You are on page 1of 29
PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS TEORIA, SEUS CRIADORES, SUA PRATICA Se ee O que éaluz? Muitos s&bios de todas as 6pocas tentaram responder a essa questo. Os gregos tinham a idéia de que a luz emanava dos objetos e, ao atingir o olho 4 observador, permitia vé-los. Entretanto, coube a Isaac Newton (1643-1727) forraular a primeira hipdtese sobre natureza da luz. Sua hipdtese se baseava no fato de que a luz era constituida por corptscul: que saiam do corpo luminoso e que, ao atingirem 0 olho, permitiam a observacgo dos objetos Com essa teoria corpuscular, Newton explicava os fendmenos luminosos de reflexdo e refraga: Nessa mesma época, viveu Christiaan Huygens (1629-1695), que apresentou a hipot« se de a luz ser um fendmeno ondulatorio — hipétese essa que demorou muitos anos para s°> aceita devido ao prestigio de que Newton gozaiva peratite a comunidade cientifica da époc Coube a Fizeau (1819-1896) e a Foucault (1819-1868) mositar a validade da teoria de Huygen considerada verdade definitiva até o final do século KIX. Porém, em 1887, Hertz (1857-189: descobriu 0 efeito fotoelétrico, isto 6, que um. compa, cartegado eletricamente, ao ser ilumin: do, desprende cargas elétricas negativas. Esse fendxtiéme sd se explica se considerarmos ah como de natureza corpuscular, o que foi explicado por Albert Einstein em 1905. E com ess duplicidade de comportamento da luz que a Fisica convive hoje. Os principios e as leis da Optica Geométrica formulados por Descartes (1596-1651 permitem compreender a formacao de imagens em espelhos planos, esféricos e em lentes funcionamento da lupa, da luneta, da maquina fotografica, do microsc6pio ete. a Com o estudo das reflexdes luminosas vocé podera compreender a fibra dptica, que revolucionou as telecomunicagoes e as técnicas de microcirurgia com raios /aser. Quando estudarmos a refrag&o luminosa, serd possivel compreender 0 “efeito estufa que tanto preocupa o mundo atualmente, e também o porqué das cores do arco-iris. Como voce v6, as leis e os principios da Optica Geométrica vao levé-lo a adquirir novos conhecimentos. ADIVISKO DA GPTICA A Optica tem por objetivo o estudo das propriedades da luz, isto é, como ela é produzi- . propagada, detectada e medida. Para fins de estudo, a Optica € dividida em duas partes: a Geométrica e a Fisica. hier Estuda os fendmenos luminosos Geométrica sem considerar a natureza da luz. OPTICA Estuda os fendmenos luminosos Fisica cuja explicacao depende das teo- rias relativas 4 natureza da luz. A Optica Geométrica dispensa o conhecimento da natureza intima da luz, baseando-se sua propagacao retilinea ¢ nas leis da reflexdo ¢ da refracéo. Esta parte estuda os fendme- nos 6pticos baseados na concepcao de raios luminosos, com suas aplicacdes em lentes, espe- thos, lunetas, telescépios, projetores, prismas etc. A Optica Fisica estuda precisamente os fendmenos dpticos em que a natureza da luz exerce papel predominante, como a polarizacao, a difracdo, a interferéncia, os espectros etc CORPO LUMINOSO E ILUMINADO Denomina-se luz ao agente fisico responsavel pelas sensagées visuais. Todos os corpos visiveis sao fontes de luz e podem classificar-se em: 1°) Fonte de luz primdria ou corpo luminoso: é aquela que emite luz propria. Como exem- plos, podemos citar o Sol, a chama de uma vela, um metal superaquecido etc. Algumas dessas fontes de luz priméria sfio permanentes, como no caso do Sol, enquan- to outras so tempordrias, como a chama da vela e o metal superaquecido. 2°) Fonte de luz secundaria ou corpo iluminado: é aquela que reflete a luz recebida de outros corpos. Como. exemplo, podemos citar a Lua, pois reflete a luz que recebe do Sol. No instante em que vocé acende uma lampada num ambiente escuro, os objetos nele contidos passama receber a luz e também a refleti-la, permitindo que sejam vistos. Portanto, so fontes de luz secundaria: a mesa, 0 vaso, a pa- rede etc. Se no fenémeno em estudo as dimensées da fonte forem despreziveis, ela sera chama- da fonte pontual; em caso contrario sera, denominada fonte extensa. TRANSPARENCIA, TRANSLUCIDEZ E OPACIDADE As substancias ou meios encontrados na na- tureza se comportam de diferentes maneiras em relag&o a propagagao da luz. Meio transparente € aquele que permite a propagagao da luz através de si por distncias con- sideraveis, isto é, permite a visualizacdo nitida dos objetos através dele. Como exemplo, podemos ci- tar o ar, o vidro, a 4gua etc. Meio translicido é aquele que permite a pro- pagacdo da luz através de si, mas a espalha, de modo que os objetos vistos através dele nao podem ser identificados, isto é, ndo permite a visualizacao ni- tida. Por exemplo: vidro fosco, papel de seda ete. ‘Meio opaco 6 aquele que impede a propagacaio da luz através de si, nao permitindo a visualizacaio dos objetos. Por exemplo: madeira, concreto ete. 0 vidro é um meio transparent= ‘Sino Btn he eat 0 vidro fosco ¢ um meio transliicido. ‘A madeira é um meio opaco, Os conceitos de transparéncia, translucidez e opacidade sao relativos. Afinal, wma fo- Iha de papel celofane, por exemplo, 6 um meio transparente; algumas folhas desse papel representam um meio translicido e vdrias folhas, um meio opaco. FES ‘A luz se propaga no espaco interestelar e também no vacuo, isto 6, para a propagacao ‘Ga luz nao ha necessidade de matéria. ‘A velocidade da luz num meio material depende do tipo de luz que se propaga, isto cada tipo de luz a velocidade de propagacao num meio material é diferente. Em ordem decrescente de velocidade, temos: Luz vermelha Luz alaranjada Lua amarela Velocidade menor Luz verde Luz azul | Luz anil vy Luzvioleta Os cientistas mediram a velocidade da luz no ar e no vacuo e obtiveram os valores: Vejean = (299 793,0 + 0,3) krtvs v,, = 299 700 krvs Com bons resultados praticos podemos admitir: Vescuo = Vor = 300 000 kis = 3+ 10° m/s Costuma-se representar a velocidade da luz no vacuo pela letra c. Logo: c = 300 000 kis = 3- 10° m/s A velocidade da luz no vacuo é uma das constantes de maior importancia na Fisica e nao pode ser ultrapassada por nenhum outro movimento existente na natureza. | Sabendo que 1 ano-luz é a distdncia que a luz percorre no vacuo em um ano, calcule, em quilémetros, a distancia percorrida pela luz em 2,5 anos. Suponha Lano = 365 dias, Resolugdo: ‘Sabemos que: 1ano = 365 dias = 365 - 24h = 365-24- 60 min = 365-24-60-60s lan 1 586 000 s 2,5 anos = 31 536 000+ 2,5 = 78 840 000 s Fazendo uma regra de trés, temos: tempo(s) distancia (km) 1————— 300 000 — x = 2,3652- 105 km x 78 840 000 Resposta: 2,3652 - 10" km Qi Oqueé uma fonte de luz primaria? Dé exem- plos. @2.0 que é uma fonte de luz secundaria? Dé exemplos. @3 0 que é um meio éptico transparente? translticido? Q@4 Em Astronomia, utiliza-se uma unidade de comprimento denominada ano-luz, que repre- senta a distancia que a luz percorre no vacuo em um ano. Quantos quilémetros tem um ano- luz? @Q5 Ache, em metros, a distancia corresponden- te a 5 anos-luz. A velocidade da luz no vacuo é igual a 300 000 kis. PRINCIPIOS DA OPTICA GEOMETRICA Q60 planeta Netuno dista 4,5 - 10" m do Sol Quantos minutos a luz emitida pelo Sol leva para chegar em Netuno? A ve- locidade da luz no vacuo 6 de 3,0+ 10° mis. Q? Uma nave espa- cial, & distancia de 2 1 404- 10" km da Ter- ra, envia fotos do pla- : neta Saturno através de sinais que se pro- pagam com a veloci- y dade da luz no vacuo (3 - 10° knvs). Calcule o tempo, em horas, que um sinal leva para atingir a Terra O desenvolvimento da Optica Geométrica foi feito com base num conjunto de proposi- des admitidas como verdadeiras e conhecidas como Principios Fundamentais da Optica Geométrica. 19) Princtpio da propagagdo retitinea da luz Num meio homogéneo e transparente, a luz propaga-se em linha reta. 28) Prinetpio da indepen- déncia dos raios de luz Um raio de luz, ao cruzar com outro, nao interfere na sua propagacao. ‘A figura ao lado mos- tra um feixe de luz cruzan- do com outro e seguindo seu caminho como se 0 ou- tro no existisse ®) Princtpio da reversibilidade dos raios de luz O caminho seguido pela luz independe do sentido de propagacao. Se através do espelho retrovisor 0 motorista indicado na figura enxerga 0 passageiro, este também enxerga o motorista. AES _ Uma limpada cujas dimensoes so despreziveis esté localizada no teto de uma ' sala de 5 mde altura. Um corpo opaco de forma circular, de raio 8 cm, é colo- cado a 2 m do teto e paralelamente a ele. O centro do corpo e a lampada estao na mesma vertical. Determine a rea da sombra projetada no chao da sala. Resolucaéo: S=m > S=7-20? = S = 400n cm’ Resposta: 4007 cm” | ] | 200 em | £ i | | 7 300 em| la | x = 60° b) a = 2x > a = 2+50° a = 100° Respostas: a) 50°; b) 100° }1 © Explique o que é reflexao luminosa @24 Ache o Angulo @ indicado na figura. © Qual a diferenca entre reflexfo regular e 10 difusa? 21 Quais sto as leis da reflexdo da luz? Dada a figura, calcule: @25 (UFPE) Considere um raio de luz conti- do em um plano perpendicular aos dois espe- Thos planos, conforme a figura abaixo, O raio re- fletido formaré o anguloy com o feixe incidente, cujo valor independe do Angulo ot, Calcule 0 va- lor dey, em graus, considerando que @ = 37°. =) 0 Angulo de incidéncia b) 0 Angulo de reflexao ©) 0 Angulo formado pelos raios incidente e re- fletido Q25 Ache a altura h indicada na figura. FORMACAO DE IMAGENS Colocando um objeto luminoso A na frente de um espelho, observamos que os raios proveni- ‘entes dele sofrem reflexdo regular. Os prolongamentos dos raios refletidos se cru- gam no ponto A’, chamado imagem virtual de A. Note que 0 objeto e a imagem sao simétricos =m relagao ao espelho, isto é, se encontram a mes- ma distancia dele. Para um observador na frente do espelho, tudo se passa fomo se a luz recebida por ele tivesse origem no ponto A. Se 0 objeto for extenso, seu tamanho é igual ao tama- ‘ho da imagem. Embora a imagem seja idéntica ao objeto, ambos nao ‘podem ser superpostos como acontece, por exemplo, com as mAos direita e esquerda de uma pessoa. ey 2 s1cacAo 6 Um observador vé 0 ponto A por reflexao. Trace um raio = = de luz que permita ao observador ver a imagem do 2 ponto A. | | | Ae Resolucéo: Primeiramente, tragamos 0 simétrico de A em relagao ao espelho, obtendo 0 ponto Al. A seguir, unimos 0 ponto A cont 0 ponto O (olho do observador). No cruzamento dessa reta com 0 espelho, | Marcamos o ponto J. _ Por diltimo, tragamos um raio que parte de A, incide no ponto J e é refletido para o ponto O. Resposta: Vide resolugao. Um observador O est diante do espelho plano indi- [7 7 cado na figura. Quais pontos ele poderd ver porre- | | |_| flexdo no espelho? LT tal Bt | Resolusdo: I 3 Inicialmente, tracamos 0 simétrico do olho do | ay observador (ponto 0’) em relago ao espelho. A c "seguir, unimos o ponto 0’ com as extremidades inferior e superior do espelho. Por illtimo, tragamos a regido som- breada na frente do espelho, que € chamada de campo visual. Todos os pontos que cairem nessa regio serdo vistos pelo observador, e aqueles que estiverem fora dessa regido nao serdo vistos. Resposta: 86 seriio vistos os pontos A e B. 6 Considere as seguintes afirmacoes: ‘A imagem de um objeto real fornecida por ‘um espelho plano é sempre direita e real. ‘@ Se uma pessoa se aproximar de um espelho plano com uma velocidade de 2 m/s, sua ima- gem se aproximaré desse espelho com uma velocidade de 4 ms. Um espelho plano fornece imagem de mes- mo tamanho que o objeto. sdo corretas? 7 Determine quais pontos, A, B, C ou D, 0 ior O pode ver por reflexAo no espelho. a | [D, | | | Lit rt 8 Construa, por simetria, a imagem do ob- eto em forma de A indicado na figura. Q29 (Cesgranrio-RJ) Sentado na cadeira da ‘Sarbearia, um rapaz olha no espelho a imagem ‘do barbeiro, em pé atrds dele. As dimensées re- levantes sao dadas na figura. A que distancia (ho- sizontal) dos olhos do rapaz fica a imagem do barbeiro? Q30 (UFPel-RS) Quando vocé se aproxima de ‘um espelho plano de grandes dimensdes, preso a uma parede vertical, tem a impressao de que sua imagem se aproxima do espelho e vai au- mentando de tamanho. a) Isso realmente acontece? Justifique. b) Quais as caracteristicas da imagem observa- da num espelho plano? Q3 1 (UFCE) A figura mostra uma sala qua- drada, ABCD, de 12 m de lado, com uma parede de 6 mde comprimento, indo do ponto M (pon- to médio de AB), até o pontoO (cen- tro geométrico da aie S| fe ] | c sala). Um espelho [ plano deve ser co- 1 locado na parede - DG, de modo que L uma pessoa situada emP (pontomédio | de AM) possavero POM B maximo possivel do trecho de parede MB, Determine a largura minima do espelho, no importando sua altura, (Q3.2 No esquema, A € um ponto de luz, E é um espelho plano, B é 0 ponto que deve ser ilu- minado por luz proveniente de A, apés reflexao emE, MN é um obstéculo que nao permite a ilu- minacdo direta de B. a) Sob que Angulo deve incidir um raio que par- te de A, reflete no espelho e atinge B? b) Qual a distancia percorrida pelo raio que par- te de A, reflete no espelho e atinge B? z 0 Q33 (Med. ABC) Um rapaz de 1,80 m de altura vé todo o seu corpo refletido num espelho plano vertical situado a uma distan- cia CD = 3 m. Os olhos do rapaz encontram-se a 1,70 m do solo. Determine: a) o comprimento AB mfnimo que tem esse espelho b) a distancia BC da borda inferior do espelho ao solo ASSOCIACAO DE DOIS ESPELHOS PLANOS Quando a luz refletida por um espelho atinge um outro, dizemos que os espelhos estao associados. Podemos ter dois tipos de associagéo. a) Associagao em paralelo Ontimero de imagens formadas do pon- to A é infinito. Cada imagem de um espelho faz o pa- pel de um novo objeto para o outro espelho, e assim sucessivamente. espelho E, E b) Associagdo angular Seja « 0 Angulo formado por dois espelhos planos com as superficies refletoras se de- frontando. Podemos determinar a quantidade de imagens N de um ponto objeto P colocado entre os dois espelhos pela expressao: 36 ye SE ay a ‘stg 0a Tn Ne 0 angulo o deve ser expresso em graus. a expressdo € valida nos casos: éum numero par — 0 ponto objeto P pode ficar em qualquer posig&o entre os dois espelhos éum numero impar — 0 ponto objeto P esta no plano bissetor de o Observemos a construgao das imagens quando & = 90° (teremos trés imagens). Pi: imagem de P em relag&o a E, »: imagem de P em relagao a E, P; imagem de P, em relacao a E,, que coincide com a imagem de P' em relacdo a B, Essas imagens pertencem a uma circunferéncia de centro O e raio OP. As imagens encerram-se quando elas caer no angulo formado pelo prolongamento dos dois espelhos. Calcule o ntimero de imagens formadas de um objeto colocado no plano bissetor ke de dois espelhos planos angulares que formam entre si um Angulo de 45°. Resolucao: 0 360° y= 360° _ n= BP 15 n= 88 Resposta: 7 imagens 1 + N=Timagens ESTOES Q54 Calcule o ntimero de imagens formadas de um objeto colocado entre dois espelhos pla- nos que formam entre si um Angulo de 60°. Q55 Ache 0 Angulo formado por dois espelhos planos angulares, sabendo que ontimero de ima- gens formadas de um objeto colocado entre eles 6 igual a 9. Q6© (EEM-SP) Dois espelhos planos formam entre si um Angulo de 60°. Um ponto luminoso esta a distancia a = 2,00 cm de um dos espelhos ea distancia b = 4,00 cm do outro espelho. a) Quantas imagens do ponto luminoso sao for- madas pelos espelhos? A COR DE UM CORPO b) Calcule a distancia do ponto luminoso & sua imagem mais atastada. QP Um diretor de cinema deseja obter uma cena com 15 bailarinas espanholas. Para tanto. ele dispoe de trés bailarinas e dois espelhos pla- nos. Para a obtengio de tal cena, os espelhos planos devem ser dispostos formando entre si um Angulo a, Determine o. QS Dois espelhos planos formam entre sium certo angulo. Calcule esse angulo, sabendo que, reduzindo-o 10°, o ntimero de imagens produzi- das pelo sistema de um dado objeto é aumenta- do de 6. A luz emitida pelo Sol (luz branca) é formada por varias luzes monocromaticas, das quais podemos destacar sete cores principais: Vermelha Alaranjado Amarelo Verde a Anil HE vice ‘A cor de um corpo iluminado é determinada pela constituigao da luz que ele reflete difusamente. Se, por exemplo, um corpo iluminado com luz branca refletir a luz verde e absorver as demais, este corpo teré cor verde; quando iluminado com luz branca, absorven- do-a totalmente, teré cor preta. Observe os esquemas, em que 0s corpos estao iluminados com luz branca: luz branca| luz verde. luz branca luz vermetna corpo verde reflete a luz verde. O corpo vermelho reflete a luz vermelha. luz branca luz branca, luz branca | ] corpo branco reflete todas as cores. ‘ee=to. Ble absorve a luz vermelha. O corpo preto absorve todas as cores. Quando um corpo verde (sob luz solar) é iluminado com luz vermelha, ele se apresenta Um filtro de luz é utilizado para deixar passar somente a luz da mesma cor que a do ‘Sxro. Entao, se o filtro é vermelho ele deixa passar a luz vermelha. As outras cores sao eefletidas ou absorvidas e nao conseguem atravessar o filtro. luz branca, luz vermetha filtro vermelho Q39 Como ¢ determinada a cor de um corpo? Q40 (UFU-MG) Um objeto que se apresenta amarelo quando exposto & luz solar é colocado num quarto escuro. Qual sera a cor desse obje- to, se acendermos no quarto uma luz monocro- mética azul? @4 1 (PUC-SP) Por que um corpo opaco tem, por exemplo, cor verde? Se esse corpo estiver num ambiente iluminado somente por luz monocromética vermelha, com que aparéncia sera observado por nds? Q42 (UFGO) Suponha que a bandeira do Bra- sil seja colocada num quarto escuro e iluminada com liz monocromética amarela. Diga, justifi- cando suas respostas, com que cor se apresen- tarao as seguintes partes da bandeira’ a) o efrculo central ) olosango c) a faixa do circulo central e as estrelas d) orestante da bandeira Q43 Um avental branco sob a luz sol através de um filtro vermelho. Co apresentard esse avental? [RDsauise O que é 0 raio laser? Quais suas aplicagées na medicina? ESPELHOS ESFERICOS Dericio Espelho esférico é toda superficie refletora com a forma de uma calota esférica. Se a face interna da calota é a refletora, 0 es- pelho esférico € dito céncavo. tepresentagao ‘espelho céncavo Se a face externa da calota é a refletora, 0 espelho esférico € dito convexo. representacao px sepa convex SéioDa iT Net ‘St Bote Ne Consideremos 0 espelho esférico indicado na figura. Principais elementos: C = centro de curvatura F = foco principal eixo V principal | VY = yértice | R = raio de curvatura distancia focal . = Angulo de abertura do espelho Conoicées ve nimipez ve Gauss Sabemos que os espelhos planos formam imagens nitidas dos objetos, pois a cada ponto objeto corresponde um tinico ponto imagem (sistema estigmdtico). Entretanto isso no ocorre com os espelhos esféricos, pois as imagens se apresentam deformadas, isto 6, a cada ponto objeto correspondem varios pontos imagens (sistema astigmdtico) e as imagens nao sao nitidas. Dentro de determinadas condigdes, os espelhos esféricos fornecem imagens cuja falta de nitidez nao 6 percebida pelo olho humano, isto é, os espelhos esféricos nessas condigdes $40 quase estigmaticos. Essas condigdes, chamadas condigdes de Gauss, sto: ¥ O espelho deve ter pequeno angulo de abertura (o: < 10°). ¥ Os raios incidentes devem ser proximos ao eixo principal. ¥ Os raios incidentes devem ser pouco inclinados em relacgao ao eixo principal. CARL FRIEDRICH GAUSS (1777-1855) Matematico, astr6nomo e fisico alemao. Me- nino precoce, aos trés anos de idade ja efetuava algumas operagoes aritméticas. Em 1798 publi- ca as Disquisitiones arithmeticae (Indagagdes aritméticas), uma das grandes obras de matema- tica j4 publicadas. Realizou trabalhos sobre a teoria das super- ficies, do tragado de mapas, do eletromagnetismo (da Terra, em particular) e sobre éptica geomé- trica. ‘Tendo em vista as condicdes de nitidez tages para os espelhos esféricos: de Gauss, vamos utilizar as seguintes represen- espelno cbncavo espelho convexo Ralos paRTiCuLARes foco principal. Se um raio de luz incidir paralelamente ao eixo principal, o raio refletido passa pelo Se um raio de luz incidir no vértice do ao eixo principal. espelho, o raio refletido é simétrico em relacao mesmo. Se um raio de luz incidir passando pelo centro de curvatura, 0 raio é refletido sobre si CoustRUGAO GEOMETRICA DAS IMAGENS As imagens fornecidas por um espelho esférico podem ser obtidas utilizando-se dois dos trés raios particulares. i : CARACTERISTIS. POSICAO DO OBJETO AB ESPELHO CONCAVO. mane? | Objeto extenso a pe eal | esquerda do ponto C 68 ci lenor a Invertida A | Objeto extenso F set ee east 7 y Invertida | 7 ui Objeto extenso omar v | Rena tre Ce F sf / Invertida o z Maior | A A imagem é | I Se denominada Objeto extenso < impropria aia sobre F CG » BSF lV os raios refletidos sao paralelos. | Objeto extenso Vv igual bre Fe V Direita = Maior Observe que as caracteristicas da imagem AB’ para o espelho céncavo dependem da posigio do objeto AB sobre o eixo principal Note também que a imagem do ponto B do objeto AB esta localizada sobre 0 eixo prin- cipal. Quando 0 objeto e aimagem pertencem ao mesmo semiplano (acima ou abaixo) do eixo principal, diz-se que a imagem 6 direiia em relacdo ao objeto. Caso contrario, diz-se que é invertida em relagao ao objeto. A imagem 6 real quando é formada pelos proprios raios refletidos e virtwal quando formada pelos prolongamentos dos raios refletidos Vejamos, agora, a construcao da imagem por um espelho convexo. z CARACTERISTICAS POSIGAO DO OBJETO AB ESPELHO CONVEXO SRG ar Objeto extenso Virtual localizado na frente Menor do espelho. Direita Para o espelho 3 # convexo, a imagem i i 3 de um objeto AB, co- locado na frente do espelho, é sempre virtual, menor e di- reita. Qresrces Q44 Considere um objeto real AB e um espelho esférico céncavo de centro de curvatura C. Determine graficamente a imagem desse objeto fornecida pelo espelho e diga se a imagem 6 real ou virtual para as situacdes abaixo. 8 SSS ae ae b) a —— c F v c Q45 Construa e dé as caracteristicas da ima- | @4¥ Construa a imagem do quadrado ABCD gem do objeto AB das figuras. indicado na figura. O ponto C representa o cen. Seeeeraee 7 tro de curvatura do espelho. ») Qe Em lojas, superme dos, Onibus etc. em ge- ral so colocados espelhos que per- mitem a visao de grande parte do ambiente. Espe- Q“© (UFPel-RS) Um objeto real é 0 colocado Thos dessa nature- diante de um espelho céncavo, numa posicao in- za costumam ser termediéria entre o foco e 0 vértice do espelho. colocados também Quais as caracteristicas da imagem obtida? Justi- nos retrovisores de motos e carros, de modo a fique sua resposta por meio de um esboco da aumentar o campo de visdo. Esses espelhos sa0 situagao. cOneavos ou convexos? Justifique sua resposta. ESTUDO ANALITICO DOS ESPELHOS ESFERICOS ConvencAo DE SiNAIS (REFERENCIAL DE Gauss) Consideremos dois eixos ortogonais, com origem no vértice do espelho. luz incidente j luz incidente cespelho ebncavo espelho convexo origem: vértice do espelho Fixo das abscissas — direcao: a do eixo principal sentido: contrario ao da luz incidente origem: vértice do espelho Eixo das ordenadas — direcdo: perpendicular ao eixo principal sentido: de baixo para cima Equacio Dé Gauss € EQUACKO DO AUMENTO LINEAR TRANSVERSAL Consideremos 0 espelho da figura: Em que: p = distancia do objeto ao vértice (abscissa do objeto) p’ = distancia da imagem ao vértice (abscissa da imagem) o = altura do objeto i = altura da imagem f = distancia focal raio de curvatura (R = 2f) — =P" | equagio do aumento 5 linear transversal (A) equacio de Gauss Considerando sempre 0 objeto real (p > 0), nestas equagdes temos: imagem real > p’ > 0 espelho céncavo > f > 0 imagem virtual > p’ <0 espelho convexo > f <0 imagem direita > i >0 imagem invertida > i<0 48 m1cacAo 9 Um objeto de 8 cm de altura esta localizado a 60 cm de um espelho esférico _ convexo de 40 cm de raio. a) Qual a abscissa da imagem? b) Qual a altura da imagem? c) Calcule o aumento linear transversal. Resoluséo: Respostas: a) —15 em; b)2 em; c) $ A distancia entre um objeto e a imagem que lhe conjuga um espelho concavo é de 60 cm. A imagem projetada numa tela é quatro vezes maior que o objeto. Determine o raio de curvatura do espelho. Resolucdo: Somente imagens reais po- dem ser projetadas numa tela; logo, o espelho é con- cavo com 0 objeto locali- zado entre Ce F .{P'—p = 60cm Dados: | aes ‘ invertida di TIP oy Sho SB Spy seo sey Sr -@ p’—p=60 > dp—p=60 > p=20em p’=4p > p’=4-20=80em * Caleulo def: Ut yy Ts Ste oe 1l441 pe PSR AE z+ 77 a 3 f=16cm * CAlculo do raio de curvatura: R=2f > R=2+16=32em Resposta: 32 cm STOES Q49 (UMC-SP) Para se maquiar, uma moga se coloca a 20 em de um espelho cdncavo de 60 em de distancia focal. Com base nesses dados: a) determine a posigaio da imagem 5) determine a distancia entre 0 rosto da moga ea sua imagem ©) sendo a altura do rosto da moga 20 em, de- termine a altura de sua imagem d) dé as caracteristicas da imagem LS :"""—_— Q50 (uvest-SP) A imagem de um objeto for ma-se a 40 cm de um espelho céncayvo com dis- tancia focal de 30 cm. A imagem formada sity se sobre 0 eixo principal do espelho, € real, in- vertida e tem 3 cm de altura. a) Determine a posicao do objeto. b) Construa o esquema referente A questo re- presentando objeto, imagem, espelho e raios utilizados e indicando as distancias envolvidas. Q5 1 (ITA-SP) Para fazer a barba de maneira mais eficiente, um jovern estudante resolve com- prar um espelho estérico que aumenta duas ve- zes a imagem do seu rosto quando ele se coloca 50 cm dele. Que tipo de espelho ele deve usar e qual o raio de curvatura? Q52 Um objeto é colocado diante de um espe- Iho cOncavo de raio de curvatura 24 cm, Deter- mine 0 aumento linear transversal nos seguintes caso: a) 0 objeto localiza-se a 36 cm do espelho b) 0 objeto localiza-se a 24 em do espelho c) 0 objeto localiza-se a 6 cm do espelho @Q53 (UFAL) A chama de uma vela, que tem 3,0 cm de altura, esta a 24 cm de uma lente con- vergente delgada. Esta projeta, num anteparo, uma imagem da chama da vela, nitida e inverti- da, de 6,0 cm de altura. Determine, em centime- tros, a distancia focal da lente. Q54 (UFPel-RS) Um espelho estérico projeta sobre uma parede uma imagem trés vezes maior do que uma vela colocada diante dele. Sabendo que o vértice do espelho encontra-se a 6 m de parede, responda as seguintes perguntas a) O espelho é eéncavo ou convexo? Por qué? b) Quanto mede o raio do espelho? Justifique sua resposta, apresentando 0 cdlculo do raio. Q55 A distancia entre um objeto real ea ima- gem que Ihe conjuga um espelho céneavo é 72 em. Aaltura da imagem é ; da altura do objeto. a) Determine a abscissa do objeto. b) Calcule a distancia focal do espelho. @Q56 0s espelhos retrovisores usados em mo- tos sfio convexos. a) Quais as caracteristicas da imagem que eles formam? b) Qual a vantagem de usar esses espelhos? ©) Omotocielista vé a imagem de um carro loca- lizado 9 m atrés da moto. Sabendo que a dis- tancia focal do espelho é de 3 m, ache a posi- go e o aumento dessa imagem. Q57 Um objeto de 6 cm de altura esta locali- zado a distancia de 30 cm de um espelho esféri- (> convexo, de 40 cm de raio. Calcule: a) a posigiio da imagem b) aaltura da imagem c) 0 aumento linear transversal Q56 Em uma experiencia de éptica, um estu- dante relata os seguintes dados sobre um certo ‘objeto e sua imagem fornecida por um espelho: distancia focal do espelho: 20 crn; aumento: 0, imagem: direita. Com base nos seus conhecimentos, calcule: a) 0 tipo de espelho utilizado b) a abscissa da imagem c) aabscissa do objeto Q59 (UFU-MG) Na figura | esta representado um espelho céncavo de vértice ¥, foco Fe cen- tro C. Um ponto luminoso se desloca ao longo do eixo.r, a partir do vértice V; sendo a sua posi- ao em cada instante representada pela reta do grafico da figura II. O valor da distancia focal do espelho é de 20 cm. =a a) Em que posicao esta localizada a imagem em t=5s? b) Nesse instante, a imagem é real ou virtual? Q60 (UFPel-RS) Em recente reportagem so- bre a violéncia nas grandes cidades, uma emis- sora de televisao mostrou o sistema de seguran- cade uma residéncia, do qual faz parte um es- pelho esférico convexo. Esse espelho permite a visdo de uma ampla drea em torno da residéncia. A partir do enunciado, responda: a) As imagens fornecidas pelo espelho sao di- reitas ou invertidas em relagao aos objetos? b) As imagens fornecidas pelo espelho podem ser maiores que os correspondentes objetos? Por qué? c) As imagens fornecidas pelo espelho podem ser projetadas em uma tela, no interior da re- sidéncia? Por qué? Q61 (UERJ) A imagem / de uma fonte puntiforme P foi obtida através de um espelho cOncavo colocado & direita da fonte, cujo centro de curvatura se encontra no ponto C. a) Calcule a distancia da fonte ao vértice do es- pelho céncavo Fae I = Boom. iden b) Substituindo-se o espelho céncavo por um convexo, cujo vértice se encontra no ponto C, e sabendo-se que a distancia entre Pe J nao se altera, calcule a distancia da fonte ao centro de curvatura desse espelho convex.

You might also like