função principal é fazer a degra-dação oxidativa de metabólitos que fornecem
energia para a célula, além de ter caráter anfibólico (tanto participa do catabolismo
quanto do anabolismo).
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ANABOLISMO A PARTIR DOS COMPONENTES DO CICLO DE KREBS:
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Perceba que a quebra das grandes moléculas permite a produção de acetil-
CoA, que dá início ao ciclo de Krebs! Com o uso de oxigênio, há formação de ATP,
NADH, FADH2 e de produtos intermediários para a biossíntese de outras moléculas.
Dentre as macromoléculas, somente os ácidos nucleicos não participam do
catabolismo que culmina no ciclo de Krebs, pois eles não podem originar acetil-CoA.
Além de ser uma via comum de anabolismo e catabolismo, uma terceira função
do ciclo de Krebs é a redução para produção de NADH e FADH2 (ou seja,
fornecimento de elétrons para essas moléculas transportadoras). Assim, o NAD+é
reduzido a NADH e o FAD é reduzido a FADH2. O NADH e o FADH2 são carreadores
de elétrons que serão úteis posteriormente na fosforilação oxidativa, ao transferir
elétrons para a produção de mais ATP.
Monossacarídios
Ácidos graxos
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Aminoácidos
Glicólise:
2 ATP
Ciclo de Krebs:
2 GTP = 2 ATP
Total = 32 ATP
Observações:
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a) A produção de NADH corresponde a ATP porque eles serão produzidos
após o uso de NADH, que transfere elétrons na fosforilação oxidativa.
AS REAÇÕES ANAPLERÓTICAS
CITOCROMO P450
Essa classe de enzimas tem o nome de P450 pois absorve fortemente a luz a
450 nanômetros, que é azul no espectro visível.
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— De onde surgiu essa família de enzimas?
Tal vasta gama de enzimas evoluiu ao longo do tempo por interações de genes,
splicing e mutagênese aleatória. Há bilhões de anos, a evolução competitiva exigiu
que plantas desenvolvessem novos compostos tóxicos para impedi-las de serem
devoradas por animais, enquanto os animais desenvolveram novos métodos de
combate a esses venenos, sendo que ambos necessitaram das enzimas da família
P450 para isso. Assim, hoje, além de outras funções, tais enzimas permitem que o
nosso organismo seja capaz de lidar com muitos dos produtos químicos perigosos
que encontramos em nossas vidas diariamente.
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de uma hidroxila) na molécula-alvo enquanto se faz a redução de outro átomo para a
produção de água. A fonte de elétrons para reduzir o oxigênio das enzimas do
CYP450 é a coenzima NADPH.
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APLICAÇÕES CLÍNICO-FARMACOLÓGICAS
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INTEGRAÇÃO DO METABOLISMO - PARTE I
Agora que você já possui uma base de conhecimentos sobre glicídios, lipídios,
proteínas e bioenergética, será possível compreender qual é a conexão entre o
metabolismo dessas macromoléculas e também conhecer como ocorre a regulação
energética no nosso organismo nos estados de anabolismo e catabolismo.
A GLICEMIA
— Como assim?
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Pois pergunte a algum conhecido seu diabético que ele saberá lhe explicar.
Provavelmente não será uma explicação com detalhes bioquímicos, mas ele deve
saber que a glicemia elevada é capaz de danificar a visão, os rins, o coração, entre
outros órgãos, especialmente em pacientes que são diabéticos há muitos anos e que
não fazem um bom controle da doença. Segue a explicação bioquímica: níveis
elevados de glicose no sangue causam desnaturação de proteínas e lesionam nervos
periféricos. Além disso, há aumento na circulação de triacilgliceróis, pois no paciente
diabético a glicose não consegue entrar nas células para ser usada como energia e,
por isso, os lipídios começam a ser usados.
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Creatina fosfocinase/fosfocreatina. Consiste em uma reserva de fosfatos de
alta energia, a qual pode ser transferida ao ADP, regenerando o ATP usado. Essa é
a forma mais rápida de formar ATP; no entanto, a quantidade produzida é muito
pequena. Em situação de exercício extremo, as reservas de fosfocreatina são usadas
de 30 a 40 segundos, permitindo aos músculos “força explosiva”, como fazem os
atletas de corrida de alta intensidade em pequenas distâncias.
- glicólise;
- gliconeogênese;
- metabolismo do glicogênio;
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- ciclo de Krebs;
- fosforilação oxidativa;
a) Glicose-6-fosfato:
b) Piruvato:
c) Acetil – CoA:
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- produzido a partir da descarboxilação oxidativa do piruvato;
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d) Cortisol. É um hormônio esteroidal que sinaliza estresse crônico, o qual pode
ocorrer devido a medo, ansiedade, dor, infecção, glicemia cronicamente baixa, etc. É
produzido pelo córtex das glândulas adrenais. Sua ação é mais demorada porque
altera o metabolismo a partir da expressão de genes das enzimas. No tecido adiposo,
aciona a liberação de ácidos graxos. No músculo, ativa a quebra de proteínas para
que os aminoácidos liberados sejam usados no fígado para formar glicose. Também
aumenta a expressão da enzima piruvato carboxilase para aumentar a
gliconeogênese.
OS ESTADOS METABÓLICOS
O ESTADO ALIMENTADO
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ESTADO ENTRE REFEIÇÕES
1) Cerca de uma hora após a refeição, a glicemia começa a cair, bem como a
insulina.
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6) A proteína muscular é quebrada em aminoácidos para produzir glicose no
fígado, via gliconeogênese. A amônia produzida será transformada em ureia, para ser
excretada pelos rins.
A SÍNDROME METABÓLICA
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UNIDADE 03 - HORMÔNIOS
INTRODUÇÃO
Eles podem ser locais, quando exercem efeitos locais específicos, tais como a
acetilcolina, a secretina e a colecistocinina; ou gerais, quando são secretados por
glândulas endócrinas específicas.
CONCEITOS
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•GLÂNDULAS ENDÓCRINAS: secretam produtos (hormônios) no líquido
intersticial, donde se difundem –via capilares- por todo o corpo
GLÂNDULAS
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→ Tipos de glândulas pluricelulares
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Vale destacar que a porção secretora pode ser ainda simples ou ramificada.
Assim sendo, uma glândula pode ser, por exemplo, tubular simples ou tubular
ramificada.
Tipo de secreção
Liberação da secreção
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A glândula salivar é um tipo de glândula exócrina, pois a secreção é lançada no interior da boca.
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PRINCIPAIS HORMÔNIOS
HIPÓFISE ANTERIOR:
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o Hormônio luteinizante: desempenha importante papel na ovulação; induz
a secreção de hormônios sexuais femininos pelo ovário e masculinos pelos
testículos.
HIPÓFISE POSTERIOR:
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CÓRTEX SUPRA-RENAL:
TIREÓIDE
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PARATIREÓIDE
OVÁRIOS
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o Progesterona: estimula a secreção do “leite uterino” pelas glândulas
endometriais do útero; ajuda a promover o desenvolvimento do aparelho secretor das
mamas.
TESTÍCULOS
PLACENTA
o Gonadotropina coriônica humana: promove o crescimento do corpo lúteo e
a secreção de estrogênios e de progesterona pelo corpo lúteo.
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CONTROLE DO CORPO
HOMEOSTASIA
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COMO GARANTIR AS CONDIÇÕES DE ESTABILIDADE
OPERACIONAL DO MEIO AMBIENTE INTERNO?
O corpo possui órgãos efetuadores que através de ações contráteis (músculos)
e secretoras (glândulas) manifestam as reações necessárias para os ajustes.
Essas reações correspondem às respostas reflexas locais (no coração, nos
vasos, nos rins, nos pulmões, no trato gastrintestinal, etc) e às reações globais que
envolvem todo o organismo. A integração dessas ações homeostáticas depende
do Sistema Nervoso Central, do Sistema Endócrino e do Sistema Imune.
Todos os seres vivos possuem limites de resistência contra as variações do
meio ambiente externo e interno.
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Os seres vivos possuem mecanismos de ajustes que controlam as
variáveis biológicas em determinadas quantidades.
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CLASSES QUÍMICAS DE HORMÔNIOS
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transportadoras que em alguns casos são especificas, isto é, algumas proteínas tem
alta especificidade com determinados hormônios. Ex.: proteína transcortina tem
afinidade ao cortisol.
Para se produzir uma resposta biológica o hormônio deve estar na forma livre,
isto é, não ligado a proteínas. Existe uma relação entre hormônio (lipofílico) livre e
ligado no plasma. Cerca de 1% dos hormônios estão na forma livre, em alguns casos
esse percentual pode se elevado, como o cortisol que tem cerca de 10% na forma
livre. Na medida em que os hormônios ligam-se á receptores de membrana nas
células outras moléculas são liberadas pelas proteínas de transporte.
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QUÍMICA DOS HORMÔNIOS
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reações modificadoras do metabolismo da célula-alvo, constituindo a resposta celular.
Os receptores não são componentes fixos, podendo variar o número de receptores
para cada tipo de célula, com isso variando o grau de resposta. A união hormônio-
receptor é forte, mas não covalente, sendo equivalente à união de um efetor alostérico
com a enzima que o regula. O sítio de união é esteroespecífico, onde somente se une
o hormônio correspondente ou moléculas similares. As estruturas análogas,
denominadas “agonistas”, se unem aos receptores, ocasionando os mesmos efeitos
que o hormônio. Em oposição aquelas estruturas, cuja união ao receptor não causa
efeito hormonal, por bloquear os receptores, são chamados de “antagonistas”.
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B. Os hormônios que podem atravessar a membrana plasmática das células-
alvo têm os seus receptores localizados no núcleo celular. Os hormônios devem
atravessar a membrana plasmática e o citosol até chegar ao núcleo. A interação
hormônio-receptor altera diretamente a transcrição de genes específicos, o que
requer tempo para síntese de RNAm no núcleo e a subsequente síntese de proteínas
nos ribossomos. Os hormônios são transportados ligados a proteínas específicas, e
os esteroides e hormônios tireoideanos, utilizam este mecanismo e o tempo de ação
é de horas e até dias.
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REGULAÇÃO DAS SECREÇÕES HORMONAIS
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Essa pergunta já vem sendo respondida a tempo pelos cientistas. A regulação
da secreção de diversos hormônios é feita por um mecanismo conhecido como feed-
back negativo.
A expressão inglesa feed-back (traduzida como “retroalimentação”) é usada
para indicar a regulação de uma glândula pelo seu próprio produto final. O feed-back
é negativo porque o aumento do produto final inibe a atividade da glândula.
Regulação da tireotrofina por feed-back
Um exemplo de feed-back negativo é o controle exercido pela hipófise sobre
a glândula tireoide. A hipófise produz um hormônio trófico, a tireotrofina, que
estimula a tireoide a liberar os hormônios tiroxina e triiodotironina. Quando esses
hormônios atingem determinada concentração no sangue, passam a inibir a produção
de tireotrofina pela hipófise.
Quando a taxa de tireotrofina no sangue diminui, diminuem também as taxas
de tiroxina e triiodotironina no sangue. Desfaz-se, assim, o efeito inibitório sobre a
hipófise, que aumenta a produção de tireotrofina, reiniciando o ciclo regulatório.
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Quando a taxa de cálcio se torna menor que 10 mg por 100 ml de sangue, a
secreção de calcitonina é inibida e as glândulas paratireoides são estimuladas a
secretar o paratormônio. Esse hormônio tem efeito inverso ao da calcitonina: libera
cálcio dos ossos para o sangue, estimula a absorção de cálcio pelo intestino e diminui
sua eliminação pelos rins.
Dessa forma, a calcitonina e o paratormônio mantêm um nível adequado de
cálcio no sangue, condição essencial para o bom funcionamento das células.
HIPOTÁLAMO E HIPÓFISE
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fator apresenta ação seletiva na síntese e/ou secreção de hormônios adeno-
hipofisários. Além de estímulos neurais externos, a secreção dos neuro-hormônios
hipotalâmicos também responde a variações do meio interno, como a concentração
de nutrientes, eletrólitos e hormônio. Enquanto o hipotálamo trabalha como um
tradutor, a hipófise trabalha como um amplificador das informações hipotalâmicas
elevando ou reduzindo a secreção de hormônios que interferem no crescimento,
diferenciação celular e na atividade funcional dos tecidos-alvo.
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Os corpos dos neurônios que secretam hormônios hipofisiotróficos estão
situados nos núcleos arqueados, periventriculares e paraventriculares do hipotálamo,
e seus axônios se projetam para a EM, local onde secretam os neuro-hormônios. Um
fluxo retrógrado de sangue da hipófise para o hipotálamo permite um “feedback de
alça curta”, por meio do qual os hormônios hipofisários modulam a secreção dos
hormônios hipotalâmicos. Os neurônios que secretam OC e a AVP na neuro-hipófise
recebem o nome de magnocelulares. Os corpos desses neurônios estão nos núcleos
paraventricular (NPV) e supra-óptico (NSO) do hipotálamo, e alguns prolongamentos
destes também secretam hormônios no sistema porta-hipofisário, resultando na
interação entre os dois lobos da hipófise.
O sistema límbico também influi sobre o hipotálamo, por meio de vias aferentes
corticais originadas na amígdala, região septal, tálamo e retina. Estas conexões do
hipotálamo com outras regiões do SNC possibilitam a interferência de variáveis
ambientais sobre a secreção hipotalâmica e complementam as informações
periféricas oriundas do meio interno.
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HORMÔNIO DO CRESCIMENTO HUMANO (HGH) E
FATORES DE CRESCIMENTO SEMELHANTES À INSULINA
(IGFS)
CONTROLE de hGH
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HORMÔNIO FOLÍCULO-ESTIMULANTE (FSH) E HORMÔNIO
LUTEINIZANTE (LH)
MULHERES: Cada mês: FSH estimula desenvolvimento de folículos ováricosLH
desencadeia a ovulação e logo após, estimula formação do corpo lúteo no ovário e a
secreção de progesterona pelo corpo lúteo
NEURO- HIPÓFISE
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Antidiurético - ADH (ou vasopressina): O ADH é o hormônio responsável
pela reabsorção de água quando ela passa pelos rins. Quando acontece a
interrupção da produção de ADH por longos períodos, o organismo falha em
reabsorver a água e acaba eliminando-a pela urina. Em casos como esse há
também elevada perda de sais minerais e glicose o que caracteriza um tipo de
diabetes denominada diabetes insipidus.
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REFERÊNCIAS
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BIOACTIVE FOODS. Omega in your Body. Disponível em
<http://www.1life63.com/en/omega-in-your-body-digestion-of-lipids/di-gestion-of-
lipids>. Acesso em: 9 nov. 2016.
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