1) Direito e Moral a) Qual a necessidade do direito? Principal objetivo se pauta na liberdade do indivíduo, promovendo meios de garantir a liberdade e limitar esta liberdade b) Repercussões jurídicas: Podem ocorrer ou não; Existem infinitas relações jurídicas. c) Mecanismos: Normas jurídicas (leis) – Segundo Paulo Dourado de Gusmão: “É a proposição normativa inserida em uma ordem jurídica, garantida pelo poder público ou pelas organizações internacionais. Tal proposição pode disciplinar condutas ou atos, como pode não as ter por objeto, coercitivas e providas de sanção”. Jurisprudências (antecedentes) – termo jurídico que significa: “Conjunto das decisões, aplicações e interpretações das leis. Pode ser entendida de três formas: 1) decisão isolada de um tribunal que não possui mais recursos; 2) conjunto de decisões reiteradas por um tribunal; 3) súmulas de jurisprudência”. d) STJ: Supremo Tribunal – possui função de vincular e acomodar as relações jurídicas. Criado pela CF/88, possui a responsabilidade de uniformizar a interpretação da lei em todo o território nacional. É de sua responsabilidade a solução definitiva de casos cíveis e criminais que não envolvam matéria constitucional, nem a justiça especializada. e) Direito e moral: sanção e coletividade; Moral: segue o foro íntimo, conduta moral – valores interiores do indivíduo; Direito: existem regras, caso não se cumpram, existe a obrigação de cumprimento – obrigação moral; f) Obrigação legal: Dever moral que necessita ser respeitado, possui uma função primitiva (ataque de uma conduta) – busca definir limites, limites estes que estão representados na lei; Algumas regras, contudo, não possuem vínculo com a moral, apenas possuem sentido organizacional das relações sociais; IMPORTANTE: tudo depende do sistema normativa em que a sociedade está inserida e que segue. Valores sociais possuem capacidade de interferir no sistema jurídico. Mudanças de valores na sociedade conseguem promover mudanças no direito. Exemplo: casamento homoafetivo. Moral > ligação meramente moral > direito. g) Direito público: Estado aparece quando Estado soberano, atribuições designadas a ele, relação do Estado como um todo; Pode ser definido como o conjunto de normas que disciplina os interesses vinculados ao Estado. De modo geral, regulamenta a relação dos cidadãos dentro da esfera pública social. IMPORTANTE: Estado às vezes pode parecer como sujeito de direito privado. Exemplo: contrato de locação. Sendo assim, ele intervém e regula as ações. O que importa para reconhecê-lo como sujeito de direito público ou privado é a natureza da ação. h) Direito privado: Estabelece as relações jurídicas entre pessoas (material e jurídico). Dentro de direito privado, existe as relações de direito civil; É o ordenamento jurídico que regula as relações entre particulares – em tese, o Estado não está envolvido nestes casos; É voltado aos direitos e deveres dos cidadãos e empresas; i) Código civil: Parte geral, estudo do direito da parte – direitos reais; É o principal texto legal a regular as relações jurídicas entre pessoas físicas (naturais) e jurídicas, no âmbito do direito privado. Regulamentação sobre o Direito da Família, Direito Empresarial e Contratual, Direito de Sucessões, entre outros. j) Limitações do direito: Parte importante; Partes reais; As limitações do direito ocorrem em todas às áreas, independente se está envolvido direito público ou direito privado. k) Normas de ordem pública e expositivas (de ordem): Diferentes entre si dentro do direito privado; Quando o Estado, regulamenta, por lei, determinadas relações de vida em sociedade, por outro lado ele deixa alguns aspectos, possibilitando que as pessoas exerçam a chamada “autonomia de vontade” ou “autonomia privada” – são chamadas de “regras dispositivas”, estabelecem uma forma básica para as relações jurídicas. 2) Direito Objetivo/ Direito Subjetivo (normas agendi/facultas agendi) a) Direito objetivo Conjunto de regras vigentes num determinado momento, para reger as relações humanas – são impostas coativamente; Conjunto de leis vigentes que nasceram da vontade geral e passam a integrar o ordenamento jurídico. Exemplos: Constituição, legislações Penal, Civil, de Proteção e Defesa do Consumidor, entre outras. b) Direito subjetivo: Designa a capacidade da pessoa de agir dentro das regras do direito – facultas agendi – poder que o indivíduo tem de fazer valer os seus direitos individuais; Nasce da vontade individual. Capacidade do indivíduo de realizar alguma ação ou não, de acordo com a norma; Revelam poder e direito. 3) Direito Civil: a) Conteúdo: Pode ser conhecido como direito do cidadão; Ramo do direito de ordem privada, compreende os direitos e deveres de todos os cidadãos, assim como as suas relações na sociedade; Segundo a CF/88, indivíduo assume personalidade civil a partir do momento de seu nascimento.
4) A Codificação do Direito Civil:
a) Ordenação do reino: Codificação traz consigo a imobilização do Direito, surgindo a necessidade de constantes reformas e adaptações. b) Esboço e consolidação das leis civis de Teixeira de Freitas: Contratado em 1858 para elaborar um anteprojeto de CC brasileiro; Forma de anteprojeto com 4.908 artigos. c) CC de 1916: Esteve em vigor no território nacional de 1 de janeiro de 2017 a 11 de janeiro de 2003; Instituído pela Lei 3071 de 1 de janeiro de 1916; Conhecido também como Código Beviláqua – em homenagem ao seu autor. d) CC de 2002 – parte geral e parte especial: Sancionado em 10 de janeiro de 2002; Lei 10.406; Entrou em vigência em 11 de janeiro de 2003, substituindo o CC de 1916; Parte geral se divide em três livros: I) das pessoas – art. 1º a 78; II) dos bens – art. 79 a 103; III) dos fatos jurídicos – art. 104 a 232; Parte especial se divide em cinco livros: I) direito das obrigações – art. 233 a 965; II) direito de empresa – art. 966 a 1.195; III) direito das coisas – art. 1.196 a 1.510; IV) direito de família – art. 1.511 a 1.783; V) direito das sucessões – art. 1.784 a 2.027. 5) Direito Civil Constitucional: Ramo do direito que trata das normas constitucionais; Parte da premissa que CF é a norma superior a todas. a) Hierarquia das normas: Normas de menor grau devem obedecer às normas de maior grau; Pirâmide de Hans Kelsen; Decretos > Regulamentos > Instruções Normativas > Regimentos > Resoluções > Deliberações. b) Eficácia horizontal dos direitos fundamentais: Também conhecida como “eficácia dos direitos fundamentais”; Reconhecimento que as desigualdades não se situam apenas na relação Estado/particular, como também entre os próprios particulares, nas relações privadas. 6) Sistemas jurídicos abertos e fechados: Sistema jurídico aberto: está em permanente conexão com o mundo social, estando suscetível às alterações do mundo natural, social e individual; Sistema jurídico fechado: pode até se movimentar, mas usa os seus próprios mecanismos, que são extremamente limitados, não estando ao alcance social. 7) Princípios e valores do CC de 2002: Três princípios que guiam: I) sociabilidade ou socialidade; II) eticidade; III) operabilidade;