sao72020 \endas de higiene ebeleza desacslram | Empresas | Valor Ecanémico
Valor Empresas
Vendas de higiene e beleza desaceleram
Depois de crescer 2% em 2018, setor perde ritmo em 2019 e prevé expansao real de
1,5% neste ano
Por Alexandre Melo — De Sao Paulo
21/01/2020 0Sh00-- Atualizado ha S meses
Limpo e perfumado
Variagdo das vendas de produtos de higiene e beleza em 2019, até out. *
BExpansao real das vendas
IBA fatia de cada segmento
em relagao ao ano anterior ** - % nas vendas totais
| 50%
Higiene
| 2 pessoal
154 16%
Perfumaria
3 0,69
° 22%
ans aS Eee Cosméticos
As quedas de vendas mais Bl Os maiores aumentos de
expressivas em 2019 * vendas em 2019 * - %
Permanentes | a , Tinturas para
ealisantes | cabelos, : -
Fio dental Protetor solar UNG
Preparacdes pesioaia | :
para barbear ecodornte =
Maquiagem Cuidados ma. |
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Maquiagem
para os olhos
Fonte: Abihpec; *Vendas da indistri livres de impostos; “-Deflacionado pelo IPCA/IBGE; ***Projecdo da Abihpec.
Observacdo:em 2019, a pesquisa passou a incluir novas categorias de produtos, para ampliar
a representatividade do levantamento
A industria de produtos de higiene pessoal, perfumes e cosméticos teve um ano.
dificil em 2019. As vendas das empresas ao varejo, em termos reais, quase
empataram com 0 ano anterior - cresceram apenas 0,69%. Para este ano, 0 avan¢o
estimado é de 1,54%, ja descontada a inflacao prevista para o periodo.
Categorias importantes para o setor encolheram. Maquiagem e produtos para
encrespar ou alisar cabelos, por exemplo, tiveram queda nas vendas superiores a
10% entre janeiro e outubro, em relacao a igual periodo de 2018. os dados sao da
Associacio Brasileira da Industria de Higiene Pessoal e Cosméticos (Abihped).
Joao Carlos Basilio, presidente executivo da Abihpec, disse que a industria teve um
ano “dificil” e “sem crescimento na massa salarial”. Observou que a concorréncia das
grandes marcas com as pequenas esta ficando mais acirrada e as recém-chegadas
continuam ganhando mercado.
‘Aexpectativa 6 de que o crescimento nominal do setor este ano seja de 5,1%. Os
numeros de 2019 ainda nao foram fechados pela entidade, mas a projecdo é de
avanco nominal de 5%. Descontada a inflacdo, o desempenho foi e continua sendo
timido.
O presidente da divisdo de consumo da Johnson & Johnson no Brasil, André
Mendes, diz que é preciso reverter o indice de desemprego, que ainda pressiona 0
mercado. “Os consumidores esto criteriosos nas escolhas e no que estado gastando.
O produto precisa ter uma oferta clara e valor agregado com inovacao.” Mendes
espera uma retomada mais ampla do consumo em 2020.
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Apresidente da Procter & Gamble, Juliana Azevedo, disse que 2019 foi bom e a
expectativa para este ano de avanco. “Nos ultimos seis meses [de 2019], se
compararmos com 0 mesmo periodo de 2018, 11 de 11 categorias que atuamos
esto crescendo em faturamento, com uma média de 4%, sendo que algumas delas
superam 10% de crescimento."
‘A executiva observa que “o mercado de higiene pessoal, perfumaria de cosméticos
vem se recuperando nos tltimos dois anos’. Acrescentou que no ano passado duas
marcas tiveram um desempenho muito positivo: 0 amaciante de roupas Downy e 0
descongestionante Vick.
A Natura, maior fabricante de de produtos de beleza do pais, obteve de janeiro a
setembro de 2019 receita liquida de R$ 4,31 bilhGes no mercado brasileiro, alta de
44% em base anual. No mundo, incluindo as marcas The Body Shop, Aesop e
Natura, a expansao da receita no mesmo periodo foi bem maior, de 8,1%.
Uma das variéveis importantes para os negécios da industria da beleza é o cambio
pois parte relevante das matérias-primas tem cotagdo em moeda estrangeira. Na
P&G, Juliana Azevedo disse que existe um impacto, mas que é preciso entregar
“bons resultados, independentemente do cambio".
Mendes, da J8J, observa que cenario atual exige muita eficiéncia da cadeia produtiva,
da produgao até a venda. “O aumento do cambio pressiona os custos e, num
mercado de baixa inflacao, a possibilidade de subir precos para compensar custos
limitada, A estratégia é ter cada vez mais eficiéncia frente a esse cendrio cambial.”
Neste ano, uma preocupacio adicional é a discussao sobre a reforma tributéria,
proposta pelo governo federal em quatro etapas. “O modelo fatiado ira gerar
aumento de carga tributaria e inflagéo, além de diminuir acesso da populagéo a
produtos essenciais para a satide”, observou o presidente da Abihpec.
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Estudo da LC Consultores aponta que a eventual retirada do regime monofasico do
PIS/Cofins elevara os precos dos produtos, em média, em 8,3%. A desoneragao da
cesta basica também sera afetada porque os itens que compéem a cesta também
no tém cobranca de IPI. Ficariam mais caros papel higiénico, creme dental, fio
dental, enxaguatério bucal e sabonete em barra, item que representa 18% das
vendas de produtos de higiene pessoal.
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