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Unidade 2
Unidade 2
UNIDADE II
• Drenagem superficial (sarjetas, bocas coletoras, condutos de ligação, poços de visita, canais e
reservatórios).
PROJETO DE DRENAGEM
UNIDADE II
• SARJETAS
A calha ou canal formado é o receptor das águas pluviais, que incidem sobre as vias públicas e
terrenos, que para elas escoam.
Meio-fio
Sarjeta
Esquema típico da seção transversal da sarjeta
Fonte: http://bit.ly/3jDXcHp
Sarjeta e meio-fio
Fonte: http://bit.ly/374JLeh
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UNIDADE II
• DIMENSIONAMENTO DE SARJETAS
Sendo:
L: comprimento da rua;
𝒍: metade do comprimento da rua;
y: altura da lâmina de água;
i0: inclinação transversal da rua.
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UNIDADE II
• DIMENSIONAMENTO DE SARJETAS
A vazão da sarjeta, considerando que o nível da água atinja a crista da rua, é calculada pela
equação de Manning:
𝟏
𝑸𝒔𝒂𝒓𝒋𝒆𝒕𝒂 = × 𝑨𝒎 × 𝑹𝒉 𝟐/𝟑 × 𝑰𝟏/𝟐
𝒏
Sendo: 𝒍×𝒚
𝑨𝒎 =
𝑸𝒔𝒂𝒓𝒋𝒆𝒕𝒂 : vazão da sarjeta [m³/s]; 𝟐
𝒏: coeficiente de rugosidade;
𝑨𝒎 : área molhada da seção [m²];
𝑹𝒉: raio hidráulico [m];
𝑰: declividade longitudinal [m/m].
𝑨𝒎 𝒍×𝒚
𝑹𝒉 = =
𝑷𝒎 𝟐 × 𝒚 + 𝒚² + 𝒍²
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• DIMENSIONAMENTO DE SARJETAS
b) Qpluvial < Qsarjeta – não há necessidade de coletar água, apenas verificar a velocidade do
escoamento;
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• DIMENSIONAMENTO DE SARJETAS
Como 𝒚 = 𝒍 × 𝒊𝟎
Então:
𝟐/𝟑
𝟏 𝒍² × 𝒊𝟎 𝒍² × 𝒊𝟎
𝑸𝒑𝒍𝒖𝒗𝒊𝒂𝒍 = × × × 𝑰𝟏/𝟐
𝒏 𝟐 𝟐 × 𝒍 × 𝒊𝟎 + 𝒍 × 𝒊𝟎 ² + 𝒍²
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• DIMENSIONAMENTO DE SARJETAS
Tipo de superfície n
• Sarjeta de concreto, bom acabamento 0,012
• Pavimento de asfalto
- Textura lisa 0,013
- Textura áspera 0,016
• Sarjeta de concreto com pavimento de asfalto
- Textura lisa 0,013
- Textura áspera 0,015
• Pavimento de concreto
- Acabamento com espalhadeira 0,014
- Acabamento manual alisado 0,016
- Acabamento manual áspero 0,020
Coeficientes de rugosidade para sarjetas
Fonte: PINTO et al., Hidrologia Básica, 2017.
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UNIDADE II
• BOCAS COLETORAS ou BOCAS DE LOBO
• Em ambos os lados da rua quando a vazão máxima admissível da sarjeta for atingida ou quando
a capacidade de engolimento da boca de lobo for ultrapassada;
• Com espaçamento máximo de 60m. entre elas, caso não seja possível calcular a vazão máxima
admissível da sarjeta;
• Em pontos a montante de cada faixa de cruzamento usada pelos pedestres, juntos às esquinas.
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UNIDADE II
• TIPOS DE BOCAS DE LOBO
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UNIDADE II
• DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
Sendo:
L: comprimento da boca de lobo;
h: abertura da boca de lobo (± 15cm);
a: declividade do meio fio (± 5cm);
y0: lâmina de água a montante da boca de lobo;
y: lâmina de água na boca de lobo.
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UNIDADE II
• DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
𝑸 = 𝟏, 𝟎𝟐 × 𝑳 × 𝒚𝟎 𝟏,𝟓
Sendo:
𝑸: vazão de engolimento da boca de lobo [m³/s];
𝑳: comprimento da boca de lobo [m];
𝒚𝟎 : lâmina de água à montante da entrada + 0,05m (depressão) [m].
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• DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
1) Quando y ≤ h, a boca de lobo funcionará como vertedouro e a vazão será calculada por:
𝑸 = 𝟏, 𝟕𝟏 × 𝑳 × 𝒚𝟎 𝟏,𝟓
Sendo:
𝑸: vazão de engolimento da boca de lobo [m³/s];
𝑳: comprimento da boca de lobo [m];
𝒚𝟎 : lâmina de água à montante da entrada + 0,05m (depressão) [m].
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• DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
2) Quando y ≥ 2h, a boca de lobo funcionará como orifício e a vazão será calculada por:
𝑸 = 𝑪𝒅 × 𝑨 × 𝟐 × 𝒈 × 𝑯
Sendo:
𝑸: vazão de engolimento da boca de lobo [m³/s];
𝑪𝒅 : coeficiente de descarga (𝑪𝒅 = 0,70);
𝑨: área da seção (L x h) [m²];
𝒈: aceleração da gravidade (9,81) [m/s²];
𝑯: carga hidráulica sobre a abertura da boca de lobo (y – 0,5h) [m].
3) Quando h < y < 2h, a situação será instável, o funcionamento da boca de lobo é indefinido,
cabendo ao projetista avaliar o comportamento como vertedor ou como orifício afogado.
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• DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
Sendo:
L: largura da boca de lobo;
h: abertura da boca de lobo (± 15cm);
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• DIMENSIONAMENTO DAS BOCAS DE LOBO
𝑸 = 𝟏, 𝟔𝟓𝟓 × 𝑷 × 𝒚𝟎 𝟏,𝟓
Sendo:
𝑸: vazão de engolimento da boca de lobo [m³/s];
𝑷: perímetro da boca de lobo [m];
𝒚𝟎 : lâmina de água à montante da entrada + 0,05m (depressão) [m].
𝑸 = 𝟐, 𝟗𝟏 × 𝑨𝒖 × 𝒚𝟎 𝟎,𝟓
Sendo:
𝑨𝒖 : área útil (área da grelha – área das grades) [m²].
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• CONDUTOS DE LIGAÇÃO
São condutos que ligam as bocas de lobo entre si, ou as bocas de lobo aos poços de visita ou às
caixas de ligação.
A interligação de duas bocas de lobo por um conduto de ligação permite um traçado menor e,
consequentemente, uma economia de material.
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• POÇOS DE VISITA
São câmaras de acesso às galerias, possibilitando a inspeção, limpeza ou reparo das mesmas.
Recebem a água das bocas de lobo para encaminhá-las às galerias de águas pluviais.
Poço de visita
Fonte: http://bit.ly/3aUIOqh
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• POÇOS DE VISITA
Junções de galerias;
Mudança de seção;
Extremidade de montante;
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• CANAIS
Quando a precipitação é intensa, a quantidade de água que chega simultaneamente ao rio pode ser
superior a sua capacidade de drenagem, ou seja, da sua calha normal, resultando na inundação de
áreas ribeirinhas.
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• CANAIS
Extensivas = agem na bacia, procurando modificar as relações entre precipitação e vazão (ex.:
alteração da cobertura vegetal do solo).
Intensivas = agem no rio. Podem ser de três tipos:
Aceleram o escoamento (exs.: construção de diques e polders, aumento da capacidade de
descarga dos rios e corte de meandro);
Retardam o escoamento (exs.: reservatórios e bacias de amortecimento);
Desvio do escoamento (ex.: canais de desvio).
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• CANAIS
Melhoria do canal:
- Redução da
Aumento da vazão com
rugosidade por Efeito localizado Pequenos rios
pouco investimento
desobstrução
Amplia a área protegida Efeito negativo em rio Área de inundação
- Corte de meandro
e acelera o escoamento com fundo aluvionar estreita
Mudança de canal:
Amortecimento de
- Caminho da cheia Depende da topografia Grandes bacias
volume
Reduz a vazão do canal
- Desvios Depende da topografia Bacias médias e grandes
principal
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• RESERVATÓRIOS
Sempre que o aproveitamento dos recursos hídricos de um rio prevê a retirada de uma vazão maior
que a mínima, é necessária a reservação dos excessos para atender as demandas nos períodos
cujas vazões naturais são menores que as demandas.
A finalidade dos reservatórios é acumular parte das águas disponíveis nos períodos chuvosos para
compensar as deficiências nos períodos de estiagem, exercendo um efeito regularizador.
Em geral, os reservatórios são formados por barragens implantadas nos cursos de águas. As
características físicas das barragens, em especial a capacidade de armazenamento, dependem das
condições topográficas do vale no qual está situado.
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• RESERVATÓRIOS
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UNIDADE II
• RESERVATÓRIOS
O volume útil é o volume de armazenamento necessário num reservatório para garantir uma
vazão regularizada constante, durante o período mais crítico de estiagem observado.
𝑸𝑹(𝒕)
𝒚 𝒕 =
ഥ
𝑸
Sendo:
𝑸𝑹(𝒕) : vazão regularizada em função do tempo (t);
ഥ vazão média no período considerado.
𝑸:
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