Professional Documents
Culture Documents
Fundamentos Do Direito Internacional
Fundamentos Do Direito Internacional
Privado
Prof. Fernanda Franklin
Ex: – Teoria da autolimitação: fundamenta-se na vontade metafísica dos Estados, que impõe
limitações ao poder absoluto, obrigando o Estado para consigo (ideia do check and balance);
10
patamar superior ao da vontade dos Estados, mas sem que se deixe totalmente de lado a
vontade desses mesmos Estados. Em verdade, trata-se aqui de uma teoria objetivista
temperada, por também levar em consideração a manifestação de vontade dos Estados, ao
menos em sede convencional. Afinal de contas, um Estado ratificado de boa-fé, sem se
desviar desse propósito, a menos que o denuncie (e então, novamente, aparece a vontade do
Estado, hábil a retirá-lo do compromisso que anteriormente assumira). Esse tipo de
consentimento é chamado de perceptivo (em contraposição ao consentimento criativo, que
cria normatividade jurídica concreta), pois nasce e ganha forma em virtude da pura razão
humana, ou se apoia, em menor ou maior medida, num imperativo ético, em que o sistema
estatal passa a não mais ter a prerrogativa de manipulação.
Segundo a Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados, de 1969, é a doutrina aceita:
Todo tratado em vigor obriga as partes e deve ser cumprido por elas de boa-fé.
Aqui entra a ideia da Bargaining Power – O poder de barganha é a capacidade relativa das
partes em uma situação argumentativa (como barganha, redação de contrato ou acordo) de
exercer influencia uma sobre a outra. Se ambas as partes estiverem em pé de igualdade em
um debate, terão o mesmo poder de barganha, como em um mercado perfeitamente
competitivo, ou entre um monopólio e um monopsonio (estrutura de mercado caracterizada
por haver um único compradorpara o produto de vários vendedores (ger. matéria-prima ou
produto primário)) equilibrados. Há uma série de campos em que o conceito de poder de
barganha provou ser crucial para uma análise coerente, incluindo teoria dos jogos,
economia do trabalho, acordos de negociação coletiva, negociações diplomáticas,
resoluçãode litígios, preço do seguro e qualquer negociação em geral.
Fundamentos do Direito Internacional:
Teoria voluntarista: Fundamenta a existência do Direito Internacional na vontade dos
Estados.
Teoria objetivista: O Direito Internacional tem suas próprias regras, princípios e
costumes que são independentes da vontade dos Estados.
Na verdade, um fundamento justifica o outro, já que é claro que depende da vontade do
Estado fazer parte, e aderir às regras de direito internacional, mas, ao mesmo tempo, após
aderir, o Estado se submete às regras de Direito Internacional que são independentes.
10