You are on page 1of 2

Seminário Imunologia Clínica

1)Compreender o processo imunopatológicos da doença celíaca. Citar e explicar exames


laboratoriais de confirmação de diagnóstico.

A doença celíaca é uma doença inflamatória da mucosa do intestino delgado causada por
respostas imunes dirigidas contra as proteínas do glúten como a gliadina, secalina e a hordeína
presentes no trigo e em outros grãos. A doença pode evoluir por 4 estágios levando à atrofia
das vilosidades, má absorção e várias deficiências nutricionais que levam a manifestações
extra intestinais.

estágio 0 (padrão pré-infiltrativo) – com fragmento sem alterações histológicas e, portanto,


considerado normal;

• estágio I (padrão infiltrativo) – a arquitetura da mucosa apresenta-se normal, com aumento


do infiltrado dos linfócitos intraepiteliais (LIE);

• estágio II (lesão hiperplásica) – caracterizado por alargamento das criptas e aumento do


número de linfócitos;

• estágio III (padrão destrutivo) – há presença de atrofia das vilosidades, hiperplasia das criptas
e aumento do número de linfócitos;

• estágio IV (padrão hipoplásico) – caracterizado por atrofia total com hipoplasia das criptas,
considerada forma possivelmente irreversível.

Os exames laboratoriais para fins de diagnóstico são:

- Dosagem de gordura nas fezes e prova de absorção da D-Xilose, para verificação da função
digestiva e absortiva.

- Anti- gliadina: exame sorológico de anticorpos IGG/IGA contra a proteína Gliadina presente
no glúten, porém não é um exame patognômico ou seja , não específico para DC.

- Anti endomísio : é um exame com maior especificidade, identificando anticorpos IgA contra a
camada do intestino. O endomísio é uma bainha de fibrilas reticulares que envolvem as fibras
da musculatura lisa.

- Anti transglutaminase: Detecta auto anticorpos contra a transglutaminase, uma enzima cálcio
dependente que apresenta múltiplas funções incluindo a catálise protéica e a incorporação de
aminas nas proteínas, indicando assim uma possível presença de doença celíaca.

- Biópsia do intestino delgado que indica se há alteração de mucosa no duodeno, sendo o


exame padrão ouro na DC

Sendo assim, havendo suspeita clínica de doença celíaca no paciente e confirmação por
exames sorológicos, é fundamental a realização da biópsia duodenal para uma análise
histológica que evidencia a presença de infiltrados inflamatórios de linfócitos na mucosa e
microvilosidades do intestino.

2)Explicar as doenças autoimunes que afetam o intestino grosso.


As doenças inflamatórias intestinais consistem em um grupo heterogêneo de distúrbios
caracterizados por inflamação crônica na mucosa do intestino grosso, a qual é provavelmente
resultado de respostas imunológicas a bactérias da flora intestinal. Também pressupõe a
predisposição genética do indivíduo ou estímulos infecciosos por microorganismos. Os dois
tipos principais de doença inflamatória intestinal é a doença de Crohn, que pode afetar toda a
espessura da parede em qualquer parte do trato gastrintestinal, porém mais frequentemente
envolve o íleo terminal; e a retocolite ulcerativa, que é restrita à mucosa do cólon e reto. Os
sintomas incluem dor abdominal, vômito, diarréia (podendo ser sanguinolenta) e perda de
peso. Os sintomas "extra digestivos" estão presentes em 15% dos pacientes (artrite,
conjuntivite, alterações dermatológicas).Os tratamentos incluem fármacos anti-inflamatórios
com ação antibiótica como a sulfassalazina que atua no controle da microflora,
corticosteróides, imunossupressores como a Azatioprina que evita a agressão do sistema
imune ao cólon, antagonistas de TNF (Fator de Necrose Tumoral) e antimetabólitos como o
Metotrexato, sendo este utilizado em último caso farmacológico pois o paciente fica suscetível
a infecções. Não há diagnóstico específico para essa condição clínica e a colectomia é o
tratamento cirúrgico quando se faz necessário.

3)Como ocorre o desenvolvimento da asma? Explique seu tratamento.

4)Explicar o processo imunopatológicos da Rino conjuntivite alérgica.

Na rino conjuntivite alérgica, há uma consequência das reações de hipersensibilidade imediata


deflagrada pela ativação dos mastócitos, geralmente pela ligação de um antígeno à IgE pré-
ligada aos mastócitos. As etapas no desenvolvimento de hipersensibilidade imediata são:

• exposição a um antígeno (alérgeno) que estimula respostas Th2 e produção de IgE;

• ligação da IgE a receptores dos mastócitos;

• ligação cruzada do alérgeno a receptores IgE, ativando mastócitos.

• liberação de mediadores químicos inflamatórios.

As manifestações patológicas e clínicas incluem edema de mucosa, infiltração leucocitária com


abundância de eosinófilos, secreção de muco, tosse, espirros e dificuldade respiratória. A
conjuntivite alérgica com coceira nos olhos comumente está associada à rinite. Projeções
focais da mucosa nasal, chamadas pólipos nasais, cheias de fluido de edema e eosinófilos,
podem se desenvolver em pacientes que sofrem de crises repetitivas frequentes de rinite
alérgica. Os anti-histamínicos e corticosteroides tópicos nasais são comumente usados para
tratar a rino conjuntivite alérgica.

5)Entender como ocorre o processo de rejeição aos transplantes.

You might also like