Professional Documents
Culture Documents
Dissertativa Ed. Inclusiva
Dissertativa Ed. Inclusiva
Hoje não se compreende uma educação especial para uma fatia de crianças, não
é necessário separar as pessoas para educar, para ensinar a viver com os
outros, para juntar depois. Inclusão escolar insere-se nos grandes movimentos
contra a exclusão, celebrando a diversidade humana. Educação inclusiva não
significa educação com representações e baixas expectativas em relação aos
alunos, mas sim a compreensão do papel importante das situações
estimulantes, com graus de dificuldade e de complexidade que confrontem os
professores e os alunos com aprendizagens significativas, autênticos desafios à
criatividade e à ruptura das ideias feitas. Educação inclusiva envolve: educação
para todos, é responder a necessidade educativa de todas as crianças e jovens,
a reestruturação da escola (mudanças metodológicas e organizacionais,
sucesso nas aprendizagens para todas as crianças e jovens), perspectiva
centrada no currículo, focalização na classe, a avaliação das condições de
ensino-aprendizagem, a resolução cooperativa de problemas, estratégias para
os professores, adaptação e apoio na classe regular, aprender e respeitar as
diversidades, ao direito à diferença, cooperação, a responsabilidade coletiva, , a
diferença como um desafio, valorização da diversidade, currículo flexível,
educação de sucesso para todos, fazer parte da escola que gera e disponibiliza
as condições e os recursos necessários, ao professor criativo/experimentador e
reflexivo, envolve também uma vontade política (quem vai ser incluso onde,
saber lidar com as diferenças), adaptação do ambiente com relação as pessoas.
O primeiro diz respeito ao foco, em vez de se concentrar nas limitações, a
educação inclusiva deve focar as potencialidades de cada um. Além disso, deve-
se ter o cuidado de construir um relacionamento positivo e afetivo. Por fim,
todos os esforços devem ser envidados para que os alunos com deficiência
possam obter o melhor desempenho possível. Para garantir o cumprimento
desses princípios, é preciso que a escola tenha um projeto
pedagógico inclusivo que garanta a todos os alunos o acesso à aprendizagem.
Reestruturação física, com a eliminação de barreiras, adoção de tecnologias
assistivas e oferta de profissionais especializados são medidas necessárias e
importantes. Entretanto, é preciso, antes de tudo, que os professores recebam a
formação necessária para atender às demandas da educação inclusiva. Essa
formação se dará, por exemplo, por meio de cursos que ofereçam conhecimento
teórico e suporte didático-metodológico para profissionais que desejem atuar na
promoção da inclusão na escola.
PROPOSTA DE ATIVIDADE
Interpretação de imagem
Idade: a partir de 11 anos.
Local: sala de aula ou pátio.
Materiais necessários: venda para todos os alunos, folha de papel e um lápis para
cada aluno.
Preparação: organize os alunos em dois grandes círculos, um menor e um maior. Os
alunos do menor sentam-se virados para dentro e os alunos do maior, sentam-se
virados para fora. Ambos têm de ficar com as costas encontrados no outro aluno. Os
alunos do círculo maior devem ser vendados. No meio da roda, o educador deve
colocar um desenho não-abstrato ou uma fotografia (como sugestão, pode ser uma
página de jornal ou revista com um anúncio publicitário).
Dinâmica: os alunos virados para dentro da roda devem dizer o que é o desenho,
descrever os detalhes e os pormenores da imagem. Os alunos da roda maior devem
desenhar o que está sendo relatado pelo colega e desenhar. O educador pode orientar
perguntando coisas como: está em cima ou embaixo? Grande ou pequeno? À
esquerda ou à direita? Perto ou longe? Ao fim do desenho da primeira turma, os
alunos devem trocar de posição e a professora deve colocar um outro desenho no
centro da roda.
Finalização: refletir junto aos alunos como foi a atividade: fácil ou difícil? Perguntar
aos alunos se eles entenderam os detalhes relatados, se o colega foi claro e objetivo.
Objetivo: explorar a comunicação entre os alunos, frisando a importância do
detalhamento e dos detalhes, porque nem tudo é óbvio, principalmente para quem não
enxerga.
Tempo da atividade: não determinado, depende da complexidade do desenhado
dado e do ritmo da turma em descrever e em desenhar.
Resumo: No ensaio “A crise na educação”, Hannah Arendt afirma que “em toda crise é
destruída uma parte do mundo, alguma coisa comum a todos nós”. A problematização
dessa tese pressupõe considerar a perda de critérios para avaliar a crise na educação
e ao mesmo tempo voltar à questão mesma, à essência da educação. Feito isso,
sugerimos que o amor mundo no pensamento arendtiano é o princípio que articula
responsabilidade e ação por parte daqueles que elegeram a docência como forma de
inserção e atividade no mundo. Como princípio de ação pode inspirar uma nova
prática ético-política no campo educativo.