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D I S C I P L I N A Astronomia

Vida e morte das estrelas

Autores

Auta Stella de Medeiros Germano

Joel Câmara de Carvalho Filho

aula

13
Governo Federal
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva

Ministro da Educação
Fernando Haddad

Secretário de Educação a Distância


Carlos Eduardo Bielschowsky

Reitor
José Ivonildo do Rêgo

Vice-Reitora
Ângela Maria Paiva Cruz

Secretária de Educação a Distância


Vera Lucia do Amaral

Secretaria de Educação a Distância (SEDIS)

Coordenadora da Produção dos Materiais Ilustradora


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Coordenador de Edição Editoração de Imagens


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Carolina Costa
Projeto Gráfico
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Dimetrius de Carvalho Ferreira
Eugenio Tavares Borges
Ivana Lima
Janio Gustavo Barbosa
Johann Jean Evangelista de Melo
Thalyta Mabel Nobre Barbosa
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Revisora das Normas da ABNT
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Verônica Pinheiro da Silva
Kalinne Rayana Cavalcanti Pereira
Revisoras de Língua Portuguesa Thaísa Maria Simplício Lemos
Janaina Tomaz Capistrano
Imagens Utilizadas
Sandra Cristinne Xavier da Câmara
Banco de Imagens Sedis - UFRN
Revisor Técnico Fotografias - Adauto Harley
Leonardo Chagas da Silva Stock.XCHG - www.sxc.hu

Revisora Tipográfica
Nouraide Queiroz

Divisão de Serviços Técnicos


Catalogação da publicação na Fonte. Biblioteca Central Zila Mamede – UFRN

Carvalho Filho, Joel Câmara de.

Astronomia: Interdisciplinar / Joel Câmara de Carvalho Filho, Auta Stella de Medeiros Germano. –
Natal, RN: EDUFRN, 2007.

300 p. : il.

ISBN 978-85-7273-376-2

1. Astronomia. 2. Sistema Solar. 3. Fenômenos astronômicos. 4. Astrofísica. 5. Cosmologia.


I. Germano, Auta Stella de Medeiros.

CDD 520
RN/UF/BCZM 2007/54 CDU 52

Copyright © 2007 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou
reproduzida sem a autorização expressa da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Apresentação

N
a aula 12 (O Sol), ao estudarmos o Sol, vimos que ele é a estrela mais próxima da terra
e que domina o nosso Sistema Solar, observando que, em meio a bilhões de bilhões
de estrelas presentes no Universo, algumas delas são parecidas com o Sol, enquanto
outras podem ser bem diferentes dele. Nesta aula, apresentaremos as principais propriedades
das estrelas e faremos um breve estudo sobre sua formação, evolução e morte.

Objetivos
Entender o que é um objeto estelar e estudar suas
1 características principais.

Conhecer as formas de classificação das estrelas.


2
Compreender o ciclo vital das estrelas, ou seja, como
3 são formadas, como vivem e, finalmente, como morrem.

Aula 13 Astronomia 1
O que é uma estrela?

V
ocê estudou na aula 12 que o Sol é uma estrela, ou seja, um corpo celeste formado por
um gás superaquecido denominado de plasma. As altíssimas pressões e temperaturas
no núcleo dessa estrela permitem que esta produza energia por fusão nuclear. Nesse
processo, ela transforma hidrogênio em hélio, imensa fonte de energia que aquece a superfície
da estrela e faz com que ela brilhe intensamente e seja vista mesmo a grandes distâncias.

A palavra estrela vem do grego antigo astron e dá origem a diversas palavras modernas
tais como astronomia e astrofísica.

A estrela mais próxima da Terra, depois do Sol, é a Proxima Centauri, que está a
39.9 trilhões de quilômetros. Em Astronomia, usamos como unidade de distância o ano-luz,
que é a distância percorrida pela luz durante um ano. Como a luz se propaga à velocidade
de 300.000 km/s e um ano tem 31 milhões e 536 mil segundos, multiplicando essas duas
quantidades, obtemos 9,46 trilhões de quilômetros. Podemos então afirmar que a estrela
Proxima Centauri encontra-se a 4,2 anos-luz da terra, pois sua luz leva 4,2 anos para alcança-
la, sendo essa distância a menor entre todas as outras estrelas em relação a terra. Distâncias
tão grandes explicam por que as estrelas, mesmo sendo algumas mais brilhantes que o Sol,
parecem minúsculos pontos brilhantes no céu noturno.

Quantas estrelas podemos ver no céu? Teoricamente, sob condições ideais num céu
escuro, existem 8.000 estrelas suficientemente brilhantes que podem ser vistas a olho nu.
Lembre, no entanto, que, num determinado instante, somente podemos observar metade da
esfera celeste, caindo a visibilidade para 4.000 estrelas. Infelizmente, essas ótimas condições
de observação só são possíveis se você estiver, por exemplo, no alto de uma montanha
ou num deserto livre de poluição visual e durante uma noite sem Lua, pois à medida que

2 Aula 13 Astronomia
aumenta a poluição visual, o número de estrelas visíveis a olho nu cai consideravelmente.
Na área rural, onde a poluição visual é considerada baixa, a visibilidade é de 750 estrelas;
nas proximidades das cidades, com essa poluição é moderada, pode-se ver 250 estrelas; e
finalmente, na presença de altos níveis dessa poluição na área urbana, essa visibilidade cai para
apenas 80 estrelas. Perceba que a diferença é gritante: das 4000 estrelas que você poderia ver
de uma montanha, sobram aproximadamente 80 visíveis nas áreas urbanas.

Atividade 1

Para perceber o quanto é poluído o céu da sua cidade, faça uma contagem do
número de estrelas que você é capaz de ver a olho nu e compare-o com aquele
estimado numa cidade com alta poluição visual (80). Para facilitar, divida a
abóbada celeste em quatro partes iguais e conte as estrelas apenas em uma
dessas partes. Ao final, multiplique por 4 o número que você encontrou.

Instrumentos como lunetas e telescópios aumentam enormemente nossa capacidade de


observação, permitindo-nos ver um número muito grande de estrelas. Apesar de, mesmo com
os maiores telescópios hoje existentes, não podermos enxergar todas, sabe-se que somente na
nossa galáxia existem mais de 100 bilhões de estrelas. Estima-se que em todo o Universo visível
existam 70 sextilhões de estrelas, isto é, 70 000 000 000 000 000 000 000. Se trabalharmos
com potências de 10, poderemos representar tal número de forma mais compacta: 7 X 1022.

Aula 13 Astronomia 3
Luminosidade e brilho das estrelas

Q
uando observamos uma estrela no céu, notamos que algumas são mais brilhantes do
que outras. No entanto, como elas estão a diferentes distâncias, não podemos afirmar
quais delas são realmente mais luminosas. Por essa razão, é necessário que você
conheça os conceitos de brilho e luminosidade.

A luminosidade L é a quantidade de energia que a estrela emite por unidade de tempo.


Por exemplo, como vimos na aula 12, o Sol emite aproximadamente 3,8 x 1026 joules por
segundo, ou seja, 3,8 x 1026 W. A luminosidade é uma característica intrínseca da estrela e
não depende da distância a que o observador se encontre da mesma.

Quando olhamos uma estrela a uma dada distância, o que percebemos é a luminosidade
aparente ou brilho. O brilho depende da luminosidade e da distância a que nos encontramos
da estrela. Vamos explicar mais detalhadamente: a energia emitida pela estrela propaga-se
igualmente em todas as direções no espaço, dessa forma, a estrela tem que “iluminar” uma
área cada vez maior. Isso quer dizer que quanto mais distante ela vai, menos energia incide
por unidade de área, pois o raio da esfera imaginária que ela está iluminando cresce, sendo
igual à distância.

O brilho é exatamente a luminosidade (quantidade de energia incidente por


unidade de tempo) por unidade de área. Você deve recordar que a área de uma esfera
é proporcional ao quadrado do seu raio. Com isso, o brilho diminui proporcionalmente
ao quadrado da distância da estrela. A Figura 1 ilustra bem o que queremos dizer: se
dobramos (×2) a distância da estrela, o brilho cai quatro vezes (÷22 ); se triplicamos
(×3), cai nove vezes (÷32 ); e assim por diante. Se a distância da estrela for d, a área da
esfera iluminada é 4 πd 2. Podemos, então, expressar o brilho B pela seguinte equação

L
B= Equação (1)
4πd2

1 2 3 4

Figura 1 - Variação com a distância do brilho de uma fonte de luz pontual

4 Aula 13 Astronomia
Atividade 2

Qual a diferença entre luminosidade e brilho de uma estrela?

A Magnitude das estrelas

A
magnitude, também chamada grandeza, é uma outra maneira de medir o brilho das
estrelas criada na Grécia Antiga por Hiparco no século II a.C. Nessa escala de medida,
o brilho das estrelas é dividido em seis magnitudes, de forma que as estrelas mais
brilhantes possuem magnitude 1 e as menos brilhantes, magnitude 6. É uma escala definida a
partir da observação a olho nu, na qual as estrelas de magnitude 6 estão no limite de visibilidade
do olho, sendo necessário, para observar uma estrela com magnitude superior a essa, usar
algum tipo de instrumento como, por exemplo, um telescópio.

Na escala criada por Hiparco, a magnitude é representada por um número inteiro, ou seja,
1, 2, 3, 4, 5 e 6. Contudo, atualmente, com a grande precisão dos instrumentos de medição,
a magnitude pode também assumir valores fracionários; pode ainda ser negativa no caso dos
objetos mais brilhantes do que uma estrela de magnitude 1 ou maior que 6, se for muito fraca.

No século XIX, Norman Pogson (1829-1891) descobriu que se uma estrela X possui
uma diferença de magnitude igual a 1 em relação a uma segunda estrela Y, a estrela X é
aproximadamente 2,5 vezes mais brilhante que a estrela Y. Por exemplo, uma estrela de
magnitude 3 é duas vezes e meia mais brilhante que uma de magnitude 4, que, por sua vez, é
duas vezes e meia mais brilhante que uma de magnitude 5. Como você pode perceber, a escala
de magnitude não é uma escala linear e sim logarítmica. Observe também que, quanto maior
a magnitude de uma estrela, menos brilhante ela é.

Aula 13 Astronomia 5
Atividade 3

Se uma estrela de magnitude 3 tem um brilho igual a B, calcule o brilho de uma


outra estrela de magnitude 1 em termos de B.

Classificação das estrelas

E
xistem muitos tipos de estrelas, as quais se diferenciam umas das outras principalmente
pela sua massa, luminosidade intrínseca e composição química. Ao longo das suas
vidas, essas características podem mudar, pois a estrela se transforma e termina como
um tipo mais “exótico” de objeto. Dependendo, então, do processo por que passa e da sua
massa original, ela pode terminar como uma anã marrom, anã branca, uma estrela de nêutrons
ou um buraco negro.

Na classificação internacionalmente adotada, as estrelas são agrupadas em classes que


recebem a seguinte denominação: O, B, A, F, G, K e M. Em inglês, para se memorizar essas
classes, usamos a frase: “Oh, Be A Fine Girl, Kiss Me”. Elas são também chamadas classes ou
tipos espectrais, pois caracteriza-se a estrela de acordo com o seu espectro eletromagnético.
Observa-se que essa seqüência classificatória corresponde a uma seqüência decrescente de
temperatura superficial das estrelas. Assim, as estrelas O são mais quentes do que as B, que,
por sua vez, são mais quentes do que as A, e assim por diante. As mais frias são as K e M.

6 Aula 13 Astronomia
Atividade 4
Invente uma frase em português que lhe faça lembrar das letras usadas na
classificação espectral das estrelas (O, B, A, F, G, K e M).

Se você olhar para o céu estrelado numa noite escura, poderá notar que nem todas as
estrelas são da mesma cor. Algumas delas parecem brancas, outras são azuladas e muitas
vão parecer alaranjadas.

Se você aquecer um pedaço de ferro até ele ficar “em brasa”, perceberá que quanto
mais aquecido, sua cor muda do vermelho escuro para o alaranjado, podendo ficar azulado
e esbranquiçado. Assim são as estrelas: sua cor depende da temperatura na sua superfície.
Ou seja, a temperatura superficial das estrelas determina a sua cor aparente. Sabemos, por
exemplo, que as estrelas O e B são azuis, as A e F são esbranquiçadas, as G são laranja-amarelo
e as K e M, vermelhas. As temperaturas superficiais variam de 50.000 K para estrelas O3 até
2.000 K para as do tipo M9. Cada uma das classes de O a M é subdividida em 10 subclasses,
numeradas de 0 a 9, por exemplo, A0 – A9. O nosso Sol é classificado como sendo do tipo
espectral G2. Na Tabela 1 apresentamos algumas características dos vários tipos espectrais.

Tabela 1 - Principais características dos tipos espectrais das estrelas

Tipo espectral Cor Temperatura superficial (K) Exemplos


O Azul 30.000
B Azulada 20.000 Rigel (B8)
Veja (A0)
A Branca 10.000
Sirius (A1)
F Amarelada 7.000 Canopus (F0)
Sol (G2)
G Amarela 6.000
Alfa Cen (G2)
Arcturus (K2)
K Laranja 4.000
Aldebaran (K5)
M Vermelha 3.000 Betelgeuse (M2)

Fonte: http://www.telescopiosnaescola.pro.br/aga215/cap10.pd Acesso em: 16 jun. 2007.

Aula 13 Astronomia 7
Atividade 5
Qual a cor e a temperatura superficial de três estrelas, se o tipo espectral destas
for B, G e M?

O diagrama de Hertzprung-Hussel

O
diagrama de Hertzsprung-Russell ou simplesmente diagrama HR é um diagrama
importantíssimo para a compreensão da evolução das estrelas. Ele foi descoberto em
1911, independentemente, pelos astrônomos Ejnar Hertzprung (dinamarquês) e Henry
Russell (americano). Suponha que você trace numa folha de papel dois eixos perpendiculares.
No eixo vertical, vamos indicar a luminosidade intrínseca ou a magnitude absoluta das estrelas;
no eixo horizontal, colocamos a temperatura superficial em ordem decrescente ou, a classe
espectral da estrela.

Se tomarmos um grande número de estrelas e fizermos um gráfico com cada ponto


representando uma estrela, verificaremos que elas tendem a se agrupar somente em certas
regiões do diagrama (Figura 2). A região predominante é ao longo de uma faixa mais ou menos
diagonal que vai do canto inferior direito (estrelas mais frias e menos brilhantes) ao canto
superior esquerdo (estrelas mais quentes e brilhantes). Essa curva foi denominado pelos
astrônomos de Seqüência Principal.

O que determina a posição de uma estrela na Seqüência Principal é a sua massa. Assim,
estrelas muito massivas são mais quentes e mais luminosas, enquanto estrelas de baixa massa
são mais frias e têm baixa luminosidade.

As estrelas gigantes e supergigantes vermelhas encontram-se acima da Seqüência


Principal. São muito luminosas, mas são estrelas frias. Por outro lado, as anãs brancas
estão localizadas no canto inferior esquerdo, tendo luminosidade baixa, mas possuindo altas
temperaturas. O Sol, juntamente com a maior parte das estrelas visíveis a olho nu, encontra-se
na Seqüência Principal.

8 Aula 13 Astronomia
Classe Espectral

Fonte: <http://astro.if.ufrgs.br/estrelas/node2.htm>.Acesso em: 18 jun. 2007.


O B A F G K M
-10
104
-5
2
10

Magnitude Absoluta
Luminosidade (Lsol)

0
0
10
+5

10-2 +10

10-4 +15

10-6 +20
20000 14000 10000 7000 5000 3500

Temperatura Absoluta (K)

Figura 2 - Diagrama de Hertzsprung-Russell

Na Tabela 2 apresentamos outras características das estrelas para cada tipo espectral,
tais como massa, raio, luminosidade e temperatura. Os símbolos R, M e L representam o
raio, a massa e a luminosidade do Sol, respectivamente.
Tabela 2 - Propriedades das classes espectrais das estrelas

Raio Massa Luminosidade Temperatura


Classe espectral
R/R M/M L/L °K
O2 16 158 2.000.000 54.000
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sequ%C3%AAncia_principal Acesso em: 18 jun. 2007.
O5 14 58 800.000 46.000
B0 5,7 16 16.000 29.000
B5 3,7 5,4 750 15.200
A0 2,3 2,6 63 9.600
A5 1,8 1,9 24 8.700
F0 1,5 1,6 9,0 7.200
F5 1,2 1,35 4,0 6.400
G0 1,05 1,08 1,45 6.000
G2 1,0 1,0 1,0 5.900
G5 0,98 0,95 0,70 5.500
K0 0,89 0,83 0,36 5.150
K5 0,75 0,62 0,18 4.450
M0 0,64 0,47 0,075 3.850
M5 0,36 0,25 0,013 3.200
M8 0,15 0,10 0,0008 2.500
M9.5 0,10 0,08 0,0001 1.900

Como veremos mais adiante, as estrelas passam a maior parte de suas vidas na Seqüência
Principal.

Aula 13 Astronomia 9
Atividade 6
Indique na Figura 2 onde devemos encontrar: (a) estrelas massivas e quentes;
(b) estrelas de baixa massa e frias; (c) estrelas gigantes vermelhas; e (d) estrelas
anãs brancas.

Atividade 7

Construa um diagrama HR, usando, inicialmente, a Tabela 2, calcule


1 o logaritmo da luminosidade e da temperatura das várias classes
espectrais e coloque na tabela a seguir. Em seguida, faça um gráfico
no qual o eixo X corresponda ao Log T e o eixo Y, ao Log (L/L).
Observe que a escala do eixo X está em ordem decrescente e, para
cada par de valores de Log T e Log (L/L) da tabela, coloque no
gráfico um ponto correspondendo a cada tipo espectral.

Classe Luminosidade Temperatura


espectral Log (L/L) Log T
O2
O5
B0
B5
A0
A5
F0
F5
G0
G2
G5
K0
K5
M0
M5
M8
M9.5

10 Aula 13 Astronomia
Log (L/L0)

Log T

Que conclusões você pode tirar do resultado? Você é capaz de


2 identificar no seu gráfico a Seqüência Principal?

Aula 13 Astronomia 11
Nascimento, vida e
morte das estrelas

Q
uando olhamos à noite para o céu, observamos milhares de estrelas que parecem brilhar
eternamente de forma constante. Você já deve ter observado como, na natureza, os
seres vivos seguem um ciclo que é, ao menos até o presente momento, inexorável, isto
é, eles nascem, passam por vários estágios de suas vidas e, finalmente, morrem. Assim somos
nós: primeiro um embrião, depois uma criança, a vida adulta e, no fim da velhice, vem a morte.

Como os seres vivos na Terra, as estrelas não são imutáveis, elas não são vivas no sentido
que damos a essa palavra, porém, passam por estágios semelhantes aos seres vivos: nascem,
vivem e morrem. Comparada com a do homem, a vida de uma estrela é muito mais longa,
o que dificulta a observação das mudanças que nelas ocorrem. Por outro lado, observando
cuidadosamente o cosmos, os astrônomos podem observar estrelas nos diferentes estágios das
suas vidas. É como se fôssemos a um parque e observárssemos bebês, crianças, adolescentes,
adultos e pessoas bastante idosas. Foi a partir dessas observações que eles concluíram que
as estrelas nascem, “crescem”, existem por muitos anos, envelhecem e morrem.

Na fase embrionária, são chamadas de proto-estrelas; depois que “nascem”, passam por
uma longa fase adulta a qual pode ser mais curta ou mais longa, dependendo da sua massa:
por fim, morrem de maneiras variadas. Esse paralelo entre o ciclo de vida das estrelas e o do
homem está bem ilustrado na Figura 3, cuja discussão será feita na próxima seção.

Proto-estrela Inguinição da fusão Sequencia principal Gigante vermelha/super gigante Anã branca / Buraco negro

Fonte: http://aspire.cosmic-ray.org/labs/star_life/starlife_main.html Acesso em: 12 out. 2007.


Feto Infãncia até vida adulta Meia idade Velhice / morte

Figura 3 - O ciclo de vida de uma estrela e do homem

12 Aula 13 Astronomia
Formação e evolução das estrelas
A seguir, vamos descrever com mais detalhes esta aventura que é o ciclo de vida das estrelas.

Nasce uma estrela


Você deve lembrar da nossa aula 11 (O Sistema Solar) sobre o Sistema Solar, na qual
descrevemos brevemente o processo que deu origem ao Sol e aos planetas. Faremos aqui uma
análise mais detalhada sobre a origem das estrelas. Na aula 12, vimos que o Sol faz parte de um
sistema com um número muito grande de estrelas denominado de galáxia. Dentre as muitas
galáxias existentes no universo, a nossa, em particular, é chamada Via Láctea ou simplesmente
a Galáxia, possuindo mais de 100 bilhões de estrelas.

Tais estrelas encontram-se num ambiente repleto de gás, poeira e moléculas, estando
boa parte dele concentrado em imensas nuvens. É exatamente nessas nuvens onde nascem
novas estrelas, motivo pelo qual astrônomos costumam chamá-las de berçários de estrelas.
Essas nuvens são altamente não uniformes, ou seja, sua densidade varia bastante de um lugar
para outro.

Naquelas regiões onde a nuvem é mais densa, a concentração de matéria é maior e a


força de atração gravitacional que exercem sobre as regiões vizinhas faz com que elas atraiam
mais gás para si mesmas. Com isso, sua massa vai crescendo e cada vez mais matéria se
acumula no mesmo lugar.

O estado de equilíbrio dessas nuvens também pode, eventualmente, ser perturbado pela
passagem de ondas de choque de pressão resultante da explosão de uma estrela (supernova)
ou do gás quente liberado por estrelas brilhantes próximas. Devido à gravidade própria dessa
concentração de matéria, o gás no centro da nuvem torna-se muito mais denso. O processo
do colapso pode levar em média de 10.000 a 1.000.000 anos.

Sabemos que quando comprimimos um gás ele é aquecido e isso é o que acontece
no centro da nuvem, ou seja, a temperatura e a pressão começam a crescer enormemente.
Devido às altas temperaturas a região central da nuvem começa a emitir radiação sob forma de
calor, a qual chamamos radiação infravermelha – temos agora uma proto-estrela. Esse estágio
proto-estelar pode durar aproximadamente 50 milhões de anos. Trata-se de um processo que
acontece em vários pontos da nuvem, dando origem assim a várias proto- estrelas.

Se essa proto-estrela tiver massa suficiente, continuará a se contrair e sua temperatura


central crescerá enormemente. Ao atingir 15 milhões de graus, têm início as reações nucleares
de fusão do tipo que discutimos na aula 12. Recordando brevemente essa reação, temos que,
quatro núcleos de átomos de hidrogênio, ou seja, quatro prótons se fundem para formar um
núcleo de hélio, liberando uma grande quantidade de energia; a energia liberada na reação de
fusão passa agora a aquecer o núcleo, é transferida para a superfície, mantendo-a também
aquecida e é, finalmente, irradiada para o espaço (ver aula 12 na seção “O interior do Sol”).
A forte pressão do gás aquecido impede que a estrela continue se contraindo e ela entra em
equilíbrio. Nasce, assim, uma estrela.

Aula 13 Astronomia 13
Berçário de estrelas
A Figura 4 mostra um detalhe da famosa Nebulosa da Águia (M16) que se
encontra a 7.000 anos-luz de distância da Terra. Ela é uma nuvem gigante de gás e
poeira interestelar e constitui-se numa região onde existe uma grande atividade de
formação de estrelas. Nessa figura (foto tirada pelo telescópio espacial Hubble),
podemos ver colunas de gás, que passaram a ser chamadas “Os Pilares da
Criação”, além de muitas estrelas jovens sendo formadas. Por isso ela é um
verdadeiro berçário estelar iluminado pela luz ultravioleta emitida pelas estrelas
recém-nascidas.

O pilar mais alto tem aproximadamente 1 ano-luz, da base até o topo. As colunas
são constituídas por hidrogênio molecular frio muito denso e por poeira; sua
superfície é iluminada pela luz ultravioleta, que destaca a natureza tridimensional
das nuvens. No interior dessas colunas de gás e poeira, existem pequenos
glóbulos muito densos e onde novas estrelas estão sendo formadas.

Fonte: http://www.floridamuseum.org/downloads/4_Eagle_Nebula.jpg
Acesso em: 11 out. 2007.

Figura 4 - Os “Pilares da Criação” na Nebulosa da Águia

Atividade 8
O que é uma proto-estrela e como ela é formada?
1
A que temperatura no núcleo da proto-estrela têm início as reações
2 nucleares de fusão do hidrogênio?

14 Aula 13 Astronomia
1.

sua resposta
2.

A vida de uma estrela


Como vimos anteriormente, a partir do momento em que o centro da proto-estrela atinge
a temperatura necessária para dar início às reações de fusão nuclear, a estrela começa a existir
como tal. Se conhecermos a luminosidade e a temperatura superficial ou classe espectral da
estrela, voltamos ao diagrama H-R e vamos localizá-la nesse diagrama na faixa que denominamos
“Seqüência Principal”, ou seja, quando o objeto se torna uma estrela de fato, ele “entra” nessa
faixa. Podemos dizer que uma vez na fase adulta, a estrela pode passar 90% da sua vida (o que
em muitos casos pode ser bilhões de anos) na Seqüência Principal, tornando essa fase um tanto
monótona. Durante esse período, ela está consumindo no seu interior o hidrogênio que, através
das reações de fusão, vai lentamente sendo transformado em hélio.

Para uma dada composição química e idade estelar, a luminosidade de uma estrela, ou
seja, a energia total irradiada por unidade de tempo, depende apenas de sua massa. Existe
uma relação matemática que diz que a luminosidade L de uma estrela é aproximadamente
proporcional ao cubo da sua massa M, ou seja,

L ∝ M3 Equação (2)

Essa relação é válida para as estrelas da Seqüência Principal. Por exemplo, uma estrela
que tem a massa dez vezes maior que a massa do Sol é mil vezes mais luminosa que o Sol.
Por outro lado, se a estrela possuir metade da massa solar, sua luminosidade é dez vezes
menor que a do Sol.

Aula 13 Astronomia 15
Quanto maior a massa de uma estrela da Seqüência Principal, mais brilhante e azul ela
é. Já as estrelas de menor massa são menos brilhantes e avermelhadas. Um exemplo das
primeiras é Sirius, uma estrela da constelação do Cão Maior. Ela é mais massiva do que o Sol
e é notoriamente azul. Por outro lado, Próxima Centauro, nossa vizinha mais próxima, é menos
massiva do que o Sol, e é, portanto, menos luminosa e avermelhada.

Como a estrela tem uma quantidade limitada de hidrogênio no seu núcleo, ela não poderá
ficar para sempre na Seqüência Principal “queimando” esse combustível. Devido à relação
entre massa e luminosidade (L∝M3), quanto maior a massa, maior será a luminosidade
e, consequentemente, tanto menor será a duração dessa fase da sua vida. No quadro 1,
apresentamos o tempo de vida das estrelas na Seqüência Principal em função da sua massa.

Massa Tempo de vida na SP


60 MSol 2 milhões de anos
30 MSol 5 milhões de anos
10 MSol 25 milhões de anos
3 MSol 350 milhões de anos
1 MSol (Sol) 9 bilhões de anos
0,1 MSol Trilhões de anos

Quadro 1 - Idade das estrelas na SP (Seqüência Principal)

Vemos que uma estrela com mais de 50 massas solares não passará mais do que alguns
milhões de anos na Seqüência Principal. Porém, estas existem em menor número. A grande
maioria, como o Sol, possui massas menores e ficará ali por vários bilhões de anos. O Sol
possui uma idade que é aproximadamente metade desse tempo.

Depois que uma estrela esgota seu estoque de hidrogênio no núcleo, a estrela começa a
se expandir e torna-se mais luminosa e mais vermelha. Em outras palavras, ela transforma-se
numa estrela gigante vermelha.

É o começo do fim; a morte se aproxima!

Atividade 9
Que fração do seu tempo de vida uma estrela permanece na
1 Seqüência Principal?

As estrelas de maior massa passam mais ou menos tempo na Seqüência


2 Principal? E quanto às estrelas de baixa massa?

16 Aula 13 Astronomia
A morte das estrelas
Quando se aproximam os momentos finais de sua vida, o destino de uma estrela depende
fortemente da sua massa. Por tal razão, examinaremos separadamente o destino das estrelas
de massa mais baixa e de estrelas mais massivas.

Estrelas de baixa massa


O nosso Sol pode ser considerado uma estrela comum, de massa relativamente baixa. Em
estrelas desse tipo, quando todo o hidrogênio disponível no núcleo é transformado em hélio
através das reações de fusão, não haverá qualquer fonte de calor para manter a alta pressão no
núcleo que contrabalanceava a força da gravidade. O núcleo começa a se contrair enquanto o
hidrogênio continua queimando em uma casca ao redor do mesmo. Como o núcleo se contrai,
torna-se mais quente e aquece as camadas superiores, fazendo com que elas começem a se
expandir. Com a expansão das camadas externas, o raio da estrela aumenta e ela tornar-se
uma gigante vermelha. Quando isso acontecer com o Sol, seu raio irá além da órbita da Terra
e o nosso planeta será consumido, tendo uma terrível morte.

Quando a estrela torna-se uma gigante vermelha, ela deixa a Seqüência Principal e
desloca-se quase horizontalmente para a direita do diagrama HR, que é a região das estrelas
mais frias (Figura 2). Nessa fase, como dissemos anteriormente, o núcleo que se contrai e
continua a se aquecer, atinge temperaturas tão altas (~ 150 milhões de graus) que provoca o
início de outro tipo de reação de fusão: é e fusão de núcleos de hélio, que resulta em carbono
e gera mais energia.

A fase da queima do hélio vai durar cerca de 100 milhões de anos, até que o hélio se
esgote no núcleo da estrela, tornando-a uma supergigante vermelha. Nessa fase de existência
da estrela, o Sol terá um envelope que se estenderá até a órbita de Júpiter. Tal fase é muito
breve, dura apenas algumas dezenas de milhares de anos.

A estrela, então, produz um intenso vento e começa a perder massa. Eventualmente,


ela irá perder toda a massa do seu envelope e deixar para trás um núcleo quente de carbono
localizado no centro de uma nebulosa criada pelo gás expelido. A radiação emitida por esse
núcleo quente irá iluminar a nebulosa, produzindo uma bela “nebulosa planetária”, como a
que vemos na Figura 5. No final, o núcleo de carbono irá esfriar, tornando-se o que chamamos
uma anã branca, uma estrela muito densa e de baixa luminosidade. O nosso Sol terá um fim
muito parecido com esse daqui a uns 5 bilhões de anos.

Aula 13 Astronomia 17
Fonte: <http://www.nightskyinfo.com/planetary_nebulae/>.
Acesso em: 13 out. 2007.
Figura 5 - Nebulosa planetária M57 na constelação de Lira

Atividade 10
O que acontece quando uma estrela de baixa massa deixa a
1 Seqüência Principal?

A que temperatura começa a queima do hélio numa estrela?


2

1.
sua resposta

2.

18 Aula 13 Astronomia
Estrelas de grande massa
O fim da vida de uma estrela massiva é bem mais espetacular e dramático. Se a estrela
possuir uma massa dez vezes maior que a do Sol, quando o hélio no núcleo é exaurido, o ciclo
de reações nucleares continua.

O núcleo de carbono resultante da queima do hélio contrai-se ainda mais e atinge uma
temperatura alta o suficiente para queimar carbono em oxigênio, neônio, silício, enxofre e,
finalmente, ferro. Como o ferro é a mais estável forma de matéria nuclear, as reações cessam
e nenhum elemento mais pesado é gerado. Não mais havendo qualquer fonte de calor, não
haverá mais o fluxo de energia para se contrapor à enorme força da gravidade e o núcleo de
ferro colapsa até atingir densidades tão altas como aquelas dos próprios núcleos atômicos.

A densidade do núcleo da estrela é tão alta que resiste ao colapso das camadas externas e
estas “rebatem” no núcleo. Essa súbita colisão com o núcleo produz, numa fração de segundo,
uma explosão espetacular. É isso que denominamos supernova. Grande parte do envelope
externo é arremessado para fora a velocidades espantosas, liberando uma grande quantidade
de energia. É um dos eventos mais violentos e energéticos do Universo. Seu brilho é imenso:
por mais de uma semana uma única estrela torna-se mais brilhante que toda uma galáxia de
bilhões de estrelas.

Na explosão da supernova, carbono, oxigênio, silício e outros elementos pesados até o


ferro são lançados no espaço interestelar. Durante a explosão, também é produzida a maioria
dos elementos mais pesados do que o ferro, os quais enriquecem o gás do meio interestelar e
serão incorporados às futuras gerações de estrelas e planetas. O carbono, o oxigênio e outros
elementos que tornam a vida possível não existiriam sem a mais espetacular forma do fim da
vida de uma estrela, uma supernova.

Atividade 11
Qual o fim mais provável de uma estrela massiva?
1
O que é uma supernova?
2

1.

Aula 13 Astronomia 19
2.

O núcleo de ferro atingiu densidade tão alta que os prótons e elétrons se fundem para
formar nêutrons. O destino desse núcleo quente de nêutrons depende da massa da estrela
progenitora. Se sua massa for aproximadamente dez vezes a massa do Sol, o núcleo irá
esfriar para formar uma estrela de nêutrons. As estrelas de nêutrons podem ser detectadas
como “pulsares” que possuem uma intensa emissão de ondas de rádio. Se a massa da estrela
progenitora é maior, o núcleo é tão pesado que sequer as forças nucleares são capazes de
resistir à força da gravidade, ocorrendo, assim, o colapso do núcleo, sem mais controle para
formar um buraco negro.

Assim é o ciclo de vida das estrelas: o aparecimento da proto-estrela numa densa nuvem
molecular, a ignição das reações nucleares, um longo período de permanência na Seqüência
Principal e, finalmente, a morte calma ou de forma violenta.

Resumo
Nesta aula, estudamos as estrelas, as suas principais características e como são
classificadas. Vimos também que são formadas em densas nuvens, iniciando,
então, suas vidas. Apresentamos, por fim, uma descrição de como elas evoluem,
tornando-se gigantes vermelhas, e como caminham para a morte, que pode ser
de forma lenta ou violentamente como a explosão de uma supernova.

Auto-avaliação
Faça uma breve descrição dos conceitos de brilho e luminosidade de uma estrela.
1
Por que uma estrela de 6a magnitude é menos brilhante que uma de 1a magnitude?
2
Qual a propriedade física que determina o tipo espectral de uma estrela?
3

20 Aula 13 Astronomia
Quais as cores das estrelas de tipo espectral O, B, A, F, G, K e M?
4
Qual a classe espectral do Sol?
5
Como se constrói um diagrama de Hertzsprung-Russell?
6
O que é a Seqüência Principal?
7
Faça um paralelo entre o ciclo de vida de uma estrela e o ciclo de vida do ser humano.
8
Como nasce uma estrela?
9
Faça uma tabela do tempo de vida de uma estrela na Seqüência Principal em função
10 da sua massa.

O que é uma gigante vermelha?


11
Qual o estágio final de estrelas de baixa massa e de estrelas massivas?
12

Referências
CALBO, Silvia Ribeiro. A evolução estelar. São Carlos, 2001. (Século XX – Astronomia e
astronáutica. Disponível em: <http://cdcc.sc.usp.br/cda/sessao-astronomia/seculoxx/textos/a-
evolucao-estelar.htm>. Acesso em: 26 jul. 2007.

CENTRO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA E CULTURAL. Observatório virtual. Setor de astronomia.


Disponível em: <http://www.cdcc.usp.br/cda/index.html> Acesso em: 18 ago. 2007.

HETEM, Gregório; PEREIRA, Jatenco. Estrutura e evolução estelar. In: ______.


Fundamentos de astronomia. Disponível em: <http://www.telescopiosnaescola.pro.br/aga215/
cap11.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2007.

OLIVEIRA FILHO, Kepler de Souza; SARAIVA, Maria de Fátima Oliveira. Astronomia e astrofísica.
Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2000.

Aula 13 Astronomia 21
______. Movimento dos planetas. In: OLIVEIRA FILHO, Kepler de Souza; SARAIVA, Maria de
Fátima Oliveira. Astronomia e astrofísica. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2000. Disponível
em: <http://astro.if.ufrgs.br/p1/p1.htm>. Acesso em: 20 jul. 2007.

PICAZZIO, Enos. Introdução à astronomia. São Paulo: IAG/USP, [1999?]. Disponível em:
<http://www.astro.iag.usp.br/~picazzio/aga210/>. Acesso em: 25 jul. 2007.

PACHECO, Eduardo Janot. Estrutura e evolução estelar. Disponível em: <http://www.astro.


iag.usp.br/~janot/aga5713/>. Acesso em: 26 ago. 2007.

ROBBINS, R. R.; JEFFERYS, W. H.; SHAWL, S. J. Discovering astronomy. New York: Wiley,
1995. p. 321.

WIKIPÉDIA. Evolução estelar. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/


Evolu%C3%A7%C3%A3o_estelar>. Acesso em: 14 jul. 2007.

Anotações

22 Aula 13 Astronomia
Anotações

Aula 13 Astronomia 23
Anotações

24 Aula 13 Astronomia
Astronomia – INTERDISCIPLINAR

EMENTA

Introdução histórica e epistemológica. Galileu e a nova Física: elementos diferenciadores básicos. As leis de Kepler
e a lei da gravitação universal de Newton: breve história da astronomia ocidental. Esfera celeste e sistemas de
coordenadas. O sistema solar (Sol, planetas e luas, asteróides e cometas): comparações e instrumentos de exploração.
Fenômenos astronômicos básicos: eclipses e trânsitos, fases da Lua e dos planetas internos, marés e estações do
ano. Estrelas, constelações, a Via Láctea e o universo conhecido. Noções introdutórias básicas de Astrofísica e de
Cosmologia Científica.

AUTORES

> Auta Stella de Medeiros Germano

> Joel Câmara de Carvalho Filho

AULAS

01 Contemplando o céu

02 Esfera celeste e coordenadas geográficas

03 Sincronismos e medidas de tempo: o dia solar

04 O ano solar e as estações astronômicas

05 Ciclos lunares e calendários

06 Eclipses

07 Coordenadas celestes

08 Sistemas cosmológicos

09 Galileu e a nova Física

10 Leis de Kepler e a gravitação universal

11 O Sistema Solar

12 O Sol

13 Vida e morte das estrelas

14 Elementos de Cosmologia

15 Astronomia: instrumentos e tendências

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