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SEJAMOS CONSTANTES

Adatado de um artigo por Doris Dalby W hite


■*
A R VO RE S fracas têm vida curta, mas as fortes têm-na lon-
ga e resistente. Suportam impávidas as intempéries
quais epônimos no cum prim ento do dever. Olhando para os
seus grossos e fortes troncos posso dizer que as suas raizes são
profundas e que dão às árvores força e estabilidade. Nenhum
vento poderá derrubá-las. Nenhum a tempestade poderá per­
turbá-las. Elas permanecem seguras e firm es como uma sóli­
da rocha quando vergastada pelos elementos em fúria.
Profundas raizes! Afortunada é a pessoa que, igual às
árvores, pode conseguir no seu âm ago, a força necessária para
viver a vida sem fraquesas m uito embora as potências do mal
procurem destruí-la.
Parece que antigam ente manifestava-se no povo, desejo
inquieto de constante m ovim ento e de estar sempre realizando
algo novo e diferente.
Não se adm ira que as crianças de hoje estejam crescen­
do sem senso de segurança, sem estabilidade e sem o senti­
m ento de “ pertencer” a algum a coisa. Suas raizes estão se
desenvolvendo em solo sáfaro.
Depois de adultos, há uma riquesa e força que vem com
a recordação de coisas fam iliares — uma casa em certa rua,
uma verêda onde pés fam iliares têm andado, vistas das coli­
nas e a luz da lua a refletir no tôpo do templo. Essas são as
coisas que não variam — coisas às quais retornam os quando
sentimos necessidade de paz interior e força para encontrar o
exato caminho da vida.
Mas a m aior das forças que vem, quando se m anifesta
o caráter, é uma inabalável fé em nossa religião. Os pais não
podem dar a seus filhos nenhuma herança maior do que àquela
de um lar onde os ideais de nossa Ig re ja são ensinados e v ivi­
dos. Em qualauer lugar onde a estrada do destino nos levar,
aquela espécie de lar será m aior força estabilizadora em nossas
v id a s.
Entre nós haverá sempre aqueles que procurarão des­
truir nossa fé, que procurarão escarnecê-la, amesquinhando-a
e pondo-a em dúvida. Devemos depositar nossa fé nas tradi­
ções confirm adas em sólidos padrões e firm es alicerces, inva­
riáveis e constantes. Assim deverá ser nossa fé em Deus
Deixemos o vento da confusão rugir. Deixemos que as
ondas da dúvida assoberbem. Deixemos que as tempestades
mundanas assolem.
Apesar de todas estas coisas, nossos pais perm aneceram
firm es e serenos. As raizes são profundas e tudo está bem.

Traduzido por José F ran co Bueno

C A P A : — Um a paisagem na Suiça que nos fo i cedida gentilm ente pela


FO TO -C U R T, São Paulo.
A GAIVOTA
Trazendo Notícias do Eterno Evangelho
Órgão O ficial da Missão Brasileira da Ig r e ja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias

Ano II ÍNDICE PARA SETEMBRO DE 1949 N.° 9


E D I T O R I A L .................. .................................................... Presidente R u lon S. How ells 179
A R T IG O S E S P E C IA IS
P elo Dedo se Conhece o G igante (O Plano de Bem E s t a r ) ............................................. ...180
O L iv ro de M órm on .. ......................................... .. .............................................................. ...183
Nem Pobreza N em R i q u e z a ....................................................................... Charles A. Callis 184
A Defesa Contra a Bomba A t ô m i c a ....................... . ................... Eld er Johannes A. A liu s 186
A Explicação da Santíssima Trindade .............................................................................................188
Uma Fam ília Holandesa Encontra Segurança na V erdadeira I g r e j a .............. .. .. 190
Uruguai (N o v o Campo M issionário) ........................................................................................... .. 191
S a b e r e is ...................................................................... .................Presidente A lm a Sonne 193

V Á R IO S
A Ig re ja no Mundo . . ............................................................................................................ 178
O Rumo dos R a m o s ........................................................................................................................ 194
Novos Missionários na Missão Brasileira ................................................................................ 196
Missionários Desobrigados da Missão B ra s ile ira .............................. ......................... 3.a Capa
Sejamos Constantes .. .......................................................... ... . D oris Dalby W hite 2.;l Capa
Sêde Vós, Pois, P erfeitos .. .................................................... ............................ 4.:l Capa

Exem plar I n d i v i d u a l ..................... Cr$ 3,00 R e d a to r:............................................ João Serra


Assinatura An u al no E xterior .. Cr$ 40,00
Assinatura Anual no Brasil .. .. Cr$ 30,00 D ir e to r :..............Cláudio M artins dos Santos

Se o assinante mudar de residência é favor notificar “ A G aivota” seu novo ende-


rêço, mencionando também o enderêço antigo.
Tôda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a :

“A G A I V O T A ”
Caixa Postal 862 São Paulo — Brasil

ENDEREÇOS DOS R AM O S N O B R A S IL D A IG R E J A DE JESUS C RISTO DOS


SA N T O S DOS Ú L T IM O S D IA S

São Paulo: Rua Seminário, 165 Curitiba: Rua Carlos de Carvalhos, 367
Piracicaba: Rua G overnador P edro de T o ­ J oin vile: Rua Frederica Hubner
ledo, 665 Ipom éia: Estrada para V ideira
Campinas: Rua Barreto Lem e, 1075 P ôrto A le g re : Rua Dr. Tim óteo, 688
Ribeirão P reto: Rua Mariana Junqueira, 406 Santos: Rua Paraíba, 94
Rio de Janeiro: Rua Camaragibe, 16 N ovo Ham burgo: Rua D avid Canabarro, 177

Você possue talento para escrever histórias ou poemas? Então veja na pá­
gina 196 as informações a respeito do Primeiro Concurso Anual de Histórias
e Poemas de Natal, apresentado pela “ A Gaivota”.
A I gre ja

no Mundo

S a lt Lake City, E. E. U. U. — Cr$ 93.750.000,00. A aludida é


Foi term inada a tradução do in ­ capaz de projetar um film e nu­
glês para o português do Livro ma tela pela simples descrição no
“ Doutrinas e Convênios” , das seu teclado.
quatro Escrituras Sagradas da Toquio, Ja-pão — A Ig reja tem
Ig re ja . Segundo notícias dos com pleto registro no Japão, como
Oficiais da Igreja , o livro breve­ qualquer outro corporação reli­
m ente será impresso. giosa. Dezoito missionários já
com eçaram a trabalhar neste
H on olu lu , T. H. — Os Santos país.
da Missão H avaiana com pletaram
Londres — Pela terceira vez,
um projeto especial seu, de am ­
um quadro de bola ao cesto in te­
parar os membros da Ig re ja nos grado por missionários ganhou o
países que sentiram mais os efei­
campeonato nacional da In g la ­
tos da últim a guerra. Caixas
terra. O tim e dos missionários
contendo víveres e roupas têm
da Ig re ja de Jesus Cristo dos
sido mandadas às missões na
Santos últim os Dias não per­
Alem anha, Grã-Bretanha, Norue­ deu nenhum jogo na últim a tem ­
ga, Bélgica, Suecia, Holanda.
porada de bola ao cesto, nas ilhas
Tchecoslovaquia, Dinam arca, P a­ britânicas.
lestina, Suiça e Japão> não se
Salt Lake City, E. E. U. U. —
contando os víveres já mandados Acabaram últim am ente, o traba­
pela Ig re ja pelo “ Plano de Bem
lho necessário para m elhorar o
Estar” .
famoso órgão da Igreja , aqui em
Hollywood, E. E. U. U. — Foi Salt Lake City. O órgão, já co­
term inado aqui um film e espe­ nhecido pelo mundo inteiro, ago­
cial sôbre o “ Plano de Bem Estar” ra conta com 175 jogos de tubos,
da Igreja. O film e é uma com ­ ou seja, um total de uns 10.000
binação de trabalho de artistas tubos. Ainda com as novas adi­
vivos e desenhos animados. ções, o citado órgão é um pouco
Copenhagem , D inam arca — m enor do que alguns outros que
Elder Charles Davidson, de F ort há pelo mundo. A m aravilhosa
Bridger, W yom ing, E. E. U. U., acústica do Tabernáculo — que
vendera, antes de ser missioná­ perm ite ouvir-se a queda de um
rio da Ig re ja na Missão D i­ alfin ete quase a 100 m etros de
namarquesa, à In tern ational Bu­ distância, faz dêsse órgão, um dos
siness M achine Company, uma mais brilhantes já ouvidos em
interessante invenção por ........ qualquer parte do globo.
EDITORIAL
H á, uma velha história
de um professor que,
para exem plificar aos seus
alunos a força que existe
na união, pediu-lhes que
cada um trouxesse uma
vara fin a e com prida. O
professor tomou um a das
varas e demonstrou-lhes
como era fácil quebrá-la.
A vara quebrou-se com
apenas uma torsão das
suas possantes mãos. De­
pois, colocando-as juntas,
usou de toda a força de
que era capaz e nem ao
menos conseguiu vergá-
las. Nem a natureza, nem
a qualidade e nem mesmo o tam anho das varas foram
mudadas, e que se deu foi somente a união delas.
Essa é, talvez, a mais simples das histórias para
ilustrar que há força em unir, continuar unidos e agir
unidos.
Nossos membros no Brasil são poucos, mas mes­
mo assim podemos ter força e conseguirmos grandes coi­
sas se continuarm os juntos.
Talvez fosse o que o Senhor tinha em mente quan­
do disse: “ Se não és ú nico e indivisível, não és m eu,” e
tam bém “ toda a cidade, ou casa, dividida con tra si mes­
ma não subsistirá” .
Em tempo de guerra um a das primeiras coisas que
o povo tem de aprender a fazer — se quer ser bem su­
cedido no combate ao inim igo — é trabalhar jun to.
M elhor ainda é trabalhar junto em tempo de paz no pro­
pósito de prom over o trabalho do Senhor através do
esforço unido.
Nós precisamos do seu auxílio para nos dar a força
necessária para podermos suportar as tentações que as
forças do mal continuam ente deixam em nossa verêda.
Nós precisamos orar juntos, trabalhar juntos, can­
tar juntos e adorar juntos.
Sinceramente,

Presidente
Apóstolo Tiago disse uma
O v e z : “ A religiã o pura e
im aculada para com Deus o Pai
é esta: visitar os orfãos e as viu ­
vas nas suas tribulações, e gua r­
P e lo Dedo
dar-se da corrupção do m u n d o .”
Paulo e outros apóstolos concor­
davam que os pobres e aflitos
precisam ser auxiliados, porque
O Gi
0 P LA N O DE
os homens não podem viver so­
m ente do espírito.
G eralm ente, êste dever de auxi­
liar os necessitados fica nas mãos cia, pois 50 fam ílias mórmones
dos governos, que nem sempre tiveram todos os seus bens des­
podem tratá-los, como é preciso, e truídos. Em poucas horas, o
assim é que o mundo ficou adm i­ arm azém local iniciava seus fo r­
rado, quando viu o Plano de Bem necimentos às fam ílias flagela­
Estar da Ig re ja de Jesus Cristo das. Sendo insuficientes os esto­
dos Santos dos últim os Dias em ques de alguns artigos, os geren­
ação. E um a das mais recentes tes do arm azém se puseram em
vozes de admiração vem da revis­ contacto im ediato com os escri­
ta “ Country G entlem an” , por in­ tórios centrais em Salt Lake City.
term édio de Seleções do “ R eader’s “ Tínham os tudo em estoque,
D igest” . menos travesseiros,” diz Steward
A seguir vejamos como as se­ Eccles, chefe do Serviço de Dis­
leções do “ R eader’s D igest” con­ tribuição, em Salt Lake C ity.
ta a função do Plano de Bem “ Convoquei os nossos voluntários,
Estar, na construção de uma casa que em seis horas confeccionaram
destruída pelo fogo: 105 travesseiros. As quatro da
tarde dêsse mesmo dia, todas as
“ O extraordinário Program a de
requisições, cerca de 20 tonela­
Auxílios Mútuos da Ig re ja Mór-
das de suprimentos, estavam em
m on desenvolveu-se tanto nos
caminho da zona flagelada, nu­
últimos 16 anos, que todos os 840 m a procissão de veículos.”
m il filiados da Ig re ja de Jesus
Seleções prossegue, explicando
Cristo dos Santos dos Últimos
como o plano de Bem Estar sur­
Dias estão assegurados contra os
giu durante a crise de 1932, nos
reveses econômicos, sem excetuar Estados Unidos, quando havia
o caso de uma “ depressão” geral. m uita gente sofrendo fom e e fa l­
Poderão manter-se sem uma úni­ ta de trabalho.
ca colheita durante vários anos.
Continuariam sadios e aquecidos, IZ a famosa revista: “ O pla­
pois bs 110 armazéns espalhados
pelo território m órm on dispõem
D no, em síntese, consistia
no seguinte: os 1.400 núcleos da
não somente de estoques de ali­ seita, com 600 filiados cada um,
mentos como de com bustíveis. deveriam iniciar um “ program a
remédios, roupas e m ateriais de de assistência” que abrangesse
construção. trabalhos agrícolas, de m oagem,
“ As inundações do Rio Colúm- enlatam ento, alfaiataria, m in era­
bia, no ano passado, puseram à ção, carpintaria, enfim , as ativi­
prova êsse program a de assistên- dades mais adequadas às condi-
180 A G A IV O T A S«tembro de 1949
bas. Durante os dezesseis anos
de desenvolvim ento dos Auxílios
Mútuos, uns 670 m il fiéis doaram,

Se Conhece em média, cerca de 16 horas de


trabalho, por ano, à comunidade,
executando as tarefas mais va­
riadas, desde as de m agarefe até

a n te ------- a de confeccionar enxovais para


bebês. Como resultado, a orga­
nização dispõe hoje de proprie­
BEM ESTAR dades no valor de seis milhões de
dólares — mais de sete m il hecta­
res de terras cultivaveis, 65 pos­
ções econômicas e as disponibili­ tos de enlatam ento de gêneros,
dades de mão-de-obra das res­ elevadores de cereais, duas serra­
pectivas localidades. O dinheiro rias, uma fábrica de sapatos,
dos dízimos da Ig re ja e os fun­ uma de queiios. outra de sabão,
dos coletados especialmente, de­ um moinho de trigo e uma mina
veriam ser aplicados na aquisi­
de carvão. O valor das m erca­
ção e equipam ento de proprieda­ dorias em estoque eleva-se a um
des. Estas, dirigidas e desenvol­ m ilhão e meio de dólares.”
vidas por voluntários mórmones,
teriam os seus produtos permu- Enquanto o Plano de Bem
- tados por outros das demais co­ Estar ou seja, de Auxílios Mútuos,
munidades da mesma seita e inclue muitas modalidades de
armazenados em depósitos a se­ empreendimentos, a sua ativida­
rem construídos e m antidos ta m ­ de principal desenvolve-se em
bém por voluntários. torno da produção de alimentos.
E, neste respeito, Seleções cita um
“ O escambo entre os 1.400 nú­ exemplo do trabalho: Num verão
cleos se processa, hoje, em pro­ do ano passado, 104 homens reu­
porções consideráveis. Batatas niram-se num a fazenda perto
de um núcleo do Idaho são tro­ duma cidade do Estado de Idaho,
cadas por salmões de um núcleo lá pelas quatro e m eia da m adru­
do óregon , por sabão de Provo, gada, e, em duas horas e meia,
brinquedos de Ogden, blusas de concluíram a colheita de beterra­
Los Angeles. Nenhum mórmon bas numa área de oito hectares.
necessitado, que receber bens e E assim, êstes homens contribuí­
serviços do fundo comum se sen­ ram com a sua quota de trabalho
tirá devedor a quem auer que para a produção anual do seu
seja. Em recompensa dos servi­ distrito.
ços que prestem à coletividade, A revista explica que êste tra ­
enauanto fisicam ente canazes, balho é distribuído aos homens e
todos adquirem títulos le g íti­ mulheres da Igreja , por um gru­
mos a uma parcela do tesouro po de diretores, que calcula as
mórmon. necessidades de todos os ramos e
“ Hoje em dia, é raro o fazen­ “ estacas” , e a capacidade produ­
deiro m órm on que não trabalhe tiva de cada um deles. N atu ral­
de vez em quando como pedreiro, mente, ninguém, ao ser destaca­
ou o chofer de caminhão que não do, é obrigado a trabalhar no P la­
crie mais alguns calos na mão no. Pois isso é um serviço vo­
durante a colheita das beterra­ luntário.

Setembro de 1949 A G A IV O T A 181


E o trabalho deve ser voluntá­ ram essa legião laboriosa a seu
rio! Trabalha-se dia e noite du­ serviço. Nas cinco noites seguin­
rante a época das colheitas, e por tes, os homens prosseguiram em
isso é preciso bastante vontade sua faina, não deixando o mais
espontânea. leve sinal da enchente.”

N
ELEÇÕES continua: “ Por ve­ a t u r a l m e n t e , o s ricos não
S zes, certas tarifas não-agrí-
colas utilizam uma pequena par­
recorrem ao Plano de Bem
Estar ao sofrerem perdas, en­
te dos fundos provenientes dos quanto tiverem dinheiro no ban­
dízimos. Um a an tiga escola de co. São aqueles que não têm di­
meninas em Logan, no Utah, foi nheiro, que se abastecem nos
inteiram ente rem odelada para armazéns do Plano de Bem Estar.
servir de arm azém re g io n a l. U m a das coisas mais interessan­
Esta rem odelação custou apenas tes num dêstes armazéns é a
a insignificância de 15 dólares, ausência de caixas registradoras.
paga por um serviço especial de Uma pessoa necessitada vai a
pedreiro. Tudo o mais foi doa­ um armazém, tirando aquilo que
do. Quatro empregados pagos precisa, com a autorização do bis­
trabalham no armazém, onde ser­ po da paróquia. Como" explicado
vem, diariamente, de 60 a 125 vo­ por Seleções: “ Periodicam ente, o
luntários alternados como cai­ bispo e uma senhora da igreja lo­
xeiros, alm oxarifes, enlatadores e cal visitam as fam ílias da comu­
costureiras. nidade . Se for com provado o
“ A disposição do m órm on de estado de necessidade, a fam ília
bem servir, conscienciosamente recebe um cartão que lhe dá di­
desenvolvida e superiorm ente di­ reito a retirar dos armazéns os
rigida, tem produzido verdadei­ gêneros de que necessitar. Há,
ros m ilagres nas situações d ifí­ ainda, um serviço de entregas se­
ceis. No outono de 1945, uma manais para as pessoas doentes
súbita inundação assolou a região ou sem meios de locomoção.
nordeste de Salt Lake City, irrom ­ Calcula-se que, desde a fundação
pendo através do cem itério m u­ dos Auxílios Mútuos, 430 m il m ór­
nicipal, e arrastando lajes. árvo­ mones foram abastecidos pelos
res e esquifes até um bairro re­ armazéns. Encabeçam a lista de
sidencial. prioridade as pessoas idosas; de­
“ Em uma hora, os tétricos de­ pois, as viuvas; em terceiro lugar,
tritos invadiram seis quarteirões os mórmones que vivem na Euro­
inteiros de casas. O bispo m ór­ pa. A contar de 1945, foram em­
mon da região pediu, pelo rádio, barcados, para êstes últimos, 107
a assistência da organização de vagões de alimentos, roupas, etc.
Auxílios Mútuos. Quatro m il ho­ “ O objetivo inicial dêsse plano
mens apresentaram-se im ediata­ foi dar trabalho aos desem prega­
mente. A m etade teve de ser dis­ dos. Hoje, visa acumular reser­
pensada : não havia enxadas e vas para fazer face às necessida­
carrinhos de mão para todos. Os des e incertezas do futuro. Para
que ficaram , trabalharam a noi­ o mórmon, a organização de
te inteira, removendo lodo e de­ Auxílios Mútuos é a sua apólice
tritos, consertando garages, cer­ de seguros contra os reveses da
cas e portões^ lim pando parques vida, e o arm azém region al o
e jardins. Não só os mórmones, símbolo da p revid ên cia. Para
mas muitas outras pessoas, tive­ êle, não há homens esquecidos.”
182 A G A IV O T A Setembro de 1949
0 LIVRO DE MÓRMON
T ] M A vez que o dia 22 de setembro com emora o aniversário da vinda
do Livro de M órmon, torna-se bastante apropriado citar-se as
palavras do P rofeta N efita que, olhando através dos anos, anteviu o
acontecim ento que agora comemoramos.

“E acontecerá que o Senhor Deus torn a rá conhecidas as pala­


vras de um livro, e estas serão as palavras dos que adorm eceram .
E eis que o livro estará selado; e neste livro haverá um a revelação de
Deus, desde o p rin cíp io do m undo até o fim . P orta n to, por causa
das cousas que estão seladas, essas mesmas cousas não se tornarão
conhecidas no dia das maldades e das abominações do povo. P o r­
tanto, o livro lhes será escondido. Mas o livro será entregue um ho­
mem , e êle torn a rá conhecidas as palavras do mesmo, e que são as
palavras dos que adorm eceram na poeira, e êle as fará conhecidas
a um o u tro ; mas êle não torn a rá conhecidas as palavras que estão
seladas, e nem entregará o livro. P orqu e o livro estará selado pelo
poder de Deus, e a revelação que fo i selada será guardada no livro
o,té que chegue o devido tem po do Senhor, para que possa aparecer;
pois que revelam todas as cousas desde a fundação do m undo até o
fim do mundo.
E dia virá em que as palavras seladas do liv ro serão lidas nos
tétos das casas; e serão lidas pelo poder do C risto; e todas as cousas
serão reveladas aos filh os dos homens, sobre o que poderá ter havido
entre êles, e tam bém sobre o que se dará até o fim do m undo. P o r­
tanto, no dia em que o livro fo r entregue ao h om em de que falei, êste
livro será escondido aos olhos do m undo, para que ninguém , exceto
três testemunhas, o vejam pelo poder de Deus, além do que receber
o livro, e êles darão testem unho do livro e das cousas que contem .
E não haverá mais n in gu ém que o veja, a menos que sejam alguns
poucos de acôrdo com a vontade de Deus, para dar testem unho de
suas palavras aos filhos dos hom ens; porque o Senhor Deus disse que
as palavras dos fieis seriam com o se fossem de m ortos. P orta n to, o
Senhor Deus tornará conhecidas as palavras do liv ro ; e pela boca de
tantas testem unhas quantas êle achar necessário, estabelecerá sua
palavra; e ai do que rejeita r a palavra de D eu s!” ( I I Nef. 27:6-14).

Vccê já leu o maravilhoso e interessante


LIVRO EE MÓRMON ?

Se.embro de 1949 A G A IV O T A 183


Nem Pobreza
“ Duas coisas te pedi; não mas “ D oce é o sono do trabalhador,
negues, antes que m orra: quer com a pouco quer m uito,
“ Afasta de m im a vaidade e a mas a fa rtu ra do rico não o deixa
palavra m entirosa; não me dês d orm ir.” (E cl. 5:12).
nem a pobreza nem a riqueza: Em muitos casos as riquezas e
m a n tem -m e do pão da m inha seus donos trocam de lugar — as
porção acostum aaa; riquezas possuem os aonos. O
“ Para que p orventu ra de fa rto dinheiro tornar-se-á o patrão se
te não negue, e diga: Quem é o não for de princípio feito em pre­
Senhor? ou que, empobrecendo, gado. A satisfaçao, resultada de
não venha a fu rta r, e lance mão um meio simples de vida, é mui­
ao nom e de D eu s.' { r r o v . 30:7-9). to bem ilustrada na vida de Char­
les M. Schwab, um grande e rico
S TA é uma súplica pela fo r­
E ça. Força para resistir às
tentações que estão presentes tan­
industrial. Êle declarou ao seu
biógrafo que “ os melhores dias de
m inha vida foram aqueles em
to nas riquezas como na pobreza, que eu recebia um modesto orde
assim como é uma oração para nado, e m orava com m inha espôsa
contentar-se com o alim ento su­ num a casinha relativam ente con­
ficiente e satisfazer-se com o que fortável . ” Êle ainda acrescen­
a Providência nos reserva. tou: “ A gora temos muitos pala­
cetes, mas não os possuimos. pois
Não o que desejamos, mas o que
êles nos possuem.”
[ necessitamos
Que a tua graça nos ofereça, Nesse meio am biente sem po-
O bom não pedido, graciosamen- brezas nem riquezas, viveu o povo
[ te doado; de N efi durante quase dois séculos.
O ruim, embora merecido, negado. Os prazeres da vida eram admi-
ràvelm ente regrados dentro duma
À clara luz da experiência v i­ vida pura e religiosa.
mos que pessoas
que não são ricas
nem pobres v i­
vem mais con­
tentes do que
aquelas que são
excessivamente
pobres ou extre­
mam ente ricos.
Encontra-
se entre êstes es­
tados um con­
tentam ento mais
edificado e uma
satisfação mais
sólida.

184 A G A IV O T A Setembro de 1949


Nem R i q u e z a
por Charl es A. Callis

“ e todos os h om en s proce­ momentânea, “ igual à neve que


diam c om retidão uns com os cai sobre o rio, branca um mo-
outros. E tin h a m todas as c o u - mentinho, e depois derretendo-se
sas e m c o m u m entre êles; p o r­ para sempre.” Diversamente dos
tanto, não havia rico n em pobre, lucros terrenos, as riquezas celes­
escravos n em livres, m as eram tiais jamais se desvanecem nem
todos livres e participantes do se desvalorisam.
d om celestial.” ( I V Nef i 1:2,3).
" . . . p o rq u e as qu e se vê m são
UANDO, tomados de uma tem porais, e as que se não vêm
Q incrível vivacidade, nos po­
mos a perseguir as riquezas mun­
são eternas.” ( I I Cor. 4 :1 8 ).
Uma vez um homem que jazia
danas, o prazer dessa corrida logo no seu leito de morte, pronunciou
cessa de existir. “ Ela se enfra­ as seguintes palavras: “ O que te­
quece como um trapo” ; ela se des- nho guardado, perdi; porém, o
colora como uma folha, e é rápi­ que tenho dado, ainda possuo.”
da ao findar-se. O homem cloro- Se construimos com os olhos
formisa a sua alma em busca dos fitos na riqueza, se preferimos as
prazeres e divertimentos munda­ vaidades terrenas, somos como os
nos. Uma excessiva ansiedade que constroem sobre o gelo.
por dinheiro produz um senti­ Quando a Primavera vem, o sol
mento de sordidez e expulsa do radiante derreterá os seus enfra­
homem o desejo de benefícios
quecidos alicerces.
espirituais. “ P o rq u e onde estiver
o vosso tesouro, aí estará ta m b ém “ A ssim é aquele qu e para si
a ju n ta tesouros, e não é rico para
o vosso coração.” (M a t e u s 6 :2 1 ).
Disse Salomão: “ N ã o te canses c o m D eu s. (L u c a s 12:21).
para enriqu ecer e s ; . .. p orqu e cer­ As doenças corrompem a terra,
ta m en te isso se fará asas e voará com a rapidez de uma ave de ra­
ao céu com o a águia.” (P r o v . pina, e as riquezas acumuladas
2 3:4,5). trazem ao homem a decadência
A riqueza terrena é uma posse moral e espiritual.

Para erguer nosso edifício, Dá o tempo os m ateriais:


Os dias de ontem e de hoje, São pedras fundamentais.
Longfellow

O trabalho traz o coníôrto, a abundância e a consideração.


B e n ja m iv i Franklin

É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais.


C o e lh o Neto',

Os verdadeiros sentimentos manifestam-se mais por atos que por palavras.


Shakespeare

Setembro de 1949 A G A IV O T A 185


A D E F E S A Contra A
t T o j e , mais do que nunca, deve- mudando de cores, continuava
mos aprender e ensinar aos explodin do e expandindo-se com o
nossos filhos a L e i Dourada do uma força elem entar, que liberta
A m o r a Deus e aos nossos seme­ das suas cadeias depois de ap ri­
lhantes. Pois, com o advento da sionada por bilhões de a n o s ...
Bom ba Atôm ica, nossos filhos en­ F o i com o se a terra se abrisse e
fren tarão um mundo triste, se é os céus se d ivid issem . .. entãa,
que v iverã o após uma possível 3.a de dentro do grande silêncio ou­
Guerra Mundial. N ão existe qual­ viu-se um poderoso tr o v ã o .. .
quer defesa contra essa arma, se­ Dir-se-ia que m ilhares de enor­
não a com pleta prevenção à mes bombas estavam exp lodin ­
G u erra . d o .”
E isso fo i uma bom ba exp eri­
A energia atôm ica pode ser mental ; desde então elas têm sido
usada para o bem ou para o mal. grandem ente ap erfeiçoa d a s.
E ’ o am or do hom em que cana- N um resumo abreviado, os fa ­
lisa as coisas para um bom uso, tos a respeito da bom ba atôm i­
ou para o ódio, que os vê usados ca são os seguintes: a p rim eira
em propósitos destrutivos. bom ba atôm ica usada na guerra
Os cientistas que prepararam a devastou uma área de cerca de
energia atôm ica necessária a fins 25 quilôm etros quadrados, e re­
belicosos, sentem que a mesma sultou em 150 a 300 m il feridos
energia pode e deveria ser usada e de 75 a 100 m il m ortos. Um
pelo bem da humanidade. O simples e coordenado raide sobre
D r. J. R . Oppenheimer, o h o ­ as principais cidades brasileiras,
mem que dirigiu o projeto da
bom ba atôm ica nos Estados Uni­
dos, disse que a energia atôm ica
m uito pode fa ze r para m elhorar
as condições do mundo e para al­
terar as “ relações entre os ho­
mens e as nações” .
A energia atôm ica é algo tre­
mendo. Um repórter do N ew
Y o rk Tim es, W illia m L . Lauren-
ce, descreveu a explosão da p ri­
m eira bom ba atôm ica nunca dan­
tes fabricada, da seguinte fo r ­
m a:
“ Levantou-se das entranhas da p od eria m atar 7.000.000 de pes­
terra uma luz que parecia não ser soas.
dêste mundo, a luz de muitos O hom em na rua d iz: “ Pois é,
sóes juntos. Subia uma grande os cientistas inventaram esta
bola de fog o de cerca de dois bomba, e contra ela inventarão
quilôm etros de diâm etro que, uma solução” . Mas o fato é que
186 A G A IV O T A Setembro de 1949
B O M B A A T Ô M IC A p elo E ld e r Johannes A. Alius.

não existe agora e nem existirá custo está, p or causa dos recen­
no futuro qualquer defesa e fe ­ tes desenvolvim entos, decrescen-
tiva . do.
Somente duas defesas foram Agora, uma bom ba atôm ica é
sugeridas- (1) D escentralizar to­ equivalente a 20.000 toneladas de
das as grandes cidades e colocar T N T , que é usado no tipo o rd i­
todas as manufaturas a dezenas nários de bombas, das quais o
de metros sob o solo. (2) Possuir exército aéreo dos Estados Uni­
uma defesa anti-aérea contra dos na últim a guerra deixou cair
aéroplanos e bom bas. perto de 000.000 toneladas, cus­
Pode-se facilm en te v e r que tando, em tudo, mais ou menos
nenhum dêstes meios é prático, dez bilhões de dólares. Agora, os
m uito menos possivel. cálculos matem áticos m u d a m :
Outro argumento é que as estas 600.000 toneladas de T N T
bombas atômicas são muito dis­ fize ra m o estrago de cerca de 30
pendiosas para serem usadas pe­ bombas atôm icas. E .‘50 bombas
las nações. Isto é um grande atômicas custam somente 60 m i­
êrro, baseado 110 fato que os Es­ lhões de dólares. Que grande
tados Unidos gastaram dois b i­ d iferen ça: de dez m ilhões de dó­
lhões de dólares, para jogarem lares para a bom ba com um a so­
duas bombas no Japão. Os p ri­ mente 60 m ilhões para as bom ­
meiros cálculos indicariam assim bas atômicas do mesmo poder.
o custo de um bilhão de dólares Então, ela é a mais barata das
para cada. Esta suposição está armas inventadas pelo homem
longe dos fato s: Todos os p er­ para a destruição de vidas e pro­
tences da bom ba atôm ica custa­ priedades.
ram dois bilhões de dólares. A
pesquisa, a construção dos lab o­ E ’ verd ad e que as inverções in i­
ratórios e fábricas, a com pra de ciais foram grandes; mas uma
m atérias primas, tais com o o vez que foram feitas, a produção
uranio, pagamento dos trabalha­ da bom ba atôm ica barata. T ão
dores, etc. etc. alcançaram aque­ barata que as nações do mundo
la enorm e som a. Agora, custa­ não hesitariam em usá-la. ftste
ria cerca de dez p or cento do fato está am plam ente ilustrado
capital investido em organizar e na relutância para discutir seria­
fazer funcionar o projeto, para mente o problem a da bomba atô­
m ovim entá-lo p or um ano. E n­ mica pelas quatro grandes das
tão, o custo das bombas seria de Nações Unidas.
somente 200 m ilhões de dólares Existe uma única m aneira para
por ano. Quantas bombas p od e­ im p ed ir o seu uso: fin a liza r a
riam ser feitas p or ano? Cerca discórdia e ódio que existem en­
de cem, de acôrdo com o que se tre as nações, e ideologias, e es­
pode estim ar das fragm entadas tabelecer o prin cipio do am or en­
inform ações existentes. Isso fa ­ tre os homens. Esta é, tanto
ria o custo de cada bom ba em h oje com o 110 futuro, a única de­
dois milhões de dólares. E o fesa contra a bom ba atôm ica.

Setembro de 1949 A G A IV O T A 187


Q
uando Joseph Sm ith escre­
veu as 13 Regras de Fé para
sublinhar as crenças da Ig re ja de
Jesus Cristo dos Santos dos Ú lti­
mos Dias, êle destruiu um dos
A E X PLIC A Ç Ã
chamados Grandes M istérios do
cristian ism o: O da composição da
Santíssima Trindade.
S A N TI S
De há muito é ensinado pela
m aioria das igrejas cristãs que há
“ Três deuses, mas assim mesmo, ça; e ouviu a voz do Pai. As três
somente um D eus. . . Que existe pessoas da Trindade estavam pre­
Deus o Pai, Deus o Filho, e Deus sentes, manifestando-se de m a­
o Espírito Santo, mas que ainda neira diferente, e distintas entre
assim não são três pessoas mas si. Mais tarde, o Salvador pro­
um a s ó .” E uma vez que tal meteu aos seus discípulos que o
dogm a torna-se d ifícil de explicar Confortador, que é o Espírito
à luz das suas óbvias contradi­ Santo, ser-lhes-ia enviado pelo
ções, êle fo i classificado como um P ai. E aqui mais uma vez, os
mistério. três membros da Trindade, estão
Mas será isso um m istério ou separadamente definidos.
será um êrro da parte das várias Mais claro ainda, mais simples
igrejas? Deus não é responsável e mais fácil de entender, é o ver­
por ideais errôneas; Êle disse por sículo dos Atos dos Apóstolos, re-
interm édio de Paulo: “ Pois Deus ferindo-se ao apedrejam ento de
não é o a utor de confusão, mas Estevão. D iz a B íblia:
de paz.” “Mas êle, estando cheio do
Joseph Smith, falando da T rin ­ E sp írito Santo, olhou para o Céu,
dade, disse: Cremos em Deus, o e viu a glória de Deus, e Jesus que
Pa i eterno, e no seu F ilh o, Jesus estava à mão direita de Deus, e
Cristo, e no E sp írito Santo. disse: ‘Eis que vejo os Céus aber­
Com o três pessoas separadas e tos, e o F ilh o do H om em à mão
distintas. direita de Deus’.”
O problema — e êle apresen­ A luz de tais provas, é lógico
ta pequena dificuldade — é de­ que Deus e Cristo e o Espírito
cidir agora por interm édio das Santo deveriam todos ser uma só
escrituras sagradas, qual a corre­ pessoa? É lógico que Deus per­
ta, se a Teoria de todos-em-um manecesse ao seu próprio lado di­
ou a prim eira R egra de Fé. reito? É lógico que Cristo per­
De acôrdo com a Bíblia, é im ­ manecesse nas águas do batismo
possível que a Trindade fosse e ao mesmo tempo descesse sobre
composta de nada menos que três si mesmo na form a de uma pom ­
indivíduos separados, fisicam en­ ba e falasse a si mesmo numa
te distinguidos entre si. voz do Céu? Ou será que estão
Na ocasião do batismo do Sal­ erradas as seitas que disputam as
vador, João reconheceu o sinal da provas bíblicas?
presença do Espírito Santo; êle Se a B íblia não é suficiente,
viu perante si num tabernáculo consideremos a experiência de
de carne, o Cristo, a quem êle Joseph Smith, que, em resposta
adm inistrou a sagrada ordenan- à sua fervente prece pela Verda-
188 A G A IV O T A Setembro de 1949
dade nos atributos, poderes e pro­
pósitos dos seus membros. Je­

0 DA _ sus, enquanto estava na terra, re­


petidam ente testificou a respeito
da unidade existente entre Si e o
Pai, e entre ambos e o Espírito
SI MA TRINDADE Santo. Isto não pode ser racio­
nalm ente interpretado para sig­
n ificar que o Pai, o Filho e o Espí­
rito Santo sejam um em substan­
de, achou-se confrontando o P ai cia e em pessoa, nem que os no­
e o Filho como duas personagens mes representem o mesmo indi­
distintas permanecendo no meio víduo sob diferentes aspectos.
duma luz que ofuscou o brilho do Bastaria uma simples referência
sol; e um dêles declarou: “ Êste para provar o êrro de tal ponto:
é meu F ilh o bem amado, ou ça -O !” im ediatam ente após a traição,
Joseph Sm ith não foi o único Cristo orou pelos seus discípulos,
que recebeu, nestes últimos tem ­ os doze apóstolos e, pelos outros
pos, a prova tan gível da verda­ conversos, para que fossem pre­
deira distinção entre os membros servados em unidade, para que
da Santíssima Trindade. todos pudessem ser um, como os
Em 16 de fevereiro de 1832 o são o P ai e o Filho. Não pode­
profeta e um homem de nome mos concluir que Cristo orou para
Sidney Rigdon, o qual foi um dos que seus seguidores perdessem
líderes da Igreja, estavam ocupa­ sua individualidade e se tor­
dos na tradução das escrituras, nassem uma só pessoa, mesmo
quando oraram, pedindo que que uma transform ação tão opos­
Deus os orientasse no seu tra ­ ta a natureza fosse possível. Cris­
balho. Depois de suas preces, to desejou que todos fossem uni­
“ Deus tocou nos “ olhos” do nosso dos em espírito e propósito; pois
entendim ento, e êles se abriram , é assim que Êle e o P ai e o Espí­
e a G lória do Senhor b rilhou ao rito Santo estão unidos.
nosso redor.” Cada um dos membros da T rin ­
“ E nos fo i dado con tem p la r a dade é um Deus. Juntos, êles
visão da G lória do F ilh o ao lado são três Deuses, separados e dis­
direito de Seu P a i. .. tintos, conform e m ostra a Bíblia.
“E agora, após m uitos teste­ Êles são um Deus uma vez que
m unhos que d’Ele nos fora m da­ trabalham com a mesma fin a li­
dos, êste é o testem unho, o ú lti­ dade; uma vez que existe entre
m o de todos, que d’Êle damos: êles o perfeito entendimento,
Que Êle vive! como por exemplo, na adminis­
“Pois nós O vim os ao lado di­ tração desta terra. Êles não per­
reito de Deus; e ouvim os a voz dem a sua identidade como
afirm ando que Êle é o Seu F ilh o pessoas distintas, mas agem como
U n igên ito.” um para desencarregarem-se dos
Portanto, o fato de que Deus, seus deveres.
Cristo e o Espírito Santo são três Então nada de misterioso exis­
pessoas distintas está am plam en­ te a respeito da Santíssima T rin ­
te provado. dade. Existe confusão, sim. Mas,
A Trindade é um tipo de uni­ não é de Deus.

Setembro de 1949 A G A IV O T A 189


UMA F A M Í L I A HOLANDESA
ENCONTRA SE GURANÇA NA
V E RD A D E I R A I G R E J A
|M A grande assembléia da Igre- na terra. Visitou igreja após
ja em Rotterdam , Holanda, igreja, porém sua procura foi em
ouviu, ultim am ente, as seguintes vão, porque todas as que investi­
palavras, dum homem desconhe­ gou honestam ente não tinham as
cido: características das doutrinas en­
contradas nas escrituras.
“ Se todos os membros desta
Ig re ja se afastassem, perdessem Então, um dia, encontrou-se
o seu testemunho — eu ainda po­ com os missionários da Ig re ja de
deria dizer: Sei que sou membro Jesus Cristo! E, para grande sa­
da verdadeira Ig re ja de Jesus tisfação de sua alma, achou res­
Cristo, restaurada por Deus nes­ postas às perguntas que atorm en­
tes últimos dias.” taram sua m ente durante muitos
Êle falou isto, enquanto lá g ri­ anos.
mas de alegria enchiam seus Continuando a investi­
olhos, apenas sete dias depois de gar, achou mais luz em muitos
ser batisado. E atrás das suas outros pontos sobre os quais
esteve em d ú vid a. Repentina­
palavras há uma história inte­
mente, antes de ser batizado, teve
ressante . ..
pnumonia; os missionários foram
Êste homem, W illem Meister, à sua casa para adm inistrar-lhe
de Deventer, Holanda, nasceu na bênçãos, pois ficou entre a vida
Ig reja Gereform eerd de Holanda e a morte. No dia seguinte, esta­
(A Ig reja R eform ad a). Segundo va sensivelmente melhor, recupe­
os ensinamentos daquela igreja, rando a saúde, em poucos dias.
foi batisado enquanto criança, e Logo que ficou com pletam ente
foi criado sempre nos caminhos curado, pediu o batismo.
mostrados pela igreja a que per­ Então êle começou a receber
tencia. cartas de toda a Holanda e da
Ao tornar-se maior, certas dou­ Bélgica, de membros dos seus an­
trinas confundiram -no: o batis­ tigos grupos evangélicos, e dos
mo de crianças e a predestinação, líderes dessas igrejas, prevenin­
por exemplo. Estudando a B í­ do-o das “ conseqüências te rrí­
blia, êle não pôde encontrar dou­ veis” que lhe viriam ao aceitar o
trina algum a que confirmasse Mormonismo.
estas crenças. Frequentem ente Apesar disso, porém, a fam ília
perguntava a si mesmo: será que M eister ficou fiel ao seu testemu­
a verdadeira Igreja de Cristo pre­ nho de que tinha, finalm ente,
garia como doutrinas coisas que encontrado a verdade, e as m ui­
não sejam baseadas na Bíblia? tas prevenções' apenas tornaram
Sendo a resposta obviam ente mais forte o desejo de todos se
“ N ão” , o jovem W illem afastou- batisarem e serem confirmados
se de sua “ igreja m ãe” para pro­ — como foram — membros da
curar a estabelecida por Jesus Ig re ja de Jesus Cristo dos Santos
Cristo durante o seu m inistério dos Últimos Dias.
190 A. G A IV O T A Sitembra de 1919
U ru gu a i...
. . . NOVO CAM PO M IS S IO N Á R IO

U R U G U A I — A M argem O rien­ cognom inado o h erói da Indepen­


tal — é um dos mais novos cam ­ dência, não conseguiu realisá-la
pos de atividades missionárias enquanto que L a v a lle ja a conse­
iniciadas pela Ig re ja de Jesús guiu. A Assem bléia Constitucio­
Cristo dos Santos dos Últimos nal reuniu-se em 1828 e subme­
Dias. O que sabemos a respeito teu à apreciação do Brasil e A r­
do seu passado? Seu povo, sua gentina o conteúdo da sua Cons­
história e sua indústria? 0 que tituição que fo i unanimemente
será que os “ E ld e rs ” encontrarão aprovada p or ambos e, no dia 18
neste novo terreno da vinha de ju lh o de 1830, os prim eiros
do Senhor? ministros Uruguaios tom avam
Uruguai, (o ficialm en te Repú­ posse de suas respectivas pastas.
blica O riental do U ruguai), é a D e que é form ad o o povo? A
m enor das nações independentes estrutura m áxim a do povo Uru­
da A m érica do Sul, situada entre guaio é de origem espanhola.
as duas grandes potências Sul- Ocupa o segundo lugar os de ori­
Am ericanas, o Brasil e a A rgen ­ gem Italiana. Diz-se também
tina . que os nativos extinguiram-se
O Uruguai tem 72.172 milhas cerca de 1832, em bora uma sub­
quadradas, estimando-se que sua divisão do censo demonstrasse
população em 1943 era de que os brancos ocupam 86%, ca-
2.200.200 habitantes aproxim a­ bendos 12% aos mestiço e 2%
damente, um terço da qual re ­ para os índios.
side na linda M ontevidéo, sua Ca­ A té a l.a Guerra Mundial a im i­
pital . gração para o Uruguai originou-
A história conta que em 1519, se quase inteiram ente da Espa­
quando a frota de Magalhães nha, Itá lia e outras nações do Sul
aproxim ava-se do Estuário do da E uropa. Muitos dos im i­
Prata, o v ig ia do alto do navio grantes vinham somente p or uma
avistou uma simples colina e g ri­ temporada, fin d a a mesma, volta­
tou jubilosam ente: “ Monte vid vam para a sua terra natal. P o r
e u !” (V e jo uma c o lin a !) F o i dês- exem plo, em 1913, um ano antes
se grito que se d erivou o p re­ da guerra, acim a de duzentos e
sente nom e da cidade. sessenta m il .pessoas chegaram,
A colina é a única no Prata ou mas, tantos m igraram que o res­
no R io p or centenas de milhas tante m al chegava a 31.000, a
acim a do estuário, e com o tal ela despeito das apropriações que
é a mais valiosa possessão da c i­ lhes eram generosam ente oferta­
dade de M ontevidéo. das pelo Congresso, tentando con­
Dois grandes líderes Uruguaios servar uma im igração perm anen­
se destacaram na luta pela inde­ te. Desde a l.a Guerra Mundial
pendência de sua terra n a ta l. tem sido enorm e o flu x o de im i­
Um fo i José Artigas e o outro grantes provenientes do Leste e
Juan Antonio L avalleja. Artigas, do Centro da E uropa.

Setembro de 1949 A G A IV O T A 191


A língua nacional é a espanho­ pacta, com planícies extensíssi-
la. A Ig reja é separada do Es­ mas de relva, e com uma enorm e
tado no Uruguaií tendo isso sido varied a d e de flores silvestres. A
resultado da Constituição de 1919, elevação m aior, geograficam en te
e existe uma com pleta tolerancia falando, não excede a 400 metros.
re lig io s a . As últimas estatísti­ Os meios de com unicação são fá ­
cas revelam que enquanto a ceis, devido a navegabilidade do
m aioria dos habitantes pertence R io Uruguay que perm ite que na­
à fé Católica-Apostólica-Rom ana, vios de pequeno e grande calado
cerca de um terço da população avancem até quase o centro do
é classificada com o protestante país.
ou lib eral. Em novem bro a M etrópole de
N o com eço do Século X X, cer­ M ontevidéu fica inteiram ente b a­
ca da m etade da população era nhada pela fragrân cia das rosas.
an alfabeta. Desde aquele tempo O ed ifício C apitólio de M onte­
notou-se um m arcante progresso. vidéo é m uito lindo e atraente,
A educação prim ária é atualm en­
possuindo trinta diferentes espé­
te compulsória- A U niversidade
cies de m árm ores em mais de 62
de M ontevidéo, estabelecida em
tonalidades. O m árm ore é na­
1849, possue mais de dezessete
tural, sendo que os recursos m i­
m il estudantes.
nerais do país se lim itam quase
N oven ta e dois p or cento das que exclusivam ente de pedras.
terras cultiváveis é aproveitado
para a criação do gado. Quatro De acôrdo com a Constituição
quintos da exportação consiste de de 1836, o Uruguai elege de qua­
produtos animais. O país fo rn e ­ tro em quatro anos um Presiden ­
ce norm alm ente de 15 a 18 por te, um Vice-Presidente, um Ga­
cento da exportação de carne binete e duas casas do Congresso.
mundial, sendo que a Inglaterra O Presidente e Vice-Presidente
coloca-se em - p rim eiro plano não podem se suceder e o Gabi­
com o com pradora. nete e o Congresso são escolhidos
por um a representação p ro p o r­
A agricultura — a aração do cional. Todos os cidadãos que
solo — trouxe resultados substan­ lêm votam , incluindo as m ulhe­
ciosos em anos recen tes. As cul­ res que também podem ser v o ­
turas principais s ã o : trigo, m i­ tadas .
lho, aveia, cevada e linha^a. Até
m eados de 1880 a farin h a era O tráfego é feito pela mão es­
quase inteiram ente im portada. querda, talvez com o uma hom e­
H oje, exporta-se êsse cereal. A nagem à Grã-Bretanha que tem
agricultura está atualmente sen­ feito enormes inversões de capi­
do d irigid a de um m odo mais tal, capital que tem contribuído
cien tífico do que jam ais o foi. e para o desenvolvim ento da N a ­
uma tentativa m uito recom endá­ ção e da sua indústria. A Casa
vel de reflorestam ente está sen­ da Missão na Calle Brito dei Pino
do levada a efeito. A indústria 1527, em M ontevidéo, é somente
m anufatureira está sendo in tei­ a três quadras da E m baixada
ram ente apoiada pelo govêrno Am erican a e localisa-se perto de
com o o tem sido desde o início um lin do jard im , cujo nome fo i
do corrente século. dado em hom enagem às Nações
O Uruguai é uma nação com ­ Aliadas da l.a Guerra M undial.

192 A G A IV O T A Sstembro de 1949


SABERE1S...
por A lm a Sonne, Presiden­
te das Missões Europeus

\ v e r d a d e i r a espiritualida- revelações, sua mente, desejo e


de consiste em conhecer seus atributos. Descobrir a Deus,
Deus e crer nas suas promessas. não somente nas manifestações
É possível conhecer a Deus, ape­ da natureza, mas na sua palavra
sar dos ensinamentos de certas revelada ao homem, deve ser o
seitas que declaram ser Deus in ­ principal desejo dos seus filhos.
compreensível. Em sua m agis­ Êste é o caminho para a exalta­
tral prece intercessória, Jesús dá ção e o esclarecimento. “ Conhe­
expressão a esta grande verdade cer ás a Verdade, e a Verdade vos
na seguinte form a: “ E a vida livra rá,” disse Jesus aos Judeus
eterna é esta: Que te conheçam que desejaram tornar-se Seus
a ti, só, por ú nico Deus verdadei­ discípulos. O Evangelho de Cris­
ro, e a Jesus Cristo, a quem en- to, que é a verdade divina, é a lei
viaste.” T a l conhecim ento é o p erfeita de liberdade. Êle liber­
alicerce da religião cristã. Êle tará a humanidade do pecado, do
prepara o caminho para uma fiel egoísmo, da superstição e do êrro.
realização, virtuosidade, e firm e Êle proverá a liberdade que deri­
devoção. va-se da irm andade e do conhe­
cim ento das relações do homem
Um conhecim ento de Deus e com Deus.
seus propósitos pertinentes aos Homens estudiosos tentaram
seus filhos vem por interm édio de encontrar a Deus buscando-O
uma ardorosa investigação e a “ sob a crosta das coisas” . Quase
prática de fé. A pergunta apre­ sem exceção, êles se sairam das
sentada no livro de Jó — “ não suas investigações com a desagra­
podeis pela procura achar a dável notícia que “ Deus não é
Deus?” é respondida pelo profeta conhecível.” Os líderes religiosos
Jeremias: “ E buscar-me-eis, e me têm ensinado a doutrina da in-
achareis, quando me buscardes de comprensibilidade de Deus. É
todo o vosso coração.” Isto está um a doutrina falsa contrária a
de acôrdo com o ensinamento de todos os ensinamentos das escri­
Jesus, “ procure e achareis; bate turas sagradas.
e se vos abrirá.” Joseph Smith, quando ainda
Conhecer a Deus é conhecer a jovem , crendo na exortação bíbli­
Verdade, pois toda a Verdade ca aparesentada por T iago: “ Pe-
emana d ’Êle “ Tua palavra é a ça-a a Deus, que a todos dá libe­
verdade,” disse Jesus em sua ora­ ra lm ente e o não lança em rosto;
ção já referida. Sem a Verdade, e ser-lhe-á dada” , achou-se na
o homem fica para sempre nas presença do P ai e do Filho, com
sombras da dúvida. Êle torna-se sua m ente esclarecida e sua alma
vítim a de cada corrente que so­ satisfeita. Deus é conhecível (V e ­
pra. Um conhecimento de Deus, ja pág. 188) e seus mandamentos
inclue um conhecim ento das suas são inteligíveis.

Um espírito alegre é uma propriedade valiosa. Sm iles

Setembro de 1949 A G A IV O T A 193


I

R IB E IR Ã O PR E T O A festa da inauguração foi feita


no salão do Esporte Clube de So­
Num am biente são e alegre, rocaba, onde havia quase cem
realisou-se o prim eiro baile da pessoas que se deleitaram com o
Associação de M elhoram entos ótim o program a lítero-m u sical.
Mútuos. Cantou um quarteto missionário
Êste teve lugar no salão de fes­ de São Paulo, e os outros núm e­
tas do Palacete Hotel, gentilm en­ ros musicais e as declamações fo ­
te cedido pela gerência do mesmo. ram feitas pelos Sorocabanos.
Podia-se calcular a assistência
em mais ou menos 250 pessoas. SÃO P A U LO
Umas rodopiavam ao som de boa
Foi oferecido no dia 23 de julho
música e outras se regalavam com
pela A. M. M., aos membros e
gostosos doces, graciosam ente co­
am igos da Igreja , um elegante e
locados na mesa.
agradável baile em comemoração
L á pelas 22,30 (mais ou m e­ da chegada dos pioneiros ao Vale
n os), teve início uma dança se­ do Lago Salgado há mais de cem
m elhante à nossa quadrilha. Da­ anos atrás. O salão estava re­
do aos aplausos e a satisfação de­ pleto e a turm a entusiasmada.
m onstrada pelos convidados, po­ Tivem os o prazer de receber d i­
demos dizer, sem perigo de errar, versos membros e Elders do Ram o
que todos apreciaram -na m uito. de Campinas. L á pelas tantas
Ao soar das 24 horas, o salão houve fa rta distribuição de doces
ainda se encontrava repleto de e refrescos, e a turm a avançou
pares que se em balavam ao som alegrem ente nos “ comes e bebes.”
de um gostoso e provocante sam­
Ora num ritm o lento, ora num
ba, mas tudo parou ouvindo-se a
acelerado, os pares valsavam e
voz de um dos missionários que
sambavam num am biente de ale­
fazia a oração, com a qual se en­
gria e felicidade.
cerrou o prim eiro e grande baile
da A. M. M. realizado nesta cida­ Foi com pesar que o pessoal
de no dia 28 de julho. teve de parar quando chegou a
hora.
Wanda Bastos Dom ingo, dia 24, em continua­
ção da comemoração, tivem os o
SO RO C ABA brilhante côro do Ram o de Cam ­
pinas o qual nos deleitou com
No dia 29 de julho foi inaugu­ maviosos cantos. H á que ressal­
rada a A. M. M. em Sorocaba. O tar belíssima a interpretação do
program a daquela noite foi d iri­ canto “ The L o rd ’s P ra ye r” . Cons­
gido pelo Elder Jack Bowen, P re­ ta que o pessoal daqui ao ouvir
sidente do Distrito de São Paulo. o côro cam pineiro, ficou cheio de

194 A G A IV O T A Setembro de 1949


ciume e resolveu estudar para ver de Souza, secretária. Apresenta­
se consegue ter um côro tão bom mos nossos parabéns pela Socie­
como o cam p in eiro. Parabéns dade de Socorro agora existente
campineiros! em nosso ramo.
Foram bem recebidos os filmes
José F ran co Bueno
coloridos nos dias 28, 29, e 30 de
julho, passados pelos Elders Lee
SANTO S
e Lewis. Ficám os encantados com
o film e sobre o Estado de “ U tah ”
No dia 23 de julho o Ram o de
Santos realizou uma festa com e­ e o famoso côro do Tabernáculo
de “ Salt Lake C ity ” .
morando a chegada dos Pioneiros
Será realizado no dia 6 de se­
ao Vale do Lago Salgado nas
tem bro o baile Auri-Verde. Você
Montanhas Rochosas. O progra­
já tem o seu convite?
ma foi bem planejado e o salão
de baile bem enfeitado. Algum as Elder James H. Barwick, Jr.
moças chegaram pela tarde com
flores e ramos de cipreste e fize­
ram belos enfeites nas paredes, P O R T O ALE G R E
dando as mesmas aspecto m uito
alegre. A nova casa na Rua P a ­ No dia 14-6-49 foi eleita a nova
raíba, 94 é um casarão com dois presidência da M útua de Porto
salões, um para reuniões e o Alegre, assim constituída:
outro para os program as da Asso­ D ire to ria — Presidentes: Olga
ciação de M elhoram ento Mútuo e Bing e W alm ir Silva; Conselhei­
outras atividades. ros: N orm a R. W ilkzarek e Ubi-
Foi inaugurada a Sociedade de rajara M. M acedo; Dir. da M úsi­
Socorro das senhoras do ramo, no ca, D ym itri Demezuk; e Secretá­
dia 28 de julho com uma assis­ ria, René Dias; Departam ento
tência de 50 senhoras, exclusive Esportivo — Herbert Lederer e
a presença dos maridos e amigos. Jonny Kolberg.
O salão, como era de se esperar Pedim os a Deus que os abençoe
ficou lotado. Elder Dean A. Clark nessa tarefa que ora iniciam e
é o atual presidente; Dona M ari­ que possam elevar o nome dessa
na Aracy Jahrmann, Conselhei­ bela organização, são estes os
ra; Dona Edna Feliciano da Sil­ nossos votos sinceros.
va, Conselheira; e Dona Augusta René Dias

la. m ulher — Meu m arido gos­ M enina — Eu não quero mais


ta m uito do idiom a francês. mamãe, estou cheia.
2a. m ulher — O meu gosta do
idiom a inglês. A mãe — M inha filha, não di­
3a. m ulher — O que é idioma? ga cheia, diga satisfeita.
— É língua.
3a. m ulher — Então o meu m a­ Mais tarde — Mamãe, mamãe,
rido gosta m uito do idiom a de venha ver como o bonde está todo
porco. satisfeito.

Cuida de tua saúde; ela é a tua m elhor ferram enta.


B en ja m im F ra n klin

Setembro de 1949 A G A IV O T A 195


NOVOS M ISSIONÁRIOS N A MISSÃO B R AS ILE IR Á

E. Roylance
M a rtin
Murray, Utah

Dean Buihman
Joseph C ity,
A rizona

R obert E. Everton
Logan, Utah

J. Stanley Houston
Panguitch, Utah

Sua imaginação é preciosa. . . para você, e para os outros. É


preciosa para você, porque tem a alegria de vê-la produzir coisas bo­
nitas; é preciosa para os outros, porque êles têm o prazer de gozar o
seu trabalho. Ponha a sua imaginação e talentos a trabalhar no gran­
de e primeiro Concurso Anual de Histórias e Poemas de Natal apre­
sentado pela “ A Gaivota”. Mande a sua história, ou novela, ou poema
— ou as três — à “ A Gaivota”, antes do dia 8 de novembro de 1949. A
história não deve ter mais do que 1.400 palavras; o poema com um
máximo de 24 linhas. Os que mandarem as melhores obras, recebe­
rão um exemplar do livro “ O Manto de Cristo”, de LIoyde C. Douglas,
e uma assinatura de dois anos, da “ A Gaivota”. A obras premiadas
serão publicadas na “ A Gaivota” de dezembro. Não há limite ao nú­
mero de histórias ou poemas que cada pessoa possa mandar.

P ai — Porque você ficou de P ai — Na próxim a vez procure


castigo hoje na escola? lembrar-se m elhor onde põe as
Filho — Porque eu não soube coisas,
onde estavam os Açores.
196 A G A IV O T A Setembro de 1949
TRADUTOR
dos Artigos Especiais neste

Número:

Irmão Remo Roselli Sobrinho


Remo Roselli Sobrinho

M IS S IO N Á R IO S D ESO B RIG AD O S D A M ISSÃO B R A S IL E IR A

Johannes A . Alius Joseph R. Smith


Montreal, Quebec, Canada Magrath, Alberta, Canada

H O R Á R IO DOS P R O G R A M A S DE R Á D IO A P R E S E N T A D O NO B R A S IL
P E L A IG R E J A DE JESUS C R IS T O DOS S A N T O S DOS Ú L T IM O S D I A S '

Perto A legre — Domingos às 18,00 horas — PRF-9, Rádio Difusora.


Curitiba — Domingos às 19,15 horas — A Y M -5.
Ribeirão Preto — Domingos às -19,30 h:ras — PR A -7
Santos — Quartas-feiras às 19,15 horas — Rádio Cultura Guarujá.
Sorocaba — Segundas-feiras às 20,30 horas — PRD-7, Rádio Clube de Sorocaba.
tf
f
f
t

Sêde V ós , P o is , Perfeitos
§
f Certa vez, no cume do m onte Sinai, o Senhor deu aos seus fi-

|; lhos aquilo que hoje é chamado: A lei do Senhor, ou, os Dez Man-
% dam en tos. Toda gente os conhece. . . e reconhece que são êstes
% mandam entos que, afin al de contas, distinguem um cristão fiel do
% resto dos homens. Tam bém , toda gente procura viver êstes man-
* damentos, ou, pelo menos, um a parte dêles, com feliz êxito. São
* poucos os homens, por exemplo, que pensam em m atar o p ró x im o . ..
* em f u r t a r . .. em não honrar seus pais. Mas também, há muitos e
* muitos homens que, talvez por não entender melhor, quebram alguns
* dêstes mandamentos. Não pensam em levantar falso testemunho
|* contra c seu próxim o, mas, ao mesmo tempo, não acham máu lançar
* uma m entira, quando lhes é conveniente. E o fato é que, levantar
* falso testemunho e m entir são uma mesma coisa!
% Quem por acaso nunca mandou seu filho à porta, quando chega
% uma visita indesejável para lhe dizer que o pai ou a mãe não estava
% em casa! E será que isso não é m entir ou levantar falso testemu-
% nho? É — com efeito. E, o pior ainda, é que ao mesmo tem po a
* criança aprende a mentir. Não pensamos no momento, que esta-
% mos m en tin d o. . . apenas pensamos que é uma m aneira fácil e con-
| veniente de nos livrar dum visitante, quando não temos tempo de o
* atender. Mas, vamos adm itir os fatos: É uma mentira.
* A mesma análise é aplicável aos outros m andam entos. . Há
* aquele que diz: Não tomarás em vão o nome do Senhor. Ninguém
* pensa em tom ar em vão o nome do Senhor, quando diz: “ Vou tom ar
* uma xícara de café, se Deus quiser,” para dar um só exemplo. Mas,
j o fato é que está tomando em vão o nome de Deus. Um a coisa que
% não é necessária, é em vão. E, certam ente, dizer “ se Deus quiser”
% com “ tom ar café” , não é necessário. Nem é necessário falar o seu
$ nome 99 por cento das vezes que é geralm ente usado. Leio êste pro-
% gram a, se Deus qu iser. . . Janto agora, se Deus quiser, e assim por
| diante. É ridículo, realm ente! Vamos adm itir no nosso coração,
* sim, que tudo o que é bom é de Deus, e que temos que dar-Lhe
* graças pelos bens que desfrutamos, mas deixemos de quebrar êste
* segundo mandamento.
* Interpretem os os mandam entos como devem ser interpretados:
| Ao pé da letra, e assim tornamo-nos cada vez melhores filhos de Deus.
* Cristo, quando esteve na terra, explicou que Deus não quer que vi-
* vamos mais ou menos pelos seus mandam entos; Êle disse; Sêde vós,
% pois, perfeitos, com o vosso P a i nos Céus é p e r fe ito ... J. A. A.

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