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PolicyNote 3 Reordenamento Glo
PolicyNote 3 Reordenamento Glo
Reordenamento Global,
Crise do Multilateralismo e
Implicações para o Brasil
CENTRO BRASILEIRO DE
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Ficha Técnica
Autoras
Maria Regina Soares de Lima
Marianna Albuquerque
Edição executiva
Anna Jaguaribe
Paula Carvalho
Coordenação editorial
Julia Dias Leite
Luciana Gama Muniz
Apoio editorial
Gabriella Cavalcanti
Henrique Vidal
Design gráfico
Presto Design
Realização:
CENTRO BRASILEIRO DE
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Reordenamento Global,
Crise do Multilateralismo e
Implicações para o Brasil
Marianna Albuquerque
Doutora em Ciência Política pelo Instituto de Estudos Sociais
e Políticos da UERJ (IESP-UERJ)
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Reordenamento Global, Crise do Multilateralismo e Implicações para o Brasil
Este movimento tem sido interpretado de distin- do multilateralismo é não incorporar a diversida-
tas maneiras. Duas dela nos parecem relevantes de de valores e culturas dos países não ocidentais.
para esta discussão. A primeira delas é a hipótese
de R. Gilpin (1981), em que se estaria diante de Somado a isso, outro ponto em comum entre os
uma transição de poder em função da taxa desi- analistas está focado na crescente competição
gual de crescimento militar, econômico e tecno- EUA-China, que se tornou mais acentuada com a
lógico, que tende a alterar o equilíbrio de poder eleição de Donald Trump, e a mudança de orien-
no sistema internacional. A taxa diferencial de tação da política externa da China, a partir da
mudança gera uma redistribuição de poder que, chegada ao poder de Xi Jinping. O gigante asiático
se não resolvida, causa a alteração no sistema. passou de uma postura mais acomodatícia para
O instrumento que soluciona o desequilíbrio é uma de mais alto perfil no plano global, ilustra-
a guerra hegemônica que estabelece um novo da pelo aumento da presença militar no Mar da
equilíbrio, refletindo a nova distribuição de poder China e pela participação ativa em fóruns multila-
no sistema internacional. Independente da plau- terais. O acirramento desta competição contribui
sibilidade da hipótese de Gilpin, argumentos na diretamente para a crise do multilateralismo (mas
linha da transição poder se tornaram mais fre- não se limita a ela), na medida em que afeta as
quentes no debate público nos EUA, a partir da tarefas operacionais das instituições, como a pa-
emergência econômica da China. ralisação de procedimentos decisórios. O caso da
Organização das Nações Unidas (ONU) é o mais
Uma segunda linha de argumentos provém da emblemático, exemplificado pelas acusações de
análise institucional e da ideia, desenvolvida Trump de um suposto viés ideológico da Organi-
por Ikenberry (2009) que a ordem legal e liberal, zação Mundial da Saúde (OMS), justificando assim
construída pelos EUA no pós-Segunda Guerra, é o abandono da mesma.
suficientemente flexível para acomodar poderes
emergentes como a China, na premissa de que Em adição às análises da transição de poder e da
a última acabaria por aceitar e incorporar as nor- corrente institucionalista, é possível olhar para o
mas legais e liberais que dão suporte ao arcabou- atual estado da arte da ordem global pela linha
ço normativo da ordem global. Neste argumento, da Economia Política Internacional. Por essa pers-
o reordenamento global impactaria diretamente pectiva, desponta como chave de leitura a mu-
na crise do multilateralismo atual. Há um claro dança do eixo econômico na direção da Ásia, as
viés etnocêntrico nesta interpretação, uma vez consequências recessivas derivadas da crise do
que cabe à potência emergente a adaptação às capitalismo em 2008, as mudanças estruturais na
normas existentes, e não o contrário. Sua fragili- dinâmica capitalista com a formação de cadeias
dade fica aparente quando se leva em conta que, produtivas globais a partir da realocação da in-
como se verá adiante, um componente da crise dústria na periferia, os desenvolvimentos tecno-
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lógicos e os impactos no emprego e na indústria. Como quer que seja, o reordenamento do poder
Todos estes fatores contribuíram para criar um global, a competição EUA-China, a incerteza eco-
clima de incerteza nas sociedades e gerar reações nômica, a crise do liberalismo e a emergência de
protecionistas e nacionalistas em muitos gover- governos de direita e ultradireita seriam os princi-
nos, desembocando na crise do liberalismo nos pais responsáveis pela crise global na atualidade.
países ocidentais e no enfraquecimento da coa- Se adicionarmos as emergências sanitárias e do
lizão liberal, principal suporte da ordem do pós- meio ambiente que, com a atual pandemia, fo-
Segunda Guerra. ram alçadas às principais ameaças transnacionais
na contemporaneidade, pode-se especular que
Neste contexto de incerteza, a crise dos partidos estamos vivendo um dos momentos mais críticos
e da representação política nos países ocidentais do pós-Guerra Fria. Diferente de crise anteriores,
contribuiu para a proliferação de governos de como o 11 de setembro, episódio que condensou
direita e ultradireita, refratários ao multilateralis- várias situações em um evento único, na atualida-
mo, como um capítulo a parte. Capítulo que não de estamos experimentando várias conjunturas
pode ser explicado apenas por fatores econômi- críticas, com desdobramentos espaciais e tempo-
cos, especialmente no contexto europeu, em que rais distintos, que geram ainda mais incerteza so-
o aumento do número de refugiados fugindo de bre seus desdobramentos futuros. Vivenciamos
situações de violência e pobreza generalizadas, a convergência de eventos críticos sincrônicos e,
incentivou a reação conservadora e o preconcei- portanto, sobressai o imperativo de não confun-
to étnico. Para muitos analistas, a crise do libera- dir a instabilidade da ordem geral com as mani-
lismo, a reação conservadora e a reconfiguração festações em regimes e agendas específicos.
política em países como os EUA, Brasil e vários
países europeus, compõem um quadro de insta-
bilidade análoga aos anos de 1930, com a emer-
gência dos nacionalismos e do ódio racial.
“
Como quer que seja, o
reordenamento do poder
global, a competição EUA-
China, a incerteza econômica,
a crise do liberalismo e a
emergência de governos de
direita e ultradireita seriam
os principais responsáveis
pela crise global na
atualidade.
”
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Partindo dessa perspectiva, a definição baseada instituições multilaterais, por serem baseadas em
apenas no número esconde o fato de que arran- princípios gerais e normas operativas, estabele-
jos formados por múltiplas unidades podem ser, ceriam mecanismos que neutralizariam a preva-
na prática, comandados por um ou por poucos lência da política de poder das grandes potências.
integrantes, desvirtuando o propósito de deci- Por esse motivo, os mecanismos multilaterais
são coletiva (Albuquerque, 2020). Esse processo despontaram como uma estratégia prioritária de
foi descrito por Badie (2011) como sistema inter- países intermediários, como o Brasil. Essa convic-
nacional oligárquico, diplomacia de conivência e ção ganhou força no pós-Segunda Guerra Mun-
diplomacia de clube. Não faltam exemplos histó- dial, período no qual as instituições multilaterais
ricos de como países poderosos formaram agru- emergiram como potenciais mediadoras e como
pamentos de tomada de decisão sem a garantia sustentáculo da nova ordem.
de participação plena dos demais, a exemplo da
Santa Aliança, da Conferência de Berlim e, ainda, Apesar de ser influenciada por aspectos da crise
de ações da Organização do Tratado do Atlântico da ordem internacional, a crise do multilatera-
Norte (OTAN) sem o devido amparo legal. Portan- lismo pode ser definida, de modo geral, como a
to, consideramos importante destacar que mul- incapacidade das instituições e mecanismos mul-
tilateralismo não deve ser confundido com mul- tilaterais de oferecerem soluções para uma série
tipolaridade. A existência de inúmeros polos de de questões de paz e segurança, pandemias, de-
poder não garante que estejam em prática meca- senvolvimento sustentável e mudança climática,
nismos de participação e de inclusão. direitos humanos e governança econômica, para
citar as mais relevantes. Esta incapacidade diante
Dessa forma, para além da quantidade de mem- de situações críticas já era anterior à pandemia,
bros, seriam características do multilateralismo mas ficou mais aparente a partir da explosão da
elementos como a interação, a institucionaliza- crise sanitária, que atingiu toda a população mun-
ção de espaços deliberativos, a redução dos cus- dial, ainda que desigualmente, afetando particu-
tos de transação, a transparência, a pluralidade larmente as parcelas mais vulneráveis da popula-
de opiniões e identidades, e a legitimidade para ção mundial.
sedimentar normas e valores essenciais para a
sociedade internacional (Milani, 2012). A busca Ao ser incapaz de responder satisfatoriamente às
pela participação e pela reciprocidade teriam demandas coletivas, os instrumentos multilate-
como fim último o processo de democratização rais incorrem em uma crise de legitimidade, que
das relações entre os Estados, no sentido que as se traduz na perda de confiança e credibilidade
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Policy Note
“
das instituições. Neste contexto, duas críticas têm
sobressaído: a questão da representatividade e a
inclusão da diversidade. Ambas estão presentes
nas demandas pelas reformas das organizações Ao ser incapaz
multilaterais, como o Fundo Monetário Interna-
cional (FMI), o Banco Mundial e a ONU, em par- de responder
ticular da ampliação dos membros permanentes
com poder de veto do Conselho de Segurança das satisfatoriamente às
Nações Unidas (CSNU), de modo que a instituição
levasse em conta a reconfiguração da nova or-
demandas coletivas, os
dem pós-Guerra Fria. instrumentos multilaterais
Historicamente, esta demanda foi mais forte en- incorrem em uma crise de
tre os países médios e os emergentes. Por parte
do Brasil, a demanda de reforma, presente desde legitimidade, que se traduz
a Liga da Nações, organização que antecedeu a
ONU, parece ter saído da agenda de prioridades. na perda de confiança
Pela primeira vez, na sessão de abertura anual da
Assembleia Geral das Nações Unidas, um presi-
e credibilidade das
”
instituições.
dente brasileiro omitiu de seu discurso a deman-
da pela reforma do Conselho de Segurança. Para
experientes diplomatas brasileiros, como Rubens
Ricupero, é pouco provável que, no atual contex-
to, o tema da reforma do CSNU seja colocado na
agenda da Organização.
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Contudo, David Daokui Li, contesta que exista dente” (1839-1949), processo que se configura,
uma única visão asiática. Pelo tamanho e rele- atualmente, como política estratégica. Para Oli-
vância, os vizinhos asiáticos da China adotam ver Stuenkel, “a pandemia revelou que o desloca-
posturas vacilantes, porque querem e precisam mento de poder está mais avançado do que pa-
se aproximar da China em termos econômicos e rece à primeira vista”. Avaliando o papel dos EUA
comerciais, mas em termos da segurança se pre- na atualidade, o especialista concluiu que o país
ocupam com as implicações dessa aproximação, “se retirou dos três principais debates: comércio,
pela história de conquista territorial daquele país. migração e mudanças climáticas, além da pan-
Apesar de nuances nas respectivas interpreta- demia, configurando uma perda de liderança”.
ções, ambos concordam que é necessário que os Stuenkel acrescentou, ainda, que na Ásia existe
EUA aceitem a China como um “equal partner para uma preocupação em formar uma elite que está
reformar o multilateralismo”. Os especialistas en- se preparando para um novo sistema centrado
fatizam a visão pragmática da China, “não focada no continente.
apenas na ideologia” (ao contrário dos EUA, que
se tonou mais ideológico); pois o país asiático não Na avaliação da crise do multilateralismo, a partir
tenta se envolver na forma de governo dos outros de uma visão europeia, Roland Freudenstein lem-
países, não busca exportar ideologia e coloca em bra que o sistema multilateral não é homogêneo,
preponderância o seu “dever de casa” para cum- citando, por exemplo, que a UNICEF não obedece
prir em relação à sua própria população. à mesma lógica do CSNU. Enquanto a primeira é
um programa voltado para a infância, com certa
A visão brasileira também aponta para a dispu- autonomia orçamentária e de gestão, o segundo
ta EUA-China como um dos fatores do realinha- é um órgão altamente político e com resoluções
mento global, mas enfatiza que é necessária a vinculantes, no qual os efeitos da política de poder
incorporação da diversidade de valores nas nor- são mais evidentes. Para ele, há pouca chance de
mas internacionais. De acordo com Carlos Mila- reforma do Conselho, pois os membros perma-
ni, a China não se enxerga no mundo construído nentes “estão comprometidos com o status quo”.
no pós-Segunda Guerra Mundial, e lembra que, Apesar desse engessamento do CSNU, em outras
na visão dos chineses, não estamos assistindo à instâncias, como a OMS, a China foi habilidosa em
emergência, mas sim à reemergência da China expandir seu ativismo, “porque havia uma lacuna
após o século de ‘humilhação’ do país pelo Oci- deixada pelos EUA e pelos países ocidentais”.
4. Por uma questão de simplificação, estamos tomando as perspectivas de nossos entrevistados como representativas da visão de seu país
ou da região de sua proveniência. Não se trata de uma generalização falaciosa, mas apenas de uma ilustração das diferentes perspectivas
de nossos entrevistados.
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Para Carlos Milani, é necessário pensar os desa- ma”. Contudo, acrescenta, sem a “redução da po-
fios para o Brasil para além do atual governo, e larização doméstica” será impossível um “resgate
“recompor os posicionamentos brasileiros, so- da política externa”. Carlos Milani, por outro lado,
bretudo em direitos humanos e nas negociações considera que este debate não se resume a uma
climáticas multilaterais”. Em vários temas, será “questão de direita ou esquerda”. O país “assumiu
necessário recuperar o prestígio e o papel tradi- compromissos internacionais que comportam os
cional de construtor de pontes nas organizações princípios da tolerância e da diferença – são com-
internacionais, mesmo que para o país seja mais promissos de Estado” e estão “de acordo com os
difícil tal recomposição, pois “não temos exce- preceitos constitucionais brasileiros”.
dentes de poder”. Tanto Milani quanto Stuenkel
lamentam a “perda de legitimidade e do antigo Outro desafio, presente na visão brasileira, tem
soft power” e ressaltam a necessidade de o Brasil a ver com a competição EUA-China e como esta
reestabelecer o diálogo. competição afeta os interesses do país. Segundo
Stuenkel, o risco maior é o Brasil “importar o con-
Ainda que reconheçam que a América Latina já fronto entre EUA e China”, pois os EUA deman-
estava tendo uma resposta fraca em termos eco- dam alinhamento total à estratégia de contenção
nômicos, a região será provavelmente ainda mais da China, uma posição também compartilhada
impactada pela pandemia, o que dificultará, se- pelos Democratas, ainda que os métodos possam
gundo Stuenkel, a sua projeção estratégica. Para ser mais sutis. Agrega Stuenkel, “Pequim interpre-
Carlos Milani, nas tarefas futuras para o Brasil, tará como hostil a escolha brasileira no debate do
de forma a recuperar a reputação que teve ante- 5G” e o país poderá sofrer eventuais retaliações.
riormente, seria necessário recobrar algum papel Neste fio, caberia à diplomacia impedir que “a
construtivo no plano regional, além de restaurar competição atrapalhasse a inserção brasileira”.
a tradicional relação de confiança mútua com os
vizinhos, em particular com a Argentina. No plano De modo geral, é possível apreender das obser-
interno, caberia restaurar a política externa como vações dos palestrantes uma aceitação realista
instrumento de desenvolvimento nacional; para da emergência chinesa, uma “reemergência”, na
tanto, seria necessário recolocar a política exter- verdade, segundo Carlos Milani. Na condição de
na no debate público. um país na semiperiferia do sistema de poder
global, em algumas situações históricas, o país, se
No debate sobre se a política externa é uma polí- alinhou à potência emergente, como no final da
tica pública, Oliver Suenkel observa que não seria Segunda Guerra. De modo geral, porém, preva-
“correto diferenciar política de governo da políti- leceu a equidistância pragmática entre potências
ca de Estado”, adicionando que a “politização da rivais, como ocorreu nos anos 30, anteriores à
política externa não seria exatamente um proble- Segunda Guerra, ou no período do Pragmatismo
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Responsável do Governo Vargas, quando a Euro- Este sentimento está muito bem expresso nas
pa foi considerada como uma opção alternativa palavras do Embaixador Rubens Ricupero para
à negativa dos EUA em nos fornecer tecnologia quem o “Brasil não é ocidental, e não somos en-
sensível. Hoje, excetuando-se a visão da políti- xergados dessa forma”. Tendo em vista nossa
ca externa atual, que professa um “alinhamento formação multicultural e miscigenada e a inser-
sem recompensa”, na definição de Gerson Mou- ção tardia no sistema econômico global, “nossos
ra resgatada por Carlos Milani, no debate entre interesses são coincidentes com a Ásia e com a
acadêmicos e especialistas a visão dominante é a África, não necessariamente com a OCDE”. Ricu-
manutenção da neutralidade diante do conflito. pero acrescenta que nossos “vínculos comerciais
são maiores com os países asiáticos do que com
A nosso ver, esta posição dominante no debate os países ocidentais”, e a China já e o principal
acadêmico deriva da compreensão que o Brasil parceiro comercial do Brasil. Nossa vantagem es-
é um país situado na semiperiferia do sistema tratégica é estar “ausente dos possíveis conflitos
econômico e de poder global. Portanto, as even- na Ásia”. E conclui, a “única forma do Brasil se de-
tuais situações de competição entre as potências fender de conflitos entre grandes potências é por
podem ser vistas como janelas de oportunidades via do multilateralismo”.
para alianças estratégicas benéficas ao país, de
acordo ao modelo da “autonomia na dependên-
cia” de Gerson Moura ou ao bandwagoning com a
potência status quo.
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Ruggie, J. Multilateralism: The Anatomy of an Institution. International Organization, vol. 46, no 3, pp.
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