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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16853 Primeira edigo 08.05.2020 Solo — Ensaio de adensamento unidimensional Soil — One-dimensional consolidation test | 8 See ICS 13,080.99 ISBN 978-65-5659-162-9 ASSOCIACAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS Numero de referéncia ABNT NBR 16853:2020 16 paginas © ABNT 2020 ABNT NBR 16853:2020 ‘@ABNT 2020 “Todos os direitos reservados, A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicagdo pode ser reproduzida ou utiizada por qualquer meio, eletrénico ou mecénico, incluindo fotocépia e microfiime, sem permissio por ‘escrito da ABNT. ABNT ‘Ay. Treze de Maio, 13- 28° andar 2031-901 - Rio de Janeiro - RU Tel: + 85 21 9974-2300 Fax: + 55 21 3974-2346 abnt@abnt.org br ‘wowwabnt.org.br ii © ABNT 2020 - Todos 08 direitos reservedos ABNT NBR 16853:2020 1 2 Referéncias normativas.. 3 Principio.. 4 Aparelhagem.. 5 Preparagao das amostras e dos corpos de prova 5A Amostra. 52 Corpos de prova 6 Execugao do ensaio. 64 Condigées ambientais para execugao do ensaio 6.2 Determinagées preliminares 63 Determinagao de umidade e massa especifica aparente iniciais 6.4 Montagem do corpo de prova na célula de adensamento .. 65 Procedimento para execugao do ensai 7, Calculos indices fisicos iniciais do corpo de prova. 744 TAZ 713 72 indice de vazios ao final de cada estagio de pressao 7.21 Altura dos sélidos 7.2.2 Indice de vazios 73 Grau de saturagao final do corpo de prova. 74 Coeficiente de adensamento. 7.44 Generalidades. 7.4.2 Proceso de Casagrand 7.4.3 Processo de Taylor (ver Figura 4). 75 Indice de compressa 76 Pressao de pré-adensamento. 7.6.1 Processo de Casagrande (ver Figura 6). 7.6.2 Proceso de Pacheco Silva (ver Figura 7) 7.6.3 Indice de vazios correspondentes a pressao de pré-adensamento. 8 Expressao dos resultados.. Bibliografia.. Figuras Figura 1 — Representagao esquematica da célula de adensamento Figura 2 - Representacao esquematica de um talhador de corpo de prova Figura 3 - Curva de altura do corpo de prova, em fungao do logaritmo do tempo, para calculo do coeficiente de adensamento, pelo processo de Casagrande... 9 © ABNT 2020 - Todos 0¢ diel reservados ill Figura 4 ~ Curva de altura do corpo de prova, em fungao da raiz quadrada do tempo, para clculo do coeficiente de adensamento, pelo processo de Taylor. Figura 5 ~ Curva do indice de vazios, em fungao do logaritmo da pressao Figura 6 — Determinagao da pressao de pr adensamento, pelo processo de Casagrande Figura 7 — Determinagao da pressdo de pré-adensamento, pelo proceso de Pacheco Silva..14 (© ABNT 2020 - Todos os direitos reservados ABNT NBR 16853:2020 Prefacio AAssociago Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 6 0 Foro Nacional de Normalizagao. As Normas Brasileiras, cujo contetido é de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNTICB), dos Organismos de Normalizagao Setorial (ABNT/ONS) e das Comissdes de Estudo Especiais (ABNTICEE), sdo elaboradas por Comissdes de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da normalizacao. Os Documentos Técnicos ABNT sao elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2. AABNT chama a atengao para que, apesar de ter sido solicitada manifestacdo sobre eventuais direitos de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados 4 ABNT a qualquer momento (Lei n° 9.279, de 14 de malo de 1996) Qs Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), sdo voluntarios € nao incluem requisitos contratuais, legais ou estatutarios. Os Documentos Técnicos ABNT nao substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuarios devem atender, tendo precedéncia sobre qualquer Documento Técnico ABNT, Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citagzo em Regulamentos Técnicos. Nestes casos, os 6rgdos responsdveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as datas para exigéncia dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT. AABNT NBR 16853 foi elaborada pela Comissao de Estudo Especial de Solos (ABNT/CEE-221). © Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n° 02, de 21.02.2020 a 20.04.2020. Esta Norma contempla.o contetido técnico da ABNT NBR 12007, cancelada em 20.07.2015. O Escopo em inglés da ABNT NBR 16853 é o seguinte: Scope This Standard specifies the test method for determining soil consolidation properties, characterized by deformation velocity and magnitude, when soil is laterally confined and axially loaded and drained. @ABNT 2020 - Todos 0s ditetos reservados u oe NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16853:2020 |). Solo — Ensaio de adensamento unidimensional 1 Escopo Esta Norma especifica 0 método de ensaio para determinagdo das propriedades de adensamento do solo, caracterizadas pela velocidade e magnitude das deformagées, quando o solo ¢ lateralmente confinado e axialmente carregado e drenado. 2 Referén is normativas Os documentos a seguir sdo citados no texto de tal forma que seus contetidos, totais ou parciais, constituem requisitos para este Documento. Para referéncias datadas, aplicam-se somente as edicdes das. Para referéncias nao datadas, aplicam-se as edigGes mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 6457, Amostras de solo — Preparagao pata ensaios de compactagéo © ensaios de caracterizacéo : ABNT NBR 6458:2016 Verstio Corrigida 2:2017, Gréos de pedregulho retidos na peneira de abertura 4,8 mm — Determinagao da massa especifica, da massa especifica aparente e da absorgao de agua 3 Principio Este método de ensaio requer que um elemento de solo, mantido lateralmente confinado, seja axialmente carregado em incrementos, com pressao mantida constante em cada incremento, até que todo 0 excesso de pressdo na agua dos poros tenha sido dissipado. Durante o processo de compressdo, medidas de variagéo de altura da amostra sao feitas, @ estes dados sao usados no calculo do parametro que descreve a relagdo entre a pressao efetiva 0 Indice de vazios, bem como a evolugao das deformagdes em fungao do tempo. Os dados de ensaio de adensamento podem ser utlizados na estimativa, tanto da magnitude dos recalques totais diferenciais de uma estrutura ou de um aterro, como da velocidade desses recalques. 4 Aparelhagem 4.1 Sistema de aplicagao de carga (prensa de adensamento), que permite a aplicagao e manutengéo das cargas verticais especificadas, ao longo do periodo necessario de tempo, e com uma precisao ge 0,5 % da carga aplicada. Quando da aplicagdo de um incremento de carga, a transferéncia para © corpo de prova deve ocorrer em um intervalo de tempo nao superior a 2's e sem impacto significativo. 4.2 Célula de adensamento apropriada para conter o corpo de prova e que proporcione meios para aplicagao de cargas verticais, medida da variagao da altura do corpo de prova e sua eventual submersao. Esta célula consiste em uma base rigida, um anel para manter 0 corpo de prova, pedras porosas € um cabegote rigido de carregamento. O anel pode ser do tipo fixo (indeslocavel em relacao A base rigida) ou flutuante (deslocdvel em relacdo a base, sendo suportado pelo atrito lateral desenvolvido entre © corpo de prova € 0 anel), conforme os esquemas indicados na Figura 1 ‘© ABNT 2020 - Todos os ireitos reservados 1 ABNT NBR 16853:2020 Bureto y / cor \ Bose rigida \ Base rigida Vélvuta a) Célula de adensamento de anel fixo b) Célula de adensamento de anel fiutuante Figura 1 — Representagao esquematica da célula de adensamento 4.3, Anel de adensamento, conforme a seguir: 2) 9 didmetro intemo do anel deve ser no minimo de 50 mm (preferencialmente 100 mm )e, no caso Ge amostras extrudadas e talhadas, no minimo 5 mm (preferencialmente 10 mm) menor do que © didmetro interno do tubo de amostragem; 5) @ altura do anel deve ser no minimo,de 13 mm e néo inferior a dez vezes o maximo diémetro de particula do corpo de prova; ©) a relagao entre o diametro interno e a altura do anel deve ser no minimo de 2,5 (preferencialmente 3,0); 4d) arigidez do anel deve ser tal que, sob a condigao de presséo hidrostatica igual a maxima pressao axial a ser aplicada ao compo de prova, a variag&o do didmetro do anel nao exceda 0,03 %; NOTA OQ ane! fixo permite a execucao de ensaios de permeatilidade, junto com o ensaio de adensamento, NOTA2 Quando 0 solo a ser ensaiado se constitvir de material muito mole, no se utliza ane! futuante, 4.4 Pedras porosas, conforme a seguir. @) as pedras porosas devem ser confeccionadas com material quimicamente inerte em relacéo 20 solo @ & agua dos poros. Dever ser constituidas de poros com dimens6es suficientomente Pequenas, de forma a se evilar a intrusdo de particulas de solo. Se necessério, papel-fitro eckane Pode ser utlizado entre o corpo de prova e a peda porosa para impedir a inftragao Go solo ¢ faciltar a limpeza posterior da pedra. O conjunto pedra porosa e papel-ftro. deve SProsentar permeablidade suficientemente alta, de modo a ndo retardar a drenagem do corpo de prova; 5) as pedras porosas devem ser uniformes e estar sempre limpas ¢ livres de trincas; NOTA A adequabilidade de pedra porosa sob 0 ponto de vista de permeabilidade limpeza pode ser combrovada Por meio de ensaios expeditos, submetendo-a a uma carga hidraulica da ordem de 10 on © observando-se o gotejamento em sua face inferior. 2 © ABNT 2020 - Todos os ltetos reservados ABNT NBR 16853:2020 c) 0 didmetro da pedra porosa do topo deve ser 0,2 mm a 0,5 mm menor que o diametro intemo do anel. Se for utilizado anel flutuante, a pedra de base deve apresentar 0 mesmo diametro da pedra do topo. Recomenda-se a utilizagao de pedras biseladas, com a face de maior diametro em contato com 0 solo; d) as pedras porosas devem ser espessas o suficiente para se evitar a sua quebra, sendo de topo, nna sua face superior, protegida por um disco metalico (cabegote) rigido, resistente & corrosao e com diametro igual ao da pedra. 4.5. Talhador que permita a talhagem do corpo de prova no diémetro interno do anel de adensamento, com minima perturbagao (ver exemplo na Figura 2). Far ETRE ae Corpo de prova (oD ‘adensamento Prato, giraterio Chossi Mola | }~Rolamento cénico \ Figura 2~ Representagao a ematica de um talhador de corpo de prova ieee f 4.6 Balanca com preciso 480,079 sensibilidade compativel. 4.7 Deflectémetro capaz de medir deslocamento de até 15 mm, com precisdo de 0,01 mm. 4.8 Cronémetro com precisdo de 1 s. 4.9. Relogio. 4.40 Termémetro graduado em 0,1 °C, de 0 °C a 60°C. 4.11. Equipamentos diversos, incluindo paquimetro, bureta graduada, espatulas, facas, serras sem fio metalico régua metalica biselada. 5 Preparacao das amostras e dos corpos de prova 5.1. Amostra 5.1.4 Os corpos de prova podem ser obtidos a partir de amostras indeformadas (coletadas na forma de blocos ou por meio de tubos amostradores de parede fina) ou de amostras deformadas compactadas em laborat6rio. @ABNT 2020 - Todos 08 cretos reservados 3 ABNT NBR 16853:2020 Este método nao trata dos procedimentos a serem adotados para a moldagem dos corpos de prova a partir de amostras deformadas. Neste caso, 0 procedimento seguido deve ser descrito na apresentagao dos resultados. 5.1.2 Técnicas adequadas devem ser empregadas na coleta de amostras indeformadas no campo, visto que os resultados do ensaio séo altamente dependentes da qualidade das amostras. Devem ser tomadas precaugées relativas a selagem e ao transporte das amostras e a sua retirada dos tubos amostradores em laboratério, para a manutengdo de suas condigées naturais. As amostras devem ser mantidas em camara Umida até a execuigdo dos ensaios, procurando-se minimizar o tempo de armazenamento. NOTA — Recomenda-se, na operagao de extracdo, obedecer ao mesmo sentido de deslocamento relativo entre a amostra e 0 amostrador que ocorre na amostragem. 5.2 Corpos de prova 5.2.1. Os corpos de prova devem ser preparados em ambiente onde as mudangas da umidade do solo, durante a preparacao nao exceda 0,2 %. Uma sala com umidade relativa elevada 6 usualmente utlizada pare este propdsite. 5.2.2 Quando se utlizar amostra indeformada coletada em bloco, cortar deste bloco um prisma de solo com dimensées excedentes, em aproximadamente 2 cm, as respectivas dimensdes do anel a ser utilizado. 5.2.3 No caso de amostra indeformada extraida de tubo amostrador, cortar, com ferramentas apropriadas, (por exemplo serra de fio metélico), um cilindro com altura de cerca de 2 cm maior que a altura do anel. Nao utilizar as porgdes da amostra situada nas extremidades do tubo amostrador. 5.2.4 Os corpos de prova devem ser talhados ou torneados rente ao topo do anel, por meio de ferramentas cortantes apropriadas, por exemplo, 0 talhador indicado na Figura 2. A medida que um determinado segmento do corpo de prova apresentar um didmetro aproximadamente igual ao interno do anel, o segmento deve ser introduzido no anel, por leve pressionamento uniforme. 5.2.5 Ocorpo de prova deve ser introduzido com sobrealtura em relagao ao anel utilizado, permitindo, assim, posterior acerto final das superficies da base e do topo. NOTA Para solos de baixa consisténcia, existe como procedimento alternativo gravar gradualmente e de forma adequada, na amostra, um anel de adensamento com extremidade cortante. 5.2.6 Para solos de consisténcia mole ou media, utilizar serra de fio metélico para a talhagem das superficies do topo e da base do corpo de prova, contido no anel de adensamento, podendo o acerto final desta superficie ser efetuada com uma régua metalica biselada. 5.2.7 Para solos de maior consisténcia, uma régua metélica biselada pode ser suficiente para a talhagem e acerto das superficies do topo e da base do corpo de prova, contide no anel de adensamento. 5.2.8 Em casos especiais, a altura do corpo de prova pode ser menor que a altura do anel de adensamento, 0 que se consegue por extrusdo parcial do corpo de prova e acerto de superficie de solo excedente. A altura do corpo de prova, nesse caso, deve ser no minimo de 13 mm e nao inferior a dez vezes o maximo diametro de particula. 4 ‘© ABNT 2020 - Todos o8 dtetes reservados ABNT NBR 16853:2020 6 Execugao do ensaio 6.1 Condigées ambientais para execugao do ensaio Os ensaios devem ser executados em ambiente com temperatura aproximadamente constante, admitindo-se flutuagdes de no maximo + 4 °C, e no qual ndo haja incidéncia direta de raios solares. 6.2. Determinacées preliminares Previamente a execugao do ensaio, os seguintes dados devem ser obtidos: a) massa (com resolucdo de 0,01 g ), didmetro interno e altura do anel de adensamento (com resolugao de 0,01 mm); b) massa especffica dos gré0s do solo, determinada de acordo com a ABNT NBR 6458:2016 Versao Corrigida 2:2017, Anexo B, utilizando-se uma porgao da amestra original representativa do corpo de prova a ser ensaiado. 6.3 Determinagao de u! jade e massa especifica aparente iniciais 6.3.1 Usar as aparas resultantes do processo de talhagem do corpo de prova para determinar o teor de umidade inicial (wi), de acordo com a ABNT NBR 6457. 6.3.2 Obter a massa do conjunto de corpo de prova e anel de adensamento, com resolugao de 0,01 g. Calcular a massa do corpo de prova, subtraindo-se do valor obtido a massa do anel. 6.3.3 Determinar a altura do corpo de prova, com resolugao de 0,01 mm, caso seja menor do que a altura do anel. Calcular.o volume do corpo de prova a partir da sua altura e do diametro interno do anel. 6.3.4 Calcular a massa especifica aparente Umida inicial pela divisdo da massa do corpo de prova pelo seu volume. 6.4 Montagem do corpo de prova na célula de adensamento 6.4.1 Aspedras porosas e os papéis-filtro, caso utilizados, devem ser preparados antes da montagem, para evitar mudangas no teor de umidade do corpo de prova. 6.4.2 No caso de solos saturados, as pedras porosas devem ser previamente fervidas e mantidas imersas em Agua, até o instante de entrar em contato com 0 corpo de prova. Para solos parcialmente saturados, devem ser utilizadas pedras porosas simplesmente umedecidas. Entretanto, para solos altamente expansivos, colapsivels ou muito secos, utilizar padras porosas secas. 6.4.3 Amontagem da célula de adensamento deve ser realizada conforme a seguinte sequéncia base rigida, pedra porosa inferior, papel-filtro, corpo de prova contido no anel, papel-fittro © pedra porosa superior. 6.4.4 Apos a montagem da célula, colocar 0 cabegote metalic, ajustando-se, entéo, 0 conjunto ao sistema de aplicacdo de carga. 6.4.5 Quando no for feita a inundacdo do corpo de prova a partir do primeiro estagio de carregamento, a célula de adensamento deve ser protegida contra perda de umidade por evaporacdo, envolvendo-a com plastico ou borracha aderente e/ou algodao levemente umedecido. © ABNT 2020 - Todos os direitos reservados 5 ABNT NBR 16853:2020 6.5 Procedimento para execucao do ensaio 6.5.1 Apds a colocacéo da célula de adensamento no sistema de aplicagéo de carga com 0s devidos ajustes, instalar 0 deflectémetro e aplicar uma pressdo de assentamento de 5 kPa para solos resistentes ou de 2 kPa para solos moles. O deflectémetro deve ser zerado 5 min apés a aplicagdo dessas pressées. 6.5.2 Apés este periodo de tempo, transmitir cargas adicionais a célula de adensamento, em estagios, para obter pressées totais sobre 0 solo de aproximadamente 10 kPa, 20 kPa, 40 kPa, 160 kPa etc., mantendo-se cada pressdo pelo periodo de tempo indicado em 6.5.4. O carregamento do corpo de prova deve continuar até a definicao da ragiao de compressao virgem. Em casos especiais, podem ser introduzidos alguns estagios intermediarios de pressao, de forma a poder se definir com mais precisdo a pressdo de pré-adensamento. 6.5.3 Em amostra indeformada saturada nas condigdes de campo ou extraida abaixo do lengol fredtico, 0 ensaio deve ser executado com inundagao do corpo de prova, imediatamente aps a aplicagao da pressao de 10 kPa. Nestas condigées, eventual tendéncia a expansao do corpo de prova deve ser evitada, por meio do aumento gradativo de pressao, limitado pressao vertical do campo. 6.5.4 Para cada um dos estagios de pressao, fazer leituras no deflect6metro da altura ou variagdo de altura do corpo de prova, com resolugao de 0,01 mm, imediatamente antes do carregamento (correspondente ao tempo zero) @, em seguida, nos intervalos de tempo de ‘/g min, % min, % min, 1 min, 2 min, 4 min, 8 min, 15 min, 30 min, 1h, 2h, 4h, 8 h @ 24 h, contados a partir do instante de aplicagao do incremento de carga. 6.5.5 Para solos com elevado grau de saturacdo, as leituras devem continuar, se necessdrio, por um intervalo de tempo maior, até que fique definida a reta de compressao secundaria no gréfico da altura do corpo de prova em funcao do logaritmo do tempo ou, alternativamente, até que sejam atingidos 100 % de adensamento primarro no gréfico da altura do corpo de prova em funcao da raiz quadrada do tempo (ver 7.4). 6.5.6 Completadas as leituras correspondentes ao maximo carregamento empregado, efetuar © descarregamento do corpo de prova em estagio, fazendo-se leituras no deflectémetro. O descarregamento deve ocorrer em no minimo trés estagios. 6.5.7 Apos atingida a pressao de 10 kPa no descarregamento e verificada a estabilizagao da altura do corpo de prova, descarregar totalmente 0 corpo de prova ¢ imediatamente retirar da célula de adensamento 0 anel com o corpo de prova. Proceder ao enxugamento das superficies expostas do corpo de prova com papel absorvente, determinar a sua massa com resolugao de 0,01g e, em seguida, tomar porgdes do material para determinar 0 teor de umidade final, de acordo com a ABNT NBR 6457. 6.5.8 Oscorpos de prova provenientes de amostras nao saturadas podem ser inundados em pressbes que simulem futuras condigdes de campo. Nestes casos, 0 corpo de prova deve ser inundado somente apés 0 término do adensamento primario daquele estagio de pressdo. Apés a inundagao, deve ser efetuadas leituras de variagdo de altura do corpo de prova até a estabilizaco, por um tempo minimo de 24h, E possivel a realizagéo de ensaios de permeabilidade durante a execuco do ensaio de adensamento em anel fixo sobre 0 corpo de prova inundado. Estes ensaios podem ser programados em diversos estagios de carregamento, apés a inundagao, sendo que cada ensaio deve ser realizado somente apés © término do adensamento primdrio do respectivo estagio de carregamento. O ensaio de permeabilidade é executado a carga hidrdulica varidvel, com a instalagao de uma bureta graduada 6 @ABNT 2020 - Todos 0s direitos reservados ABNT NBR 16853:2020 conectada a pedra porosa da base de célula de adensamento, resultando em fluxo d’agua da base para o topo do corpo de prova, 7 Calculos 7.1. Indices fisicos iniciais do corpo de prova 7.1.1 Massa especifica aparente seca inicial Amassa especifica aparente seca inicial é calculada conforme a seguinte equagao: 100: Avi 100+ wi AA = onde pyiy_,¢ 2 massa especifica aparente seca inicial, expressa em gramas por centimetros cibicos (gic); é Q x Py) & 2 massa especifica aparente Umida inicial, determinada de acordo com 6.3.2, expressa ‘em gramas por centimetro clibico (g/em*); wi 6 0teor de umidade inicial, determinado de acordo com 6.3.1, expresso em porcentagem (%). 7.1.2. Indice de vazio: O indice de vazios inicial é calculado conforme a seguinte equac4o: inicial ae Pai) onde e € 0 indice de vazios inicial; ps €amassa especifica dos grdos, determinada de acordo com 6.2-b), expressa em gramas por centimetro cubbico (g/cm); ayy _ 6 @ massa especifica aparente seca inicial, expressa em gramas por centimetro cubic (gicms), 7.1.3 Grau de saturaga ial grau de saturacao inicial é calculado conforme a seguinte equacao: Me 7 a Pw onde S| 0 grau de saturacdo inicial, expresso em porcentagem (%); w, € 0 teor de umidade inicial, expresso em porcentagem (%); ps €amassa especifica dos graos, expressa em gramas por centimetro cibico (g/cm); © ABNT 2020 - Todos 08 areas reservados 7 ABNT NBR 16853:2020 @, 60 indice de vazios inicial; Pw €a massa especifica da agua, expressa em gramas por centimetro ctibico (g/cm?) (considerar igual a 1,00 g/cm). 7.2. Indice de vazios ao final de cada estagio de pressao 7.2.4 Altura dos sélidos Aaltura dos sélidos do corpo de prova é calculada conforme a seguinte equagao: onde Hg @a altura dos sdlidos, expressa em centimetros (om); Hi & a altura inicial do corpo de prova, determinada de acorda com 6.2-a) ou 6.3.3, expressa em centimetros (cm); 8, 60 Indice de vazios inicial. 7.2.2 Indice de vazios O Indice de vazios ao final de cada estagio de pressao é calculado conforme a seguinte equacao: e 60 indice de vazios ao final do estagio de pressdo; H_ @aaltura do corpo de prova ao final do estagio; Hg € a altura dos s6lidos, expressa em centimetros (cm). 7.3. Grau de saturagao final do corpo de prova O grau de saturacdo final ¢ calculado conforme a seguinte equacdo: Wr S=e er Aw onde St 60 grau de saturagao final, expresso em porcentagem (%); w; — €0teor de umidade final, determinado de acordo com 6.5.7, expresso em porcentagem (%); ps 6amassa especifica dos gréos, expressa em gramas por centimetro ctibico (g/cm®); e; — € 0 indice de vazios ao final do ultimo estagio de descarregamento; Pw éamassa especifica da agua, expressa em gramas por centimetro cubico (g/cm) (considerar igual a 1,00 gicm’), 8 ‘@ABNT 2020 - Todos 08 dietos reservados ABNT NBR 16853:2020 7.4 Coeficiente de adensamento 7.4.1 Generalidades Paranominimo dois incrementos de carga (incluindo no minimo um apdsa presséo de pré-adensamento ter sido atingida), deve ser calculado 0 coeficiente de adensamento por um dos processos descritos de 7.4.2. 7.4.3, desde que a forma das respectivas curvas de adensamento indique a aplicabilidade de teoria de adensamento de Terzaghi (ver Figura 3) Altura do corpo de prove (mm) ot ' 10 100 1000 Tempo (min) Figura 3 ~ Curva de altura do corpo de prova, em fungao do logaritmo do tempo, para célculo do coeficiente de adensamento, pelo processo de Casagrande 7.4.2. Processo de Casagrande 7.4.2.1 Para cada incremento de carga escolhido, desenhar a curva de adensamento, marcando-se no eixo das ordenadas a altura do corpo de prova e no eixo das abcissas 0 logaritmo do tempo. 7.4.2.2 Determinar o ponto correspondente a 100 % do adensamento primario pela intersegao das retas tangentes aos ramos de curva que definem as compressdes primaria e secundaria. Em seguida, transportar o ponto encontrado para 0 eixo das ordenadas, obtendo-se a altura H100. 7.4.2.3 Para determinar 0 ponto correspondente a 0 % do adensamento primario, selecionar duas alturas do corpo de prova, Hi e Hz, corespondentes, respectivamente, ao tempo ty € fo, cuja relacdo tg / t, 6 igual a 4. A altura do corpo de prova, correspondente a 0% de adensamento primério, € calculada pela seguinte equaco: Ho = Hy + (Hs ~ He) @ABNT 2020 - Todos 0¢ direitos reservados 9 ABNT NBR 16853:2020 Para que este processo seja valido, a variagdo de altura, correspondente ao tempo ta, deve ser maior do que 1/4, mas menor do que 1/2, da variagao total de altura no estagio de pressdo considerado. 7.4.2.4 Aaltura do corpo de prova, correspondente a 50 % do adensamento primario, € obtida pela seguinte equagao: — Ho +Hio0 2 7.4.2.5 O tempo ts, corespondente a ocorréncia de 50 % do adensamento primério, & obtido, tomando-se a abscissa do ponto da curva correspondente a Hso. Heo 7.4.2.6 Calcular 0 coeficiente de adensamento pela seguinte equacao: 0.197 (0,5H50)* to cy — €0coeficiente de adensamento, expresso em centimetros quadrados por segundo (om2/s); Heo 6 a altura do corpo de prova correspondente a 50 % do adensamento primario, obtida conforme 7.4.2.4, expressa.em centimetros (em); sq 6 0 tempo correspondente a ocorréncia de 50 % de adensamento primario, obtido conforme 7.4.2.4, expresso em segundos (s). NOTA _Alternativamente, 0 coeficiente de adensamento pode ser expresso em metros quadrados por dia (mé/dia) ou metros quadrados por ano (m#/ano). 7.4.3.1. Para cada incremento de carga escdlhido, desenhar a curva de adensamento, marcando-se no eixo das ordenadas a altura do corpo de prova e no elxo das abcissas a raiz quadrada do tempo. 7.4.3.2 Determinar 0 ponto correspondente a 0% do adensamento primario, prolongando a reta definida pelos pontos iniciais da curva de adensamento até o eixo das ordenadas. 7.4.3.3 Tragar por esse ponto a linha reta com coeficiente angular igual a 1,15 vez o coeficiente da teta obtida em 7.4.3.2. A intersegao desta reta com a curva de adensamento define o ponto correspondente a 90 % do adensamento primario, obtendo-se, dessa forma, os valores de fgg e Hso. 7.4.3.4 Aaltura do corpo de prova, correspondente a 50 % do adensamento primatio, 6 obtida pela seguinte equagao: 5 ‘Hs0 = Ho — 9 (Ho — Hoo) 7.4.3.5 Calcular 0 coeficiente de adensamento pela seguinte equacao: 848 (0,5H50)" t99 oy = onde cy — € 0 Coeficiente de adensamento, expresso em centimetros quadrados por segundo (cm2/s); 10 @ABNT 2020 - Todos 08 direltos reservados ABNT NBR 16853:2020 Hs9 € a altura do corpo de prova corespondente a 50 % do adensamento primario, obtida conforme 7.4.3.4, expressa em centimetros (cm); to € 0 tempo correspondente a ocorréncia de 90 % do adensamento primar, obtido conforme 7.4.3.3, expresso em segundos (s); NOTA Alternativamente, o coeficiente de adensamento pode ser expresso em metros quadrados por dia (m2/dia) ou metros quadrados por ano (m?/ano). 28. 27 Altura 40 corpo de prova (mm) 2s ° 100) ‘400 900 1600 Tempo (min) Figura 4 ~ Curva de altura do corpo de prova, em fungao da raiz quadrada do tempo, para calculo do coeficiente de adensamento, pelo processo de Taylor 7.5 indice de compressao 7.5.1 Tragara curva indice de vazios em fungao do logaritmo da press4o aplicada, como exemplificado na Figura 5, sendo 0 indice de vazios, em cada estagio de pressao, obtido conforme 7.2.2. O trecho dessa curva, posteriormente a pressdo de pré-adensamento, ¢ denominado trecho virgem ¢ pode ser © ABNT 2020 - Todos 0s dretos reservados " ABNT NBR 16853:2020 09 oe + Trecho virgem indice de vazios 06 05 o4 10 100 1000 Pressdo (kPa) Figura 5 - Curva do indice de vazios, em fungao do logaritmo da presso 7.8.2 Sendoretilineo otrecho virgem, determina o seu coeffciente angular (ver Figura) é determinado pela seguinte equacao: Cy = te _ Togo2 =Logo dice de compressao; ©1'€2 60 indice de vazios correspondente a dois pontos qui ier do trecho virgem; 0402 @ a pressao associada ao indice de vazios e1 e e2, 7.6 Pressao de pré-adensamento Determinar a presséo de pré-adensamento por um dos processos descritos em 7.6.1 e 7.6.2. 12 ‘@ABNT 2020 - Todos 08 atetos reservados ABNT NBR 16853:2020 7.6.1 Processo de Casagrande (ver Figura 6) 7.6.4.4 Obter, na mesma curva citada em 7.5.1, o ponto de minimo raio de curvatura e, por ele, tracar uma paralela ao eixo das abscissas e uma tangente a curva. 7.6.1.2 Tragar a bissetriz do angulo formado por essas retas. 7.6.1.3 A abscissa do ponto de interse¢do da bissetriz com o prolongamento do trecho virgem corresponde a pressao de pré-adensamento. Ponto de minima raio de curvature indice de vazio-e 10 100 1000 Pressdo (kPa) Figura 6 - Determinagao da pressdo de pré-adensamento, pelo processo de Casagrande 7.6.2 Processo de Pacheco Silva (ver Figura 7) 7.6.2.1 Tragar uma reta horizontal, passando pela ordenada correspondente ao indice de vazios inicial e;. 7.6.2.2 Prolongar 0 trecho virgem e determinar 0 seu ponto de intersegdo com a reta definida em 7.6.2.1. 7.6.2.3 Pelo ponto de intersecdo, tragar uma reta vertical até interceptar a curva. Por este ponto, tragar uma reta horizontal, determinando-se a sua intersecao com o prolongamento do trecho virgem. Aabscissa deste ponto define a pressao de pré-adensamento. NOTA Se 0 grafico do indice de vazios em funcdo da presséo aplicada apresentar o trecho virgem acentuadamente curvo, um processo alternativo para a determinacao da pressao de pré-adensamento pode ser utilizado. Tragar 0 grafico log (1 + e) em fungao do logaritmo da pressao e, sobre ela, aplicar o proceso de Pacheco Silva. Nesses casos, na nova forma gréfica, 0 trecho virgem tem se mosirado retilineo para inumeros solos (ver Bibliografia [1]). @ABNT 2020 - Todos 08 diets reservados 13 ABNT NBR 16853:2020 indice de vozios-e Pressdo (kPa) Figura 7 — Determinagao da pressao de pré-adensamento, pelo processo de Pacheco Silva 7.6.3 Indice de vazios correspondentes a pressao de pré-adensamento Determinar, no eixo das ordenadas, 0 valor do indice de vazios correspondente a pressao de pré-adensamento 8 Expressao dos resultados 8.1 _Devem ser apresentados os resultados e informagées de 8.2 a 8.9. 8.2 Curva indice de vazios em funcao do logaritmo da pressao aplicada, acompanhada das seguintes indicagdes: a) Indice de vazios inicial; b)_presséio de pré-adensamento, processo empregado para sua determinagao e indice de vazios correspondent ©) indice de compressao, quando determinado; d) condigéo de ensaio (sem inundagdo ou inundado, neste caso indicando a pressdo de inundacdo).. 8.3 Curvas de adensamento (altura do corpo de prova em fungao do logaritmo do tempo) para todos 08 estagios de pressao. 8.4 Curva do coeficiente de adensamento, em fungao do logaritmo da presséo média no estagio, com indicagéo do método empregado para a determinagao do coeficiente de adensamento. 14 ‘@ABNT 2020 - Todos 0s dieltos reservados ABNT NBR 16853:2020 NOTA — Apressto média do estagio corresponde a média das pressdes aplicadas no estagio considerado eno estagio anterior. 8.5 Curva logaritmo do coeficiente de permeabilidade em fungao do indice de vazios, para os ensaios em que fol feita a determinagao do coeficiente de permeabilidade. 8.6 Caracteristicas da amostra: a) indeformada (bloco ou coleta com tubo amostrador) ou deformada; b) se coletada com tubo amostrador, indicar as suas caracteristicas e dimensées; ©) se deformada, indicar o procedimento utilizado para a moldagem do corpo de prova. 87 Caracteristicas do anel dé adensamento: &, a) tipo (fixo ou flutuante);. b) dimensées. 8.8 Massa especifica aparente imida ou seca, teor de umidade, indice de vazios e grau de saturacaio iniciais do corpo de prova. 8.9 Teor de umidade, indice de vazios e grau de saturagao final do corpo de prova. © ABNT 2020 - Todos 08 direitos reservados 15 ABNT NBR 16853:2020 Bibliografia [1] Martins, 1.S.M. “Sobre uma nova relac&o indice de vazios tensdo em solos”. Rio de Janeiro, UFRJ, COPPE, 1983, Dissertagao de Mestrado. é 16 @ABNT 2020 - Todos 08 direitos reservados

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