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Os adultos são professores e modelos que as crianças copiam.

A questão principal é o tempo de


qualidade que é dedicado na construção do homem ou mulher do futuro. Normalmente quando
nós adultos comparamo-nos com outro temos a tendência de refletir e dizer: “Eu gostaria de ter
feito isso de forma diferente, talvez assim tivesse obtido tais resultados” e a verdade é que no
desenvolvimento da criança acontece algo semelhante, as crianças observam e por norma
copiam ou tentam copiar nossos gestos, trejeitos, linguagem, até mesmo a forma de se
expressar em situações de frustração ou ainda de sucesso. Numa sociedade como a de Portugal,
onde cada dia mais os pais dependem dos prestadores de ECI´s Educação de Cuidados para a
Infância, nosso papel como cuidadora, AMA é determinante da formação e desenvolvimento da
criança que será o adulto do futuro, e que grande responsabilidade é essa.

Nas sessões formativas até agora trabalhamos e discutimos a importância da relação de vínculo
que deve ser criada desde sempre entre a criança e o adulto (cuidador), mas uma tira que li me
fez refletir:“O desenvolvimento de cada criança é um processo único, resultante de uma
interação contínua entre os genes e o ambiente social. As experiências sociais da criança e o seu
desenvolvimento biológico, neurológico e psicológico interrelacionam-se para criar uma
“história” que determina o desenvolvimento da personalidade e da futura saúde física e mental.
“(Judit Bimbo: Indo ao Encontro de Necessidades e criando Oportunidades, Infância na Europa,
Edição Especial 2013 pag.13). Daqui subentendo que os educadores, AMAS responsáveis pelas
crianças dos 0 aos 3 anos podem ser o pontapé inicial para a construção de um adulto saudável
não só fisicamente como psicologicamente, afinal são eles que estão presentes na vida da
criança na maior parte de seu tempo diário. Concluindo eles serão o primeiro contacto de
referência, depois dos pais que lhes vão dar as ferramentas necessárias para continuar a
explorar seus conhecimentos e capacidades e dar resposta aos estímulos que lhe são dados no
ambiente em que estão inseridos. Durante todo esse processo é essencial o sentimento de
pertença, o vínculo construído entre o cuidador e a criança vão determinar a autoestima na
resolução de problemas, isso é, se a criança for repreendida se errar perante um jogo, ele
provavelmente se sentirá inibida de jogar por medo de ser novamente repreendida, mas se pelo
contrário ela for instruída a proceder de forma diferente com carinho e atenção, muito
provavelmente ela sentirá segurança para explorar suas opções para a resolução do problema.
Ou seja, o vínculo de que esta tudo bem se ela acertar, mas continuará tudo bem se ela errar é
fundamental para construir uma base de segurança para dar vasão a que a criança esteja pronta
para explorar um mundo de opções.

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