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FUNDAÇÃO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS – FUPAC

FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS DE UBÁ


NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA - NPJ

AO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA, DA INFÂNCIA E JUVENTUDE E


VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER DA
COMARCA DE UBÁ/MG

GEOVANA VITORIA CAETANO FABIANO, menor impúbere


representada por sua mãe, LUIMARA CAETANO DA SILVA, brasileira, solteira,
manicure, portadora da carteira de identidade MG-17.187.024, inscrita no CPF
nº 106.533.976-31, residente e domiciliada na Rua Marieta A. S. Marcos, N° 70,
Bairro Olaria, Ubá/MG, CEP: 36.503-172, vem, respeitosamente, perante Vossa
Excelência, representada pela advogada abaixo assinado, propor o presente

AÇÃO DE ALIMENTOS

Em face de JEAN CARLOS DE ARAUJO FABIANO, brasileiro, solteiro,


autônomo, residente e domiciliado na Rua Mario Gonçalves de Moraes, n°06,
Bairro Santa Bernadete CEP 36.502-190, pelos fatos e fundamentos a seguir

RUA LINCOLN RODRIGUES DA COSTA, Nº 165, BAIRRO BOA VISTA, UBÁ-MG


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descritos:

DA JUSTIÇA GRATUITA

Inicialmente, afirma ser pessoa juridicamente necessitada, sem


condições financeiras para arcar com o pagamento das custas processuais e
honorário advocatícios sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família, razão
pela qual requer o deferimento da GRATUIDADE DE JUSTIÇA, com fundamento
no art. 98 e seguintes do Código de Processo Civil.

DOS FATOS E DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS

A genitora da requerente teve um relacionamento com Jean por


aproximadamente 01 ano e 05 meses.
Da união tiveram uma filha, GEOVANA VITÓRIA CAETANO
FABIANO, nascida em 10/03/2022, hoje com 05 meses, conforme certidão de
nascimento anexa.
O pai da criança nunca contribuiu com a pensão, faltando assim com
o compromisso oneroso, como também a falta do compromisso afetivo, com a
falta de sua presença na vida da criança dos quais a criança necessita, para ter
uma vida digna, e saudável.
Nesse diapasão, interessante fazer remissão ao artigo 227 da
Constituição da República:

Art. 227 - É dever da família, da sociedade e do Estado


assegurar a criança e ao adolescente, com absoluta
prioridade, o direito à vida, à saúde, ao lazer, à

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profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à


liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de
colocá-los a salvo de toda forma de negligencia, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.

O próprio Estatuto da Criança e do Adolescente estatui, em seu artigo


3º, que a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais à
pessoa humana, assegurando-lhes "todas as oportunidades e facilidades, a fim de
que se perpetre o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em
condições de liberdade e igualdade".

Nesse sentido Guilherme Gonçalves Strenger leciona:

Interesse do menor é princípio básico e determinante de todas


as avaliações que refletem as relações de filiação. O interesse
do menor, pode-se dizer sem receio, é hoje verdadeira
instituição no tratamento da matéria que ponha em questão
esse direito. Tanto na família legítima como na natural e suas
derivações, o interesse do menor é princípio superior. Em
cada situação cumpre ao Juiz apreciar o interesse do menor e
tomar medidas que o preservem e a apreciação do caso deve
ser procedida segundo dados de fato que estejam sob análise. 1

Com relação à obrigação alimentar, é possível vislumbrar seus


respectivos fundamentos na legislação Infraconstitucional. Relevante trazer à
baila o artigo 1.694, § 1º, bem como do artigo 1.696, todos do Código Civil:

“Art. 1.694 – Podem os parentes, os cônjuges ou


companheiros pedir uns aos outros os alimentos de
que necessitam para viver de modo compatível com
sua condição social, inclusive para atender às
necessidades de sua educação.

§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção


das necessidades do reclamante e dos recursos da
1
Strenger , Guilherme Gonçalves. Guarda de Filhos. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1991, p. 64.

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pessoa obrigada.

Art. 1.696 – O direito à prestação de alimentos é


recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os
ascendentes, recaindo a obrigação nos mais
próximos em grau, uns em falta de outros.”

Por fim, o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8.069/90,


acompanhando os avanços trazidos pela Constituição da República e observando
a doutrina da proteção integral, assim dispôs em seu artigo 22:

“Art. 22 – Aos pais incumbe o dever de sustento,


guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes
ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e
fazer cumprir as determinações judiciais.”

Tecidas tais considerações, a parte autora pugna pela concessão da


guarda do menor, bem como pela fixação de alimentos no percentual de 30%
(trrinta por cento) do salário mínimo vigente.
Diante de sua premente necessidade, a parte autora pugna pela
imediata fixação dos pertinentes alimentos provisórios, nos termos do art. 4º, da
Lei n. 5.478/68.

DOS PEDIDOS

Assim, por todo o exposto, requer:

a) A concessão dos benefícios da justiça gratuita;


b) A citação do requerido para, querendo, apresentar resposta, sob
pena de confissão e revelia;

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c) A fixação dos alimentos provisórios em favor do menor no


percentual de 30% (trinta por cento) do salário mínimo vigente, devendo os
valores serem pagos até o dia 10 de cada mês mediante recibo de pagamento e
sua conversão em definitivos;
d) A intimação do Ilustre representante do Ministério Público, a fim
de acompanhar o feito.
e) A condenação do requerido ao pagamento de custas e dos
honorários advocatícios.

DAS PROVAS

Protesta-se por todos os meios de provas admitidos no Direito, em especial a


prova documental.

VALOR DA CAUSA

Dá-se á presente causa o valor de R$ 4.363,20 (quatro mil, trezentos e


sessenta e três reais e vinte centavos).

Nesses termos,
Pede deferimento.

Ubá, 17 de novembro de 2022.

RUA LINCOLN RODRIGUES DA COSTA, Nº 165, BAIRRO BOA VISTA, UBÁ-MG


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EDNA VALÉRIA G. GAZOLLA CÔBO

OAB/MG 79.349

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