Lei de Hooke

M. D. C. Nascimento, M. G. Pissinati, e R. C. Nunes

Instituto Federal do Espírito Santo, campus Linhares, Linhares, ES, Brasil

Resumo. Este presente relatório é referente a uma prática de laboratório da disciplina de Fundamentos de
Mecânica Clássica, onde foi verificado experimentalmente (por grupos de três pessoas) se um corpo
satisfaz a lei de Hooke. O objetivo desta prática foi determinar a constante elástica de molas helicoidais e
fazer a comparação dos resultados obtidos com os valores previstos teoricamente.

Palavras chave: experiência, verificação,lei de Hooke, constante elástica de molas helicoidais.

Introdução

Uma experiência simples e muito interessante que e foi aumentando a massa de 10g até um total de 50 g
pode ser feito nas aulas de Física é estabelecer a relação e anotou-se as variações de comprimento (Δl) na Tabela
entre a força aplicada em um sistema e sua deformação,
ou seja, a constante elástica estudada pela lei de Hooke.
Robert Hooke (1635-1703) nascido na Ilha de Wight foi
um cientista inglês de grande importância para a física,
sendo lembrado até os dias de hoje
Hooke descobriu que quanto maior fosse o peso
de um corpo suspenso a uma das extremidades de
uma mola maior era a deformação sofrida pela mola,
nesse caso aumentando o comprimento [1]. A lei
estabelece que: a distensão de um objeto elástico é
diretamente proporcional à força aplicada sobre ele.
De acordo com a fórmula da Lei de Hooke a força é
igual ao deslocamento da massa a partir do seu ponto de
equilíbrio multiplicado pela constante com que o corpo
se deforma [2] e é expressa da seguinte maneira:
k∆l = F (1)
onde,
F: força aplicada sobre o corpo elástico em newtons
(N)
k: constante elástica da mola em newton por metro
(N/m)
∆l: deformação da mola em metros (m).
Procedimento Experimental
Para realizar esse experimento, primeiramente foi
montado um suporte com pé variável e uma haste suporte
de 600 mm com a manga universal, em seguida fixou-se
um passador no grampo e suspendeu-se uma mola de 3
N/m.
Para determinar a posição inicial da mola regulou se
uma trena de forma que o zero estivesse na mesma altura
que sua extremidade
Fixou-se o porta peso (m = 10 g) no gancho da mola
1.
Substituiu-se a mola de 3 N/m pela mola de 20 N/m
sobre o passador de suporte e posicionou-se a marca zero
da trena na sua extremidade.
Fixou-se o peso de 10g ao gancho do porta peso de m
= 10 g (num total de 20 g) e foi aumentando a massa de
20 g até um total de 200 g e após a leitura anotou-se as
variações de comprimento (Δl) na Tabela 2.
Resultados e Discussão
Após completar as Tabelas 1 e 2 com os valores
encontrados seguindo os passos descritos acima
calculou-se a constante elástica das molas. Para isso, a
força peso (Fg) foi relacionada às variações de
comprimento das molas, pois ao ir colocando os pesos no
gancho foi verificado que as molas se alongavam e
ficavam paradas, possuindo a resultante das forças igual
a zero. Logo:
kΔl = Fg (2)
Usando a aceleração da gravidade (g) = 9,8 m/s²,
foi possível calcular a força peso (Fg) através da
equação da 2a Lei de Newton, para a situação de
equilíbrio:
Fg = mg (3)
Onde,
m: é a massa dos pesos em quilogramas (kg).
Após calculada a força peso, calculou-se a constante
elástica (k) através da Equação (2) das duas molas
dividindo os valores das massas pelas respectivas
medidas das variações de comprimento.
Fazendo a observação das Tabelas 1 e 2 com os
novos dados obtidos a partir dos cálculos
acima, nota se que o valores de k são quase constantes,
assim usando a média dos valores obtidos temos que k é
igual a 2,8 N/m e 19,6 N/m aproximadamente para as
molas de 3 N/m e 20 N/m respectivamente.

Massa (kg) ∆l (m) (N/m) (N/m)

Fg (N) K Média de K
0,01 0,098 0,04 2,5 0,02 0,196 0,07 2,8 0,03 0,294 0,1 2,9 2,8

0,04 0,392 0,135 2,9 0,05 0,49 0,165 3,0 Figura 1 - Gráfico da força elástica em função da
variação de comprimento da mola de 3 N/m

Tabela 1 - Mola de 3 N/m

Massa (kg) ∆l (m) (N/m) (N/m)

Fg (N) K Média de K
0,02 0,196 0,01 19,6 0,04 0,392 0,02 19,6 0,06 0,588 0,03 elásticas (Fg) em função das variações de comprimento
(Δl) das duas molas em questão possuem a forma de uma
19,6 0,08 0,784 0,04 19,6 0,1 0,98 0,05 19,6 0,12 1,176 reta e o seus coeficientes angulares é k e os
Tabela 2 - Mola de 20 N/m
0,06 19,6 0,14 1,372 0,07 19,6 0,16 1,568 0,08 19,6 0,18

1,764 0,09 19,6 0,2 1,96 0,1 19,6

19,6 ‘ das variações de comprimento das molas, temos:
Figura 2 - Gráfico da força elástica em função da
variação de comprimento da mola de 20 N/m
Fazendo os gráficos das forças elásticas em função
coeficiente lineares não existem, pois quando as
variações de comprimento (Δl) for igual a 0, não há força
elástica. Essas retas cuja as equações são y = 2,8x e y =
19,6x para a mola de 3 N/m e 20 N/m respetivamente,
mostra que a força elástica é proporcional à variação de
comprimento das molas e isso indica que o modelo de
Hooke descreve corretamente a força exercida pelas
molas.

Pode-se observar através dos gráficos mostrados

nas Figuras 1 e 2 que as inclinações das retas são
diferentes, ou seja, os valores de k das molas são
diferentes. Nota -se ainda que os gráficos das forças
medidas das constantes dessas molas obtidas através da
Conclusão
Os resultados obtidos para as constantes elásticas das
molas de 3 N/m e 20 N/m, concordam com as

medida das variações de comprimento das mesmas que

foram 2,8 N/m e 19,6 N/m respectivamente. Esses
resultados indicam que a lei de Hooke foi verificada com
sucesso e que apesar dos valores que serviram para
preencher as Tabelas 1 e 2 não serem exatos, eles foram
satisfatórios na hora de efetuar os cálculos de k. Além
disso, a lei de Hooke, para a deformação das molas, pode
ser confirmada pelas retas obtidas nos gráficos das
Figuras 1 e 2.

Referências Bibliográficas
[1] “Lei de Hooke”; Wikipédia, a enciclopédia livre
Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Hooke
[2] 360, Redação. ” Lei de Hooke: o que é e como
calcular”; Engenharia 360
Disponível em:
https://engenharia360.com/leidehooke/#:~:texto= A%20Lei
 %20de%20Hooke%20%C3%A9,ou%20de .
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