You are on page 1of 35

1

AVALIAÇÃO E SEMIOLOGIA APLICADAS À SAÚDE


ESTÉTICA
2

AVALIAÇÃO E SEMIOLOGIA APLICADAS À SAÚDE


ESTÉTICA

DÚVIDAS E ORIENTAÇÕES
Segunda a Sexta das 09:00 as 18:00

ATENDIMENTO AO ALUNO
editorafamart@famart.edu.br
3

Sumário

INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 5

EXAME FÍSICO ......................................................................................................... 5

COMO REALIZAR O EXAME DERMATOLÓGICO? .................................................. 6

O QUE SE AVALIA NO EXAME DERMATOLÓGICO? .............................................. 7

TERMOS DESIGNATIVOS (Formas – Contornos – Dimensões) ............................... 7

ERITEMA ................................................................................................................... 8

TELANGIECTASIA .................................................................................................. 10

PÚRPURA ............................................................................................................... 10

MANCHA ANGIOMATOSA ...................................................................................... 11

MANCHA ANÊMICA ................................................................................................ 12

MANCHAS PIGMENTARES .................................................................................... 12

LEUCODERMIA ....................................................................................................... 13

HIPERCROMIA ........................................................................................................ 13

PLACA ..................................................................................................................... 15

URTICA ................................................................................................................... 16

NÓDULO ................................................................................................................. 16

GOMA ...................................................................................................................... 17

VEGETAÇÃO........................................................................................................... 18

BOLHA..................................................................................................................... 19

PÚSTULA ................................................................................................................ 20

ABSCESSO ............................................................................................................. 21

CISTO ...................................................................................................................... 22

HEMATOMA ............................................................................................................ 23

QUERATOSE .......................................................................................................... 23
4

LIQUENIFICAÇÃO ................................................................................................... 25

ESCLEROSE ........................................................................................................... 25

ATROFIA ................................................................................................................. 26

CICATRIZ ................................................................................................................ 27

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 33
5

INTRODUÇÃO

A pele é o maior órgão do corpo humano, representando 16% do peso


corpóreo total do indivíduo, com área de 20.000cm2, volume de 4000 ml e os vasos
cutâneos contém 30% do sangue circulante. Forma o revestimento e dá proteção ao
organismo contra agentes nocivos físicos, químicos ou biológicos; tem ação
imunológica; de termorregulação; perceptiva e secretória.
Como curiosidade, 1cm² de pele contém: 6 milhões de células, 2 mil
melanócitos, 15 glândulas sebáceas, 5 folículos pilosos, 1 metro de vasos
sangüíneos, 100 glândulas sudoríparas, 5 metros de nervos, 12 pontos
criosensíveis, 2 pontos termosensíveis e 200 pontos algesiosensíveis.
É um dos órgãos mais sujeitos a alterações, pois está em constante
exposição ao meio ambiente, além das mutações fisiológicas relacionadas ao
envelhecimento e aos hábitos de vida.
As lesões elementares são aquelas modificações da pele determinadas por
processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios, neoplásicos, por distúrbios do
metabolismo ou por defeito de formação. Por serem externas, são de fácil acesso ao
exame clínico, e empregam-se, na semiotécnica, a inspeção e palpação.
Essas lesões dividem-se em dois grupos: primárias, que aparecem sem
serem precedidas de outras alterações macroscópicas, e secundárias, que resultam
da evolução de lesões primárias.

EXAME FÍSICO

A dermatologia é uma especialidade visual, portanto o olho do médico e uma


lupa são peças importantes no diagnóstico das lesões encontradas.
Inicialmente, toda a superfície cutânea deve ser inspecionada com iluminação
adequada e desnudamento das partes a serem examinadas. É importante expor
uma parte a ser examinada de cada vez, a fim de preservar ao máximo a
privacidade do paciente.
6

O exame da pele deve ser feito de maneira ordenada, começando pelas


mãos, depois prosseguir pelos braços, face, tronco e assim por diante. A localização
das doenças da pele pode ser útil na determinação do diagnóstico, visto que muitas
doenças possuem predileção a determinados locais do corpo.
Os cabelos, os pêlos, as unhas, a boca e a palpação da pele não devem ser
esquecidos. As doenças que comprometem principalmente a derme podem ser
distinguidas daquelas que afetam a epiderme porque são firmemente palpáveis.

COMO REALIZAR O EXAME DERMATOLÓGICO?

→ História breve, duração e velocidade de início, localização/ distribuição,


sintomas associados, história familiar, alergias, ocupação, tratamentos
prévios.
→ Perguntas gerais: Há quanto tempo está presente? Qual sua evolução?
Como começou? Qual era sua aparência inicial? Existem lesões em outras
partes do corpo? O que afeta as lesões? (fatores de melhora e piora,
sazonalidade, trabalho, sol, período menstrual, uso de medicações...) De
onde você vem? Fez viagens recentes?
→ Sintomas: Coça? Dói? É sensível? Queima?
→ Sintomas associados: Febre, faringite...
→ Inspeção: Sempre em ambiente bem iluminado, inicialmente a uma
distância de 1 a 2 metros e depois com lupa, se necessário.
→ Palpação: Por meio do pinçamento digital, possibilitando a análise da
espessura e a consistência das lesões da pele.
→ Digitopressão ou vitropressão: Pressiona-se com os dedos ou com uma
lâmina de vidro (diascopia por vitropressão) a lesão cutânea, expulsando o
sangue por esvaziamento dos vasos da área pressionada. Permite
diferenciar o eritema da púrpura (não desaparece), reconhecer lesões
granulomatosas (ex: Tuberculose cutânea) e estudar nevo anêmico.
→ Compressão: Permite confirmar a presença de edema pela depressão que
provoca. Permite verificar, por exemplo, o dermografismo.
7

O QUE SE AVALIA NO EXAME DERMATOLÓGICO?

Coloração, integridade, umidade, textura, espessura, elasticidade, turgor,


sensibilidade, pesquisa de lesões elementares.

TERMOS DESIGNATIVOS (Formas – Contornos – Dimensões)

Anular- Em anel Arcada- Em arco Circinada- Em círculos


Corimbosa- Em corimbos, lesão central e outras satélites
Discóide- Em forma de disco
Espiralada- Em espiral
Figurada- Com borda elevada bem definida
Geográfica- Contorno irregular
Gotada- Em gotas
Irizada- Em círculos concêntricos Lenticular- Como lentilhas Linear- Em linhas
Miliar- Como grânulos de milio Numular- Em forma de moeda Pontuada- Em
pontos
Serpinginosa- Em linha ou contorno sinuoso

DISTRIBUIÇÃO – NÚMERO

Localizada- Erupção em uma ou algumas regiões

Disseminada- Erupção com lesões individuadas em várias regiões do corpo


Generalizada- Erupção difusa e uniforme, atingindo várias regiões cutâneas
Universal- Comprometimento total da pele, incluindo o couro cabeludo

Skintype Typical Features Tanning ability


I Pale white skin, blue/hazel eyes, blond/redhair Always burns, does not tan
8

II Fair skin, blue eyes Burns easily, tans poorly


III Darker white skin Tans after initial burn
IV Light brown skin Burns minimally, tans easily
V Brown skin Rarely burns, tans darklyeasily
VI Dark brown or black skin Never burns, always tansdarkly

http://www.momentodaestetica.com.br/eu-so-quero-clarear/

MÁCULAS OU MANCHAS

São modificações de coloração da pele sem alteração de relevo ou


consistência. As manchas ou máculas podem ser de dois tipos, conforme suas
origens:
Vásculo-sangüínea - Decorrente de congestão ou constrição vascular ou
extravasamento de hemácias

Note que:
Os termos eritema, telangiectasia, púrpura, petéquia e equimose referem-se
às alterações vasculares (portanto, situadas na derme).

ERITEMA
9

Mancha de coloração vermelha por vasodilatação que desaparece com a


dígito ou vitropressão. Pode assumir tonalidades e padrões variados, como: eritema
cianótico, rubro ou exantemático.

https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/eritema-infeccioso/

Eritema: máculas eritematosas da sífilis secundária recente

Eritema: dermatite amoniacal (das fraldas)

https://www.inspiresaude.pt/geral/eritema-das-fraldas-ou-dermatite-das-fraldas-causas-sintomas-e-
prevencao/

Eritema: lupus eritematoso discóide


10

http://www.minutoenfermagem.com.br/postagens/2017/06/13/lupus-eritematoso-sistemico-les/

TELANGIECTASIA
Dilatação vascular capilar (de artérias ou veias de pequeno calibre - menor
que 2mm) permanente na derme superficial, constituindo lesão linear, sinuosa,
estelar ou puntiforme.

https://www.dicasonline.com/telangiectasias/

PÚRPURA
Mancha vermelho-violácea que não desaparece a digito ou vitropressão,
formada por sangue extravascular visível, ou seja, por extravasamento de hemácias
na derme.
Apresentam-se como equimoses e petéquias
11

Equimose: área de extravasamento sanguíneo maior que 1cm de diâmetro.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Equimose

Petéquia: púrpura formada por pontos minúsculos, de até 1cm de diâmetro.

https://blog.jaleko.com.br/tipos-de-hemorragia/

MANCHA ANGIOMATOSA

Aparece em decorrência de neoformação vascular na derme. Consiste de


lesão eritematosa que regride quase que totalmente à digito ou vitropressão.

Mancha angiomatosa ou hemangioma da face


12

https://www.tuasaude.com/angioma/

MANCHA ANÊMICA
Mancha branca permanente por diminuição ou ausência de vasos
sangüíneos. Consiste de área clara na pele, geralmente bem delimitada, decorrente
de hipogenesia vascular ou hiperreatividade local às aminas vasoconstritoras.

https://www.chegg.com/flashcards/lesoes-elementares-994fc027-f324-49ba-b4b8-985e97594198/deck

MANCHAS PIGMENTARES

Pigmentar - Ocorre por deposição de melanina pigmentos endógenos ou


13

exógenos

LEUCODERMIA
Mancha branca por diminuição (hipocromia) ou ausência (acromia) de
pigmento melânico (melanina) na epiderme.

Hipocromia: pitiríase alba

https://prontopele.com.br/2021/06/20/saiba-mais-sobre-a-pitiriase-alba/

Acromia ou mancha acrômica : vitiligo

http://enfermagemesaude.com.br/noticias/1382/cuidado-com-manchas-na-pele-pode-ser-vitiligo

HIPERCROMIA
Ocorre por depósito de pigmento (que pode ser melanina ou outro pigmento)
na epiderme.
A hiperpigmentação pode ser generalizada (síndrome de Cushing, Doença de
14

Addison, porfiria, pelagra), localizada (cloasma, eritema pigmentar fixo) ou com


espessamento ou hiperqueratose associados (acantose nigricante).

https://www.prosacomnathsouza.com.br/artigo/hipercromia-pos-inflamatoria

Hiperpigmentação – hipercromia difusa da pele, em mulher com doença de


Addison
A mesma paciente da figura anterior, com a pele da cor normal

Hiperpigmentação localizada:eritema pigmentar fixo (erupção medicamentosa


ou farmacodermia)

Hiperpigmentação localizada, com aumento da espessura e vegetações na


superfície da pele: acantose nigricante

Sólidas PÁPULA
Lesão sólida e circunscrita, menor que 1cm de diâmetro, elevada (que faz
relevo em relação aos planos circunjacentes), com superfície plana ou encurvada.
Pode ser epidérmica, dérmica ou mista.

Pápula - desenho esquemático


15

https://saudebucalpmpa-
eps.weebly.com/uploads/3/9/2/7/39270355/3_mv_educa%C3%A7%C3%A3o__descri%C3%A7%C3%A3o_das_les%C3%B5es.
compressed.pdf

Pápulas da sífilis secundária tardia

http://www.telessaude.mt.gov.br/Arquivo/Download/2143

PLACA
Lesão elevada, maior que 1cm, geralmente de superfície plana.

Obs: A superfície da placa pode ser também descamativa, crostosa,


queratinizada ou macerada.

Pode ser constituída pela confluência de várias pápulas (placa papulosa).


(Obs: O termo "placa" também é empregado para a confluência de máculas,
sendo então denominada a lesão placa maculosa).
16

Placa: Granuloma anular


http://skonbull.blogspot.com/2010/07/micose-cutanea-trabalhosas-mas.html

Placas extensas resultantes da confluência de lesões papulosas de urticária

URTICA

Lesão com relevo, consistente, edematosa*, circunscrita, de cor vermelho-


róseo ou branco-porcelana, efêmera, circundado por halo eritematoso ou anêmico.
*ATENÇÃO: A urtica é lesão decorrente de edema dérmico, ao invés de
infiltração celular

Urtica - desenho esquemático

Urtica: urticária colinérgica


https://www.portaldoholanda.com.br/saude-e-bem-estar/10-causas-de-febre-com-manchas-
vermelhas-na-pele

NÓDULO
Infiltrado sólido circunscrito, geralmente bem delimitado, persistente, de
localização dérmica ou hipodérmica, podendo ser elevado ou situado profundamente
na derme, medindo 1 a 3 cm de diâmetro. Costuma ser mais palpável que visível.
17

Nódulo - desenho esquemático


https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/MANUALESTOMATOLOGI
A(1).pdf

Nódulo (visível e palpável): queratoacantoma


https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/cisto/80/

GOMA

Nódulo ou tumor que se liqüefaz no centro, drenando, por ulceração ou


fistulização, substância que varia conforme o processo básico.
18

Goma da sífilis terciária


https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/multimedia/image/v37930598_pt

VEGETAÇÃO
Pápula elevada, pediculada ou não, de superfície irregular, ocasionalmente
sangrante. Pode ser recoberta por superfície queratósica dura, inelástica e
amarelada, recebendo o nome de verrucosidade ou lesão verrucosa.

Vegetação: verruga vulgar, duas lesões típicas


https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/verrugas/20/

Conteúdo líquido
19

VESÍCULA
Pequena cavidade de localização geralmente intraepidérmica (podendo ser
subcórnea, intraepitelial ou subepidérmica), de conteúdo claro, medindo menos de
1cm de diâmetro. A lesão é elevada e circunscrita. A superfície pode ser esférica,
pontiaguda ou umbilicada. Freqüentemente ocorre turvação (pustulização) de seu
conteúdo.

Vesícula

Vesículas - miliaria (brotoeja)

https://www.mdsaude.com/dermatologia/brotoeja/

BOLHA

Elevação circunscrita da pele, maior que 1cm. Situa-se na epiderme ou entre


a epiderme e a derme. Seu conteúdo é inicialmente seroso e claro - pode depois ser
purulento ou hemorrágico. Dependendo do nível de formação, a bolha pode ser
flácida e fugaz (como nos pênfigos) ou tensa e duradoura (como na dermatite
herpetiforme de Dühring - Brocq). Quando a bolha é provocada por queimadura,
denomina-se flictena .

Bolha
20

https://www.atlasdasaude.pt/publico/content/bolhas

Vesículas e bolhas: herpes simples (facial) em criança

https://www.drakeillafreitas.com.br/manifestacoes-do-virus-da-herpes/

Bolhas: bolhas tensas da Dermatite Herpetiforme de Dühring –Brocq

PÚSTULA
Elevação circunscrita da epiderme, pequena cavidade similar à vesícula, de
conteúdo purulento.
A pústula pode ser séptica, como no impetigo ou na acne juvenil, ou
asséptica, como na psoríase pustulosa.
21

https://www.scielo.br/j/abd/a/y5DHmdb9GNgRDmVxzRDHhjL/?lang=pt
Pústulas assépticas: psoríase pustulosa

https://adabor.ru/pt/speech-therapists/vulgarnye-pryshchi-vulgarnye-ugri-akne-vulgaris-prichiny-i-
lechenie-kak/

Pústulas sépticas: acne juvenil

ABSCESSO

É uma coleção de pus localizada e profunda, situada na derme ou tecido


subcutâneo que geralmente se acompanha de sinais inflamatórios (edema, rubor,
calor e dor) causada por infecção, inflamação ou degeneração tumoral. Pode situar-
se em qualquer órgão. Na pele, pode se desenvolver a partir de foliculite profunda,
traumatismos ao redor de corpo estranho ou outras infecções mais profundas. Pode
drenar para a pele como coleção purulenta, mas geralmente apresenta-se como
22

nódulo eritematoso.

Abscesso: carbúnculo em paciente diabético


https://pt.wikipedia.org/wiki/Carb%C3%BAnculo

Abscesso: hordéolo ou terçol


https://www.draandreia.com.br/?page_id=152

CISTO
Cavidade revestida por epitélio, cujo conteúdo varia de líquido a pastoso. São
tumores benignos relativamente comuns, derivados de anexos cutâneos,
encontrados especialmente no couro cabeludo e no tórax. São geralmente solitários
ou aparecem em pequeno número.
Cistos múltiplos aparecem na acne e em alguns distúrbios específicos
(esteatocistoma múltiplo), bem como em locais específicos (cistos escrotais). A pele
que recobre o cisto é móvel, exceto nas proximidades do pequeno orifício central.
Esse orifício existe na maioria dos cistos epidermóides e por ele podem entrar
bactérias e haver extravasamento do conteúdo gorduroso, com queratina.
23

Cisto epidermóide
https://prontopele.com.br/2021/06/11/cisto-epidermoide-o-que-e-e-quais-sao-os-sintomas/

HEMATOMA
Coleção sangüínea localizada na derme ou tecido subcutâneo, geralmente,
restrita ao local do trauma.

Hematoma subungueal
https://agora.resposta.net/hematoma-subungueal-sintomas-causas-e-tratamento/

Alterações de espessura e/ou consistência

QUERATOSE
Espessamento da camada córnea, de consistência endurecida e coloração
esbranquiçada, amarelada ou pardacenta.
24

Quando excessiva, a queratose pode assumir aspecto de verrucosidade.

Queratose seborréica da pele do idoso

https://dermatologiaesaude.com.br/queratose-ceratose-seborreica/

Queratose plantar

https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/dist%C3%BArbios-
dermatol%C3%B3gicos/dist%C3%BArbios-da-queratiniza%C3%A7%C3%A3o/ceratodermas-palmoplantares

Queratose difusa: ictiose


25

https://universodasaude.com/ictiose-arlequim/

LIQUENIFICAÇÃO

Espessamento da pele com acentuação dos sulcos ou do quadriculado


normal da pele, em decorrência do ato de coçar persistentemente.
A liquenificação pode apresentar alterações da cor da pele.

Liquenificação na dermatite atópica


https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/multimedia/image/v958254_pt

ESCLEROSE

Alteração da espessura e da consistência da pele que torna-se rígida, perde o


pregueado natural e resiste à distensão ou à tentativa de enrugamento por pressão
digital. A área atingida pela esclerose costuma permanecer lisa e brilhante. Pode
26

haver alterações da cor da pele comprometida.


A pele esclerótica é firme e endurecida e tais alterações costumam ser mais
palpáveis do que visíveis. Em alguns casos, como em tecido de cicatriz, a pele da
superfície da esclerose é branca e brilhante, com perda total dos sulcos naturais.

Esclerodermia em placas
https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/esclerodermia/26/

ATROFIA

Adelgaçamento da pele decorrente de redução dos elementos constituintes


dos tecidos normais, com enrugamento, elevação ou depressão em relação aos
planos circunjacentes.
A atrofia pode ser idiopática ou secundária a processos inflamatórios e
infecciosos.
Atrofia: líquen escleroso e atrófico

https://envelhecieagora.com/liquen-escleroso-atrofico-saiba-mais/
27

CICATRIZ
Lesão brilhante, destituída dos anexos cutâneos, decorrente da reparação
dos tecidos destruídos. Pode ser plana, deprimida ou elevada.

Cicatriz queloideana ou quelóide

https://www.missner-missner.com.br/post/qual-a-diferenca-da-cicatriz-hipertrofica-e-queloide

Alterações produzidas por perda de substância

EROSÃO OU EXULCERAÇÃO
Perda parcial da epiderme (somente) cuja resolução dá-se sem deixar
cicatriz. Em geral, a erosão é secundária à ruptura de bolha intraepidérmica e existe
exsudato na sua superfície. Pode representar uma lesão primária em algumas
doenças.
Erosões decorrentes de ruptura de bolhas no pênfigo

https://medcao.files.wordpress.com/2020/02/doenc387as-vesico-bolhosas-1.pdf
28

ÚLCERA
Perda circunscrita de epiderme e derme, podendo atingir a hipoderme e
tecidos subjacentes. Pode representar também, uma lesão primária como na úlcera
de estase, na leishmaniose e outras doenças.

Úlcera de estase

https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-da-pele/coceira-e-dermatite/dermatite-de-
estase

CROSTA

É formada por exsudato que se forma na área de perda tecidual, resultante do


dessecamento de serosidade, pús ou sangue, em mistura com restos epiteliais.
Apresenta cores variáveis conforme o tipo de secreção (vermelho-escuro,
amarelo, esverdeada, respectivamente hemática, sero-hemática ou purulenta).
No pênfigo, por exemplo, as crostas decorrentes da dessecação de bolhas
podem ser serohemáticas e/ou seropurulentas. No impetigo, a cor das crostas é
amarela e típica, recebendo a denominação melicérica pela semelhança com a cor
do mel.

Crostas hemáticas e lesões eritemato-pápulo-escamo-crostosas da sífilis


secundária tardia
29

https://medpri.me/upload/texto/texto-aula-653.html

Crostas melicéricas típicas do impetigo estafilocócico

https://www.sanarmed.com/resumo-sobre-impetigo-completo-sanarflix

ESCAMA
Massa laminar, de aspecto e dimensões variáveis, resultante do acúmulo de
queratinócitos, em decorrência de distúrbio da queratinização. Geralmente
acompanhada de eritema, a escama pode ser seca ou gordurosa, laminar, nacarada
ou fina (furfurácea).

FISSURA

Fenda linear, estreita e profunda na pele. Ocorre com frequência no eczema


30

crônico e no intertrigo. Ocorre quando a pele perde flexibilidade, torna-se quebradiça


ou macerada.
As fissuras são mais proeminentes em áreas distendidas por movimento,
como nos lábios, dobras, mãos e pés.

http://www.podologiaclinica.com.br/fissuras/

Fissuras nos calcanhares. Eczema crônico hiperceratósico

ESCARA

Área de necrose, geralmente enegrecida, que evolui para ulceração


depois de ser eliminada.

https://www.tuasaude.com/escaras/

Escara: úlcera de pressão profunda, no calcanhar de paciente imobilizado

FÍSTULA
31

Pertuito da pele, geralmente com borda fibrótica, por onde se dá a drenagem


de material proveniente de foco supurativo ou necrótico profundo.

https://pt.slideshare.net/dapab/micoses-subcutneas

Maduromicose - Aumento do volume do pé com fístulas, pouca supuração,


predominando fibrose

https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Aspecto-clinico-inicial-com-fistula-cutanea-em-regiao-
submandibular-direita_fig1_312642648

Fístulas da região mentoniana em actinomicetoma endógeno facial


32

https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Fistula-extra-oral-Relatou-que-tres-meses-antes-haviam-
ocorrido-sucessivos_fig1_282962685

Fístula dentária

https://resumoduvidasodonto.blogspot.com/2012/12/fistula-dentaria.html

Fístula da tuberculose - nódulo eritematoso de superfície lisa no cavo axilar.


Aderência a planos profundos, posição incomum, confirmação pela presença de
nódulos linfáticos calcificados ao exame pelos Raios-X
33

REFERÊNCIAS

ABRAMO, A. C. Infusão controlada de CO2: carboinsuflação. São Paulo: Ed. Do


Autor, 2010.
AGNE, J.E. Eletrotermofototerapia: teoria e prática. Santa Maria: Orium, 2006.
ALTCHEK, D.; SODRÉ, C.; AZULAY, D. Dermatologia. 4a ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2006.
Aust, M. C. Percutaneuos Collagen Induction therapy (PCI)-minimally invasive skin
rejuvation with risk of hyperpigmatation- fact or fiction? Plast Reconstr
Surg.122(5):1553-63, 2008.
AVRAM M.M. et al. Cryolipolysis TM for Subcutaneous Fat Layer Reduction. Lasers
in Surgery and Medicine, 41:703–08, 2009.
BAL, S.M.; CAUSSIAN, J.; PAVEL, S.; BOUWSTRA, J. A. In vivo assessment of
safety of microneedle arrays in human skin. Eur J of Pharm Sci, 35(3):193-202, 2008.
BALBINO, C. A.; PEREIRA, L. M.; CURI, R. Mecanismos envolvidos na cicatrização:
uma revisão. Ver. Bras. Farm. 41(1), 2005.
BORGES, F.; REIS, M.; TONANI, R.; GONTIJO, E.; CORREA, M. Análise da
Eficácia da Carboxiterapia na Redução do Fibro Edema Gelóide: Estudo Piloto.
Revista Fisioterapia. 3(2): 213-21, 2008.
BORGES, F.; SCORZA, F. Carboxiterapia: uma revisão. Revista Fisioterapia Ser.
3(4):108-17, 2008.
______. Carbon dioxide therapy in the treatment of localized adiposities: clinical
study and histopathological correlations. Aesthetic Plast Surg. 25(3):170-74, 2001.
CARVALHO A. C. O; VIANA P. C.; ERAZO, P. Carboxiterapia – Nova Proposta para
Rejuvenescimento Cutâneo. São Paulo, 2005.
CORRÊA, M. S. Análise da eficácia da carboxiterapia na redução do fibro edema
gelóide: Estudo Piloto. Revista Fisioterapia. 3(2):123-30, 2008.
COSTA, C. P. Avaliação citométrica dos adipócitos localizados no tecido subcutâneo
da parede anterior do abdome após infiltração percutânea de CO 2. Rev. Col. Bras.
Cir. 38(1): pp. 15-23, 2011.
COSTA, S. Avaliação de adipócitos localizados no tecido subcutâneo do abdome
34

após infiltração percutânea de CO2. Rev. Col. Bras. Cir. 35(2):17-26, 2010.
EGRAND, J.; BARTOLETTI, C.; PINTO, R. Manual Pratico de Medicina Estética.
Buenos Aires: Camaronês, 2009.
FABBROCINI, G.; PADOVA, M.; VITA, V.; NUZIO, F.; PASTORE, F. Tratamento de
rugas periorbitais por terapia de indução de colágeno. Surgical & Cosmetic
Dermatology. 1(3):106-11, 2009.
KEDE, M. P. V.; SABATOVICH, O. Dermatologia Estética. São Paulo: Atheneu,
2003.
MAIO, M. Tratado de Medicina Estética. São Paulo: Ed. Rocca, 2004.
MARSILI, C. Carboxiterapia. Sociedade Brasileira de Cirurgia e Medicina Plástica
Estética. São Paulo, 2007.
MENEGAT, T. A. Guia Prático de Carboxiterapia. São Paulo: Ed. Aiko Ltda., 2014.
MILANE, G.; AMADO, S; FARAH E. Fundamentos da Fisioterapia Dermato-
funcional:Revisão de Literatura. Fisioterapia e Pesquisa, 2006.
RESCH, K. L.; JUST, U. Possibilidades e limites da carboxiterapia. Review German.
3(1): 45-50, 2004.
ROCHA, L. O. et al. Criolipólise: Tecnologia não invasiva para redução de medidas.
South American Journal Of Aesthetic Medicine. 8-12, 2013.
ROSSETI, R. A. Dermotonia: aplicabilidade nos protocolos de quelóides e cicatrizes
hipertróficas. Up to Date Magazine, 2002.
SILVA E.B.M; TAKEMURA L; SCHWARTZ S.M. Análise do Tratamento de
Regeneração de Estria com o uso do Regenerador de Corrente Contínua Filtrada
Constante em mulheres entre 15 e 60 anos. Trabalho de Conclusão de Curso: Curso
de Fisioterapia da Universidade de Tuiuti do Paraná, Curitiba. 2009.
SOUZA, R. A; GARCEZ, C. E. Temas de Medicina Estética. 5a ed. Porto Alegre,
2005.
TORIYAMA, T.; KUMADA, Y.; MATSUBARA, T.; MURATA, A.; OGINO, A.;
WOLLINA, U.; HEINIG, B.; UHLEMANN, C. Transdermal CO2 Application in Chronic
Wounds. The Int. J. of Low. 3(2):103–06, 2004.
35

You might also like