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Apresentação Escultores Pós Guerra
Apresentação Escultores Pós Guerra
Processos de trabalho
Descrição da obra e dos materiais, o que foi usado e o que isso significa
Leituras de fora
Primeiro, uma foto de seu estúdio, da maneira que foi deixado antes dele falecer em 1986.
Esse estúdio ficava em sua casa em Hertfordshire, um condado inglês próximo a
Londres.
2. Ossos e crânios
“Os ossos são a estrutura interna que a natureza usa para tanto leveza quanto força ... Nos
ossos você pode encontrar os princípios que podem ser muito importantes na escultura”
Então, ele tinha várias peças de ossos no atelier dele. Um exemplo de escultura em que é
nítida essa inspiração, é em Animal Head, de 1951 e em reclining figure também de 1951.
Imagens: https://www.tate.org.uk/art/artists/henry-moore-om-ch-1659/henry-moores-
sculptures.
Imagem: crânio de elefante no seu estúdio: https://www.tate.org.uk/tate-etc/issue-18-
spring-2010/his-darkened-imagination
Em animal head conseguimos ver muito bem o contorno dessa cabeça que parece ser de
um animal, com a abertura da boca, a cavidade dos olhos, e de uma pedra que realmente
lembra muito ossos.
Em reclining figure vemos a influência dos ossos, é uma escultura mais “magra” do que as
outras, dando esse destaque aos ossos mesmo, ao que está fortalecendo essa forma. Acho
interessante também a cabeça desse corpo reclinado, porque não parece humana, parece
até algo “antropomórfico”. A questão da cabeça: “A principal preocupação de Moore era a
figura humana. As cabeças, especialmente os olhos, são pontos focais em muitas
esculturas anteriores, expondo a verdade limitada da crítica, baseada em trabalhos
posteriores, de que suas figuras com "cabeças de alfinete" mostram falta de interesse pelo
rosto humano. Várias das máscaras de pedra fixadas na parede de 1927–30, inspiradas em
parte pela arte pré-colombiana, têm cavidades oculares profundas em forma de buracos
misteriosos.”
Imagens: https://www.tate.org.uk/art/artists/henry-moore-om-ch-1659/henry-moores-
sculptures
In his late 20s, in Paris, Moore encountered an aesthetic object that changed him in
a profound and meaningful way. It was a Chac-mool, a Pre-Columbian Aztec
sculpture of a reclining human figure. The figure’s demeanor and humanity inspired
Moore, and he embraced the form as something universal with which he could
work.
A escultura mexicana, assim que a encontrei, pareceu-me verdadeira e correta,
talvez porque imediatamente descobri semelhanças com algumas esculturas do
século XI que vira quando menino nas igrejas de Yorkshire. Sua "pedra", com o
que quero dizer sua verdade para com o material, seu tremendo poder sem perda
de sensibilidade, sua surpreendente variedade e fertilidade de invenção da forma e
sua abordagem a uma concepção tridimensional completa da forma, torna-a
insuperável em minha opinião por qualquer outro período de escultura em pedra.
4. Então como eu comentei, ele usava muito o aparato do desenho pra desenvolver
a obra, pra pensar em como transformar pedaços maciços de rocha, de pedras,
de mármore, de matérias que precisam ser muito bem pensados, porque depois
de esculpido, não tem voltar atrás, pra só depois esculpir as obras.
“Meus desenhos são feitos principalmente como uma ajuda para fazer esculturas
... como uma forma de separar ideias e desenvolvê-las”
Henry Moore OM, CH
Standing Figures 1940
Aqui temos esse desenho, que por si só já é uma obra de arte, mas dá pra ver muito
bem parte desse processo das esculturas, a mesma de vários ângulos, com essa
cavidade no meio, e parece ser uma escultura que lembra muito a Vênus de Milo,
que é uma escultura antiga, em pé e sem os braços.
Outra invenção dele que fez o uso dos desenhos prévios serem bastante
necessários, é que a partir de 1930, ele começa a fazer escultural que exploram
também a parte interna. Elas eram mais complicadas que as normais, então esse
apoio dos desenhos foi bem importante:
Henry Moore OM, CH
Drawing 1935 Este desenho mostra a forma, essa forma oval que engloba as duas
outras, e as de dentro estão sinalizadas com esse desenho preto dentro delas.
Throughout his career, Moore utilised a wide range of techniques and media,
such as line drawing and cross-hatching, gouache, chalk and crayon, to bring
two-dimensional forms to life, creating impressions of movement and radiance
and carving human forms from a sheet of paper in a similar fashion to the way
in which he carved expressive forms from slabs of stone. With these works on
paper, Moore was not drawing simply as an exercise. Instead, the artist was
drawing for ‘the pleasure of looking more intently and intensely’, emphasising
that these works on paper are not simply sketches, but instead illustrate
important stages in Moore’s development as a draughtsman and sculptor.
Moore once said, ‘Drawing from life keeps one visually fit – perhaps acts like
water to a plant – and it lessens the danger of repeating oneself and getting into
a formula’. Moore used his drawings to evolve pre-existing motifs, working
through different approaches and views, trying to find the most exciting display
in what developed into a Darwinian artistic process.
5. Rochas, pedras, conchas e madeira.
Outro material que inspirava ele, assim como os ossos, eram as conchas, ele
prestigiava muito esses materiais da natureza.
“Eu encontrei os princípios de forma e ritmo a partir do estudo de objetos naturais ...
conchas e rochas mostram a maneira da natureza de trabalhar a pedra”
É difícil dizer qual obra está relacionada especificamente com esse interesse/influência
dele, porque essas influencias estão muito entrelaçadas entre si e tem uma intersecção
muito grande, interessa na natureza, nas materiais naturais, na paisagem natural, está
tudo muito interligado. Em Four-Pice Composition: Reclaning Figure, vemos muito bem
conchas em grãos de areia, a escolha do material nos faz ter essa ideia.
Na obra, obra “Helmet Head and Shoulders”, ao mesmo tempo que lembra uma concha, o
tratamento dessa pedra, também lembra o casco de uma tartaruga, por exemplo, mas
pelo títilo, também pode nos lembrar alguma escultura da antiguidade, e ao mesmo
tempo disso tudo, ainda é uma releitura moderna e orgânica das esculturas de busto
clássicas.
ele passou a acreditar que 'escultura em pedra deve ser parecida com pedra, dura e
concentrada. Fazer a pedra parecer carne e sangue, cabelo e covinhas é descer ao nível do
mágico de palco.
Às vezes, por vários anos consecutivos, estive na mesma parte da costa - mas a cada ano
uma nova forma de seixo chamou minha atenção, que no ano anterior, embora estivesse
lá às centenas, eu nunca vi. Dentre os milhões de seixos que passaram ao caminhar ao
longo da costa, escolho ver com entusiasmo apenas aqueles que se encaixam em meu
interesse pela forma existente na época. Uma coisa diferente acontece se eu me sentar e
examinar um punhado, um por um. Posso então estender mais minha experiência com a
forma, dando à minha mente tempo para se tornar condicionada a uma nova forma.
PEDRAS:
PROCESSO:
I like pushing at the soft material of clay, but I’m happier when I use a hammer and chisel. The
hardness of stone, and the resistance it gives you, can give you a kind of force and a power because
you are fighting the material. And the material gives back some strength, like a kettle with a lid on will
give you a feeling of power, whereas an open pan just left with no lid and boiling gives you no sense
of power. Well, the same thing happens with the carving of stone.
Ele carrega muito com ele as paisagens campestres da Inglaterra que ele cresceu vendo,
zona rural de Yorkshire.
“Em Yorkshire, em Adele Woods, nos arredores de Leeds, havia uma grande rocha entre
muitas que chamei de Adele Rock. Isso me influenciou um pouco. Para mim, foi o primeiro
grande e desolado pedaço de pedra colocado na paisagem, cercado por maravilhosas
árvores pré-históricas retorcidas. Não tinha característica de reconhecimento; nenhuma
cópia da natureza - apenas uma forma poderosa e sombria. Muito impressionante.” – aqui
um relato dele, de como ele se impressionada com paisagens com rochas e como isso foi
poderoso pro trabalho dele depois. Ele inclusive tem uma escultura, que fica em cima de
uma colina (Artist Henry Moore’s sculpture Large Reclining Figure )
As obras dele tem essa ideia de 1º poderem tranquilamente serem postas ao meio de uma
paisagem natural e se encaixarem bem ali e 2º que mesmo em um meio urbano, essas
esculturas lembram por si só paisagens, principalmente paisagens montanhosas,
campestres, pelas relevos e formas orgânicas das esculturas.
Two Piece Reclining Figure No.3 1961, cast date unknown
Sobre a imagem: É outra figura reclinada, mas as peças separadas que compõem a
escultura não se parecem com partes do corpo humano. Os joelhos dobrados parecem um
penhasco íngreme e o corpo se parece um pouco com uma caverna em uma encosta. Até a
cabeça pode ser uma árvore no topo de uma colina redonda. Mas dispostos juntos, eles
parecem uma figura deitada. Desta forma, Henry Moore encontrou uma forma de vincular
o corpo humano à paisagem. Não apenas se inspirou na paisagem, Henry Moore fez
muitas de suas esculturas para cenários paisagísticos. Ele sentiu que as características
naturais da paisagem definiriam como suas esculturas são vistas. Embora agora seja
geralmente visto em uma galeria - na Tate Britain - a Figura Reclinada 1938 foi
encomendada para o terraço de uma casa modernista na zona rural de Sussex. A escultura
seria vista ao lado das colinas de South Downs (uma grande área de belas paisagens no sul
da Inglaterra). A forma curva da figura ecoava a forma ondulante das colinas. Henry Moore
disse: "minha figura olhou através de uma grande extensão dos Downs e seu olhar se
reuniu no horizonte ... tornou-se um mediador entre a casa moderna e a terra sem idade".
Até 1950, ele tem essa temática e estética bem restrita, não limitada, mas retrita, um trabalho
bem fechado, se limitando principalmente a entalhar e esculpir os materiais com um alto grau
de acabamento. Já as esculturas de um período mais surrealista do Moore referem-se a figura
humana, formas de animais, de pedras e de ossos. O resultado dessas obras surrealistas, como
eu disse antes, é não saber exatamente qual o tema dela, cabiam a essas peças muitas leituras.
Não era um artista urbano, pelos materiais naturais e pelas obras que se referiam à natureza. É
interessante, porque é um trabalho modernista, que na verdade dá as costas à modernidade.
Ele olha muito mais pro meio rural, do que pro meio urbano.
“It is jelly-like, and gives the sense of a soft object created in a hard material –
seeming to contradict the artist’s much discussed belief in ‘truth to materials’.” –
sobre trabalho em geral.
Obra: Stones in a Landscape 1936
https://wahooart.com/Art.nsf/O/8EWJCN/$File/Henry-Moore-Stones-in-a-landscape.JPG
A partir de certo momento da carreira, ele deixa de usar os desenho só de suporte das
esculturas e começa a fazer desenhos em uma linha mais surrealista. Em Stones in a
Landscape 1936, Enquanto as pedras se assemelham a formas que ele poderia ter
feito na escultura, seu ambiente e a luz penumbral, que são irrealizáveis na
escultura, criam um efeito monstruoso. Moore compartilhou a imaginação obscura do
surrealismo na sombra da guerra, mas trouxe-o à vida de uma forma altamente
pessoal.
Bônus: Roubo de Reclining Figure, uma grande escultura de bronze de Moore que
aconteceu em 2005. A escultura era considerada uma das obras mais importantes
do modernismo britânico, mas o que chama atenção para o roubo é o peso da obra.
Pesava mais de duas toneladas e media 3 metros e 60 cm, então foi um roubo
profissional, de uma escultura que na época custava 3 milhoes de euros. Medo:
pudesse ter sido confundida com seu valor de sucata, que era inferior a £ 3.000. Os
preços da sucata estavam disparando, impulsionados pelo boom da construção no
Extremo Oriente, e suspeitava-se que isso havia desencadeado a recente onda de
roubos de esculturas e placas de bronze em grande escala. É o que se acredita ate
hoje.
“The whole of nature is an endless demonstration of shape and form.”
Moore created work based upon the relationship the human body shares with the
larger natural world.
Henry Moore was a believer in the power of material truth, it is a reference to how well
an object represents the qualities of the resource from which it is made.
He explored reclining figures throughout his career, returning to it over and over again
as the basis for discoveries about volume and space. Today, Moore’s reclining figures
can be found the world over, in sculpture parks, nature spaces and museums on six
continents.
The majority of Moore’s Reclining Figures were abstract. He continually reduced the
shape of the human figure to its essential elements then abstracted them to resemble
shapes found in nature. His biomorphic, abstracted reclining figures seemed analogical
with the natural landscape, inspiring many to find humanistic messages in them.
Though he preferred to talk as little as possible about his work’s meaning, this
interpretation fits in well with Moore’s philosophy of the interconnectedness of art,
humanity and nature.
He also challenged perceptions of volume and space by pulling the figures apart into
collections of loosely affiliated forms that, separately, were abstracted, but when placed
together hinted at a human form.
GUERRA:
At the height of Moore’s productivity World War II broke out and he was enlisted as a
war artist. He created a series of drawings documenting citizens huddled in masses in
the underground during bombing raids. The drawings capture the fear as human forms
cocoon themselves in a shelter, and then cocoon each other in piles of huddled bodies.
After the war this idea, of one form being protected within another, manifested
everywhere in his sculptures. He produced multiple works titled Mother and Child,
some evoking a child within the form of the mother, and others showing two forms
separate, but huddling together. He also explored this idea with a series called Helmet
Head, creating helmet forms that sometimes held nothing but empty space, and other
times contained secondary forms protected within them. These protective sculptures
use mass and the space around it as their subject. In a formal sense they examine the
fullness and the emptiness of space. In a humanist sense they demonstrate our most
basic reality: the need for safety.
Moore’s big idea was always humanity; a point most evident when considering his
public sculptures, which today exist in 38 countries. Moore intended for them to be
touched, climbed on, explored and inhabited. They exist for all of our senses. Moore
once said, “Our knowledge of shape and form remains, in general, a mixture of visual
and of tactile experiences... A child learns about roundness from handling a ball far
more than from looking at it.” From Moore’s work we do learn about roundness, and
about materiality, form, space and many other formal, tactile things. But we also learn
something more important: something about our interconnectedness with the
landscape, with each other, with nature and with ourselves.
Sobre seu trabalho:
‘I feel that I can best express myself, that I can best give outward form to certain inward feelings or
ambitions by the manipulation of solid materials – wood, stone, or metal. The problems that arise in the
manipulation of such materials, problems of mass and volume, of light in relation to form and of volume in
relation to space, the problem of continually learning to grasp and understand form more completely in its
full spatial reality, all these are problems that interest me as an artist and which I believe I can solve by
cutting down, building up or welding together solid three-dimensional materials.’
Henry Moore, ‘The Sculpture in Modern Society’, lecture to Unesco, published in 1954
During the 1930s, Moore's most fruitful and experimental decade, he was influenced by
both Constructivism and, to a much greater extent, Surrealism. From the former he
came to appreciate the importance of abstract form, from the latter he derived much of
his interest in lending a human and psychological dimension to his sculpture. But
Surrealism also shaped his mature style. It encouraged his love of biomorphic forms,
and also suggested how the human figure could be fragmented into parts and reduced
to essentials.
Biografia muito boa e completa: https://www.theartstory.org/artist/moore-henry/life-and-
legacy/#nav
“Quando um arquiteto me pede para encontrar ou fazer uma escultura para combinar com seu
prédio, nunca fico muito entusiasmado com isso. Eu sei que haverá problemas. Toda
arquitetura é geométrica com linhas horizontais e verticais dominantes, e essas são tão
insistentes que, se qualquer escultura assimétrica for colocada com ela, você encontrará em
algum lugar essas linhas perturbadoras muito evidentes no fundo. Na verdade, a geometria do
edifício é tão insistente que encontrar uma posição distante o suficiente para que a escultura
tenha sua própria escala ou presença pode ser impossível.”
IMAGEM: https://www.tate.org.uk/art/research-publications/henry-moore/sebastiano-
barassi-and-james-copper-henry-moore-and-stone-methods-and-materials-r1151462#fn_1_11
RICHARD SERRA
Então o Richard Serra é o último artista desta lista de escultores pós-guerra, que nós
organizamos por data de nascimento. Ele nasceu em 1939 e hoje tem 82 anos. É curioso,
porque enquanto o Henri Moore passou por 2 guerras, quando Richard Serra ainda é
criança, a segunda guerra já acabou (ele nasceu em 39, a 2GM acabou em 1945, ele
tinha 7 anos). Mas eles são agrupados neste de grupo de escultores pós guerras juntos,
mesmo tendo vivenciado guerras diferentes, talvez o melhor nome fosse escultores
“entre guerras”.
Biografia
Richard Serra nasceu em 1939 em São Francisco, Califórnia nos Eua e ele é um dos
artistas mais importantes do século XX.
Seu desejo inicial era estudar literatura, veio de uma família humilde, precisou trabalhar
desde cedo. Esse fato tem bastante influência em sua obra, porque desta necessidade
de trabalho, ele precisou trabalhar em fábricas, indústrias, e nesses locais que ele tem
esse primeiro contato com os materiais que depois vao ser centrais na obra dele: o ferro,
o aço.
De 1961 a 1964 foi aluno de Josef Albers na Yale school of arts and architecture. Como
aluno, começou a fazer a pinturas totalmente abstratas, gigantes, agressivas. Viaja a
Europa, com uma bolsa de estudos da Fulbright Fundation e a partir dessa viagem,
começa a fazer esculturas e deixa de lado a pintura e a literatura.
Fonte: Richard Serra – The destruction of Tilted Art: Documents, London, 1991, p. 65
Usar para abrir os slides. Então, trecho expressa essa vontade de assim como
praticamente todos os outros artistas modernos, mudar a maneira como a arte era vista,
mudar a relação do espectador com a arte. Isso é algo que ele e Moore tem em comum,
pois eles têm muitas obras em espaços públicos, e essas esculturas, “habitando” um
espaço público, agregam um valor político, de democratização dessa obra.
Mesmo muito depois de Serra deixar São Francisco, estudando arte na UC Santa Bárbara
e Yale, ele disse: “Não estou interessado na noção de que a arte serve a alguma coisa. A
arte é inútil, não é útil.” A ironia dessa afirmação é que a arte de Serra foi de fato uma
coisa bastante útil. Para ele, tem sido útil em um nível prático, ajudando-o a ganhar a
vida. E, além de seu valor estético, o trabalho de Serra estimulou uma conversa global
sobre o papel da arte nos espaços públicos. Sem a formação utilitária de Serra, ele nunca
teria desenvolvido as habilidades necessárias para criar seu trabalho. E, por meio de seu
trabalho, ele redefiniu para muitas pessoas o que significa útil.
Retirado do trabalho Richard serra de ana beatriz britto. Pag 95
Em entrevista com Peter Eisenman em 1983, quando perguntado sobre a
reoresentação... diz que é o abandono do pedestal...:
- 7 plates, 6 angles
Serra explora o espaço completo, o chão, o teto, os cantos, o centro, o espaço aberto
(em obras dentro de lugares). Como em 7 plates, 6 angles
- Cycle, 2011
- EAST – WEST / WEST – EAST, 2008
- VERB LIST,
Este é um trabalho que Serra põe em prática também o que estudou em literatura. No
século 20 os artistas tinham também uma necessidade de desenvolver os pensamentos,
defender as obras que produziam, e como a obra de Serra era uma das que causavam
certa incompreensão, ele sentiu que precisava fazer um trabalho de fosse escrito. Então,
Serra esmiúça a palavra e faz esse trabalha de influência clara construtivismo. Ele
escreve 108 verbos. Esta lista é considerada um desenho formal ou até um esquema
conceitual. Se pode pensar também certa influência de Duchamp nesse trabalho,
pensando que esses vermos funcionariam como um ready-made, os verbos foram
apropriados pelo serra para criar essa forma no papel. E todos esse são ações
performativas que depois o serra vai performando nos processos das obras dele.
- House of cards, 1969,
por exemplo, trabalha com o verbo sustentar. É um jogo de peso, de gravidade, as partes
dessa escultura não tem nada conectando elas, elas ficam da maneira que estão porque
todas tem o mesmo peso, então ela brinca com essa ideia de sustentação, por que a
qualquer minuto, essa obra pode se desfazer, ela está sempre em tensão, mas mantém
o equilíbrio, eu fiquei pensando em como deve ser estar perto dessa escultura, porque
enquanto ele tem essa vontade de nas esculturas de maior dimensão, as pessoas
poderem tocar, andar, circular pela escultura, principalmente as que estão na rua, essa
pelo contrário já nos dá certo medo de chegar perto, fazer um vento, correr em volta
etc. essa também é pra ser analisada, mas de maior distância me parece.
- WALKING IS MEASURING
FILMES:
Pág 77/78 de Richard Serra: Escultura, da ana beatriz r. brito
Processos do trabalho