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DESIGUALDADE SOCIAL

Desigualdade social representa a diferença no padrão de vida e nas condições de acesso a


direitos, bens e serviços entre integrantes de uma sociedade.

A desigualdade sociais pode se manifestar de diferentes formas, no âmbito econômico,


escolar, profissional, de gênero, entre outros. Por isso, é comum também a utilização do termo
no plural: desigualdades sociais.

O fenômeno da desigualdade social é marcado principalmente pela desigualdade econômica


gerada pela concentração de renda. A concentração de renda gera um desequilíbrio no modo
de vida dos grupos que compõem a sociedade.

Assim, em uma mesma sociedade, alguns grupos possuem total acesso a seus direitos e a uma
vida digna, enquanto outros grupos são excluídos. Uma grande parcela da população tende
gradativamente à miséria, à ausência de condições materiais que garantam a sua própria
existência.

Essa distinção gradativa pode ser observada a partir da estratificação social, ou da divisão da
sociedade em classes. Cada classe social possui o seu próprio modo de vida. Isso se reflete em
um padrão de consumo próprio e, principalmente, na diferença de acesso a direitos
fundamentais, como: alimentação, saúde, segurança, moradia e educação.

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA DESIGUALDADE SOCIAL

Para os filósofos do liberalismo, como John Locke e Adam Smith, a desigualdade social faz
parte da natureza humana e da forma como os indivíduos se organizam na sociedade.

Para pensadores marxistas, influenciados por Karl Marx e Friedrich Engels, a desigualdade
social é resultado de um processo histórico baseado na exploração de um grupo social por
outro.

Apesar da divergência sobre sua origem, é consensual a definição de alguns fatores que são
causas da desigualdade social:

Má distribuição de renda

Má administração dos recursos públicos

Falta de investimentos em políticas sociais

Corrupção

Desemprego

Como consequência da desigualdade social, surgem vários problemas sociais que afetam a
sociedade:

Favelas (favelização)

Gentrificação (pessoas pobre são levadas a morar em zonas periféricas das cidades)

Insegurança alimentar (aumento dos índices de fome e miséria)

Mortalidade infantil

Diminuição da expectativa de vida média


Manutenção/aumento do desemprego

Aumento da evasão escolar

Diminuição da escolaridade média da população

Aumento da criminalidade

Aumento das diferenças entre as classes sociais

Atraso no desenvolvimento da economia no país

Dificuldade de acesso aos serviços básicos, como saúde, transporte público e saneamento
básico

Diminuição do acesso a atividades culturais e de lazer

DESIGUALDADE SOCIAL NO BRASIL

No Brasil, a desigualdade social é marcante e afeta direta ou indiretamente a maioria dos


brasileiros, o que se confirma pelos resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(PNAD). De 2016 a 2017 o índice de pobreza extrema no país cresceu pouco mais de 11%.

Com a pandemia, houve um aumento considerado nesses números e cerca de 13% da


população passou a viver abaixo da linha da pobreza.

O Brasil encontra-se em oitavo lugar no ranking de países mais desiguais do mundo,


documento organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Já o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), índice que mede os níveis de educação, acesso
à saúde e a economia, o Brasil ocupa a posição 84 de 189 países.

Dados sobre a distribuição de renda publicados em relatório da Credit Suisse (instituição


financeira), mostram que em 2020, o 1% mais rico da população brasileira concentrou 49,6%
de toda a riqueza do país.

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