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INSTITUTO BÍBLICO TEOLÓGICO EMMANUEL

CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA

DELANE QUEIROZ MORAES

ATIVIDADE: VIRTUDES QUE COMPÕEM O FRUTO DO


ESPÍRITO

Trabalho apresentado no curso Básico em Teologia


do Instituto Bíblico Teológico Emmanuel, na
disciplina de TEOLOGIA SISTEMÁTICA I, sob
docência do Prof. Pr. Israel Lucas Sousa Soares,
para fins de cumprimento de atividades propostas
em sala de aula.

Caxias (MA)
01 de julho de 2022
AMOR

O amor de Deus que excede a todo o entendimento (Ef 3.18), cumprindo com isto os dois
principais mandamentos da lei que foram enfatizados nos ensinos de Jesus quando este
debatia principalmente com os escribas e fariseus, como no caso debate inicial sobre o
cumprimento da lei para herdar a vida eterna o que culminou com Jesus contando a
parábola do Samaritano. Amarás ao Senhor, teu Deus de todo o teu coração, e de toda a
tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a
ti mesmo (Lc 10.27). Agindo segundo este ensinamento passaremos realmente a ter a
plataforma para as outras virtudes do fruto do Espírito e cumpriremos cabalmente e com
total integridade a religião verdadeira, como ensina-nos Tiago o líder da igreja em
Jerusalém e irmão de nosso mestre: A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é
esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se da
corrupção do mundo. (Tg 1.27).
O amor expressa o conteúdo total da fé cristã. O amor é a essência do carácter divino:
Deus é amor (1 Jo 4.8).

ALEGRIA

A alegria (no grego "charis") é o gozo da graça, é um bem-estar espiritual, resultado de


uma correta relação com Deus. A fonte desta alegria é o Senhor (Fp 3.1; 4.4,10; Rm
12.12). É a chamada "alegria da fé" (Rm 15.13; Fp 1.25) e a "alegria no Espírito Santo"
(Rm 14.17; 1 Ts 1.6). Esta alegria independe das circunstâncias externas e pode ser
desfrutada em meio às tristezas e aflições desta vida.
Trata-se daquela qualidade de vida que é graciosa, e bondosa, caracterizando-se pela
generosidade na dádiva aos outros, o que é resultado de um senso de bem estar e prazer
na presença de Deus, o que é derivado de uma intimidade com o Senhor mediante a
palavra (Os 6.3), o que gera regozijo no Espírito Santo. Este gozo envolve todas as áreas
de nossas vidas nos tornando mais tranquilos e sensatos diante das situações, mesmo as
mais adversas.

PAZ

Como virtude do Espírito é a paz que excede a todo o entendimento. Foi pelo intermédio
da cruz que Deus estabeleceu a paz (Cl 1.20). A paz envolve muito mais do que uma
simples tranquilidade, ela se encontra totalmente ligada a transformação segundo a
imagem de Cristo, onde passamos a desenvolver a mente de Cristo (Rm 12.1-2). Assim o
crente sabe qual é a boa, a perfeita e a agradável vontade de Deus passando a
desenvolver uma maturidade cristã que irá permite-lo viver em paz com todos (I Ts 5.13,
Hb 12.14). Abandonando assim por completo as implicações do eu humano, sabendo que
como cristãos nossa maior preocupação deve ser refletir a pessoa de Cristo com nossas
atitudes e busca sempre paz tanto interior como com todos.

LONGANIMIDADE

Jesus demonstrou toda a sua longanimidade diante de todas as situações ao qual foi alvo
no seu ministério terreno. O Amor de Deus é derramado em nossos corações através da
obra do Espírito Santo (Rm 5.5), assim esta virtude irá ajudar o cristão a ser longânime
tanto com os seus irmãos, como em todas as situações de sua vida. Só mesmo com
paciência para aguentarmos o fardo do dia a dia, mas se tivermos o amor como
plataforma, o gozo na alma, como regozijo e a paz de Deus que excede a todo o
entendimento como marca, certamente então demonstraremos o ânimo longo em todas as
nossas atitudes, sendo uma expressão do domínio próprio, diante de todos os tipos de
situações, sejam elas favoráveis ou não. Quando temos animo longo nos lembramos das
palavras de nosso Senhor quando assim ensinou: Basta a cada dia o seu mal. (Mt 6.34).
BENIGNIDADE

Significa uma disposição gentil e graciosa para com os outros. Também significa
"excelência de caráter" e "honestidade". É um atributo divino (Mt 11.30; Tt 3.4). Jesus
Cristo é o nosso modelo de gentileza, pois sempre se mostrou gentil para com os seus
semelhantes. No caso da mulher flagrada em adultério (Jo 8.1-11), enquanto os homens
se mostraram inflexíveis e exigentes, Jesus revelou a sua benignidade. O cristão que
possui este atributo é gracioso, gentil, educado e amável. Na Bíblia podemos encontrar o
exemplo de benignidade de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo (II Co 10.1). Paulo
orienta a igreja de Corinto a viver na benignidade e no espírito, ou seja, viver de uma
forma espiritual e com amor, para que possa transmitir isto com atitudes reais e não com
hipocrisias ou com os problemas que ocorriam na cidade de Corinto em decorrência da
falta de uma vida de benignidade e no Espírito (II Co 6.6).

BONDADE

Bondade e benignidade são termos que estão ligados entre si (Rm 2.4; Ef 2.7).

O Espírito Santo produz em nós uma bondade que é, ao mesmo tempo, amável e
enérgica.
"Eu próprio, meus irmãos, certo estou, a respeito de vós, que vós mesmas estais cheios de
bondade, cheios de todo o conhecimento, podendo admoestardes uns aos outros". (Rm
15.14). Assim a bondade funciona como uma qualidade de generosidade e de ação gentil
para com outras pessoas, sobre este tema Martinho Lutero assim expressou: Uma pessoa
é bondosa quando se dispõe a ajudar àqueles que estão em necessidade. Este é grande
desafio da bondade, transformar a mera reflexão em ação, ou seja, não ser bondoso
apenas de palavras, mas com ações, amar realmente o próximo e lembra-se todos os dias
que o meu próximo não é aquele que eu encontro pelos caminhos da vida, mas aqueles
em cujo caminho eu me coloco. A bondade expressa a humildade que é a beleza da
santidade, realmente se trilharmos caminhos bons, construiremos pontes entre as pessoas
e não muralhas, seremos conhecidos não apenas pelo que pregamos, mas pelo que
realizamos em vida, pois o grande interesse da vida não é viver, mas deixar marcas.

FIDELIDADE

Fidelidade a Deus nos faz mostrar atitude de confiança e de fé. Faz-nos obedecer mesmo
que não tenha ninguém por perto. Esta virtude do fruto nos faz conseguir seguir o que está
escrito em apocalipse:
[…] Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. (Apoc 2:10)

Só vai ser fiel a Deus até a morte quem realmente o ama e o tem como prioridade em sua
vida.

Um exemplo disso é o apóstolo Pedro. Antes de ser cheio do Espírito Santo ele afirmava
que jamais negaria a Cristo. Não muito tempo após isso ele nega a Jesus descaradamente
em (Lc 22:56-60).

MANSIDÃO

A pessoa com espírito manso é aquela que age sem raiva, estupidez e nervosismo. Ela
também está de acordo com o que Jesus ensina no sermão da montanha:
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra; (Mt 5:5)

Mansidão é uma obra sobrenatural do Espírito Santo em nossas vidas. Veja como Jesus
nos ensina no evangelho de Mateus:
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e
encontrareis descanso para as vossas almas. (Mt 11:29)
Jesus era manso, mas isso não o tornava indiferente quanto aos acontecimentos ao seu
redor.
Ele ainda assim exerceu poder e autoridade sobre demônios, enfermidades e leis da
natureza. Sua mansidão não o impedia de combater as heresias dos fariseus.

Um homem manso citado na bíblia foi Moisés. Veja o que nos ensina o livro de números:
E era o homem Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.
(Núm 12:3).

DOMÍNIO PRÓPRIO

Refere-se a autodisciplina que um cristão precisa ter em sua vida. Tiago em sua epistola
assim ensina: "Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em
palavra, o tal é perfeito e poderoso para refrear todo o corpo". (Tg 3.2). Muitas vezes o
egoísmo, as contendas querem prevalecer em nossas vidas, por isso devemos buscar
aniquilar as obras da carne, para viver uma vida de moderação (II Tm 1.7), que é uma
força contra a carne (Gl 5.17), fazendo com que o crente busque em tudo a direção do
espírito (Gl 5.25). Se vivermos no espírito, andemos também no Espírito. Assim devemos
procurar andar no espírito (Gl 5.16), pois se assim agirmos somos cheios do Espírito Santo
(Ef 5.18), porque somos guiados pelo Espírito (Gl 5.18) e assim passamos a desenvolver a
temperança ou o domínio próprio. A temperança traz ricas bênçãos, pois ajuda o crente a
rejeitar o mal (Sl 141.4, Dn 1.8) e lhe dá o domínio para discernir todas as coisas mediante
a sua rica experiência com a palavra de Deus (I Ts 5.19, At 10.17).

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