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6 dre DARIO OA REPURLICAELETRONICE Ajude- nos a ‘Sugestao melhorar Decreto-Lei n.° 257/2007 & Publicagao: Diario da Republica n.° 1356/2007, Série | de 2007-07-16 & Emissor: Minist io das Obras Publicas, Transportes e Comunicagées & Tipo de Diploma: Decreto-Lei & Numero: 257/2007 & Paginas: 4482 - 4490 CELI: ((dentificador Europeu da Legislacao) https://data.dre.pt/eli/dec-lei/257/2007/07/16/p/dre/pt/html © Versio pdf: Descarregar 3 SUMARIO No uso da autorizagao legislativa concedida pela Lei n.* 1/2007, de 11 de Janeiro, institui o regime juridico aplicavel aos transportes rodoviarios de mercadorias, por meio de veiculos com peso bruto igual ou superior a 2500 kg TEXTO Decreto-Lei n.° 257/2007 de 16 de Julho © regime juridico da actividade de transporte rodovidtio de mercadorias, adoptado no direito intemo em consonancia com as Directivas n.os 96/26/CE, do Conselho, de 29 de Abril, e 98/76/CE, do Conselho, de 1 de Outubro, em vigor desde 1999, veio demonstrar, pela experiéncia adquirida com a sua aplicagao, a necessidade de introduzir alguns ajustamentos. Constatou-se ser aconselhavel proceder @ alteragdes ao regime de acesso a actividade, bem como ao regime de organizagdo do mercado do transporte rodoviério de mereadorias, as quais promovam a melhoria das condigdes de prestagdo de servigos ¢ melhorem a capacidade competitiva das empresas operando nesse mercado, Considerando que se tem verificado uma tendéncia de crescimento de empresas que, com recurso exclusivo a veiculos ligeiros de mercadorias, efectuam transportes piblicos ou por conta de outrem, sem que tenham de se sujeitar a quaisquer condigdes de acesso a actividade ou de mercado, o que subverte as condigdes de concorréncia, mostra-se aconselhavel que estes transportes sejam submetidos a regras idénticas as aplicdveis aos restantes transportes j4 submetidos a licenciamento. Ficam, no entanto, excluidos deste regime os transportes efectuados em veiculos de mercadorias de peso bruto inferior a 2500 kg, pela irrelevancia da sua capacidade de carga. ‘No que se refere ao acesso actividade, foram adequadas as regras relativas ao requisito de capacidade profissional, de forma a garantir que cada empresa seja efectivamente gerida pelo titular do certificado de capacidade profissional ¢, ao mesmo tempo, fomentar a obtengdo ou consolidagdo de melhores e mais actualizadas competéncias técnicas. Neste sentido, foi condicionada a validade do certificado de capacidade profissional do responsivel da empresa a uma avaliagdo da sua gestio com boas praticas, que ter em conta o nimero de infracgSes a regulamentagio relevante para o sector, incluindo matérias relacionadas com a propria actividade do transporte rodovidrio de mercadorias, seguranga rodoviaria, ou protecgao do ambiente. Procurando contribuir de uma forma mais activa para a protecgiio do ambiente, so estabelecidas regras condicionantes do licenciamento de veiculos que tenderdo a promover a renovagao das frotas automéveis e, consequentemente, 0 abatimento dos veiculos mais antigos, ou seja, os mais poluentes, Formulou-se um regime sancionatério mais ajustado ¢ dissuasor, designadamente no que respeita 4 aplicagdo de sangio acesséria por excesso de carga, que passa a poder ser aplicada quer a transportadores por conta de outrem quer por conta prépria. Foi também introduzida a punigdo, até aqui inexistente, pela falta de certificado de motorista, exigido aos motoristas nacionais de paises terceiros pelo Regulamento (CE) n.° 484/2002, do Parlamento Europeu ¢ do Conselho, que alterou o Regulamento (CEE) n.° 881/92, também do Parlamento Europeu ¢ do Conselho. Assim: No uso da autorizagdo legislativa concedida pela Lei n° 1/2007, de 11 de Janeiro, e nos termos das alineas a) eb) don. 1 do artigo 198.° da Constituigdo, 0 Governo decreta o seguinte: CAPITULO T Disposigdes gerais Artigo 1° Ambito jo de mercadorias eff 1 - O presente decreto-lei aplica-se ao transporte rodovis tuado por meio de veiculos automéveis ou conjuntos de veiculos de mercadorias, com peso bruto igual ou superior a 2500 kg. 2- Nao estdo abrangidos pelo regime de licenciamento na actividade a que se refere o presente decreto- lei: a) Os transportes de produtos ou mercadorias directamente ligados a gestéo agricola ou dela provenientes efectuados por meio de reboques atrelados aos respectivos tractores agricolas; b) Os transportes de envios postais realizados no ambito da actividade de prestador de servigos postais; oa ou maquinas. culagdo de veiculos aos quais estejam ligados, de forma permanente e exclusiva, equipamentos Artigo 2° Definigdes Para efeitos do disposto no presente decreto-lei e legislagdo complementar, considera-se: a) «Transporte rodoviario de mereadorias» a actividade de natureza logistica e operacional que envolve a deslocagao fisica de mercadorias em veiculos automéveis ou conjuntos de veiculos, podendo envolver ainda operages de manuseamento dessas mercadorias, designadamente grupagem, triagem, recepgio, armazenamento € distribuigao; b) «Transporte por conta de outrem ou piblico» o transporte de mercadorias realizado mediante contrato, que nao se enquadre nas condiges definidas na alinea seguinte; ©) «Transporte por conta propria ou particular o transporte realizado por pessoas singulares ou colectivas em que se verifiquem cumulativamente as seguintes condigdes: i) As mercadorias transportadas sejam da sua propriedade, ou tenham sido vendidas, compradas, dadas ou tomadas de aluguer, produzidas, extraidas, transformadas ou reparadas pela entidade que realiza 0 transporte ¢ que este constitua uma actividade acesséria no conjunto das suas actividades ii) Os vefculos utilizados sejam da sua propriedade, objecto de contrato de locagdo financeira ou alugados em regime de aluguer sem condutor; iii) Os vefculos sejam, em qualquer caso, conduzidos pelo proprietirio ou locatério ou por pessoal a0 seu servigo; d) «Mereadorias» toda a espécie de produtos ou objectos, com ou sem valor comercial, que possam ser transportados em vefculos automéveis ou conjuntos de veiculos; e) «Transporte nacional» o transporte que se efectua totalmente em territério nacional; ) «Transporte internacional» o transporte que implica o atravessamento de fronteiras ¢ se desenvolve parcialmente em territério nacional; g) «Transporte combinado» o transporte de mercadorias em que, na parte inicial ou final do trajecto, se utiliza 0 modo rodoviério e, na outra parte, 0 modo ferrovidrio, © modo aéreo, a via fluvial ou a via maritima; h) «Transportador residente» qualquer empresa estabelecida em territério nacional habilitada a exercer a actividade transportadora; i) «Transportador no residente» qualquer empresa estabelecida num pais estrangeiro habilitada a exercer a actividade nos termos da regulamentagdo desse pais; j) «Cabotagem» a realizagdo de transporte nacional por transportadores nao residentes; 1) «Transportes especiais» os transportes que, designadamente pela natureza ou dimensio das mercadorias transportadas, devem obedecer a condigdes técnicas ou a medidas de seguranga especiais; m) «Transportes equiparados a transportes por conta prépriay os que integrem um transporte combinado ¢ se desenvolvam nos percursos rodoviérios iniciais ou terminais, desde que seja cumprida 4 condigao prevista na subalinea i) da alinea c) e © veiculo tractor seja propriedade da empresa expedidora, objecto de contrato de locagdo finan ceira ou de aluguer sem condutor ¢ seja conduzido pelo proprietario, locatério ou pessoal ao seu servigo, mesmo que o reboque esteja matriculado ou tenha sido alugado pela empresa destinataria, ou vice-versa, no caso dos percursos rodoviarios terminais; n) «Transportes em regime de carga completa» os transportes por conta de outrem em que o veiculo & utilizado no conjunto da sua capacidade de carga por um ‘imico expedidor; 0) «Transporte em regime de carga fraccionada» os transportes por conta de outrem em que o veiculo & utilizado por fracgo da sua capacidade de carga por varios expedidores; p) «Guia de transporte 0 documento descritivo dos elementos essenciais da operagdo de transporte ¢ que estabe lece as condigdes de realizagdo do contrato entre o transportador e 0 expedidor, 4@) «Expedidor a pessoa que contrata com o transportador a deslocago das mercadorias. CAPITULO II Acesso a actividade Artigo 3° Licenciamento da actividade 1 - A actividade de transporte rodoviério de mercadorias por conta de outrem, nacional ou internacional, por meio de vefeulos de peso bruto igual ou superior a 2500 kg, s6 pode ser exercida por sociedades comerciais ou cooperativas, licenciadas pelo Instituto da Mobilidade © dos Transportes Terrestres, I. P. (IMTT). 2- A licenga a que se refere 0 mimero anterior consubs tancia-se num alvaré ou licenga comunitaria, a qual & intransmissivel, sendo emitida por um prazo nao superior a cinco anos, renovavel por igual periodo, mediante comprovagao de que se mantém os requisitos de acesso e de exercicio de actividade. 3 - O IMTT procede ao registo, nos termos da lei em vigor, de todas as empresas que realizem transportes de mereadorias por conta de outrem. Artigo 4° idade Requisitos de acesso e exercicio da acti 1 - So requisitos de acesso ¢ exercicio da actividade a idoneidade, a capacidade técnica e profissional e a capacidade financeira. 2 - E ainda requisito de exercicio da actividade que a empresa tenha a sua situago contributiva regularizada perante a administragdo fiscal e a seguranga social, Attigo 5° Tdoneidade 1 - A idoneidade 6 aferida pela inexisténcia de impedimentos legais, nomeadamente a condenagdo por determinados ilicitos praticados pelos administradores, directores ou gerentes. 2 - So consideradas idéneas as pessoas relativamente As quais nao se verifique algum dos seguintes impedimentos: a) Proibicdo legal para o exercicio do comércio; b) Condenagao com pena de prisio efectiva igual ou superior @ 2 anos, transitada em julgado, por crime contra o patriménio, por trfico de estupefacientes, por branqueamento de capitais, por fraude fiscal ou aduaneira; ©) Condenagio, com transito em julgado, na medida de seguranga de interdigo do exercicio da profissdo de transportador, independentemente da natureza do crime; 4) Condenagdo, com trinsito em julgado, por infracgdes graves a regulamentagdo sobre os tempos de condugdo e de repouso ou A regulamentago sobre a seguranga rodovidria, nos casos em que tenha sido decretada a interdigdo do exercicio da profi do de transportador; ©) Condenagio, com transito em julgado, por infracgdes cometidas 4s normas relativas ao regime das prestagdes de natureza retributiva ou as condigdes de higiene e seguranga no trabalho, & protecgdo do ambiente © 4 responsabilidade profissional, nos casos em que tenha sido decretada a interdigao do exercicio da profissdo de transportador. 3 - Para efeitos do presente decreto-lei, quando seja decretada a san de interdigiio do exercicio da actividade, os administradores, directores ou gerentes em fungdes & data da infracgo que originou a sango acesséria deixam de preencher o requisito de idoneidade durante 0 periodo de interdigdo fixado na deciséo condenatéria. Artigo 6° Capacidade profissional 1 - A capacidade profissional deve ser preenchida por pessoa que, sendo titular do certificado de capacidade profissional a que se refere o artigo 7.°, detenha poderes para obrigar a empresa, isolada ou conjuntamente, ¢ a dirija em permanéncia e efectividade. 2 = Para efeitos do cumprimento do requisito de capacidade profissional, a pessoa que assegura este requisito deve fazer prova da sua inscrigdo na seguranga social, na qualidade de quadro de direcgio da empresa, 3 - A mesma pessoa nao pode assegurar 0 requisito de capacidade profissional a mais de uma empresa, salvo se pelo menos 50% do capital social de cada uma das empresas por ela dirigidas pertencer a0 mesmo sécio, pessoa singular ou colectiva. Artigo 7° Certificado de capacidade profissional 1 - 0 certificado de capacidade profissional para trans portes rodovidrios de mereadorias, nacionais ou internacionais, consoante 0 caso, é emitido pelo IMTT a pessoas que: a) Tenham frequentado acgdo de formagao sobre as matérias referidas na lista constante do anexo i ao presente decreto-lei ¢ que dele faz parte integrante ¢ obtenham aprovagdo em exame, realizado de acordo com as regras constantes do anexo ii ao presente decreto-lei e que dele faz parte integrante; ou 'b) Comprovem curricularmente ter, pelo menos, cinco anos de experiéncia pratica ao nivel de direceao numa empresa licenciada para transportes rodovidrios de mercadorias, nacionais ow internacionais, ¢ obtenham aprovagao em exame especifico de controlo. 2. As pessoas diplomadas com curso do ensino superior ou com curso reconhecido oficialmente, que implique bom conhecimento de alguma ou algumas matérias referidas na lista do anexo i, podem ser dispensadas da formagao ¢ do exame relativamente a essa ou a essas matérias. - Os titulares de certificado de capacidade profis sional, a que se refere o artigo 6.° do Decreto-Lei n. 3/2001, de 10 de Janeiro, ficam abrangidos pela dispensa a que se refere 0 niimero anterior, relativamente 4s matérias de avaliagdo comuns 4 - O IMTT reconhece os certificados de capacidade profissional para transportes rodovidrios de mercadorias, emitidos pelas entidades competentes de outros Estados membros da Unido Europeia, nos termos da Directiva n.° 96/26/CE, do Conselho, de 29 de Abril, modificada pela Directiva n.° 98/76/CE. do Conselho, de 1 de Outubro, 5- A validade do certificado profissional do responsavel da empresa, por periodo superior a cinco anos, fica dependente do exercicio da profissio com boas priticas, tendo em conta as infracgGes as normas relativas a actividade transportadora, 4 regulamentagdo social de transportes, a seguranga rodovidria e a protec¢do do ambiente, bem como a formagao profissional 6 - A comprovagao da frequéncia da formagdo ¢ as condigdes de realizagdo de exames, a que se referem as alineas a) ¢ b) do n.° 1, assim como as condigdes de validade do certificado de capacidade profissional, por periodo superior a cinco, sio definidas por portaria do membro do Governo responsavel pelos transportes. Artigo 8° Capacidade técnica A capacidade técnica consiste na existéncia de meios técnicos e humanos adequados 4 dimensio das empresas transportadoras, de acordo com os critérios a definir por portaria. Artigo 9° Capacidade financeira 1 - A capacidade financeira consiste na posse de recursos financeiros necessérios para garantir 0 inicio da actividade e a boa gestio da empresa. 2 - Para efeitos de inicio de actividade, as empresas devem dispor de um capital social minimo de (euro) 125 000 ou de (euro) 50 000, no caso de exercicio da actividade exclusivamente por meio de veiculos ligeiros. 3 - Durante o exercicio da actividade, 0 montante de capital e reservas no pode ser inferior a (euro) 9000 pelo primeiro veiculo automével licenciado ¢ (curo) 5000 ou (euro) 1500 por cada veiculo automével adicional, consoante se trate de veiculo pesado ou ligeiro 4~ A comprovagao do disposto nos nimeros anteriores é feita por certidio do registo comercial da qual conste 0 capital social e por duplicado ou c6pia autenticada do iiltimo balango apresentado para efeitos de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC) ou por garantia bancaria 5+ A certidao do registo comercial pode ser fornecida mediante a disponibilizagio do cédigo de acesso & certidaio permanente de registo comercial, ou, em alternativa, mediante a entrega da certidéo em papel Artigo 10° Cumprimento das obrigagdes fiscais, A comprovagao da situagdo contributiva da empresa perante a administragao fiscal ¢ a seguranga social € exigivel no momento da renovagdo do alvara e no licenciamento de veiculos. Artigo 11! Dever de informagao 1 ~ Os requisitos de acesso e exercicio da actividade sio de verificagao permanente, devendo as empresas comprovar o seu cumprimento sempre que Thes seja solicitado, 2 - As empresas tém o dever de comunicar a0 IMTT as alteragdes ao pacto social, designadamente modificagdes na administragio, direcgdo ou geréncia, bem como mudangas de sede, no prazo de 30 dias a contar da data da sua ocorréncia. Artigo 12° Falta superveniente de requisitos 1 - A falta superveniente de qualquer um dos requisitos de idoneidade, capacidade profissional ¢ capacidade financeira deve ser suprida no prazo de um ano a contar da data da sua ocorréncia. 2- Para efeitos de suprimento do requisito de capacidade financeira de exercicio da actividade pode ser concedido 0 prazo adicional de um ano, desde que a situagdo econémica da empresa o justifique e mediante a apresentagdo de um plano financeiro, Artigo 13." Renovagio e caducidade do alvaré ou licenga comunitaria 1 - Os pedidos de renovagao de alvara ou da licenga comunitaria devem ser requeridos no IMTT com a antecedéncia minima de 60 dias relativamente ao termo do respectivo prazo de validade. 2- A licenga para 0 exercicio da actividade, alvara ou licen¢a comunitaria caduca: suprida; 4) Decorridos os prazos a que se refere o artigo anterior sem que a falta sej ») Se durante um ano a contar da data da emissGo do alvard ou licenga comunitéria a empresa no licenciado nenhum veiculo automével. 3 -Com a caducidade da licenga para 0 exercicio da actividade caducam todas as licengas dos veiculos automéveis ou cépias certificadas da licenga comunitaria que tenham sido emitidas 4 empresa. CAPITULO IIT Acesso e organizagdo do mercado Artigo 14° Licenciamento de vefculos automéveis 1 - Os veiculos automéveis afectos ao transporte rodoviirio de mercadorias por conta de outrem esto sujeitos a licenga a emitir pelo IMT, quer sejam da propriedade do transportador, objecto de contrato de locagdo financeira, ou contrato de aluguer sem condutor. 2 - Até que a soma dos pesos brutos dos veiculos da empresa ultrapasse 40 t, os veiculos automéveis a licenciar apés a obtengdo do alvaré ou da licenga comunitéria, a que se refere 0 n.° 2 do artigo 3.°, devem necessariamente ser novos, considerando-se que satisfazem esta condigao os veiculos que nio tenham mais de um ano de fabrico contado a partir da data de primeira matricula 3 = So condigdes de emissio de licenga que a idade média da frota de automéveis da empresa ndo exceda 10 anos, sendo determinada a idade de cada veiculo pela data da primeira matricula. 4- As licengas dos vefculos caducam no caso de transmissdo da propriedade ou da posse do veiculo sempre que se verifique a caducidade do alvaré ou da licenga comunitiria. Artigo 15° Identificagao de veiculos Os veiculos automéveis licenciados para o transporte rodoviério de mercadorias por conta de outrem devem ostentar distintivos de identificagao. Artigo 16. Transportes de cardcter excepeional Estio sujeitos a autorizagao, a emitir pelo IMTT, os transportes de carécter excepeional realizados por veiculos afectos ao transporte por conta prépria, cujo peso bruto exceda 2500 kg, em que, cumulativamente: a) As mercadorias ¢ os veiculos nao pertengam ao mes mo proprietirio; b) O transporte seja efectuado sem fins lucrativos por colectividades de utilidade publica ou outras agremiagdes filantrépicas, desportivas ou recreativas; ©) As mercadorias transportadas estejam relacionadas com os fins das entidades que efectuam 0 transporte; 4) Os veiculos utilizados sejam da propriedade da entidade que realiza o transporte, de algum dos seus associados ou cedidos a titulo gratuito por outras entidades. Artigo 17° Transportes internacionais e de cabotagem 1 - Os transportes intemacionais e os transportes de cabotagem a realizar por transportadores nao residentes sediados fora do territério da Unidio Europeia esto sujeitos a autorizagio a emitir pelo IMTT, a qual é condicionada pelo prinefpio da reciprocidade 2 - Os transportes internacionais a realizar por transportadores residentes, entre o territorio portugués & 0 ter ritério de paises ndo membros da Unido Europeia, com quem o Estado Portugués haja celebrado ‘um acordo bilateral ou multilateral sobre transportes rodoviarios, estdo sujeitos a autorizagao a emitir pelo IMT dentro dos limites quantitativos resultantes desses acordos ou convengdes, 3-N convengao multilateral ou por acordo bilateral, tenham sido liberalizados. estio abrangidos pelo regime de autorizagao previsto neste artigo os transportes que, por 4- No caso de transportes realizados por meio de conjuntos de veiculos, a autorizagao sé é exigida ao veiculo automével. Artigo 18. Transportes especiais Os transportes especiais so objecto de regulamentasio especific: Artigo 19 Guia de transporte 1 - Os transportes rodovidrios de mercadorias por conta de outrem sio descritos numa guia de transporte, que deve acompanhar as mercadorias transportadas. 2- A guia de transporte deve conter os elementos que vierem a ser definidos por despacho do presidente do conselho directivo do IMTT. Artigo 20° Documentos que devem estar a bordo do vefeulo Durante a realizagio dos transportes a que se refere o presente decreto-lei, devem estar a bordo do veiculo e ser apresentados & entidade fiscalizadora sempre que solicitado a cépia certificada da licenga comunitéria bem como as licengas e autorizages previstas nos artigos 14.°, 16. ¢ 17.° e, no caso de transporte internacional em que o veiculo é conduzido por um motorista nacional de pais terceiro, 0 respectivo certificado. CAPITULO IV Fiscalizagdo e regime sancionatorio Attigo 21° scalizagao 1- A fiscalizagao do cumprimento do disposto no presente decteto-lei compete ds seguintes entidades: a) Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I. P.; b) Guarda Nacional Republicana; ©) Policia de Seguranga Pablica 2 - As entidades referidas no mimero anterior podem proceder, junto das pessoas singulares ou colectivas que efectuem transportes rodovidrio de mercadorias, a todas as investigagdes e verificagdes necessérias para 0 exercicio da sua competéncia fiscalizadora. 3+ Os funcionarios do IMTT com competéncia na area da fiscalizagao ¢ no exereicio de fungdes, desde que devidamente credenciados, tém livre acesso aos locais destinados a0 exercicio da actividade das empresas. Artigo 22° Contra-ordenagées 1 - As infracgdes ao disposto no presente decreto-lei constituem contra-ordenagdes, nos termos dos artigos 23.934." 2- A tentativa e a negligéncia so puniveis, sendo os limites méximo ¢ minimo da coima reduzidos para metade Artigo 23.° Realizagio de transportes por entidade nao licenciada 1 - A realizagdo de transportes rodoviarios de merea dorias por conta de outrem, por meio de veiculos da auloméveis com peso bruto igual ou superior a 2500 kg, por entidade que no seja titular do alvi que se refere o artigo 32°, & punivel com coima de (euro) 1250 a (euro) 3740 ou de (euro) 5000 a (euro) 15.000, consoante se trate de pessoa singular ou colectiva. 2.- Os transportes por conta de outrem intemacionais e de cabotagem referidos nos Regulamentos CEE n.os 881/92, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de Margo, e 3118/93, do Conselho, de 25 de Outubro, quando efectuados sem a cépia certificada da licenga comunitéria, consideram-se realizados por entidade nio licenciada, sendo aplicaveis as coimas previstas no néimero anterior. Artigo 24° Falta de certificado de motorista nacional de pais terceiro A realizagdo de transportes internacionais a coberto de uma licenga comunitéria, em que veiculo seja conduzido por motorista nacional de um pafs terceiro, sem o certificado exigido pelo artigo 3.° do Regulamento (CEE) n.° 881/92, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de Margo, com a redacgo que Ihe foi dada pelo Regulamento (CE) n.° 484/2002, do Parlamento Europeu ¢ do Conselho, de 19 de Margo, é punivel com coima de (euro) 750 a (euro) 2250. Artigo 25.° Transportes efectuados por entidade diversa do titular do alvara ou da licenga comunitaria 1 = A realizagio de transportes por entidade diversa do titular do alvaré ou da licenga comunitéria a que se refere o artigo 3.° é punivel a) Relativamente ao titular do alv 4 ou da licenga comunitiria, com a coima de (euro) 1250 a (euro) 3740 e de (euro) $000 a (euro) 15 000, consoante se trate de pessoa singular ou colectiva; b) Relativamente a pessoa que efectua 0 transporte, com a coima de (euro) 500 a (euro) 1500 © de (curo) 1500 a (euro) 4500, consoante se trate de pessoa singular ou colectiva 2- So considerados como efectuados por entidade diversa do titular do alvard os transportes em que se verifique alguma das seguintes situagdes: a) Prestago do servigo de transporte com facturagdo ou recibo em regime de actividade liberal; ») Existéneia de contrato para utilizago do veiculo entre a empresa titular do alvard e um terceiro. Artigo 26° Falta de comunicagao A falta de comunicagdo prevista no n.° 2 do artigo 11.° é punivel com coima de (euro) 250 a (euro) 750. Artigo 27° Realizagio de transportes em veiculos sem licenga A realizagio de transportes rodovisrios de mercadorias por conta de outrem, por meio de veiculo automével sem a licenga a que se refere o artigo 142°, & punivel com coima de (euro) 750 a (euro) 2250. Artigo 28° Falta de distintivos 1 - A realizagdo de transportes sem os distintivos a que se refere 0 artigo 15.°, ou quando estes estejam colocados em veiculo automével nao licenciado, é punivel com coima de (euro) 100 a (cure) 300. 2- A ostentagio dos distintivos do transporte por conta de outrem em veiculos nio licenciados para o efeito & punivel com coima de (euro) 1250 a (euro) 3740. Artigo 29° Transportes sem autorizagio 1 - A realizagdo de transportes de caricter excepcional a que se refere o artigo 16.°, sem autorizagio, & punivel com coima de (euro) 1250 a (euro) 3740 ou de (euro) 3500 a (euro) 10 500, consoante se trate de pessoa singular ou colectiva. 2- A realizagdo de transportes intemacionais ou de cabotagem sem as autorizagdes a que se refere 0 artigo 17.° é punivel com coima de (euro) 1000 a (euro) 3000. Artigo 30° Falta ou vicios da guia de transporte 1 - A falta da guia de transporte & punivel com coima de (euro) 250 a (euro) 750. 2- O preenchimento incorrecto ou incompleto da guia de transporte, da responsabilidade do expedidor ou do transportador, consoante a respectiva obrigagdo de preenchimento, & punivel com coima de (cure) 100 a (euro) 300. Artigo 31.° Excesso de carga 1 + A realizagdo de transportes com excesso de carga & punivel com coima de (curo) 500 a (euro) 1500, sem prejuizo do disposto nos niimeros seguintes. 2- Sempre que 0 excesso de carga seja igual ou superior a 25 % do peso bruto do veiculo, a infr punivel com coima de (euro) 1250 a (euro) 3740, 3 - No caso da infracgo a que se refere © nimero anterior, a entidade fiscalizadora pode ordenar a imobilizago do veiculo até que a carga em excesso seja transferida, podendo ainda ordenar a deslocagio ¢ acompanhar 0 veiculo até local apropriado para a descarga, recaindo sobre o infractor 0 énus com as operagGes de descarga ou transbordo da mercadoria, 4 - Sempre que o excesso de carga se verifique no decurso de um transporte em regime de carga completa, a infraccaio ¢ imputavel ao expedidor e ao transportador, em comparticipagao. 5 - Nenhum condutor se pode escusar a levar 0 vei culo pesagem nas balangas ao servigo das entidades fiscalizadoras, que se encontrem num raio de 5 km do local onde se verifique a intervengao das mesmas, sendo punivel tal conduta com a coima referida no n° 2 deste artigo, sem prejuizo da responsabilidade criminal a que houver lugar. Antigo 32° Falta de apresentagao de documentos A no apresentagdo dos documentos a que se refere 0 artigo 20.° no acto de fiscalizagao & punivel com as coimas previstas, caso a caso, no presente decreto-lei, salvo se © documento em falta for apresentado no prazo de oito dias & autoridade indicada pelo agente de fiscalizagdo, caso em que a coima é de (euro) 50 a (euro) 150. Artigo 33." Imputabilidade das infracgdes Sem prejuizo do disposto no artigo 25.°, no n.° 2 do artigo 30.° e no n.° 4 do artigo 31.°, as infraegdes a0 disposto no presente decreto-lei so da responsabilidade da pessoa singular ou colectiva que efectua 0 transporte. Artigo 34° Sangdes acessorias 1 - Com a aplicago da coima por infracgao ao n." 2 do artigo 31.° pode ser decretada a sang acesséria de suspensio da licenga ou de apreensio do certificado de matricula do vefculo automével, consoante se trate de transporte por conta de outrem ou transporte por conta propria, se © transportador tiver praticado trés infraegdes da mesma natureza, com decisio definitiva, ¢ estas tiverem ocorrido no decurso dos dois anos anteriores a data da pritica da infracgao que esta a ser decidida. 2- Com a aplicagdo da coima pela infracgdo prevista na alinea a) do n.° 1 do artigo 25.° pode ser decretada a sangio acesséria de interdigdo do exercicio da actividade, desde que tenha havido anterior condenagao pela pritica da mesma infracgao. ~ A interdigdo do exercicio da actividade, a suspensio da licenga do veiculo ou a apreensio do certificado de matricula, previstas nos nimeros anteriores, tém a duragdo méxima de dois anos. 4 - A aplicagao da sangao acessoria de interdigdo do exert io da actividade implica necessariamente a suspensdo © consequentemente 0 depésito no IMTT das licengas de que a empresa infractora seja titular. 5 + Durante o periodo de duragio da sangio acesséria, aplicada nos termos do n.° 1, a licenga ou 0 certificado de matricula ficam depositados no MTT. Artigo 35.° Infractores no domiciliados em Portugal 1 - Seo infractor nao for domiciliado em Portugal ¢ ndo pretender efectuar o pagamento voluntério, deve proceder ao depésito de quantia igual ao valor maximo da coima prevista para a contra-ordenagio praticada, 2- O pagamento voluntario ou o depésito referidos no nimero anterior devem ser efectuados no acto da verificagdo da contra-ordenagdo, destinando-se o depésito a garantir o pagamento da coima em que 6 infractor possa vir a ser condenado, bem como das despesas legais a que houver lugar. 3 - Se o inffactor declarar que pretende pagar a coima ou efectuar o depésito e ndo puder fazé-lo no acto da verificagdo da contra-ordenagio, deve ser apreendida a documentagio do veiculo até a efectivagio do pagamento ou do depésito, 4 - No caso previsto no nimero anterior devem ser emitidas guias de substituigdo dos documentos apreendidos com validade até ao 1.° dia util posterior ao dia da infracgao. 5 - A [alta de pagamento ou do depésito nos termos dos nimeros anteriores implica a apreensio do veiculo, que se mantém até ao pagamento ou depésito ou a decisdo absolutéria, 6 - O veiculo apreendido responde nos mesmos termos que o depésito pelo pagamento das quantias devidi Artigo 36. Imobilizagio do veiculo 1 - Sempre que da imobilizagdo de um veiculo resultem danos para as mercadorias transportadas ou para proprio veiculo, cabe & pessoa singular ou colectiva que realiza 0 transporte a responsabilidade por esses danos, sem prejuizo do direito de regresso. 2 - So igualmente da responsabilidade da pessoa que realiza o transporte os encargos que resultem da transferéncia para outro veiculo no caso de excesso de carga, sem prejuizo do direito de regresso. Artigo 37° Processamento das contra-ordenagdes - O processamento das contra-ordenagdes previstas neste decreto-lei compete ao IMTT. 2+ A aplicagdo das coimas é da competéncia do presidente do conselho directive do IMTT. - 0 IMT organiza o registo das infracgdes cometidas nos termos da legislago em vigor. Artigo 38.” Produto das coimas produto das coimas é distribuido da seguinte forma: a) 20 % para o IMTT, constituindo receita prépria; b) 20 % para a entidade fiscalizadora; ©) 60 % para o Estado. CAPITULO V Disposigées finais e transitérias Artigo 39 Modelos das autorizagées distintivos Os modelos dos alvaris, licengas, autorizagdes ¢ distintivos referidos no presente decreto-lei, que no estejam previstos em regulamentago comunitéria ou decorram de acordos bilaterais ou convengdes multilaterais, so definidos e aprovados por despacho do presidente do conselho directivo do IMTT. Artigo 40° Afectagao de receitas Constituem receita prépria do IMTT os montantes que venham a ser fixados por despacho conjunto dos Ministros de Estado ¢ das Finangas e das Obras Publicas, Transportes e Comunicagées para as inscrigdes no exame a que se refere 0 artigo 7.° e para a emissao de certificados, dos alvards, licengas, certificados, autorizagées e distintivos referidos no presente decreto-lei. Artigo 41° Disposigdes finais e transitérias ~ As pessoas singulares ou colectivas que 4 data de entrada em vigor do presente decreto-lei efectuem transportes de mercadorias por conta de outrem exclusivamente por meio de veiculos ligeiros, com peso bruto igual ou superior a 2500 kg, dispdem do prazo de 18 meses para se conformarem com os requisitos exigidos para o licenciamento da actividade, a contar da data de entrada em vigor do presente decreto-lei, 2 - Durante periodo a que se refere 0 mimero anterior, os veiculos ligeiros de mercadorias ndo carecem da licenga prevista no artigo 14.° para a realizagao de transportes de mercadorias por conta de outrem, 3 = As empresas que, data de entrada em vigor do presente deereto-lei, sejam titulares de alvard emitido pelo IMTT para actividades de transporte ou para a actividade transitéria podem licenciar veiculos ligeiros para transporte de mercadorias, ndo carecendo de alvara a que se refere 0 artigo 3.° 4-- O alvard para o transporte de mercadorias em veiculos ligeiros, a que se refere o artigo 4.°, pode ser concedido com dispensa do requisite de capacidade profissional s sociedades ou cooperativas que, preenchendo as restantes condigdes de licenciamento, o requeiram nos primeiros seis meses aps a data de entrada em vigor do presente decreto-lei. Artigo 42.° Entrada em vigor 1 - O presente decreto-lei entra em vigor 30 dias apés a sua publicagdo, sem prejuizo do disposto no niimero seguinte, 2- As empresas titulares de alvard para transporte rodoviario de mercadorias a data de entrada em vigor do presente decreto-lei s6 ficam sujeitas ao disposto no n.° 2 do artigo 9.°, no que respeita & capacidade financeira de acesso actividade, a partir de 1 de Janeiro de 2008. Artigo 43." ‘Norma revogatéria 1 - E revogado o Decreto-Lei n.° 38/99, de 6 de Fevereiro. 2 - Enquanto nao for publicada a regulamentacdo a que se refere o presente decreto-lei, mantém-se em vigor a Portaria n.° 1099/99, de 21 de Dezembro, que regula os exames para obtengdo do certificado de capacidade profissional, bem como os despachos n.os 21 994, de 19 de Outubro de 1999, © 14 576/2000, de 30 de Junho de 2000, relatives a guia de transporte e aos disticos. ‘Visto ¢ aprovado em Conselho de Ministros de 10 de Maio de 2007. - José Sécrates Carvalho Pinto de Sousa - Fernando Teixeira dos Santos - Ascenso Luis Seixas Simdes - Manuel Antonio Gomes de Almeida de Pinho - Paulo Jorge Oliveira Ribeiro de Campos. Promulgado em 25 de Junho de 2007, Publique-se © Presidente da Repiblica, Anibal Cavaco Silva, Referendado em 26 de Junho de 2007. O Primeiro-Ministro, José Socrates Carvalho Pinto de Sousa. ANEXOT Lista das matérias referidas no artigo 7.° Os conhecimentos a tomar em con ional devem iderago para a comprovagio da capacidade pro’ incidir, pelo menos, nas matérias mencionadas na lista. Os transportadores rodovidrios candidatos devem possuir o nivel de conhecimentos e aptidées priticas necessdrios para dirigir uma empresa de transportes. O nivel minimo de conhecimentos, a seguir indicado, nao pode ser inferior ao nivel 3 da estrutura dos niveis de formago previsto no anexo a Decisdo n.° 85/368/CEE, isto é, uma formagdo adquirida com a escolaridade obrigatéria complementada por formagao profissional ou formagao técnica complementar, ou por formagao técnica escolar ou de outro tipo de nivel secundirio. As matérias sobre as quais incide essa formagdo a graduagdo indicativa do nivel de conhecimentos exigiveis constam da lista seguinte, com referéncia, nomeadamente, aos temas que 0 candidato deve conhecer ou ser capaz. de interpretar, negociar ou avaliar. il A) Elementos de direito ci 1) Conhecer os principais contratos correntemente utilizados nas actividades de transporte rodoviario, bem como os direitos e obrigagdes deles decorrentes; 2) Ser capaz de negociar um contrato de transporte juridicamente vélido, nomeadamente no que respeita as condigdes de transporte; 3) Ser capaz de analisar uma reclamagao do cliente relativa a danos resultantes quer de perdas ou avarias da mercadoria em curso de transporte quer do atraso na entrega, bem como os efeitos dessa reclamagao, quanto a sua responsabilidade contratual; 4) Conhecer as regras e obrigagdes decorrentes da Convengaio CMR relativa ao contrato de transporte internacional rodoviario de mercadorias. B) Elementos de direito comercial: 1) Conhecer as condigdes ¢ formalidades necessarias para exercer 0 comércio ¢ as obrigagdes gerais dos comerciantes (registo, livros comerciais, ete.), bem como as consequéncias da faléncia; 2) Possuir conhecimentos suficientes sobre sociedades comerciais, formas ¢ regras de constituigo € funcionamento. C) Elementos de direito social: 1) Conhecer © papel ¢ 0 funcionamento das diferentes instituigdes sociais que intervém no sector do transporte rodovidrio (sindicatos, comissdes de trabalhadores, delegados do pessoal, inspecgdo do trabalho, ete.); 2) Comhecer as obrigagSes das entidades patronais em matéria de seguranga social; 3) Conhecer as regras aplicaveis aos contratos de trabalho relativos as diferentes categorias de trabalhadores das empresas de transporte rodovidrio (forma dos contratos, obrigagdes das partes, condigdes e tempo de trabalho, férias pagas, remuneragdo, rescisiio do contrato, ete.); 4) Conhecer as disposigdes do Regulamento (CE) n° 561/2006, do Parlamento Europeu ¢ do Conselho, de 15 de Margo, e do Regulamento (CE) n.° 3821/85, bem como as respectivas medidas priticas de aplicagdo, D) Elementos de direito fiscal: 1) Ao IVA aplicdvel aos servigos de transport 2) Ao imposto de circulagdo dos veiculos; 3) Aos impostos sobre certos veiculos utilizados para o transporte rodovidrio de mercadorias, bem como as portagens e direitos de utilizagao cobrados pela utilizagdo de certas infra-estruturas; 4) Aos impostos sobre rendimento, E) Gestiio comercial e financeira da empresa: 1) Conhecer as disposigdes legais ¢ priticas relativas 4 utilizagdo de cheques, letras, promissérias, cartdes de crédito e outros meios ou métodos de pagamento; 2) Conhecer as formas de crédito (bancério, documentario, fiangas, hipotecas, locagao financeira, aluguer, facturagdo, etc.), bem como os respectivos encargos ¢ obrigagdes delas decorrentes; 3) Saber o que ¢ 0 balango, modo como se apresenta e capacidade de o interpretar; 4) Ser capaz de ler ¢ interpretar uma conta de ganhos e perdas; 5) Ser capaz de analisar a situagdo financeira e rentabilidade da empresa, nomeadamente com base nos coeficientes financeiros; 6) Ser capaz. de preparar um orgamento; 7) Conhecer as diferentes componentes dos seus pregos de custo (custos fixos, custos variaveis, fundos de exploragio, amortizagées, ete.) ¢ ser capaz de calcular por vefculo, ao quilémetro, & viagem ou 4 tonelada; 8) Ser capaz de elaborar um organigrama e organizar planos (relativos a todo o pessoal da empresa, planos de trabalho, ete.); 9) Conhecer os principios de estudos de mercado (marketing), promogdo de venda dos servigos de transporte, elaboracao de ficheiros de clientes, publicidade, relagdes piblicas, etc.; 10) Comhecer os diferentes tipos de seguros préprios dos transportadores rodoviirios (seguros de responsabilidade), bem como garantias, ¢ as obrigagSes dai decorrentes; 11) Conhecer as aplicagdes teleméticas no dominio do transporte rodovidrio; 12) Ser capaz de aplicar regras relativas facturagio dos servigos de transporte rodovidrio de mercadorias ¢ conhecer o significado ¢ os efeitos dos incoterms; 13) Conhe eventual estatuto, 1 as diferentes categorias de auxiliares de transporte, o seu papel, as suas fungdes e 0 seu F) Acesso actividade e ao mercado: 1) Conhecer a regulamentago sobre transportes rodovidrios por conta de outrem, para a locagdo de veiculos industriais, para a subcontratagdo, nomeadamente as regras relativas 4 organizagao oficial da pro’ extracomunitirios, ao controlo e as sangdes; so, a0 acesso 4 mesma, as autorizagdes para os transportes rodovidrios intracomunitérios © 2) Conhecer a regulamentagao relativa ao estabelecimento de uma empresa de transporte rodovisrio; 3) Conhecer os diferentes documentos exigidos para a execugdo dos servigos de transporte rodoviirio ¢ relativos ao veiculo, ao motorista ou 4 mercadoria; 4) Conhecer as regras relativas 4 organizagao do mercado dos transportes rodovidrios de mercadorias, ao tratamento administrativo da carga e a logistica; 5) Conhecer as formalidades de passagem das fronteiras, 0 papel e 0 Ambito dos documentos T ¢ das cademetas TIR, bem como as obrigagGes e responsabilidades que a sua utilizagdo implica. G) Normas téenicas ¢ de exploragio: 1) Conhecer as regras relativas aos pesos e as dimensdes dos veiculos nos Estados membros, bem como 6s procedimentos relativos aos transportes excepcionais que constituem derrogagGes a essas regras; 2) Ser capaz de escolher em fungdo das necessidades da empresa os veiculos ¢ os seus elementos (quadro, motor, érgios de trans istemas de travagem, etc.); 3) Conhecer as formalidades relativas & recepedo, matricula e controlo téenico dos veiculos; 4) Ser capaz de estudar as medidas a tomar contra a poluigdo do ar pelas emissdes dos veiculos a motor © contra 0 ruido; 5) Ser capaz de elaborar planos de manutengao periédica dos veiculos e do seu equipamento; 6) Conhecer os diferentes tipos de dispositivos de movimentagdo ¢ de carregamento (plataformas traseiras, contentores, paletas, etc.), procedimentos ¢ instruges relatives as operagdes de carga ¢ descarga das mereadorias (distribuigdo da carga, empilhamento, estiva, fixagdo, ete); 7) Comhecer técnicas do transporte combinado (rodo-ferroviario ou ro-r0); 8) Ser capaz de pér em pratica os procedimentos destinados a dar cumprimento as regras relativas ao transporte de mercadorias perigosas € de residuos, procedimentos destinados a dar cumprimento is regras decorrentes das Directivas n.os 94/55/CE, ¢ 96/35/CE e do Regulamento (CEE) n.° 259/93; 9) Ser capaz de aplicar os procedimentos destinados a dar cumprimento, nomeadamente, iS regras decorrentes do acordo relativo aos transportes internacionais de produtos alimentares pereciveis ¢ aos equipamentos especializados a utilizar nestes transportes (ATP); 10) Ser eapaz. de aplicar os procedimentos destinados a dar cumprimento 4 regulamentagao relativa a0 transporte de animais vivos. H) Seguranca rodovidria: 1) Conhecer as qualificagdes exigidas aos condutores (carta de condugao, cettificados médicos, atestados de capacidade, etc.); 2) Ser capaz de realizar acgdes para se certificar de que os condutores respeitam as regras, as proibigdes € as restrigdes de circulagio em vigor nos diferentes Estados membros (limites de velocidade, prioridades, paragem e estacionamento, utilizago das luzes, sinalizagdo rodovié ria, etc.); 3) Ser capaz de elaborar instrugdes destinadas aos condutores respeitantes & verificagdo das normas de seguranga relativas ao estado do material de transporte, do equipamento ¢ da carga e & condugdo preventiva; 4) Ser capaz de instaurar procedimentos de conduta em caso de acidente ¢ de aplicar os procedimentos adequados para evitar a repetigdo de acidentes e infracgSes graves. ANEXO II Organizagio do exame para obtengao de capacidade profissional 1 - O exame para obtengdo de capacidade profis sional é constituido por um exame escrito obrigatério, que podera ser completado por um exame oral para verificar se os candidatos a transportadores rodovidrios possuem o nivel de conhecimentos exigidos nas matérias indicadas no anexo i 2-0 exame escrito obrigatorio & constituido pelas duas provas seguintes: 2.1 - Perguntas de escolha miltipla com quatro respostas possiveis, perguntas de resposta directa, ou uma combinagdo dos dois sistemas; 2.2 - Exercicios escritos/analise de casos. A duragao minima de cada uma das duas provas ¢ de duas horas. 3 - No caso de ser organizado um exame oral, a participagdo nesse exame fica subordinada a aprova nas provas escritas. 4- A atribuigao de pontos a cada prova fica subordinada aos seguintes critérios: 4,1 = Se 0 exame incluir uma prova oral, a cada uma das trés provas ndo poderd ser atribuido menos de 25 % do total dos pontos do exame, nem mais de 40 %; 4.2 - Se for organizado apenas um exame escrito, a cada prova nao poder ser atribuido menos de 40 % do total dos pontos de exame, nem mais de 60%. 5 - No conjunto das provas, os candidatos devem obter, pelo menos, uma média de 60 % do total dos pontos do exame. A pontuagdo obtida em cada prova no pode ser inferior a 50 % dos pontos atribuidos 4 mesma, podendo, contudo, ser reduzida a 40 % numa tinica prova.

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