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O Anão Barabai

(Turma 2)

Era uma vez um moleiro que passava o dia a falar bem da sua filha. E com razão, porque a
jovem era bonita e habilidosa.

Um certo dia, o bom moleiro disse exagerando diante do rei:


Moleiro - A minha filha é capaz de transformar palha em ouro.

O monarca, que era desconfiado, mandou chamar a rapariga à sua presença.

O rei, levou-a para um quarto cheio de palha:

Rei – Se amanhã esta palha não for ouro, morrerás.

Quando a pobre jovem ficou sozinha, sentiu-se muito triste porque não podia fazer esse
milagre. Chorando, lamentou-se:

Jovem - Porque é que o meu pai mentiu?

De repente, apareceu um anão e disse-lhe:

Anão - O que me dás se te ajudar?


- Dou-te o meu colar – disse a rapariga.

O anão aceitou e pôs-se a fiar, transformando toda a palha em fios de ouro.


Na manhã seguinte, o rei viu e ficou maravilhado. Levou a rapariga para outro quarto cheio de
palha e ordenou-lhe que a transformasse também em ouro.

E aconteceu como na noite anterior. A jovem deu ao anão um anel, desta vez.

Rei - Espantoso!

E levou a menina para um terceiro quarto cheio de palha. Aí, disse-lhe que se continuasse a
transformar ouro em palha, se tornaria esposa dele, se não o fizesse, pediria para que a
matassem.

Um momento depois, o anão apresentou-se para continuar a sua tarefa, mas a jovem disse-lhe
que já não tinha mais nada para lhe dar em troca dos seus serviços.

Anão - Dás-me o teu primeiro filho quando fores rainha.

Jovem - De acordo! – disse ela, pensando que o rei não cumpriria a sua promessa.

Mas, quando o rei viu aquelas riquezas, decidiu casar com a filha do moleiro.

Um ano depois, a jovem rainha teve o seu primeiro filho. Imediatamente, o anão o foi
reclamar.

A rainha ofereceu-lhe todo o ouro, mas o anão só queria o menino.

Anão - Se adivinhares o meu nome, eu não levo o teu filho.

No primeiro dia, a rapariga disse os nomes mais estranhos, mas não acertou.
No segundo dia, disse os nomes mais comuns, mas também não acertou.

A rainha, angustiada, enviou um pajem para que investigasse. Voltou dizendo que tinha visto
um anãozinho a cantar «Hoje a rainha está triste, ai, ai! Terá de dar o seu bebé ao anão
Barabai»

Pajem – BARABAI !

Jovem - Que alegria! – disse a rainha, que tinha acabado de descobrir o nome.

E disse-o ao anão. Ao ouvi-lo, o anão saltou e desapareceu.

A partir daí a rainha viveu feliz com a sua família, e o seu pai nunca mais mentiu.

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