You are on page 1of 67

1

Sulemane Mussagi Sulemane Gulamo

ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SEGURANÇA NO TRABALHO NA CORNELDER DE


MOÇAMBIQUE

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos com Habilitação em Higiene e Segurança no


trabalho

Universidade pedagógica

Beira

2014
2

Sulemane Mussagi Sulemane Gulamo

ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE SEGURANÇA NO TRABALHO NA CORNELDER DE


MOÇAMBIQUE

Monografia apresentada ao
Departamento de Contabilidade e
Gestão, delegação de Beira, para a
obtenção do grau académico de
licenciatura em Gestão de Recursos
Humanos

Supervisor: Msc Ivan Do Carmo Lameque

Universidade Pedagógica

Beira

2014
3

Índice
Índice.......................................................................................................................... 3

Declaração.................................................................................................................. 5

Dedicatória................................................................................................................. 6

Agradecimentos.......................................................................................................... 7

Glossário..................................................................................................................... 8

Lista de Gráficos......................................................................................................... 9

Lista de tabelas........................................................................................................ 10

Resumo.................................................................................................................... 11

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO........................................................................................ 12

1.2. Problematização................................................................................................ 13

1.3. Objectivos.......................................................................................................... 15

1.3.1. Objectivo Geral............................................................................................... 15

1.3.2. Objectivos Específicos.................................................................................... 15

1.4. Hipótese............................................................................................................ 15

1.5. Justificativa........................................................................................................ 16

1.6. Delimitação do tema......................................................................................... 17

1.6.1. Temporal........................................................................................................ 17

1.6.2. Espacial.......................................................................................................... 17

1.7. Enquadramento do tema................................................................................... 17

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................18

2.1. Conceitos........................................................................................................... 18

2.2. Causas dos acidentes do trabalho.....................................................................22

2.3. Prevenção dos Acidentes................................................................................... 22

2.4. Tipos de medidas de prevenção........................................................................23

2.4.2. Acções de prevenção indirectas.....................................................................24


4
2.4.3. Acções de prevenção informativas.................................................................24

2.5. O papel dos trabalhadores e dos Empregadores na prevenção de acidentes. . .24

2.6. Obrigações gerais dos trabalhadores em matéria de Higiene e Segurança no


trabalho (INTERNATIONAL LABOUR OFFICE).............................................................25

2.6.1. Utilizar correctamente os instrumentos de trabalho.......................................25

2.6.2. Comunicação imediata de avarias ou deficiências nos instrumentos d e


trabalho.................................................................................................................... 26

2.7. Redução dos riscos de acidentes.......................................................................26

CAPITULO III. METODOLOGIA.................................................................................... 27

3.1. Método bibliográfico.......................................................................................... 27

3.2. Método de observação directa..........................................................................28

3.3. Técnica de entrevista........................................................................................ 28

3.4. Técnica de questionário..................................................................................... 28

3.5. Tipo de estudo................................................................................................... 29

3.6. População.......................................................................................................... 29

3.7. Amostragem...................................................................................................... 29

CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS................30

4.1. Descrição da Cornelder de Moçambique...........................................................30

4.2. Condições de Segurança no trabalho na Cornelder de Moçambique.................31

4.2.1. Perfil dos participantes................................................................................... 31

4.2.2. Local de trabalho............................................................................................ 32

4.2.3. Condições psicológicas do trabalho................................................................34

4.2.4. Máquina.......................................................................................................... 36

4.1.5. Procedimento Operacional Padrão..................................................................40

4.2.6. Equipamento de Protecção Individual / Colectiva...........................................41

4.2.7. Trepidações (Vibrações)................................................................................. 43

4.2.8. Riscos químicos.............................................................................................. 44

4.2.9. Movimentação de cargas e peões..................................................................45


5
4.3. Causas dos acidentes de trabalho.....................................................................46

4.3.1. Plano estratégico sobre a prevenção dos acidentes de trabalho....................46

4.3.2. Fiscalização nas operações............................................................................. 47

CAPITULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES......................................................49

5.1. Conclusões........................................................................................................ 49

5.2. Recomendações................................................................................................ 50

Referências bibliográficas......................................................................................... 53

Declaração
Declaro que esta Monografia é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu
supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente no texto,
nas notas e na bibliografia final.

Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção
de qualquer grau académico.

Beira, de de

(Sulemane Mussagi Sulemane Gulamo)


6

Dedicatória
Dedico o presente trabalho em primeiro lugar aos meus pais Mussagi e Aman.

Aos meus irmãos, sobrinha e demais familiares.


7

Agradecimentos
O meu agradecimento vai em primeiro lugar aos meus familiares que ajudaram e motivaram para
que terminasse a minha licenciatura.

Em segundo, vai para o meu supervisor Msc Ivan Do Carmo Lameque que ajudou e orientou me
da melhor forma para a elaboração desta monografia.

Em terceiro lugar, o meu agradecimento vai para o meu primeiro supervisor de projecto, Msc
Imraan Bahadur que deu me pontos focais de elaboração do meu projecto.

Por ultimo, agradeço aos meus familiares, amigos e colegas de turma assim como do trabalho
que directa ou indirectamente ajudaram me para que eu chegasse ao final do meu curso e
atingisse o grau de licenciatura.
8

Glossário

A. Check list do equipamento – consiste em fazer um rol de todos os itens em estado de


anomalia nos equipamentos.
B. Gantry (crane) – Aparelho (máquina) para levantar grandes cargas pesadas. Serve para
desembarcar e embarcar cargas no navio;
C. Incatep – instituto de formação de operadores portuários – Brasil.
D. Máquina - Todo o equipamento, (inclusive acessórios e equipamentos de segurança), com
movimento, (engrenagens), e com fonte de energia que não a humana
E. Procedimento operacional padrão (pop) – é uma descrição detalhada de todas as
operações necessárias para a realização de uma actividade, ou seja, é um roteiro
padronizado para realizar uma actividade.
F. Sisu (tractor terminal) é uma máquina especialmente desenhada para rebocar
equipamento que não possui locomoção própria, possui capacidade para rebocar
atrelados. De modo geral, o terminal tractor movimentam em torno de 115t. Podem ser
operados com a visão frontal ou traseira, bastando para isso, girar o conjunto de operação
(volante, banco e manete de cambio).
G. Reach Stackers (empilhadeira de alcance) – são equipamentos largamente utilizados na
área portuária. Algumas de suas principais características são:

Versalidade – movimentação de contentores com excesso de cargas solta; Movimentação


de cargas onde há pouco espaço (raio de acção pequena); posicionamento diferenciado de
cargas.
9

Lista de Gráficos
Gráfico 1 – Iluminação do local de trabalho.............................................................................31

Gráfico 2 – Estado do pavimento.............................................................................................32

Gráfico 3 – Horário de trabalho...............................................................................................33

Gráfico 4 – Rotatividade no trabalho........................................................................................34

Gráfico 5 – Formação dos operadores.....................................................................................35

Gráfico 6 – Estado dos equipamentos.......................................................................................36

Gráfico 7 – Check list dos equipamentos..................................................................................38

Gráfico 8 – Equipamento de protecção individual...................................................................39

Gráfico 9 – Equipamento de protecção colectiva....................................................................40

Gráfico 10 – Trepidações..........................................................................................................41

Gráfico 11 – Riscos químicos..................................................................................................42

Gráfico 12 – Movimentação de cargas e peões........................................................................43

Gráfico 13 – Causas dos acidentes de trabalho.........................................................................44

Gráfico 14 – Plano estratégico sobre prevenção de acidentes de trabalho...............................45

Gráfico 14 – Fiscalização nas operações..................................................................................46


10

Lista de tabelas
Tabela 1 – Número de acidentes...............................................................................................16

Tabela 2 – Função exercida pelos colaboradores......................................................................13

Tabela 3 – Palestra de prevenção em Higiene e Segurança no trabalho...................................18


11

Resumo
Com o tema de analisar a Situação de Segurança no Trabalho na Cornelder de Moçambique
empreendeu-se a presente Monografia. O estudo pretendeu analisar as medidas que devem ser
adoptadas pela Cornelder de Moçambique com vista a melhorar a situação de segurança no
trabalho. Para responder o problema foram formuladas hipótese como, se os colaboradores
observarem as regras de segurança individual e colectiva antes das suas rotinas prevenirá
consideravelmente a problemática dos acidentes de trabalho. Analisar a situação da segurança no
trabalho foi o objectivo principal para a realização desta pesquisa no período que compreende os
anos de 2012 á 2013, tendo em conta que houve muitos acidentes. Adopta-se como metodologia
um estudo de perspectiva quantitativa, valendo-se das aplicações de técnicas de entrevista,
questionários e o uso de métodos como observação directa e bibliográfico. Para a amostragem da
pesquisa foram inqueridos 50 colaboradores retiradas das 4 (quatro) brigadas que a Cornelder de
Moçambique possui na terminal de contentor. Para análise dos resultados foram colectados
dados e apresentados em gráfico assim como em tabelas. Quanto aos gráficos analisou-se o local
de trabalho, onde que verificou-se o estado da iluminação do local de trabalho era deficiente, o
estado do pavimento em maior parte deles esta desnivelado. Analisou-se também condições
psicológicas do trabalho, onde que o horário do trabalho era em turno, os colaboradores não
faziam rotatividade no trabalho, a formação dos operadores era de curto prazo e que o estado dos
equipamentos em maior parte deles não estavam em condições. Como também analisou-se o
procedimento operacional padrão e verificou-se que nem todos os colaboradores faziam o check
list diário dos equipamentos e ainda o equipamento de protecção colectiva era deficiente. Quanto
aos riscos químicos, verificou se que em alguns locais existem resíduos de produtos no chão. A
organização não disponibiliza transporte dentro do local para movimentar pessoal. Quanto ao
plano estratégico eles não são divulgados. E quanto a tabela verificou-se o perfil dos
colaboradores, onde que 10 dos 45 colaboradores são habilitados a operar todos os equipamentos
disponíveis na terminal de contentor, por fim verificou-se que a organização não da com
frequência palestra em assuntos relacionados com a Higiene no trabalho e que estas palestras não
são abrangido aos todos os colaboradores. Com os resultados obtidos conclui-se que a situação
de segurança no trabalho na Cornelder de Moçambique está um pouco deficiente. Sugeriu-se a
elaboração de um plano estratégico de prevenção dos acidentes e a melhoria do estado de
segurança no trabalho
Palavras - chaves: Segurança no trabalho, prevenção, acidente.
12

CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

A presente monografia tem como tema: Análise da Situação de Segurança no Trabalho na


Cornelder de Moçambique, que se insere num dos requisitos para a culminação do curso Gestão
de Recursos Humanos com Habilitação em Higiene e Segurança no Trabalho.

Tendo em conta que a actividade laboral sempre teve e terá um papel primordial no
desenvolvimento da humanidade e proporciona o bem social (bem-estar), político e cultural da
sociedade, porém, o colaborador é afectado em acidente, aí vai a preocupação de prevenir este
acidente com vista a valorizar o ser humano nas vertentes acima citadas. O acidente de trabalho
tem exemplar importância quando se fala em questão social. Tanto porque é obrigação da
organização, da seguradora e do Instituto Nacional de Segurança Social garantir a sobrevivência
de todo e qualquer cidadão que possa ficar privado de sua capacidade laboral ou tê-la reduzido,
assim como pela caução que deve ter o trabalhador que participa da produção, podendo ser
vítima do acidente.

Araújo (71:1981), defende que os numerosos casos de perturbação funcional, doença que
determina a morte, perda total ou parcial, permanente ou temporária da capacidade para o
trabalho, lesão corporal de colaboradores provocados pelo acidente de trabalho são imprudência
dos colaboradores e empregadores nas empresas. Eles não observam a prevenção dos acidentes e
consequentemente temos vários casos de acidentes.

Portanto, a monografia foi desenvolvida na Cornelder de Moçambique, levando em consideração


os colaboradores e gestores que são o público-alvo da Monografia. A monografia foi realizada
com base nos manuais, observação, inquéritos e em entrevista feitas aos colaboradores da
Cornelder de Moçambique, porto da Beira na terminal de contentor.

A monografia está dividido em cinco capítulos, onde que o primeiro capitulo introdução
encontramos a problematização, hipóteses, objectivos, justificativas e delimitação do tema. O
13

segundo contém a fundamentação teórica sobre a análise da segurança no trabalho. No terceiro


capítulo contém a metodologia usado na monografia. No quarto capítulo contém apresentação,
analise e discussão de dados colectados e por fim a conclusão e a sua própria recomendação.

1.2. Problematização

Segundo Santaella (114:1999) não há problema sem uma indagação central, uma dificuldade que
se quer resolver, portanto o problema de pesquisa é uma interrogação que implica em uma
dificuldade não só nos termos teóricos ou práticos, mas que também é capaz de sugerir uma
discussão que pode, em alguns casos, passar por um processo de mensuração, para terminar em
uma solução viável por meio de um estudo sistematizado.

Os elevados números de acidentes de trabalho que se verificam na organização são factores que
mais preocupam o autor. Uma vez que mensalmente regista-se uma média de 4 a 5 casos de
acidentes de trabalho, o que equivale dizer 48 a 60 casos acidentes de trabalho anuais.

Regista-se dois tipos de acidentes na organização, em que o primeiro são aqueles em que afecta
directamente o colaborador, isto é, quando há um acidente, o colaborador sai lesado fisicamente
e/ou psicologicamente e os que envolve equipamento são aqueles em que sai lesado os
equipamentos, isto é, os equipamentos é que sofrem danos.

Os tipos de acidentes de trabalho que encontramos na Cornelder são do tipo tombos de


equipamentos, choques entre equipamentos, deslizamento no pavimento escorregadio, estalos de
membro dos colaboradores nas escadas de navio, assim como tropeços nas escadas dos
equipamentos, atropelamentos, projecção do colaborador de dentro do equipamento para fora
dela, atropelamento de colaborador com contentor manuseado dentro do navio entre outros.

As causas dos acidentes de trabalho verificado pelos colaboradores envolve cansaço por parte
dos colaboradores, fadiga, stress, sonolência entre outros aspectos que envolve o ser humano.
Enquanto os que envolve materiais são as condições dos equipamentos. Equipamentos
defeituosos colocam em condições de haver acidentes de trabalho.
14

Os meios que podem propiciar acidentes de trabalho são: operação de equipamento em locais
inapropriados, espaços confinados, pavimento desnivelados, pavimento escorregadios.
Colaboradores circulam nos locais de operação sem devida protecção e por distracção são
envolvidos em acidentes de trabalho.

Os operadores de equipamento que não são habilitados em certos equipamento e por não
conhecimento de algumas funções do equipamento são envolvidos em acidentes, outros
operadores habilitados por esquecimento ou por negligência fazem manobras perigosas e
consequentemente envolvem-se em acidente.

Os acidentes de trabalho protagonizado na empresa Cornelder de Moçambique preocupam a


organização, uma vez que estes condicionam o rendimento produtivo do departamento de
produção. Se antes do acidente, a organização operava com 10 equipamentos para atingir as suas
metas, depois de o acidente ocorrer ele vai operar com equipamento a menos, uma vez este estar
na manutenção ou na sucata. Se a organização antes do acidente operava com 15 colaborador
para se atingir a meta, ele depois do acidente vai operar com colaborador a menos porque o
colaborador acidentado vai estar em observação e consequentemente as metas não serão
atingidas.

O acidente de trabalho aterroriza o colaborador junto dos demais colegas que directa ou
indirectamente presenciam os factos ocorridos pelo facto dos acidentes de trabalho caracterizar-
se por ser de âmbito físico, moral e psicológico.

Segundo Araújo (78:1981), os acidentes de trabalho têm se verificado quase em todas as


empresas, mas cada um destes caracteriza-se por agravamentos ligeiros a bastante dolorosos para
as vítimas, cabendo neste caso as entidades empregadoras a tomarem medidas severas com vista
a prevenção da problemática, impulsionando o autor a avançar a seguinte pergunta de partida:
Que medidas devem ser adoptadas pela Cornelder de Moçambique com vista a prevenir os
acidentes de trabalho?
15

1.3. Objectivos

1.3.1. Objectivo Geral

 Analisar a situação de segurança no trabalho na Cornelder de Moçambique.

1.3.2. Objectivos Específicos

 Identificar as condições de segurança no trabalho na Cornelder de Moçambique;


 Demonstrar as causas dos acidentes de trabalho verificados na Cornelder de
Moçambique;
 Relacionar a actual situação da segurança e as causas de acidente de trabalho na
Cornelder de Moçambique

1.4. Hipótese

Face ao problema levantado, pressupõem-se as seguintes hipóteses:

 Se os colaboradores da Cornelder observarem as regras de segurança individual e


colectiva antes das suas rotinas diárias prevenirá consideravelmente a problemática dos
acidentes de trabalho na Organização;
 Se a estrutura da organização estiver em óptimas condições para que os operadores
executem as suas actividades adequadamente, vai permitir a mitigação dos acidentes de
trabalho;
 Possivelmente a não operacionalização (condução) de máquinas a velocidades previnirá a
problemática dos acidentes de trabalho;
 A adopção do plano estratégico sobre a prevenção dos acidentes de trabalho prevenirá
significativamente a problemática da segurança no trabalho.
16

1.5. Justificativa

A empresa em estudo funciona como elo de ligação entre o interior de Moçambique e os países
vizinhos (Zimbabwe, Malawi, Zâmbia, Botswana, Congo), mas também como placa giratória de
comércio internacional entre Europa, África, América e extremo oriente, sendo o foco principal a
movimentação de carga, para tal necessita de operadores que fazem o manuseio de diversificadas
cargas dentro do porto, entre outros aspectos.

Segundo Araújo (78:1981) “Os acidentes de trabalho têm se verificado quase em todas as
Organizações, com ou sem agravamentos profundos”. A necessidade do desenvolvimento da
presente pesquisa intitulada “Análise da Situação de Segurança no Trabalho na Cornelder”, surge
pelo facto do autor ter constatado um ligeiro aumento dos casos de acidente de trabalho na
empresa em estudo no período compreendido entre 2012 a 2013, como ilustra a tabela abaixo
apresentado:

ANO ACIDENTES MENSAIS ACIDENTES ANUAIS


2012 4 48
2013 5 60
Total 108

Fonte: Departamento de planificação.

Como operador de equipamento o autor já presenciou acidentes de trabalho, ouviu relatos de


colegas que estavam envolvidos em acidentes, assim como os que assistiram os acidentes de
trabalho, condicionando deste modo a Analisar a situação actual de segurança no trabalho na
Cornelder de Moçambique.

Ora, os acidentes de trabalho não só comprometem a integridade física, mas podem também
resultar em alterações psiquiátrico/psicológicas que repercutem no relacionamento intra -
pessoal, familiar; social e laboral do indivíduo, comprometendo também sonhos e projectos de
vida, de realização pessoal. No lado físico, quando o colaborador é amputado algum dos seus
membros ou fica defeituoso, no que concerne ao lado psicológica é quando o colaborador fica
com receio de se apresentar perante os seus colegas, anda cabisbaixo, sem vontade de fazer nada
e fica sem nenhuma motivação, segundo Fernandes (123:1996).
17

Portanto, o acidente de trabalho possui aspectos positivos e negativos. Na vertente positiva:


quando os acidentes acontecem e tanto colaborador assim como a organização procuram
estratégia de prevenir os acidentes de trabalho e no alcance de um bom desempenho. No que
concerne a parte negativa é a parte em que o colaborador e a organização não fazem nada para
evitar os acidentes de trabalho, segundo Fernandes (111:1996).

Finalmente, a motivação pessoal para a escolha do tema está relacionada com elevados índices
de acidente de trabalho ocorrido na organização em estudo e em procurar uma medida de como
prevenir os acidentes de trabalho, de acordo com as melhores práticas de prevenção aprendido
durante a minha formação em Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos com Habilitação
em Higiene e Segurança no Trabalho. (motivação mais profunda).

1.6. Delimitação do tema

A monografia tem como tema: Análise da situação da segurança de trabalho na Cornelder de


Moçambique, terminal de contentor.

1.6.1. Temporal

A monografia foi desenvolvida num período que compreende os meses de Janeiro de 2012 a
Novembro de 2013, tendo em conta que este é o período em que mais houve acidentes de
trabalho na história da organização.

1.6.2. Espacial

A pesquisa foi realizada na Cornelder de Moçambique, terminal de contentor, no porto da Beira,


tendo em conta que este é o local de trabalho do autor do projecto.

1.7. Enquadramento do tema

O tema enquadra-se no curso de Gestão de Recursos Humanos, com habilitação em higiene e


segurança no trabalho, no subsistema de manutenção de recursos humanos, no terceiro capítulo:
18

Qualidade de vida no trabalho. Como também podemos encontrar ela na cadeira de Higiene no
trabalho, Segurança no trabalho, Avaliação de riscos profissionais, Gestão de prevenção.

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Conceitos

Segurança do trabalho1 (ou também denominado segurança ocupacional) é um conjunto


de ciências e tecnologias que tem o objectivo de promover a protecção do trabalhador no seu
local de trabalho, visando a redução de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. É uma das
áreas da segurança e saúde ocupacionais, cujo objectivo é identificar, avaliar e controlar
situações de risco, proporcionando um ambiente de trabalho mais seguro e saudável para as
pessoas.

Destacam-se entre as principais actividades da segurança do trabalho:

 Prevenção de acidentes
 Promoção da saúde
 Prevenção de incêndios.

Para Chiavenato (87:1998), Segurança de trabalho é o conjunto de medidas técnicas,


educacionais, médicas e psicológicas utilizadas para prevenir acidentes, seja eliminando
condições inseguras do ambiente, seja instruindo ou convencendo as pessoas da utilização de
práticas preventivas. Ela é indispensável ao desempenho satisfatório do trabalho. A segurança
visa minimizar os acidentes do trabalho.

Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de factores, entre os quais se


destacam as falhas humanas e falhas materiais, neste contexto a que levar em consideração o

1
Ministério do Trabalho e Emprego (2008). Inspecção do Trabalho Segurança e Saúde no Trabalho - Normas
regulamentadoras (em português). Ministério do Trabalho e Emprego. Página visitada em 20 de Maio de 2010.
19

conceito de Chiavenato, porque a sua definição é mais abrangente incluindo medidas técnicas,
educacionais, médicas e psicológicas utilizadas para se prevenir os acidentes.

A Lei do trabalho de Moçambique 2, no seu artigo 222º do nº 1, conceitua o Acidente de trabalho


como o sinistro que se verifica, no local e durante o tempo do trabalho, desde que produza,
directa ou indirectamente, no trabalhador subordinado lesão corporal, perturbação funcional ou
doença de que resulte a morte ou redução na capacidade de trabalho ou de ganho.

Para Chiavenato (88:1998) Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a
serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, de carácter temporário
ou permanente. Essa lesão pode provocar a morte, perda ou redução da capacidade para o
trabalho, na mesma linha do pensamento International Labour Office (2013) diz que Acidente de
trabalho é o acontecimento súbito e fortuito que ocorre durante o exercício da actividade laboral
ao serviço da empresa e que provoque no trabalhador lesão ou danos corporais de que resulte a
incapacidade parcial ou total, temporária ou permanente para o trabalho ou morte.

Dos conceitos de acidente de trabalho acima citados a que destacar o de Chiavenato (1998, p.
88), porque ela retrata a periodicidade da perturbação que o acidente pode causar e pelo exercício
do trabalho, como também é o mais explícito. Porem todos os conceitos são validos.

Ora, Vianna et all, (205:2001) diz que assegurar que os níveis de iluminação no local de trabalho
são adequados, contribui para um melhor desempenho, aumenta o rendimento no trabalho, e
contribui para a redução de acidente de trabalho, quer para a saúde dos colaboradores, não só,
como também esta provada que uma iluminação artificial adequada além de diminuir a
possibilidade de erro ou acidente, diminui a fadiga e exerce uma boa influência sobre a
motivação do trabalhador, melhorando o ambiente de trabalho.

Segundo Garrete e William (2003); Mello e Tufik (2004) defendem que o homem por questões
fisiológicas desempenha suas actividades quotidianas melhores ao dia se comparado ao período
da noite.

2
Lei Nº23/2007, de 1 de Agosto
20

Portanto, para colmatar ou reduzir os acidentes de trabalho verificado para os colaboradores que
trabalham em regime de turno Militão (2001), diz que a implementação da ginástica laboral, que
com exercícios de curta duração tem como objectivo actuar de forma preventiva e terapêutica na
saúde do trabalhador. Visando concomitantemente, despertar o corpo do funcionário, reduzir
acidentes de trabalho, prevenir doenças, vícios posturais além de proporcionar uma melhor
disposição para o trabalho.

Nesta ordem de ideia, Araújo (112:1981), diz que quando o equipamento não apresenta
protecção para o trabalhador, quando a iluminação do ambiente de trabalho é deficiente ou
quando não há boa manutenção do equipamento, os riscos de acidente aumentam
consideravelmente. Muitos processos produtivos dependem da utilização de máquinas, pelo que
é importante a existência e o cumprimento dos requisitos de segurança em máquinas industriais
ou a sua implementação no terreno de modo a garantir a maior segurança aos operadores.

Para garantir melhor segurança aos colaboradores, Incatep (3:2013), diz que deve se fazer o
procedimento operacional padrão, visto que ele define como descrição detalhada de todas as
operações necessárias para a realização de uma actividade, ou seja, é um roteiro padronizado
para realizar uma actividade com o objectivo de garantir os resultados esperados por cada tarefa
executada. Contudo os operadores diariamente devem fazer um Check list de itens como: nível
de água do radiador, óleo de motor, óleo de freio, pressão e estado dos pneus, funcionamento de
faróis, a buzina entre outros aspectos dependendo do equipamento.

Ainda Incatep (4:2013), diz que, por mais cuidado que se tenha ao utilizar um equipamento, este
sempre sofrera desgaste ao longo do tempo. E o manual do fabricante indica a periodicidade para
a verificação de diversos itens. A manutenção deve verificar adequadamente quais as avarias
verificadas pelas máquinas e a sua periodicidade.

Formação é um processo de assimilação cultural a curto prazo, que objectiva repassar ou reciclar
conhecimento, habilidade ou atitudes relacionadas directamente a execução de tarefas ou a sua
optimização no trabalho (Marras 2001 apud Araújo 378:2006). Nesta ordem de ideia Robbins
(469:2002) diz que a maioria das formações visa a actualização e ao aperfeiçoamento das
habilidades técnicas dos funcionários.
21

Portanto, decreto-lei 109/2000 de 30 de Junho, diz que todos os membros do pessoal devem
receber, com regularidade, formação na área da saúde e segurança. A formação deve ser
adequada aos respectivos níveis de experiencia e de responsabilidade e a natureza das tarefas que
desempenham.

Nesta ordem de ideia, Camara et all (417:2001). Diz que a empresa deve ter um plano de
formação e é elaborado pelo departamento de Recursos Humanos com base nas necessidades
detectadas pelo próprio responsável da formação. Para permitir seleccionar as acções de
formação mais adequadas, o responsável pela formação prepara, no inicio do ano, um repertório
de formação, que é um catalogo de todas as acções de formação programadas para esse ano e
ministradas por entidades que sejam consideradas idónea, onde, para além do titulo da acção de
formação figuram: os seus objectivos, a data, a sua duração e o local da realização.

Quanto ao equipamento de protecção individual, Montenegro (2012) diz que o trabalhador será
mais receptível ao Equipamento de Protecção Individual quando for mais confortável e de seu
agrado. Para isso, os equipamentos devem ser práticos, proteger bem, ser de fácil manutenção,
ser fortes e duradouros. Os equipamentos utilizados podem ser separados por partes do corpo.

Portanto, usar e cuidar do equipamento de segurança faz parte do trabalho de cada um, sendo que
existe sempre um Equipamento de Protecção Individual apropriado à tarefa que será realizada
Votaratim Metais, (120:2005).

Já no que concerne ao Equipamento de protecção colectivo - são dispositivos utilizados


no ambiente de trabalho com o objectivo de proteger os trabalhadores dos riscos inerentes aos
processos, tais como o enclausuramento acústico de fontes de ruído, a ventilação dos locais de
trabalho, a protecção de partes móveis de máquinas e equipamentos, a sinalização de segurança,
dentre outros Cunha (53:2006).

Maximiano (2006) diz que plano estratégico é o processo de elaboração da estratégia, na qual se
definiria a relação entre a organização e o ambiente interno e externo, bem como os objectivos
organizacionais, com a definição de estratégias alternativas.
22

2.2. Causas dos acidentes do trabalho

Segundo a Fundacentro (1980), as principais causas de acidentes de trabalho podem ser


agrupados em dois blocos, a saber:

a) Causas objectivas – englobam as causas que se vinculam aos métodos e utensílios de


trabalho. São as condições inseguras de trabalho que colocam em risco as máquinas, os
equipamentos e a integridade física e mental.
b) Causas subjectivas – englobam as causas que dependem da pessoa do trabalhador. São os
actos inseguros que, conscientes ou não, podem provocar algum dano a ele ou mesmo as
maquinas e aos materiais e equipamento.

2.3. Prevenção dos Acidentes


Segundo Chiavenato (79:1998) Prevenção de acidente e de incidente é o conjunto de actividades
destinadas a impedir males, evitando assim custos adicionais desnecessários a operação através
da preservação dos meios em pessoal e material. Ao tratarmos de prevenção de acidentes, não
podemos nos referir somente ao homem ou mesmo a maquina, mas, de uma maneira global, ao
homem que opera a maquina, a maquina que será operada e mantido pelo homem, e ao meio no
qual se desenvolve essas actividade, seja o meio no qual se desenvolve essas actividade, seja o
meio ambiente na cabine ou mesmo o meio social em que vive esse homem.

Segundo Fernandes (89:1996) São três os elementos, definidos no trinómio “Homem, Meio e
Maquina”, que constituem a base e o objecto de toda a actividade de prevenção e, envolvendo
pelo menos dois deles, os acidentes que uma análise efectiva desses três elementos seja levada a
efeito para, a partir dai, serem postas em práticas medidas correctivas eficazes e objectivas.
Normalmente, um acidente é o resultado imediato de uma decisão errada, sendo que podem
contribuir para esse aspecto falhas no treinamento ou planeamento, deficiências de ordem
psicológicas, ou até mesmo determinadas características individuais que podem ocasionar uma
diminuição no estado de preocupação com as situações de risco, fazendo com que essas seja até
mesmo ignorado.
23

A Organização Internacional de Trabalho (38:1996), propõe que mudança significativa deve ser
realizadas nas organizações, no sentido de resultarem no aumento da produtividade nas
organizações e na drástica redução dos acidentes, bem como de sua gravidade. Tais mudanças
podem se tornar mais efectivas quanto melhor e mais integrado for o trabalho conjunto de
profissionais, trabalhadores, governo, entidades e a sociedade em geral, no sentido de reforçar as
condicionantes culturais e sociais e de melhorar as condições de trabalho existente nas
organizações, através da prevenção dos acidentes.

Tendo em vista que as causas de acidentes se devem a falhas humanas e falhas materiais, a
prevenção de acidentes deve ser:a eliminação da pratica de actos inseguros,a eliminação das
condições inseguras. Os primeiros poderão ser eliminados inicialmente através de seleção
profissional e exames médicos adequados e posteriormente através da educação e treinamento e
as segundas , através de medidas de engenharia que garantam a remoção das condições de
insegurança no trabalho.

São necessários esforços concertados, tanto a nível internacional como nacional, para lidar com a
«invisibilidade» das doenças profissionais e corrigir o resultante défice de trabalho digno. A
prevenção eficaz das doenças profissionais exige uma melhoria contínua dos sistemas de
Segurança e Saúde de Trabalho, bem como dos programas de inspecção e prevenção e dos
sistemas de indemnização em todos os Estados-membros da Organização Internacional de
Trabalho, de preferência na base de um esforço de cooperação entre governo e organizações de
trabalhadores e de empregadores. É também necessário um maior esforço no sentido de compilar
dados relevantes para melhorar as estratégias preventivas das doenças profissionais.

2.4. Tipos de medidas de prevenção


Segundo Chiavenato (1998) designam-se as medidas construtivas - estruturais destinadas a
prevenir os riscos de trabalho, tomadas logo na fase do projecto, isto é, antes do inicio da
actividade labor. Como exemplo destas medidas, podem referir-se: Definição de percursos
especiais de evacuação (portas); Volumetria adequada do local de trabalho e Revestimento do
chão e paredes.
24

2.4.2. Acções de prevenção indirectas


Trata-se da aplicação de equipamentos, de sistemas ou de medidas de protecção que eliminem os
riscos de trabalho, os limitam ou limitem as suas consequências e existem basicamente 2 tipos de
acções indirecta.
1º De protecção individualizada (óculos, mascaras, tampões auriculares, capacetes, vestuários,
calcados, luvas, etc.)
2º De protecção não individualizada. Estas podem agrupar-se em 3 subtipos: 1º protecção por
fixação ao local, em que o trabalhador não pode estar na área de risco (Ex: as alavancas de
accionamento de uma prensa estão afastadas do local da prensagem); 2º protecção por
interposição ou cobertura, para que não seja possível que as partes do corpo em risco possam ser
lesadas, especialmente as mãos e pés (Ex: bainhas de serras de cortes) e 3º protecção por reacção
de aproximação, em que através de sensores de área de risco fica inacessível pelo trabalhador
quando a aproximação é demasiada (Ex: interruptores automáticos que desligam as maquinas
quando é realizada alguma operação não prevista e que acarreta riscos).

2.4.3. Acções de prevenção informativas


São dirigidas aos trabalhadores e a terceiros, com o objectivo de que tomem as atitudes e
comportamentos adequados face aos riscos a que estão expostos. Estas acções de prevenir são de
2 tipos:1º Informativas propriamente ditas (cartazes com mensagens, figuras ou códigos
avisadores de perigo, folhetos ou brochuras com recomendações de segurança, avisos sonoros ou
visuais sobre perigos, etc). E 2º Formativas (cursos de formação profissional ligados a HST,
debates, palestras, conferencias sobre prevenção, etc).

2.5. O papel dos trabalhadores e dos Empregadores na prevenção de acidentes


Segundo International Labour Office 3 (ILO) (2013) A participação activa das organizações de
trabalhadores e de empregadores é essencial para o desenvolvimento de políticas e programas
nacionais de prevenção de doenças profissionais. Os empregadores têm o dever de prevenir as

3
http//www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---ed_norm/---
relconf/documents/meetingdocument/wcms_204755.pdf, 12/02/14 - 11:23minutos .
25

doenças profissionais, através da tomada de medidas de prevenção e de protecção assentes na


avaliação e no controlo dos riscos no trabalho. Através de uma participação e de um diálogo
social eficazes, os dirigentes, os supervisores, os profissionais de Segurança e Saúde no
Trabalho, os trabalhadores, os representantes dos trabalhadores para a saúde e segurança e os
sindicatos têm papéis importantes a desempenhar. Os trabalhadores e as suas organizações têm o
direito de participar, a todos os níveis, na formação, supervisão e implementação de políticas e
programas de prevenção.

2.6. Obrigações gerais dos trabalhadores em matéria de Higiene e Segurança no trabalho


(INTERNATIONAL LABOUR OFFICE)
Significa que o trabalhador durante a execução das suas funções deverá estar ciente a sua
segurança, higiene e saúde, abstendo-se de práticas de riscos, por acção ou omissão, que o
poderão a atingir a si próprio, aos restantes trabalhadores ou a terceiros que possam
eventualmente ter contacto directo ou ocasional com a prestação laboral em execução.

Na mesma linha de pensamento a Lei do trabalho de Moçambique no seu artigo 216º do nº 3. Os


trabalhadores devem velar pela sua própria segurança e saúde e a de outras pessoas que se podem
ver afectadas pelos seus actos e omissões no trabalho, assim como devem colaborar com o seu
empregador em matéria de higiene e segurança no trabalho, quer individualmente, quer atrás da
comissão de segurança no trabalho ou de outras estruturas adequadas.

2.6.1. Utilizar correctamente os instrumentos de trabalho


Segundo a Internacional labour Office, utilizar correctamente os instrumentos de trabalho
abrange utensílios, máquinas, aparelhos, instrumentos, substancias perigosas e ou quaisquer
outros equipamento que sejam utilizados para a execução da prestação laboral.
Este obrigação deve ser cumprido de acordo com os procedimentos indicados e estabelecidos
pela entidade empregadora.
26

2.6.2. Comunicação imediata de avarias ou deficiências nos instrumentos de trabalho


Para a Internacional labour Office o trabalhador tem o dever de comunicar imediatamente aos
representantes dos trabalhadores para a segurança, higiene e saúde no trabalho, ou não estando
este ainda eleitos, a entidade empregadora, assim que detectada, a ocorrência de avarias ou
deficiências nos instrumentos de trabalho, susceptíveis de causar perigo grave ou iminente.

2.7. Redução dos riscos de acidentes


A Internacional labour Office diz que os acidentes são evitados com a aplicação de medidas
específicas de segurança, seleccionadas de forma a estabelecer maior eficácia na prevenção da
segurança. As prioridades são:
Eliminação do risco: significa torná-lo definitivamente inexistente. (exemplo: uma escada com
piso escorregadio apresenta um sério risco de acidente. Esse risco poderá ser eliminado com um
piso antiderrapante); Neutralização do risco:o risco existe, mas está controlado. Esta opção é
utilizada na impossibilidade temporária ou definitiva da eliminação de um risco. (exemplo: as
partes móveis de uma máquina como polias, engrenagens, correias etc. - devem ser neutralizadas
com anteparos de protecção, uma vez que essas peças das máquinas não podem ser simplesmente
eliminadas; E Sinalização do risco: é a medida que deve ser tomada quando não for possível
eliminar ou isolar o risco. (exemplo: máquinas em manutenção devem ser sinalizadas com placas
de advertência; locais onde é proibido fumar devem ser devidamente sinalizados.
27

CAPITULO III. METODOLOGIA

Neste capítulo mostra-nos o tipo de pesquisa, amostra da população em estudo, metodologia e


técnicas utilizadas para a elaboração desta monografia. A pesquisa envolveu a terminal de
contentor da Cornelder de Moçambique no porto da Beira.

Com vista a alcançar os objectivos preconizados, o autor usou os seguintes métodos e técnicas:

3.1. Método bibliográfico

De acordo com Marconi e Lakatos (43:1999) a pesquisa bibliográfica é a colecta, selecção e


utilização de documentos sobre um determinado assunto. Por sua vez, documento é toda a
informação na forma oral, escrita ou visualizada. Ou seja, é qualquer informação sob a forma de
texto, imagem, som, sinais, gravações, obras de arte ou históricas, documentos oficiais, jurídicos,
etc.

Com base neste método, o autor fez consultas bibliográficas em livros (Qualidade de vida no
trabalho, 1996; Sistema de gestão em segurança e saúde no trabalho), revistas, documentos
(Manual da Cornelder de Moçambique) já publicados que abordam sobre o tema e manuais de
28

metodologias de pesquisa, com vista a fornecer bases ligadas a segurança de trabalho na


Cornelder de Moçambique. Com este método permitiu-nos trazer bases teóricas ligadas ao tema
do trabalho.

3.2. Método de observação directa

Lakatos e Marconi, (1999) dizem que observação é uma técnica de colecta de dados para obter
informações e utiliza sentidos na observação de determinados aspectos da realidade. Não
consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar factos ou fenómenos que se deseja
fazer o estudo.

Esta técnica permitiu observar de forma directa a Análise da situação de segurança no trabalho
na Cornelder Consistiu em observar como os operadores operam os seus equipamentos, como é
constituído a estrutura da organização, como é que os colaboradores se apresentam no seu local
de trabalho.

3.3. Técnica de entrevista

“Entrevista: é um instrumento básico de recolha de dados”. Moisés e Kalton (1971), e apud, Bell
(118:1997), afirmam que a entrevista “é uma conversa entre um entrevistador e um entrevistado
que tem por objectivo de extrair determinadas informações do entrevistado”.

O método de entrevista proporcionou a recolha de dados por meio de um guião de entrevista que
auxiliou o autor na colecta dos dados. Ela foi dirigida aos gestores de acidente de trabalho na
terminal de contentor. Usei a entrevista para obter informações mais claras acerca da real
situação da segurança no trabalho da empresa em destaque. A entrevista foi realizada a quando
os gestores executavam as suas tarefas.

3.4. Técnica de questionário

De acordo com Moisés e Kalton (1971), e apud Bell (119:1997), o questionário é o vínculo de
pesquisa que utiliza impressos preparadas para receber resposta a todas as perguntas necessárias
29

a um levantamento, as quais foram previamente elaboradas e dispostas na melhor sequencia, na


forma mais agradável para facilitar o preenchimento e devolução.

Usei o questionário para a recolha de informação dos colaboradores da terminal de contentor


para posteriormente mensuração dos dados. O questionário foi efectuado nos postos de trabalho
dos colaboradores no período de repouso. Eles contem questões relacionados com o local onde
são operados os equipamentos, a estrutura da organização entre outros aspectos ligados com a
situação da segurança no trabalho. O questionário ajudou bastante para a recolha de informação
pois ele é simples de responder, não requer muito esforço para responder.

3.5. Tipo de estudo

Para a realização desta pesquisa, o proponente usou o estudo quantitativo, onde considera se que
tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para
classifica-las e analisa-las, usando os métodos e técnicas acima mencionadas.

3.6. População
A população em estudo foi a da Cornelder de Moçambique, na terminal de contentor da Beira,
constituído por um universo de 250 colaboradores.

3.7. Amostragem
A amostra é uma parte do universo escolhida segundo algum critério de representatividade
Vergara, (50:2004). Segundo esta autora, a amostra pode ser probabilística ou não -
probabilística.
A amostra probabilística é baseada em procedimentos estatísticos. Nela, cada elemento da
população tem uma chance fixa de ser incluído na amostra, baseando-se no conceito de selecção
aleatória. A amostra não - probabilística não utiliza selecção aleatória. Ela é arbitrária, subjectiva
e, portanto, confia no julgamento pessoal do pesquisador Malhotra (2001); Cooper; Schindler,
(2003). A selecção das unidades amostrais é deixada a cargo do pesquisador.

Durante a escolha da amostra o autor usou método não - probabilístico onde, por meio de escolha
arbitrária, num universo de 250 colaboradores, o autor obteve 50 colaboradores inicialmente
30

previsto para o estudo, dentre estes, 45 operadores e 5 subchefes dos sectores produtivo da
empresa. Nos 45 operadores estão inclusos os que já sofreram acidente.

No universo de 4 brigada que a organização possui constituído de 55 colaboradores cada,


vai se retirar 12 a 13 colaboradores em cada brigada para a amostragem. O que equivale a
dizer que nas três primeiras brigadas serão extraídos 12 colaboradores e na última brigada
será 13 colaboradores e um colaborador que é o gestor de acidentes de trabalho, que vai
totalizar 50 colaboradores para a amostra.

CAPÍTULO IV: APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS


Neste capítulo foi efectuado a análise e discussão dos resultados apurados, com o intuito de os
compreender e de estabelecer correspondências com estudos análogos referidos no
enquadramento teórico. É também nosso objectivo responder à pergunta de partida reformulada
no objecto de estudo, suportada pelas hipóteses por nós formuladas.

A apresentação de dados foi feita em gráficos assim como em tabelas com base em
questionários, entrevistas e observação utilizados para a colecta de dados.

4.1. Descrição da Cornelder de Moçambique


O porto da Beira (Cornelder) está localizado no estuário do rio Púngue, a Este da costa Africana
com Latitude 19º 50’ S; Longitude 34º 50’ E. É um porto artificial devendo constantemente ser
dragado de modo a evitar que as lamas provenientes dos rios Púngue e Búzi não cubram a bacia,
dificultando assim o acesso de embarcações.
31

Concessionaria dos terminais de contentores e carga geral do porto da Beira desde 1998, é uma
joint venture entre Portos e caminhos de Ferro de Moçambique (33%) e a Cornelder Holding
(67%) baseada em Roterdão, Holanda.

O porto da Beira (Cornelder) é identificado pelo seguinte código internacional:

UN Locator code: MZBEW (Código de localização geográfica)

Port ID Number: 21957 (Número de identificação)

4.2. Condições de Segurança no trabalho na Cornelder de Moçambique

4.2.1. Perfil dos participantes.


O perfil dos participantes foi construído por informação obtida através da questão: qual a sua
função?

Tabela 1: Função exercida pelos colaboradores inqueridos.

EQUIPAMENTOS Nº DE OPERADORES %

Sisu 45/45 100

Sisu e Reach Stackers 15/45 33.333

Sisu, Reach Stackers e 10/45 22.222


Gantry

Fonte: Elaboração própria

A tabela apresenta resposta da pergunta que queria saber a função exercida pelos colaboradores
inqueridos com relação o número de equipamento disponível na terminal de contentor.
32

Dos 45 operadores inqueridos 100% responderam que sabiam operar o equipamento Sisu,
33.333% dos operadores responderam que sabiam operar Sisu assim como Reach Stackers e
somente 22.222% dos 45 operadores sabem operar Sisu, ReachStackers e Gantry.

De salientar que no universo de 50 colaboradores 45 são operadores, 4 são supervisores e 1 é o


gestor de acidente de trabalho da empresa em estudo.

Dos resultados apresentado nota se que nem todos os colaboradores pegam todos os
equipamentos ou uma boa parte dos operadores não pegam todos os equipamentos. Este é um
número muito reduzido uma vez que a tendência é de haver rotatividade entre os colaboradores
diariamente. Os colaboradores disseram que a organização leva dois a três operadores por ano
por cada brigada para a formação, e isto é um número muito reduzido.

4.2.2. Local de trabalho


Gráfico 1: Iluminação do local de trabalho

Fonte: Elaboração própria, 2013.


33

O gráfico mostra a percentagem das respostas obtidas no questionário que pretendia saber se o
parque onde operam ou onde são executado as tarefas dos colaboradores é bem iluminado.

Dos colaboradores inqueridos que trabalham no período da noite, 81% deles disseram que o
parque não é bem iluminado e 19% disseram que é bem iluminado. Os que disseram que o
parque é iluminado estavam a referir-se somente a um (1) parque, uma vez que a organização
possui três (3) parques de armazenagem dos contentores, e o restante dos parques não é
iluminado.

Interpretando os resultados sobre a iluminação, mostra-nos que a organização não é bem


iluminado, uma vez que eles trabalham no período da noite e isto pode criar acidente durante a
execução do trabalho dos operadores.

Segundo a pesquisa bibliográfica que fizemos podemos constatar que, uma boa iluminação no
local de trabalho contribui para um melhor desempenho, aumenta o rendimento no trabalho, e
contribui para a redução de acidente de trabalho, quer para a saúde dos colaboradores, não só,
como também está provada que uma iluminação artificial adequada alem de diminuir a
possibilidade de erro ou acidente, diminui a fadiga e exerce uma boa influência sobre a
motivação do trabalhador, melhorando o ambiente de trabalho.

Gráfico 2: Estado do piso / pavimento

Fonte: elaboração própria, 2013.


34

No gráfico estão apresentados resultados da pergunta que pretendia saber se o piso/pavimento


apresenta muita irregularidade para a operação dos equipamentos.

79% dos colaboradores disseram que o piso não é aderente, ele tem muitas irregularidade e 21%
disseram que o piso é aderente.

Interpretando, isto mostra que a organização não possui melhores condições de pavimento. E de
acordo com a observação no local pudemos constatar que a organização possui três parques e
que nos três somente um parque é que esta em perfeitas condições, ou melhor ele está
pavimentada e o restante não oferece uma boa apresentação. Recentemente a organização tinha
dois parques pavimentada, infelizmente um dos parque degradou-se e mesmo assim os
operadores operam neste mesmo local com péssimas condições.

4.2.3. Condições psicológicas do trabalho


Gráfico 3: Horário de trabalho

Fonte: Elaboração própria


35

O gráfico apresenta resultados da pergunta que destinava saber se o horário laboral era em turno
ou normal.

Sobre esta questão todos os colaboradores inqueridos disseram que o trabalho era em turno, isto
quer dizer 100% dos colaboradores disseram que o trabalho é em turno. Os gestores da
organização dizem que com o aumento da demanda eles têm de trabalhar em turnos caso
contrario o porto fica com cargas avultados.

De acordo com a pesquisa bibliográfica que fizemos pudemos constatar que o homem por
questões fisiológicas desempenha suas actividades quotidianas melhores ao dia se comparado ao
período da noite. Na entrevista sobre a mesma questão os colaboradores afirmaram que os
acidentes tem se registado a maior parte das vezes no período da noite se comparado ao período
diurno.

Que para colmatar ou reduzir os acidentes de trabalho verificado para os colaboradores que
trabalham em regime de turno deve se implementar ginástica laboral, que com exercícios de
curta duração tem como objectivo actuar de forma preventiva e terapêutica na saúde do
trabalhador. Visando concomitantemente, despertar o corpo do funcionário, reduzir acidentes de
trabalho, prevenir doenças, vícios posturais alem de proporcionar uma melhor disposição para o
trabalho. Neste assunto, entrevistando alguns colaboradores, disseram que existe uma brigada
que pratica desporto nas suas folgas e surte resultados. Embora que o autor aqui fala nos de
exercício no local de trabalho, a brigada pratica fora do local de trabalho com vista a que se faça
valer o exercício.

Gráfico 4: Rotatividade no trabalho


3

Fonte: Elaboração própria

O gráfico mostra as resposta da pergunta que destinava saber se nas 12h que trabalham existe
rotatividade dos colaboradores nos equipamentos, isto é, se nas 12h que os colaboradores
executam as suas tarefas permanecem no mesmo equipamento ou fazem rotatividade nos
equipamentos diversos.

Dos colaboradores inqueridos, 90% disseram que não fazem rotatividade nas 12h trabalhadas ao
longo do turno e 10% disseram que fazem rotatividade nos equipamentos nas 12h. De salientar
os que responderam sim, são os colaboradores que estão afectados no Gantry.

Dos resultados acima apresentado mostra que a maior parte dos funcionários não fazem a
rotatividade nas 12h que trabalham diariamente. O ideal seria se a organização elaborasse um
plano de rotatividade entre os trabalhadores para que a jornada de trabalho não cansasse tanto.
Pode se dizer ser essa uma das consequências com que faz os colaboradores estar fadigado e
consequentemente envolver se em acidente.

4.2.4. Máquina
Gráfico 5: Formação dos operadores
3

Fonte: Elaboração própria

No gráfico estão as respostas da pergunta que destinava saber se a formação dos operadores era
suficiente para um operador poder operar.

Quanto a esta questão 55% dos colaboradores inqueridos responderam que a formação não é
suficiente e 45% disseram que a formação é suficiente.

Dos resultados acima apresentado podemos ver claramente que os colaboradores não possuem
uma boa formação profissional para a operacionalização de seus equipamentos. Pudemos
conversar com muitos dos colaboradores e eles disseram que as formações são a curto prazo. E
que nos tempos passado a organização dava formação em 3 meses para o equipamento Sisu e que
hoje dão somente duas semanas.

Segundo pesquisa bibliográfica que fizemos, o ideal seria se a organização aumentasse os dias de
formação para os operadores se aprimorar mais nas suas habilidades como forma de melhorar o
conhecimento sobre a operação.

Gráfico 6: Estado dos equipamentos


3

Fonte: Elaboração própria

O gráfico mostra os resultados obtidos do questionário que destinava saber o estado dos
equipamentos (Máquinas) que os operadores operam estavam em perfeitas condições.

Dos colaboradores inqueridos 78% disseram que os equipamentos não estão em perfeitas
condições e 13% disseram que os equipamentos estão em perfeitas condições.

O resultado mostra que os equipamentos de trabalho não estão em perfeitas condições para a
operação. Os que disseram que as maquinas não estão em perfeitas condições disseram também
que quando eles põem os equipamentos na oficina para ser reparado os mecânicos devolvem em
tão curto tempo e os operadores levam a máquina para a operação e eles são envolvidos em
acidente de trabalho.

Se o equipamento não apresenta protecção para o trabalhador, quando a iluminação do ambiente


de trabalho é deficiente ou quando não há boa manutenção do equipamento, os riscos de acidente
aumentam consideravelmente. Muitos processos produtivos dependem da utilização de
máquinas, pelo que é importante a existência e o cumprimento dos requisitos de segurança em
máquinas industriais ou a sua implementação no terreno de modo a garantir a maior segurança
aos operadores

Tabela 2: Palestra de prevenção em Higiene e Segurança no trabalho


3

Nº de Tiveram a Não tiveram a Existe mas não


Colaboradores palestra palestra tiveram

40%

25%

35%

Fonte: Elaboração própria

A tabela apresenta resposta da pergunta que destinava saber se a organização dá palestra em


higiene e segurança no trabalho ou em matéria de prevenção de acidente.

Com a tabela podemos ver que 40% dos colaboradores disseram que existe sim formação de
prevenção de acidente de trabalho e que não foram abrangidos pela formação. 35% Disseram
que, não existe formação nenhuma em matéria de prevenção de acidente de trabalho, se existe
eles não tiveram conhecimento. E somente 25% disseram que existe formação de acidente de
trabalho e que eles foram abrangidos pela formação num período de um dia.

De acordo com a entrevista que fizemos pudemos concluir que a organização dá formação de
prevenção de acidente de trabalho, só que, os colaboradores não são informadas a tempo para se
preparar e irem participar em matéria de prevenção. Uma vez que o seu trabalho é em regime de
turno, eles são abrangidos nos dias em que saem de fazer noite e os colaboradores não estão em
condições de participar na formação. A organização deve facultar a que todos os membros da
organização recebam com regularidade formação em matéria de HST

Como os autores dizem a organização deve ter um plano de formação com base nas necessidades
detectadas pelo próprio responsável da formação. Para permitir seleccionar as acções de
formação mais adequadas, o responsável pela formação prepara, no inicio do ano, um repertório
de formação, que é um catalogo de todas as acções de formação programadas para esse ano e
ministradas por entidades que sejam consideradas idónea, onde, para alem do titulo da acção de
formação figuram: os seus objectivos, a data, a sua duração e o local da realização.

A organização deve facultar que todos os colaboradores participem na formação em matéria de


higiene e segurança no trabalho e que a organização elaborasse um plano de formação
4
juntamente com horário em que os colaboradores estão a trabalhar, isto para os colaboradores
que estão de folga possam participar da formação.

4.1.5. Procedimento Operacional Padrão


Gráfico 7: Check list dos equipamentos

Fonte: Elaboração própria

O gráfico acima apresentado estão os resultado da questão que queria saber se os colaborador
observam o procedimento operacional padrão (check list) antes da sua rotina diária de actividade
laboral.

25% dos colaboradores disseram que observam o procedimento operacional padrão obrigatório
exigido pela organização antes da sua rotina diária, 35% dos colaboradores disseram que não
observam o procedimento padrão exigido pela organização, enquanto que 40% dos
colaboradores questionados sobre a mesma questão disseram nem sempre eles observam o
procedimento operacional padrão.

Questionado sobre a mesma questão, os colaboradores disseram que não observam o


procedimento operacional padrão pelo facto de não serem colmatadas as avarias registadas por
eles, por isso que não adianta fazerem o procedimento operacional padrão que a empresa exige.
4
Pude observar os operadores antes da sua actividade laboral e alguns fazem Check list de itens
como: nível de água do radiador, óleo de motor, óleo de freio, pressão e estado dos pneus,
funcionamento de faróis, a buzina entre outros aspectos dependendo do equipamento.

4.2.6. Equipamento de Protecção Individual /


Colectiva Gráfico 8: Equipamento de protecção

individual

Fonte: Elaboração própria

O gráfico apresenta resultado da questão que queria saber se os colaboradores usam o


equipamento de protecção individual dentro do local do trabalho.

Dos colaboradores questionados 49% disseram que usam os equipamentos de protecção


individual que a organização disponibiliza dentro da organização, enquanto 51% dos
colaboradores disseram que não usam os equipamentos de protecção individual que a
organização disponibiliza pelo facto de não oferecerem conforto.

De acordo com a observação que fiz, constatei que trabalhador será mais receptível ao
Equipamento de Protecção Individual quando for mais confortável e de seu agrado. Para isso, os
equipamentos devem ser práticos, proteger bem, ser de fácil manutenção, ser fortes e duradouros.
Os equipamentos utilizados podem ser separados por partes do corpo.

No que concerne o uso dos equipamento de protecção, as empresas devem possuir um conjunto
de regras e procedimentos que devem ser cumpridas obrigatoriamente pelos trabalhadores, com
intuito de prevenir e/ou reduzir os danos e perdas provocadas por agentes agressivos.
4
Ora, na Cornelder é obrigatório que se use os equipamentos de protecção individual, porque com
ela o colaborador fica protegido e pode minimizar algum acidente que possa originar no local de
trabalho. Como também a seguradora indemniza colaboradores acidentados aos que estiverem
devidamente uniformizados.

Gráfico 9: Equipamento de protecção colectiva

Fonte: Elaboração Própria

O gráfico acima representado está descrito o resultado da questão que queria saber se a
organização disponibiliza equipamento de protecção colectiva para os seus colaboradores.

Dos colaboradores inqueridos 51% disseram que a organização não disponibiliza equipamento
de protecção colectiva, enquanto 49% dos colaboradores disseram que a organização
disponibiliza equipamento de protecção colectiva.
Com o objectivo de proteger os trabalhadores dos riscos inerentes aos processos, tais como o
enclausuramento acústico de fontes de ruído, a ventilação dos locais de trabalho, a protecção de
partes móveis de máquinas e equipamentos, a sinalização de segurança, dentre outros, a
organização deve facultar o equipamento de protecção colectiva. Os operadores disseram
também que algumas máquinas já não tem escadas, corrimão, ventilação, que quando eles
informam dizem que vão colmatar os erros e nunca colmatam.
4
4.2.7. Trepidações (Vibrações)
Gráfico 10: Trepidação no local de trabalho

Trepidaçãonolocal detrabalho

Não trepidam 36%

Trepidam 64%

Fonte: Elaboração própria

O gráfico está apresentado resultados do questionário em que destinava saber se o posto de


trabalho tem havido muita trepidação.

Dos colaboradores inqueridos 64% disseram que os equipamentos trepidam quando estiverem a
operar e 36% dos colaboradores disseram que os equipamentos não trepidam.

De acordo com 64% dos resultados responderam que as maquinas trepidam muito a quando
estiverem a operar e 36% disseram que as maquinas não trepidam muito. De salientar que os que
responderam que trepidam muito a quando estiverem a operar são os operadores que operam
Sisu e os que responderam que não trepidam são os operadores de Reach Stackers e de gantry.

Com a observação pudemos verificar que as condições de acento não estão em perfeitas
condições, e que os equipamentos quando eram novos não trepidavam muito. Os operadores
disseram também que, o que faz com que os equipamentos trepidem muito não são só os acentos
e sim a própria maquina. De facto pudemos observar que quando os equipamentos estão parados
e com motor a funcionar, eles trepidam.
4
4.2.8. Riscos químicos
Gráfico 11: Resíduos de produtos no chão ou no posto de trabalho

Fonte: Elaboração própria

O gráfico apresenta resultados da pergunta que destinava saber se no posto de trabalho existe
resíduos de produtos (açúcar e/ou adubo) no chão ou no posto de trabalho.

Dos 100%, 55% dos colaboradores disseram que existem resíduos de produtos no chão ou no
posto de trabalho e 45% disseram que não existe resíduos no chão.

Dos resultados acima apresentado podemos ver que no posto de trabalho existe resíduo químico
no chão, nomeadamente açúcar e adubo, e isto pode perigar os operadores que operam por ai,
com risco de derraparem. Com a entrevista os operadores disseram que o chão fica escorregadio
durante o período nocturno. Também pudemos observar que durante o dia o resíduo químico
seca e durante o período da noite ela derrete e faz com que as maquinas derrapem e provocando
acidente.

Os colaboradores disseram que é preciso andar com muito cuidado durante o período da noite
nos locais onde é escorregadio. De salientar que tem ávido resíduos escorregadio no chão quando
há navio de carga geral onde descarrega adubo ou embarca açúcar e deixa muito resíduo no chão
e o pavimento fica escorregadio.
4
4.2.9. Movimentação de cargas e peões.
Gráfico 12: transporte dentro do local de trabalho

Fonte: Elaboração própria

O gráfico mostra os resultados da questão que destinava saber se dentro do local de trabalho
haverá um meio de transporte para movimentar o colaborador dum posto para outro.

99% Disseram que não existe transporte dentro do local de trabalho para movimentar o pessoal
dum posto para outro e 1% disseram que existe.

De acordo com o resultado acima apresentado 99% dos colaboradores disseram que a
organização não possui transporte para a movimentação de colaboradores dentro do local de
trabalho para rotatividade ou para se dirigirem para o seu posto de trabalho. E 1% disse que
havia transporte dentro do local de trabalho, e que infelizmente já não esta em uso.

O transporte dentro do local de trabalho é muito importante para não haver acidente ou
atropelamento de colaboradores com máquinas. Os colaboradores disseram que antigamente a
organização tinha um meio de transporte de pessoal que transportava o pessoal de um posto para
outro posto como forma de encurtar a distancia e prevenir se dos acidentes.

De salientar que para além dos perigos que os colaboradores estão envolvidos, os postos de
trabalho estão bastante separados um do outro, por isso é necessário que tenha um transporte
dentro do recinto portuário para movimentar os colaboradores dum posto a outro posto de
trabalho.
4

4.3. Causas dos acidentes de trabalho


Gráfico13: causas dos acidentes de trabalho

Fonte: Elaboração própria

O gráfico apresenta os resultados da pergunta que destinava saber quais as causas dos acidentes
de trabalho.

30% dos colaboradores disseram as causa dos acidentes eram estados dos equipamentos em que
elas se encontravam, 9% disseram falta de espaços para manobra, 25% disseram que era excesso
de velocidade. Disseram que muitas das vezes falta de espaços para a manobra e eles arriscam se
em sítios que não da para fazer manobra e dai vem a consequência. 17% dos colaboradores
disseram que era a ma prestivação (Arrumação) da carga nos contentores e ma colocação do
contentor nos atrelado. E 16% disseram que as causas era do pavimento escorregadio e a falta de
comunicação correspondia a 3%. De acordo com a entreviste pude constatar que os
colaboradores sabem as causas de alguns acidentes e que eles são obrigados a operar naquele
estado.

4.3.1. Plano estratégico sobre a prevenção dos acidentes de


trabalho Gráfico 13: plano estratégico sobre prevenção de acidente de
trabalho
4

Fonte: Elaboração própria

O gráfico acima apresentado, representa a resposta da questão que destinava saber se a


organização faculta o plano estratégico sobre a prevenção de acidente de trabalho aos
colaboradores.

Dos trabalhadores inqueridos 80% deles disseram que a organização não faculta aos
colaboradores o plano estratégico sobre a prevenção de acidente de trabalho. E dos restantes 20%
disseram que a organização faculta ou mostra o plano estratégico em matéria de prevenção de
acidente de trabalho aos seus colaboradores e que um dos planos era a diminuição na caixa de
velocidade o limite máximo de velocidade dos seus equipamentos.

No local pude observar que os equipamentos têm uma velocidade reduzida anterior a fabricação
dos equipamentos. Que antes os equipamentos tinham uma velocidade mais veloz em relação a
este momento. Mesmo assim os equipamentos têm uma velocidade com que faz os operadores
operar a alta velocidade.

4.3.2. Fiscalização nas operações


Gráfico 14: Fiscalização nas operações
4

Fonte: Elaboração própria

O gráfico acima apresentado esta apresentado as resposta da questão que queria saber se na
organização existe fiscalização nas operações para controlar os operadores que operam os seus
equipamentos em altas velocidades.

Dos colaboradores inqueridos 10% deles disseram que existe fiscalização nas operações, 30%
disseram que nem sempre eles estão lá e 60% disseram que nunca viram fiscalizadores nas
operações.

Dos resultados acima apresentado é visível que a organização não põe a disposição fiscalizadores
para tomar medidas nos operadores que andam em alta velocidade. Se eles existe nem sempre
dão a cara e não fazem nada quando vem uma ma operação.
4
CAPITULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1. Conclusões
Com o objectivo de Analisar a situação de segurança no trabalho na Cornelder de Moçambique
empreendeu-se o presente estudo.

Com o objectivo especifico de identificar as condições de segurança no trabalho na Cornelder de


Moçambique, pudemos concluir de acordo com a pesquisa que fizemos na organização, que ela
possui uma certa deficiência na sua segurança no trabalho, porque a organização possui uma
certa deficiência na iluminação dos seus parques, a um desnivelamento no seu pavimento, que os
equipamentos de protecção colectiva praticamente não existem e alguns equipamentos não estão
em devidas condições de serem operados.

Conclui-se também que as causas dos acidentes de trabalho está relacionado com negligência dos
operadores, má prestivação (arrumação) de carga nos contentores, deficiência dos equipamentos,
estrutura do pavimento, falta de concentração na operação por parte dos colaboradores como
também falta de espaço para a manobra.

Os acidentes de trabalho que se verificam na organização estão relacionados com a actual


situação da segurança na organização, onde que, os operadores executam as suas tarefas em
locais inapropriados, em certos momentos eles são negligentes, os operadores não estão muito
bem informados dos perigos que os circundam, em certos parques a iluminação é deficiente, o
pavimento é desnivelado e ainda, os operadores nas suas horas trabalhadas, não fazem
rotatividade nos equipamentos.

O estudo também constatou que a maior parte dos colaboradores inqueridos na organização não
foram formados para operar todos os equipamentos. Que somente 12.5% no universo de 100%
sabem operar todos os equipamentos existentes na terminal de contentor, nomeadamente Sisu,
Reach Stackers e Gantry. 62.5% Operam equipamento Sisu e 25% operam dois tipos de
equipamento, nomeadamente Sisu e rechstaikers.

Conclui-se que nem todos os colaboradores da organização tem formação em matéria de higiene
e segurança no trabalho. Que 25% no todo foram formado em como se prevenir dos acidentes no
trabalho e o restante não tiveram a formação em matéria de higiene e segurança no trabalho.
5
Conclui-se também que a organização não divulga as estratégias de prevenção dos acidentes no
trabalho aos seus colaboradores para que eles saibam quais os procedimentos a seguir para se
prevenir dos acidentes no trabalho.

Por fim as hipóteses são validadas e o objectivo do estudo foi alcançado, pois, foi possível
analisar a situação de segurança no trabalho na empresa em questão com base nas pesquisas
bibliográficas, questionários, na observação e nas entrevistas obedecendo um roteiro dirigido aos
colaboradores da organização Cornelder de Moçambique.

5.2. Recomendações
Os resultados deste estudo sugerem que a organização adoptem as seguintes recomendações
propostas por nos:

A organização Cornelder de Moçambique, porto da Beira, terminal de contentor deve adoptar as


estratégias de prevenção dos acidentes de trabalho proposta nesta monografia com vista a
minimizar os acidentes de trabalho, como as seguintes:

 A organização Cornelder de Moçambique pode optar por registar os acidentes que ocorrem no
seu dia-a-dia levantar as suas causas (Fonte de origem) para posteriormente se prevenir
deste mesmo tipo de acidente e melhorar a situação da segurança.

 Para uma melhor operação de equipamento no período nocturno é necessário que o local
onde são operado os equipamentos esteja bem iluminado, os equipamentos estejam bem
equipados em matéria de iluminação para uma melhor visualização no período da noite.

 O estado do pavimento deve estar em perfeitas condições, sem desnivelamento para que os
equipamentos circulem por ai sem nenhuma dificuldade e sem a probabilidade de ficarem
enterrados ou tombarem por causa do desnivelamento.

 Os equipamentos a serem operados é necessários que estejam em perfeitas condições, sem


nenhum defeito, como dificuldade no freio, sem retrovisor, vidros partidos entre outros
aspectos que podem facilitar uma boa operação.
5

 A organização deve facultar transporte dentro do local de trabalho para evitar atropelamento de
pessoas que ai circulam durante a actividade laboral, assim como de colaborador que
passam de um posto de trabalho para outro a quando estiverem a fazer a rotatividade.

 Como melhoria da segurança de derrapagem dos equipamento no pavimento escorregadio a


organização deve limpar a área coberta com produtos que fazem com que o pavimento esteja
escorregadio e/ou enclausurar a área para não ser operado no período em que estiver
escorregadio.

 A trepidação faz com que o colaborador esteja fadigado, se eliminasse a fonte de trepidação
nos equipamentos, reparasse os acentos dos equipamentos para que não houvesse muita
trepidação a quando estiver a operar evitaria consideravelmente os acidentes de trabalho.

 A organização deve por de prontidão fiscalizadores para tomar medida nos operadores que
transgridem a norma prevista ou elaborada pela organização, com vista a reduzir os
operadores que andam a altas velocidades.

 A organização deve facultar aos seus colaboradores equipamento de protecção colectiva para
prevenir os acidentes de trabalho, equipamentos como sinalização de locais perigosos,
escadas nos equipamentos, uma boa iluminação entre outros aspectos.

 A organização deve formar os seus colaboradores em matéria de Higiene e Segurança de


trabalho (prevenção dos acidentes) com vista a minimizar os acidentes e os colaboradores
saberem dos riscos que estão envolvidos e que esta formação vai de acordo com o horário
normal de actividade laboral. Quando um colaborador sabe quais são os riscos que ele esta
envolvido, ele executa as suas actividade com todo o cuidado. No inicio de sua actividade
laboral pode se dar palestra de cuidados a se ter na operação.

 A organização deve tomar nota nos Check list elaborado pelos colaboradores e reparar nas
anomalias verificadas pelos operadores no inicio da sua actividade laboral e não autorizar
que estas maquina que tenham anomalias vão para a operação.

 A organização deve promover actividade desportiva, visando despertar o corpo dos


funcionários, vícios posturais alem de proporcionar uma melhor disposição para o trabalho.
Dai o colaborador vai se sentir mais disposto para trabalhar e vai evitar acidentes de trabalho.
5

 Quando há rotatividade de actividade na organização o colaborador não sente se stressado,


não há sinais de fadiga e consequentemente vai minimizar os acidentes de trabalho. Visto que
são vários tipos de equipamento que a organização dispõe, pode se fazer uma rotatividade de
6h + 6h = 12horas diário ou 4h + 4h + 4h = 12horas diário numa posição para evitar a fadiga
e diminuição de stress.

 Para se exercer uma actividade adequadamente é necessário que o colaborador esteja bem
habilitado para evitar acidentes, para isso é necessário que a organização forme o seu
colaborador num tempo em que ele possa estar bem aperfeiçoado em executar as suas
actividades sem nenhuma dificuldade.

 A organização deve elaborar um plano estratégico e divulgar aos seus colaboradores em


matéria de prevenção de acidente de trabalho, como forma de os colaboradores saber oque a
organização faz para que os acidentes sejam evitados;
5

Referências bibliográficas

1. ARAUJO, R. P. Sistemas de Gestão em Segurança e Saúde no Trabalho: Uma


Ferramenta Organizacional.1981.
2. CAMARA, Pedro B. & PAULO Baldeira, JOAQUIM V. Rodrigues. Recursos Humanos
e Sucesso empresarial. 4ª Ed, 2001.
3. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos Recursos Humanos nas
Organizações. 6ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
4. Decreto-lei 109/2000 de 30 de Junho.
5. FERNANDES, Eda. Qualidade de Vida no Trabalho – Como medir para melhorar.
Salvador: Casa da Qualidade, 1996.
6. GARRET, Jr. WILLIAM, E. A ciência do exercício e dos esportes. Porto alegre, artmed,
2003.

7. INCATP – instituto de formação de operadores portuários – Brasil.


8. LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia
científica. 3ª Edição. S. Paulo: Atlas, 1996.
9. Lei nᵒ 23/2007, de 1 de Agosto de 1992.

10. Manual de Legislação Atlas, Segurança e Medicina do Trabalho, NR1 a NR33, Editora
ATLAS S.A., 64° Edição, São Paulo, 2009.

11. MALHOTRA, Naresh. Pesquisa de Marketing - Uma Orientação Aplicada. 2001.

12. MILITÃO, AG. A influencia da ginástica laboral para a saúde dos trabalhadores e sua
relação com os profissionais que a orientam. Dissertação (mestrado em engenharia de
produção) – universidade federal de santa Catarina, florianópoles.
5
13. Ministério do Trabalho e Emprego (2008). Inspecção do Trabalho Segurança e Saúde no
Trabalho - Normas regulamentadoras (em português). Ministério do Trabalho e
Emprego. Página visitada em 20 de Maio de 2010.MELLO; TUFIK S. Actividade física,
exercício físico e aspectos psicológicos. Editora guabara. P. 20-25, 2004.

14. SANTAELLA, Lúcia. Comunicação e Pesquisa: Projectos para Mestrado e Doutorado.


SãoPaulo: Hacker, 1999.

15. IANA & LOUIS. Natural light is only one that makes architecture. 2001

16. VERGARA, Sylvia Constant. Projectos e Relatórios de Pesquisa em Administração. São


Paulo: Atlas, 1997.

17. ZAVALES, Angelos; LEITE, Sérgio. Sistema de Gestão em Saúde e Segurança do


Trabalho. Apostila em PowerPoint. 2010.

18. Definição transcrita do Guia de Apoio à realização de inspecções técnicas no âmbito do


art. 38º do Decreto-Lei nº.164/2001, de 23 de Maio (SEVESO II), adoptado pela IGAOT.
19.INTERNATIONAL LABOUR OFFICE (ILO). GB.317/POL/3 Prevention of
occupational diseases, Report, 317th Session of the Governing Body, Geneva, 2013
(Geneva). Disponível em: www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---ed_norm/---
relconf/documents/meetingdocument/wcms_204755.pdf, 12/02/14 - 11:23minutos.
5

Apêndices
5

Universidade Pedagógica
Faculdade de Contabilidade e Gestão
Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

Apêndice 1. Questionário

O presente questionário
Antecipadamente agradeço ée parte
colocointegrante de uma pesquisa
me a sua disposição que estou realizando
para esclarecimento sobre o
e interacções.
tema: Análise da situação de Segurança no trabalho. Sua participação é fundamental
Assinale
para o com ‘’X’’ desta
desfecho a resposta que se adequa
investigação. consigo no
Garante-se questionário
o sigilo abaixo
absoluto dos apresentados:
dados fornecidos
conforme o código internacional de ética e pesquisa, visto que as respostas colhidas são
analisadas de forma agregada.
Perfil do trabalhador (Todos os participantes):

1. Qual é a sua função?

Operador de Tractor terminal "Sisu" ;

Empilhadora de alcance "Reach Stackers" ;

Gantry "crane" ;

Gestor de acidente ;

Supervisor .
5

2. Indique seu género

Masculino

Feminino

3. Há quanto tempo

trabalha? Anos

Meses

4. Qual é a sua idade?

21 a 30

31 a 35

36 a 45

46 a 55 .

4. Qual é o seu físico (robustez)?

Magro

Gordo

Forte

Diagnóstico sobre prevenção

1. Local de trabalho (Todos os participantes)

A. Tem acesso fácil e rápido?

Sim

Não
5
B. Visto que o trabalho é realizado em turno. O local de trabalho é bem

iluminado? Sim

Não

C. O piso é aderente e sem

irregularidades? Sim

Não

D. É suficientemente afastado dos outros postos de Trabalho?

Sim

Não

E. As escadas têm corrimão ou protecção lateral?

Sim

Não

2. Posições de trabalho (Todos os participantes):

A. O Operador trabalha de pé muito tempo?

Sim

Não

B. O Operador gira ou baixa-se frequentemente?

Sim

Não

C. O operador tem que se afastar para dar passagem a máquinas ou outros operadores?

Sim

Não

D. A altura e a posição da máquina são adequadas?

Sim
5
Não

3. Condicoes psicológica do trabalho

A. O trabalho é em turnos ou normal ?

B. O Operador realiza muitas Horas extras?

Sim

Não

C. A Tarefa é de alta cadência de produção

(esforçado)? Sim

Não

D. É exigida muita concentração dados os riscos da operação?

Sim

Não

4. Máquina (Todos os participantes)

A. As engrenagens (travões) e partes móveis estão protegidas?

Sim

Não

B. Estão devidamente identificados os dispositivos de segurança?

Sim

Não

C. A formação do Operador é

suficiente? Sim

Não

D. A operação é rotineira e repetitiva?


6
Sim

Não

E. Os equipamentos estão em devidas condições?

Sim

Não

F. Os equipamentos têm uma boa iluminação?

Sim

Não

G. Os equipamentos têm retrovisor (espelhos)?

Sim

Não

5. Ruidos e vibrações (Todos os participantes)

A. No Posto de Trabalho sentem-se vibrações ou ruído intenso?

Sim

Não

B. A máquina a operar oferece trepidação

(tremor)? Sim

Não

C. Existem dispositivos que minimizem vibrações e

ruído? Sim

Não

6. Iluminação (Todos os participantes)

A. A iluminação é natural?
6

Sim

Não
B. Está bem orientada relativamente a Posto de

trabalho? Sim

Não

C. Existe alguma iluminação intermitente as imediações do Posto de

trabalho? Sim

Não

7. Riscos químicos (Todos os participantes)

A. O ar circundante tem Poeiras ou fumos?

Sim

Não

B. Existe algum cheiro

persistente? Sim

Não

C. Existem ventilação ou exaustão de ar do

local? Sim

Sim

D. Existem resíduos de produtos no chão ou no Posto de Trabalho?

Sim

Não

8. Diversos

a) Já sofreste ou estiveste envolvido em algum tipo de acidente de trabalho?


6

Sim

Não

b) Para os que já sofreram acidente quais foram as causas do acidente?

c) A organização dá palestra/formação em matéria de prevenção de acidente do trabalho?

Sim

Não

a)Se, sim qual o período?

d) Existe agente fiscalizador em matéria de segurança de trabalho?

Sim

Não

e) Existe equipamento de transporte dentro do local de trabalho para movimentar o pessoal dum
posto para outro?

Sim

Não

f) Os equipamentos de trabalho estão em perfeitas condições para ser operados?

Sim

Não
6
g) Na sua opinião o que deve ser feito para que os acidentes minimizem ou deixem de existir?

Universidade Pedagógica
Faculdade de Contabilidade e Gestão
Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos

Apêndice 2. Guião de entrevista

O presente
Para guião de entrevista é parte integrante de uma pesquisa que estou realizando
os gestores
sobre o tema: Análise da situação de Segurança no trabalho. Sua participação é
1.fundamental para
A organização o desfecho desta em
dá palestra/formação investigação. Garante-se
matéria de prevenção deoacidente
sigilo absoluto dos dados
do trabalho?
fornecidos conforme o código internacional de ética e pesquisa, visto que as respostas
colhidas
a)Se, são analisadas
sim qual o período? de forma agregada.

2. Existe agente fiscalizador em matéria de segurança de trabalho?


6
3. Existe equipamento de transporte dentro do local de trabalho para movimentar o pessoal dum
posto para outro?

4. Os equipamentos de trabalho estão em perfeitas condições para ser operados?

5. Na sua opinião o que deve ser feito para que os acidentes minimizem ou deixem de existir?

1. Há rotatividade de equipamento num turno?

a)Se sim, qual o tempo que permanece num equipamento?

2. A empresa dispõe de bafómetro (alcoolímetro)?

3. O local de trabalho permite uma boa circulação de equipamento, sem nenhum


congestionamento ou espaços confinados?

4. A organização possui plano estratégico de prevenção dos acidentes de trabalho?

a) Se possui, divulga aos colaboradores?

5. O que a organização faz para minimizar os acidentes de trabalho?

Gantry
6

Sisu
6

Reach Stackers
6

You might also like