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História Contemporânea
História Contemporânea
3. A guerra fria
Ao final da Segunda Guerra Mundial, duas superpotências se destacaram
devido ao seu crescimento econômico e seu papel na luta contra a Alemanha
nazista. Foram elas os Estados Unidos da América e a União Soviética. Este
período, comumente chamado de Guerra Fria, ocorreu entre os anos de 1945 e
1989 e foi marcado pela disputa ideológica e por áreas de influência entre as
duas potências.
3.4. O Comecon
Do outro lado do mundo, assim como os EUA apoiaram os países capitalistas,
a URSS forneceu apoio econômico e militar aos países do bloco socialista. Em
1949, foi oficializado o Conselho para Assistência Econômica Mútua
(Comecon), que auxiliava o desenvolvimento e integrava as economias do
Leste Europeu, tendo como lideranças a URSS. De maneira geral, o Comecon
englobava a Hungria, Polônia, Romênia, Bulgária, Mongólia, Tchecoslováquia
e a República Democrática Alemã conhecida como Alemanha Oriental.
4. A guerra fria II
Os anos seguintes foram os que a bipolaridade, a disputa ideológica e as
alianças militares foram levadas ao extremo entre as potências que disputavam
a Guerra Fria. A política de alianças intitulada Doutrina Truman foi reafirmada
com a criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em 1949.
A criação da OTAN buscava reafirmar a existência de um escudo militar do
Ocidente capitalista contra os avanços do bloco socialista apoiado pela União
Soviética, agora organizados com o Comecon. Faziam parte da OTAN o
Canadá, a maior parte dos países da Europa Ocidental e outros países
capitalistas.
4.6. Consequências
A queda do Muro de Berlim marca visualmente o fim da bipolaridade e da
Guerra Fria, sendo um dos acontecimento mais importantes da História
Contemporânea. Ela contribuiu para a queda do bloco comunista do Leste
Europeu, que já se encontrava em crise econômica.
Além disso, contribuiu decisivamente para a reunificação da Alemanha,
trazendo um grande desafio para os governantes da Alemanha Ocidental:
modernizar a porção leste.
Unidade 2 - As independências das colônias europeias
Introdução
Seja bem-vindo à segunda unidade de História Contemporânea: Até a Nova
Ordem Mundial! Nesta unidade estudaremos sobre o pós Segunda Guerra
mundial para além da Europa. Aprenderemos como a Europa perdeu suas
colônias e como foram realizadas as independências das ex-colônias na África
e na Ásia.
Analisaremos especialmente os países africanos que foram partilhados pelas
nações europeias e que passaram pelo processo de descolonização, cada qual
com a sua particularidade e em sua época.
Em seguida, conheceremos mais sobre o Oriente Médio e suas disputas,
envolvendo a Guerra Fria e aspectos religiosos.
2. A descolonização da Ásia
A descolonização da Ásia, com seus processos de independência, ocorreu
simultaneamente às independências ocorridas na África, as quais acabamos de
analisar. Como visto sobre as colônias britânicas na África, foi ao final da
Segunda Guerra Mundial que teve início a desagregação do império colonial
inglês. Analisaremos aqui o caso da Índia Britânica, que se tornou
independente no pós Segunda Guerra, mas que já carregava questões
separatistas desde muito antes.
O BRICS é um grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul,
países que estão com a economia em crescimento e que representam grande
parte do Produto Interno Bruto mundial. Desde 2006 ocorrem reuniões anuais
buscando definir acordos e estratégias de cooperação entre eles.
Juntos, estes cinco países reforçam as pesquisas sobre o mundo globalizado
no qual existe forte tendência à descentralização do poder político-econômico.
Já a União Europeia é uma união econômica na qual 28 países independentes
participam. Nela existe um mercado comum e a aplicação de leis comum a
todos os governos. Dentro do espaço conhecido como Schengen busca-se
garantir a livre circulação de pessoas, assim como de capitais sendo abolido os
controles de passaporte.
Em 1999 foi criada a Zona do Euro, isto é uma união monetária composta por
18 Estados-membro que definem a utilização de uma só moeda, o Euro. Isso
busca garantir a paridade no poder de compra.
Você sabia?
Nos Estados Unidos da América, o Estado de Bem-Estar Social foi essencial
para que o país conseguisse se reerguer após a crise de superprodução
ocorrida de 1929. Naquele caso, o modelo ficou conhecido pelo nome de New
Deal (Novo Acordo), que durante o período de governo de Franklin Delano
Roosevelt aumentou a intervenção do Estado na economia limitando a
produção de mercadorias, acrescentando medidas trabalhistas como o salário
mínimo e investindo em programas de distribuição de renda.Os neoliberalistas
acreditam que tal modelo interferia demais na livre circulação econômica,
impedindo que os países regulem seu mercado pela lei da oferta e da procura.
Então, por exemplo, ao garantir um salário mínimo para todos, o Estado
influenciou na ordem anterior que previa que quanto mais pessoas disponíveis
para trabalhar menor seria o salário pago pelo contratante.
Disponível em:
< https://www.sescsp.org.br/online/artigo/1267_ENTREVISTANICOLAU+SEVC
ENKO . Acesso em: 12 jul. 2019.)
Sendo assim, podemos refletir como os avanços tecnológicos alteraram a
forma com que os países se relacionam, assim como a maneira de
funcionamento do capitalismo atual.
2.2. Consequências do processo de globalização
Partindo das análises realizadas anteriormente, é possível refletir sobre as
contradições do processo de globalização, que, ao mesmo tempo em que
propõe o contato entre a população mundial das mais distintas realidades,
também acentua as diferenças locais por processos como os das
multinacionais desvinculando a criação do produto de sua produção. Os países
agora estão interligados, mas isto acaba justificando a exploração dos países
em desenvolvimento pelos que já são desenvolvidos no modelo capitalista, os
quais vêem na globalização e nos avanços tecnológicos uma maneira de
lucrar e incentivar o capitalismo mesmo frente à exploração exacerbada.
Ao final da década de 1990, começam a surgir movimentos críticos, que se
organizavam para questionar esta globalização “perversa” pelo mundo.
Podemos ler o texto do professor Milton Santos abaixo demonstrando tal
questionamento ao modelo de globalização existente:
“Vivemos num mundo confuso e confusamente percebido. Haverá nisto um
paradoxo pedindo uma explicação? De um lado, é abusivamente mencionado
o extraordinário progresso das ciências e das técnicas, das quais um dos frutos
são os novos materiais artificiais que autorizam precisão e a intencionalidade.
De outro lado, há também, referência obrigatória à aceleração contemporânea
e todas as vertigens que cria, a começar pela própria velocidade.
Todos esses, porém, são dados de um mundo físico fabricado pelo homem,
cuja utilização, aliás, permite que o mundo se torne esse mundo confuso e
confusamente percebido. Explicações mecanicistas são, todavia, insuficientes.
É a maneira como, sobre essa base material, se produz a história humana que
é a verdadeira responsável pela criação da torre de babel em que vive a nossa
era globalizada.
Quando tudo permite imaginar que se tornou possível a criação de um mundo
veraz, o que é imposto aos espíritos é um mundo de fabulações, que se
aproveita do alargamento de todos os contextos para consagrar um discurso
único. Seus fundamentos são a informação e o seu império, que encontram
alicerce na produção de imagens e do imaginário, e se opõem ao serviço do
império do dinheiro, fundado este na economização e na monetarização da
vida social e da vida pessoal. (...) Devemos considerar a existência de pelo
menos três mundos num só: