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Bloco de revisão
CAPÍTULO 02 Consta todas as alterações sofridas pelo dese-
nho, quem autorizou, quando foi modificado e
DESENHOS DE AERONAVES etc.

Lista de materiais
DESENHOS
Contém todos os itens utilizados na confecção
Método de transposição de ideias. do projeto, quantidades e PN (Part number =
código de barras) dos itens.
Plantas
Extensões
Elo entre o engenheiro que construiu a aerona-
ve e os mecânicos que mantem e consertam a Para um mesmo item com outras vistas, utili-
aeronave. zamos extensões.

Desenhos de trabalho
Numeração
São desenhos instrucionais e informativos a
mecânicos, podem detalhar uma peça individu- Agiliza e facilita a identificação de um desenho.
al, um conjunto ou até mesmo a instalação do
conjunto na sua posição final na aeronave. Zoneamento

Desenhos de detalhes Praticamente um sistema de coordenadas geo-


gráficas só que com números e letras (como o
Detalha uma peça em especifico, por exemplo, mapa de são Carlos). Por Ex: H 6, Y 15, facilita
um parafuso, diâmetro, números de fios de a busca por peças e componentes da aerona-
rosca, formato da cabeça, comprimento, ou ve.
seja, tudo sobre o parafuso.
Marcas de acabamento

Desenho de conjuntos Indicam acabamento por máquina. Ex: fresa,


retifica, torno.
Detalha mais que um item ou característica, por
exemplo, o trem de pouso, mostra o munhão, Tolerâncias
tesoura de torção, shimmy, flanges, suportes e
tubulações hidráulicas, ou seja, detalhou mais Indica a margem de erro para mais ou para
que um item. menos. Ex: 30 cm com tolerância de + ou – 2.
Pode ser 32 cm ou 28 cm.
Desenhos de montagem
Linhas de cota
Mostra as mesmas informações do desenho de
conjunto, só que instalado na sua posição final Emprega dimensão ao item. Comprimento,
na aeronave. largura, altura, profundidade, diâmetro, área,
chanfro, raio. Sempre precedido da unidade de
Vista de detalhes medida: mm, cm, polegadas.

Vista ampliada, (como se tivéssemos dado um Linhas de centro


zoom) enfatizando uma vista em especial (fron-
tal, lateral, Inferior). Definem se um item é simétrico ou assimétrico.

Bloco de títulos Hachuras

RG do desenho, localizado no canto inferior Indicam qual o material utilizado na confecção


direito, contém todas as informações de rastre- de uma peça. Ex: aço, alumínio, madeira.
abilidade e normatização.

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Simbologia Normalmente o peso vazio da aeronave é de-


terminado na época da homologação da aero-
Símbolos elétricos, hidráulicos, pneumáticos, nave pelo próprio fabricante.
são usados para informar e comunicar mais
conteúdo ocupando menos espaço aos mecâ- Com exceção da pesagem feita na homologa-
nicos. ção, as aeronaves podem ser repesadas duran-
te uma revisão geral, reparos estruturais e
Desenhos pictoriais acréscimo de materiais a estrutura.

Semelhante a uma fotografia, mostra como a Num lote de dez aeronaves o fabricante pode
peça é realmente. pesar uma e usar de média para as demais
aeronaves (9).
Projeção ortográfica
A teoria do peso e balanceamento é baseada:
Mostra o mesmo item por várias vistas diferen- Na teoria da alavanca.
tes (frontal, superior, lateral direita, lateral es-
querda, inferior e traseira). Seis vistas. A distância de um objeto ao fulcro (que age
como cg e como plano de referência coinciden-
Diagrama esquemático temente) denomina-se Braço da alavanca (uni-
dade de medida Polegadas = Inc = In).
Mostra o funcionamento de um sistema em
particular da aeronave. Ex: esquemático de O peso é representado pela unidade de medida
funcionamento do motor. Por onde o ar entra, é libras (Lb).
misturado com o combustível e etc.
Torque = momento torçor = efeito de rotação.
Diagrama de instalação

Mostra a localização dos itens da aeronave


geral ou de um sistema em particular. Um peso mais leve colocado mais distante do
fulcro equivale a um peso maior próximo ao
Esboço fulcro.

Desenho simples, sem grande riqueza de deta- Os dados de peso e balanceamento podem ser
lhes. Usado normalmente quando é necessária encontrados nos seguintes locais:
uma substituição de peças.
Especificações da aeronave; Limitações opera-
Microfilme cionais da aeronave; Manual de voo da aerona-
ve e; Registro de peso e balanceamento.
Ato de catalogar peças. Facilita e preserva o
desenho durante uma estocagem ou armaze- O plano vertical imaginário a partir do qual to-
nagem das as medidas são tomadas é a definição de
plano de referência.
CAPÍTULO 03
Não existe uma regra para a localização do
PESO E BALANCEAMENTO DE P.R, o fabricante define seu posicionamento.
AERONAVES
Braço é a distância horizontal de um objeto com
relação ao plano de referência.
O objetivo principal do peso e balanceamento
é: Segurança. Tomemos como exemplo uma aeronave que
possui plano de referência no meio da fusela-
O objetivo secundário da pesagem e balance- gem, todo “braço” sentido cauda da aeronave, é
amento das cargas é o aumento da eficiência precedido do sinal (+) e todo “braço” sentido
do voo, como economia, manobrabilidade e nariz da aeronave é precedido do sinal (-). Caso
conforto. o objeto esteja exatamente sobre o plano de
referência deverá ser nulo (0).

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Momento = Peso X Braço
COMBUSTÍVEL MÍNIMO
Centro de gravidade (CG) Valor mencionado nas especificações de P.B
Ponto de distribuição dos pesos. Peso onde com relação ao funcionamento dos motores em
nariz pesado e cauda pesada são iguais em situações extremas.
magnitude.
EX: Motor de 700 HP, terá um combustível
Centro de gravidade de peso vazio CGPV mínimo de 350 Lbs.
CG da aeronave utilizado para futuros cálculos.
ÓLEO TOTAL
CG operacional Quando é impossível efetuar a drenagem do
CG da aeronave pronta para voo (carregada). óleo, completa-se o reservatório, efetua-se a
pesagem e subtrai este valor da leitura final.
A diferença entre os limites dianteiros e trasei-
ros do CG é a definição de passeio do CG. TARA
Equipamentos extras utilizados na operação de
O Passeio do CG é a tolerância com relação ao pesagem: calço, balanças, deve ser subtraído.
posicionamento do CG.
TERMOS ESPECÍFICOS DE P.B
Peso Vazio
Inclusos itens de localização fixa. Fluidos hi- L (avião), A (Anfíbio), S (hidroavião), LO/LOD
dráulicos residuais que não podem ser drena- (planador), H (helicóptero). Número de moto-
dos também estará incluído nesta medição. res: monomotor (1 motor) bimotor (2 motores)
trimotor (3 motores) quadrimotor (4 motores). P
Peso máximo (convencional, pistões) J (jato, a reação) e T
(turboélice). Dessa forma: L1P significa (avião,
Máximo de bagagens, tripulantes, cargas, com- monomotor a pistão).
bustível somado ao peso vazio.
Procedimento de pesagem
Carga útil Preparar equipamentos e acessórios, efetuar a
Subtração do Peso vazio do peso bruto máximo atividade em hangar fechado para evitar leitu-
permissível. Interfere na rentabilidade da em- ras incorretas mediante a correntes de vento
presa. que podem causar interferências.

Quanto maior a carga útil, maior a rentabilida- Com padrões de umidade relativa e vento den-
de. tro dos limites aceitáveis pelo fabricante a pe-
sagem poderá ser realizada ao ar livre
Meios de nivelamento
Marcas de referência no solo, escalas especiais Calculando-se todos os pesos e todos os mo-
e níveis de bolha. mentos, aplica-se a fórmula de localização do
CG = Momento total / peso total. A unidade de
Pontos de pesagem medida do CG será em polegadas devido a sua
Normalmente as partes apoiadas sobre as ba- localização com relação ao plano de referência.
lanças (trens de pouso). Neste caso como exemplo, 79756 / 1383 =
Outros pontos como a longarina principal (ponto 57,67’’.
de macaqueamento da aeronave), também são
considerados potenciais pontos de pesagem. Se os limites extremos do CG ou seu “passeio”
for ignorado, sérios problemas com a estabili-
Peso combustível zero dade e controle da aeronave serão encontra-
Peso máximo da aeronave totalmente carrega- dos.
da sem o combustível.
Por exemplo: capacidade total da aeronave = LASTROS
15.000 toneladas. Após a drenagem do com-
bustível, encontra-se = 10.000 toneladas. Con- Removíveis (instalados periodicamente para
siderando que esta aeronave tenha dois tan- suprir uma necessidade de balanceamento –
ques de combustível, quanto comporta cada normalmente instalados no compartimento de
tanque? carga) e Lastros permanentes (permanente-
R: 2.500 toneladas cada tanque.

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mente instalados na aeronave – coloração ver- Coloração:
melha, faz parte do peso vazio.
Coloração Mistura Pobre Mistura Rica
Cartas de carregamento e envelopes de CG Vermelha 80 87
Azul 91 96
Verde 100 130
Método rápido e prático para determinação do
Púrpura 115 145
CG e de balanceamento da aeronave. Ferra-
menta utilizada pelos DOV’S nas companhias
aéreas.
O número de octanas, determina o valor antide-
tonante da mistura do combustível e a qualida-
Kit eletrônico de pesagem
des antidetonantes do combustível de aviação
são identificadas por graus, quanto maior o
Envolve as ferramentas mais comuns para
grau maior compressão o combustível poderá
balanceamento da aeronave: réguas gradua-
suportar:
das, níveis de bolha, higrômetros, prumos.

CAPÍTULO 04
COMBUSTÍVEIS E SISTEMAS DE
COMBUSTÍVEL
Obs. 1º grau indica mistura pobre e a 2º grau
COMBUSTÍVEIS indica mistura rica.

Composto basicamente de hidrocarbonetos


(hidrogênio + carbono), ou seja, possui energia Volatilidade
química, através do processo de combustão Vaporização de um fluido, quanto mais rápido
libera energia térmica e é convertida em ener- ele evapora, mais volátil ele é.
gia mecânica pelo pistão, biela, eixo de manive-
las. Calço de vapor
Vaporização do combustível na tubulação de
Estado físico admissão antes de chegar aos cilindros.

 Sólido (carvão, madeira) Detonação


 Gasoso (gnv, glp) Combustão anormal (antes da hora).
 Líquidos (voláteis – álcool, gasolina, quero-
sene / não voláteis – óleos pesados – die- Pré-ignição (Ignição de superfície)
sel) Ignição antes da hora adequada causadas por
pontos quentes na cabeça do pistão.
TEL (tetraethyl lead)
Pureza do combustível: agua, ferrugem.
Melhora a performance do motor, ou seja, ga-
rante que a octanagem seja mantida nos pa-
drões reais. IDENTIFICAÇÃO

Combustíveis aromáticos  JET A (querosene puro)


 JET A1 (querosene puro para baixas tem-
Hidrocarbonetos – aumenta a gama de mistura peraturas)
rica.  JET B (gasolina + querosene)
 AVgas (gasolina de aviação)
Octanagem: Grau de resistência a compressão.

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SEDIMENTOS Válvula Seletora
Cross feed
 Finos (abaixo de 10 mícron) Seleciona qual tanque ou motor deverá ser
alimentada pelo tanque de combustível.
 Grosseiro (abaixo de 40 mícron até 10 mí-
crones) INDICADORES DO SISTEMA DE
COMBUSTÍVEL
 Impureza sólida: acima de 40 mícron
Indicador de quantidade de combustível (Liqui-
dômetro)
Desenvolvimento microbial
Só se desenvolve quando houver umidade, Indicador de fluxo de combustível (fluxometro)
removendo-se a umidade, remove-se a possibi- vazão = do tanque A para o tanque B.
lidade de proliferação dos micróbios.
Sistema de combustível para aeronaves multi-
Controle de contaminação motoras: alimentação cruzada.
Agulha hipodérmica / pó revelador.
Alijamento de combustível
Válvula de alijamento é utilizada para descartar
SISTEMA DE COMBUSTÍVEL combustível, caso o peso máximo para pouso
exceda o peso real da aeronave.
 Tanques
 Bombas Segurança
 Linhas O motor da aeronave sempre deverá ser desli-
gado, cortando-se o fluxo de combustível.
 Válvulas
 Indicadores

Tanques e células do combustível CAPÍTULO 05


células de borracha / câmaras soldadas / inte-
gral (asa molhada). TUBULAÇÕES E CONEXÕES
LINHAS E FILTROS Tubulações – conduzem fluidos para um siste-
ma especifico da aeronave.
Linhas (alumínio)
Transferência de combustível. São mangueiras sintéticas:
Filtros Buna N: resistente a produtos a base de petró-
Retém impurezas, fica localizado na parte mais leo, não é utilizado em fluidos hidráulicos (Ski-
baixa do sistema. drol).
A bomba primer só deverá ser utilizada durante Neoprene: Possui melhor resistência abrasiva,
a partida da aeronave, para facilitar a partida. não é tão boa para derivados de petróleo como
a Buna N e não pode ser utilizada em fluidos
A bomba auxiliar (booster) hidráulicos (Skidrol).
Pode ser chamada de reforço, recalque, ou
booster pump, tem como finalidade eliminar a Butyl: Feita a base de petróleo bruto é excelen-
formação de bolhas de vapor. te para Skidrol e não pode ser utilizada para
derivados de petróleo.
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO
Teflon: Opera em extensa gama de temperatu-
Por gravidade (pequenas aeronaves) ras, é compatível com quase todos os tipo de
Por pressão (grandes aeronaves) substâncias e oferece pouca resistência ao
fluxo, materiais viscosos e pegajosos não ade-
As bombas de combustíveis mais utilizadas rem ao teflon.
possuem formato de aletas rotativas.

Básico - Resumo Page 5


A identificação inclui: Nome do fabricante ou
marca registrada, código SAE e condições físi-
cas da tubulação.

Usadas para conectar partes móveis com par-


tes estacionarias, utilizada onde existe vibra-
ções, ou grande flexibilidade for necessária.

As linhas de fluido são identificadas em códigos As conexões flangeadas consistem em um tubo


de cores, palavras e símbolos geométricos: e uma porca, sendo necessário o flangeamento
do tubo antes da instalação.

Há três modelos: AC (Air Corps) NA (Army


Navy,que vem substituindo a AC) e MS (Military
Standart).

A diferença entre elas são as golas (NA tem


gola e rosca até o final e a AC Não possuem
esta gola.

Tubulação rígida As conexões flangeadas são feitas de liga de


Alumínio, ligas de alumínio, cobre (alto teor de alumínio, aço e cobre.
fadiga), ligas de aço.
As conexões NA de aço são da cor preta e as
Tubulação flexível de alumínio são de cor azul.
Mangueiras de teflon, butyl, neoprene, buna-N, As conexões sem flange consistem em um
buna-s entre outras. corpo, uma luva e uma porca.

Quando for necessário um reparo, manter as As conexões flexíveis (friso e braçadeira ou


configurações iniciais (mesmo material ou si- estampada) são utilizadas em sistema de baixa
mular: resistência igual ou maior que a original). pressão, ex: tubulações de óleo, ar refrigerante,
etc.
Todas as falhas devem ser estudadas com a
finalidade de descobrir a origem da pane. São processos de formação de tubulações:
corte dobragem, flangeamento e frisamento.
Tubulação de aço resistente à corrosão é usa-
da praticamente exclusivamente em tubulações O corte deve ser realizado com arco de serra
hidráulicas de alta pressão (acima de 3.000 (32 dentes por polegada) ou por um cortador
P.S.I). manual (usando uma lima para a remoção das
rebarbas do tubo).
Para testar a dureza utilizamos uma lima, ris-
cador ou imã. Imã é o método mais fácil de O tubo deve ser cortado 10 % a mais do tubo
identificação na diferença entre o aço inox ferri- que vai ser substituído, para evitar uma varia-
tico e austenítico. ção a menos durante as dobras.

Os austeniticos não são magnéticos. Na dobragem de um tubo, uma curva suave e


sem achatamento são os principais objetivos.
Ligas de alumínio 1100 ou 3003, são de uso Esta dobragem é feita com um dobrador manu-
geral para fluidos sob baixa pressão (dutos de al que dobra tubos de ½ até 1” 1/2(para ter a
ventilação). dobragem perfeita é necessário coincidir o zero
do bloco radial com a marca da barra corredi-
2024-T ou 5052-O, usados em sistema de mé- ça.). As curvas devem ser vincadas ou achata-
dia pressão, em torno de 1000 a 1500 p.s.i. das.
Ocasionalmente podem ser utilizados em sis-
temas de alta pressão (3.000 p.s.i).

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CONEXÕES Tubos de ½’’ a 1 ½’’ podem ser dobrados com
uma ferramenta manual.
São conexões:
Flanges
 Flangeadas (macho + fêmea) Simples e duplos.
 Conexões sem flange
 Friso e braçadeira Flanges aeronáuticas possuem ângulo de 35 a
 Estampadas. 37°. Flanges automotivas = 45°.

Reparos nas linhas


Os tipos flangeadas, sem flange e estampadas Arranhões ou cortes com menos de 10% da
podem ser usadas como conectores em qual- espessura das paredes do tubo, podem ser
quer tubulação sem restrição de pressão. So- reparadas, desde que não haja dobras nas
mente a friso e braçadeira possuem limitações. curvas.

As conexões AC estão sendo substituídas pela Teste após a montagem


A.N e MS (maior firmeza, rigidez e segurança). Obstrui-se uma das extremidades e na outra,
insere-se fluido sob pressão adequada para
MS cheque de vazamentos e vedação.
Military standard (maior firmeza e confiança)
são chamadas de conexões sem flange. O teste deve ser realizado por no mínimo 30
segundos.
I.D
Diâmetro interno (tubulações e conexões flexí- Linha de identificação
veis) / O.D – diâmetro externo (tubulações e Nas tubulações flexíveis, são usadas para iden-
conexões rígidas). tificar torção ao longo da linha.

Acoplamentos de desconexão rápida Uma mangueira nuca deve estar esticada entre
São dispositivos de rápido engate que não ne- duas conexões. Uma folga deve existir, nor-
cessita de ferramentas para usa instalação. malmente entre 5 a 8% de seu comprimento.
Usados em áreas que requerem desconexão
frequente. Pontos de fixação = a cada 24 polegadas =
braçadeiras ou suportes.
Processo de formação de uma tubulação
 corte Selantes
 dobragem Nunca devem ser aplicados, causam obstru-
ções.
 flangeamento
 frisamento.
CAPÍTULO 06
Corte
Cortar o tubo sempre com um pouco de sobra, MATERIAIS DE AVIAÇÃO E PROCESSOS
em torno de 10% do comprimento do tubo, para
garantir a tolerância de material a ser perdido São identificados pelo número de identificação
na dobra. Se não houver um cortador de tubos, (Part Number) ou nome do fabricante.
pode-se utilizar uma serra de 32 dentes por
polegadas. Normalmente são identificados pelas letras
NAS, NA e MS seguidas de números.
Dobragem
Através de uma ferramenta apropriada, é a arte Os prendedores rosqueados (parafusos) são
de se efetuar uma curva suave sem achatar o dispositivos de fixação que permitem seguran-
metal. Tubulações com ¼ de diâmetro ou mais ça e rapidez na união de peças.
necessitam do uso de ferramentas apropriadas
(abaixo de ¼’’ pode ser dobrado com as mãos). Existem dois tipos de parafusos

Comuns (bolt), que se colocam quando há ne-


cessidade de uma grande firmeza e os que são
usados somente para juntar duas ou mais pe-

Básico - Resumo Page 7


ças sem precisar de grande rigidez que são
chamados de rosca soberba (screw). Os parafusos tipo AN podem ser identificados
pelo código na cabeça.
Este tipo de parafuso é auto freno e com trepi-
dação, ele automaticamente se afrouxa. A marca geralmente indica o fabricante, o ma-
terial de que é feito e se é um tipo AN padrão
Existe também outra diferença entre eles: o ou um parafuso para fim especial.
parafuso comum tem as pontas comuns (faces
paralelas) e a de rosca soberba que tem as Um parafuso AN padrão é marcado com riscos
pontas rombudas. em relevo ou com asterisco; o aço resistente à
corrosão indicado por um simples risco; o de
Quando houver necessidade de se substituir liga de alumínio AN é indicado por dois riscos
qualquer dos dois tipos de parafusos sempre opostos.
devemos alterná-los pelo original.
Os parafusos NAS de tolerância mínima são
Os parafusos e as porcas são também fabrica- marcados com um triangulo riscado ou rebai-
dos com rosca esquerda. xado.

Os parafusos e as porcas de rosca direita têm Os parafusos que receberam inspeção magné-
seu aperto no sentido dos ponteiros do relógio, tica (magnaflux) ou por meio fluorescentes
e o da esquerda no sentido inverso. São classi- (Zyglo) são indicados com as letras MF na ca-
ficadas como RH e LH respectivamente. beça ou cor laranja na cabeça.

Os parafusos especiais são identificados de um PORCAS DE AERONAVES


modo geral com uma letra “s” estampada na
cabeça. As porcas usadas em aviação são feitas de
diversos tamanhos e formatos.
Os parafusos AN são encontrados em três
estilos de cabeça: Elas são fabricadas de aço carbono, banhado
em cádmio, aço inoxidável e podem ser de
 Hexagonal rosca direita ou esquerda.
 Clevis
 Com olhal. Elas podem ser divididas em dois grupos:
 Comuns
Os parafusos de cabeça hexagonal são usados  Auto freno
em estruturas ou áreas que envolvam cargas
de tensão e de cisalhamento. Comuns são aquelas que devem ser frenadas
por um dispositivo externo com contra-pino,
Os parafusos e as porcas de liga de alumínio arame de freno ou contraporcas; e se classifi-
não são usados quando tiverem que ser remo- cam em: lisa, castelo, sextavada lisa e hexago-
vidos repetidamente por serviços de manuten- na.
ção e inspeção.
A porca castelo é usada com parafusos com
As porcas de alumínio podem ser usadas com freno para contra pino.
parafusos de aço banhados de cádmio que
sofram cargas de cisalhamento em aeronaves A porca lisa requer um dispositivo auxiliar de
comuns; mas não poderão ser utilizadas em tratamento como uma contraporca ou arruela
aeronaves que usem o meio líquido para pouso de freno.
e decolagem (hidroaviões e anfíbios), devido à
possibilidade de corrosão entre metais diferen- Porca borboleta
tes (corrosão eletroquímica). É aplicada onde é desejada firmeza que pode
ser obtida apenas com os dedos.
Identificação e códigos
Porcas de auto-freno
Os parafusos são fabricados em uma grande Podem ser de dois tipos: metal e freno de fibra.
variedade e formatos. Os parafusos podem ser
identificados pelo formato da cabeça, método
de fixação, material usado ou emprego.

Básico - Resumo Page 8


As porcas auto-freno são usadas em aeronaves
para proporcionar ligações firmes sem soltar, TORQUE E TORQUÍMETROS
mesmo com severas vibrações.
A porca de fibra não deve ser usada em partes São de três tipos:
de escapamento por que seu limite de 126ºC.
 Barra flexível
Arruelas de aviação  Estrutura rígida
 Catraca
As arruelas de aviação usadas no reparo de
células de aeronaves podem ser do tipo: Obs.
Quando for usado o torquímetro de barra flexí-
 Planas vel não devemos usar extensão. O resultado
 Freno não é confiável.
 Especiais Caso seja usado outro tipo de torquímetro com
a extensão devemos usar a fórmula para obte-
mos o torque determinado
Planas
Proporcionam uma superfície plana de apoio e PRENDEDORES DE ABERTURA RÁPIDA
atendem como um calço para ajustar uma cor-
reta distância entre a porca e o parafuso. Arrue- São usados para fixar janelas de inspeção
las planas devem ser usadas sob arruelas freno (aberturas encontradas no intradorso da asa ou
para evitar danos à superfície do material. nas outras partes da aeronave) para facilitar
inspeção de cabos de comando ou corrosão
Freno em longarinas e nervuras.
São usadas onde as casteladas e auto-freno
não podem ser instaladas. Os mais importantes são:

A ação da mola da arruela de freno proporciona  Dzuz,


fricção suficiente para evitar o afrouxamento da  Camloc
porca devido à vibração.  Airloc

A arruela de pressão AN 935 é conhecida tam- DZUZ


bém como arruela de pressão. A mola é feita de aço em banho de cádmio para
evitar corrosão e favorece a força que trava ou
As arruelas dentadas tipo estrela são usadas prende o pino no lugar quando dois conjuntos
como freno para provocar blindagem no siste- são unidos.
ma elétrico.
CAMLOC
Especiais São usados para prender coberturas e carena-
Podem ser planas para serem usadas sob por- gem da aeronave.
cas ou escareadas para parafusos com cabeça
em ângulo (orifícios escareados). Consiste de três partes:
Um prisioneiro, um ilhós e um receptáculo
Arruelas freno à prova de vibração que pode ser de dois tipos: Rígido e flutuante.

São arruelas circulares com uma pequena aba O prisioneiro e o ilhós são instalados na parte
a qual dobrada de encontro a uma dessas fa- removível enquanto o receptáculo e rebitado na
ces laterais de uma porca ou da cabeça de um estrutura da aeronave. Um quarto de volta no
parafuso sextavado, travando nessa posição. sentido horário é o suficiente para acionar a
trava do prendedor.
As arruelas freno de aba podem suportar maio-
res temperaturas do que os outros métodos de Esse tipo tem uma grande desvantagem por-
segurança e podem ser usadas sob severa que com a trepidação poderá haver um afrou-
vibração. xamento do prendedor.

Elas deverão ser usadas apenas uma vez, por- AIRLOC


que as abas tendem a se quebrar quando do- Consiste em três partes: um prisioneiro, um
bradas pela segunda vez. pino e um receptáculo.

Básico - Resumo Page 9


Na inspeção dos cabos deve-se passar um
Os prisioneiros são construídos em três estilos pano sobre o cabo para verificar se ha fios par-
de cabeça: lisa, oval e borboleta. tidos.

CABOS DE COMANDO A corrosão externa do cabo deve ser eliminada


com palha de aço e após a limpeza o cabo
São usados para transmitir os movimentos do deve receber uma proteção contra a corrosão
manche e dos pedais às superfícies de coman- com um produto chamado Parketone ou Pa-
do, assim como os compensadores no controle raketone.
dos motores e outros sistemas da aeronave.
Qualquer corrosão interna é motivo para a troca
Os cabos de comando são fabricados de aço do cabo.
inoxidável e sua tensão é regulada de acordo
com variações na temperatura e esforço sofrido Terminais de cabos de comando Das extremi-
no cabo. dades dos cabos estão instalados terminais
metálicos de diversas formas a fim de prender
As partes que compõem o cabo de comando as partes que os cabos se ligarão.
são:
Há terminais em forma de grupo, rosqueado,
Fio olhal, terminal para fixação de hastes, etc.
Cada um dos componentes de uma perna.
O terminal rosqueado em garfo e o em olhal
Perna são usados para conectar o cabo a um estica-
Conjunto de fios torcidos em forma helicoidal. dor numa articulação a outra ligação do siste-
ma.
Cabo
Conjunto de pernas torcidas em forma helicoi- O terminal em esfera é usado para ligação de
dal. cabos em quadrante e conexões especiais,
quando o espaço é limitado.
Alma
Parte interna entre as pernas. Lembrando que a Esticadores (tambor)
medição do diâmetro de um cabo de comando Um esticador é um mecanismo formado por
deve ser feita com a ajuda de um paquímetro. dois terminais rosqueados e uma peça inter-
mediária, que, ao ser girado em seu sentido,
Um cabo é identificado por meio de números, tende a separar os terminais.
por exemplo:
 7x7 Em outra direção, tende a juntá-los possibilitan-
 7x19 do assim a regulagem da tensão dos cabos
Quantidade de pernas X quantidade de fios que ligados aos terminais.
têm em cada perna
Um dos terminais possui rosca esquerda e
Os cabos de comando da aeronave variam em outro possui rosca direita.
diâmetro, variando de 1/16” até 3/8”.
É essencial frisar que após a introdução dos
Os cabos necessitam serem periodicamente terminais na parte central, elas fiquem expostas
inspecionados a fim de se verificar se há fios no máximo, três fios de rosca em cada termi-
partidos, desgaste ou corrosão. nal.

A quantidade máxima de fios partidos não pode Após a regulagem o esticador tem que ser fre-
ocorrer em duas polegadas consecutivas do nado.
cabo, ou seja, se a quantidade de fios existe
em uma polegada, na polegada seguinte não Regulagem da tensão
poderá haver fio partido.
Para executar boa tensão em um cabo de co-
As partes do cabo que trabalham sobre as rol- mando, devemos inicialmente travar o manche
danas só podem ter no máximo três fios parti- na posição neutra.
dos.

Básico - Resumo Page 10


A tensão dos cabos deve ser feita de modo a Obs.
não forçar as roldanas, o que causaria medi- Quando não há a disposição o tensiômetro em
ções inexatas. caráter de urgência.

No trajeto dos cabos de comando, ao longo da Pode-se dizer que a tensão de um cabo está
fuselagem encontramos placas guia e roldanas. mais ou menos certa se a superfície solicitada
indica alguma movimentação, antes que haja
As placas têm a finalidade de orientar os cabos um deslocamento de 1/8.
através da fuselagem e das roldanas que além
de orientar os cabos, servem para mandar Cabos flexíveis e extra-flexíveis
também os ângulos descritos pelos cabos até
atingir os guilhós de comando. Os cabos de comando extra-flexíveis (7x19)
possui 7 pernas e 19 fios enrolados em cada
A tensão do cabo de comando é feita através perna.
do tensiômetro e que se leva em conta à tem-
peratura no interior do avião, a espessura do A espessura desses cabos varia de 1/8, 3/16,
cabo e a tabela que acompanha o tensiômetro. 5/32, e 7/32.

Tensiômetro São usados para acionar superfícies de co-


mando primárias (leme de direção, profundores
A regulagem das tensões dos cabos de co- e ailerons).
mando deve ser feita com a aeronave dentro do
hangar, pois sabemos que os cabos de coman- Os cabos de comando flexíveis (7x7) que vari-
do estão sujeitos a grandes variações quando am de diâmetro (1/16 a 1/32) e são usados
expostos a ventos frios. para acionar as superfícies secundárias (com-
pensadores).
Quando a temperatura ambiente sofre conside-
rada mudança de tensão dos cabos a fim de A grande vantagem que sistemas desse tipo
que não ultrapasse a tolerância de cinco libras oferecem em relação aos demais é que são
para mais ou para menos das tensões especifi- muito resistentes à corrosão e não se cristali-
cadas, pois tensões acima deste limite tornari- zam.
am os cabos rígidos, além de submeter todo o
mecanismo a esforços desnecessários.
INSPEÇÃO
Tensões baixas fariam que as superfícies não
obedecessem corretamente o comando solici- Extra - flexíveis
tado e também os cabos ficariam sujeitos a Caso apareçam mais de seis fios partidos em
ricochetarem, podendo interferir em alguma uma polegada linear, devemos substituí-los.
parte do avião.
Flexíveis
Para a utilização do cabo de comando proce- Caso apareçam mais de três fios partidos em
dimentos devem ser seguidos: uma polegada linear, devemos substituí-los.

1º Identificar a espessura do cabo. Roldanas


São acessórios empregados para efetuar a
2º Mudar os calços do tensiômetro conforme a mudança de direção dos cabos de comando e
espessura do cabo. garantir-lhe um funcionamento eficiente.

3º Transformar a tensão dada pela O.T da ae- Conexões rígidas de controle


ronave em leitura do instrumento. São tubos utilizados como ligação em vários
tipos de sistemas operados mecanicamente.
4º Aplicar o instrumento no cabo em lugar pró-
prio, isto é, o mais afastado possível dos termi- Esse tipo de ligação elimina o problema da
nais, roldanas, ligações e guias. tensão e permite a transferência, tanto da com-
pressão como de tração, por meio de um sim-
5º Executar a tensão do cabo. ples tubo.

Básico - Resumo Page 11


Os rebites especiais foram inventados pela
MÉTODOS DE SEGURANÇA (FRENAGEM) necessidade de se fazer certos trabalhos de
rebitagem em lugares onde os rebites comuns
São processos de segurança empregados nas não poderiam ser empregados.
aeronaves em parafusos, porcas, pinos, bujões,
esticadores, etc. Rebites de auto-cravação (travados por
atrito) são fabricados em duas partes: uma
Frenagem em arame cabeça; um corpo oco ou luva; e uma haste,
Todos os parafusos que necessitam de aplica- que se estende através do corpo oco
ção de arame de freno devem ser frenados
com arame apropriado.
Rebite de campo, muito utilizado na rebitagem
O arame de freno deve ser apenas usado uma de estrutura de liga de alumínio.
vez.
Marcações são feitas nas cabeças dos rebites
Evite durante a frenagem fazer dentes ou do- para classificar suas características. Estas
bras agudas. marcações tanto podem ser de um ponto em
relevo, dois pontos em relevo, um ponto em
A frenagem em arame pode ser feita usando o depressão, um par de traços em relevo, uma
método de arame simples ou o método de cruz em relevo, um simples triângulo ou um
arame duplo torcido que é mais seguro. traço em relevo.

O método de arame simples pode ser usado O rebite de cabeça universal, é uma combina-
para pequenos parafusos em padrão de espa- ção do cabeça redonda, do cabeça chata e
çamento reduzido, para componentes elétricos cabeça de lentilha. Ele é usado na construção e
em áreas de difícil acesso. em reparos, tanto no interior, como no exterior
das aeronaves.
Durante a frenagem de arame duplo não deve
incluir mais de três peças. O ângulo formado pela cabeça do rebite chan-
frado varia de 78º a 120º.
Contra pino O rebite mais comum e mais usado é o de
Método indicado na frenagem de pinos, parafu- 100º.
sos de articulação com porcas-castelo, em vista
de rotação que podem ter estes parafusos e Na identificação dos rebites poderão ter letras e
pinos. Usam-se apenas uma vez também. números adicionados ao número de parte. As
letras designam o tipo de liga; os números, o
diâmetro e o comprimento dos rebites. As letras
REBITES mais comuns na designação de ligas são:

É um tipo de pino metálico de corpo cilíndrico e A - Liga de alumínio, 1100 ou 3003.


cabeça de forma variável, porém de diâmetro AD - Liga de alumínio, 2117-T.
maior do que o corpo. D - Liga de alumínio, 2017-T.
A função do rebite é de manter juntas duas ou DD - Liga de alumínio, 2024-T.
mais peças após a operação de rebitagem que B - Liga de alumínio, 5056.
consiste em amassar ponta do corpo que fica C - Cobre.
fora das partes a serem unidas; e para executar M - Monel.
esse serviço tem-se primeiro bloquear e depois
escarear o receptáculo do rebite.
Porca rebite (Rivenut)
O material usado para a maioria dos rebites
sólidos é a liga de alumínio. Usada principalmente como uma porca fixa, na
fixação do revestimento de borracha do sistema
Os rebites podem ser classificados em de degelo do bordo de ataque das asas e da
empenagem.
 Sólidos (Maciços)
 Especiais (cegos) Este rebite tem a mesma resistência ao cisa-
lhamento de um parafuso de igual diâmetro, e

Básico - Resumo Page 12


são mais resistentes três vezes mais que os
rebites sólidos. Borracha Sintética

São essencialmente parafusos sem rosca. Neoprene


Ferramentas usadas em rebitagem É a borracha sintética mais usada. Pequeno
inchamento, resistente a luz do sol e é usada
Martelete Pneumático principalmente para selos contra mau tempo.
É uma ferramenta tipo pistola que tem um pis-
tão interno que funciona com ar comprimido e Butyl
que trabalha no rebite com pancadas intermi- Resistente a luz do sol e ao calor. Difícil ser
tentes, através do estampo. vulcanizada.

Estampo Silicone
É uma peça instalada na pinta do martelete Grupo feito de oxigênio, hidrogênio e carbono -
pneumático com a finalidade de proteger a silastic.
cabeça do rebite. Para cada tipo de rebite exis-
te um estampo próprio. Selantes
Muitas áreas da aeronave devem ser vedadas
Encontrador fim de obter juntas à prova de vazamento entre
É a peça usada para formar a cabeça na parte os meios exteriores e interiores de sua estrutu-
trabalhada do rebite, chamada de cabeça de ra para garantir o conforto na cabine pressuri-
oficina. zada durante o voo de altitude.
Maquinas de furar e brocas O tanque integral de combustível também é
São usadas para abrirem rebitadas ou para vedado para impedir que o combustível vá atra-
removerem rebites já cravados. vés da rebitagem.
Durante a operação dos marteles pneumáticos, Assim sendo a selagem das aeronaves tem por
deve-se ter cuidado em verificar a mola de se- finalidade torná-las herméticas, isolantes, ve-
gurança existente na extremidade onde é insta- dadas e isoladas.
lado o estampo, pois a mesma evita que se
solte a parte móvel do martelete causando sé- O selante é aplicado em forma de camada so-
rios danos ao operador. bre toda superfície para fins anti-corrosivos.

Plásticos Os selantes são compostos da natureza elas-


Os plásticos são usados em muitas aplicações tométrica, aplicação geralmente em estado
por toda a parte das aeronaves modernas. viscoso que endurecem até uma dureza próxi-
ma da borracha.
Estas aplicações vão desde componentes es-
truturais de termoplástico reforçado com fibra Tempo de limite de estocagem: seis meses.
de vidro a acabamento decorativo de materiais
Termoplástico. A vida útil da mistura do selante é de 30 minu-
tos a quatro horas, por isso ela deve ser apli-
O plástico reforçado é um material termo endu- cada o mais rápido possível.
recido usado na construção de Radomes, aca-
bamento em antenas e de ponta das asas, A cura (endurecimento) de um selante pode ser
fazendo parte também de várias peças de acelerada se aumentarmos a temperatura que
equipamentos elétricos e célula de combustível. nunca deve estar acima de 44º ou 111,2ºF.
São usados para evitar a passagem de poeira e
Borracha Natural óleo em determinados pontos.
Existe no látex, suco ou seiva de muitas árvo- Os vedadores estão divididos em duas classes:
res pertencentes à família das euforbiáceas, a Gaxetas e juntas de vedação.
principal planta brasileira.
Gaxetas de secção circular
Chamada também de O-Ring, evitam vaza-
mentos internos e externos.

Básico - Resumo Page 13


Juntas de vedação > São usadas como selos processo tem-se a ferrugem que é o produto da
estáticos entre as superfícies planas. reação entre o ferro e oxigênio do ar.

Os materiais mais comuns para a confecção de Corrosão eletroquímica


juntas são: amianto, o cobre, a cortiça, e a bor- Nesse processo já existe a presença de um
racha. meio liquido, há existência de corrente elétrica
O amianto é utilizado nos sistemas de escape e entre os metais e o liquido.
está sendo abolido por ser altamente cancerí-
geno e a maioria tem uma proteção de cobre as Como exemplo tem-se a corrosão que aparece
pontas para prolongar seu tempo de vida. em metais diferentes quando em contatos.

Arruelas de cobre são usadas velas de ignição. Corrosão eletrólise


As juntas de cortiça são usadas como vedação É também um processo eletroquímico mais
para o óleo entre a Carter e os acessórios. diferente porque nesse caso a corrente elétrica
que circula entre os materiais vem de uma fon-
Juntas de borracha podem ser usadas áreas de te externa.
compressão. Ex: base do cilindro. Como exemplo tem-se a corrosão em contatos
elétricos.
TIPOS DE SELAGEM
Identificação da corrosão
Selagem de filete A corrosão superficial dos metais é facilmente
É usada primariamente para evitar vazamentos identificada, não só pela cor como por certas
através de juntas sobrepostas. características da superfície metálica.
No alumínio, magnésio e outras ligas leves, a
Sua aplicação de um filete de selante ao longo corrosão aparece em forma de um pó branco.
de toda a borda da junta. Sua aplicação princi-
pal e na selagem dos tanques integrais. No ferro corroído a camada toma a cor marrom
avermelhada que é a ferrugem.
Selagem por contato Nas superfícies pintadas ou protegidas por
Consiste na aplicação de uma camada de se- camadas metálicas aparecem escamas ou
lante entre as superfícies de contato das juntas, bolhas.
sendo muito empregadas nas juntas sobrepos-
tas e de topo. No caso de corrosão interna dos metais ou
das linhas metálicas conhecida como corrosão
Selagem combinada inter-granular que é responsável pela disso-
Consiste na aplicação de uma camada de se- lução dos cristais. Não há meios de identificá-
lante entre as superfícies de contato das juntas, los extremamente.
encontra múltiplas aplicações quando se deseja
uma selagem precisa. Há três modos básicos Inspeção de peças
para aplicação deste selante: O maior auxiliar para se detectar a corrosão na
Pistola, Espátula e Pincel. fase inicial é a inspeção visual, não só das par-
tes protegidas como das não protegidas.
A pistola pneumática de calefação é usada por
pressão de ar e libera um fluxo uniforme e con- Proteção das superfícies
tinuo. A corrosão dos metais podem ser evitadas ou
retardadas, utilizando um metal mais resistente
Corrosão ou pela aplicação de uma camada protetora
A deterioração de um metal por ação química nas superfícies metálicas.
ou eletroquímica do ambiente chama-se corro-
são, o modo de corrosão aparece e pode ser São dois tipos de métodos:
agrupado dos seguintes tipos: Processo orgânico e inorgânico.
Corrosão química Processo orgânico
aquela que aparece em meios sem a presen- Utiliza-se produtos impermeáveis como tintas,
ça de água. vernizes, esmaltes, etc.

Neste processo há uma relação mutua entre o


meio ambiente e o metal como exemplo desse

Básico - Resumo Page 14


Processo inorgânico
Utiliza-se: Se a deformação for permanente, isto é se não
houver retorno no corpo ou estrutura as suas
Anodização dimensões originais cessadas as ações das
É um processo usado na proteção em alumínio cargas, disse que o corpo ou na estrutura são
e de suas ligas. de estrutura plástica.

Produz oxido de alumínio que protege contra No caso oposto, isto é, não havendo deforma-
corrosão e torna a peça mais decorativa como ção permanente, então o corpo e estrutura são
acontece nas panelas de alumínio. de natureza elástica.

Alodização As cargas que atuam no corpo ou na estrutura


Processo aplicado em alumínio para facilitar a produzem diversos efeitos como aumentar ou
pintura (aderência). diminuir a dimensão.

Fosfatização As cargas são classificadas em cinco tipos:


É usada na proteção de aços. Uma camada de Tração ou tensão
fosfato de ferro e manganês e colocado no aço  Compressão
que o protege de corrosão.  Flexão
 torção
Galvanizações  cisalhamento
Método em que as peças de ferro ou aço são
cobertas de uma camada de zinco. Os materi- Tração ou tensão
ais com essa proteção são chamados de ferro Esforço produzido por duas ou mais forças
ou aço galvanizado. opostas e de mesma direção, atuando em um
corpo de modo a causar o seu alongamento,
Galvanoplastia bem como seu estreitamento.
Método que deposita metais sobre outros me-
tais utilizando processos eletroquímicos. Os Compressão
metais mais usados na deposição são o cobre, Esforço produzido causado por duas forças ou
níquel, Cadmo e estanho. mais opostas e de mesma direção atuando
em um corpo, causando a diminuição no com-
Pulverização metálica primento bem como um aumento de sua estru-
Consiste na aplicação sobre a superfície a ser tura.
protegida uma camada de zinco ou alumínio.
Flexão
Tratamento de corrosões Esforço que uma ou mais forças produzem
Uma superfície corroída deve sofrer processo quando atuam no sentido de dobrar um corpo.
de tratamento para evitar que a corrosão pros- Na realidade em um corpo flexionado há uma
siga, se a corrosão for causada de bateria de- parte do mesmo a externa que está sendo tra-
ve-se lavar a parte atacada com uma solução cionada, enquanto que a parte interna está
de bicarbonato de sódio e bastante água. sendo comprimida.

Esforço e Deformações Torção


O avião em voo esta sujeito a grandes varia- Esforço que aparece quando à força ou as for-
ções de forças não só devido às manobras que ças atuam em um corpo, torcendo-o.
executa também por causa da ação das corren-
tes aéreas, que produzem forças aerodinâmi- Cisalhamento
cas, as forças independentemente da natureza, Esforço produzido por duas ou mais forças
que atuam nos aviões são chamados de car- opostas de mesma direção, porém atuando
gas. paralelamente em um corpo.
Esforços nas partes do avião
A resistência que os corpos ou estruturas que
oferecem as cargas são também de forças As fuselagens são semelhantes quanto a sua
internas, esforços. resistência e por esse motivo recebem o nome
de cascos, por resistir ao esforço de tração.
As cargas produzem deformações nos corpos
ou nas estruturas.

Básico - Resumo Page 15


As forças de cisalhamento quando atuam, fa- Podemos citar também como propriedade física
zem aparecer o enrugamento, à medida que o a cor chamada metálica, branca (prata), verme-
revestimento flamba. lho (cobre) e amarelo (ouro).

A grande resistência que a fuselagem oferece é Propriedades mecânicas


a carga de compressão.
Ductilidade
Ruptura Propriedade que permite reduzir os metais a
Quando uma peça se quebra disse que a fios, industrialmente chamado de trefilação.
mesma atingiu seu limite de ruptura. São classi-
ficadas em: ruptura estática, fadiga e impac- Maleabilidade > Propriedade pela qual os me-
to. tais podem ser reduzidos a laminas.

Ruptura estática Tenacidade


Ocorre com aplicação de uma carga que au- Propriedade dos metais de se oporem a ruptu-
menta até que se a peça se rompa. ras. É a medida em ensaio da resistência e
tração.
Quando a ruptura estática ocorre em tempera-
turas elevadas, passa a ser denominada de Dureza
fluência. Resistência que os metais oferecem quando
deseja riscá-los.
Ruptura por impacto
Quando há rompimento devido à aplicação de Os mais duros são cromo, manganês e o ní-
uma carga e chamada de impacto. quel.

Um exemplo é quando ocorre a quebra do trem Elasticidade


de pouso em um pouso placado. Reação interna que permite ao corpo deforma-
do de recuperar sua forma original uma vez
Ruptura por fadiga que se para a ação aplicada pela força defor-
Se a peça parte porque sobre a mesma atuam mante.
cargas cíclicas tem-se a ruptura por fadiga.
Dilatação
Classificação de materiais Capacidade que o material tem de se deformar
Para o estudo e classificação geral na aviação, através do calor.
os materiais são classificados em: metálicos,
orgânicos, cerâmicos e compostos. Plasticidade
Que o material tem de se deformar sem se
Todos os materiais têm diversas propriedades romper.
físicas e as principais são a resistência, me-
cânica e a física. Metais Minérios

Propriedades físicas  Alumínio-Bauxita


 Chumbo- Galena
Condutividade  Cobre- Cuprita
Todos os metais conduzem bem o calor e a  Estanho- Casseterita
eletricidade, embora haja diferença nesta con-  Ferro -Hematita
dutividade.  Zinco- Blenda

Densidade Embora o metal puro possa ser usado na in-


Com exceção de alguns metais que são leves dústria aeronáutica é muito comum a utilização
como o sódio e o potássio os outros materiais de ligas metálicas que melhoram suas proprie-
são geralmente mais densos que a água. dades. Uma liga metálica é sempre a união de
dois ou três no Maximo. Ex: Ferro + Carbono,
Fusibilidade Latão + Cobre + Zinco, etc.
Todos os materiais podem sofrer fusão embora
a temperaturas variáveis. Ex: Potássio se funde
a 62,5 C°, platina 2.00C°, etc.

Básico - Resumo Page 16


As ligas são divididas em ferrosas e não fer- Identificação dos aços
rosas.
Devido à grande variedade de fabricantes de
Ligas ferrosas aço e também a grande variedade de métodos
de identificação adota-se o método SAE (asso-
Formada pela união de ferro e carbono. ciação dos engenheiros americanos).
As principais ligas são: Assim como exemplo têm-se os aços:
SAE1020 e 4140.
Aço
Liga de ferro e carbono que devido à necessi- O 1°algarismo indica a classe de aço conforme
dade de aplicação é acrescido de outros me- a tabela abaixo:
tais.
Número Classe
Normalmente o percentual de carbono para aço 1 Carbono
varia dentre 0,008 a 2,11. 2 Níquel
3 Cromo níquel
Classificação do aço 4 Molibdênio
5 Cromo
Aço carbono 6 Cromo vanádio
Liga básica de ferro e carbono. 7 Tungstênio
8 Silício manganês
Aço liga
Liga de ferro e carbono que devido à necessi- O 2° algarismo indica a porcentagem de liga
dade de aplicação foi acrescida de outros ele- dominante; O 3°algarismo e o 4° algarismo
mentos para melhorar suas propriedades. indicam a percentagem de carbono em centé-
simos.
Aço inoxidável
É uma liga com elevada capacidade anti- Ex: Aço SAE 2340
corrosiva e calor. Aço níquel que tem 3% de níquel e 0,40% de
carbono.
Também possui um alto percentual de cromo e
de níquel, sendo utilizado na fabricação de Metais adicionados ao aço melhoram as carac-
peças de motores à reação, eixo das hélices terísticas da liga, assim temos as seguintes
instrumentos cirúrgicos e cutelaria. informações:

Aço ferramenta Cromo – Aumenta a proteção anticorrosiva do


Liga com alto teor de Tungstênio, molibdênio e aço.
cobalto; tem elevada resistência mecânica, alta
dureza e alta capacidade de corte mesmo em Molibdênio – Aumenta a resistência mecânica
altas temperaturas. Esta liga é muito utilizada do aço.
na fabricação de brocas, machos, tarraxa e
cosinetes. Esse tipo de aço é usado na estruturas de trem
de pouso.
Aço ultra-resistente
Tipo de liga desenvolvida para uso aeroespaci- Vanádio - Aumenta a resistência e a dureza do
al, têm elevadíssima e resistência à fadiga. aço. Muito utilizado na fabricação de ferramen-
Muito utilizado na fabricação de carcaças de tas.
turbina, tem de pouso.
Níquel - Aumenta a resistência do aço sem
Ferro fundido alterar sua ductilidade.
Liga de ferro e carbono acima de 2,11%.
Geralmente possui alto teor de cilício, embora Tungstênio – Aumenta em proporção a
tenha baixo custo é pouco utilizado na indústria dureza do aço.
aeronáutica.

Básico - Resumo Page 17


LIGAS NÃO-FERROSAS produzindo ligas de altíssima resistência e peso
inigualável.
Alumínio
O magnésio provavelmente o mais largamente
É um metal cujas ligas têm grande aplicação na distribuído pela natureza que qualquer outro
indústria aeronáutica. metal.
A razão de seu uso prende-se ao fato das ligas
de alumínio ser leves e resistentes. Pode ser obtido de minérios como dolomita ou
da magnetita, ou da água do mar, salmouras e
Algumas chegam a ter a resistência a tração soluções usadas de potassa.
igual ou superior a de certos aços. O alumínio é
Dúctil (macio), maleável, bom condutor de calor Uma milha cúbica de água contém 10.000.000
e eletricidade sendo também anticorrosivo. libras de magnésio.

As suas ligas metálicas são conhecidas como Entre os componentes de uma aeronave que
Dural (duralumínio) onde encontram sem sua são fabricados com magnésio com substancial
composição o cobre, o manganês e o magné- redução de peso estão o alojamento da bequi-
sio. lha, revestimentos de flapes e ailerons, pontas
das asas, tanques de óleo do motor, painéis de
O alumínio puro é identificado por 1100. instrumentos, etc.

A liga de alumínio ao contrário do alumínio puro Todavia o magnésio em pó ou em pedaços


tem pouca resistência à corrosão. entra em alta ignição facilmente.

Para torná-lo anti-corrosivo, cobre-se a mesma Algumas ligas apresentam um percentual signi-
com uma camada de alumínio puro. ficativo de Tório.

As chapas que levam tal proteção são conheci- Titânio e suas ligas
das como ALCLAD. O emprego do titânio é muito abrangente, é
usado em muitos empreendimentos comerciais
Na classificação nas ligas temos: e sua demanda vem sendo aumentada muito
para bombas e outros itens sujeitos à ambien-
Liga Metal em maior % tes corrosivos.

1 Alumínio com 99% de pureza Na construção ou reparos de aeronaves o titâ-


2 Cobre nio é usado nos revestimento de fuselagens,
3 Manganês carenagens de motores, paredes de fogo, lon-
4 Silício garinas, etc.
5 Magnésio
6 Magnésio e silício O titânio é usado na fabricação de discos e
7 Zinco compressores, anéis de espaçamento e paletas
8 Outros elementos do compressor.
9 Ligas não padronizadas
A aparência do titânio é a mesma do aço inoxi-
Magnésio e suas ligas dável, um método rápido usado para identificar
Devido a excelentes propriedades apresenta- o titânio é o teste da centelha ou fagulha. Ras-
das pelo magnésio, tais como resistência e pado com esmeril o titânio solta uma fagulha
peso, e as cargas dinâmicas e facilidade de branca e brilhante.
usinagem as ligas de magnésio vêm sendo
muito utilizada na indústria aeroespacial. É possível também sua identificação umede-
cendo o titânio usando para traçar uma linha
É de cor prata e pesa 2/3 do que pesaria uma sobre um pedaço de vidro, sendo o titânio ficará
peça de alumínio nas mesmas condições. uma linha escura semelhante ao traço do pin-
cel.
O magnésio não possui suficiente resistência
para fins estruturais em seu estado puro, porém Níquel e suas ligas
se for ligada ao zinco, alumínio e o manganês, O níquel é um dos metais mais importantes na
indústria aeronáutica.

Básico - Resumo Page 18


Tem uma alta resistência à corrosão, além de Tratamentos especiais
boas propriedades mecânicas, boa condutivi- Servem para melhorar as características técni-
dade térmica e elétrica. cas das ligas de aço e alumínio sem modificar
suas massas.
As ligas de níquel são conhecidas como monel
ou Inconel. São usadas para engrenagens e Atualmente na aviação os tratamentos mais
correntes, para operar trem de pouso e para utilizados são:
componentes estruturais sujeitos à corrosão.
Mecânico
O Inconel é uma liga de níquel, cromo e ferro e Conhecido também como endurecimento por
é altamente resistente quando entra em contato trabalho a frio consiste em submeter o material
com a água salgada, sendo capaz de suportar a trabalhos mecânicos como martelagem e
temperaturas da ordem de 870ºC ou 1598 F. laminação, aumentando suas resistências.
Na aviação é usada a laminação, pois qualquer
Cobre material para ser trabalhado a frio tem que ser
Primeiro metal usado pelo o homem foi o cobre dúctil e maleável.
que atualmente após o ferro e o aço, o mais
usado na indústria. Térmico
Operação de aquecimento e resfriamento sobre
O cobre é usado não somente puro mais tam- temperaturas e ambientes controlados com
bém em ligas. objetivos de se obter propriedades mecânicas
desejadas.
A grande aplicação do cobre é na eletricidade e
na transmissão do calor, por ser excelente con- Recozimento
dutor. A principal liga de cobre é feita Berílio. Tem como finalidade de eliminar a falta de uni-
formidade da peça, diminuir as tensões inter-
Latão nas, melhorar a usinagem e melhorar a tempe-
É uma liga feita de duas partes de cobre e uma ra.
parte de zinco, sendo inoxidável e resistente à Usa-se o recozimento após a peça ter sido
água do mar. laminada, forjada, trabalhada a frio, etc. A ope-
ração do tratamento consiste no aquecimento
Bronze da peça acima de sua temperatura critica, per-
É uma liga formada de cobre e estanho com manecendo a peça em temperatura normal e
proporções variáveis. Algumas ligas têm outros esfriando-a lentamente, no próprio forno.
produtos como grafite, fósforo e outros com
finalidade de melhorar as igualdades. A letra “O” estampada na peça indica estado
de recozimento.
Metal patente
É uma liga onde além do cobre, entram chum- Normalização
bo, antimônio e estanho. É o tipo de recozimento que não dá ao material
o máximo de maciez e dureza normal da liga.
As aplicações dessa liga são em locais onde há
pressões e atritos como mancais dos eixos de A operação consiste em aquecer a peça acima
motores térmicos. de sua temperatura critica e mantê-la nesta
temperatura e esfriá-la ao ar calmo. Normal-
É um metal de qualidade anti-corrosiva, motivo mente é empregada antes da têmpera.
pelo qual é aplicado nas folhas flanges, usado
na fabricação de latas. Têmpera
O objetivo é dar o máximo de dureza que o
Zinco material possa admitir.
É um metal Dúctil sendo facilmente laminado Consegue-se essa dureza aquecendo a peça
formando as conhecidas folhas de zinco. em temperatura critica e resfriá-la rapidamente
Têm grande resistência à corrosão do oxigênio em óleo, água ou salmoura.
e outros minerais contidos na água. Para evitar
a corrosão das chapas de aço por um método Salmoura
em que o zinco é depositado por um meio de É geralmente preparada com 5% a 10% de
um processo eletroquímico nas chapas de ferro água e sal.
e de aço, formando o aço galvanizado.

Básico - Resumo Page 19


Em adição a sua velocidade de resfriamento a Com o apoio firme servi - nos uma bigorna.
salmoura tem sua grande capacidade de remo- Exemplo de peças forjadas tais como elos de
ver a Carepa (casca) do aço durante o banho. corrente, ferraduras, etc.

Revenimento Extrusão
Tem por finalidade de reduzir as tensões inter- É um processo em que o metal é pressionado
nas provenientes da têmpera e ajustar a faixa através de uma matriz, tomando sua forma.
de dureza do material. Alguns metais relativamente macios como
chumbo, estanho e alumínio podem ser extru-
A operação consiste não aquecimento da peça dados a frio, mas geralmente os metais são
já posteriormente têmpera, a temperatura infe- aquecidos antes da extrusão, o que facilita o
rior a sua critica durante um tempo determina- processo. A principal vantagem da extrusão é
do, seguido de um resfriamento. sua flexibilidade.

Qualquer temperatura do revenimento oxida


entre 100ºC à 700ºC, usa-se sempre logo após Fornos e banhos de sal
a peça ter sido temperada.
Há muitos tipos e tamanhos diferentes de for-
Cementação nos utilizados para tratamento térmico.
É um processo que cria uma camada dura e Se o forno for usado para temperaturas muito
resistente ao desgaste sobre uma superfície ou elevadas, implicará na vida útil do forno, pois os
envolvendo um miolo forte mais flexível. fornos elétricos operam até 1350º.

A cementação é ideal para componentes que A temperatura de um forno é medida através de


requerem uma superfície resistente ao desgas- um pirômetro, que é um instrumento térmico.
te e ao mesmo tempo devam ser bastante
flexíveis para resistir às cargas aplicadas. Quando o metal estiver pronto para receber
Os aços mais convenientes para a cementação tratamento térmico, deverá ser imerso no ba-
são as de baixo teor de carbono. nho de sal ou chumbo para o aumento da tem-
peratura.
Se os aços de alto teor de carbono forem ce-
mentados a camada endurecida pode ser tão Banhos
extensa que atinja o miolo da peça tornando-a A salmoura é geralmente preparada em 5% a
quebradiça. 10% de sal em água. Em adição a sua grande
velocidade de resfriamento, a salmoura tem
Na cementação a superfície do metal é alterada capacidade de remover a carepa do aço duran-
quimicamente pela introdução elevada de car- te o banho.
bono, se ao invés de carbono introduzir nitrogê-
nio o processo passaria a ser chamar Nitreta- Testes de dureza
ção. São métodos para determinação dos resultados
de um tratamento térmico, assim como da adi-
OBS ção de dureza do metal, antes do tratamento
O titânio é entre os metais Dúcteis o único que térmico. Os equipamentos para teste de dure-
pode ser cimentado. zas atuais usam a resistência à penetração
como medida de dureza.
Forja
Por forjamento entendemos que as peças tra- Medidor Barkol ou Barcoll
balhadas em estado de incandescência recor- É uma unidade portátil projetada para efetuar
rendo-se a martelos para forjar, malhas, pren- testes em ligas de alumínio, cobre latão e ou-
sas e moldes. Para aquecer as peças emprega- tros metais macios.
se o fogo, forja ou frágua (fornalha).
Medidor Brinell
Quando a peça trabalhada atingir o aquecimen- Usa uma esfera de aço muito duro que é
to conveniente-cor amarelo-laranja cerca de pressionado contra a superfície do metal.
1100ºC.
Medidor Rockwell
Dá-se a forma que se pretende por meio Mede a resistência à penetração.
de pancadas de malhas. Porém ao contrário de medir o diâmetro

Básico - Resumo Page 20


da marca de impressão, o medidor Rockwell Força – massa x aceleração. Quanto mais
mede a profundidade de penetração. massa deslocamos numa aceleração maior,
maior deverá ser a força atuando sobre este
Dois tipos de penetradores são utilizados: corpo.
um cone de diamante e uma esfera de aço
endurecido. Velocidade – distância percorrida por unidade
de tempo.
Este teste e dado em números ou letras.
Lei de Pascal – toda força aplicada a um fluido
Leis de Newton: terá a mesma intensidade em todos os sentidos
de propagação.
1ª Lei de Newton Inércia Sair do estado de repouso. Princípio de Arquimedes – teoria de funcio-
namento da origem da sustentação dos aerós-
2ª Lei de Newton Força = massa x Quanto maior a massa e a tatos (aeronaves mais leves que o ar). A sus-
aceleração aceleração, maior a força.
tentação será proporcional à quantidade de
3ª Lei de Newton Ação e reação Para toda ação correspon- fluido deslocado por um corpo.
de uma reação de igual
intensidade em sentido
Princípio de Bernoulli – Venturi. Lembrando
oposto. que no estreitamento do Venturi, a pressão
diminui e a velocidade aumenta.

Calorimetria – escalas absolutas: Celsius,


CAPÍTULO 07 Fahrenheit e Kelvin.
Zero absoluto – é a menor temperatura possí-
FISICA vel. É igual a -273,15°C / 0°K / -459,67°F.
Umidade relativa – quantidade de vapor
Matéria – tudo que ocupa lugar no espaço. d’água contida na atmosfera. A umidade relati-
va varia de 0 a 100% enquanto a quantidade de
Massa – quantidade de matéria contida num vapor d’água na atmosfera varia de 1 a 4%.
corpo. A massa não varia. Por exemplo, 80 Kg
de massa na Terra, equivalem a 80Kg de mas- Atmosfera – camada gasosa que circunda a
sa na lua. Terra exercendo atividade protetora, principal-
mente contra os raios ultravioletas e infraver-
Peso – aceleração da gravidade incidente so- melhos.
bre um corpo. Variável. Composição – 78% de nitrogênio / 21% de
oxigênio / 1% de outros gases (sendo 0,98% de
Pressão – força exercida numa certa área. argônio).
Quanto maior a força maior a pressão. Quanto Troposfera – também chamada de baixa at-
menor a área, maior a pressão. mosfera, é a camada que possui a maior quan-
tidade de ocorrências meteorológicas. Grande
Altitude – tem relação direta com os demais parte dos voos de aeronaves de pequeno porte,
fatores atmosféricos. Quanto maior a altitude, são efetuados nesta camada. Porém o alto
menor a temperatura, a pressão atmosférica e índice de turbulência, inibe a atividade intensa
a densidade. de aeronaves de grande porte nesta camada.
Principal característica GVT (Gradiente Vertical
Temperatura – tem relação importantíssima térmico)
com as aeronaves, interferem na operação e
eficiência, bem como na determinação do teto Tropopausa – onde grande parte dos voos
operacional de uma determinada aeronave. comerciais é realizada, devido ao fenômeno
conhecido como ISOTERMIA (temperatura
Densidade – quantidade de matéria, contida constante)
num certo volume. Quanto mais matéria contida Estratosfera – onde o céu ganha a coloração
num volume, mais denso é este material. azul devido a reflexão dos raios solares nos
átomos de hidrogênio (em abundancia nesta
Potencia – quantidade de trabalho, produzida camada). Possui a chamada OZONOSFERA
numa certa unidade de tempo. (Camada de ozônio) filtrando os gases bons
dos gases ruins e garantindo nossa sobrevi-
vência.

Básico - Resumo Page 21


Ionosfera – onde se inicia a absorção dos raios Lei dos polos – cargas iguais se repelem e
do sol. cargas opostas se atraem.
Exosfera – se confunde com o espaço sideral.
Atmosfera padrão ISA – temperatura = 15°C / FEM – força que “empurra” os elétrons até a
Pressão = 14,7 p.s.i / 1013,2 hPa / 1 ATM / carga (luz, data show, rádio).
29,92 in/HG / 760 mm/HG ou 76 cm/HG.

Propagação de calor – forma como o calor é Corrente – movimento ordenado no interior de


conduzido, sempre dos corpos mais quentes um condutor.
para os corpos mais frios. Resistencia – restrição ao fluxo de corrente.
Quanto maior a restrição, maior a resistência, e
Condução – molécula a molécula, quanto menor a restrição, menor a resistência.

Convecção – temperatura transportada pelo Lei de ohm = REI do EPI.


vento na vertical.
Circuitos em série = soma-se as resistências.
Fórmulas e conversão – confira a tabela de Circuitos em paralelo = R1XR2/R1+R2
conversão de temperatura: Divisores de voltagem = são resistores que se
aproveitam de uma mesma fonte de força para
CAPÍTULO 08 alimentar outras cargas.

Reostatos e potenciômetros = assimila-se a


ELETRICIDADE BÁSICA uma chave de controle de intensidade rotativa
aumentando ou diminuído a corrente.
Matéria – tudo que ocupa lugar no espaço.
Constituída por moléculas. Magnetismo = polos iguais se repelem; polos
opostos se atraem. É a propriedade de um
Molécula – menor parte divisível da matéria. objeto em atrair materiais metálicos.

Substancias diamagnéticas – toda substancia


Átomos – constituição de uma molécula. Ex: que não é magnética.
uma molécula de água possui dois átomos de
Hidrogênio e um átomo de oxigênio. Escudos magnéticos – todo instrumento pro-
tegido por um ferro doce.

Cargas – cada átomo possui uma carga. As Tipos de imãs – natural e artificial. O mais
cargas podem se eletricamente negativas (elé- utilizado é o artificial pela duração e retenção
trons), eletricamente positiva (prótons) ou ele- de magnetismo por mais tempo. São chamados
tricamente neutras (nêutrons). de imãs permanentes.

Núcleo – o núcleo de um átomo é constituído Retentividade – capacidade de um imã em


basicamente de prótons e nêutrons sempre em reter magnetismo.
igual quantidade.
Eletromagnetismo – enrolando-se um condu-
tor num núcleo de ferro doce, consegue-se
Eletrosfera – assimila-se a atmosfera de um energiza-lo sem qualquer conexão com fonte
átomo, é uma camada externa composta basi- de DDP, apenas pela indução eletromagnética,
camente de elétrons. Os elétrons posicionados ou seja, pelo campo magnético que passa ao
nesta camada são denominados elétrons livres. redor do fio disposto entre dois imãs, um polo
norte e um polo sul.

Quanto mais elétrons livres houver na eletrosfe- Regra da mão esquerda – sentido do fluxo de
ra, melhor condutor é o material. Quanto menos corrente magnética com o polegar da mão es-
elétrons livres houver na atmosfera, melhor querda.
isolante é um material.

Básico - Resumo Page 22


Bobinas – núcleo de ferro doce com “loops” = Ex: 110v para 220 v. Um transformador é cons-
espiras de cobre enrolada no ferro. Concentra tituído por três partes principais: um núcleo de
maior quantidade de magnetismo. ferro doce, um enrolamento primário e um en-
rolamento secundária.
Eletroímãs – são usados em motores elétricos, Diodo – transforma corrente alternada em
geradores, relés, solenoides e outros equipa- corrente contínua.
mentos.
Inversor – transforma CC em CA.
Solenoides – dispositivo eletromagnético que Motor elétrico – transforma energia elétrica em
aciona um mecanismo. Ex: aileron de A320 (fly energia mecânica.
by wire). Gerador – transforma energia mecânica em
energia elétrica.
Relé – controla o fluxo de corrente através da
permissão ou não do fluxo através de um sinal
Código de cores dos resistores
eletromagnético.

Baterias – Chumbo ácido e níquel cádmio (al-


calina). São chamadas de baterias de acumu-
ladores. Objetivo das baterias – converter ener-
gia química em energia elétrica.

Trabalho de baterias – estudar e tabelar


composição e peso especifico.

Densímetro – instrumento utilizado para a veri-


ficação e testes da bateria através de uma
amostra colhida numa das células.

Numa bateria nova esta amostra varia em torno


de 30% de ácido e 70% de água. Uma bateria
com cerca de 50% de carga necessita de re-
carga imediata.

Dispositivos de proteção – fusíveis, CB e


protetores térmicos. CAPÍTULO 09
GERADORES E MOTORES
Dispositivos de controle – chaves ou inter-
ruptores, relés. ELÉTRICOS
Gerador
Medidores D’arsonval – principio aplicado ao Qualquer máquina que transforma energia me-
amperímetro, voltímetro e ohmimetro. cânica em energia elétrica pela indução eletro-
Multímetro –aparelho de precisão usado para magnética.
medir tanto resistência, quanto corrente quanto
tensão. Dínamo – gerador de corrente continua (CC).
Megômetro – basicamente um ohmimetro de Princípio de funcionamento – indução ele-
maior faixa operacional, usado em testes de tromagnética, ou seja, polo norte + polo sul =
resistência ao isolamento (MEGGER). campo magnético. Introduzindo-se um núcleo
Reatância indutiva – oposição ao fluxo de de ferro doce, ele será energizado pelo CM, e
corrente da indutância (como se fosse o resis- com auxílio de bobinas, conseguimos concen-
tor da indutância). trar ainda mais o CM e intensificar corrente e
voltagem.
Capacitância – capacidade de armazenamento
(reservatório elétrico). Os capacitores podem
Capacidade plena – capacidade máxima de
ser fixos ou varáveis.
magnetização de um gerador. Normalmente
Transformadores – alteram a tensão. quando os polos estão certinhos do lado oposto
(norte e sul).

Básico - Resumo Page 23


Quando submetidos a testes de bancada, os
Obs.: quanto mais voltas existir em cada aspi- CSD’s podem variar de 2400 a 9000 RPM.
ra das bobinas, maior será a tensão e corrente
gerada. Motor elétrico – converte energia elétrica em
energia mecânica.
Construção de geradores CC – carcaça, in- Solenoide – utiliza um sinal eletromagnético
duzido e conjunto de escovas. para atuar um mecanismo qualquer.
Carcaça – proteção externa, normalmente fa- Relé – permite ou não a passagem de corrente.
bricada em ferro (eletromagnético) ou em fo-
lhas de aço.
CAPÍTULO 10
Induzido – consiste em bobinas enroladas num
núcleo de ferro doce, coletor e partes mecâni-
cas associadas. Possui dois formatos, anel e PRINCIPIOS DE INSPEÇÃO
tambor (mais utilizado).
Inspeção – verificação visual ou instrumental
Coletor – localizado na extremidade do induzi-
para detalhar a integridade física e estrutural de
do. Quando acionado pelas escovas tende a um material.
quebrar o torque do induzido.
Sistema de inspeção – observações da tripu-
Escovas – geralmente feitas de carvão de boa
lação (não é muito confiável), inspetor de ma-
qualidade, são mantidas no lugar por ação de nutenção e inspeções pré-programadas pelo
suportes. Quando energizadas, acionam os fabricante.
coletores que irão rotacionar o induzido.
Inspeções obrigatórias – a cada 100 horas
Tipos de geradores CC – série, paralelo e
ou 12 meses (o que ocorrer antes).
misto.
Inspeções especiais – são inspeções fora da
Regulador de voltagem de operação de um
data programada pelo fabricante. Normalmente
gerador – determina uma quantidade adequa-
ocorrem em duas ocasiões; 1. Pouso com
da de tensão para o funcionamento adequado
excesso de peso (pouso duro) 2. Turbulência
do gerador, evitando sobrecargas ou déficit de
severa (ventos de vários sentidos que agridem
tensão.
a estrutura da aeronave).
As escovas devem ser retrabalhadas com lixas
Antes de inspecionar uma área, deve-se certifi-
de granulação 0000 e quando atingirem cerca
car que todos os acessos se encontram aber-
de 50% do seu comprimento deverão ser subs-
tos, bem como a limpeza da área (salvo áreas
tituídas. Sob nenhuma circunstância devemos
com tubulações de fluidos –identificação de
utilizar esmeril ou materiais abrasivos para re-
vazamentos antes da limpeza), para que a ins-
trabalhos em geradores principalmente em
peção possa ser realizada.
comutadores e escovas.
Fichas de inspeção – documentação fornecida
Alternadores – são geradores de corrente
pelo fabricante da aeronave ou de componen-
alternada. Geralmente em uso de aeronaves,
tes aeronáuticos, com a finalidade de se obter
são os alternadores trifásicos (polifásico).
um checklist de verificações de rotina, não dei-
xando nenhum item crucial de fora da inspeção.
Inversor – converte uma CC em CA.
Com isso facilita bastante a função do mecâni-
co.
Diodo – converte (retifica) uma CA para CC.
Diário de bordo – documentação do avião
Transmissão de velocidade constante do (histórico) com todos os dados da vida útil des-
alternador – CSD (Constant Speed Drive) – sa aeronave a cada voo. Turbulências, panes,
mantém o funcionamento e a velocidade de um voos, revisões, manutenções, todas as infor-
alternador constante, mesmo com a variação mações uteis estão contidas neste documento.
de potência e rotação dos motores.

Básico - Resumo Page 24


Publicações - publicações são documentações O primeiro passo na partida de um motor é
técnicas que servem como fonte de orientação fornecer adequada fonte de força para o motor
e informação dos mecânicos. São estas: de partida.

 Boletins Sobre falhas na partida de um turbo jato são


 Manual de manutenção classificadas como:
 Manual de revisão
 Manual de reparos estruturais Partida quente
 IPC – Catálogo ilustrado de peças Ocorre quando se dá partida no motor e a tem-
peratura dos gases de exaustão excede os
limites especificados.
ATA 100
Partida falsa ou interrompida
A ATA se divide em Sistema, subsistema e Quando se dá partida e o motor aparenta estar
titulo (21,32,53,55,57) funcionando normalmente, mas a rotação esta
abaixo dos limites especificados. Deve ser cau-
NDT (Testes não destrutivos) sada pela insuficiência de energia elétrica.

MÉTODOS: Motor não pega


Quando o motor não pega no tempo estabele-
Danos superficiais: cido. Deve ser causado pela carência de com-
bustível para o motor, força elétrica insuficiente
 Partículas magnéticas ou mau funcionamento no sistema de ignição.
 Magnaglo / Magnaflux Unidades de fonte de força (também conheci-
 Líquidos Penetrantes das por GPU) fornecem energia elétrica (C.C >
corrente contínua) para partidas no motor e são
Danos internos classificadas como rebocadas ou com tração
própria.
 Radiografia
As rebocadas variam em tamanho e classifica-
 Ultrassonografia
ção pela potência de força.
 Eddy Current Os menores são baterias simples de alta capa-
cidade, sobre rodas ou carrinhos, equipadas
com um cabo longo e uma tomada adaptadora.
As maiores são equipadas com geradores,
CAPÍTULO 11 promovendo uma extensa gama de forneci-
mento de energia.
MANUSEIOS DE SOLO, SEGURANÇA E
EQUIPAMENTOS DE APOIO As unidades com tração própria podem suprir
uma grande gama de saídas de voltagem e
Manuseio de solo, segurança e equipamen- frequência.
tos de apoio
Quando usarmos uma unidade de fonte de
força, devemos colocar em uma posição de
Antes da partida do avião é necessário colo-
segurança, evitando uma colisão com a aero-
carmos o avião com o nariz contra o vento,
nave que esta sendo alimentada e as outras
para que ele receba o fluxo adequado de ar,
que estejam nas proximidades.
refrigerando o motor.
Bancadas portáteis de testes hidráulicos são
Caso a fonte externa seja utilizada, ter atenção
fabricadas de diversos tamanhos e executam
redobrada para que ela possa ser retirada com
algumas funções, como drenar o sistema hi-
segurança.
dráulico da aeronave, filtra todo o filtro hidráuli-
co da aeronave, reabastece o sistema hidráuli-
Durante a partida deve haver no local um bom-
co da aeronave com fluido hidráulico limpo e
beiro com um extintor contendo CO2 próximo
filtrado micrônicamente, testa o desempenho
ao motor que será girado.
dos sistemas e subsistemas da aeronave e por
Retirar todas as proteções ou tampas da aero-
fim testa o sistema hidráulico quanto a vaza-
nave.
mentos internos e externos.

Básico - Resumo Page 25


Unidades de ar condicionado e de aquecimento
são equipamentos de solo destinados a suprir Removendo qualquer um desses fatores o fogo
ar condicionado para o aquecimento ou refrige- se apaga.
ração das aeronaves, liberando grande quanti-
dade de fluxo de ar sob pressão através dos O fogo classe A cede melhor a água (que pode
dutos. ser combinado com alguns anti-congelantes),
pois esfria o combustível abaixo das temperatu-
Fontes de ar para partidas fornecem um supri- ras de combustão.
mento de ar comprimido, para operar motores
de partida pneumáticos em motores turbo jato. Os extintores classe B e C são também efeti-
Consiste de um compressor de turbina a gás vos, mas não se iguala a ação de resfriamento
(GTC), uma bateria de alta capacidade de alta do extintor de classe A.
capacidade de armazenamento, combustível
necessário, óleo, sistemas elétricos, controles e O fogo classe B cede bem ao dióxido de car-
linhas de ar comprimido. bono (CO2), aos hidrocarbonos halogenados
(Halons) e aos pós químicos secos; todos
O equipamento de pré-lubrificação é necessário eles deslocam o oxigênio do ar, tornando a
para a pré-lubrificação da partida de um motor combustão impossível.
novo ou estocado, que tenha ficado parado por
um longo período de tempo. A espuma é efetiva, especialmente quando
usada em grandes quantidades.
Referente ao abastecimento de uma aeronave
deve-se tomar algumas precauções como a A água não é efetiva em fogo classe B
proibição de uma área de 30 metros (100 pés) e ainda espalhará o fogo.
de todo material ou equipamento que produza
centelhamento. O fogo classe C envolvendo fiação, equipa-
mento ou corrente elétrica, cede melhor ao
A aeronave deve ser devidamente aterrada dióxido de carbono (CO2), que desloca o
para evitar centelhamento por energia estática. oxigênio da atmosfera, tornando a combustão
Os incêndios são classificados em três tipos improvável. O equipamento de CO2 deve ser
básicos: provido de uma corneta não-metálica aprovada
para uso em fogo elétrico.
Classe A - fogo em materiais comuns, como
madeira, tecido, papel, e materiais de revesti- Os hidrocarbonos halogenados são muito
mento interno, etc. eficazes em fogo classe C. Os vapores reagem
quimicamente com a chama extinguindo o fogo.
Classe B - fogo em produtos inflamáveis do
petróleo ou líquidos combustíveis como graxas, O pó químico é eficaz, mas possui a desvan-
solventes, tintas, etc. tagem de contaminar o local com o pó. Além
disso, se utilizado em equipamento elétrico
Classe C – fogo em equipamentos elétricos energizado e molhado, ele pode agravar a fuga
energizados, onde a não condutividade do de corrente.
agente extintor é um fator importante.
Para incêndios em equipamentos elétricos
Na maioria dos casos, onde os equipamentos (classe C) não é recomendável a utilização de
elétricos estão desenergizados, os extintores água ou espuma.
aplicáveis às classes A e B também são ade-
quados. O fogo classe D cede á aplicação de pó quími-
co seco, que evita a oxidação e a chama resul-
Classe D, é definida como um fogo em metais tante.
inflamáveis (geralmente envolvem magnésio).
A classe D não é considerada um tipo básico, Técnicas especiais são necessárias no comba-
pois está geralmente associada a um incêndio te ao fogo em metais. Nunca se deve usar
classe A, B ou C. água em um fogo classe D.
Quatro fatores são essenciais para se gerar um Ela provocará uma queima ainda mais violenta,
incêndio: Combustível, calor, oxigênio e rea- podendo causar uma explosão.
ção em cadeia.

Básico - Resumo Page 26


Sobre segurança na manutenção devemos Um quarto local em algumas aeronaves é usa-
tomar algumas precauções: óleo, graxa e ou- do para estabilizar a aeronave enquanto ela
tras substâncias derramadas no chão do han- estiver sendo levantados pelos outros três pon-
gar devem ser removidas imediatamente, ou tos. Quando apenas uma das rodas tiver que
cobertas com um material absorvente, para ser levantada para a troca de pneus ou lubrifi-
evitar fogo ou danos pessoais. cação de rolamentos, um macaco de base sim-
ples deve ser usado e as outras rodas deverão
Devem ser posicionadas bandejas embaixo dos ser calçadas na frente e atrás, para evitar que a
motores sempre que haja algum vazamento. aeronave se movimente.

Em caso de montagem de pneus, para prevenir


possíveis danos pessoais, carrinhos para pneus CAPÍTULO 12
e outros equipamentos apropriados ao levan-
tamento e montagem, devem ser usados na
montagem e remoção de pneus pesados. FERRAMENTAS MANUAIS E DE
MEDIÇÃO
Durante o enchimento de pneus, deve-se sem-
pre usar uma "gaiola". Os martelos são classificados em bola, pena
reta, e pena cruzada. Os martelos são medidos
Para efetuar a ancoragem de uma aeronave, pelo peso da cabeça sem cabo.
devemos estacioná-la de frente para o vento
predominante, depois de posicioná-la correta- Os macetes são feitos de couro cru, borracha,
mente colocaremos calços na frente e atrás de plástico, madeira e fibra. Os macetes são me-
suas rodas. didos pelo diâmetro da cabeça.

Para aeronave de pequeno porte devem ser As chaves de fenda podem ser simples ou em
usadas cordas capazes de suportar pelo menos cruz. São classificados pelo formato, tipo e
3.000 libras de tração e para aeronaves de comprimento da haste.
grande porte cabos de aço (cabos de ancora-
gem) ou correntes (correntes de amarração). As chaves de fenda em cruz, podem ser a
PHILIPS ou REED. AND. PRINCE.
Sobre princípios de tempestades caso uma
aeronave estejam parcialmente desmontadas As chaves PHILIPS e rombuda e a REED AND
devemos recolher a aeronave para o hangar. PRINCE é pontuda.
O movimento de uma grande aeronave no ae- As chaves PHILIPS e REED AND PRINCE não
roporto, entre a linha de voo e o hangar, é nor- são intercambiável.
malmente executado por um trator rebocador
engatado a um garfo de reboque. Uma chave de fenda não deverá ser menor
que 75% da cabeça de parafuso.
Para taxiarmos uma aeronave na pista deve-
mos seguir os seguintes procedimentos:
Uma chave de fenda em “Z” (forma um ângulo
de 90° entre a ponta e a haste) é utilizado onde
 Verde piscando: Livre para o táxi.
o espaço é reduzido e necessitamos de ângu-
 Vermelha fixa: Pare. lo reto.
 Vermelha piscando: Livre o táxi da pista
em uso. Os alicates são medidos pelo comprimento total
 Branca piscando: Retorne ao ponto de e variam 5”a 12”.
partida.
 Vermelha alternando com verde: Tenha O alicate usado para cortar arames de freno e
extremo cuidado. o diagonal.
Para efetuar o levantamento completo da aero- O alicate usado para fazer freno é o bico de
nave utilizando um macaco hidráulico, pelo pato.
menos três lugares ou pontos devem ser prepa-
rados.

Básico - Resumo Page 27


O alicate de bomba de água pode ser conhe- O comprimento da lâmina pode variar de 15 a
cido como de bico de papagaio, gazista e 40cm ou 6 a 16’’.
cinco posições.
As talhadeiras são ferramentas de corte usadas
As chaves de boca combinada ou mista e a para remover rebites, parafusos e porcas. São
chave colar são feitas de aço cromo- vanádio. feitas de metal duro. A talhadeira é medida pela
As chaves de boca crescem ou diminuem de largura da parte cortante. O ângulo de corte de
boca para boca em 1/16” e crescem ou dimi- uma talhadeira é de 60° a 70º.
nuem de chave para chave de 1/16”.
As limas são medidas pelo comprimento sem
Uma chave colar que permite movimento de a espiga. As limas são feitas de aço de auto
15° possuem 12 pontos ou dentes. teor e temperadas. O ângulo de corte simples é
de 65° a 85º. O ângulo de corte duplo é de 40º
Uma chave combinada cresce de chave para a 45º.
chave em 1/16” mais a medida da boca é do
colar são as mesmas. As furadeiras pneumáticas são mais usadas
por motivo de segurança.
O ângulo formado pela boca e a haste de uma
chave sólida é de 15°. Brocas são feitas de aço de alto teor de car-
bono também chamado de aço rápido. Uma
Punções são usados para marcar centros de broca tem um ângulo de 118º.
desenhos marcar furação e iniciar furos, trans-
ferir furos para gabaritos, remover pinos rebites A broca medida por frações, letras ou números,
e parafusos. Os punções são classificados de mas normalmente é medida pelo diâmetro. As
acordo com o formato da ponta. brocas são ferramentas usadas para fazer fu-
ros.
Qual punção usamos para iniciar um furo é o
punção de centro. O punção de centro tem um Os alargadores são usados para alargar furos
ângulo de 60°. feitos com brocas. São feitos de aço carbono
ou aço rápido.
As chaves de gancho, Allen e torquímetros
são chaves especiais. Escareadores cortam em forma cônica, uma
depressão em torno do furo. O ângulo de um
Barra flexível, catracas e haste rígida são mo- escareador padrão é de 100°. Podem possuir
delos de torquímetros. ajustes em incrementos de 0,001”.

As tesouras são classificadas de acordo com o Réguas são feitas de aço, são rígidas ou flexí-
sentido do corte. Os sentidos de corte das te- veis, não podem ser dobradas. Sua menor me-
souras são identificados pela cor da empu- dida é de1/64’’.
nhadura. A tesoura de cabo amarelo para
corte reto, cabo verde para corte direito e cabo Riscador é usado para riscar materiais como
vermelho para corte esquerdo. um lápis ou caneta. Não de vê ser usado em
uma chapa cladeada.
As tesouras se diferem da serra porque durante
o corte ela não retira material. Paquímetro para fazer medidas internas e
externas e profundidades. O paquímetro tam-
O arco de serra pode ser classificado pelo tipo bém é chamado calibre vernier.
de empunhadura, pode ser tipo pistola ou pu-
nho reto. A lâmina da serra é feita de aço rápi- A escala vernier em mm é de 9mm. Divida em
do ou aço carbono. 10 espaços com o valor de 0,9mm por espaço.
O vernier de polegadas tem o comprimento de
O passo da serra é o número de dentes por 7/16” divido em 8 partes iguais de 1/128”.
polegadas. Os dentes da serra apontam para
frente. Pode possuir 14,18,24 ou 32 dentes por Os micrômetros servem para realizar medidas
polegadas, quando maior o passo maior a com milésimos e décimos de milésimos da
dureza do material a ser cortado. polegada.

As partes de um micrômetro são:

Básico - Resumo Page 28


É chamado de empenagem o conjunto de es-
 Móveis – haste e tambor tabilizadores (horizontal e vertical) de comando
 Fixas – arco, bainha e encosto. da cauda da aeronave.

Os machos são ferramentas para abrir roscas O controle de uma aeronave é dividido em três
internas. grupos:
 Grupo primário: Aileron, profundor e
O cossinete é usado para realizar roscas ex- leme de direção.
ternas.
O aileron está localizado no bordo de fuga da
Os punhos para machos ou cossinetes cha- asa, próximo à ponta. Sua função é gerar incli-
mam-se desandador. nação lateral (para direita ou para esquerda).

O conjunto cossinete + desandador, chama- São comandados por um manche (para direita
se tarraxa. e para esquerda).

Ex: Movendo o manche para a direita levanta o


aileron direito e abaixa o esquerdo, provocando
CAPÍTULO 13 a inclinação da aeronave para a direita.

AERODINÂMICA Os profundores estão localizados no bordo de


fuga dos estabilizadores horizontais (empena-
Aeródinos (avião e helicóptero) são aeronaves gem). São comandados por um manche (para
mais pesadas que o ar. frente e para trás). Sua função é levantar (ca-
brar) ou abaixar (picar) o nariz da aeronave.
Aeróstatos (dirigível e balão) são aeronaves
mais leves que o ar. O leme de direção está localizado no bordo de
fuga do estabilizador vertical (empenagem).
A gravidade é a força que tende a puxar todos São comandados por pedais e têm como fun-
os corpos da esfera terrestre para o centro da ção de girar a aeronave para esquerda ou para
terra. direita.

O centro de gravidade (C.G) pode ser consi- Outros comandos:


derado como o ponto no qual todo o peso de
uma aeronave está concentrado. Glissagem se refere a qualquer movimento da
aeronave para o lado e para baixo, na direção
Uma aeronave em voo está sob ação de quatro do interior da curva.
forças:
Derrapagem diz respeito a qualquer movimen-
O aerofólio é uma peça da aeronave que con- to para cima e para fora do centro da curva.
verte a resistência do ar em força útil ao voo.
 Grupo secundário: Compensadores
A corda de um aerofólio é uma linha reta que
liga o bordo de ataque ao bordo de fuga. Os compensadores são pequenos aerofólios
que se encontram encaixados no bordo de fuga
O ângulo de incidência é um ângulo formado das superfícies primárias.
a corda e o eixo longitudinal.
A principal função é de tirar tendências inde-
O ângulo de ataque é um ângulo formado sejáveis do voo. São controlados por manivela
entre a corda e a direção do vento relativo. ou controle elétrico da cabine.
Quanto maior o ângulo de ataque maior é a
sustentação.  Grupo auxiliar: São divididos em dois
grupos:
O vento relativo é gerado pelo o movimento
de uma aeronave. Para diminuir a sustentação: spoilers,
os freios aerodinâmicos.

Para aumentar a sustentação: Flapes,

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slats (aerofólio auxiliar móvel) e slots


(fenda na asa).

O flap é um hipersustentador com característi-


cas de um freio aerodinâmico. Está localizado
no bordo de fuga da asa e sua utilização permi-
te reduzir as distâncias de pouso e decola-
gem.

Os spoilers são freios aerodinâmicos que es-


tão localizados no extradorso da asa.

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