Professional Documents
Culture Documents
ANÁLISE DE DADOS DE
MONITORAMENTO DA EXECUÇÃO
DE ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA
MONITORADA EM FORTALEZA (CE)
INTRODUÇÃO
Marcos Fábio Porto de Aguiar – Instituto Federal do Ceará, Fortaleza (CE)
Estudos dos parâmetros de controle
marcosfpa@hotmail.com
de execução de estacas e relações com
Tiago Melo Monteiro – Universidade de Fortaleza, Fortaleza (CE) investigações e definições de projeto
tiagomelomont@gmail.com são de grande relevância na engenharia
de fundações, pois podem represen-
Israel Lima Dias – Universidade de Fortaleza, Fortaleza (CE) tar impactos técnicos e econômicos
israel-arq@hotmail.com
significantes.
Francisco Heber Lacerda de Oliveira – Universidade Federal do Ceará, Em estacas de deslocamento ou
Fortaleza (CE) cravadas, existe o controle da capaci-
heberoliveiracivil@hotmail.com dade de carga do solo através da nega,
que é o deslocamento permanente da
Luiz AntonioNaresi Junior – Comercial da Progeo Engenharia Ltda., estaca para dez golpes do martelo com
Belo Horizonte (MG)
a mesma altura de queda. No entanto,
naresi@progeo.com.br
para as estacas escavadas, como a hélice
contínua, o controle da capacidade
de carga fica restrito aos resultados
RESUMO foram verificadas as relações com os de prova de carga, que são realizados
Este trabalho apresenta uma aná- índices de resistência a penetração em uma quantidade mínima de esta-
lise dos dados de monitoramento de (NSPT) de sondagens próximas, me- cas. Por isso, seria de uma importante
fundações assim como a verificação tro a metro, assim como a relação contribuição a implementação de uma
da eficiência de métodos semi-empí- da ordem de grandeza das pressões metodologia simples, como a da nega,
ricos na determinação da capacidade hidráulicas finais (últimos 3 metros) para o controle da capacidade de carga
de carga em estacas Hélice Contínua com a capacidade de carga das esta- em campo de estacas hélice contínua.
Monitorada. Para isso, realizou-se cas, considerando os resultados de São importantes os estudos que
um estudo com base em dados de prova de carga. tenham como objetivo melhorar o
cinco obras, contendo 11 estacas, na controle executivo de estacas esca-
cidade de Fortaleza (CE). A partir Palavras-chave: Fundações; Es- vadas, especificamente, estacas tipo
dos relatórios de monitoramento tacas; Sondagens; Prova de Carga hélice contínua, devido a necessidade
da execução das estacas tipo hélice, Estática. de confirmar ou identificar equívocos
Tabela 03 – Equações do NSPT em função Para cada estaca também foi calcu-
da pressão hidráulica para solos arenosos
lada a média das pressões hidráulicas
Estacas Equação R² nos últimos 3 metros, com intuito de
E42A y = 0.0513e0.0447x 0.3935 chegar a um valor mínimo de pressão
E64A y = 0.0026e0.0729x 0.6007 hidráulica que possa ser utilizado
OBRA 1
E42B y = 1.2095e0.0193x 0.1448
como parâmetro de confirmação da
profundidade de projeto. Esses valores
E64B y = 0.5811e0.0249x 0.3964
de pressão hidráulica foram compara-
TESTE y = 12.824e0.0048x 0.3541
OBRA 2 dos com os valores de carga de ruptura
E01 y = 3.66e0.0136x 0.5614 obtidos nas provas de carga estática
E49 y = 3.1712e0.008x 0.3147 e pelo método de Antunes e Cabral
OBRA 3
E441 y = 1.9923e0.0158x 0.1945 (1996), para verificar a relação da
E104 y = 0.3036e0.0287x 0.9972
ordem de grandeza entre os mesmos,
OBRA 4 conforme Tabela 2.
E162 y = 1.3675e0.0127x 0.7402
Foi realizado estudo comparativo
OBRA 5 EE1 y = 0.8054e0.0154x 0.5069
entre os relatórios de execução das
estacas HCM e das sondagens, anali-
Tabela 04 – Equações do NSPT em função sando os valores de pressão hidráulica
da pressão hidráulica para solos argilosos na perfuratriz e o NSPT a cada metro.
Estacas Equação R² Foi adotado como critério para esta
E49 y = 26.067e-0.003x 0.0245 análise a utilização apenas de valores
OBRA 3 inteiros de NSPT, sendo os valores ex-
E441 y = 27.913e-0.004x 0.0338
trapolados excluídos da análise. Como
E104 y = 35.972e-0.001x 0.0174
OBRA 4 resultado foram elaboradas equações
E162 y = 4.3781e0.0094x 0.3689
com o intuito de obter o NSPT a partir
Figura 02 – Pressão Hidráulica x NSPT (E01) Figura 03 – Pressão Hidráulica x NSPT (E49)
Figura 04 – Pressão Hidráulica x NSPT (E162) Figura 05 – Pressão Hidráulica x NSPT (E49)
REFERÊNCIAS
AOKI, N.; VELLOSO, D., A., An Approximate method to estimate the bearing capacity of piles. In: Pan-
american Conference on Soil Mechanics and Foundations Engineering, 5. 1975, Buenos Aires. Anais... Buenos
Aires, 1975. v. 1. p. 367-376.
ANTUNES, W.R. & CABRAL, D.A. (1996). Capacidade de Carga de Estacas Hélice Contínua. 3º Seminário
de Engenharia de Fundações Especiais e Geotecnia, São Paulo, 2: 105 – 109.
CHIN, F., K., Discussion of Pile Test. Arkansas River Project. Journal for Soil Mechanics and Foundation
Engineering, ASCE, 1971, vol. 97.
DÉCOURT, L.; QUARESMA, A. R. Capacidade de carga de estacas a partir de valores de SPT. In: Con-
gresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia de Fundações, 6., 1978, Rio de Janeiro. Anais... Rio de
Janeiro, 1978. V. 1. P. 45-54.
VAN DER VEEN, C. The Bearing Capacity of a Pile. Proc. Third International Conference Soil Mechanics
Foundation Engineering, Zurich, 1953, vol. II.