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SIMPOSIO SOBRE DEPOSITOS QUATERNARIOS DAS BAIXADAS LITORANEAS BRASILEIRAS: ORIGEM, CARACIERLSTICAS GEOTEC- NICAS E EXPERIENCIAS DE OBRAS - SIDEQUA CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS PRE-MOLDADAS DE CONCRETO NOS SEDIMENTOS QUATERNARIOS DA BAIXADA SANTISTA TEMA 5: FUNDAGOES & ESCAVACOES EM SOLOS MOLES, PROBLEMAS DE ESTABILIDADE E DEFORMACOES, METODOS DE ANALISE, CASOS HisTéRtcos. ALBERTO HENRIQUES TEIXEIRA ENGENHETRO CONSULTOR - DIRETOR DA A.H. TEIXEIRA CONSULTORIA E PROJETOS S/C PROFESSOR DO CENAP-FAAP 5.2 INTRODUGAO a0 apresentados e analisados 0s perfis geotécnicos de cinco locais situados na Baixada Santista constituidos por sedi mentos quaternérios onde foram constru{dos em anos passados ins talacées portuérias e industrials e parques de tanques. Os re- sultados dessas investigacdes sao comparados com aqueles encon- trados em bibliografia referente & mesma regio, além de compa ré-los com aqueles da Baixada Fluminense. A seguir sdo analisados os resultados de 14 provas de carga realizadas sobre estacas pré-moldadas de concreto armado {ngtaladas nos sedimentos quaterndrios comparando-se a capacida de de carga, obtida na maioria dos casos por extrapolagao da cur va carga x recalque, com a carga de rutura determinada por diver sos métodos aplicdveis ao caso de argilas de alta plasticidade e sensiveis. DADOS GEOTECNICOS SUPLEMENTARES DA BAIXADA SANTISTA A fig. 1 apresenta um mapa parcial da regido conhecida pele designagio de “Baixada Santista” abrangendo uma faixa de cer ca de 10 km de largura, que se situa entre a orla marinha e os contrafortes da Serra do Mar (onde esté a cidade de Cubatdo), @ estendendo-se por cerca de 45 km entre @ Praia Grande (situada no continente), passando pela Ilha de So Vicente (onde se si- tuam as cidades gémeas de Santos e Séo Vicente) e alcangando 2 Liha de Santo Amaro (onde localizam-se as cidades de Vicente de Carvalho e Guaruja). iS SiC e0000 5.3 Essa drea, além de abrigar uma populagio fixa de cerca de 1 milhdo de habitantes, recebe intermitentemente uma popula- go de veraneto do mesmo numero, bem como sedia o maior complexo portudrio brasileiro e complexos petro-qu{mico e sidertrgico. A 4rea é cortada por uma malha rodoviéria da qual fazem parte a Via Anchieta e a Rodovia dos Imigrantes, além de outras. Como conseqiiéncia disto vem sendo acumulado, desde quan do se inicfou tal surto de progresso no fim da década de 40, um grande numero de dados geoldgico-geotécnicos os quais, infeliz- mente, ainda nao receberam uma divulgacdo adequada. 0s conheci- mentos geotécnicos publicados precederam aos conhecimentos geolé gicos através dos trabalhos de Costa Nunes (1948), Pacheco Silva (1953), Machado (1954, 1958, 1961) e Teixeira (1960a, 1960b) Apenas mais recentemente através dos trabalhos de Suguio & Mar- tin (1978, 1981) conheceu-se a evolucao geoldgica da Baixada San tista. 0 conhecimento geotécnico teve um grande avango com o no tével e recente trabalho de Massad (1985). Este trabalho apresenta dados de geotecnia suplementa- Tes relativos a cinco éreas da Baixada Santista cuja locagéo é apresentada na Fig. 1, e nas quais foram utilizadas estacas pré- -moldadas de concreto trabalhando essenctalmente por resisténcia de atrito lateral a) Conceigaozinha A regido se situa entre as cidades de Vicente de Carva iho e Guarujé e onde foram construfdos trés cals, uma industria qui mica e dois grandes complexos voltados para a exportagao de grios e sucos c{tricos Na Fig. 2 apresenta-se um perfil onde sao plotadas as variagdes com a profundidade de diversos parametros determinados através de ensalos laborator{ais realizados sobre amostras tipo "shelby" de 5 cm de diametro colhidas em 7 sondagens. A drea & coberta por camada de arefa fina fofa de 5 m de espessura, sequin do-se argila marinha até a profundidade de cerca de 34m. Pela Sdentificagdo tatil-visual a argila é aparentemente homogénea porém, nota-se, pelos resultados das diversas determinacdes, que ela apresenta diferentes sedimentactes nas quais, por exemplo, o limite de liquidez pode saltar de 140% a 60%. Considera-se que tals variacdes sao devidas aos diferentes teores de areia fina e de silte participantes da composic#o granulométrica. Entre a 5.5 profundidades de 20 e 25 m a argila tem cor cinza claro, diferen te do restante cinza escuro que é a cor normal desse sedimento. Todavia pelos resultados dos ensaios nfo se nota nenhuma diferen ciagdo das suas propriedades. Pelas anélises de regressao realizadas notam-se tendén cias de variagio de crescimento linear com a profundidade até 25 m, do peso especifico natural (y), da resisténcia & compressdo simples (qu) e da press&o de pré-adensamento (pq). Abaixo daque la profundidade, tanto os indices de resisténcia &@ penetragéo - SPT - como a resisténcia & compressdo simples sio bem maiores do que os valores calculados pela regresso, denotando alguma mudan a geoldgica. ; Com as correlacées lineares obtidas, pode-se calcular a variacao da razfo de sobreadensamento com a profundidade por:- Pa Pa _ 542341, 072 RSA = E 312341072 __ oy -¥'z (0,48+0,005z)z resultando uma razio de sobreadensamento acima de 12 préximo a superficie até 2 @ 25 m de profundidade. Na Fig. 3 séo apresentados dados relativos a um local distante cerca de 2,5 km da regido de Conceigdozinha. Notam-se novamente as correlagdes lineares crescentes com a profundidade do peso especifico natural, da resisténcia & compressdo simples e da pressao de pré-adensamento. A razao de sobreadensamento de cresce com a profundidade da mesma forma que no caso da érea de Conceigaozinha. b) Alemoa Area situada na estrada Cubatao-Santos, mais préxima & Santos, onde se situam diversos parques de tanques da PETROBRAS, da CODESP e de empresas privadas. Nas Figs. 4 € 4A s8o apresentados os resultados de ensaios de campo e de laboratério realizados através de 8 sondagens executa das. Nesta 4rea cabem os seguintes comentdrios - Os {ndices SPT sao mensuréveis a partir da profundidade de 15 m, apresentando uma tendéncia de crescimento linear até a profundidade de 30 m, apds a qual tem-se sedimentos arenosos. Hé uma grande disperséo das determinagGes do peso especi- fico natural, porém mesmo assim, tem-se uma tendéncia ge- ral do seu crescimento com a profundidade. Granulometricamente nota-se, até a profundidade de 20 m, uma propensdo de um teor médio de argila de 26% eum aumen to do teor de areia de 20% para cerca de 60%. Abaixo da- quela profundidade hé uma constancia tanto para o teor de argila (50%) como de areia (25%). . Os resultados dos ensaios de palheta, com determinacbes das resisténcias ao cisalhamento de pico nfo drenada e a- molgada, mostram tendéncias de crescimento linear com a profundidade. Tais ensaios permitem classificar a argila como sendo sensivel, passando de uma sensibilidade de 4 & superficie & 8 profundidade de 30 m. A pressdo de pré-adensamento apresenta uma correlacéo de variag&o linear crescente com a profundidade. IN Se i X li 5.7 i i c) Sabod Em 16 sondagens foram realizadas determinacées do {ndi ce de resisténcia & penetragio, o qual apresenta uma propensao de aumento linear com a profundidade, e da resisténcia ao cisalhamen to nao drenada em ensaios de palheta conforme consta da Fig.5. Estes ensaios apresentam resultados com grande dispersao & mesma profundidade (provavelmente devido as lentes centimétricas de a- reia), porém também apresentam um n{tido crescimento com o aumen to da profundidade. Com ambas regressées lineares poder-se-ia estabelecer a seguinte correlagdo entre o sye N(=SPT) e sua va- riago com a profundidade:- 2,62+0, 1822 y Su = 9.4040, 1132 ) Maeuco e Estudrio de Santos No Macuco dispde-se dos resultados de determinagdes do peso especifico natural e da resisténcia ao cisalhamento nfo dre nada ("vane-test") em 17 sondagens conforme a Fig. 6. 0 primeiro parametro apresenta grande dispersdo e pelo segundo observa-se que subjacente & cota -23 m, onde a argila marinha passa ater cor cinza claro, ocorre forte mudanga da tendéncia de crescimento da resisténcia com a profundidade. igs ¢ not ws GEONTEHIEDS 1H MAEHED Préximo & mesma drea, no Estudério de Santos, em 3 son dagens especiais de reconhecimento de 6" de diametro foram deter minados os parametros c Os resultados das 5.9 determinagdes de y e sy s8o muito semelhantes aqueles do Macuco. Tem-se a oportunidade de comparar os resultados da resisténcia nao drenada determinada por ensaios de compressao simples com aquela do "vane-test". Esta é da ordem de 2,5 vezes maior do que aquela determinada em laboratério. ALGUNS DADOS DA BAIXADA FLUMINENSE (SANTA CRUZ) Com a finalidade de comparar-se as bacias sedimentares quaternérias santista e Fluminense sdo apresentados nas Figs. 8e 8A parametros de campo e de laboratério obtidos em amostras tipo "shelby" de 2" e 4" de didmetro. Notem-se os seguintes aspectos:- 5.10 0s resultados das determinagdes de LL=60% e LP=30% sao inu sitadamente baixos, resultando IP=30%. Determinagées de Ortigdo (1978) e de Costa Filho, Aragio & Velloso (1985) apresentam valores de LL entre 160% e 100% e LP entre 60% e 40+ (1P=80 a 100%). Umidade natural igual ou superior ao LL Peso especifico natural crescente linearmente com a profun didade. Argila pré-adensada até cerca de 8 m de profundidade. . Enorme dispersdo dos resultados dos ensaios de palheta tan to para os valores de pico como para os valores amolgados. Em consegiiéncia nfo se nota crescimento de sy © Sug com a profundidade. As determinagdes de Ortigdo (1978) estabele cem crescimentos de 0,09 tf/m*/m. A sensibilidade da argila determinada pelo "vane-test" 6 de 3,8, superior aquela relatada por Ortigao (S= 2,8). A resist@ncia ao cisalhamento nao drenada medida nos en- saios de palheta é praticamente igual ao dobro daquela de- terminada pelos ensaios de compressdo simples. SUMARIO DOS PARAMETROS GEOTECNICOS metros Na Tabela n@ 1 s&o resumidos alguns dos principais para determinados nas 4reas acima analisadas, bem como emoutras diversas éreas das quais se dispunham também de dados. saw tw] tice se | oasin Segastaia oo Grammnea ray oe oem Misr ce | tan cre vant coo Baa aaa waaay aaa oo aoa maze os 2.80 a ro = [asa ewan | ay oa aoe ue [reoroanae wrarenen | ago » wane | _ sia wena |e | eee | aanoom awa 5.11 Sdo feitas as seguintes observagdes com relacao as pro- priedades da argila da Baixada Santista:- . Os pesos especificos naturais apresentam um crescimento com a profundidade, desde cerca de 1,45 tf/m? a superficie até cerca de 1,65 tf/m? a 35 m de profundidade, nao ocorrendo grandes diferengas entre as determinacbes dos diversos lo- cais As argilas s8o pré-adensadas, com raz3o de sobreadensamen- to superior a 10 préximo & superficie, reduzindo-se para cerca de 2 a 30 m de profundidade. A resisténcia ao cisalhamento nao drenada tem a tendéncia de crescimento linear com a profundidade em todos os locais ensaiados. . A resisténcia ao cisalhamento nao drenada medida nos ensa- ios de "vane" classificam as argilas marinhas como sendo de consisténcia rija a partir de cerca de 8 m de profundidade (quando pelos SPT's ela é classificada como muito mole a mole), e de consisténcia muito rija a partir de cerca de 18 m (quando pelo SPT ela é classificada como média). A resisténcia ao cisalhamento nao drenada medida nos ensa- ios de palheta 6 mais do que o dobro daquela determinada nos ensaios de compressa simples (em corpos de prova de 5 cm de diametro). As argilas s&o sensiveis (S>4). Apesar de que na classificagao tétil-visual as amostras de argila marinha se apresentam aparentemente uniformes, elas apresentam sens{veis diferencas quando ensaiadas, notada- mente devido a variagGes dos teores de areia e de silte. Com as regressdes lineares estabelecidas com a profundida- de entre a resisténcia ao cisalhamento nao drenada (sy) eo indice de resisténcia & penetrag&o - SPT - pode-se propor a seguinte tentativa de correlacao entre ambos os parame- tros:- sy=(4,5 -0,052)N sendo a profundidade z medida em metros e a resisténcia ao cisalhamento nao drenada sy em tf/m?. 0 peso especifico na Baixada Fluminense 6 menor do que aque le da Baixada Santista. As argilas da Baixada Fluminense apresentam altas pressdes de pré-adensamento préximo & superficie, reduzindo-se a se guir e a partir de certa profundidade crescem linearmente 5.12 com 0 aumento da profundidade. Esta configuracao nao é 0b, servada nas argilas da Baixada Santista. _ as argilas da Baixada Santista sdo mais sensiveis do que aquelas da Baixada Fluminense, porém estas sBo mals plasti cas do que aquelas. A umidade natural é igual ou superior ao LL. Na Baixada Santista isto acontece sé nas éreas de mangue. CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS ENSAIADAS arora a faixa praiana onde, pela existéncla de canada superficial de areia medienanente compacta a compacta sobrejacente 8 canada de argila ma- rinha, € possivel a utilizagao em certos casos de fundacdes diretas por meio de sapatas e "radier" - veja-se Machado (1954, 1958, 1961) & Teixeira (1960, 1960b) ~ no restante da baixada as fundagBes so por meio de estacas qvey om alguns casos, aleancaram até profundidades de 50 m. Mais recentemente, €m 0 bras leves vem sendo enpregadas fundacdes por “radier" ends @ renocio de ater ros tempordrios de pré-carregamento. Tais fundagdes profundas, principalmente para os casos de tandues fe armazéns graneleiros, representam custos que 4s vezes chegam 2 inviabilizar determinados enpreendinentos, J& que na maioria das obras as estacas so cra- vadas até encontrar camadas de area compactas sob as quais no se encontram mais sedimentos argilosos, ou até solos residuals. Em algunas obras onde foi possivel evitar-se o lancanento de ater ros ou onde os aterros Jé estavam com os recalques praticanente estabilizados, tem-se propugnado pela execugdo de estacas curtas, cravadas apenas ne argila narinha, e trabalhando essencialmente por resistencia de atrito lateral. Des- sas obras conseguiu-se um acervo de 21 provas de carga com comprimentos varia veis desde 13m até 43 m, das quais apenas 14 puderan ser interpretadas © 78 Lisadas por se dispor de investigacdes geotécnicas mais elaboradas do que sim ples sondagens de reconhecimento @ percussdo. A Tabela n® 2 apresenta um su~ nario dessas provas de carga, nas quais em apenas duas fol alcangada @ cards de rutura do sistena estaca-solo. Para as demais provas de carga 9 carge de 5.13 rutura foi estimada pela extrapolagao das curvas carga x recalques utilizando- use 0 Método de Mazurkiewicz (1972) - Massad (1986). Na Fig. 9 apresenta-se um resultado caracter{stico de prova de carga (de n? 8), as condigdes tipicas do subsolo do local (Alamoa), bem como os segnentos utilizados para extrapolagao e estimativa da carga de rutura, Os resultados dessas interpretac6es constam da Tabela n® 2, chegando-se a capacidades de carga variando de 60 tf (para es- tacas de 13 m de comprimento) até cerca de 125 tf (para 33 m). Eseeedt-] A fim de se estimar a resisténcia de atrito lateral ao longo do fus te das estacas é necessdrio avaliar a resisténcia de ponta das mesma. Para rage e AESALADD OE PROVE BF COCK (7.6. 088 tanto considerou-se que a resisténcia de ponta seria dada por Rp = SuNe Ap onde:- sy = resisténcia ao cisalhamento no drenada & profundidade L (compri, mento da estaca) e medida nos ensaios de palheta; para o cdlculo foram considerados, para cada local de prova de carga, as equa~ Bes apresentadas na Tabela n® 1. coeficiente de capacidade de carga com relacao & coesé Ficiente pode variar desde o valor 5 para o caso de argilas mui- to sens{veis e normalmente adensadas, até o valor 10 para argilas rijas pré-adensadas; para o caso das argilas da Baixada Santista este coe, tomar-se-4 0 valor Ne =9- érea da seccao transversal da ponta da estaca. Na Tabela n? 3 so apresentados os resultados das avaliagées da re sisténcia de ponta, as quais variaram de cerca de 6 a 13 tf. Por diferenca com ‘a capacidade de carga (P;) obteve-se a resisténcia de atrito lateral (Ry) con forme tabeladas. Sendo fy a rea lateral calculou-se para cada prova de carga @ tensdo de adestio (F) média ao longo do fuste das estacas: =F Ap tendo resultado valores no intervalo de 2,3 a 3,7, com um valor médio dt F = 2,97 tf/m* METODOS DE PROJETO Como o ensaio SPT puro nao é representativo para una quantificagao da resisténcia ao cisalhamento nao drenada de argilas de alta plasticidade e sens{vels, seria incorreta a sua utilizacaio na estimativa da capacidade de car ga de estacas pré-moldadas de concreto pela formilagao de Decourt & Quaresma (1978). Por exemplo, aplicando-a ao caso da prova de carga n@ 8 - vide Fig. 9 = a carga de rutura seria calculada por: = Re Fy = TOR Ays (1 Ay e sendo 0s SPI's médios na ponta e ao longo do fuste da estaca respectivamente iguais a! wet 1 : =i x +k x 30x6,70 6 1x 7,00 +3 x 4,00 +4x4,00% 1, in = 7G * 30% 4,50 6 x 30x 6,70 + 1x7,00 +3 x 4,00 44x 4,00) 1,5 resultaria a carga de rutura de 40 tf, contra 93 tf obtida pela interpretagao dos resultados do ensaio de carga. Desta forma dever-se-8 optar por outros métodos de projeto para @ estimativa das cargas adniss{veis de estacas cravadas nas argilas de estruturas sens{veis e muito plasticas. Os métodos dispon{veis para a avaliacao da resisténcia de atrito la teral de estacas implantadas por cravacao dinémica em argilas podem ser agrupa dos em:- 5.15 + Métodos de_tensdes totais Métodos a:- Tomlinson (1971) ner (1982) Randolph & Wroth (1982) Métodos \:- Vijayvergyia & Focht (1972) Flaate & Selnes (1977) Semple & Rigden (1984) . Métodos de tensties efetivas Métodos 8:- Burland (1973) Meyerhof (1976) Randolph & Wroth (1982) Janbu (1976) 0 efeito do comprimento das estacas é considerado nos métodos 4, de Flaate & Selnes, Janbu, Meyerhof, API-2 e Semple & Rigden. Este fator correti vo 6 importante pois sabe-se que para estacas conpridas hé uma tendéncia de mo bilizagfo de valores de atrito lateral menores do que aqueles mobilizados por estacas curtas. Os métodos de tensdes totais sdo aqueles de uso mais freqiente pois as determinagdes, tanto de campo como de laboratério, da resisténcia ao cisa~ Ihamento nao drenada sdo de execuco mais simples, répidas e isentas de muitos erros. Para o caso da Baixada Sentista onde se dispde de intmeros resultados de ensaios de palheta ("vane test") eles podem ser utilizados com vantagens em Telagio aos métodos de tenstes efetivas, pois poucas so as determinacées do Angulo de atrito interno efetivo ($') e nenhuma do coeficiente de pressio late ral em repouso (kg) in situ das argilas marinhas. Método a Na Tabela n® 3 constaram os fatores de adesdo t aoe Su determinados em funcdo da resisténcia ao cisalhamento médio (Sy, profundidade L/2) calculados pelas equagées de regresso linear da resisténcia ao cisalha- mento nfo drenada medida nos ensaios de “vane test". Os valores de F assim calculados séo apresentados na Fig. 10, onde constam ainda as correlacées pro- postas por Tomlinson (1971), Holmberg (1970) e aquela recomendada pela A.P.1. (1982). Note-se que os valores determinados através das andlises das provas de carga se ajustam melhor a curva 7x Sy proposta por Holmberg A 0 denominado Método 1 proposto por Vijayvergiya & Focht (1972) es tabelece a seguinte relactio enpirica entre a tenso média de atrito lateral 5.16 wtvouo < (f), a tensdo média geostética efetiva (o'y) e a resisténcia média ao cisalha- mento nao drenada (S,) da argila:- onde \ € um coeficiente adimensional obtido em fungdo da penetragao da estaca na argila e constante da Fig. 11. Na Tabela n@ 4 e Fig. 11 so apresentados os valores da tenséo de a- trito lateral (f,) determinados pelo Método X, os quais so comparados com os valores da tenséo de atrito lateral determinados pela interpretacao das provas site dee eae von 10 an i 7,70 3,00 4 | nie wenden Te {jt un Zo nn vom| de carga. 0 valor médio de + . = % = 2,95 fie. 100 praticamente coincide com 0 valor médio medido (fF = 2,97). Método de Semple & Rigden (1984) Os autores propdem caloular a tenséo de atrito lateral estaca/argile em fungao da resisténcia média ao cisalhamento nao drenada da argila (Sy) pela relagio:- f= Fap3y onde F € um fator empirico determinado em funcdo da relactio comprimento/diéme tro (L/d) da estaca e apy um fator de atrito de pico empirico determinado em fun clo do indice de resisténeia (sy/o'y) da argila, ambos apresentados na Fig. 12. (0 método de Semple & Rigden propée-se a corrigir a recomendacfo da API (a x sy) pois os autores concluiram que sy nao é a variavel controladora de a para argi las rijas pré-adensadas. Para tanto propuzeram uma correlagdo ax sy/o'y dife- rente daquela indicada por Randolph & Wroth (1982). ee A Tabela n® 5 apresenta os fatores de adesdo assim calculados, os quais so comparados na Fig. 12 com aqueles determinados nas provas de carga. 0 valor médio for = 2,77 € ligeiramente inferior aquele determinado pelas provas de carga (F 2,97). Método B A primeira proposigdo de se analisar o comportamento das estacas cra vadas em argila por meio de tenses efetivas surgiu de Chandler (1968), relacio nando a tens&o de atrito lateral com o estado de tenstes efetivas in situ. Pa ra tanto deve-se conhecer a tensdo horizontal efetiva (0'h) atuante no fuste da estaca ou um coeficiente de pressao lateral (k), tendo-se - f = tp tgs = o'y tas =Boty com o parémetro B igual a:~ B = K tgs levando-se em conta o Angulo de atrito na interface entre a estaca e 0 solo, e © estado original de tensdes geostéticas no mesmo, Meyerhof (1976), conside- 5.18 rando que no final da execuciio de uma fundagdo 0 seu comportamento seré ditado pelos parémetros de resisténcia drenada efetiva, propés tomar 6 = } (Angulo de atrito interno efetivo) e K = Ky (coeficiente de pressdo lateral em repouso). Para o caso da Baixada Santista as poucas determinagées feitas pare $' - veja-se Massad (1985) - por meio da realizacao de ensaios triaxiais R con, duzem a valores considerados baixos (para IP>50%, $'217°). Para testar os Mé- todos @ no caso da Baixada Santista optou-se pela utilizagao da correlacao en- tre $' x JP proposta por Kenney (1959) :- 4 = sen” "(0,81 - 0,23 log IP) Com respeito ao coeficiente de pressdo lateral em repouso, das varias relagées empiricas conhecidas, tomar-se-4 aquela de Mayne & Kulhawy (1982), que leva em conta a histéria do estado pregresso de tensées do solo através da ra~ 280 de sobreadensamento (RSA) :~ Ky = (1=sen gr yRBRSEN © por abranger uma andlise de um grande ntimero de determinagdes de Ky. 0 para metro @ é calculado, portanto, pela relacdo:- 8 = tab! (1 - seng*) Rens" + Nevoces Na Tabela n° 6 constam as determinacées do fator de atrito lateral (fg) conforme as consideragbes feitas e tomando-se para a raztio de sobreadensa mento a relacao rsa = 2 = 8 onde pg @ y'=¥~‘q foram calculades por melo das regressBes lineares determina das através dos ensaios laboratoriais. Na Fig. 13 faz-se a comparagao dos valo res calculados de fg com aqueles obtidos pela interpretacao das provas de carga. 0 valor médio de:~ Ts = 2,69 & pouco inferior aquele obtido pelas provas de c_rga (f=2,97). Portanto, ape 5.19 sar de se tomar correlactio de correlacao (IP+$'-+K,) os resultados alcangados so satisfatorios Métodos de Randolph & Wroth (1982) No referido trabalho os autores mostram que hd uma relacao entre os parametros a, B e \ dos métodos anteriores: - a2 (+2 8) a ou seja, 0 parametro \ também deveria considerar as variacGes da razio de so- breadensamento com a profundidade. Eles concluem que €, portanto, mais légico a utilizagao dos parfmetros mais fundamentais a e 8. Na Tabela n® 7 s&o resumidos os valores necessérios para sua plotagem na Fig. 14, onde constam as curvas (ax sy/o'y) © (Bx Sy/o'y) sugeridas. por Ran- dolph & Wroth. Vé-se que, se as argilas marinhas da Baixada Santista tém $'> 20°, as estimativas se feitas pelo método seriam conservadoras. eT) lee i) 3) lee iy SLES TETEE) eee Andlises similares realizadas sobre resultddd"de prova de carga em es taca (37 cmx 37 cm, 16,50m, Pr =87,5tf, pr = 16mm) cravada no Cais de Paqueté (Santos) e reportado por Vargas (1977) confirmam as previsdes acima. CARGA DE RUTURA DE ESTACAS EM FUNCAO DO SPT Com a correlacao preliminar proposta entre sy xN poder-se-ia tentar © estabelecimento de uma relacao entre a capacidade de carga de estacas pré-mol dadas cravadas na argila amrinha e os SPT's medidos. Com base nas andlises pro cedidas relativamente aos diversos métodos expostos de projeto, verifica-se que 0 Método \ apresenta o melhor ajustamento entre os valores calculados e aqueles inferidos pelos resultados das provas de carga. Face a tal resultado propée-se a seguinte férmula empfrica para estimativa de carga de rutura de estacas pré- -moldadas de concreto cravadas de comprimento L nas argilas marinhas da Baixa- da Santista:- Ssy Ap +0,15 (0,3. + 25y) Ap 5.20 onde s4, seria determinado pela correlacto en fungio do SPY correspondente 20 seu valor médio (Wp) a0 nivel da ponta da estaca:- su, = (4,5 ~0,05L) Np e 3y correspondente ao valor médio a0 Longo do fuste da estaca e calculado por: Sy = (4,5-0,025L) Ny 0 coeficiente 0,15 € proposto para estacas de comprimentos entre 15 e 30m, e para estacas mais curtas propde-se 0 coeficiente 0,20. Na Tabela n° 8 constam as estimativas da carga de rutura por meio da formula proposta e na Fig. 15 comparam-se os valores calculados com aqueles de- terminados através das provas de carga. Vé-se que a formulacéo proposta forne ce valores razodveis para estimativa da carga de rutura das estacas analisadas com excecao de trés casos (P.C. nes 6, 13 € 14). inca cron 00 $6" RECUPERAGAO DA CAPACIDADE DE CARGA COM 0 TEMPO Na execugdio de um trecho de cais no Macuco houve a oportunidade de se executar uma série de provas de carga sobre estacas pré-moldadas de concre to vibrado de 26 m de comprimento e secco transversal de 40.cmx 4Ocm, enbuts das 16 m (entre cotas -6 e -22m) na argila marinha mostrada na Fig. 6. A pri meira prova de carga foi realizada 18 dias apés a cravacao da estaca e a Ulti ma apés decorridos 145 dias. A evoluc&o da capacidade de carga determinada nas provas de carga é apresentada na Fig. 16. A resisténcia ao cisalhamento amolgada a partir dos ensaios de pa- lheta do Macuco (Fig. 6), considerando-se uma sensibilidade média de 6,seria:- Suq = 0/67 + 0,022 Aplicando-se 0 Método A (L=16m+A=0,2) a capacidade de carga da estaca ime- diatamente apés ser cravada seria estimada por:- 5.21 =SuqNoAp+h(o" + 25 yg)Re (0,67+0,02x 16)9x0, 407 +0,2[(0, 4940,01%8)8+2(0,6740,02x8)] (4x0, 40x16) 3,3 th ou seja, cerca de 1/3 da capacidade de carga da estaca apés a regeneraco da resisténcia ao cisalhamento da argila Vé-se que hd um grande aumento da carga de rutura com o tempo, che- gando-se a valores de cerca de 3 vezes maiores do que aquela logo apés o tér- mino da cravacéio de estaca. CONCLUSOES As condigdes geotécnicas da argila marinha da Baixada Santista, ape- sar da aparente homogeneidade na identificagao tétil-visual, apresentam sens{- veis variagdes das suas propriedades quer no mesmo horizonte, quer com o aumen to da profundidade. A argila é sensfvel e pré-adensada. Alguns dos parametros mais importantes para fins da engenharia geo- técnica (tais como o peso especifico natural, a pressdo de pré-adensamento, a resisténcia ao cisalhamento no drenada medida nos ensaios de palheta - seja de pico, seja amolgada) - tendem a ter um crescimento Linear com 0 aumento da profundidade. A resisténcia ao cisalhamento medida por ensaios de compress%o simples 6 cerca de metade daquela determinada no "vane test". Como a argila marinha tende a ser mais sens{vel com 0 aumento da profundidade, aquela dife- Tenga entre resisténcias tende a aumentar nesse sentido devido aos efeitos de amolgamento estrutural e face as maiores dificuldades da colheita de amostras em grandes profundidades € recomendavel, portanto, nos projetos geotécnicos a utilizagao de ensaios de campo para a obtencfo de solugdes mais econémicas. A utilizagdo de estacas pré-moldadas implantadas na argila obtendo dade de carga quase que apenas por resisténcia de atrito lateral é muito vidvel e permite a utilizagao integral da carga admiss{vel da estaca sua capa quando encarada como elemento estrutural de conereto armado. No caso de dreas 5.22 onde se prescinde de aterro para alteanento do greide do terreno, ou onde exis, tem aterros jé com recalques estabilizados, a utilizacdo de estacas cravadas na argila sem atingir substratos arenosos profundos conduz a solugdes mito econémicas, principalmetne naqueles tipos de obras onde sdo aceitéveis recal- ques de alguna intensidade. A estimativa da carga de trabalho dessas estacas pode ser feita com base na resisténcia ao cisalhamento no drenada medida nos ensaios convencio- nais de palheta e utilizando-se, de preferéncia os métodos de tensdes totais (Método a de Holmberg, ou 0 Método X, de Viyayvergiya & Focht, ou 0 Método de Semple & Rigden; estes dois Gltinos principalmente no caso de estacas mito longas)- Face as dificuldades de obtengao de amostras intactas confiaveis da argila, através das quais se determinariam pardmetros efetivos em Laboratorio, a estimativa da capacidade de carga pelos métodos de tensdes efetivas nao é re comendavel no atual estdgio de seu conhecimento. programago de realizacao’ de prova de carga e @ interpretacao dos seus resultados deverdo levar em conta 0 perfodo de tempo decorrido entre a cravagao e a data de execugao do teste, Ja que hd um sensivel crescimento da capacidade de carga da estaca com o correr do tempo. No caso das 14 provas de carga analisadas neste trabalho apenas em duas delas pode-se afirmar com sequ ranga que a capacidade de carga era jé a maxima. Nas demais provas de carga analisadas n&o hd registro do tempo decorrido entre a cravaco e 0 carregamen to de teste. Apesar desta falha e do pequeno nimero de provas de carga disponi- veis, poder-se-ia, gracas aos resultados alcangados nas andlises feitas neste trabalho, recomendar a utilizaco de um coeficiente de seguranga de 2,0 para ‘a determinac3o da carga admissivel de uma estaca aplicado & carga de rutura determinada em fungio da resisténcia de pico nfo drenada medida nos ensaios de palheta. Apesar de ser consenso que o SPT no pode ser enpregado na estimati va da capacidade de carga de estacas pré-moldadas implantadas em argilas de alta plasticidade e sensiveis procurou-se estabelecer, através de correlacdo syXN, uma formula que permitisse tal estimativa. Apesar dos poucos dados dis poniveis chegou-se a um resultado promissor que deverd ser explorado com futu- ros dados. Nestes casos é imprescindivel que em cada ensaio penetrométrico di ndmico a penetragiio tq do amostrador seja rigorosamente medida e transformada em um SPT equivalente fracionério (N=n® de golpes x 30cm + fq). AGRADECIMENTOS Agradecemos &s empresas GEOTECNICA S.A. - Engenheiros Consultores © 5.23 a ENGESOLOS - Engenharia de Solos e Fundagées S.A. pela gentileza da cesséo de dados de seus arquivos que permitiram enriquecer este trabalho. Acs Prof. MILTON VARGAS, VICTOR F.B, DE MELLO e FAIGAL MASSAD, que através de seus tra balhos e da convivéncia, sempre nos estimularam a aprofundar no conhecimento do comportamento geotécnico das argilas marinhas. BIBLIOGRAFIA A.P.1. - American Petroleum Institute (1982) - Recommended Practice for Plan- ning, Designing and Constructing Fixed Offshore Platforms - API ~ RP-20 - Dallas, Texas. BURLAND, J.8. 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