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A administração como ciência além da arte

Karen Beatriz Oliveira Alves

Durante aulas e palestras sobre introdução à administração, era recorrente a


abordagem sobre o questionamento acerca da natureza da Administração, o
qual se dividia entre arte e ciência. A partir disso, foram e ainda são geradas
distintas respostas, porém a grande problemática está na compreensão sobre o
que é ciência e o que é arte, pois há um desencontro de semântica,
amplamente discutido através de reflexões sobre vertentes filosóficas distintas.
Um exemplo de vertente é a compreensão de ciência e arte para a filosofia
cartesiana, a qual afirma que a arte não é capaz de levar à verdade embora
divida o espaço universitário com a filosofia e as ciências naturais, porque a
única responsável por tal seria a lógica racional, o conhecimento à priori.
Observa-se, porém, que a própria produção artística exige dedicação humana
e técnica rigorosa, assim como a ciência exige criatividade. Assim se torna
insustentável essa separação e, no que tange a Administração, este campo
pode é considerado ciência se ciência for denominada por área em que se
existem pesquisadores aplicando métodos rígidos em seus estudos. Logo,
embora a área exista desde milhares de anos que antecedem a era capitalista
e tenha sido tratada como um “dom” e arte, ela engloba os dois campos do
questionamento inicial.

Dessa forma, pode-se construir então uma teoria geral da administração, visto
que a Administração pode ser estudada de modo a orientar aqueles que lidam
com esta, ensinando o que deve ser feito e a sua motivação. Essa
preocupação em tornar metódico o seu estudo se intensificou no período de
Revolução Industrial, quando operários ocupavam espaços nas fábricas e os
detentores desses espaços visavam uma maior e mais eficiente produção.
Assim nota-se que a evolução tecnológica culminou em uma evolução social e
política, pois alterou as concepções organizacionais, inserindo novos campos
de estudos.

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