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1 DONALD WINNICOTT D.W.Winicott é mundiaimente reconhecido por icanalista inglés. volvimento infantil, introduzindo os avaliagao original do de transicionais para explicar 0 proceso pelo qual a 4 existéncia como individuo. Fonte3.bp blogspot.com ava que cada ser humano traz um potencial inato para 0 anto, o fato desta tendéncia ser inata nao Winnicott considers um ambiente facilitador desenvolvimento e integracao. No ent garante que ela realmente va ocorrer, pois isto dependera de que fornega cuidados suficientemente bons. Ao descrever sistematicamente os fenémenos precoces do desenvolvimento ional, Winnicott propos a teoria do desenvolvimento emocional primitivo emoci composta de trés processos concomitantes: « Aintegragao « Apersonalizagao e Arealizagéo Digtalzado com ComScanner de do bebé em sentir-se uno, ou seja, em A integragao se refere & capacid vivenciar a integragao do self como uma unidade. A personalizagéo descreve o Processo de localizagdo da psique no corpo. E a realizagdo se refere ao estabelecimento da relagao do bebé com a realidade externa Na visa0 Winnicottiana, no inicio da vida o ambiente é representado pela mae, Sendo fundamental para a constituigao do self 0 modo como ela toca o seu bebé, o movimenta, 0 aconchega, fala com ele, pois este cuidado promove para o bebé uma Continuidade entre o inato, a realidade e um esquema corporal pessoal Na etapa inicial de desenvolvimento a questao primordial é a presenga de uma mae-ambiente confidvel que se adapte as suas necessidades de maneira virtualmente perfeita. Existe algo chamado por Winnicott de ambiente nao suficientemente bom, que distorce 0 desenvolvimento do bebé, assim como existe o ambiente suficientemente bom, que possibilita ao bebé alcancar a cada etapa, as satisfagdes, ansiedades e Conflitos inatos e pertinentes. Winnicott acreditava que a mae suficientemente boa é aquela capaz de se identificar com a crianga e atender as suas necessidades basicas, possibilitando ao bebé a ilusdo de que o mundo é criado por ele, concedendo-Ihe a experiéncia da onipoténcia primaria, base do fazer-criativo. Ou seja, ao fornecer todo 0 cuidado e afeto que 0 bebé necesita, a mae dedicada Ihe dé a sensagdo de onipoténcia e plenitude, fazendo-o crer ser detentor de todas as possibilidades. O termo “mae suficientemente boa" expressa 0 exercicio da fungao materna, ou seja, qualquer pessoa ~ homem ou mulher- que exerca a maternagem, prestando ao bebé todo 0 cuidado fisico e afetivo de que necessita estara exercendo esta funcgao! Nao se trata de um modelo de perfei¢ao, mas sim dos cuidados prestados pela mae dedicada comum. A capacidade da mde em se identificar com seu filho permite-he satisfazer, a fungao de holding (sustentagao) que, em termos psicoldgicos, significa fornecer apoio egdico, em particular na fase de dependéncia absoluta que ocorre antes do aparecimento da integragao do ego- etapa do desenvolvimento em que os espagos psiquicos entre o bebé e sua mae ja estao perfeitamente distintos. Este apoio deve diferenciar-se para cada bebé, pois cada pessoa é unica e tem suas proprias necessidades. Digtalzado com ComScanner Para Winnicott mente e psique 40 conceitos diferentes; trata-se de registros relacionados, mas heterogéneos. A psique é a elaboragao imaginativa das partes, sentimentos e fungdes somaticas e nao se separa, nem se divide da soma. A mente, No desenvolvimento saudavel, nao ¢ nada mais do que um caso particular do funcionamento do psicossoma, surgindo como uma especialidade a partir da parte psiquica do psicossoma Através do manejo cuidadoso, sensivel e carinhoso do bebé, uma relacao positiva vai sendo construida e mantida pela mae. Esse contato fisico chamado por Winnicott de handling (manejo) - conduzira a crianga ao reconhecimento gradativo de seu corpo, possibilitando uma construcdo imaginaria do mesmo, cujo resultado é a integragao entre soma (corpo) e psique (mente). O saber sutil e natural da mae em acolher 0 bebé em sua singularidade permite a manifestagao do sentimento de unidade entre os dois, no qual a crianga é a mae e vice-versa. Este sentimento de unidade permitira que as tendéncias a integragao, personalizacao e realizacao se atualizem 66 Dep LM Eee Tae é uma catéstrofe D, Wannicot Fonte 4.bp blogspot.com A tendéncia a integragao faz parte do potencial herdado do bebé, e sera realizada caso ele vivencie cuidados ambientais suficientemente bons no modo como € acolhido (holding). Digtalzado com ComScanner O amadurecimento do bebé, e mais especificamente 0 seu processo de integragao, é possibilitado pelas repetidas experiéncias de estar sendo cuidado por uma mae dedicada comum, somadas a tendéncia inata a aglutinagao do self. As experiéncias iniciais na diade mae-bebé s4o estruturantes do psiquismo, Participando da organizagao da personalidade e dos sintomas. O bebé nasce em um estado de nao integracdo, onde os nticleos do ego estao dispersos e, para o bebé, estes nicleos esto incluidos em uma unidade que ele forma com o meio ambiente. A meta desta etapa é a integragdo dos nticleos do ego e a personalizagao- adquirir a sensagao de que o corpo aloja o verdadeiro self. © objeto unificador do ego inicial nao integrado da crianga 6 a mae e sua atengao (holding). © holding se caracteriza pela conduta emocional da mae, sua forma de demonstrar amor através da relagdo de cuidado e cumplicidade que estabelece com seu bebé, enquanto o Segura fisicamente, sustentando- 0 nos bracos, prestando cuidados cotidianos, dando-Ihe afeto e suporte em seu desenvolvimento. Ao prestar todos os cuidados fisicos e psicolégicos necessarios ao seu desenvolvimento, a mae atua como go auxiliar do bebé. Distrbios psiquicos decorrentes de uma ma experiéncia na fase da Dependéncia Absoluta: + Patologias da Personalidade: + Esquizofrenia infantil ou autismo; * Esquizofrenia latente; * Estado limitrofe; * Construgao da personalidade com base num falso self: * Personalidade esquizoide + Possibilidade de cura: redirecionamento dos processos de maturagao da primeira infancia. Este cuidado deve atender as mudancas instantaneas do dia a dia que fazem parte do desenvolvimento fisico e psicol6gico da crianga, permitindo a emergéncia do bebé como uma pessoa individual que se relaciona com outras pessoas separadas dele. 0 modo como o cuidado é prestado determina a forma como o individuo se Digtalzado com ComScanner elaciona com outras pessoas ao longo da vida, bem como as psicopatologias que Poderd desenvolver. E através do holding que o bebé tem a experiéncia de continuidade do ser. Essa experidncia ¢ decorrente da adaptagao do meio as necessidades da crianca, que nao se sente invadida pela mae/ambiente, nem mantida num meio inconstante e Sentido como ameagador. Winnicott observou que algumas semanas antes do nascimento a mae desenvolve um estado de “preocupagao matema primaria’ que implica em uma regressao parcial e temporaria por parte da mae, a fim de identificar-se com 0 bebé, © assim saber do que ele precisa, mantendo, ao mesmo tempo, sua posigao adulta. 2. FASE DA DEPENDENCIA ABSOLUTA Total dependéncia do meio- Primeiros 6 meses; bebé desconhece seu estado de dependéncia; bebé necessita da mae suficientemente boa-Estado psicolégico associado ao exercicio da fungo materna. Este estado 6 temporario, pois 0 bebé passard naturalmente da “dependéncia absoluta” para a “dependéncia relativa’, 0 que é essencial para o seu desenvolvimento. ‘A dependéncia absoluta refere-se ao fato de o bebé depender inteiramente da mae para ser e para realizar sua tendéncia inata a integragao em uma unidade. Quando nao ha um ambiente favordvel, o individuo néo tem como se desenvolver e atualizar suas tendéncias, e pode se tornar psicatico. Nesses casos, os estgios de desenvolvimento emocional normais a primeira infancia aparecero de forma regressiva, instalando -se os disturbios psiquicos. Portanto, a base da estabilidade mental depende, das experiéncias iniciais com a mae ¢ principalmente de seu estado emocional A base da satide mental é estabelecida no inicio da vida por meio do provimento de cuidados dispensados ao bebé por uma mae suficientemente boa. O bebé depende da disponibilidade de um adulto que possa contribuir para uma adaptagao ativa e sensivel as necessidades da crianga. Digtalzado com ComScanner Quando a integragao vai se tornando mais consistente, com o aMadurecimento de fungdes cognitivas do bebé, a mae volta-se novamente para suas atividades externas, contando com a capacidade emocional adquirida por sua crianga que a permitira esperar pelo cuidado. A mae suficientemente boa também tem a fungao de gradativamente demonstrar ao bebé que a falta faz parte do processo de desenvolvimento, distanciando-se aos poucos de seu filho, permitindo que seja cuidado por outra Pessoa, negando o peito e Ihe apresentando outros alimentos, pois esta atitude demarca o inicio da quebra da unidade mae-bebé e permite que a crianga seja impulsionada a buscar interagées sociais. A medida que o bebé alcanga uma integragao num si mesmo unitario, faz-se necessaria uma desadaptacdo cuidadosamente dosada por parte da mae. Nesse sentido, 0 ambiente facilitador é aquele que naturalmente falha nos momentos necessérios, ou seja, naqueles nos quais o bebé j4 pode suportar frustragdes e vivencia-las de forma a estimular seu amadurecimento. Na transigao da etapa de dependéncia absoluta para a dependéncia relativa temos 0 terceiro quesito da maternagem suficientemente boa: a apresentagao do objeto. Este momento tem inicio com a primeira refeicéo do bebé, quando a mae demonstra ao bebé que ela pode ser substituida. Aos poucos a mae vai possibilitando ao bebé outras maneiras de agir no ambiente, estimulando-o a explorar novas possibilidades por meio de seu préprio esforgo e criatividade. No periodo de dependéncia relativa 0 bebé vivencia estados de integragao e nao integragao, forma conceitos de eu e nao eu, mundo extero e interno, podendo entao desenvolver-se no que o autor denomina de independéncia relativa ou rumo a independéncia. No inicio da passagem da dependéncia absoluta para a dependéncia relativa, os objetos transicionais exercem a indispensavel fungao de amparo, por substituirem a mae que se distancia a desilude 0 bebé com sua auséncia, marcando 0 inicio da quebra da unidade mae-bebé. Digtalzado com ComScanner “sere rerreeereeaereeeeeeeeeeeeeeeeewerwerwerwesrs 3. FASE DA DEPENDENCIA RELATIVA Compreende de 6 meses a 2 anos Trata-se de uma fase onde a mae intervém de uma maneira frequente na vida da crianga, Nesta fase a crianga comega a reconhecer objetos e passos. Porém percebe a mae de uma maneira unificada, pensa que esta relacionando com duas maes. MAE SUFICIENTEMENTE BOA X MAE INSUFICIENTEMENTE BOA. O importante nao € o objeto que o bebé utiliza, mas 0 uso que faz dele. Esta vivencia é importante para o desenvolvimento, pois permite que a crianga passe felacionar-se com objetos externos a si mesma. Ao explicar a fungdo do objeto transicional, Winnicott remonta ao primeiro vinculo da crianga com 0 mundo externo, a relagéo com o seio materno. O bebé inicialmente acredita que o seio é parte de si mesmo, dando-Ihe a iluséo de onipoténcia. No entanto, quando a mae comega a desmamar a crianga, inicia-se um processo no qual a ilusdo é desfeita aos poucos, fazendo com que o bebé adquira a nogao de que o seio materno é algo que ele possui, mas que nao faz parte de seu eu- “pertence-me, mas nao sou eu”. Esses objetos intermediadores servirao de ponte entre o mundo interno eo externo, ajudando a transigao do bebé do estado de dependéncia absoluta para a dependéncia relativa e rumo a futura independéncia. Ajudam a poder vir a distinguir aquilo que é “ele” separado do “outro”. Winnicott utiliza o termo objeto transicional para descrever a jornada do bebé desde o puramente subjetivo até objetividade. Este objeto representa a mae e ocupa © lugar de ilusao, pois é conservado pela crianga, que o mantém proximo tanto quanto © deseje, ao contrario do seio, que nao esta disponivel constantemente. A medida que o desenvolvimento progride, a crianga tem um ego relativamente integrado, e com a sensagao de que o nuicleo do si proprio habita em seu corpo. Ela e 0 mundo sao duas coisas separadas. A tltima etapa do desenvolvimento emocional primitive & conseguir alcangar uma adaptagao a realidade. Digtalzado com ComScanner Nesse estagio a mae tem o papel de prover a crianga com os elementos da fealidade com que ira construir a imagem psiquica do mundo externo. A adaptacao absoluta do meio ao bebé se torna adaptagao relativa, através de um delicado Processo gradual de falhas em pequenas doses Os fendmenos transicionais: * Ocorrem no segundo semestre da vida; * Quando apés a fase de ilusdo, enfrenta a desiluso; * Apés a dificil experiéncia geradora de angustia, a crianga desenvolve algumas atividades observadas por Winnicott na vida cotidiana dos bebés: * O bebé leva a boca junto com algum objeto externo. * Segura um pedago de tecido * Surge algumas atividades, ruidos e balbucios. Essas atividades tem uma caracteristica comum, de uma importancia vital para a crianca Vem alojar-se num espago intermedidrio entre a realidade interna e externa. Apés a crianga ter alcangado a diferenciagao entre ela e o ambiente, tendo se adaptado em certa medida a realidade- absorvendo pautas objetivas dela, que modificam suas fantasias- 0 Ultimo passo que deve dar 6 integrar em um todo as diferentes imagens que tem de sua mae e do mundo. Winnicott observou que a crianga pequena tem uma cota inata de agressividade, que se expressa em determinadas condutas autodestrutivas. A expressao da agressividade infantil faz parte do estagio de adaptacao a realidade e é chamada fase de pré-inquietacao ou crueldade primitiva, o bebé volta seu 6dio sobre ‘si mesmo para proteger 0 objeto externo; mas esta manobra nao 6 Suficiente e em sua fantasia a mae pode ficar intensamente danificada. Nesta fase, a mae é 0 objeto que recebe, em certos momentos a agressao da crianga, mas ¢ também aquela que cuida dela e a protege. Quando a crianca exprime raiva e recebe amor, confirma que a mae sobreviveu e é um ser separado dela. O bebé adquire a nogdo de que suas préprias pulsdes nao sdo tao danosas e pode, pouco a pouco, aceitar a responsabilidade que possui sobre elas. 10 Digtalzado com ComScanner Simultaneamente a mae que é agredida e a mae que cuida, vao se aproximando na mente do individuo, que assim adquire a capacidade de se preocupar com seu bem-estar, como objeto total. Isto constitui o grande sucesso que Winnicott identifica como a tltima das etapas do desenvolvimento emocional primitivo: a adaptagao a realidade. Ao adaptar-se a realidade o bebé pode passar ao periodo de independéncia relativa em que 0 bebé desenvolve meios para poder prescindir do cuidado materno. Isto conseguido mediante a acumulacao de memérias de maternagem, da proje¢ao de necessidades especiais e da introjegdo dos detalhes do cuidado maternal, com o desenvolvimento da confianga no ambiente. E importante ressaltar que segundo Winnicott, a independéncia nunca é absoluta. O individuo sadio nao se torna isolado, mas se relaciona com o ambiente de tal modo que pode se dizer que ambos se tornam interdependentes. No decorrer de toda sua obra, Winnicott enfatiza a importancia do ambiente externo (familiar) afetivo, acolhedor e continente das necessidades da crianga, em todo 0 ciclo vital como base para um desenvolvimento saudavel. Fonte:lucasnapol. files. wordpress.com Na sua teoria do desenvolvimento emocional, constréi uma linha de abordagem que vé 0 individuo como estando sujeito, no inicio da vida, a uma dependéncia quase absoluta, que vai aos poucos diminuindo em grau e tendendo ao estabelecimento da autonomia. 11 Digtalzado com ComScanner Winnicott (2011) afirma que os cuidados maternos, e depois a familia, deverm Seguir de base segura para o desenvolvimento da autonomia do adolescente, Permitindo que transite livremente da dependéncia para a independéncia. © afastamento sé se dé em relagdo a figura externa dos pais, pois as fungdes materna e paterna sao internalizadas e este fato constitui como um cimento da familia, Pois as figuras reais do pai e da mae permanecem vivas na realidade psiquica e interior de cada um de seus membros (Winnicott, 2011). A adolescéncia € 0 periodo da vida no qual o individuo tem a chance de sedimentar as conquistas ja feitas e de integrar 4 personalidade aquilo que nao foi integrado nos estagios anteriores do amadurecimento. Assim, a familia e a sociedade continuam sendo importantes como ambiente facilitador. Cabe ao ambiente (familias ou instituigdes sociais substitutivas) aceitar e acolher a imaturidade do adolescente, a sua oscilagao dependéncia-independéncia, o seu sentimento de irrealidade, a sua necessidade de ser alguém em algum lugar, de Confrontacao, de procurar as proprias solugdes e de nao aceitar falsas solugdes. © adolescente precisa de um ambiente que esteja disponivel para a comunicagao verdadeira, que facilite a integracao de seus instintos e exerga a lei sem retaliar e sem simplesmente punir. Winnicott propée que os jovens repetem a fase infantil, repudiando inicialmente 0 nao eu, até que possam estabelecer relagdes com o mundo externo. Eles tem a tendéncia de vivenciar este momento em grupos pela adogao de interesses comuns, vivem esta experiéncia agrupados, mas tendem a retornar ao isolamento. O grupo desempenha um papel muito importante para o jovem como espago de identificagao e vivéncia dos lutos. Winnicott estabelece alguns aspectos que considera as necessidades do adolescente, pontuando e retornando a algumas ideias: * Anecessidade evitar solugées falsas, + Anecessidade de sentir- se real ou de tolerar nao sentir absolutamente nada. ¢ A necessidade de desafiar em um meio onde a dependéncia é afrontada e onde se pode confiar a ponto de afrontar esta dependéncia. 12 Digtalzado com ComScanner * Anecessidade de afrontar repetidamente a sociedade, de modo que 0 antagonismo desta se torne manifesto e possa ser respondido com antagonismo. Tal qual Winnicott descreve, a adolescéncia traz consigo algumas alteragdes importantes para o processo de amadurecimento. Em primeiro lugar, potencializa um poder de dominar e de destruir que extremamente assustador. Em segundo, repete as angtistias dos estagios precoces do desenvolvimento. Além disso, 0 adolescente Padece do sentimento de irrealidade, e sua luta, neste momento é para sentir-se real. A vida adulta impée trés importantes tarefas ou realizages (Winnicott, 1990): + Manter-se criativo e vivo até a morte; ‘* Aceitar a imperfeigao, a impoténcia ea finitude, j4 que adultos maduros e sadios sao aqueles que conseguem ver, aceitar e manipular criativamente a precariedade da condi¢do humana; + Constitui a tarefa de poder envelhecer e morrer. A conquista da maturidade nao dé ao individuo um certificado de seguranca contra sofrimentos, depresses ou perda de sentido de vida. O tempo todo o homem esta a se construir, jamais se completando nesta tarefa, a nao ser na morte. 4. AS IDEIAS DE JUNG E SEU CONTEXTO Esta secdo apresenta a vida e as descobertas de Jung no contexto de suas influéncias pessoais e histéricas. Ela examina particularmente sua rela¢ao com Sigmund Freud e o debate filos6fico em toro do problema dos “universais” ou Principios originarios (no caso de Jung, os arquétipos). A analista junguiana Claire Douglas abre esta sega com uma rica descri¢ao historica das principais influéncias sobre 0 pensamento de Jung. A seguir apresenta-se uma interpretagdo psicanalitica estimulante do relacionamento entre Freud Jung escrita por um professor de psicologia, Douglas Davis. Depois, a analista junguiana Sherry Salman apresenta as principais contribuig6es de Jung a psicandlise e a psicoterapia contempordnea. Mostrando como 13 Digtalzado com ComScanner ® Por que Jung foi presciente, Salman oferece um quadro das ideias de Jung em Telacdo & atval teoria das “relagbes objelais" e outras teorias psicodinamicas e da Personalidade, Por fim, o filésofo e analista junguiano Paul Kugler coloca as principats descobertas de Jung no contexto do debate pés-moderno, principalmente as questoes decorrentes da tensao entre a desconstrugao e 0 essencialismo. Kugler reconstitui a evolu¢ao da "imagem" no desenvolvimento do pensamento ocidental, mostrando como a abordagem de Jung resolve uma dicotomia basica que opera em toda a filosofia ocidental 5. A PRATICA DA PSICOLOGIA ANALITICA Esta seco enfoca principalmente as questées da pratica clinica, Particularmente em relaco @ pluralidade da psicologia analitica em suas trés linhagens, classica, arquetipica e desenvolvimentista. © analista junguiano David Hart, que estudou com Jung em Zurique, abre a segao com uma interessante reviséo dos principais principios da abordagem classica, anteriormente conhecida como escola de Zurique. PSICOLOGIA ANALITICA CARL GUSTAV JUNG. Fonte:image slidesharecdn com A seguir, Michael Vannoy, diretor de um programa de pés-graduago em Estudos Psicanaliticos, apresenta uma descri¢go histérica e fenomenolégica da abordagem arquetipica, mostrando como ela gradualmente concentrou-se no "imaginal". Apés, a analista junguiana Hester Solomon oferece uma anilise tedrica e 14 Digtalzado com ComScanner

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