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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

NTE-8.444
LINHAS ELÉTRICAS PRÉ-FABRICADAS – SISTEMAS DE
BARRAMENTOS BLINDADOS

Diretoria de Engenharia

Gerência de Tecnologia da Distribuição

Gerência de Planejamento do Sistema e Atendimento Técnico

Gerência de Gestão do Sistema Subterrâneo

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ELABORADO POR: Márcio Almeida da Silva – Gerência de Tecnologia da Distribuição


COLABORADORES: Alexandre H. Fernandes – Gerência de Tecnologia da Distribuição
Erminio Cesar Belvedere – Gerência de Tecnologia da Distribuição
Leandro Alves Ferreira – Gerência de Tecnologia da Distribuição
REVISADO POR: Angelo Quintao – Gerência de Tecnologia da Distribuição
APROVAÇÃO: Marcus Aurelio M. Martinelli – Gerência de Tecnologia da Distribuição
DATA: Fevereiro/2018

FOLHA DE CONTROLE DE MODIFICAÇÕES

NTE-8.444/2016

REVISÃO DATA ITENS ELABORADO POR: COLABORADORES APROVAÇÃO

Alexandre H. Fernandes
Alexandre Oliveira
Elaboração na Norma Angelo Antônio
00 Outubro/2016 Márcio Almeida da Silva Erminio Cesar Belvedere
Técnica Quintão Maurício
Marcos Dantas
Rubens Takeuchi

Processo de
Homologação, Angelo Antônio
01 Junho/2017 Márcio Almeida da Silva Leandro Alves Ferreira
ensaios, protocolo e Quintão Maurício
outros itens

Atualização do
Angelo Antônio
02 Fevereiro/2018 processo de Márcio Almeida da Silva Leandro Alves Ferreira
Quintão Maurício
homologação

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ÍNDICE

OBJETIVO .................................................................................................................. 6

1. APLICAÇÃO ........................................................................................................ 7

2. DISPOSITIVOS REGULAMENTARES E NORMAS TÉCNICAS ........................ 8

3. TERMINOLOGIA ............................................................................................... 11

4. CONDIÇÕES GERAIS ....................................................................................... 15

5. BARRAMENTOS BLINDADOS ......................................................................... 16

5.1. Barras condutoras ........................................................................................... 16

5.2. Isoladores e suportes ...................................................................................... 17

5.3. Invólucros ......................................................................................................... 17

5.4. Barreira corta fogo ........................................................................................... 17

5.5. Grau de proteção IP e IK.................................................................................. 18

5.6. Elementos ......................................................................................................... 18

5.7. Conexões e derivações ................................................................................... 19

5.8. Identificações ................................................................................................... 19

5.9. Demais características elétricas ..................................................................... 21

6. CAIXA DE DERIVAÇÃO .................................................................................... 22

6.1. Conectores extraíveis (pinça plug-in) ............................................................ 22

6.2. Dispositivos de proteção e manobra.............................................................. 23

7. CAIXA DE TRANSIÇÃO, SECCIONAMENTO E/OU PROTEÇÃO ................... 24

8. CAIXA DE MEDIÇÃO ........................................................................................ 26

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9. FAMÍLIAS DE BARRAMENTOS BLINDADOS E DESENHOS


CONSTRUTIVOS ...................................................................................................... 28

10. REQUISITOS PARA INSTALAÇÃO E MONTAGEM DE BARRAMENTOS


BLINDADOS E CAIXAS ........................................................................................... 30

11. PROCESSO DE HOMOLOGAÇÃO .................................................................. 32

11.1. Documentos .............................................................................................. 32

11.2. Avaliação técnica e de protótipo ............................................................. 32

11.3. Acompanhamento de Ensaios ................................................................. 33

11.4. Dispositivos finais .................................................................................... 34

12. ENSAIOS DE HOMOLOGAÇÃO ....................................................................... 36

13. PROTOCOLO PARA O ENSAIO DE ELEVAÇÃO DE TEMPERATURA E DA


DETERMINAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS .................................... 38

13.1. Montagem do corpo de prova .................................................................. 38

13.2. Algarismos significativos ......................................................................... 41

13.3. A medição .................................................................................................. 41

13.4. Determinação do comprimento da amostra ........................................... 42

13.5. Dados fornecidos para o ensaio e folha de anotação ........................... 43

13.6. Pontos de medição da temperatura ........................................................ 46

13.7. Relatório de ensaio ................................................................................... 48

14. PARÂMETRO “k” DE QUEDA DE TENSÃO .................................................... 50

15. PROJETO EXECUTIVO DE INSTALAÇÃO DO BARRAMENTO BLINDADO . 52

16. CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DO BARRAMENTO BLINDADO ............... 55

17. MODELO DA CARTA DE SOLICITAÇÃO DE HOMOLOGAÇÃO .................... 56

18. TERMO DE RESPONSABILIDADE .................................................................. 57

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19. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 58

20. VIGÊNCIA E REGRAS TRANSITÓRIAS .......................................................... 60

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OBJETIVO

Esta especificação compõe um regulamento geral que tem por objetivo fixar
as características técnicas e condições mínimas exigidas para a fabricação,
montagem e homologação de Elementos de Linhas Elétricas Pré-fabricadas
(Barramentos Blindados) com condutores ativos em cobre ou alumínio, para uso em
edifícios comerciais, residenciais ou mistos em trecho de energia não medida a
serem utilizados nos 24 municípios que compõem a área de concessão da AES
Eletropaulo.

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1. APLICAÇÃO

Esta norma técnica é aplicável em toda a área de concessão desta


distribuidora, para todos os fabricantes de Elementos de Linhas Elétricas Pré-
fabricadas – Barramentos Blindados, sem prejuízo das informações descritas no
Livro de Instruções Gerais – Baixa Tensão.

A utilização de barramentos blindados em prumadas de edificações


residenciais, comerciais ou mistas, em trechos de energia elétrica não medida em
baixa tensão, com o uso do sistema de medição eletrônica centralizada, constitui-se
de um padrão alternativo e de conveniência técnica do interessado em face ao
padrão convencional instituído pela distribuidora em seus padrões e normas
técnicas.

O Barramento Blindado aplica-se para utilização em tensão secundária


nominal de distribuição de 127/220 Volts, 120/208 Volts ou 220/380 Volts em
frequência de 60 Hz.

Esta Especificação Técnica aplica-se aos novos fabricantes de barramentos


blindados que requererem a homologação destes equipamentos e demais
acessórios junto a AES Eletropaulo e aos atuais fabricantes homologados que não
possuam os seus produtos em conformidade com esta especificação e observados
ainda o prazo de vigência e regras transitórias especificadas no item 20.

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2. DISPOSITIVOS REGULAMENTARES E NORMAS TÉCNICAS

• Fornecimento de energia elétrica em tensão secundária de distribuição –


LIG BT 12° edição 2014 da AES Eletropaulo;

• IEC 60068-2-11:1981 – Environmental testing procedures – Part 2: Test


KA: Salt mist;

• IEC 60269-1:2006 – Low-voltage fuses – Part 1: General requirements;

• IEC 60269-2:2013 – Low-voltage fuses – Part 2: Supplementary


requirements for fuses for use by authorized persons (fuses mainly for industrial
application) - Examples of standardized systems of fuses A to K;

• IEC 60269-3:2013 – Low-voltage fuses – Part 3: Supplementary


requirements for fuses for use by unskilled persons (fuses mainly for household or
similar applications) - Examples of standardized systems of fuses A to F;

• IEC 60269-3-1:2004 – Low-voltage fuses – Part 3-1: Supplementary


requirements for fuses for use by unskilled persons (fuses mainly for household and
similar applications) - Sections I to IV;

• IEC 60695-11-10:2003 – Fire hazard testing - Part 11-10: Test flames – 50


W horizontal and vertical flame test methods;

• IEC 61439-1:2011 – Low-voltage switchgear and controlgear assemblies -


Part 1: General rules;

• IEC 61439-2:2011 – Low-voltage switchgear and controlgear assemblies -


Part 2: Power switchgear and controlgear assemblies;

• IEC 61439-3:2012 – Low-voltage switchgear and controlgear assemblies -


Part 3: Distribution boards intended to be operated by ordinary persons (DBO);

• IEC 61439-4:2012 – Low-voltage switchgear and controlgear assemblies -


Part 4: Particular requirements for assemblies for construction sites (ACS);

• IEC 61439-5:2011 – Low-voltage switchgear and controlgear assemblies -


Part 5: Assemblies for power distribution in public networks;

• IEC 61439-6:2012 – Low-voltage switchgear and controlgear assemblies -

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Part 6: Busbar trunking systems (busways);

• lEC 62262:2002 – Degrees of protection provided by enclosures for


electrical equipment against external mechanical impacts (IK code);

• NBR 5410:2004 – Instalações elétricas de baixa tensão;

• NBR 5456:2010 – Eletricidade geral;

• NBR 5460:1992 – Sistemas elétricos de potência;

• NBR 5471:1986 – Condutores elétricos;

• NBR 5841:1974 – Superfície Pintada – Determinação do grau de


empolamento;

• NBR 5915:2008 – Bobinas e chapas finas a frio de aço-carbono para


estampagem – Especificação;

• NBR 7008-1:2012 – Chapas e bobinas de aço revestidas com zinco ou


liga zinco-ferro pelo processo contínuo de imersão a quente
– Parte 1: Requisitos;

• NBR 8755:2012 – Sistemas de revestimentos protetores para painéis


elétricos;

• NBR 11388:1990 – Sistemas de pintura para equipamentos e instalações


de subestações elétricas;

• NBR 13570:1996 – Instalações elétricas em locais de afluência de público


– Requisitos específicos;

• NBR 16019:2011 – Linhas elétricas pré-fabricadas (barramentos


blindados) de baixa tensão – Requisitos para instalação;

• NBR IEC 60439-1:2003 – Conjuntos de manobra e controle de baixa


tensão – Parte 1: Conjuntos com ensaio de tipo totalmente testados (TTA) e
conjuntos com ensaio de tipo parcialmente testados (PTTA);

• NBR IEC 60439-2:2004 – Conjuntos de manobra e controle de baixa


tensão – Parte 2: Requisitos particulares para linhas elétricas pré-fabricadas
(sistemas de barramentos blindados);

• NBR IEC 60439-3:2004 – Conjuntos de manobra e controle de baixa

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tensão – Parte 3: Requisitos particulares para montagem de acessórios de baixa


tensão destinados a instalação em locais acessíveis a pessoas não qualificadas
durante sua utilização – Quadro de distribuição;

• NBR IEC 60529:2005 – Graus de proteção para invólucros de


equipamentos elétricos (código IP);

• NBR IEC 60947-1:2013 – Dispositivos de manobra e comando de baixa


tensão – Parte 1: Regras gerais;

• NBR IEC 60947-2:2013 – Dispositivos de manobra e comando de baixa


tensão – Parte 2: Disjuntores;

• NBR IEC 60947-3:2014 – Dispositivos de manobra e comando de baixa


tensão, seccionadores, interruptores – Parte 3: Interruptores, seccionadores,
interruptores-seccionadores e unidades combinadas de dispositivo fusível;

• NBR IEC 61643-1:2007 – Dispositivos de proteção contra surtos em baixa


tensão – Parte 1: Dispositivos de proteção conectados a sistemas de distribuição de
energia de baixa tensão – Requisitos de desempenho e métodos de ensaio;

• NBR ISO/CIE 8995-1:2013 – Iluminação de ambientes de trabalho - Parte


1: Interior;

• NBR ISO/IEC 17025:2005 – Requisitos gerais para competência de


laboratórios de ensaio e calibração;

• NBR NM 60898:2004 – Disjuntores para proteção de sobrecorrentes para


instalações domésticas e similares (IEC 60898:1995, MOD);

• Resolução Normativa ANEEL nº 414, de 9 de setembro de 2010.

OBS: Esta norma técnica assim como todas as normas que a integram
poderão sofrer revisões por consequência da mudança na Legislação em vigor,
revisões normativas ou mudanças de tecnologias. Estas alterações serão realizadas
sem prévio aviso e atualizadas no site da AES Eletropaulo.

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3. TERMINOLOGIA

As definições e termos utilizados neste documento estão apresentados a


seguir.

• ART – Anotação de Responsabilidade Técnica: documento que define,


para os efeitos legais, os responsáveis técnicos pela execução de obras
ou prestação de quaisquer serviços de Engenharia e Agronomia, objeto do
contrato;

• Aterramento: ligação elétrica intencional com a terra, podendo ser com


objetivos:

 Funcionais: ligação do condutor neutro à terra, e;

 De proteção: ligação à terra das partes metálicas não destinadas a


conduzir corrente elétrica.

• Barramento Blindado: elemento de um sistema de linha elétrica pré-


fabricado completo com barras, seus suportes e isolação, invólucro
externo, bem como eventuais meios de fixação e de conexão a outros
elementos, com ou sem recurso de derivação, destinado a alimentar e
distribuir energia elétrica em edificações para uso residencial, comercial,
público, agrícola e industrial;

• Cabina de Barramentos: conjunto destinado a receber os condutores do


ramal de ligação, ou do ramal de entrada, e alojar barramento principal e
de distribuição, os dispositivos de proteção e manobra e os
transformadores de corrente para medição;

• Caixa de derivação: caixa destinada a alojar os dispositivos de proteção


e manobra que são inseridos diretamente no barramento blindado por
meio de sistema fixo ou extraível (plug-in);

• Carga instalada: soma das potências nominais dos equipamentos


elétricos instalados na unidade consumidora, em condições de entrar em
funcionamento, expressa em quilowatts (kW);

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• CAU: Conselho Arquitetura e Urbanismo;


• Centro de medição: conjunto constituído, de forma geral, de caixa de
distribuição ou seccionadora, caixa(s) de dispositivo de proteção e
manobra, cabina de barramentos, barramentos blindados, caixa(s) de
medição e caixa(s) de dispositivos de proteção individual;
• Condutor de aterramento: condutor de proteção que liga o barramento
de equipotencialização principal (BEP) ao eletrodo de aterramento;
• Condutor de proteção: condutor que liga as massas (partes metálicas de
instalações e equipamentos, não destinados a conduzir corrente) a um
terminal ou barra de aterramento;
• Consumidor: pessoa física ou jurídica, ou comunhão de fato ou de direito,
legalmente representada, que solicitar à distribuidora o fornecimento de
energia elétrica e assumir a responsabilidade pelo pagamento das faturas
e pelas demais obrigações fixadas em normas e regulamentos da ANEEL,
assim vinculando-se aos contratos de fornecimento, de uso e de conexão
ou de adesão, conforme cada caso;

• CREA: Conselho Regional de Engenharia e Agronomia;

• Demanda: potência ou corrente, em kVA, kW ou A, requisitada por


determinada carga instalada na unidade de consumo, durante intervalo de
tempo especificado. Normalmente se considera o valor médio
correspondente a um intervalo de 15 minutos;

• Demanda máxima: maior de todas as demandas registradas ou ocorridas


durante um período de tempo definido (dia da semana, mês, ano, etc.);

• Distribuidora: agente titular de concessão ou permissão federal para


prestar o serviço público de energia elétrica;

• Edificação: toda e qualquer construção reconhecida pelas autoridades


competentes como regular e utilizada por um ou mais consumidores;

• Eletrodo de aterramento: infraestrutura de aterramento (ver subseção 6.4


da NBR 5410) condutor ou conjunto de condutores enterrados no solo e
eletricamente ligados à terra para fazer um aterramento;
• Entrada coletiva: toda entrada consumidora com a finalidade de alimentar

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uma edificação de uso coletivo;

• Entrada consumidora: conjunto de equipamentos, condutores e


acessórios instalados entre o ponto de entrega e medição e proteção,
inclusive;

• Entrada de serviço: conjunto de condutores, equipamentos e acessórios


compreendidos entre o ponto de derivação da rede secundária e a
medição e proteção, inclusive;

• Entrada Subterrânea: toda entrada consumidora localizada na zona de


distribuição subterrânea;

• Entrada individual: toda entrada consumidora com a finalidade de


alimentar uma única unidade de consumo;

• Equipotencialização: procedimento que consiste na interligação de


elementos especificados, visando obter a equipotencialidade necessária
para fins desejados. Por extensão, a própria rede de elementos
interligados resultante;

• IK: graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos (código


IK) contra impactos mecânicos externos;

• IP: graus de proteção para invólucros de equipamentos elétricos (código


IP). O código IP trata-se de um sistema de codificação para indicar o grau
de proteção provido por um invólucro contra o acesso às partes perigosas,
ingresso de objetos sólidos estranhos, penetração de água e para dar
informações adicionais com relação a cada proteção;

• Lacre: dispositivo de segurança destinado a impedir o acesso ao espaço


protegido do conjunto cabina de barramentos e correspondente área de
acesso;

• Ponto de entrega: é o ponto até o qual a Distribuidora se responsabiliza


pelo fornecimento de energia elétrica e pela execução dos serviços de
operação e manutenção. O ponto de entrega deverá situar-se no limite da
via interna com o limite da propriedade;

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• Porta: fechamento articulado a parte interna do conjunto cabina de


barramentos ou acesso aos dispositivos de proteção e manobra;

• Ramal de entrada: trecho de condutores da entrada de serviço,


compreendido entre o ponto de derivação da rede da Distribuidora e o
ponto de entrega e a proteção ou medição, com seus acessórios
(eletrodutos, terminais, etc.);

• Ramal de ligação: trecho de condutores de entrada de serviço,


compreendido entre o ponto de derivação da rede da Distribuidora e o
ponto de entrega, com seus acessórios (eletrodutos, terminais, etc.);

• Rede de Distribuição Subterrânea: rede elétrica constituída de cabos e


acessórios isolados instalados sob a superfície do solo, diretamente
enterrados ou em dutos;
• RRT – Registro de Responsabilidade Técnica: é o instrumento por meio
do qual o arquiteto e urbanista comprova a autoria ou a responsabilidade
relativa à atividade técnica por ele realizada;
• Shaft: espaço de construção vertical, estendendo-se geralmente por todos
os pavimentos da edificação;
• Tradução juramentada: é a tradução oficial, feita por tradutor público
(comumente conhecido como tradudor juramentado), exigida legalmente
em todo o território nacional para que documentos redigidos em língua
estrangeira produzam efeito em repartições da União, dos Estados ou dos
Municípios, em qualquer instância, juízo ou tribunal ou entidades
mantidas, fiscalizadas ou orientadas pelos poderes públicos. A tradução
juramentada tem fé pública em todo o território nacional, e as versões são
reconhecidas na maior parte dos países estrangeiros;
• Tradutor público: é o profissional devidamente habilitado pela Junta
Comercial do respectivo Estado em que exerce seu ofício, de acordo com
as legislações vigentes;

• Unidade Consumidora ou de consumo: conjunto de instalações e


equipamentos elétricos, caracterizado pelo recebimento de energia elétrica
em um só ponto de entrega, com medição individualizada e
correspondente a um único consumidor.

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4. CONDIÇÕES GERAIS

O Sistema de Linha Elétrica Pré-fabricado, doravante denominado como


Barramentos Blindados e definido nesta especificação, deve ser previamente
homologado pela AES Eletropaulo, conforme os requisitos técnicos e ensaios
especificados nesta norma em observância às normas ABNT NBR 16019, 60439-1,
60439-2, 60529 e IEC 61.439-6 entre outras normas aplicáveis que certifiquem os
mesmos.

A utilização, dimensionamento e instalação de barramentos blindados devem


ser feitos atentando-se ainda aos dispositivos constantes no Livro “Fornecimento de
energia elétrica em tensão secundária de distribuição – LIG BT 12° edição 2014” da
AES Eletropaulo.

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5. BARRAMENTOS BLINDADOS

Barramento Blindado consiste de um sistema de linha elétrica pré-fabricado


com barras, seus suportes e isolação, invólucro externo, bem como eventuais meios
de fixação e de conexão a outros elementos, com ou sem recurso de derivação,
destinado a alimentar e distribuir energia elétrica em edificações para uso
residencial, comercial, industrial ou misto.

5.1. Barras condutoras

Os condutores ativos do barramento blindado devem ser constituídos de


barras de cobre eletrolítico de pureza 99,9% ou de alumínio (ligas 1350, 6101, 6060,
6063 ou outra), com cantos arredondados, devidamente projetados e fabricados
para correntes de demanda compreendidas entre 160 a 6.000 A e tensão de
utilização até 1.000 Volts em 60 Hz. No caso dos condutores ativos com barras de
alumínio deve ser especificado o tipo de liga utilizada pelo fabricante nos itens que
compõem cada família, devendo ainda constar em projeto e nos relatórios de
ensaios o tipo de liga.

As superfícies de contato das barras de cobre destinadas a conexões ou


derivações devem receber o devido tratamento por meio processo industrial de
nitrato de prata ou estanho.

As barras de alumínio que compõem o barramento blindado devem possuir


tratamento, a ser realizada em toda a barra, por meio de processo industrial de
zincato, cobre e nitrato de prata ou estanho. A espessura final destas camadas deve
variar de 7 a 10 µm (micrômetros) e a prova de tratamento deve ser feita por meio
de relatório de conformidade expedido pela empresa especializada e por lote.

As barras condutoras de cobre ou alumínio devem possuir isolação adequada


por meio de aplicação de filme/fita de poliéster, cobertura termocontrátil ou pintura
eletrostática que suportem uma temperatura de até 130° C. Para as tecnologias que
empreguem barra espaçada em invólucro fechado (IP 54) a isolação por barra é
dispensada desde que o ensaio tenha sido realizado contemplando esta situação de
acordo com esta especificação técnica.

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5.2. Isoladores e suportes

Os isoladores e suportes, quando previsto no projeto do barramento blindado,


instalados ao longo do seu invólucro devem possuir propriedades dielétricas e
mecânicas adequadas ao tipo de barramento e à corrente suportável nominal de
curta duração deste.

5.3. Invólucros

Os invólucros metálicos dos barramentos blindados devem ser construídos


com chapa de aço carbono ou alumínio, podendo ainda possuir pintura eletrostática
utilizando tinta em pó sintética isenta de metais pesados na sua formulação ou no
caso do alumínio este pode ser submetido ao processo de anodização.

O invólucro do barramento blindado pode ser utilizado como condutor de


proteção (PE) desde que tenha sido devidamente ensaiado comprovando a sua
eficácia. Nesta condição, o barramento blindado deve prever um ponto para conexão
do cabo de aterramento das massas próximo às caixas de medição. Este ponto deve
ser identificado com símbolo apropriado conforme previsto no item 7.6.5.2 da Norma
ABNT IEC 60439-1.

As tampas de fechamento dos invólucros metálicos dos barramentos


blindados devem possuir orifícios de aproximadamente 2,0 mm externos ao
invólucro, ou seja, que não comprometa o grau de proteção deste e presente em
pelo menos 4 (quatro) pontos nos elementos retos, em cada lado e na parte superior
e inferior para finalidade de realizar a selagem (lacre) deste barramento, salvo o
invólucro seja comprovadamente inviolável com a aplicação de rebites cuja
violação/destruição caracterize a má-fé do usuário. Os demais elementos devem
também ser dotados destes dispositivos sob o mesmo conceito em número de 2
(dois) para cada face, emenda derivação, entre outros.

5.4. Barreira corta fogo

De acordo com o item 6.2.9.6.2 da ABNT NBR 5410 os barramentos


blindados que empreguem a tecnologia de barra espaçada em invólucro fechado (IP
54) devem ser fornecidos com barreira corta fogo construída internamente ao

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barramento, no nível de passagem da construção (pisos, paredes, coberturas, tetos,


lajes, etc de modo a preservar a característica da resistência ao fogo de que o
elemento for adotado.

No caso de linhas elétricas dispostas em instalação vertical atravessando


diversos níveis, cada travessia de piso deve ser obturada de modo a impedir a
propagação de incêndio. Admite-se que essa obturação das travessias possa não
ser provida nas situações apresentadas no item 6.2.9.6.8 da ABNT NBR 5410.

5.5. Grau de proteção IP e IK

O barramento blindado deve ser construído de forma a assegurar o grau de


proteção mínimo IP 54 (tipo não ventilado) em toda a sua extensão. A aplicação do
barramento blindado em trechos de intersecção com conexões, válvulas hidráulicas
ou jatos de água de baixa pressão ou ainda em instalação em que a distância destes
em relação à linha elétrica do barramento blindado seja igual ou inferior a 1,00 m ou
que possa também estar sujeito à presença acidental de água, não cobertos pelo
grau de proteção IP especificado nesta norma como mínimo, estes trechos devem
ser constituídos de barramentos blindados que assegurem em toda a extensão o
grau de proteção mínimo de IP 55 ou superior, conforme necessidade, desde que
devidamente homologado pela AES Eletropaulo.

O grau de proteção mínimo contra os impactos mecânicos externos deve o


IK-8.

5.6. Elementos

Os elementos que compõem um sistema de barramentos blindados podem


possuir formas geométricas diferentes e entre estas as aceitas para serem utilizadas
nas prumadas de distribuição de energia elétrica dos circuitos de corrente não
medida são constituídas basicamente dos seguintes:

• Elemento reto;

• Elemento do tipo cotovelo, off set e “T”;

• Elemento de derivação;

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• Elemento de adaptação;

• Elemento de expansão ou dilatação térmica;

• Elemento de transposição de fase;

• Elemento de redução;

• Elemento de alimentação ou flange, entre outros.

5.7. Conexões e derivações

Os condutores ativos que compõem os acessórios destinados às conexões


(emendas) e às derivações (pinça plug-in) devem ser constituídos dos mesmos
materiais e tratamentos descritos no item 5.1 desta especificação. Recomenda-se
que entre o elemento de conexão e o invólucro de fechamento deste seja instalada
uma borracha isolante.

Todas as conexões entre barras devem ser executadas através de


parafuso(s) ou porcas(s) torquimétrico(s)a(s) de cabeça sextavada, o qual deverá
romper quando aplicado o torque máximo (faixa de torque) especificado(s) pelo
fabricante do barramento blindado homologado para a perfeita conexão.

Será admitida outra forma de conexão que não seja a de utilização de


parafuso(s) ou porca(s) torquimétricos(as), mas neste caso o fabricante do
barramento blindado homologado deve enviar um relatório de aferição, realizado
durante a instalação e comissionamento, especificando a quantidade e torque
realizado em todos os pontos, acompanhado de ART específica emitida pelo
responsável técnico do mesmo e ainda assumindo total responsabilidade sobre as
conexões realizadas em caso de eventuais defeitos ocorridos por falha de conexão
por um prazo de 3 (três) anos.

5.8. Identificações

O invólucro do barramento blindado deve possuir fita de advertência ao longo


de todo o trecho da entrada consumidora até a subida do shaft, a uma distância
entre pontos variando entre 10 a 15 m ou onde for identificado um fator de risco ou
trecho acessível, com os dizeres “Barramento Blindado – Cuidado Risco de Choque

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Elétrico – Apenas pessoal autorizado” e também o símbolo indicativo de perigo. Esta


fita de advertência deve ser fixada no elemento reto, na face voltada para a
visualização à distância e ser constituída de material na cor amarela resistente à
variação de temperatura, considerando o limite máximo de 130°C, sem que haja o
seu desprendimento.

Deve ser ainda prevista a fixação de placa de identificação no barramento


blindado, próxima a uma das extremidades de cada elemento que constitui a linha
elétrica e elemento de derivação em conformidade com o item 5.1 da NBR IEC
60439-2 e devendo conter no mínimo as seguintes informações:

• Nome ou marca comercial do fabricante;

• Endereço completo do fabricante, CNPJ, telefone de contato e e-mail;

• Designação do tipo e número do elemento da linha elétrica, designação


e número este conforme o utilizando no processo de homologação;

• Identificação da(s) norma(s) de fabricação;

• Data de fabricação (mês e ano);

• Tensão nominal de operação CA (Ue);

• Tensão nominal de isolamento CA (Ui);

• Corrente nominal de operação CA (In);

• Corrente suportável nominal de curta duração CA (Icw);

• Corrente nominal condicional de curto-circuito CA (Icc);

• Frequência nominal;

• Grau de proteção IP;

• E outros mais que o fabricante do barramento blindado julgar


necessário.

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5.9. Demais características elétricas

Os barramentos blindados e demais elementos de montagem devem ter suas


características elétricas definidas pelo fabricante homologado conforme item 4 da
NBR IEC 60439-2. Por ocasião da homologação o fabricante deve informar ainda
para cada elemento ou acessório, no mínimo as características indicadas na tabela
do item 16, quando aplicáveis.

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6. CAIXA DE DERIVAÇÃO

Caixa de derivação consiste de uma caixa destinada a alojar os dispositivos


de proteção e manobra que são inseridos diretamente no barramento blindado por
meio de sistema fixo ou conectores extraíveis (pinça plug-in).

O invólucro da caixa de derivação deve ser de chapa de aço ou em


policarbonato, devendo possuir dispositivo para selagem (lacre) e cadeado, de
acordo com a NBR 5410.

A caixa em chapa de aço carbono deve ter tratamento de fosfatização ou ser


chapa revestida por zinco (conforme NBR 7008) e receber acabamento de tinta a pó
sintética resistente ao tempo, conforme Normas da ABNT, e possuir, gravado em
relevo ou por meio de etiqueta, a marca comercial do fabricante de barramento
blindado homologado pela AES Eletropaulo.

Na caixa de derivação é permitida a instalação de dispositivo de proteção e


manobra do tipo chave seccionadora, desde que com a abertura em carga e fusíveis
devidamente dimensionados em função da demanda e coordenados com a
capacidade de condução de corrente dos condutores.

Para o dimensionamento, montagem e instalação da caixa de derivação


devem ser observadas as informações constantes no LIG BT 12° edição 2014
disponível no site da AES Eletropaulo e outras normas publicadas no site da AES
Eletropaulo.

6.1. Conectores extraíveis (pinça plug-in)

Os conectores extraíveis (pinça plug-in) da caixa de derivação devem possuir


o mesmo tipo de tratamento dos condutores ativos e ter capacidade de condução de
corrente compatível com a capacidade dos condutores de alimentação das caixas de
medição. Estes só devem ser extraídos pelo fabricante do barramento blindado ou
aquele por ele indicado e não podem ser extraídos sob carga.

Os terminais internos à caixa de derivação ou medição dos conectores


extraíveis (pinça plug-in) devem ser interligados até o dispositivo de proteção e

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manobra por meio de cabos isolados ou barras de cobre rígidas ou flexíveis,


pintadas ou isoladas, e devidamente dimensionada em função da capacidade de
condução da pinça, corrente de demanda da instalação e dispositivo de proteção e
manobra.

6.2. Dispositivos de proteção e manobra

Os dispositivos de proteção e manobra geral a serem instalados no interior


das caixas de medição ou caixa de derivação devem ser feitos por meio de disjuntor
de fabricante(s) homologado(s) pelo fabricante do barramento blindado, cuja faixa de
atuação deve ser adotada entre In(mínimo) = 63A e In(máximo) = 400A, de acordo
com a corrente demandada de projeto.

É admitida na caixa de derivação a instalação de dispositivo de proteção e


manobra por meio de chave seccionadora rotativa com a abertura em carga e com
fusíveis, somente de fabricante(s) homologado(s) pelo fabricante do barramento
blindado, desde que devidamente dimensionado em função da demanda e
coordenado com a capacidade de condução de corrente dos condutores, pinça plug-
in e condutor de interligação.

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7. CAIXA DE TRANSIÇÃO, SECCIONAMENTO E/OU PROTEÇÃO

Com a finalidade de garantir o limite máximo de queda de tensão ou


conveniência técnica será aceita a utilização de cabos entre o dispositivo de
proteção e manobra e o barramento blindado no início do shaft, conforme ilustrado
no desenho 66 sequência 3/3 do LIG BT 12° edição 2014. Nesta transição de cabos
para barramentos deve ser prevista a instalação de uma caixa de transição que terá
a finalidade de seccionamento e/ou proteção e manobra. No interior desta caixa
deve ser prevista a instalação de um dispositivo de seccionamento em carga que
efetuará a transição entre cabos e barramento, ou se necessário com proteção a fim
de possibilitar a coordenação.

A caixa de transição também será necessária quando houver redução do


calibre do barramento blindado ao longo do trajeto deste no trecho vertical conforme
também ilustrado no desenho 66 sequência 3/3 do LIG BT 12° edição 2014.

O dispositivo de proteção acima pode ser dispensado se o dispositivo de


proteção a montante deste ponto, garantir a proteção do trecho de menor
capacidade de corrente, sendo que devem ser observados os critérios de proteção
da NBR 5410. Se isto ocorrer nesta caixa deve ser prevista somente a instalação de
um dispositivo de seccionamento com abertura em carga.

O trecho de cabos deve ser instalado em eletrodutos de aço galvanizado em


toda a extensão, onde cada circuito deve ser instalado em eletroduto independente.

A caixa de transição destinada a realizar a interligação dos cabos ao


barramento blindado, bem como o seu dispositivo de seccionamento e/ou proteção e
manobra, deve ser fornecida pelo fabricante do barramento blindado, dotada de
dispositivo para lacre e estar devidamente homologada pela AES Eletropaulo.

Os dispositivos de seccionamento e/ou proteção e manobra a serem


instalados no interior das caixas de transição devem ser de fabricante(s)
homologado(s) pelo fabricante do barramento blindado observando-se os itens 6.2 e
11.6 desta especificação técnica, dimensionados de acordo com a coordenação e
seletividade do sistema.

As condições previstas neste item devem constar no projeto liberado pela

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área técnica da AES Eletropaulo não podendo ser objeto de modificação ou solução
dada pelo fabricante do barramento blindado, ainda que assim previsto em seu
projeto de instalação.

Nesta última hipótese caso o projeto de instalação do fabricante de


barramento blindado contemple ou promova esta alteração, um novo projeto deve
ser encaminhado pelo responsável técnico ou empresa contratada para nova
liberação da AES Eletropaulo, exceção esta para os casos em que haja somente
mudança no trajeto do barramento blindado ou de redução/aumento do calibre de
barramento blindado em todo o trecho.

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8. CAIXA DE MEDIÇÃO

A caixa de medição consiste de uma caixa destinada a alojar os


equipamentos de medição, acessórios e dispositivos de proteção e manobra.

As caixas de medição que acompanham o sistema de medição eletrônica


centralizada caracterizada pela instalação de linha elétrica pré-fabricada –
Barramento Blindado devem ser dos tipos denominados como “Caixa de Medição
Eletrônica Centralizada”, MEC II, IV, VI, IX ou XII para a instalação diretamente no
barramento blindado, ou instalada de forma contígua ao barramento e interligado a
este por meio de utilização de caixa de derivação e condutores, podendo ser dos
tipos MEC I, II, IV, VI, IX, XII e XVI.

Como alternativa as caixas de medição tipo MEC, mencionadas no parágrafo


anterior, as medições que compõem o sistema de medição eletrônica centralizada
podem ser feitos através de agrupamento modular com caixas tipo “P” e caixas
específicas devendo ser observadas as condições previstas no Comunicado Técnico
n° 72 sem prejuízo as demais informações constantes ao LIG BT - 12° edição 2014.

As caixas de medição que visam atender a outras medições do sistema de


medição eletrônica centralizada e que estejam instaladas junto à entrada
consumidora ou cubículo específico devem ser também do tipo MEC utilizadas
conforme aplicação.

A fim de garantir a qualidade, uniformidade e segurança das instalações, a


fabricação e montagem interna das caixas devem ser feitas pelo fabricante
homologado para o barramento blindado ou fabricante homologado para a caixa de
medição tipo MEC, com a anuência do respectivo fabricante de barramento blindado.

Para as informações técnicas relativas, a serem adotadas para os conectores


extraíveis (pinças plug-in) que são fixadas às caixas tipo MEC II, IV, VI, IX e XII e
ainda referente às especificações dos dispositivos de proteção e manobra devem ser
observados os itens 6.1 e 6.2 desta especificação.

As caixas devem ser adquiridas somente de fabricantes homologados pela


AES Eletropaulo para aplicação no sistema de medição eletrônica centralizada, cuja
lista encontra-se disponível no site da distribuidora.

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Quanto às demais informações complementares referentes aos detalhes


técnicos construtivos e para a homologação das caixas tipo MEC e CL, assim como
para o dimensionamento, montagem, instalação e os tipos devem ser observadas as
normas específicas disponíveis no site da AES Eletropaulo e o LIG BT 12° edição
2014.

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9. FAMÍLIAS DE BARRAMENTOS BLINDADOS E DESENHOS


CONSTRUTIVOS

A classificação das famílias de barramentos blindados deve ser separada


quanto ao tipo de condutores ativos, cobre ou alumínio, ao grau de proteção, IP 54
ou superior, a forma construtiva (barra espaçada ou barra colada) e a nomenclatura
de identificação dada pelo fabricante para cada item. O fabricante deve informar
todas as correntes nominais de operação que compõem cada família classificada
observando que somente será admitido para fins de homologação o fabricante que
possuir ao menos 1 (uma) família com o número mínimo de 5 (cinco) barramentos
blindados de correntes nominais distintas na mesma família.

Por ocasião da homologação os fabricantes devem enviar os documentos


previstos no item 11, desenhos básicos construtivos de todos os elementos que
compõem as famílias e as características técnicas dos materiais, equipamentos e
acessórios, em arquivo digital em formato PDF cotado e tamanho A4, onde se
possibilite obter as seguintes informações:

a) Corrente nominal de operação;

b) Corrente de curto-circuito simétrico suportável de curta duração;

c) Tensão nominal de operação e de isolação;

d) Grau de proteção;

e) Frequência;

f) Dimensionamento dos elementos dos barramentos blindados;

g) Dimensionamento das barras condutoras e afastamento entre elas e


entre o invólucro;

h) Tipo do material do invólucro, das barras condutoras e tipo liga


utilizada (barras de alumínio);

i) Características dos isoladores/suportes e a distância de afastamento


entre estes;

j) Características das fitas/filmes de isolação das barras;

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k) Tipo de tratamento das barras, emendas e espessura da camada de


tratamento.

Devem ainda ser apresentados em conjunto com os desenhos acima


especificados e no mesmo formato, os desenhos básicos construtivos e as
informações dos demais acessórios e equipamentos abaixo mencionados:

a) Tipo de emenda, parafuso/porca torquimétrico(a) e torque nominal;

b) Tipos das pinças plug-in, capacidade nominal de corrente e tratamento;

c) Tipos de suporte de fixação e aplicação;

d) Tipos, dimensões e aplicação das caixas de derivação, de redução e


de seccionamento;

e) Fabricante(s), marca(s) e modelo(s) e características principais dos


dispositivos de proteção e manobra que integram as caixas de
derivação e de medição, observando-se o item 11, entre outros.

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10. REQUISITOS PARA INSTALAÇÃO E MONTAGEM DE


BARRAMENTOS BLINDADOS E CAIXAS

Para as condições gerais de embalagem, recebimento em obra e transporte


de barramento blindado, assim como para os requisitos de montagem e instalação
deste deve ser observada a norma ABNT NBR 16019 e as demais informações
constantes no Fascículo Medição Eletrônica Centralizada do LIG BT 12° edição
2014 disponível no site da AES Eletropaulo.

Todos os acessórios para a instalação e montagem do barramento blindado


devem ser fornecidos pelo fabricante do barramento blindado homologado ou
devidamente especificado por este de modo a assegurar a correta instalação e
fixação do barramento em todo o trecho.

O barramento blindado instalado sob laje ou junto à parede deve ser


devidamente fixado por meio de suportes metálicos, mão francesa, travessa ou
suporte apropriado devidamente parafusado ou chumbado à alvenaria, observando
que estes não poderão ser aplicados nos pontos de junção ou emenda e o
distanciamento máximo entre eles não deverá ser superior a 1.500 mm caso os
elementos retos sejam de até 3m de comprimento, ou 2.000 mm para elementos
retos de até 4m de comprimento. Os distanciamentos podem divergir das medidas
informadas acima, desde que constem nas instruções de montagem do fabricante,
cujo valor de distância entre suportes conste em relatório do ensaio de resistência ao
esmagamento e estrutural.

Nos locais onde haja circulação de veículos ou vaga de garagem o


distanciamento mínimo entre a face inferior do barramento blindado e o piso
acabado não deve ser inferior a 2.300 mm, ou ainda quando instalados sob parede
nesta área de circulação este deve ser protegido por elementos que impeçam
eventuais impactos que venham a causar danos.

O shaft ou sala técnica para a instalação do barramento blindado posicionado


no trecho vertical deve ser observado quanto à sua largura e profundidade de modo
a compatibilizar com a perfeita instalação do barramento blindado e a caixa de
derivação/medição sem que avance as medidas previstas em projeto ou um novo

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projeto elétrico deve ser apresentado para a liberação por parte da AES Eletropaulo
considerando o barramento blindado a ser instalado.

A montagem, instalação e comissionamento das linhas elétricas pré-


fabricadas na sua totalidade, assim como das caixas de derivação e medição,
devem ser executadas pelos fabricantes de barramentos blindados homologados ou
por empresas devidamente cadastradas e indicadas por estes o que não isenta os
fabricantes de barramentos blindados da responsabilidade principal pelas
inconformidades identificadas ou danos decorrentes pela má instalação destas
empresas. Recomenda-se que estas empresas apresentem um Certificado de
conformidade no atendimento de requisitos de gestão e técnicos pertinentes aos
serviços de montagem, instalação e comissionamento de linhas elétricas pré-
fabricadas (barramentos blindados) emitido ou validado no âmbito de sistema de
avaliação de conformidade e eficiência das instalações elétricas por um Organismo
de Avaliação da Conformidade, reconhecido neste sistema, para o objeto específico
desta especificação técnica, apontando, ainda os responsáveis técnicos legalmente
habilitados pela empresa e os referidos registros no CREASP.

A lista de empresas reconhecidas, habilitadas e certificadas para o manuseio


e instalação dos barramentos blindados serão disponibilizadas pelo próprio
fabricante do barramento blindado homologado.

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11. PROCESSO DE HOMOLOGAÇÃO

Antes de qualquer fornecimento de barramento blindado na área de


concessão da AES Eletropaulo, o fabricante deve submeter os equipamentos ao
processo de homologação. Para tanto, o interessado deve atender a todos os
requisitos documentais e técnicos estabelecidos neste processo de homologação
conforme etapas de avaliação especificadas a seguir e satisfazer a todos os ensaios
normativos indicados no item 12 desta Especificação Técnica.

11.1. Documentos

Para a avaliação documental do fabricante devem ser encaminhados na


etapa inicial todos os documentos informados na Norma Técnica NTE-G-027.

Somente após a análise e parecer positivo da área Jurídica da Eletropaulo


quanto à conformidade dos documentos é que será dado início a avaliação técnica
do produto a ser homologado.

11.2. Avaliação técnica e de protótipo

Concluída a etapa de avaliação documental pela área Jurídica da Eletropaulo


se iniciará a avaliação técnica do produto e do protótipo pela área de Engenharia.
Para tanto devem ser encaminhadas às informações e documentos listados a seguir:

1) Desenhos dos projetos construtivos elétrico e mecânico, em arquivo


digital, em formato pdf ou dwg, de todos os modelos e tipos que serão
homologados, conforme item 9 desta especificação;

2) Características técnicas dos materiais, equipamentos, proteções e demais


acessórios que compõem o sistema de medição eletrônica centralizada,
conforme item 9 desta especificação, expedidos pelo fornecedor ou
fabricante deste produto;

3) Cronograma de agenda de ensaios com as datas, tipos de ensaios e


laboratório de cada ensaio, observando a antecedência de 90 dias da data
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de realização do primeiro ensaio;

4) Protótipo para avaliação.

A avaliação de protótipo será feita nas dependências do fabricante ou da


empresa pela área de Engenharia da Eletropaulo podendo ser solicitado que um
protótipo de cada tipo de produto a ser homologado seja deixado à disposição para
a avaliação e teste em campo. O objetivo desta avaliação é constatar a
conformidade técnica do produto em relação aos padrões da Eletropaulo, do ponto
de vista construtivo e funcional.

Somente após a avaliação de protótipo é que o produto deve ser


encaminhado para os ensaios normativos de tipo indicados no item 12, observando
as informações indicadas nos itens a seguir.

11.3. Acompanhamento de Ensaios

Os ensaios de todos os tipos de linhas elétricas pré-fabricadas – barramentos


blindados e seus acessórios a serem homologados devem ser feitos em Laboratório
Oficial INMETRO, membro ILAC ou Laboratórios de terceira parte adotados pelo
Organismo de Avaliação de Conformidade (OAC) e acreditado (ABNT NBR ISO/IEC
17025:2005) pela Coordenação Geral de Acreditação (Cgcre) no escopo dos
ensaios especificados nos Requisitos de Avaliação de Conformidade (RAC),
podendo parte destes ensaios serem acompanhados por um inspetor da
Eletropaulo. Os ensaios podem ser acompanhados pelo proprietário da empresa ou
funcionário por ele preposto, ou ainda um terceiro por ele designado e constituído de
procuração para representá-lo.

Depois de realizados todos os ensaios em todos os tipos descritos nesta


especificação, o fabricante deve encaminhar cópia digital dos relatórios dos ensaios
com as respectivas fotos e resultados obtidos, bem como o catálogo digital dos
barramentos blindados e tipos de elementos, entre outros acessórios.

Os fabricantes que optarem ou tiverem realizados os ensaios em


conformidade com as normas internacionais podem ter os relatórios aceitos desde
que atendidas às condições estabelecidas nesta especificação. Os documentos e

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ensaios que venham a ser apresentados em língua estrangeira devem ser


acompanhados da respectiva tradução para a língua portuguesa, realizada por um
tradutor público ou juramentado legalmente habilitado.

Os fabricantes dos dispositivos de proteção e manobra, seccionamento,


fusíveis e outros acessórios ficam também sujeitos a esta especificação onde devem
apresentar todos os documentos pertinentes a aplicação do produto em conjunto
com o fabricante homologado para o produto. Estes também devem apresentar
todos os ensaios normativos de tipo, conforme norma específica vigente, feitos em
laboratório acreditado pelo INMETRO no Brasil ou em laboratório acreditado ILAC
(International Laboratory Accreditation Cooperation).

Na hipótese do fabricante já possuir ensaios normativos que se enquadrem e


atendam integralmente a esta especificação técnica e que possam ser aproveitados
neste processo de homologação, estes devem ser submetidos à análise e liberação
por parte da Eletropaulo. Para tanto os ensaios não podem ter sido realizados em
data superior a 5 (cinco) anos.

Na hipótese de cancelamento, revisão ou substituição de normas ABNT NBR


IEC do referido equipamento ou material ou correlatas a estes, e que requeiram
novos ensaios normativos, todos os fabricantes devem reapresentar os ensaios com
base na nova norma e no período em que esta estabelecer por vigência, sob pena
de serem descadastrados como homologados junto à Eletropaulo.

NOTA IMPORTANTE: o fato de ocorrer o acompanhamento dos ensaios por


um inspetor da Eletropaulo não transfere a responsabilidade do fabricante para
distribuidora sob eventuais erros e inconformidades detectadas ou registradas em
relatórios de ensaios.

11.4. Dispositivos finais

Depois de atendidas as etapas do processo de homologação e os demais


dispositivos constantes nesta especificação técnica, a homologação final do novo
fabricante somente será efetivada após o primeiro piloto ter sido concluído e
acompanhado pela Eletropaulo, e ainda as eventuais inconformidades detectadas

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durante a instalação deste piloto serem totalmente sanadas. Neste período o


fabricante pode até constar como homologado no site de fabricantes homologados,
no entanto, pode ser retirado a qualquer tempo na hipótese do primeiro piloto
concluído não atender aos requisitos desta norma.

Qualquer modificação no protótipo aprovado, existente ou a ser homologado,


assim como dos componentes integrantes a cabina de barramentos, deve ser
comunicada prévia e oficialmente à Eletropaulo e novos ensaios pertinentes às
alterações devem ser realizados e apresentados.

Caso sejam detectadas quaisquer não conformidades do(s) produto(s) ou sua


instalação com esta especificação, os relatórios de ensaios serão invalidados
automaticamente e o cadastro do fabricante e seus produtos serão suspensos,
inclusive do site da Eletropaulo. Caso o fabricante não apresente em 6 (seis) meses
os relatórios de ensaios sem a constatação da não conformidade, a Eletropaulo
reserva o direito de excluí-lo em caráter definitivo da relação dos fabricantes
cadastrados, sem prévio aviso.

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12. ENSAIOS DE HOMOLOGAÇÃO

Antes de qualquer fornecimento os fabricantes devem submeter os


barramentos blindados, caixas de derivação e de medição, entre outros acessórios e
equipamentos que integram o sistema de medição eletrônica centralizada ao
processo de homologação na AES Eletropaulo devendo ainda satisfazer a todos os
ensaios indicados a seguir e às exigências contidas nesta Especificação Técnica.

Para os barramentos blindados os ensaios exigidos para o processo de


homologação são os informados abaixo:

a) Verificação dos limites de elevação de temperatura (item 8.2.1 da


ABNT NBR IEC 60439-2);

1. Realizar este ensaio conforme o Protocolo para o Ensaio de


Elevação de Temperatura e da Determinação das Características
Elétricas descrito no item 13, observando que ambos os ensaios
citados devem ser feitos juntos na mesma data e corpo de prova;

2. Este ensaio deve também ser realizado na condição de montagem


vertical para a determinação do fator (k2).

b) Verificação das propriedades dielétricas (item 8.2.2 da ABNT NBR IEC


60439-1);

c) Verificação da corrente suportável de curto-circuito (item 8.2.3 da


ABNT NBR IEC 60439-2);

d) Verificação da eficácia do circuito de proteção (item 8.2.4 da ABNT


NBR IEC 60439-1);

e) Verificação das distâncias de escoamento e de isolamento (item 8.2.5


da ABNT NBR IEC 60439-1);

1. Realizar este ensaio com o conector extraível tipo plug-in na


posição conectada e desconectada (pinça plug-in extraída).

f) Verificação do funcionamento mecânico (item 8.2.6 da ABNT NBR IEC


60439-1);

1. Realizar este ensaio em todos os tipos de conectores extraíveis


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pinças plug-in.

g) Verificação do grau de proteção (item 8.2.7 da ABNT NBR IEC 60439-2


e ABNT NBR IEC 60529);

1. Realizar este ensaio considerando o grau de proteção mínimo IP 54


e em todos os tipos de elementos, incluindo os de conexão e
derivação, assim como na caixa de derivação.

h) Verificação das características elétricas do sistema de linha elétrica


pré-fabricada (item 8.2.9 da ABNT NBR IEC 60439-2), observando que
este ensaio deve ser feito em conjunto com o ensaio de elevação de
temperatura, na mesma data e corpo de prova;

1. Determinação dos valores de resistência, reatância e impedância do


sistema (conforme anexo N.1 e item 8.2.9 da norma ABNT NBR
60439-2);

2. Determinação dos valores de resistência, reatância e impedância


dos sistemas em condições de falta (conforme anexo N.2 e item
8.2.9 da norma ABNT NBR 60439-2).

i) Verificação da resistência estrutural com cargas mecânicas normais


(item 8.2.10.1 da ABNT NBR IEC 60439-2);

j) Verificação da resistência ao esmagamento (conforme item 8.2.12 da


norma ABNT NBR 60439-2);

k) Verificação da resistência dos materiais isolantes ao calor anormal


(conforme item 8.2.13 da norma ABNT NBR 60439-2);

l) Verificação da resistência à propagação de chama (conforme item


8.2.14 da norma ABNT NBR 60439-2);

m) Verificação da barreira corta-fogo em passagem de edificações


(conforme item 8.2.15 da norma ABNT NBR 60439-2).

OBS: Os ensaios identificados pelas letras g), l) e m) poderão ser feitos em um


único item de uma família para a validação dos demais que compõem esta família,
desde que comprovada que a construção é a mesma para todos os elementos que
compõem esta família.
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13. PROTOCOLO PARA O ENSAIO DE ELEVAÇÃO DE


TEMPERATURA E DA DETERMINAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS
ELÉTRICAS

A determinação da impedância e das características elétricas dos


barramentos é indicada nas normas NBR IEC 60439-2 e IEC 61439-6 através de um
método informativo que permite variações na obtenção dos parâmetros. Neste
tocante, este item visa estabelecer alguns critérios para limitar a dispersão dos
valores que impactam em perdas técnicas à distribuidora.

Diante disto considera-se necessário e importante estabelecer-se um


protocolo para definir esses critérios e assim delimitar os tópicos mais importantes
que causam a dispersão dos valores.

13.1. Montagem do corpo de prova

Para o ensaio de impedância, o corpo de prova deve ser montado de forma a


minimizar efeitos das conexões externas. Para isso é importante padronizar as
montagens e procedimentos.

As normas ABNT e IEC indicam para ensaio, elementos retos de linha elétrica
pré-fabricada, unidos um a um, de forma a se obter um comprimento total de 6 m,
incluindo duas emendas.

Geralmente, devido ao padrão adotado entre os fabricantes, bastam dois


trechos retos com 3 m de comprimento munidos das respectivas emendas para
atender à norma. Dessa forma o comprimento da amostra geralmente é próximo de
6 m com pequenas variações em função das conexões. Ocasionalmente pode o
corpo de prova possuir um comprimento de até 8 m desde que o trecho reto padrão
adotado pelo fabricante exceda ao usual aos 3 m adotado como padrão para este
tipo de tecnologia.

A fim de uniformizar a aplicação das emendas deve haver uma por trecho de
barramento, sendo o fechamento feito diretamente na saída das barras conforme
indica o desenho da norma. Porém, a aplicação de uma emenda para a composição

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do fechamento deve ser considerada, pois faz-se necessária em algumas


montagens. Neste último caso, o comprimento da terminação deve ser de até 0,3 m
(medido a partir do centro da emenda até o final da terminação), a fim de minimizar a
interferência desse elemento. Esta limitação máxima de 0,3 m deve fazer com que o
corpo de prova máximo a ser adotado para fins de cálculos elétricos não exceda ao
tamanho do corpo de prova (6 a 8 m) mais esta medida da terminação.

Esse tipo de arranjo permite realizar o ensaio de elevação de temperatura,


bem como para a obtenção dos parâmetros técnicos dos barramentos blindados
num mesmo ensaio e obtidos na temperatura de estabilização. Um ponto importante
é que devem ser distribuídos termopares na porção média dos trechos de barra a fim
de obter o valor da temperatura nelas que será utilizado em avaliações posteriores,
nos pontos apontados no item 13.6. Mesmo em barramentos do tipo barra colada é
necessário medir a temperatura das barras e para isso deverão ser providenciadas
janelas de acesso nos invólucros para os sensores de temperatura. Essas janelas
devem ser cobertas a fim de evitar a dissipação excessiva de calor no ponto de
medição.

Do lado da alimentação não há restrições de comprimento, pois as sondas de


tensão podem ser deslocadas a fim de incluir somente a amostra submetida ao
teste, considerando assim que estas sejam posicionadas o mais próximo possível à
conexão das barras de alimentação com o primeiro elemento reto do barramento
blindado .

Embora não seja obrigatório por norma, a medição do valor da resistência em


corrente contínua de valor reduzido RDC (ou seja, com micro-ohmímetro) é de
grande valia no acompanhamento dos parâmetros de ensaio.

A fim de facilitar a medição da resistência RDC na temperatura ambiente, os


terminais de entrada podem ser dispostos em uma configuração que permita o
acesso mais próximo da conexão de entrada. Isso pode ser feito aproximando-se a
dobra de abertura dos barramentos ao terminal de entrada do barramento. A figura a
seguir ilustra um exemplo.

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Figura 1: Exemplo de interligação do corpo de prova à fonte (para permitir a conexão


do medidor de resistência RDC).

Na montagem dos terminais de entrada, o comprimento da barra central deve


ter dimensão mínima de modo a não interferir nos resultados das medições de
temperatura. As barras laterais acompanham em função da distância entre os
terminais da fonte. As dimensões e material da barra devem ser preferencialmente
as mesmas do corpo de prova.

No caso de haver mais de uma barra por fase, a ligação em paralelo da


entrada influencia no resultado final. Dessa forma é fundamental acoplar uma caixa
de ligações padronizada na entrada (flange padrão do barramento blindado) que
faça parte do conjunto do barramento ensaiado e consequentemente do corpo de
prova a ser considerado, pois as conexões externas não serão consideradas na
determinação do comprimento da amostra.

O corpo de prova deve ser montado com todos os materiais na configuração


final para instalação no campo de aplicação. Por exemplo, se houver emendas com
revestimento estanhado ou prateado, essas devem estar presentes no ensaio.
Pintura e outros itens que possam influenciar na dissipação de calor também devem
estar presentes.

Os corpos de prova devem ter janelas de inspeção previamente montadas no


espaço entre as emendas, para acesso das sondas dos medidores de temperatura
às barras.

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13.2. Algarismos significativos

O número de algarismos significativos nesta aplicação será quatro casas após


a vírgula caso o resultado seja dado em mΩ/m (mili ohms por metro) e uma casa
após a vírgula caso seja dado em µΩ/m (micro ohms por metro).

13.3. A medição

Para a medição dos parâmetros é necessário instrumentação que tenha


capacidade de medir os parâmetros nas condições de ensaio. O instrumento (ou
instrumentos) deve medir altas correntes, baixa tensão e potências moderadas.
Essas condições limitam consideravelmente os instrumentos que podem ser
utilizados.

Conforme determinado nos anexos das normas ABNT NBR 60.439-2 e IEC
61.439-6 para a determinação dos valores de resistência, reatância e impedância do
sistema, obrigatoriamente, as medições devem ser obtidas pelo método dos 2 (dois)
wattímetros ou wattímetro trifásico ou monofásico, e ainda considerando a instalação
de 3 (três) amperímetros (para a medição das correntes de cada fase
simultaneamente) e 3 (três) voltímetros (para a medição das tensões de linha
simultaneamente). A leitura destas medições devem ser obtidas na estabilização
térmica do ensaio e registrados em relatório para fins dos cálculos elétricos.

A convenção adotada nas polaridades dos instrumentos deve ser mantida a


fim de evitar erros, principalmente em se tratando de uma medição trifásica. O lado
da carga corresponde ao barramento submetido a teste e os pontos de medição de
tensão devem ser colocados o mais próximo possível da emenda de entrada.

O instrumento deve conseguir medir os parâmetros de ensaio com a precisão


requerida e permitir o registro dos pontos durante intervalos regulares, para facilitar o
controle e avaliação dos parâmetros do ensaio. Os dados adquiridos podem ser
aplicados diretamente nas planilhas de cálculo, reduzindo os erros de transcrição.

Devido ao fluxo magnético ao redor dos condutores a medição da tensão


pode ser prejudicada caso não se observe alguns cuidados. Devem-se evitar laços
entre os cabos de medição. Um modo simples para isso é trançar os cabos ou
utilizar cabos trifásicos com cobertura externa cuja montagem restringe a distância

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entre os condutores.

O ponto de medição deve ser junto à extremidade de entrada do barramento,


mais próximo do invólucro onde for possível conectar as sondas de medição de
potencial, a fim de minimizar a dispersão dos valores.

A corrente nominal a ser aplicada no início do ensaio ao corpo de prova deve


ser devidamente ajustada de modo a considerar que esta venha a sofrer uma
redução natural haja vista que haverá um aumento da resistência do conjunto em
função da temperatura e que não poderá mais ser ajustada em hipótese alguma ao
longo do ensaio, nem que para efeitos corretivos. Ao final do ensaio, na
estabilização da temperatura do sistema, a corrente nominal deve ser a mais
próxima possível da corrente nominal de operação do barramento blindado,
conforme declarado pelo fabricante.

13.4. Determinação do comprimento da amostra

A impedância do corpo de prova é definida por unidade de comprimento de


modo que a definição desse parâmetro influencia diretamente as determinações dos
valores. A padronização dos critérios utilizados na determinação do comprimento
diminui a dispersão dos resultados e permite a comparação destes em condições de
equidade. O critério para essa determinação seria, então:

A determinação do comprimento da amostra, com barra simples (uma por


fase) deve tomar como referência:

 O comprimento que vai da linha de centro da emenda de entrada até a


linha de centro da emenda de saída, predominantemente dentro do
invólucro.

 O comprimento total do invólucro que envolve o barramento e todas as


emendas, desde que esse comprimento seja compatível com o dos
barramentos e emendas que estão nele contidos.

As normas não indicam meios para calcular o efeito da presença de conexões


externas e por isso deve-se minimizar a influência destes elementos externos nos
resultados da medição do corpo de prova.

O fechamento deve ser limitado em seu comprimento somente ao necessário

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a fim de limitar o acréscimo de impedância. O comprimento admitido é de no máximo


300 mm além do invólucro, ou além da linha de centro da emenda de saída.

No caso de haver mais de uma barra por fase, a ligação em paralelo da


entrada influencia no resultado final. Neste caso se deve tomar como referência o
comprimento total do invólucro que envolve o barramento e todas as emendas.
Desde que esse seja compatível com os barramentos e emendas que nele estão
contidos.

Dessa forma é necessário acoplar uma caixa de ligações padronizada na


entrada que faça parte do conjunto do barramento ensaiado (flange padrão do
barramento blindado), pois as conexões externas não serão consideradas na
determinação do comprimento do corpo de prova. A caixa de ligações (flange padrão
do barramento blindado) deve ser considerada no corpo de prova, devendo sua
disposição e montagem constar no relatório. Inevitavelmente a impedância deste
elemento será considerada dentro da impedância do corpo de prova.

Deve haver um ponto de medição de temperatura na conexão de fechamento


a fim de assegurar que a temperatura neste ponto não seja muito divergente
daquela medida na porção média do barramento entre emendas. O valor de
referência para essa diferença é normalizado em 5 K (ou 5°C).

13.5. Dados fornecidos para o ensaio e folha de anotação

A fim de diminuir a dispersão e garantir um conjunto de informações


necessário para caracterizar o produto, devem estar disponíveis as seguintes
informações para a execução dos testes:

 Modelo do barramento;

 Corrente nominal de operação;

 Dimensões das barras e número delas por fase;

 Distância entre barras ( LINHA DE CENTRO);

 Comprimento exato do barramento;

 Comprimento linear da caixa de ligações (flange padrão do barramento


blindado), nos casos dos barramentos constituídos por mais de uma

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barra por fase;

 Dimensões das conexões externas;

 Terminais de conexão, natureza e tratamento de superfície do material


de contato;

 Torque nominal da emenda;

 Tensão nominal de operação e de isolação;

 Grau de proteção.

Uma parte importante das anotações é a configuração do corpo de prova e


por isso previamente ao ensaio devem ser entregues desenhos com as dimensões
exatas do corpo de prova que serão verificadas. O desenho deve ser anexado ao
relatório de ensaio.

As seguintes informações devem constar do desenho:

 As dimensões e a disposição dos condutores externos utilizados no


ensaio. Por exemplo, a distância entre o início da emenda de entrada e
o fechamento do circuito.

 A disposição e número das emendas e a distância entre o centro delas.


Segundo a norma deve haver pelo menos duas emendas.

 O comprimento linear, dimensões e a disposição da caixa de ligações


(flange padrão do barramento blindado), nos casos dos barramentos
constituídos por mais de uma barra por fase, utilizada no ensaio.

 O material e dimensão das barras internas e externas ao invólucro.

 Corte transversal com as dimensões das barras e distância entre elas.

 A constituição das emendas, com ou sem revestimento, e se há


materiais diferentes das barras que possam influenciar no desempenho
do produto.

A criação do registro deve ser feita em folha de anotação, conforme modelo


abaixo, contendo as informações descritas nesta folha:

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Parâmetro/Informações necessárias Valor Unidade

Modelo

Corrente nominal [A]

Número total elementos retos

Número de emendas no barramento

Material do barramento e emendas

Comprimento do barramento [m]

Número de barras por fase

Largura da barra [mm] ou [pol]

Espessura da barra [mm] ou [pol]

( ) canto reto/vivo ou
Tipo da borda da barra e raio [mm] ou [pol]
( ) arredondado

Material do fechamento

Comprimento do fechamento [m]

Largura da barra do fechamento [mm] ou [pol]

Espessura da barra do fechamento [mm] ou [pol]

( ) canto reto/vivo ou
Tipo da borda da barra do fechamento
( ) arredondado

Corrente fase R r.m.s. (I1) na estabilização térmica [A]

Corrente fase S r.m.s. (I2) na estabilização térmica [A]

Corrente fase T r.m.s. (I3) na estabilização térmica [A]

Maior valor da potência na estabilização térmica [W]

Menor valor da potência na estabilização térmica [W]

Tensão RS r.m.s. (V12) na estabilização térmica [V]

Tensão ST r.m.s. (V23) na estabilização térmica [V]

Tensão TR r.m.s. (V31) na estabilização térmica [V]

Resistência fase R RDC (a frio) [µΩ]

Resistência fase S RDC (a frio) [µΩ]

Resistência fase T RDC (a frio) [µΩ]

Temperatura do Corpo de Prova na estabilização térmica [°C]

Observações:

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13.6. Pontos de medição da temperatura

Devem ser monitorados os seguintes pontos:

 Conexões de entrada (por exemplo: monobloco de entrada): Para


efeito de controle da influência do aquecimento das emendas no
conjunto do barramento a medição da temperatura deve ser a mais
abrangente possível. No caso de haver uma barra por fase, um ponto
por conexão de fase é suficiente para abranger a variação transversal
na emenda. Caso haja mais de uma barra por fase pode-se monitorar
cada conexão de cada barra no sentido transversal. Caso isso não seja
possível, ao menos monitorar nas conexões mais externas e na de
maior temperatura, geralmente próximo ao centro no sentido
transversal.

 Conexão central em todas as barras (por exemplo: monobloco central):


Para efeito de controle da influência do aquecimento das emendas no
conjunto do barramento a medição da temperatura deve ser a mais
abrangente possível. No caso de haver uma barra por fase, um ponto
por conexão de fase é suficiente para abranger a variação transversal
na emenda. Caso haja mais de uma barra por fase se pode monitorar
cada conexão de cada barra no sentido transversal. Caso isso não seja
possível, ao menos monitorar nas conexões mais externas e na de
maior temperatura, geralmente próximo ao centro no sentido
transversal.

 Barramentos internos ao corpo de prova: Para efeito da determinação


da impedância a medição de temperatura deve ser a mais abrangente
possível. No caso de haver uma barra por fase, um ponto por fase
colocada da porção média entre emendas é adequado para a
estimativa da temperatura das barras. Caso haja mais de uma barra
por fase pode-se monitorar cada barra também na porção intermediária
das emendas. Caso não seja possível monitorar a temperatura em
todas as barras, ao menos se pode monitorar a temperatura nas barras
mais externas e na barra mais quente, geralmente próximo ao centro
do barramento no sentido transversal. Mesmo em barramentos do tipo
barra colada é necessário medir a temperatura sobre as barras e para
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isso deverão ser providenciadas janelas de acesso para os sensores


de temperatura nos invólucros. Essas janelas devem ser cobertas a fim
de evitar a dissipação excessiva de calor no ponto de medição.

 Fechamento do circuito (CENTRO-ESTRELA): A fim de verificar se o


ponto de fechamento introduz aquecimento excessivo no sistema.

 Invólucros e tampas: Na falta de informação sobre o acesso no ponto


ou pontos mais quentes desses elementos. O número desses pontos
varia em função do número de elementos disponíveis no sistema de
medição. A prioridade é cobrir os pontos de medição indicados
anteriormente e garantir ao menos um ponto no invólucro ou tampa
que é definido como acessível e o mais quente.

A criação do registro deve conforme segue:

PONTO DE
DESCRIÇÃO
MEDIÇÃO

1 Conexão entrada fase R

2 Conexão entrada fase S

3 Conexão entrada fase T

4 Conexão central/emenda fase R

5 Conexão central/emenda fase S

6 Conexão central/emenda fase T

7 Barra central 1º elemento/trecho fase R

8 Barra central 1º elemento/trecho fase S

9 Barra central 1º elemento/trecho fase T

10 Barra central 2º elemento/trecho fase R

11 Barra central 2º elemento/trecho fase S

12 Barra central 2º elemento/trecho fase T

13 Fechamento do curto

14 Invólucro superior 1º trecho

15 Invólucro inferior 1º trecho

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16 Lateral próximo à fase T 1º trecho

17 Lateral próximo à fase R 1º trecho

18 Invólucro superior 2º trecho

19 Invólucro inferior 2º trecho

20 Isolador da conexão/emenda

21 Ambiente

22 Ambiente

13.7. Relatório de ensaio

Para regularizar os critérios de análise dos relatórios e estabelecer uma


condição de equidade na comparação dos elementos é necessário definir a lista das
informações pertinentes e necessárias. Essa lista inclui, conforme desenhos e
informações declarados pelo fabricante e essa informação deve constar em relatório:

a) Modelo do barramento.

b) Material do barramento.

c) Dimensões das barras.

d) Dimensões do invólucro e tipo de material.

e) Características dos isoladores e fitas de isolação.

f) Tipo de liga do barramento de alumínio.

g) Terminais de conexão, natureza e espessura da camada de tratamento da


superfície do material de contato.

h) Tipo de emenda e torque nominal.

i) Tensão nominal de operação e de isolação.

j) Grau de proteção.

k) Frequência da alimentação da fonte de ensaio.

l) Valores individuais das correntes de fase e o valor médio da corrente de


ensaio, medidos na estabilização térmica do ensaio.

m) Valores individuais das tensões de linha e o valor médio das tensões

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obtidas no ensaio, medidos na estabilização térmica do ensaio.

n) Potência individual obtida por wattímetro ou potência total dissipada pelo


barramento obtidas na estabilização térmica do ensaio..

o) Cálculo dos valores da impedância do barramento na temperatura de


estabilização.

p) Valores das temperaturas obtidas em todos os pontos do corpo de prova,


(em destaque as temperaturas medidas nas barras).

q) Descrição do produto e desenho com indicação da presença de outros


materiais nas emendas, diferentes do material das barras, se houver. Se
esses materiais tiverem algum revestimento, este deve estar presente no
ensaio e não o material nu. Essa informação deve ser complementada por
fotos das emendas.

r) Na descrição do produto deve ser ainda indicada a quantidade de


isoladores e a medida de afastamento entre estes, quando houver.

s) Temperatura ambiente registrada no momento do ensaio e na


estabilização térmica do ensaio.

t) As dimensões e a disposição dos condutores externos utilizados no


ensaio.

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14. PARÂMETRO “k” DE QUEDA DE TENSÃO

Para os cálculos de queda de tensão em barramentos blindados são


utilizadas fórmulas que por sua vez se utilizam de valores de parâmetros elétricos
obtidos nos ensaios de elevação de temperatura e de características elétricas do
sistema de linha elétrica pré-fabricada.

Neste entendimento cumpre-se destacar o fator k, ou parâmetro k de queda


de tensão, que é a expressão matemática obtida através da obtenção da resistência
(mΩ/m) e da impedância indutiva (mΩ/m) ilustrada na fórmula abaixo:

k = √3.(R.cosØ + X.senØ) . 10 ¯ ¹ (V/100 m.A)

No entanto, os ensaios de elevação de temperatura em barramentos


blindados são realizados para a corrente nominal informada pelo fabricante, a uma
temperatura ambiente dependente, entre outros fatores, das condições climáticas
observadas no momento do ensaio. Os dados de resistência elétrica obtidos nestas
condições são determinados para as condições de carregamento e de temperatura.

Na maioria das situações o barramento blindado é utilizado para uma corrente


elétrica, determinada em projeto, inferior à nominal do barramento blindado e
consequentemente inferior à utilizada para a obtenção dos parâmetros elétricos, em
especial o fator k.

A utilização de um barramento blindado para correntes inferiores ao ensaiado


tende a diminuir o valor da resistência elétrica. Além disso, nem sempre a
temperatura na qual o sistema será instalado condiz com a temperatura observada
no momento do ensaio.

Em função destas variáveis, passa a ser admitida a utilização do barramento


blindado para faixas de valores de fator k diferenciados, obtidos através de uma
metodologia de ensaios para percentuais de corrente em relação à corrente nominal
do mesmo. Para se prevalecer desta utilização de fatores k diferenciados, o
fabricante do barramento blindado deve realizar os ensaios de verificação dos limites

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de elevação de temperatura e de verificação das características elétricas do sistema,


para as faixas de corrente variando de 50% a 100% da corrente nominal do
barramento blindado obtendo assim 6 (seis) valores de fatores k, levando-se ainda
em consideração o item 13 desta especificação técnica.

Os fabricantes de barramentos blindados que fizerem os ensaios


mencionados acima terão o fator k de seus barramentos corrigidos para as faixas de
utilização da corrente nominal deste, observando-se que alguns valores serão
calculados conforme metodologia prescrita nas normas ABNT NBR 60.439-2 e IEC
61.439-6 tendo como base os valores apresentados em relatório de ensaio. Estes
valores de fator k serão divulgados no site da AES Eletropaulo para as seguintes
faixas de utilização sobre a corrente nominal do barramento, 50%, 60%, 70%, 80%,
90% e 100% para a temperatura ambiente de referência de 35°C.

Considera-se importante observar que além da correção do fator k cada faixa


de utilização de corrente do barramento este também levará em consideração nesta
correção a média das temperaturas obtidas nos elementos ativos (barras) e o valor
obtido de fator de potência no conjunto ensaiado (corpo de prova).

De acordo com o item 11.5 desta norma, o fabricante que já possuir ensaios
normativos que se enquadrem e atendam integralmente a esta especificação e
protocolo instituído, este deve submeter os mesmos a análise e liberação por parte
da AES Eletropaulo.

Para o critério de cálculo de queda de tensão no barramento blindado assim


como a metodologia e limites admissíveis, deve ser observado o Fascículo Medição
Eletrônica Centralizada do LIG BT 12° edição 2014 disponível no site da AES
Eletropaulo.

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15. PROJETO EXECUTIVO DE INSTALAÇÃO DO BARRAMENTO


BLINDADO

Para cada fornecimento de linha elétrica pré-fabricada – Barramento Blindado


o fabricante homologado deve fornecer, juntamente com o equipamento, o projeto
executivo de instalação do barramento blindado, respeitando-se o protótipo
homologado junto a AES Eletropaulo, dispositivos de proteção/seccionamento e
todos os acessórios, onde deve constar o endereço da obra/empreendimento para o
qual será fornecido, o nome do empreendimento/cliente e a data. Este projeto
executivo de instalação deve conter:

1) Planta baixa, em escala 1:25 ou cotada, mostrando todo o


encaminhamento do barramento blindado desde a origem até a subida no
shaft, detalhando o afastamento do barramento blindado em relação as
tubulações de água, esgoto, gás e entre outras, posicionamento de todas
as peças, elementos e suportes de fixação utilizados neste trecho,
tamanhos, assim como da existência de caixas e/ou dispositivos de
proteção e manobra;

2) Planta da prumada do barramento blindado, em escala 1:25 ou cotada,


mostrando todo o encaminhamento de subida do barramento blindado até
o último pavimento da edificação e desde a sua subida no shaft,
detalhando a instalação das caixas de medição, de proteção e/ou
seccionamento, de redução, de derivação e de transposição de barras,
tipos e altura de instalação desta em relação ao piso acabado no interior
do shaft, entre outras;

3) Planta isométrica da instalação do barramento blindado, em escala 1:25


ou maior, onde seja possível visualizar todo o encaminhamento do
barramento blindado e instalação das caixas e demais componentes da
instalação;

4) Vista frontal, superior e laterais, em escala 1:10, da instalação de todos os


tipos de caixas de medição, de proteção e/ou seccionamento, de redução,

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de derivação e de transposição de barras, bem como a altura de


instalação desta em relação ao piso acabado e os afastamentos das
mesmas em relação ao shaft ou sala técnica, inclusive em relação às
outras caixas referentes a outros sistemas, se houver;

5) Cortes transversais e longitudinais de instalação do barramento blindado


ao longo do trecho horizontal, em escala 1:25 ou cotado, onde seja
possível verificar a altura de instalação deste em relação ao piso acabado,
os desvios das estruturas e eventuais cruzamentos, fixação dos suportes
de sustentação e afastamento entre estes, fitas de advertência, entre
outros;

6) Detalhes construtivos dos barramentos blindados empregados (código,


material, corrente, quantidade de fases/neutro e seção, tipo de liga) e perfil
onde seja possível observar a sua forma construtiva;

7) Detalhes de instalação da emenda, tipo de parafuso e torque necessário


assim como as instruções básicas de montagem;

8) Detalhes dos suportes de fixação das caixas de medição ao barramento


blindados, assim como do(s) suporte(s) de sustentação e fixação dos
barramentos ao longo de todo o trajeto do barramento blindado (horizontal
e vertical), em laje, piso ou parede e instruções básicas de montagem;

9) Cópia da ART do projeto da instalação do barramento blindado


devidamente preenchido pelo fabricante homologado e obra a que se
refere, assim como a cópia da carteira do CREA do responsável técnico
pelo produto do fabricante homologado.

Importante observar que o(s) projeto(s) mencionado neste item devem seguir
fielmente o projeto elétrico da entrada consumidora e centro de medição
apresentado e liberado pela AES Eletropaulo quando da solicitação junto a esta pelo
responsável técnico contratado pelo cliente, sendo admitida somente a alteração no
encaminhamento do barramento blindado e mudança no calibre do barramento
blindado visando atender fundamentalmente aos limites de queda de tensão e às
interferências encontradas que serão objetos a serem demonstrados no projeto a
que se refere este.

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O projeto executivo de instalação do barramento blindado a que se refere este


item deve ser encaminhado para a análise e liberação pela área técnica da AES
Eletropaulo em conjunto com os anexos X e XI do atual Livro “Fornecimento de
energia elétrica em tensão secundária de distribuição – LIG BT, 12° edição 2014”,
podendo estes anexos no corpo do próprio projeto.

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16. CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DO BARRAMENTO BLINDADO

Os barramentos blindados e demais elementos de montagem devem ter suas


características elétricas definidas pelo fabricante conforme item 4 da ABNT NBR IEC
60439-1/2. Por ocasião da homologação o fabricante deve informar para cada
elemento, no mínimo as características indicadas na tabela a seguir, quando
aplicáveis.

Identificação do Fabricante
Modelo / código
Descrição do Produto
Grandeza Unidade Observação
Tensão Nominal de Isolação V
Considerar temperatura ambiente
Corrente Nominal de operação (In) A
de 35ºC para definição deste valor
Corrente Admissível de curto-
kA
circuito - Crista Iccpk
Corrente Simétrica de curto-circuito
kA
– eficaz Iccef
I²t - Esforço Térmico Máximo A²s
Coeficiente p/ determinar a corrente Escala de 15ºC a 65ºC c/ intervalos
admissível “Iz” em função da temp. - de 5ºC – Aplicável sobre a corrente
ambiente nominal “In”
Coeficiente de correção p/ Aplicável sobre a corrente nominal
-
utilização do barramento na vertical “In”
Resistência por fase a 60 Hz e
mΩ/m
temperatura de 20ºC - R20
Impedância por fase a 60 hz e
temperatura de operação de 70ºC
R1(70) mΩ/m
X1(70) mΩ/m
Z1(70) mΩ/m
Impedância de seqüência zero a 60
hz e temperatura de 70ºC
fase para N
R0(70) mΩ/m
X0(70) mΩ/m
Z0(70) mΩ/m
fase para PE
R0(70) mΩ/m
X0(70) mΩ/m
Z0(70) mΩ/m
fase para N+PE
R0(70) mΩ/m
X0(70) mΩ/m
Z0(70) mΩ/m

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17. MODELO DA CARTA DE SOLICITAÇÃO DE HOMOLOGAÇÃO

São Paulo, ____ de _________________de 201__.

A AES Eletropaulo – Gerência de Tecnologia da Distribuição

A Empresa ____________________________________________________,
situada à ________________________________________, n° _______, na cidade
de ___________________, Estado de ____________________, CEP: __________,
inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ/MF sob n°
________________, vem por meio desta manifestar o interesse em homologar os
barramentos blindados tipos ____________, devidamente especificados e
detalhados nos projetos a serem encaminhados oportunamente juntamente com os
demais documentos solicitados através da norma técnica NTE-8.444 e norma
específica para o processo de homologação.

Atenciosamente,

___________________________________

Nome do Proprietário(s)

RG n°: ____________________________

CPF n°: ___________________________

OBS: Feita em folha de papel timbrado da empresa e assinada pelo proprietário ou preposto.

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18. TERMO DE RESPONSABILIDADE

São Paulo, ____ de _________________de 201__.

A Empresa ____________________________________________________,
situada à ________________________________________, n° _______, na cidade
de ___________________, Estado de ____________________, CEP: __________,
inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ/MF sob n°
________________, aqui designada fornecedora, declara por seus representantes
legais abaixo assinados, ter cumprido na íntegra, todas as determinações legais
vigentes de acordo com o previsto nas especificações, desenhos e padrões, da AES
Eletropaulo e ainda às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT, para a fabricação de protótipos a serem homologados, para a fabricação de
produtos destinados a entrada de serviço de unidades consumidoras na área de
concessão da distribuidora.

Ao mesmo tempo, declara assumir a responsabilidade pela colocação do


produto no mercado em condições adequadas, na eventual responsabilidade civil e
criminal, além do ressarcimento de eventuais prejuízos decorrentes de danos
materiais causados à AES Eletropaulo, a seus consumidores e a terceiros.

Fica a empresa fornecedora ciente de que na hipótese de se apurar a


colocação do produto no mercado ou instalação deste em obra em desconformidade
com as especificações da distribuidora e as normas da ABNT, estará a AES
Eletropaulo autorizada, mediante simples aviso, a promover sua exclusão do
Cadastro de Fornecedores Homologados.

Proprietário(s): (nome e assinatura) _______________________________________

RG n°: _________________________ CPF n°: ___________________________

Eng° Responsável: (nome e assinatura) ___________________________________

RG n°: _________________________ CPF n°: ___________________________

CREA n°: _______________________ Modalidade: _______________________

OBS: Feita em folha de papel timbrado da empresa, assinada e com reconhecimento de firma.

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19. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Depois de atendidas as etapas do processo de homologação e os demais


dispositivos constantes nesta norma técnica, a homologação final do novo fabricante
somente será efetivada após a publicação no site da Eletropaulo.

Os desenhos construtivos dos materiais e equipamentos relacionados ao


padrão de entrada estão apresentados nos Livros de Instruções Gerais (LIG MT e
LIG BT), comunicados técnicos e normas específicas de cada produto, todos
disponíveis no site da Eletropaulo.

Qualquer condição que implique na aplicação, instalação e utilização do


material ou equipamentos e seus acessórios que não consiga ser enquadrado nesta
norma técnica deve ser objeto de consulta prévia junto à Engenharia da Eletropaulo
para avaliação e liberação, antes de qualquer fornecimento ou projeto.

Os fabricantes que optarem ou tiverem realizados os ensaios em


conformidade com a norma IEC 61439-1/6 terão estes aceitos desde que atendidas
as condições estabelecidas nesta especificação técnica e que estes ensaios sejam
apresentados mediante a tradução juramentada, no caso de terem sido feitos fora do
território nacional, observando-se que estes devem ter tido os seus ensaios
realizados a frequência nominal de 60 Hz.

Ficam revogadas para todos os efeitos, a partir da data da vigência desta


Especificação Técnica, as informações em contrário existentes no atual Livro
“Fornecimento de energia elétrica em tensão secundária de distribuição – LIG BT,
12° edição 2014” no que se refere ao dimensionamento e montagem da cabina de
barramentos blindada.

NOTA IMPORTANTE: A ELETROPAULO envida seus melhores esforços


para selecionar, através de uma pré-análise sumária de condições técnicas, os
fornecedores de materiais e/ou serviços acima relacionados. Todavia, ressalta-se
que a ELETROPAULO não se responsabiliza e, tampouco, garante o desempenho
de referidas empresas e seus produtos e/ou serviços, haja vista tratar-se de seleção
meramente informativa que visa auxiliar os contratantes em potencial. Isto posto, a

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seleção destes fornecedores não implica, em hipótese alguma, na responsabilização


direta e/ou solidaria, de qualquer natureza, da ELETROPAULO em relação às
empresas selecionadas, seus produtos e/ou serviços.

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20. VIGÊNCIA E REGRAS TRANSITÓRIAS

Esta norma técnica entra em vigor em 20 de fevereiro de 2018.

Os fabricantes atualmente homologados terão o prazo de 180 (cento e


oitenta) dias a contar da data da vigência desta norma no site da Eletropaulo para
que se adequarem às instruções contidas neste documento, estando passíveis de
exclusão da lista de homologados caso não sejam atendidos todos os requisitos.

Desde 01 de dezembro de 2016 todos os projetos elétricos referentes à


entrada de energia e centro de medição que adotem a tecnologia de barramentos
blindados e demais componentes que integram os sistemas de medição eletrônica
centralizada devem considerar integralmente as instruções descritas nesta
Especificação Técnica, em especial quanto à exigência de grau mínimo de proteção
IP 54.

Os projetos elétricos da entrada de energia e centro de medição que já


tenham sido liberados pela área técnica da Eletropaulo e estejam dentro do prazo de
validade do projeto podem ser executados conforme liberados, considerando
inclusive a regra antiga no tocante a utilização do grau de proteção IP 31 como
sendo o mínimo exigido.

Os barramentos blindados com grau de proteção inferior ao IP 54 serão


mantidos para consulta no site da AES Eletropaulo até 30/11/2018, haja visto os
projetos em andamento que já tenham sido liberados pela área técnica da
Eletropaulo.

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