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INFORMAÇÃO INTERNA Nº 04 / 2021

Assunto: PROGRAMA DE RASTREIO POR TESTE RÁPIDO DE ANTIGÉNIO PARA SARS-COV- 2 no


CEARTE - Adaptada da ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.° PUB/OT/5/2021/RH-PE, de
22/06/2021 do IEFP,IP

PREÂMBULO
O CEARTE, desde o início da pandemia de COVID-19, tem vindo a adotar estratégias internas de adaptação às medidas
extraordinárias aprovadas pelo Governo, bem como à implementação das recomendações Instituto do Emprego e
Formação Profissional, I.P. (IEFP, IP.) e das entidades competentes, designadamente da Direção-Geral da Saúde (DGS),
tendo em vista a prevenção da doença e a criação de condições e ambientes de trabalho seguros.
A Resolução do Conselho de Ministros n.° 19/2021, de 13 de março, estabelece uma estratégia de levantamento gradual
de medidas de confinamento no âmbito do combate à pandemia da doença COVID-19, incluindo a previsão do regresso
das atividades formativas em regime presencial, implementada a partir de 19 de abril.
Neste quadro, e na atual situação epidemiológica, importa intensificar a utilização de testes laboratoriais para SARS-
CoV-2, nomeadamente através da implementação de rastreios realizados em função do risco, possibilitando um
controlo eficiente das cadeias de transmissão, como previsto na Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV-2,
formalizada pela Norma n.° 019/2020, de 26 de outubro de 2020, da DGS, atualizada em 26 de março de 2021, que
prevê, no seu n.° 14 e n.° 15, a realização de rastreios laboratoriais, em contextos específicos.
As atividades formativas desenvolvidas pela rede de centros do IEFP, I.P., na qual o CEARTE se integra, enquadram-se
neste âmbito, pelo que se verifica a necessidade de testagem regular de formandos, formadores, trabalhadores e
prestadores de serviço que exerçam funções ligadas à formação profissional.
Assim, na sequência das orientações das entidades competentes, e da publicação da Resolução do Conselho de
Ministros n.° 66/2021, de 1 de junho, que autoriza o IEFP, I.P., a realizar a despesa com a aquisição de serviços de
realização de testes rápidos de antigénio deve o CEARTE, enquanto membro da rede de Centros do IEFP,IP, assegurar a
realização de testes rápidos de antigénio de acordo com o previsto na presente Orientação Técnica, bem como
providenciar a diminuição e mitigação dos impactos decorrentes do surto epidêmico.
1. OBJETIVO
A presente Informação visa definir um conjunto de procedimentos a adotar pelo CEARTE (semelhantes aos dos Centros
de Emprego e Formação Profissional e centros da rede de centros de gestão direta do IEFP, I.P.), tendo em vista a
testagem regular, por teste rápido de antigénio para SARS-COV-2, de formandos, formadores, trabalhadores e
prestadores de serviço.
2. TESTES RÁPIDOS DE ANTIGÉNIO
Os testes de pesquisa de antigénio desenvolvidos para o diagnóstico do SARS-CoV-2, são testes que detetam proteínas
específicas do vírus SARS-CoV-2, produzidas pelo vírus replicante no trato respiratório. A realização destes testes implica
a colheita de amostras do trato respiratório (normalmente, exsudado da nasofaringe).
Os testes permitem a obtenção de resultados num período de tempo curto (entre 10 a 30 minutos) e devem ser
realizados por um profissional de saúde.
3. OPERACIONALIZAÇÃO DO PROGRAMA DE RASTREIO
O Programa de Rastreio para SARS-CoV-2 visa a realização de testes rápidos de antigénio (TRAg) por entidade
referenciada e no respeito pelas normas da DGS nesta matéria, designadamente:
• Norma 004/2020 - Abordagem de doente suspeito ou confirmado
• Norma 015/2020 - Rastreios de contactos
• Norma 019/2020 - Estratégia Nacional de Testes para SARS-CoV- 2
• Norma 020/2020 - Definição de caso de COVID-19
A estratégia de testagem é operacionalizada da seguinte forma:
a. Rastreio inicial a todos os formandos e formadores que se encontrem afetos a ações de formação que decorrem
em regime presencial, mesmo que não em exclusivo neste regime, bem como a trabalhadores e prestadores de serviços
que exerçam funções nos locais onde decorrem ações de formação em regime presencial.
b. Posteriormente será adotada uma estratégia de testes periódicos nos concelhos com uma incidência
cumulativa a 14 dias seja superior a 120/100.000 habitantes, da seguinte forma:
• Repetição do teste 14 dias após o rastreio inicial;
• Testes seguintes, com uma periodicidade inicial de 28/28 dias, ajustada para um intervalo
entre 7/7 a 14/14 dias em função do número de casos identificados nos testes realizados;
• Para efeitos de testagem releva a situação do concelho onde decorre a formação. Os presentes prazos são
meramente referenciais.
c. O rastreio inicial previsto na alínea a. será novamente aplicado em setembro por altura do reinício das
atividades formativas.
No contexto de rastreios:
a. Se TRAg positivo - assume-se o diagnóstico de COVID-19, nos termos da Norma 020/2020 da DGS, e aplicam-
se os procedimentos previstos nas Normas 004/2020 e 015/2020 da DGS;
b. Se TRAg negativo - exclui-se o diagnóstico, exceto se a pessoa apresentar sintomas
sugestivos de COVID-19 ou for um contacto de alto risco de um caso confirmado de COVID-19;
c. Não deve ser aplicada em pessoas com história de infeção por SARS-CoV-2, confirmada laboratorialmente, nos
últimos 90 dias;
d. Pelo princípio da precaução, deve ser aplicada às pessoas vacinadas contra a COVID- 19, até mais dados serem
conhecidos.
4.2 Comunicação de resultados e referenciação:
• Os resultados devem ser comunicados aos utentes adultos no momento do teste;
• Aos utentes menores, essa comunicação deverá ser feita por escrito ao respetivo encarregado de
educação/responsável legal;
• Todos os resultados dos testes devem ser registados em formato digital (pela equipa de colheitas) e
transmitidos de modo formal ao utente através de boletim de resultado, SMS, email ou outra via, até 12 horas depois
da realização do teste;
• A equipa técnica da entidade que realizar os testes é responsável pela comunicação do respetivo resultado ao
utente e pelo seu devido
3 Dado o número elevado de testes a efetuar, bem como a dispersão geográfica associada, deverá ser assegurada a
partir da sede a identificação de interlocutores ao nível local que garantam a articulação com a entidade externa que
assegurará a prestação do serviço nos termos contratados.
4. RESPONSABILIDADE DO CEARTE
O programa de rastreio no CEARTE é implementado sob a responsabilidade do Diretor, competindo-lhes assegurar as
condições necessárias à operacionalização dos testes.
4.1 Cooperação / Articulação com as entidades envolvidas
• Assegurar a articulação com os encarregados de educação/responsável legal, para a obtenção do
consentimento informado, quando os testes rápidos de antigénio forem realizados a menores;
• Assegurar, em articulação com a equipa técnica da entidade responsável pela realização dos testes, a
informação às pessoas testadas e, quando aplicável, ao encarregado de educação/ responsável legal, dos resultados dos
testes laboratoriais, em menos de 24 horas após a sua realização;
• Assegurar o isolamento das pessoas com resultados positivos nos testes, que permita o cumprimento da
legislação em vigor, das recomendações da Direção-Geral da Saúde e do Plano de Contingência do CEARTE
4.2 Consentimento informado
Os testes rápidos de antigénio apenas podem ser realizados por formandos, formadores, trabalhadores e prestadores
de serviço, cujo registo deve ser assegurado pelo CEARTE.
Tratando-se de formandos menores de idade, os testes rápidos de antigénio apenas podem ser realizados se tiver sido
obtido o consentimento informado expresso/assinado pelo respetivo encarregado de educação/ responsável legal.
As declarações de consentimento informado constam em anexo à presente Informação: Anexo 1 - Consentimento
Informado - Menores Anexo 2 - Consentimento Informado - Maiores
4.3 Instalações
Assegurar a organização dos espaços para a realização de testes laboratoriais para SARS-CoV- 2, em condições de
segurança, e cumprindo as medidas de prevenção e controlo de infeção recomendadas pela Direção-Geral da Saúde,
nomeadamente, o distanciamento físico e evitamento de aglomerados:
• Devem incluir uma área dedicada às colheitas dos produtos biológicos e outra dedicada à realização dos testes,
ambas afastadas das áreas de circulação;
• Na área dedicada às colheitas deve(m) existir cadeira(s) para o(s) utente(s) se sentar(em) durante a colheita e
uma mesa de apoio para colocação do material necessário à colheita. Se existir mais do que um posto de colheita estes
devem cumprir as regras de distanciamento físico;
• A área da realização dos testes deve conter uma bancada ou mesa onde são efetuados os procedimentos
técnicos;
• As duas áreas podem coexistir no mesmo espaço desde que os postos de trabalho de ambas cumpram as regras
de distanciamento físico entre si;
• Nos locais designados para o atendimento e espera devem ser cumpridas as medidas de prevenção e controlo
de infeção, nomeadamente, a garantia de distanciamento físico, a higienização das mãos e a limpeza e desinfeção de
superfícies e equipamentos, nos termos das recomendações da DGS.

Coimbra, 24 de junho de 2021

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