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TCC Karine Oliveira
TCC Karine Oliveira
Caxias do Sul
2021
KARINE DE OLIVEIRA SILVA
Caxias do Sul
2021
KARINE DE OLIVEIRA SILVA
BANCA EXAMINADORA
Bernardo Mantovani
RESUMO
Esse estudo atenta-se para assuntos polêmicos que devem ser discutidos à luz de
estudiosos sobre o assunto. Procura-se mostrar como a psicopatia afeta a mente e o
comportamento do sujeito que a possui e como isso pode prejudicar outros
indivíduos, causando, muitas vezes, danos psicológicos, físicos e materiais. A mente
do psicopata se diferencia por completo de outros indivíduos da sociedade, para
eles causar qualquer tipo de dano para alguém não o faz sentir culpa, medo ou
remorso, pois possuem personalidade fria, perversa, egocêntrica e, muitas vezes,
cruel. Essa pesquisa tem como objetivo geral compreender os aspectos que levam
um indivíduo a se tornar um psicopata. E como objetivos específicos procura-se
conceituar a psicopatia e sua influência na mente do sujeito com o transtorno;
compreender o que leva um sujeito a desenvolver tais características; buscar
fundamentos da Psicologia em concordância com a psicopatia. Utiliza-se um estudo
de revisão bibliográfica, a partir de fontes primárias, com a consulta em livros da
área jurídica (doutrina e jurisprudência que tratem do assunto), psicologia e da
clínica médica. Foi feita a análise de textos legais (legislação vigente), bem como em
fontes secundárias (artigos, revistas, publicações especializadas, entrevistas,
reportagens realizadas pela imprensa escrita e dados oficiais publicados na internet).
ABSTRACT
This study pays attention to controversial issues that should be discussed in the light
of scholars on the subject. It seeks to show how psychopathy affects the mind and
behavior of the subject who has it and how it can harm other individuals, often
causing psychological, physical and material damage. The psychopath's mind is
completely different from other individuals in society, for them to cause any kind of
harm to someone does not make them feel guilt, fear or remorse, as they have a
cold, perverse, egocentric and often cruel personality. This research has as a general
objective to understand the aspects that lead an individual to become a psychopath.
And as specific objectives, it seeks to conceptualize psychopathy and its influence on
the mind of the subject with the disorder; understand what leads a subject to develop
such characteristics; seek foundations of Psychology in agreement with psychopathy.
A bibliographical review study is used, based on primary sources, by consulting
books in the legal area (doctrine and jurisprudence dealing with the subject),
psychology and clinical medicine. Legal texts (current legislation) were analyzed, as
well as secondary sources (articles, magazines, specialized publications, interviews,
reports made by the written press and official data published on the internet).
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7
2 A PSICOPATIA E SUA INFLUÊNCIA NA MENTE DO SUJEITO COM ESSE
TRANSTORNO ........................................................................................................... 9
3 O QUE LEVA UM SUJEITO A DESENVOLVER TAIS CARACTERÍSTICAS ....... 15
4 FUNDAMENTOS DA PSICOLOGIA COM VISTAS A PSICOPATIA .................... 23
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 28
6 REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 29
7
1 INTRODUÇÃO
emitir qualquer resposta. Não era esperada nenhuma reação dos voluntários. Os
neurologistas apenas observaram que área cerebral se movimentou de forma mais
intensa no momento em que as imagens eram mostradas. Os dois neurologistas
chegaram à conclusão de que, nos psicopatas, a região do sistema límbico quase
não sofria alteração independente da imagem vista ter momentos felizes ou serem
moralmente inaceitáveis, enquanto nas pessoas comuns, essa área do cérebro se
movimentava muito quando havia alternância da imagem feliz para imagem amoral
devido a repulsa às imagens. Apesar da maioria dos doutrinadores acreditarem que
a psicopatia surge através de um transtorno da personalidade, é importante frisar
que a relação do sujeito com a sociedade também interfere no comportamento e na
personalidade do indivíduo (BORGES, 2020).
15
delito, assim como o cuidado com que ele fosse executado” (FELDMAN, 1977, p.
211). Tem-se também a agressividade, que segundo Fernandes e Fernandes
(1995), surge juntamente com o desenvolvimento da inteligência humana como uma
forma de auto-proteção.
Os diversos sentimentos encontrados na essência humana são, segundo
Fiorelli e Mangini (2009), afetados pelos estados emocionais do sujeito: quando se
tem raiva ou se vivencia um elevado nível de estresse, isto irá modificar a forma de
percepção da pessoa, o que leva qualquer ato ou palavra a ser considerado o
estopim para a ação de um comportamento criminal. Muito popularmente se ouve
associar ao sujeito criminoso o traço insano. Embora esta associação esteja,
segundo Casoy (2002), correta, este adjetivo é utilizado de forma equivocada.
Casoy (2002) diz que a insanidade, muitas vezes, alegada nos tribunais,
como tentativa de absolvição do criminoso, ao contrário do que muitos pensam, não
é uma condição de saúde mental, refere-se à habilidade de saber se suas ações são
certas ou erradas no momento em que estão ocorrendo. Tal traço diz muito a
respeito da personalidade psicopática.
Segundo Garcia (1979) e Fonseca (1997), os psicopatas já foram chamados
de mania sem delírio (Pinel, em 1805), “loucos morais“ (Prichard, em 1835),
degenerados (Morel, em 1857), enfermos de caráter (Boudet, em 1858), “variantes
mórbidos do normal” (Moebius, em 1900). A psicopatia foi conhecida também como
fase inicial de uma autêntica neurose (Jaspers, em 1913) ou psicose (Kraepelin, em
1921), como uma personalidade anormal que sofre e faz sofrer (Schneider, em
1950) e, por fim, como personalidade sociopática ou comportamento antissocial ou
ainda associal (Henderson em 1939 e Cleckley em 1959) (apud HENSEL, 2009).
A psicopatia é um Transtorno de Personalidade, também conhecido como
Transtorno de Personalidade Antissocial. Com efeito, por absoluta carência de
qualquer sentimento de culpa ou arrependimento, certos criminosos recidivantes
efetivamente representam sério perigo à sociedade quando em liberdade e mesmo
quando enclausurados, pois na prisão sempre procuram degenerar os demais. Eles
são dotados de um poder irreversível de praticar o mal. Neles não existe qualquer
traço de simpatia humana, não existe qualquer noção de dever para com a
comunidade. (FERNANDES; FERNANDES, 1995, p.298).
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entre outros e uma adolescência com agravamento destes crimes, como tentativas
de suicídio, violência, abuso de álcool e drogas, entre outros. É importante lembrar
que estas características podem ser comuns a outras pessoas, além dos psicopatas,
porém, sinalizam os traços-chave do perfil psicopático, ao menos é o que apresenta
o DSM IV-TR, como pode ser visto a seguir.
De acordo com Hensel (2009), um padrão pervasivo de desrespeito e
violação aos direitos dos outros, que ocorre desde os 15 anos, como indicado por
pelo menos três dos seguintes critérios: A - 1. Fracasso em conformar-se às normas
sociais com relação a comportamentos legais, indicado pela execução repetida de
atos que constituem motivo de detenção; 2. Impulsividade ou fracasso em fazer
planos para o futuro; 3. Irritabilidade e agressividade, indicadas por repetidas lutas
corporais ou agressões físicas; 4. Desrespeito irresponsável pela segurança própria
ou alheia; 5. Irresponsabilidade consistente, indicada por um repetido fracasso em
manter um comportamento laboral consistente ou honrar obrigações financeiras; 6.
Ausência de remorso, indicada por indiferença ou racionalização por ter ferido,
maltratado ou roubado outra pessoa. B - O indivíduo tem no mínimo 18 anos de
idade. C. Existem evidências de Transtorno da Conduta com início antes dos 15
anos de idade. D. A ocorrência do comportamento antissocial não se dá
exclusivamente durante o curso de Esquizofrenia ou Episódio Maníaco.
Silva (2018) apresenta de forma detalhada algumas destas características. O
psicopata costuma ser muito bem articulado, tornando a conversa atrativa e
demonstrando grande eloquência, porém, embora tenha habilidade de falar sobre
diversos assuntos, revela superficialidade de conteúdo e mesmo quando
desmascarado, não demonstra vergonha ou culpa.
Ao afirmar que esses sujeitos são egocêntricos, Silva (2018) fala do
narcisismo e supervalorização que os psicopatas apresentam em relação aos
próprios valores e ações, acreditam que são superiores aos demais, o que lhes dá o
direito de viverem de acordo com as próprias leis e pensam que o mundo deve girar
em torno deles. Ao juntar isso a sua habilidade de transferência de responsabilidade,
tem-se alguém que comete atos mais atrozes e mesmo quando verbalizam remorso,
têm ações que demonstram ausência de culpa. São também considerados
megalomaníacos, com grande fascínio por poder e pelo controle sobre os outros,
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possuem mania de grandeza. Acreditam poder fazer qualquer coisa, pois pensam ter
habilidades excepcionais.
De acordo com Silva (2018), os psicopatas não possuem a habilidade de se
colocar no lugar dos outros, demonstrando ausência de empatia, para eles, as
demais pessoas são apenas objetos que servem para serem utilizados com o
objetivo de satisfação pessoal. Essa falta de empatia é apresentada não somente
com estranhos, mas também com os próprios familiares. Qualquer laço
aparentemente mais profundo aponta certamente seus sentimentos de
possessividade e seus grandes poderes de racionalidade, que possibilitam que eles
aprendam a fingir sentimentos e não a amar genuinamente.
Para Silva (2018), os psicopatas são mentirosos contumazes, ou seja, fazem
da mentira seu instrumento de trabalho. Junto com a mentira trapaceiam e
manipulam com impressionante frieza e habilidade, o que comprova sua pobreza de
emoções: “[...] evidenciada pela limitada variedade e intensidade de seus
sentimentos” (SILVA, 2018, p. 77).
Costumam confundir os sentimentos e, normalmente, quando demonstram
algum é pura encenação, por isso, são considerados atores da vida real. Silva
(2018) acredita que um dos recursos mais observados em situações de manipulação
psicopática é o que a autora denomina de “jogo de pena”, na qual o indivíduo
psicopata utiliza sentimentos de piedade e solidariedade de outra pessoa para
dominá-la e controlá-la. Outra característica apontada por Silva (2018) é a
impulsividade, com a qual o sujeito visa alcançar o prazer, a satisfação sem qualquer
arrependimento, ou seja, tende viver o momento, buscando satisfazer seus desejos.
Nessa mesma lógica, Silva (2008), cita o um autocontrole deficiente, que faz
com que o psicopata responda às frustrações com violência súbita ou ameaças e ele
facilmente se ofende por motivos banais.
Segundo Silva (2018), os psicopatas possuem grande necessidade de
excitação, não possuem tolerância ao tédio, o que faz com que tenham
incapacidade de serem responsáveis, muitas vezes, ignorando ou tratando com
indiferença seus compromissos.
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Silva (2018) salienta que para que o diagnóstico de psicopatia seja dado é
necessário que o indivíduo tenha boa parte destas características e apresente, de
forma significativa, os requisitos do DSM-IV-TR citados.
Segundo Holmes (1997), os psicopatas são hedonistas, vivem em busca do
prazer imediato sem se importar com as consequências ou quem irão prejudicar no
caminho da satisfação.
Para Kernberg (1995), o psicopata pode ser passivo-parasita ou agressivo, o
segundo tem como característica a ausência de culpa. Para o autor, a maior
diferenciação entre eles está em relação aos seus crimes. Enquanto os primeiros
praticam mentiras, roubos, falsificações, fraudes e prostituição, os segundos são
comumente vistos praticando assaltos, estupros, roubo à mão armada e
assassinato.
A reduzida tolerância à frustração conduz à violência fácil e gratuita; os
mecanismos de defesa inconscientes de eleição são a racionalização e projeção,
indicando outrem ou a própria sociedade como unicamente culpada e responsável
por seus atos. Não aprende com a punição (FIORELLI e MANGINI, 2009).
De acordo com Silva (2018), os psicopatas podem ser classificados como
portando psicopatia leve (os estelionatários), moderados (os que mandam matar) e
graves (os que matam com as próprias mãos).
Silva (2018) acrescenta que existe um grande problema em se tratando de
pesquisas sobre psicopatas, uma vez que estas só são viáveis em penitenciárias e
que, muitas vezes, não há interesse por parte dos sujeitos pesquisados de
revelarem algo e quando estes aceitam participar, normalmente, procuram manipular
as respostas em busca de vantagens pessoais.
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trajetória há cinco pessoas presas aos trilhos. O observador, neste caso, está acima
dos trilhos, em uma ponte, junto com um indivíduo com sobrepeso. Caso esse
observador empurre esta pessoa próxima, ela certamente irá parar o bondinho,
salvando as cinco pessoas (ressalte-se que o observador não tem peso suficiente
para impedir a passagem do bonde, e obrigatoriamente o obeso será morto) –
(GREENE, 2011).
A resposta mais comum para o caso é aceitar puxar a alavanca no primeiro
caso, mas se recusar a empurrar outra pessoa, como no segundo caso. Juntos,
esses dois dilemas criam um quebra-cabeça para os filósofos morais: O que torna
moralmente aceitável sacrificar uma vida para salvar cinco no dilema “switch case”,
mas não no dilema “footbridge case”? Joshua Greene afirma que a resposta para
esta questão é que o segundo caso envolve as emoções humanas, enquanto o
primeiro não tem essa capacidade (relação de pessoalidade e impessoalidade) –
(GREENE et al., 2001). Além disso, foi descoberto que em cenários que são mais
próximos e pessoais (como o “footbridge case”), partes do cérebro, relacionadas ao
processamento emocional são ativadas. Greene argumentou que a aversão
emocional em empurrar o homem compete com a análise racional do custo-benefício
orientado para salvar mais vidas e, em casos como estes, a emoção ganha.
Novamente, o uso da neuroimagem torna-se presente: no caso de abaixar a
alavanca, foi observada atividade no córtex pré-frontal dorsolateral (CPFDL), uma
região envolvida na tomada de decisão racional e também em "controle cognitivo" de
emoção ou a capacidade de guiar a atenção e o pensamento para superar a
resposta emocional prepotente (GLENN et al., 2009). Assim, em uma visão geral,
alguns dilemas morais têm uma participação emocional em maior medida do que
outros dilemas, e essa diferença no engajamento emocional afeta os julgamentos
morais dos indivíduos (SINNOT-ARMSTRONG, 2011).
Por sua vez, quem não empurra o gordinho de cima da ponte, para parar o
bondinho, age conforme os preceitos deontológicos (pois entendem, racionalmente
pensando, que matar alguém é, per si, uma ação moralmente errada) –
(ALEXANDER e MOORE, 2011).
Neurologicamente analisando, foi realizado um estudo com pacientes que têm
deterioração emocional por lesão ao Córtex Ventromedial Pré-frontal (VMPC). Os
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Assim, sabendo que uma ação é “ruim” (seja pelos seus resultados, seja pelo agir
em si), um sujeito comum não a cometerá, pois não será motivado a tal, visto
entendê-la como moralmente incorreta. O papel das emoções, então, é de fornecer o
arcabouço a cada pessoa, para que ela seja capaz de julgar uma situação como
moralmente aceitável – utilizando a empatia, compaixão, afeto, respeito, etc. – e
sinta-se, sinceramente, impelida a realizá-la ou não.
Se as decisões morais são baseadas em emoções é de se questionar, então,
se os psicopatas – que têm por característica principal a falta delas – são capazes
ou não de fazer julgamentos morais e guiar-se conforme esse entendimento. Nas
palavras do professor Sinnot-Armstrong, há duas possibilidades óbvias. Em uma
visão clássica, os psicopatas fazem julgamentos morais, mas simplesmente não
ligam se seus atos são moralmente corretos. Falta-lhes a motivação acima
explicada. Já numa visão não clássica, os psicopatas não fazem julgamentos
morais, eles apenas fingem fazê-los a fim de manipular as aparências e as pessoas
ao seu redor (SINNOT-ARMSTRONG, 2011).
O ponto de vista clássico mencionado pelo professor Sinnott-Armstrong
afirma que os psicopatas realmente fazem julgamentos morais, mas não conduzem
suas ações de acordo com tais entendimentos. Nesse sentido, a corrente que adota
essa posição preceitua que as experiências emocionais sucedem os julgamentos
morais, e não os antecede nem os guiam, não sendo pré-requisito necessário.
Assim, os psicopatas são capazes de realizar julgamentos morais tanto quanto uma
pessoa comum da população (OLIVEIRA, 2012). O desvio do psicopata é que ele
simplesmente não liga para o que entende como moralmente reprovável/permissivo
e por não se ocupar com outros tipos de sistema motivacional que inspiram o
comportamento moralmente adequado e inibem aquele inadequado (CIMA et al.,
s/d). Assim, eles são plenamente capazes de fazer e acreditar nos julgamentos
morais, mas lhes falta o mecanismo que traduz esta habilidade cognitiva em
emoções normais ou motivações, a fim de evitar ações imorais (SINNOT-
ARMSTRONG e BORG, 2011).
PPor sua vez, como já citado anteriormente, uma visão não clássica afirma
que os psicopatas não são capazes de fazer julgamentos morais. Essa Teoria é
consequência de uma lógica bastante razoável, mas que pode ter falhas se não
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6 REFERÊNCIAS
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CIMA, Maaike; TONNAER, Franca; HAUSER, Marc D. Psychopaths know right from
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HARE, Robert D. Sem consciência: o mundo perturbador dos psicopatas que vivem
entre nós. Artmed Editora, 2013.
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SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes perigosas: o psicopata mora ao lado. Globo
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SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes perigosas: o psicopata mora ao lado. Edição
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