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A Suposta Morte de Adolf Hitler
A Suposta Morte de Adolf Hitler
M.A.Costa
Apresentação
Este texto é um complemento à ficção histórica O
Quarto Reich. Quando eu estava pesquisando para
elaboração do livro descobri inúmeras informações
duvidosas ou incompletas relativas à Segunda
Grande Guerra. Separei algumas destas informações
– com material de apoio documental correspondente
- em pequenos textos (chamaremos de ‘contos’) que
podem ser lidos sem prejuízo da leitura do thriller O
Quarto Reich. Na verdade a leitura destes ‘contos’
ajudará a jogar alguma luz nas grandes e
interessantes dúvidas que o livro principal levanta.
Em A suposta Morte de Hitler vamos
deixar a imaginação correr quando nos damos conta
de uma séria de incoerências e falta de informações
pertinente à morte de Adolf Hitler. Desde a
trapalhada inicial dos soviéticos ao exame muito
tardio dos restos mortais alegadamente encontrados
no führerbunker. As vezes o impossível, por mais
improvável que pareça, é a verdade.
Leia também, ao final deste texto, o primeiro
capítulo de O Quarto Reich.
-- M.A.Costa
A suposta morte de Hitler
Sósia encontrado
morto com tiro na
cabeça e tido –
inicialmente – como
Adolf Hitler.
Notem as orelhas: o
sósia tem a parte
superior mais
‘pontuda’ e a parte
inferior – o lóbulo –
mais curto, preso à
pele.
Adolf Hitler em
foto oficial.
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(degustação)
O que falam por aí:
Ione Mattos
“É um livro instigante, do tipo que prende o
leitor ao exercício de imaginação do autor,
M. A. Costa.”
Cleber Tavares
“Pretendia ler ao longo da semana, mas
quando o Rudolf Hess falou do sino,
simplesmente tive que parar tudo e ler direto
até o final.”
Gisele Dute
“A leitura fluiu rapidamente e em poucos
minutos eu não conseguia desgrudar mais
meus olhos do Kindle.”
COPYRIGHT
Copyright © 2016 by M. A. Costa
Direitos desta edição reservados à M.A.Costa
Rio de Janeiro – RJ – Brasil
Março 1987
Abro os olhos. Um luz forte penetra como uma
adaga me forçando a fechá-los novamente. Abro só
um pouco agora, pisco. A luz brilhante ainda está lá.
A dor cede lentamente. Franzo os olhos, começo a
discernir imagens. Reconheço um teto azulado. Um
ventilador rodando lentamente. Sinto calor nos
braços. Ouço murmúrios. Fecho os olhos
novamente.
Conversas, sons altos, várias pessoas. Estou
ouvindo, não estou compreendendo. Consigo
discernir um bipe intermitente pulsando em
intervalos regulares. Ouço o som da minha
respiração. Onde estou? O que está acontecendo?
Ouço ‘James’. Meu nome. Alguém diz meu nome.
‘Está evoluindo’. Tenho quase certeza de que ouvi
isto. Ouço um barulho seco como uma porta se
fechando – ou abrindo. Tento abrir os olhos
novamente. Desta vez consigo abrir. Estou numa
escuridão quase total. Sinto uma dor de cabeça
lancinante e tento levar minha mão a ela mas não
consigo. Estou deitado, agora percebo. Vejo o
mesmo ventilador de teto girando lentamente. Ouço
o mesmo bipe cadenciado. Olho para baixo e
percebo um objeto na minha boca. Um tubo azulado
se projetando para fora. Tento falar e não consigo.
Consigo virar a cabeça levemente para o lado
direito. Vejo uma janela com persianas abertas e lá
fora só a noite. Viro para a esquerda e vejo uma
porta, vejo uma máquina com um visor e números.
O bipe vem dali.
Tento mexer meu braço direito mas ele não vem.
Tento mexer o esquerdo e ele também não obedece.
Começo a respirar acelerado. Começo a me
apavorar. O que está acontecendo?
Tento falar, gritar, mas o tubo não permite. Quero
arrancá-lo ele mas meus braços não mexem. Tento
mexer minhas pernas mas consigo apenas sacudir os
pés.
Começo a suar, começo a me desesperar. Estou
sozinho, ninguém para ajudar. O que pode ter
acontecido? Tento me lembrar como vim parar aqui
mas recordo-me apenas de estar na Alemanha para
entrevistar Rudolf Hess, o nazista.
Minhas lembranças não retornam. Não consigo
achar uma explicação e não consigo compreender o
que faço aqui nem porque não consigo me mexer.
Tento de novo: braços, pernas, pés. O máximo que
consigo é balançar os pés, é subir e deixar cair o
braço. Exausto, adormeço.