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RESUMO
ABSTRACT
In contemporary marketing context, realize the difficulties that companies face in maintaining
the motivation of its employees are notices. In this sense, managing people is becoming a
challenge in organizations. This study aimed to analyze a business model that focuses on the
performance of its employees. This management termed as a meritocratic management, has
some characteristics that influence the outcome of organizations. The methodology used was
an exploratory research of bibliographic nature and a quantitative field research involving
fifteen professionals who have had experiences with this management model. And it was
found that the meritocratic management contributes to the motivation of the employee as well
as for the good result of the organization.
1 INTRODUÇÃO
Parece óbvio promover profissionais com base em resultados, mas essa técnica
não é aplicada com notoriedade. Bônus, metas individuais desafiadoras, oportunidade de se
tornar sócios e a autonomia nas decisões, são características de uma gestão meritocrática, que
ainda não são utilizadas como forma de aumentar a rentabilidade das organizações.
Com isso, a desmotivação dos funcionários cresce nas empresas, pois apesar de
algumas organizações terem incluído em seu código de ética a meritocracia, o sentimento de
dono e a valorização do colaborador, existem vários fatores que impossibilitam essa prática,
como por exemplo: é improvável que o colaborador tenha sentimento de dono, sem
ter autonomia para agir como se aquilo fosse realmente dele, ou que ele tenha paixão pelo que
faz e brilho no olhar, sem que a empresa demonstre uma ação positiva em relação ao
colaborador na mesma proporção.
Após essa primeira análise surge a questão de investigação desse trabalho: como a
Meritocracia influência no desempenho dos colaboradores e da empresa?O objetivo geral
desta pesquisa foi analisar o modelo de Gestão Meritocrática e os resultados obtidos dentro de
uma organização. Este objetivo geral é orientador dos objetivos específicos que ao serem
alcançados constituíram o corpo deste trabalho: identificar quais são os principais fatores que
caracterizam a gestão como meritocrática e investigar os possíveis resultados obtidos quando
se aplica a gestão meritocrática.
Para o alcance desses objetivos optou-se como metodologia por realizar uma
pesquisa a referenciais teóricos presentes nas obras de Barbosa (2003), Correa (2013),
Chiavenato (2000), Chiavenato (1992), Morrison (1998) dentre outros que abordam a
importância da gestão meritocrática como fator na melhoria do desempenho organizacional.
Realizou-se também, uma pesquisa de campo. A escolha desses sujeitos deu-se
por facilidade de acesso. Foram quinze profissionais que tiveram experiência com o modelo
de gestão meritocrática.
Este trabalho foi organizado em seis tópicos, sendo o primeiro esta introdução.
O segundo propõe uma reflexão através de uma pesquisa bibliográfica a respeito
do conceito de meritocracia de acordo com autores consagrados que discorrem sobre o tema
de forma teórica e outros que aplicam a meritocracia no setor organizacional.
O terceiro discorre os aspectos que caracterizam a gestão meritocrática desde o
perfil do colaborador até os resultados obtidos pela empresa. O quarto capítulo deste trabalho
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2 CONCEITO DE MERITOCRACIA
genética, econômica ou política no momento em que se está pleiteando uma posição, é uma
aristocracia de talentos que divide radicalmente organizações baseadas no privilégio
hereditário das demais democracias atuais.
Observando por outro ângulo quando se fala do somatório de esforço, habilidade e
talento nesse momento não há um consenso, e sim uma afirmação, ou seja, o desempenho
pode ser medido e avaliado e a consequência disso resulta numa hierarquização
meritocratizada da sociedade baseada no desempenho individual. Unir esses dois sentidos
muitas vezes resulta na metanóia do conceito de meritocracia, de ético para não ético, como
pode ser observado na afirmação abaixo:
[...] eu diria que o maior estímulo [dado por Beto ao meu governo] foi em
relação à criação da política de meritocracia. Foi um grande desafio por que
tem toda uma legislação falsamente igualitária construída do Brasil ao longo
de décadas na relação com os servidores. Nós tivemos que construir
maneiras de encontrar a política de meritocracia sem fugir das legislações
vigentes[...] (CORREA, 2013. p. 235).
De acordo com Figueiredo (2008) grande parte dos profissionais almeja empregos
que permitam o desenvolvimento de habilidades e competências que atendam as exigências
do mercado atual.
Anseia-se por empresas que ofereçam um plano de carreira por meio do mérito,
excluindo toda forma de favoritismo, e que gere desafios que quando alcançados são
compensados por reconhecimento, em forma de promoções e bônus de acordo com resultado
alcançado. Percebe-se que salários altos, cargos que possuem um grande nível hierárquico e
que não possuem qualquer tipo de relação com a aprendizagem, não se sustentam por muito
tempo no mercado atual.
Para Chiavenato (1992) a empresa voltada para o futuro terá que se adequar a uma
estrutura organizacional baseada no sistema orgânico, que é aberto, apropriado para ambientes
instáveis e mutáveis que exige dos profissionais adaptabilidade e ajustamento constante e que
possui um fluxo informacional mais intenso, dinâmico, democrático, flexível e com níveis
hierárquicos menores.
Essas características colaboram para uma gestão meritocrática e trazem vários
benefícios para a empresa e seus funcionários.
De acordo com Dutra (2001) a forma de gerir pessoas sofreu grandes alterações ao
longo dos últimos vinte anos. Hoje, as organizações estão à procura de um perfil autônomo,
inconformado, inovador e empreendedor, os perfis disciplinados, obedientes e acomodados,
não se enquadram mais em competências exigidas nas organizações. Logo, surge a
necessidade de uma cultura que estimule e apoie a iniciativa individual, a criatividade e a
busca autônoma de resultados para as empresas, que adotam a Gestão Meritocrática.
A Meritocracia nada mais é do que uma forma de gestão que busca atrair pessoas
que se enquadram nesse perfil e que estão à procura de grandes desafios, de acordo com Dutra
(2006, p. 16), “[...] pessoas que demandam oportunidades e desafios profissionais e pessoais e
continuam atualização e ganho de competência como condição para a manutenção da
competitividade profissional.” são essas as atuais expectativas dos talentos procurados pelas
organizações que adotam o modelo de gestão meritocrática.
Segundo Chiavenato (1992, p.67) “O espírito empreendedor que leva certas
pessoas com enorme força de vontade, perseverança, desejo de assumir riscos e coragem de
competir.” A partir do conceito de espírito empreendedor, surgiu o perfil do colaborador
chamado por Chiavenato de intrapreneur, que em uma tradução direta significa
‘empreendedor’.
Para o autor o intrapreneur é um funcionário com iniciativa própria, vontade para
fazer negócios, vocação para assumir riscos, capacidade de motivar os subordinados e desejo
de empreender. E esses funcionários uma vez estimulados, podem agir como se fossem os
próprios donos do negócio ou acionistas interessados, mesmo sendo apenas um colaborador
assalariado.
Segundo Jorge Paulo um dos sócios da Ambev (CORREA, 2013, p.57) ‘’[...] era
fundamental que todos, desde a base, se sentissem ‘donos’ daquele negócio. Só assim dariam
o melhor de si e fariam a instituição crescer”. Jorge Paulo Lemann se tornou o homem mais
rico do Brasil. O estilo de gestão que ele começou a forjar há mais de quatro décadas e agora
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se espalha pelo mundo por meio das companhias que adquiriu nos Estados Unidos – AbInbev,
Burger King e Heinz.
Esse sentimento de dono mencionado pelos autores faz com que o funcionário
aumente o seu comprometimento com a empresa e comece a agir como se realmente fosse o
dono. Tal sentimento possibilita uma autonomia ao realizar o seu trabalho, que se atrelada a
uma forma meritocrática de reconhecimento, podem trazer bons resultados para as empresas e
ainda manter seus funcionários com uma motivação constante.
Chiavenato (1992) destaca a diferença entre os perfis conservador e Intrapreneur.
Cuidadoso e conservador.
Assume riscos moderadamente.
Evita riscos, principalmente se seu
RISCO Investe pesado e espera sucesso. Não
emprego ou promoção forem
tem medo de ser demitido.
ameaçados.
Minimamente controlador,
Mantém controles rigorosos.
CONTROLE tende a acompanhar as coisas no
Quer acompanhar tudo no varejo.
atacado.
a) Ser Viável: os padrões deverão ser alcançáveis, para que gere resultado e não
haja desmotivação.
b) Ser especifico: os padrões também deverão ser claros quanto à unidade a
atingir, a qualidade exigida, os limites de tolerância admitidos e os critérios de avaliação.
c) Ser atualizado: os padrões deverão ser revistos e atualizados sempre que for
necessário.
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d) Ser mensurável: os padrões deverão ser mensuráveis, para que se avalie a sua
performance em cada item avaliado.
Segundo Chiavenato (1992) a responsabilidade da avaliação de desempenho é da
equipe gerencial, que busca monitorar o trabalho da equipe e seus resultados obtidos, para que
assim possam realizar uma comparação com os resultados que são esperados. Preocupam-se
com a eficiência e com a eficácia na realização das atividades e com a qualidade e com a
produtividade. Mas também é essencial a auto-avaliação do próprio colaborador, pois para
que se obtenha um bom resultado nas avaliações de desempenho é necessário o envolvimento
pessoal, o compromisso íntimo e a motivação.
O autor destaca que a felicidade das pessoas passa pelas contribuições que uma
empresa pode oferecer e diz que pessoas felizes constroem empresas bem-sucedidas.
desde a realização de um recrutamento virtual até a cultura de custos com a alta gerência, a
aplicação desses princípios acontece na gestão meritocrática desenvolvida pela Ambev.
Com base na experiência vivida não apenas pela InBev, que é uma companhia de
bebidas Belga-Brasileira formada através da fusão da empresa brasileira Ambev e a belga
Interbrew, mas por outras empresas que aplicam o modelo de Gestão da Ambev, denominado
gestão meritocrática, pode-se notar nitidamente que o resultado do conjunto das
características desse modelo de gestão é o lucro empresarial.
Esse lucro é gerado a partir da aplicação de cada valor mesmo que alguns tenham
resultados morais, eles influenciam na redução de custos e na produtividade das equipes.
A escolha de um perfil empreendedor é a primeira forma de lucrar, recrutamento
virtual e processos seletivos que visam reter talentos promissores garantem a lucratividade
nos processos de provisão de recursos humanos, disse Chiavenato (2000).
O desenvolvimento ágil da carreira gera nos colaboradores resultados morais que
implicam um aumento da produtividade a curto e médio prazo. O reconhecimento justo e
coerente das pessoas também produz um resultado moral que influencia em uma dedicação
crescente à organização e garante a produtividade no longo prazo.
Remuneração variável de acordo com as metas organizacionais é a principal
forma de direcionar o esforço da equipe visando à lucratividade. De acordo com Chiavenato
(2000), esse é um dos principais segredos para obter lucratividade com os processos de
manutenção do RH, uma vez que é a remuneração e o alcance das metas que dinamizam e
movimentam a produtividade.
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Nesse estudo foi desenvolvida uma análise que direciona a uma abordagem
exploratória de cunho bibliográfico que relata aspectos significativos sobre a gestão
meritocrática, por meio de autores como: Barbosa (2003), Correa (2013), Chiavenato (2000),
Chiavenato (1992), Morrison (1998) entre outras fontes de pesquisa como: livros, revistas e
sítios relacionados com o assunto que apresentam artigos científicos, monografias e
dissertações de diversos pesquisadores do tema. Gil (1999) caracteriza a metodologia da
pesquisa como um conjunto de ações que visam encontrar a solução de um problema a partir
de métodos racionais, sistemáticos e científicos.
Após esse desenvolvimento teórico, foi realizada uma pesquisa de campo junto a
quinze profissionais que tiveram experiências com o modelo de gestão meritocrática, visando
extrair dados para satisfazer o objetivo principal do trabalho de analisar o modelo de gestão
meritocrática.
Os dados desta pesquisa foram coletados através da aplicação de quinze
questionários, com profissionais que apresentaram maior facilidade de acesso conforme
propõe Vergara (2007) quando afirma que a amostra pode ser não probabilística e por
acessibilidade, selecionar o sujeito da pesquisa pela facilidade de acesso a ele.
O questionário foi composto por dez questões, sendo uma aberta referente à
influência da gestão meritocrática na qualidade de vida pessoal dos colaboradores e nove
fechadas, destinadas a investigar o modelo de gestão meritocrática, seus benefícios e a opinião
dos colaboradores quanto a estes. Os dados receberam tratamento tanto quantitativo quanto
qualitativo.
Sim
47% Não
53%
6 CONSIDERAÇÕESFINAIS
A meritocracia ao longo dos anos vem sendo destacada como principal critério de
hierarquização social das sociedades modernas e uma das mais importantes ideologias
existentes, pois consegue trabalhar pessoas e negócios de forma coerente e aceitável.
Esse conceito de meritocracia dentro de uma organização é pouco estudado, o que
justifica a escolha por esse tema. De acordo com a pesquisa bibliográfica realizada, esse
modelo de gestão é até os dias de hoje, o mais atual e vantajoso, que gera resultados nítidos
para empresa, tanto em âmbito de posicionamento quanto do ponto de vista da lucratividade.
O objetivo geral desta pesquisa foi analisar o modelo de Gestão Meritocrática e os
resultados obtidos dentro de uma organização. Após a análise realizada por meio dessa
pesquisa, pode-se considerar que o objetivo de responder a questão principal foi sanado
conforme as conclusões do capitulo anterior.
Este objetivo geral foi orientado por objetivos específicos que ao serem
alcançados constituíram o corpo deste trabalho. O primeiro desses objetivos é identificar quais
são os principais fatores que caracterizam a gestão meritocrática, que são: o perfil
empreendedor, inovador, adaptativo, flexível e naturalmente auto motivado, que os
colaboradores devem ter ou adquirir. Outras características são o desenvolvimento ágil da
carreira, o reconhecimento das pessoas, a avaliação de desempenho, o incentivo da empresa
na carreira profissional, a remuneração variável de acordo com as metas organizacionais, a
concorrência saudável, a qualidade de vida pessoal.
O segundo objetivo específico é discorrer sobre os principais desafios enfrentados
na implantação desse modelo de gestão, que são: a resistência ao modelo, a não aceitação da
eventual inclusão e o posicionamento dos gestores.
Outros objetivos específicos são tratar do retorno que a empresa pode adquirir
aplicando essa forma de gestão e verificar a opinião de pessoas que já tiveram contato com
esse modelo de gestão dentro da empresa.
A pesquisa de campo realizada apontou que a gestão meritocrática é aceitável e
promove uma satisfação significativa nos colaboradores, apresenta métodos de remuneração e
reconhecimento, prioriza o desenvolvimento e crescimento dos colaboradores da empresa e
aumenta a produtividade das equipes, esse conjunto de características reflete na lucratividade
da empresa.
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REFERÊNCIAS
DUTRA, Joel Souza. Gestão por competências. 8ed, São Paulo: Editora Gente, 2001.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3 ed. São Paulo, Atlas, 1999.
LUCENA, Maria Diva da Salete. Avaliação de Desempenho. São Paulo: Atlas, 1992.
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