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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

INSTITUTO DE TECNOLOGIA

JAKSON GRACIOLI
LUCAS FATURI
MATHEUS MENDES ZAMPIERI
PAULA CIVA

RELATÓRIO EXPERIMENTO 01 AULA PRÁTICA

Passo Fundo
2022
JAKSON GRACIOLI
LUCAS FATURI
MATHEUS MENDES ZAMPIERI
PAULA CIVA

RELATÓRIO EXPERIMENTO 01 AULA PRÁTICA

Relatório referente ao experimento 1 –


perda de carga, curso de Engenharia
Ambiental e sanitária da Universidade
de Passo Fundo.

Prof.  Doutora Simone Fiori

Passo Fundo
2022
RESUMO

 Na engenharia, a análise da perda de carga em escoamentos é importante


em praticamente todas as aplicações que envolvem fluidos, dentro da área de
Engenharia Ambiental, a hidráulica ganha ainda mais importância, a determinação
da perda de carga nas tubulações pode ser feita através do Método Empírico,
aplicável a maioria dos líquidos, para tubos de cobre ou PVC, conduzindo água fria,
existindo a perda de cargas em peças no sistema. O escoamento de um fluido
através de tubulações sofre a influência das paredes e de obstáculos no seu interior,
devido ao atrito do fluido com a parede do tubo ocorre uma dissipação de energia ou
perdas de carga. Este relatório apresenta uma metodologia para a determinação de
coeficientes de perda de carga para tubos com diâmetro Ø3/4, associado a uma
conclusão comparativa entre a leitura em manômetros e o cálculo a partir dos
coeficientes determinados pela equação empírica de Faier - Whipple-Hsio, e dados
obtidos no momento do experimento.

Palavras-chave: Engenharia Ambiental; Hidráulica; Método Empírico; Perdas de


Carga.
ABSTRACT
 
 In engineering, the analysis of head loss in flows is important in practically all
applications that involve fluids, within the area of Environmental Engineering,
hydraulics gains even more importance, the determination of head loss in pipes can
be done through the Method Empirical, applicable to most liquids, for copper or PVC
pipes, conducting cold water, with loss of charge in parts in the system. The flow of a
fluid through pipes is influenced by the walls and obstacles inside, due to the friction
of the fluid with the pipe wall, energy dissipation or pressure drops occur. This report
presents a methodology for the determination of head loss coefficients for pipes with
diameter Ø3/4, associated with a comparative conclusion between the reading in
manometers and the calculation from the coefficients determined by the empirical
equation of Faier - Whipple-Hsio, and data obtained at the time of the experiment.

Keywords:Environmental engineering; hydraulics; Empirical Method; Load Losses.


SUMÁRIO

1 Introdução..............................................................................................................8

1.1 OBJETIVO..............................................................................................................9

1.1.1 Objetivo geral........................................................................................................9

1.1.2 Objetivo Específico...............................................................................................9

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................10

2.1 princípios da hidráulica.........................................................................................10

2.2 Perda de Carga.....................................................................................................10

2.2.1 Perda de Carga Localizada................................................................................11

3 MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................................13

3.1 Análise Experimentais..........................................................................................13

4 Equipamentos utilizados...................................................................................17

5 Memorial de Cálculos.........................................................................................18

6 Conclusão............................................................................................................20

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................21
FIGURA

Figura 1: Manômetros.................................................................................................14
Figura 2: Ponto 1 de medição de manômetro............................................................15
Figura 3: Medição de rotâmetro.................................................................................15
Figura 4: Ponto 2 de medição de manômetro............................................................16
Figura 5: Painel de controle bancada dupla de condutos fechados de Reynolds.....16
QUADRO

Quadro 1: Método empírico dos comprimentos equivalentes......................................12


Quadro 2: Quantidade de peças e somatórias de seus comprimentos........................18
1 INTRODUÇÃO

A Hidráulica esteve presente ao longo de praticamente toda a história da


humanidade, em função da necessidade essencial da água para a vida humana.
Teoricamente, o termo “hidráulica” advém do grego hydor (água) e aulos (tubo,
condução) significando condução de água. Elaboração e execução de projetos
ligados à infraestrutura urbana e predial, com especial destaque para o uso racional
dos recursos hídricos e economia de energia.
Na engenharia, a análise da perda de carga em escoamentos é importante
em praticamente todas as aplicações que envolvem fluidos, dentro da área de
Engenharia Ambiental, a hidráulica ganha importância principalmente nos estudos
envolvendo cursos d’água, como à preservação dos ecossistemas aquáticos,
dispersão de poluentes, problemas relacionados com erosão e assoreamento, entre
outros. 
O fluido ao escoar por um conduto forçado em regime permanente é
submetido a variações de pressão, decorrentes de variação na elevação da
tubulação, da velocidade de escoamento e do fenômeno de perda de carga devido
ao contato do fluido com a face interna da parede do conduto (Carvalho, 1982). As
perdas de carga que ocorrem nas tubulações podem ser classificadas como
contínuas ou localizadas. São devidas ao movimento da água na tubulação e a
singularidades e peças especiais de uma instalação, respectivamente. As principais
grandezas que influenciam a determinação dessa perda são o comprimento da
tubulação, a velocidade média do escoamento, o diâmetro da tubulação e
coeficiente de atrito.
Um dos parâmetros de maior interesse no estudo do escoamento em
tubulações é a perda de carga ou queda de pressão, devido ao fato dela estar
diretamente relacionada com a potência de bombeamento necessária em um
sistema hidráulico. A perda de carga geralmente é segregada em 2 tipos, sendo eles
a perda distribuída ou contínua e a localizada. As variáveis que influenciam na
queda de pressão são a viscosidade do fluido, a velocidade do escoamento, o
comprimento, diâmetro e a rugosidade do conduto.
1.1 OBJETIVO

1.1.1 Objetivo geral

Verificar por meio de experimento as perdas de carga em tubulação designada.

1.1.2 Objetivo Específico

a) Medição das perdas de carga nas peças de tubulação de diâmetro Ø3/4;


b) Avaliar a diferença de medição de perda de carga em manômetro e via cálculo; 
c) Realizar a comparação entre perdas de carga por manômetro e pelo meio
empírico.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 PRINCÍPIOS DA HIDRÁULICA

Segundo Palmieri (2001) a hidráulica é uma das partes mais antigas da física.
Considerando que os primeiros trabalhos envolvendo esse ramo da física datam do
tempo ainda dos egípcios, onde os mesmos utilizavam naturalmente a água. Ele fala
ainda que a hidráulica é uma ciência baseada nas características físicas dos líquidos
em repouso e em movimento e que potência hidráulica é aquela fase da hidráulica
que se refere ao uso dos líquidos para transferir potência de um local para outro.
A hidráulica é o estudo do comportamento dos fluidos que de alguma forma,
se movimentam, como por exemplo os líquidos em tubulações, rios e canais.
Também estuda os fluidos armazenados em tanques e em outros recipientes de
armazenagem. O conhecimento da hidráulica permite que as cidades manejem os
suprimentos de águas e os fluxos das linhas de distribuição, o que levou à criação
de poderosas máquinas para ajudar em toda espécie de operação (REMADI, 2020).

2.2 PERDA DE CARGA

Devido à viscosidade do fluido e seu atrito com as paredes internas da


tubulação, há uma transformação contínua de energia de pressão em energia
térmica e sonora entre duas seções de um tubo e em conjuntos de peças que fazem
parte de um sistema, durante o escoamento. Essa dissipação de energia mecânica é
chamada de perda de carga. Esta perda de carga ocorre tanto nas tubulações, pois
está ligada a rugosidade dos condutos, envolve as peças de um sistema hidráulico,
onde os condutos conduzem água.
2.2.1 Perda de Carga Localizada

As perdas localizadas são originadas pelas variações bruscas da geometria


do escoamento, como mudanças de direção ou da seção do fluxo. São usuais em
instalações com curvas, válvulas e demais peças do conjunto hidráulico, um
conceito útil para o cálculo das perdas de carga localizadas é o de comprimentos
virtuais, este conceito consiste em substituir (no cálculo) as peças por comprimentos
virtuais de tubulação que resultem na mesma perda de carga. Este conceito permite
simplificar os cálculos e dimensionamentos através do uso de uma expressão única,
aquela da perda de carga distribuída.
Para a maioria das peças especiais empregadas nas tubulações encontram-
se no Quadro 1 com os valores típicos dos comprimentos equivalentes, obtidos a
partir de ensaios de laboratório. Geralmente estes valores são estabelecidos como
uma função do diâmetro do tubo.
Quadro 1: Método empírico dos comprimentos equivalentes.

Fonte: Manual de Hidráulica (2016).


3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 ANÁLISE EXPERIMENTAIS

A bancada dupla de condutos fechados de reynolds é um aparelho para


experimentos e análise de escoamentos internos em condutos fechados/forçados
sendo destinado a experimentos relacionados a perda de carga distribuída e
localizada e perda de carga através de registro, possuindo um painel de controle
para controlar o sistema de funcionamento do aparelho, ele possui vários diâmetros
de tubulações, também possui manômetros para medição e bombas que fazem com
que a água flua pelos diferentes diâmetros de tubulação, podendo ser escolhida
abrindo os registros escolhidos.
Para a operação do aparelho o botão de ligar é acionado, a dá início a vazões
de bomba, de modo gradativo perante o painel de controle, demonstrado na Figura
5 fazendo com que a água comece a fluir pelo sistema, de modo que o operador
tem  a possibilidade de escolher cessão do conduto desejados, neste caso o cano
desejado, e a vazão que estava zerada começa a ser medida, com o uso do
rotâmetro, de modo que o fluxo de água gere uma leitura em litros/hora, onde no
interior do mesmo ocorra a leitura por meio de um  “disco”  para assim observar a
vazão. A graduação do aparelho pode medir de 1000 até 10.000 litros/hora, de modo
que esta graduação não é digital, entende-se que quando observado a posição
deste disco interno, ocorre oscilações dificultando a medição com precisão.
O aparelho possui dois manômetros onde os mesmos indicam a pressão em
kPa no ponto 1 e no ponto 2 como demonstrado na Figura 1, considerando-os
montante e jusante. Na bancada onde foi realizado o experimento, os manômetros
estavam fora de aferição dando uma diferença de 6 kPa, por esse motivo, foi
descontado 6 kPa no manômetro P1 e P2. Entende-se que a diferença de valores de
pressão indicada nos manômetros no ponto 1 e no ponto 2 é a perda de carga.
Iniciou-se o experimento 01 onde nos foi definido pelos professores o tubo de
diâmetro Ø3/4”, logo após ocorreu a liberação dos registros para o direcionamento
do fluxo de modo montante para jusante (Ponto 1 para Ponto 2) e abrindo as
válvulas para passagem da água, deste modo foi ligado a bancada dupla de
condutos fechados de reynolds e ajustando o fluxo escolhido no painel, e assim
observamos o disco dentro do rotâmetro subir, estabilizando no valor de 2500
litros/hora, demonstrado na Figura 3, com esse valor posteriormente foi calculado a
vazão após término do experimento.
Foram medidos os trechos com os comprimentos real, contabilizado a
quantidade e variedade de peça do sistema, onde começamos a realizar a medição
real do trecho a partir de onde está conectado a primeira mangueira (Figura 2)
correspondente ao manômetro P1 até chegar à mangueira do manômetro P2(Figura
4) , dessa forma foi obtido a medida real de 1,135 metros e o valor da medida do
comprimento de peça obtemos na tabela empírica de comprimentos equivalentes no
Quadro 1.
 A vazão do experimento segue da esquerda para a direita, considerando na
esquerda o montante e na direita a jusante. 
Observamos no manômetro do ponto 1 (P1) uma pressão de 51 kPa e no
ponto 2 (P2) uma pressão de 28 kPa, esses valores já estão descontados 6 kPa da
aferição do aparelho/manômetro.

Figura 1: Manômetros.
Fonte: Autores, 2022.

Figura 2: Ponto 1 de medição de manômetro.

Fonte: Autores, 2022.

Figura 3: Medição de rotâmetro.

Fonte: Autores, 2022.


Figura 4: Ponto 2 de medição de manômetro.

Fonte: Autores, 2022.

Figura 5: Painel de controle bancada dupla de condutos fechados de Reynolds.

Fonte: Autores, 2022.


4 EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

a) Bancada dupla de condutos fechados de reynolds;


b) Régua para medir a tubulação;
c) Folha com as diretrizes para elaboração dos relatórios e anotações das
medições e resultados;
d) Bloco para anotações;
e) Caneta e Lapiseira;
f) Aparelho celular para registros do experimento.
5 MEMORIAL DE CÁLCULOS

Peças constatadas no sistema:

Quadro 2: Quantidade de peças e somatórias de seus comprimentos.


Quantidade contabilizada no Descrição Perda de Carga em Metros
Experimento 1 Total

3 Joelhos de 90º 3,6 m

2 Joelhos de 45º 1m

3 Curvas de 90° 1,5 m

Fonte: Autores 2022.

Em cm:

∑Leq = 3,6+1+1,5= 6,1m


∑Leq = 6,1m

LR = 9+11+11+12,50+30,50+4,5+27+8
LR= cm 1,135 m
113,5

Lv = LR + ∑ Leq
LV= 6,1m + 1,135m
LV=
7,235m

h m³ 1 h 1
Q = 2500 x x
h l 1000 s 3600
Q = x 10−4 m³/s
6,9444
D = ¾’’ = 0,01905 m

1,75
Q
J = 0,00086 * 4,75
D
1,75
−4 ❑ 3
6,9444 X 10 m /s
J = 0,00086 * 4,75
0,01905 m
0,3783
J = m/m

hf = J * Lv
hf = 0,3783 m/m *7,235 m
hf =
0,2730m

2
π.D
A=
4
A= 0,000285m²

Q = A *v
6,944x10−4 = 0,000285 *v
6,94 x 10−4
v=
0,000285
2,4366
v = m/s
6 CONCLUSÃO

A análise da perda de carga no conduto forçado decorre da interação dos


fluidos com o sistema onde está inserido, portanto essa perda de carga pode ocorrer
pela própria extensão da tubulação como nas peças que compõem o sistema. Em
tubulações urbanas, comumente, a maior perda de carga está localizada na
extensão da tubulação, enquanto em tubulações prediais a maior perda de pressão
está nas peças, visto que possuem um grande número de peças, mas não tem tanta
extensão de tubulações, enquanto em sistemas urbanos não há muitas peças,
porém há longa extensão de tubulação.
Tendo em vista os cálculos que tem por objetivo quantificar a perda de carga
no conduto, percebe-se que há uma variação entre os cálculos e os valores
indicados nos manômetros, isso tem por “explicação” um multifatorial, no qual tanto
os manômetros estarem com algum problema na calibração (como se observa no
manômetro não estar zerado no início do experimento), quanto o próprio Método
Empírico pode ter contribuído para tal variação, uma vez que o método empírico,
como o nome sugere, está ligado a testes práticos, podendo, assim, causar alguma
variação. No entanto esse método normalmente gera um valor de perda de carga
maior que o valor real, isso acontece, contudo, visando a segurança no sistema.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

REMADI. O QUE SE ESTUDA EM HIDRÁULICA?. Hidráulica, [s. l.], 16 dez. 2020.


Disponível em: https://www.remadi.com.br/noticia/o-que-se-estuda-em-hidraulica.
Acesso em: 7 set. 2022.

PALMIERI, A.C., Manual de hidráulica básica, Albarus.

CARVALHO, D.F (1982). Usinas hidroelétricas. Turbinas. Belo Horizonte,


FUMARC/UCMG.

INNOVAR SOLUÇÕES LABORATORIAIS. IN312 – Bancada Dupla de Condutos


Fechados e Reynolds. Hidráulica, [S. l.], p. 1-1, 9 jul. 2020. Disponível em:
http://innovarequipamentos.com.br/produto/in312-bancada-dupla-de-condutos-
fechados-e-reynolds/. Acesso em: 7 set. 2022.

As formulas usadas no trabalho e na resolução doas cálculos, são as mesmas


formulas do conteúdo abordado em aula, as mesmas são:

Perda de Carga total (tubulação + peças):

hf = J . Lv e Lv = LR + ∑Leq

Formula de Faier - Whipple-Hsio:


Tubos de cobre ou PVC, conduzindo água fria:

Q1,75
J = 0,00086 * 4,75
D

Velocidade:
Q
v=
A

Área:

A=
π . D2
4
Fonte: Elaborada a partir de Manual de Hidráulica (2016); e Engenharia Hidráulica (2012).

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