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Aula 5 - Interação Medicamentosa em Paciente Crítico
Aula 5 - Interação Medicamentosa em Paciente Crítico
Bases Farmacológicas e Interações Ribeirão Preto Universidade de São Paulo (2011) com período Sanduíche no
Kidney Research Centre da Universidade de Ottawa (Ottawa, Canadá)
Medicamentosas essenciais na prática em • Pós-Doutorado em cardiopneumologia pelo InCor-HC-FM-USP (2012).
Fisioterapia Hospitalar •
•
Professor Associado de Farmacologia no DCF-ICB-UFAM desde 2012
Coordenador do Laboratório de Farmacologia Experimental – ICB – UFAM
Sala virtual:
https://classroom.google.com/c/NDMzODk1OTk0NTIz?cjc=v5stvwn Prof. Dr. José Wilson do Nascimento Corrêa
Código da Turma: v5stvwn jwcorrea@ufam.edu.br
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especializadas como UTI cardiológica ou neurológica ou em unidades de cuidado medicamentos é necessário, a maioria iniciada durante a internação;
geral, seja adulto, pediátrico ou neonatal; ü A prescrição médica deve ser revisada pela equipe multiprofissional, garantindo uma
prescrição apropriada;
ü O paciente crítico cirúrgico precisa de monitoramento após a realização de
uma cirurgia, seja emergencial ou eletiva. Normalmente apresenta comorbidades ü Medicamentos sem indicação devem ser descontinuados, reduzindo o risco de eventos
adversos, interações medicamentosas, erros de medicação e custos;
que o colocam em um grupo de risco ao desenvolvimento de complicações. De
uma maneira geral, dentro de uma UTI, este apresenta menor risco que os
ü Por outro lado, também deve-se avaliar
pacientes clínicos;
a necessidade de indicação de um novo
ü O paciente crítico clínico apresenta maior risco devido à condição clínica, seja medicamento, para uma condição clínica
sepse, choque, disfunções orgânicas múltiplas, trauma, entre outros. que não está sendo tratada.
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É um dano renal muitas vezes reversível caso seja reconhecido precocemente e tartado INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA
adequadamente.
-Avaliar a necessidade de ajuste de dose dos
- Início abrupto (horas ou dias); medicamentos de acordo com a função renal (crearance
- O indicador mais comum é um acúmulo de metabólitos nitrogenados no sangue de creatinina, taxa de filtração glomerular, eletrólitos) ou
- Acompanhado ou não da diminuição da diurese; - Usualmente iniciar o ajuste após 24 horas (dose de
ataque) do uso de antimicrobianos.
- Principais fatores: eventos isquêmicos, infecciosos, obstrutivos, relacionados a
quedas consideráveis na pressão arterial, choque (hipovolêmico, cardiogênico e séptico),
insuficiência cardíaca, hepática e respiratória, neoplasias, e longo tempo de internação em
UTI.
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Child-Pugh score
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Protocolo de Vancocinemia Critérios de Exclusão (quando não há necessidade de monitorar os níveis séricos):
A vancomicina é um dos principais antibióticos utilizados em ambiente hospitalar
para tratamento das infecções por Staphylococcus sp oxacilina resistentes. Administração via oral
O nível sérico adequado da vancomicina está associado à menor taxa de falência Adultos <60 anos com peso normal
terapêutica, menor risco do desenvolvimento de resistência bacteriana e de Tempo de tratamento < ou = a 7 dias
toxicidade.
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Micromedex
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“...Foram relatadas reduções nas concentrações plasmáticas - INR, T3, T4, TSH
- Cardiotoxicidade / Prolongamento QT
de ácido valpróico quando coadministrado com agentes - Síndrome serotoninérgica / Síndrome
neuroléptica maligna
carbapenêmicos resultando na diminuição de 6- - 100% dos
q Reações alérgicas: alergia X intolerância, reações
níveis de ácido valpróico em aproximadamente 2 dias.”
cruzadas (antibióticos – penicilina, cefalosporinas e
quinolonas);
Bula do fabricante: Castanho DM (Meronem)
q Duplicidade terapêutica
* Controle de epilepsia.
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PROLONGAMENTO DE QT
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q Elixires, soluções e suspensões são preferidos aos xaropes, pois estes são
mais viscosos e propensos a obstruir a sonda quando em contato com a NE;
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS INTERAÇÕES
MEDICAMENTO-NUTRIENTE NA SONDA
q Medicamentos líquidos viscosos e/ou hiperosmolares devem ser diluídos
com água estéril (10 a 30ML) para prevenir obstrução da sonda;
q Preparações líquidas hiperosmolares com grande quantidade de sorbitol Incompatibilidade entre nutrientes e medicamentos
podem provocar quadro de intolerância gastrintestinal, com diarréia, cólica,
distensão abdominal e vômito; pode provocar obstrução da sonda ou reduzir
q Para reduzir a possibilidade de interação entre o medicamento e a NE, biodisponibilidade do fármaco. Pacientes que recebem NE e
sugere-se que os mesmos sejam administrados separadamente, a não ser que
haja compatibilidade conhecida entre eles. De um modo geral, a absorção de
medicamentos devem ter monitoramento especial da resposta
um fármaco pode ser otimizada com interrupção da dieta uma hora antes e clínica.
reinício duas horas após sua administração.
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Objetivo:
COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO DE NUTRIÇÃO ENTERAL
Analisar os medicamentos sólidos orais padronizados no Hospital Israelita Albert
Einstein (HIAE), de acordo com a possibilidade de serem administrados via sonda
enteral e com as recomendações para administração adequada.
Resultados:
Foram analisados 234 medicamentos, sendo que os principais fatores de
complicação encontrados com a administração via sonda enteral foram:
alteração da farmacocinética da droga (38);
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Interação fármaco-fármaco:
Interação fármaco-nutriente
• Ocorre quando vários fármacos têm que ser administrados por
sonda. Deve-se, neste casos, administrá-los separadamente.
• Quando a administração do medicamento com alimentos é
contraindicada na informação técnica do produto, então também
não deve ser administrado junto com a dieta enteral;
Interação fármaco-sonda:
• Os medicamentos, ao serem misturados com alimentos, podem
alterar a biodisponibilidade de certos nutrientes e ocorrer
• O medicamento pode aderir à parede da sonda e, por sua vez,
intolerância gastrointestinais;
reagir com a nutrição enteral e ocasionar a obstrução da sonda.
• O efeito terapêutico de certos medicamentos depende do rápido
Além disso, podem existir interações entre os medicamentos e as
alcance dos altos níveis séricos. Se combinados com dietas, podem
fibras de silicone ou PVC.
reduzir a quantidade esperada do medicamento no organismo.
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•Idade avançada
•Múltiplas medicações
•Doenças agudas graves
•Doenças renais e hepáticas
• Infusão contínua
•Doença cardiovascular
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DOENÇA CARDIOVASCULAR
Pacientes com doença cardiovascular tem alto risco de interação
medicamentosa.
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• Alteração nos parâmetros farmacocinéticos üEvitar administrar nos mesmos horários medicamentos que possuem os
mesmos efeitos tóxicos;
• Aumento da biodisponibilidade
• Aumento da probabilidade de interações medicamentosas ü Usar vias de infusão diferentes na vigência de associação de medicamentos de
compatibilidade desconhecida ou duvidosa;
üObservar alterações visíveis quando da reconstituição e diluição de
medicamentos (turvação, precipitação, mudança de coloração);
AJUSTE DE DOSE
ü Lavar os dispositivos de infusão com soluções neutras, se houver necessidade
de administração de vários medicamentos ma mesma via de acesso vascular;
üElaborar um guia de incompatibilidade medicamentosa com os agentes mais
*Atenção a fármacos nefrotóxicos
utilizados no serviço e manter em local de fácil acesso.
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