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’ ] JOVENS E ADULTOS Lt 1° Trimestre de 1999 e Aprenda MAIS com livros CPAD Tiago nos ensina a orar, nao julgar, praticar a fée a amadurecer espiritualmente OESPIRITO NOS AJUDA A ORAR Uma Teologia Biblica da Oracdo. Robert L. Brandt A Zenas J. Bicket Un ersina sistemético ica do eracco craves ca Pal Deus Um Etude hisirico de oraedono Antiga @ no }, Novo Tostamento, felio para cs que buscam se cprofurdar no conhecimento, B croscorna graces e mmnisver no poder so 528 paginas ORGULHO FATAL Richard W. Dortch © que leva komens e mulheres comuns a ulltapasserem certos limites, eq abuserem de sic culatidade® Nests lizro © autor eomperfilha 5 esta e outros de suc propia experiencia Cod: 944 248 péginas ACAMINHO DA || MATURIDADE Ismael dos Santos A plenitude de vida erst i 5 aleancedis A metu‘idade 20 lloresce Al ne vida decueles quo se colocom & discosigao dh Deus. Ismael Son'os chama yoe8 a carinhal unio & waturidace Céd: 5027 62 pdginas FE SOB FOGO Steven J. Lawson Arclisonda a guerra espiiual de Filho de Dess, vivide ne tevacao do cescto, feos para 6 vilorie dione de Apiende c vencer pela Fé, usando s exemples, Jesus Crislo Cédh.: 540 250 pegmas Prestigie a livraria da sua ci 80 Voe® Nido enconire estes produtos em sua livraria, ligue para nos: © CoD (Ligagdo gratia) Tins Sopra Melhor ‘ou mande o seu pedido pelo nosso 0 KAX-COMPRAS - (021) 406-7320 | Py) i Wes RDAs Comentario: ELINALDO RENO’ ATO DE LIMA Consultor Doutrindrio e Teolégico: ANTONIO GILBERTO. SUMARIO Lieto “an 4 epistola da religito pura Ligdes Licito 2 o . ‘ono veneer as provas ¢ tentagdes dol’ Trimestre yicsos de 1999 A -encvernyans oneio Li a 4 A pritica da Palavra de Deus Licado 5 Deus condena a acepedio de pessoas Licaio 6 A fé sem obras € morta Licdo 7 Q tropeco na Palavra Licio $ A sabedoria do alto Licao 9 Resistindo as paixdes humans Licho 10 ‘A falibilidade dos projetos humanos Ligdo 11 Os ricos opressores sfio condenados Licio 12 Pacigncia e Constancia Licao 13 ‘Administrando os meios da graga Publicagao Trimestral da Casa Publicadora das Assembiéias de Deus Avenida Sasi, 64401 — Bangu Telefone: (021) 406-7373 Fax: 406-7300 CEP 21852-000 - Rio de Janeiro, RU Presidente da Convengao Geral José Wellington Bozerra da Gasta Presidente do Conselho Administrativo Antonio Dionisio da Silva Diretor Executivo Ronaldo Rodrigues de Souza Gerente Financeiro Walter Alves de Azevedo Gerente de Publicacées. Gilmar Vieira Chaves Gerente de Producao. Ruy Bergsten Setor de Educacao Crista Isael de Araujo Marcos Tuler Miriam Anna Liborio Podrina Helena Trevas Coordenador de Arte Huson Silva Editoracéo Eletrénica ‘Olga Rocha dos Santos, Oséias Felicio Macio|, Eduardo de Souza, Alexander Diniz o Daniel Bonatss Setor de Vondas Cicero da Siva Atendimento ‘Adriana F. Silva, Lucimar Rangel @ Margareth Melo LOJAS © oD re Ee Matiz ‘Avenida Brasl, 24101 —Gangy ~ Ride Jarelio RJ CEP 31852-000 79); {021} 406-373 Fax (021) 404-7800 Flas: IBRASILIA: 8.08 Queda 5~ Alco O— ja 58 = Galea Nevo Olldder Bras —G GEP 70950-500 — Te! © 821-6030 0 321. 286 —Gotenie: Abxartre Gencalrex *RIODELIANFIRO: Aerio vicentoce Gare Iho, 1089 fis de Janogo, B= CEP 21210-300 | Totiostyasr2t0n rox 489.2020 - Gevae Sein. oasui da Siva riko ENITEROL Aus Aveinolenl 47, jee, Cen {9 Meth CEP 2200-130 G21} 604. 4008 ~Tarax(dotje20.s18 Gav Laudenaeere, agasivadesoues SHOVAIGUAGU. Ay, Goverador Areral Pei xo, 727, os 101 9 10% Gate Yepin Nove igideu Fy, C=P 26212080 Tel (901) G7-0e1 Tel Fax 607-8153, Deca SAO PAULO: Rus Conccioko 210,Balerznho, GF Poausecn-ToLFax (0 2821677, ritc: Fevo Giberke Batngraly | “PERNAMBUCO: 8 Oars Baroo Y02%, | ‘Seo José — Reofe, CEP S0020.000— Tol Fan (G81) 424-0200. Gerona: Euaeo Hehe das Sanioa FT AMAZONAS: Rug Hen‘cue Mavs, 347 ~ eit Manaus, GE eg 10-010 10. (095) 284-4950, Geren'e Jonas Hla da Sh *PLORIANOPOLIS! Hus alps Sehmic 752, Ed Bougaivilea = kee 110 = Cone Floraropole SG -G&#e#010-002- Tat (023) 225-3928. Gareno: arto Siva de irsta ston ari. iit Erengulsc: PARANA: Rua Senator Xavor da Siva, 450, Lento Givin, Guilin, CEP a0590-020 —ta (ti) 228-p80arz0 8612, Carente hy. Kus Takayerna PARA Ay. Governor Jost Malcher Navan, Cento, Solem, CE 66.0: BHC 0-140 — Tal (27) 222015 Gots: NacorraztoLe59 dear io INAS GERAIS: Au ib de aneio, 402, S! 1200, Gero, BaloHezame, CEP 3160-040, Tel, (031) 273-7909. 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Segunda - Ef 2.9 A fé ndio vem das obras Terea - Ef 2.10 Criadas para as boas obras Quarta - Py 16.3 Conjiando as obras ao Senhor Quinta - Ec 12.14 As obras serdio julgadas Sexta - M1 5.16 Obras para serem vistas Sébado - Mt 16.27 As obras terdo rerribuicdo TIAGO 1.4; GALATAS 2,9, 11, 12, 16 Tiago 1 1 - Tiago, servo de Deus ¢ do Senhor Jesus Cristo, As doze tri bos que andam dispersas: satide. Gélatas 2 9 - e conhecendo Tiago, Cefas ¢ Joo, que eram considerados como as columas, a graga que se me havia dado, deram-nos as destras, em comunhao comigo e com Barnabé, que nds fos- semos aos gentios e eles, & cir- cuncisio; 1l - E, chegando Pedro a Antioquia, Ihe resisti na cara, por- que era repreensivel. 12 - Porque, antes que alguns tivessem chegado da parte de Tiago, comia com os genti depois que chegaram, se foi reti- rando e se apartou deles, temendo os que eram da circuncisio. 16 - Sabendo que 0 homem niio é justificado pelas obras da lei, mas pela £6 em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justifieados pela fé de Cristo e nao pelas obras da lei, porquanto pelas obras da lei nenhuma carne sera justificada. wo COMENTARIO INTRODUCAO A epistola de Tiago, no Novo Testamento, é comparada ao livro de Provérbios, no Antigo Testamento, pelo seu contetido pratice e objetive. Nela, encontramos paralelisinos com ‘os ensinos do Sermao do Mente. Em seus 108 versiculos, hé nada menos que 54 mandamentos, O aparente di- tema entre a justificagao pela fé e pe- las obras é esclarecido no texto. O li- vro enquadra-se na categoria das Epistolas Gerais, sendo dirigida aos crentes em geral. IA AUTORIA F A OCASTAO 1, O autor do liyro, No Novo Testamento, hi trés pessoas com o nome de Tiago, So eles: Tiago, ir- mao de Joao (Mt 10.2); Tiago. o fi- io de Jesu (Me 6.3a; GI 1.19), A & atribui a esse tiltimo, 0 itmao do Senhor, a autoria huma- na da epfstola em estudo. 2. Seu eariiter. Ele era um ho- mem fntegro, de vida santa, arraiga- do & moralidade pratica da lei. Nao obstante ter sido um homem de ca- riter tigido, era estimado pelos seus compatriotas, tendo sido chamado de Tiago, “o Justo”. Certamente ea ca- sado (ef, 1 Co 9.5), 3. Homem de oragiio. Segundo 4 Hist6ria, era, também, homem de oragiio, Dele, se diz que tinha os joe- thos calejados, parecidos com os de tho de:Alfon (Mt 10.3); e(Tiago, i) um camelo, pelo fato de passar ho- ras € mais horas ininterruptas em ora- (0 pelo seus irmaos de raca. 4, Seu ministério e atuacdo. ‘Tiago foi um dos Ifderes da Igreja Primitiva, em Jersalém, tendo pre- sidido o primeiro coneflio, conforme At 15.13-29. Paulo considera-o “co- Tuna” da Igreja, juntamente com Pedro e Joao (G1 2.9), tendo-0 como conselheiro (At 21.18), Tiago tinha grande influéncia ministerial. Pedro, 120 ser solto da prisao, mandou avi lo (At 12.17) 5. Data e ocasiiio do livro. A tra- digo diz, que Tiago escreveu sua episiola por volta do ano 60 d.C antes de morrer. 6. Sua morte. De acordo com Josefo, historiador, corroborado por Hegesipo, “judeu cristo”, Tiago mozreu apedrejado por ordem do fosumo sacerdote Anano, Este, reuni- do © Sinédrio, colocou 0 apdstolo diante do templo e ordenou que ele negasse que Jesus era o Messias, ante enorme muttidao. Tiago, em lugar disso, bradou que Jesus era “o filho de Deus e juiz do mundo” (Halley), Foi jogado ao chao, apedrejado c es- pancado. Agonizante, ele orou como seu inmao, Jesus: “Pai, perdoa-lhes porque nao sabem o que fazem”. Seu martitio ocorreu por volia do ano 62. 7. Seu exemplo. Esse corajoso servo de Deus, irmio de Jesus, dei- Xou-nos um exemplo extraordinario de fé 2 humildade, Sendo irmao do Salvador, nunca se aproveitou disso para ter privilégios, Pelo conttario, foi humilde e fiel até a morte, Il. O TEMA DA EPISTOLA DE TIAGO Embora haja comentaristas que ‘yéem “as doze tribos dispersas”, como tema principal da epistola, parece-nos razodvel aceitar queJo tema principa de Tiago € “i reisito pure} seu Aspecto pratico enconirada em Ts 1.27. Como base nesse tema, estuda- remos alguns aspectos importantes: 1. Com relagio a fé, Tiago apon- 108 dois tipos de fé: a verdadeita e afalsa, A primeira, se manifesta atra- vyés do amor expresso em atitudes vi- siveis € no apenas te6ricas ou subje- tivas (Tg 2.18); a segunda (a falsa), se limita & crenca interior, egoista ¢ desprovida de acao (Tg 2.14, 20). 2.Com relagio as obras. 0 apéstolo da fé pragmatica ressalta que as obras importantes, no para a salyagio, mas para o testemunho cristo, sfio as que resuliam da ge- ranina fé em Cristo (Tg 2.22-24), 3, Comrelagio as epistolas pau- linas. Ao longo dos sécullos, hd quem procure enfatizar possiveis discrepan- cias entre a epistola de Tiago as epfstolas de Paulo, no que se refere & justificagdo pela f€ ou pelas obras. ‘Mas nao ha contradigao alguma en- tre os escritos dos dois apéstolos. Ambos foram inspirados pelo mesmo Espirito para escreverem as mensa- gens enviadas por Deus A Sua Igreja. Ti. A IMPORTAN CIA DA EPISTOLA DE TIAGO 1, Para os destinatérios orig ‘A epistola de Tiago foi ende- nait as quais tratavam-se, nao das israe- litas, que professavam o judafsmo, mas dos judeus convertidos que es- tavam na didspora, Aqueles crentes passavam por sérios problemas: a) Estavam dispersos (1.1). O pastor, bispo e ancifio (presbftero) Tiago tinha 0 cuidado denodado com as ovelhas dispersus, pois sabia que distantes de sua patria, estavam viyendo a instabilidade dos que se acham longe do lar. Precisavam de apoio espiritual, ensino, ¢ encora- jamento b) Estavam pasando por tenia- gdes (1.2.3), Certamente, ficaram Inuito fortalecidos, quando, ao abri- rem o pergaminho da epistola de Tiago, Ieram, logo no infcio: “Meus irmaos, tende grande gozo quando aairdes em varias tentagGes, saben- do que a prova da vossa ig produz a paciéncia”. Que conselho, que ineen- tivo aos irmios distantes, na disper- sao. Tiago envion-lhes uma palavra de encorajamento, Em Py 25,25, le mos: “Como gua fria para uma alma cansada, assim boas-niovas de terra remota”. ¢) Estavam pasando por confli- os entre eles. Havia falta de sabe- doria, O apdstolo mandou dizer-thes: “B, se algum de vés tem falta de sa- bodorid, pega-a & Deus, que a todos dé liberalmente, e 0 no Tanga ém rosto, e ser-Ihe-4 dada” (1.5) d) Estavam passando por crise de integridade, Havia acepcao de pesso- as. seu pastor exortou-o8 a nao fa- Zerem distingtio entre os mais pobres 08 ricos, entre eles (Tg 2.1-4), 2. Para os erentes de hoje. a) Peregrinos e forasteiros, A exemplo dos convertidos no tempo de Tiago, os crentes em Jesus tam- bém esto dispersos pelo mundo, como “peregrinos e forasteiros” (1 Pe 2.1 1a). Da mesma forma, ns hoje como Igreja do Senhor, estamos, além de dispersos pelo mundo, vi- vendo sob tentacdes as mais pesuda: 6) Conflitos ¢ crises, Ha confli- tos sérios na cristandade e, também, de certa forma, uma verdadeira cri- se de identidade em muitas igrejas, ‘num embate entre os “mares anti- gos” e a modernidade avassaladora IV. OS PROPOSITOS DA EPISTOLA DE TIAGO 1. Encorajar 05 crentes em suas provacbes. Os primeiros cristios “experimentaram provacées e tenta- cGes as mais diversas. O Diaho os fustigava com as ameagas do Impé- rio Romano; 0 judaismo os acusava de ttaidores e blasfemos. Tiago es- creveu-lhes, exortando-os a terem “grande gozo" nas tentagdes, saben- do que “a proval’ da fé haveria de produzir paciéncia (Tg 1.1,2). Esse ensino esté de acordo com o que Pau- lo exorta em Rm 5.3-5. 2, Corrigin doutrinas erradas quanto a salvagiio. Havia, entre os destinatérios da epistola, dificulda- des em entender a justificagdo, como aspecto fundamental da salvacao. Uns eriam que a justificagao era so- mente pela fé, independente das obras, interpretando 0s ensinos paulinos (ver Gl 6.16); outros. no entanto, talvez superyalorizayam o sentido das obras, Tiago esereveu- Ihes, colocando “os pontos nos is”. 3. Mostrar 0 resultado pratico da fé. Tiago mostra que a [é precisa ser vivida, demonstrada, através das obras que dela resultam, de maneira que 08 crentes so exorlados “a de. monstrarem uma fé ativa, e ndo uma profissao de £6 vazia” (214-16). AO CONCLUS A epistola de Tiago tem ensina- mentos praticos para os dias de hoje um relacionamento muito estreito com os ensinos de Jesus. Assim, ori- entacoes, recomendacdes e manda ‘mentos inspiraclos pelo Espfrito San 0, constantes do livro, sto de muita Yyyalia para todos os crentes. QUESTIONARIO. 1.Dostrés Tiagos de que falao Novo ‘Testamento, qual deles é 0 autor da epistola em estudo? 2. De acordo com © comentiirio da ligto, qual o tema da epistola de Tiago? 3. A quem se destinava, originaria- mente, & epistola de Tiago? 4, De acordo com a ligdo, quais os propésitos da epfstola de Tiago? 5. Qual a importancia da epistola de Tiago para os crentes da atuali- dade? COMO VENCER AS PROVAS E TENTACOES TEXTO AUREO. LEITURA BIBLICA EM CLASSE | “Vigiai e orai, para que do enireis em tentagfo: na verdade, oespirito esta pronto. mas acame éfraca” (Mt2641). VERDADE PRATICA A tentacao ¢ permitida por Deus como prova da #8, Ela s6 pode ser vencida mediante 6 poder do Espirito Sunio ope- rundo no crente. LEITURA DIARIA Segunda - Mt 6.13 Orando para no cair em ientagao Terga- Mt 26.41 Vigiando contra a tentacao Quarta - Me 14,38 Orando parando entrar em tentagaa Quinta -1 Co 7.5 Prevenidos contra a tentagao Seéxta - Hb 2.18 Socorro para os que sao tentados Sdbado - Tg 1.14 Tentado pelo engodo da concupiscéncia TIAGO 1.2,3,12-16 Tiago 2- Meus irmios, tende grande gozo quando cairdes em varias tentacoes, 3 - sabendo que a prova da vyossa fé produz.a paciéncia. 12 - Bem-aventurado 0 vario que sofre a tentacio; porque, quando for provado, receberd a coroa da vida, a qual o Senor, tem prometido aos que o amam. 13 - Ninguém, sendo tentado, diga: de Deus sou tentado; por- que Deus nfio pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. 14 - Mas cada um € tentado, quando atrafdo e engodado pela sua prépria concupiseéncia. 15 - Depois, hayendo a concu- piseéneia coneebido, dé 2 luz. 0 pe- cado} e 0 pecado, sendo consuma- do, gera a morte, 16 - Nao erreis, meus amados irmios. COMENTARIO: INTRODUGAO Desde o principio, 0 Senher tem permitido a seus servos serem pro- vados para que, como yencedores, sejam aprovados diante dos homens, dos anjos, ¢ do Diabo. E bem-aven- turado quem, sendo tentado, perma- nece fiel a Deus, tornando-se, assim, digno de receber a coroa da vida. T. 0 QUE E A TENTACAO 1, Coneeito. Tentacao é “ato ou cfeito de tentar; disposi¢do de ani- mo para a pritica de coisas diferen- tes ou censuriveis" (Diciondrio Au- rélio). Biblicamente, podemos dizer que € 0 conyite ao pecado _, 2. O significado na epistola. Em) Deus”. Fiago, tentagdes tém o significado de/ 2. Da parte do mundo, O mun- do, como fonte detentacao, nao é 0 mundo fisico, criado por Deus. 0 Di- cionario da Btblia, de Davis, diz que “a palavea mundo emprega-se fre- qiientemente para designar os seus habitantes”, como em $19.8, Is 13.11 Jo 3.16. O Diciondrio Teoldgico (CPAD), referindo-se ao mundo, diz que “No campo da teologia, porém, & 0 Sistema que se opde de forma persistente e sistematica ao Reino de Joao exorta a que nao ame: mos “o mundo, nem 0 que no mun- do ha”. “Porque tudo o que hé no | perseguigGes, lutas e provagdes pet las quais o crente pode passar.(— < mundo, a coneupiscéncia da carne, TE. ORIGEM DA TENTACAO A tentago tem trés origens ou fontes: Ros 1. Da parte da carne. ~ a) Tentagéo humana. A Biblia nos diz que “no veio sobre vés ten- taco, senao humana” (1 Co 10.13). Neste texto, podemos entender que “tentagao humana” quer dizer a que € propria da natureza carnal do ho- mem (ver Rm 7.5-8; G15.13,19), Ela tem seu aspecto mal, pernicioso, incitador ao pecado, b) O significado da carne. A car- ne, € 0 “centro dos desejos pecami- nosos” (Rm 13.14; G15,16,24). Dela vem 0 pecado e suas paixdes (Rm 7.5; G15.17-21). Na carne niio habi- ta coisa boa (Rm 7.18). Devemos salientar que 0 termo came, aqui, nao Se refere ao corpo, que nao tem nada de mal em si mesmo, mas a nature- za carnal, herdada de nossos pais. O corpo do crente é templo do Espiri- to Santo (1 Co 6.19,20). a concupiscéncia dos olhos & a so- berba da vida, nao é do Pai, mas do mundo" (1 Jo 2.15,16). Tudo isso é fonte de tentagao. 3..Da parte do Diaho. Fa fonte mais cruel da tentacdo, Seu cardter sempre destrutivo. a) Jesus foi tentado, B a fonte mais terrivel © avassaladora da ten= taco. Dela, no escapou nem mes- mo nosso Senhor Jesus Cristo. Apés o batismo em agua, Ele foi conduzi- do “pelo Espirito para ser tentado pelo diabo” (Mt 4.1; Me 1.13; Le 4.2). Foi o tinico que nfio cain em pecado (Hb 4,15). b) Homens de Deus foram tenta- dos. Homens de Deus, do porte de Abraio, Sansio, Davi, ¢ tantos ou- tros, foram tentados pelo Adversé- tio (Satands) a fazerem 0 que no era da vontade de Deus, com sétios pre- jufzos para suas vidas. ¢) Os homens comuns so tenta- dos. Os homens sio tentados a prati- car toda espécie de males, crimes, vi= oléncia, estupros, brigas, citimes, guer- ras, mentiras, caliinias, roubos, etc. d) Os crentes sao tentados. Até 98 crentes em Jesus silo vitimas da ago do maligno. quando causam prejuizos A Igreja do Senhor, com escindalos, calGnias, inyejas, divi- soes, rebelides, busca pelo poder, politicagem religiosa, e tantas outras coisas ruins ILL O PROCESSO DA TENTACAO A tentacdo se constitui num pro- c2sso, que tem os seguintes passos 1, Atracao do desejo (v.14a). y, “Mas cada um é tentado, quando alrafdo...” Primeiro, yem a atragao pelos sentidos: visao (1 Jo 2.16); audictio (1 Co 15.33); olfato; gosto, ¢ tato (Py 6.17). 2. Engodo (isea). A pessoa é atraida, seduzida e “engodada pela propria concupiscéneia” (v.14b). 3. ConcepeSo do desejo (da coneupiscéncia). Na mente, nos pensamentos (cf, Me 7.21-23), 0 de- sejo é concchido. $6 se faz. o que se pensa (v.15a). Nesse ponto, ainda se pode evitar 0 pecado. 4, O pecado € gerado, “Depois, havendo a concupiscéncia concebi- do, dé 8 luz o pecado” (v.15). Ainda na mente, jAnasce 0 pecado, Alguém pode adulterar sé na mente (Mt 5,27,28). 5. A consumagio do pecado (v.15b). “2 0 pecado, sendo con- sumado, gera a morte.” A morte, aqui, é espiritual, Nesse ponto, s6 hd solugao se honver arrependimento, ainda, em vida, £ importante entendermos esse terrfvel processo, a fim de que nos resguardemos dele. Alguém ja disse que ninguém pode impedir que um péssaro voe sobre sua cabega, mas pode impedi-lo de fazer um ninho nela. Isso ilustra 0 pracesso da tenta- ao. Esta, em si, no ¢ pecado, Peca- do € praticar o que a tentagdo sugere. IV. DIFERENCA ENTIRE __ TENTACAO E PROVACAO. (A entagio, conforme estudamos; € sempre uma inducZo ao mal, ao pecado. A provaciio, no entanto, nao fem esse sentido, Quando a Biblia liz que Deus tentou alguém, deve- 105 entender que Deus 0 provau, e isso tem objetivos muito elevados, conforme eguir, Tiago nos diz que “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus nao pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta’ (v.13). Quando a Biblia diz que alguém foi tentado por Dens, isso pode ser entendido como provagdo. Abraao s6 foi considerado 0 pai de todos os que créem, porque creu e foi “tentado”, ou seja, “‘provado” por Deus (ver Gn 22.1-18). A prova da fé é essencial para “louvor, honra, ¢ gléria na re- yelagdo de Jesus Cristo” (I Pe 1,7). Tiago exorta os crentes a terem “grande gozo”, quando cafrem em “yarias tenlagdes”, sabendo que “a prova da vossa 6 produz a pacién- cia” (vy.2,3), Fle considera uma bem-aventuranga 0 crente sofrer a tentagdo, porque, quando for prova- do, receberd a coroa da vida (v.12). V. SETE PASSOS PARA A VITORIA NA TENTACAO 1. Saber utilizar a Palavra de Deus. Nosso Seahor Jesus Cristo, quando foi tentado, nao deu chance ao Diabo para convetsar muito com Ele. A cada insinuagao do maligno, ele usava a “espada da Espitito, que é Palavra de Deus” (Ef 6:17b), di- zondo: “Esti escrito...” (Mt4.4b, 7a, 10b). Por isso, 6 preciso ler a Biblia, para usar a Palavia na hora cert 2, Através da oracao. Jesus nos mandou orar sem cessar para nao cairmos em tentagao (Le 22,40; 1 Ts 5.17). A maioria dos crentes, hoje, nao ora, Certo pregador disse: “O Diabo ri da nossa sabedoria, zomba das nossas pregagGes, mas treme di- ante de nossas oragdes”, 3. Através da vigilancia. Jesus enfatizou a importéneia da vigilan- cia para nao cairmos em tentagao (cf. ML 26.412). 4, Atrayés da disciplina pesso- al. Falando sobre 0 “atleta cristio”, Paulo diz que “aquele que futa, de tudo se abstém” (1 Co 9,254), Em seguida, afirma: “Antes, subjugo 0 meu corpo € 0 reduzo A servidao, para que, pregando aos outros, eu inesmio nfo yenha Ge alguma manci- ra a ficar reprovado” (1 Co 9.27). Muitos cdem, por exemplo, na ten- tap2o do Sexo, porque nio sabem controlar seus instintos. 5, Resistindo ao Diabo. O ini migo sabe qual € 0 ponto fraco de cada erente, Mas, com determinacao € resist@neia, no Espirito, 6 possfvel set Vitotioso (ef. 1 Pe 5.8.9: Tg 5.17). José, jovem hebreu, mesmo pagan- 10 do terrivel prego, nao se deixou ven- cer pelo pecada do adultério. Foi yeneedor ¢ exaltade por Deus. 6. Buscando a santificacao. preciso que 0 Crenle Viva a sop: 80 integral para Deus (Hb 12.14; 1 Pe 1.15). 7, Ocupando_a mente com as coisas espirituais. Isso se consegue através da oragao, jejum, estudo da Biblia e leitura de bons livros; ser- vindo, evangelizando, louvando, par- ticipando da obra do Senhor, santi- ficandoa mente, a vidae 0 corpo (ver 173.4.3-7), CONCLUSAO A tentagao, no seu sentido mais comum, é um proceso terrivel, da parte do homem, do mundo e do Di- abo, cuija finalidade € destruir a £6, a santidade, a comunhio com Deus, Tevando 0 erente a pecar. Para ven- cer, é preciso Fazer como Jesus, que usou a “Espada do Bspttito” — a Pa- lavra. fi preciso usar as armas que Detis colocow dispasigaio de Seus servos. Enti Cristo, “somos misis que vencedores” (Rm 8.37) QUESTIONARIO Que significa a palayra tentacio? 1 2, Quais as trés origens da tenta- ? A. Qual a diferenca entre tentagao e provacio? 4. Qual 60 primeiro passo do proces- so da tentagiio? 5. Cite os sete pa: tentagao. 08 para a vit6tiana rey 17 de janeiro de 1999 A PERSEVERANCA NA ORACAO TEXTO AUREO “Perseyerai na oragho, ve~ Jando nela com ages de gra~ is" (Cl 4.2). VERDADE PRATICA © crente, ao orar a Deus “com perseveranga, precisa ter 4€ no poder divino, ao mesmo tempo se submeter a soberania do Senhor. LEITURA DIARIA Segunda - 2 Cr 7.14 Oracao do povo de Deus Terea- Ne 1.4 Jejuando e orando Quarta - $1 122.6 Orando pela cidade Quinta * Mt 5.44 Orando pelos inimigos Sexta - Me 1.35 Orando de madrugada Sabado - C11.9 Orando sem cesar LEITURA BIBLICA EM CLASSE TIAGO 15-8; 5.14,15 5-H, se algum de vs tem falta de sahedoria, peca-a a Deus, que a todos dé liberalmente ¢ nfo o lan¢a em rosto: ¢ ser-Ihe-4 dada, 6 - Pecaa, porém, com £6, nio duyidandos porque 0 que duvida é semelhante 4 onda do mar, que 6 levada pelo vento e langada de uma para outra parte. 7 ~ Nao pense tal homem que reeeberd do Senhor alguma coisa. 8- O homem de coragao dobre €inconstante em todos os seus minhos. 14 - Esta alguém entre vés do- ente? Chame os presbiteros da igreja, ¢ orem sobre ele, mgindo- 0 com azeite em nome do Senhor; 15 - eu oracho da {¢ sulvard 0 doente, ¢ o Senhor o levantard; e, se houver cometide pecados, ser- Ihe-fio perdoadas. COMENTARIO. INTRODUCGAO Orar é falar com Deus, louvan- do, agradecendo, pedindo, suplican- do, com a alma voliada para o Oni- potente, A ora maravilhoso de chegaimos & presen- ado Senhor, de adentiatmos a0 tro- no da graca, “com confianca, a fim de sermos atendidas em tempo opar- tuno”. A perseveranga na oracio & indispensiyel para demonstrarmos nossa confianga € dependéncia de Deus. do, assim, é um meio. dd L DOIS TIPOS DE ORAGAO 1. Oracao convencional. Ea oragao feita pelo crente, na qual ele expressa seus sentimentos diante de Deus, sem um propdsito de obter algo que dependa do exercicio ime- diato da fé, como, por exemplo, a cura de um enfermo, a operacao de maravilhas, sinais e prodigios, a ex- pulsao de deménios, ete, E a oragio que fazemos ao deitar, ao levantar, agradecendo pelo paio de cada dia, pela familia, pela igreja, pelo empre- g0, etc. Se nao tivermos cuidado, essa oragao pode tornar-se rotineira, repetitiva, sem graga, 2. Oracio da fé. E a oracdo pela qual se busca a obten¢ao imediata ou mediata de uma béncao para si ou para outrem, Normalmente, quando se fala em “oragao da fé”, tem-se em mente a necessidade de um milagre de cura, lihertagio, vitéria sobre pro- blemas que desafiam a fé. Tiago ori- enta que, se alguém estiver doente, 08 presbiteros da igreja devem ser chamads, a fim de orarem pelo en- fermo, ungindo-o, em nome do Se- nhor, “e a oragdo dafé salvard 0 do- ente..." (vv.14,15a). IL, CARACTERISTICAS DA ORAGAO PERSEVERANTE Perseverar quer dizer “conservar- se firme e constante; persistir, pros- seguir, continuar’(Dictondrio Auré- lio). A oracdo perseverante tem es- ses significados, 1. E feita com ffé (vv.5,6a). ago, exorta que, se alguém tem falta de sabedoria, deve pedi-la a t2 Deus; pedindo, “porém, com fé, nao duvidando”. Quem duvida é compa- _{ tado pelo apéstolo como a “onda do mar, que ¢ levada pelo yento e lancada de uma para outra parte” (v.6b). A diivida € a inimiga nime- roum da fé, A fé é a confianga ina- balavel em Deus, sendo “o firme fun- damento das coisas que se esperam © a prova das coisas que se nao véem” (Hb 11.1). $6 persevera na oragdo quem tem £8, Quem nao ora com fé é candidato a nfo receber nada da parte de Deus (v.7). 2. E paciente. A impaciéncia € maior inimigo da oracio perseve- rante. Nos dias apressados em que vivemos, s40 poucos os que se dedi- cam oragao perseverante. Hoje, em geral, as coisas tém a marca da pr sa. A comida, por exemplo, € food” (alimentacao répida, em in- glés). A maioria dos crentes gosta mais da oracdo répida, “instantanea”, A oragito perseverante desafia a pa- ia do orante. Exige tempo, cui- dado, interesse em estar na presenga de Deus. A Biblia diz: “Nao te apres- ses em sair da presenga dele...” (Ee 8.3a). Jesus ensinou a parbola do juiz infquo (Le 18.1-8), na qual res- salta o valor da persisténcia na ora- gao (v.7). Em Mt 7.7, lemos “Pedi, ¢ dar-se-vos-d; buscai e encontrareis; batei ¢ abrir-se-vos-a”, 3. Leva em conta a vontade de Deus. Na oracdo perseverante, 0 crente espera, confiando na vontade de Deus para 0 que Lhe pede. Na oragao-modelo, Jesus ensinou: “Ve- nha o teu Reino. Seja feita a tua von- tade, tanto na terra como no céu” (Mt 6.10). Fle orou, no Gétsémane, trés weres, submisso ¥ ventade do Pai “no seja como eu quero, mz come tu queres” (Mt 26,39); “Meu pai, se este cAlice ndo pode passar de mim sem eu o beber, faga-seatua vontade” (Mr 26.42); na terceira vez, disse “as mesmas palavras” (Mt 26.44), O chamado Movimento da F6 ensina que nunca se deve dizer “se for da tua vontade...”, [sso é fal- sa doutrina, Submeter-se a yontade de Deus é sinal de humildade ante a soberania do Senhor, Hé quem pre- ue que S6 se deve orar uma vez por um problema, dizendo que repetir a » é falta de fé, Nao entendemos assim. pois a Biblia manda orar sem cessar (| Ts 5.17); perseverar na ora- ¢40 (C1 4.2), Homens ¢ mulheres de acao passam, em média, pelo me- nos, uuma hora de oragdio por dia TH. ORACAO PERS! ‘RANTE iz OU CONFISSAO POSITIVA? f 1. A confisstio pos do Hank Hanegraat no livro Cri anismo em Crise, (CPAD), contis- so positiva é um dos elementos bé- sicos do Movimento da Fé. Um dos seus arauios modernos diz que rece~ beu diretamente de Jesus a “Férmu- la da Fé", que se constitui de quatro pontos: 1) Diga a coisa; 2) Faga a coisa; 3) Receba a coisa e 4) Conte acoisa. A confissao positiva é 0 pri- meiro ponto. a) Tudo depende do individuo. Segundo essa doutrina, “positiva ou negativamente, tudo depende do in- dividuo, De acordo com o que o in- dividuo disser € qué ele recebers”. Nole-se, ati, que tudo depende do in- dividuo. A vontade de Deus fica dei- xada de lado. Para os que seguem essa doutrina, nao se deve orar. di- vendo “seja teita a tua vontade...”. Basta “decretar” que algo acontega @ deve acontecer! Tais ensinos tém levado muitos ao desespero. Certos crentes tém dito a enfermos que “de- cretem’” sua cura @, depois, os doen- tes morrem; outros, “determinam” que devem ficar ricos, ¢ isso nao acontece, Cremos que Deus 6 Deus de bengios, mas Sua vantade 6 so- berana, e Ele nfo pode ficar depen- dente da palavta positiva ou negati- va de ninguém, b) Nao sabemos orur. A confis- 10 positiva cai por terra, diante da afirmagao da Bibliaem Rm 8.26, que diz’ “porque nao sabemos 0 que havemos de pedir como conyem, mas 0 mesmo Espirito intercede por nds com gemidos inexprimiveis” Ora, se nao Sabemios sequer pedir como conyém, quanto mais “decre- tar” alguma coisa de que precisamos. ©) Confissdo negativa. O fato de io aceitarmos a confissao positiva, na maneira em que ela é formulada, n&o deve nos levar ao caminho da conlissio negativa, pessimista, em que o crente, lamuriando, diz Nai posso, estou fraco, nao sou nin- guém'’, A Biblia nos ensina: “Posso todas as coisas naquele que me for- twlece” (Fp 4.13), Note-se que tudo podemos “naquele” que nos fortale- ce e nao em nossas declaracces 2, A oragiio perseverante. Na ofagao perseverante, o crente colo- ca-se na dependéncia da vontade de Deus, com paciéncia. a) Nao é obstinagdo. De acolo com a Biblia, nenhum homem deve achar-se no direito de receber a res- posta de Deus tosseus pedidos ou “de~ eretos”. Moisés, o grande lider do éxodo, rogou a Deus que o deixasse enirar na terra prometida, mas Se- nhor lhe disse: “Basta: nao me fales mais neste negécio” (Dt 3.26), E ele dio insistiu mais, Paulo orou a Deus trés vezes sobre o “espinho na carne” © Senhor the respondeu: “A minha graga te basta porque o meu poder se aperfeigoa na fraqueza” (2 Co 12.8,9). b) Nada tem a ver com pensa- mento positive, A otacilo perseveran- te fundamenta-se na fé em Deus ¢ na Sua vontade soberana. Joo, em sua primeira epfstola, diz: “E esta ¢ aconfianga que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua yoniade, ele nos ouve” (I Jo 5,14), O apdstolo do amor doutrina sobre a eficécia da oragao, enfa- tizando que Deus nos ouve “em tudo ‘que pedimos”,, de modo que alcan- camosas petigdes “que the fizemos” (1 Jo 5.14.15). Se isolarmos o tilt mo versiculo, cairemos na confissio positiva. Mas, ligando-o com o an- terior, yeremos que a expresstio-cha- vye é “segundo a sua vontade”. O pen- samento positivo coloca a fé na fé; a f6 nas palayras. Estas passam a ter um valor absoluto, independente da yontade de Deus. Oragao perseve- 14 rante baseia-se na f6, na paciéncia e na vontade de Deus. E oragao continua. Um exem- plo claro, na Biblia, de oragdio per severante, € a que a igreja fez por Pedro, quando ele fora preso por Herodes (At 12.5). Os irmaos ora- ram de modo continuo, dia apds dia. Ao ser liberto pelo anjo de Deus, Pedro dirigiu-se a casa de Maria, ain- da de madragada, onde “muitos es- tavam reunidos ¢ oravam” (At 12.12). Se fossem adeptos desses ensinos modernistas, 86 teriam ora- do uma vez e ido dormir, CONCLUSAO A perseveranga na ora sencial para que o crente receba as béngdos da parte de Deus. O salmista disse: “Esperei com paciénicia no Senhor, ¢ ele se inclinou para mim”. Tendo sido grandemente abengoado, ele passou a louvar a Deus. Assim, devernos confiar no Senhor, no Sen poder, no Seu amor, e, também, na Sua soberania, QUESTIONARIO 1, De acordo com a liao, quais os dois tipos de oragio? 2. Quais as caracteristicas da oragao da 3. Que quer dizer confissto positiva? 4, O que é confissao negativa? 5, Como se coloca o crente na oragiio. perseverante? Li¢Go 4 24 de janeira. de 1999 A PRATICA DA PALAVRA DE DEUS TEXTO AUREO LEITURA BIBLICA EM CLASSE “Bede cumpridores dapa- lavra ¢ nao somente ouvintes. enganando-voscom falsos cursos” (Tg 1.22). VERDADE PRATICA Conhecer a Palavra de Deus sem praticd-ta 6 puro intelectualismo; pregd-lasem vivé-la é puro farisaismo: praticé-la étorné-ta viva ante © mundo, LEITURA DIARIA Segunda « Dt 11.18 A Palavra no coragao Terea- S112.6 As palavras do Senhor sdo puras Quarta - Py 25.11 A palavra a seu tempo Quinta - Mi 5.37 Sim, sim; nao, nao Sexta- Le 6.47.48 Quem ouve ¢ observa Sdibado « Hb 4.12 A Palavra é viva e eficaz TIAGO 1,19-27 19 - Sabeis isto, meus amados irméos; mas todo 0 homem seja pronto para ouvir, tardio para fa- lar, tardio para se irar. 20 - Porque a ira do homem niio opera a justica de Deus. 21 - Pelo que, rejeitando toda imundfcia ¢ actimulo de malicia, recebei com mansidao a palavra em vés enxertada, a qual pode sal- yar a yossa alma, 22.- E sede cumpridores da pa- layra e nao somente onvintes, en- ganando-vos com falsos discursos, 23 - Porque, se alguém 6 ou- vinte da palavra e nav cumpridor, é semelhante ao varéio que eon- templa uo espelho o seu rosto na- 24 - porque se contempla a si mesmo, € foi-se, ¢ logo se esque- ceu de como era, 25 - Aquele, porém, que aienta bem para a lel perfeita da liber dade e nisso persevera, nao sendo ouvinte esquecido. mas fazedor dit obra, este tal seré hem-aventura- do no seu feito. 26 - Se alguém entre vés cuida ser religioso e nao refreia a sua jingua, antes, engana o seu cora- cdo, a religiio desse 6 va. 2 -Ax pura ¢ im: lada para com Deus, 0 Pai, é esta: visitar os 6rfiios ¢ as vitivas nas suas tribulugdes ¢ guardar-se da corrupefio do mundo, COMENTARIO. INTRODUCAO Vivemas num tempo em que, para muitos, h4 uita grande distan- cia entre o dizer e o fazer, pregar e praticar, falar ¢ dar o exemplo Matiatma Ghandi, diante de um It der cristo, disse: “Eu admiro 0 vos- so Cristo, ¢ nao 0 vosso cristianis- mo", Que Deus nos ajude a viver na pritica a Palavra de Deus, para néio cairmos no deserédito daqueles que nos rodeiam. I. NO RELACIONAMENTO COM OS OUTROS 1. Pronto para ouvir (v.19b). A Biblia dé mais valor a quem sabe ouvir do que a quem sabe fular. Quando falamos, sempre nos artis- camos a errar, E isso é natural, Mas, quando ouvimos, sempre podemos aprender com nossos interlocutores, tanto o que é certo quanto o que é errado. A Biblia manda o filho on- vir a instrugao de seu pai (Py 1.8); ouvir as palayras dos sabios (Py 22,17; diz que é melhor “ouvir a repreensio do sabio do que a can- (0 do tolo” Ec 7.5), 2. Yardio para falar (y.19¢). Tiago recomenda que todo homem deve ser “tardio para falar”. Aqui, hd liuila sabedoria, por (ras desse pe- dacinho de frase. O velho adagio 16 popular diz: “Quem muito fala, mui- to ema”. La Biblia assevera solene- mente: *,..6 homem de entendimen- to cula-se” (Py 11.12). E mais: “Até 0 1010, quando se cal, sera reputado por sAbio; © 6 que cerrar os seus Ié bios. por sabio” (Py 17.28) 3. Tardio para irar-se (y Por causa da ira, amizades sfio per- didas; muitos ficam doentes, depri- midos; acidentes oorrem; crimes siio perpetrados, ¢ {antos outros ma- les. A Biblia tem razao, quando diz que todo 6 homem seja “tardio para se irar”, Bla, no seu realismo sabio, ensina: “Irai-yos e nao pequeis; nao se ponha o sol sobre a yossa ira” (Ef 4,26), Jesus, no templo, virou mesas, expulsou os cambistas e nfo pecou. Moisés, ao ver a idolatria com o be- zerro de ouro, quebrow as t4bnas da lei, puniu os idélatras e ado pecou. 19¢). Tl. NO RELACIONAMENTO COM DEUS 1. Pronto para ouvir a Palayra de Deus. Muitos <6 querem ser ou- vidos em suas prédicas. Mas ¢ im- portante saber ouvir a Palavra. “Quem é de Dens ouve as palavras de Deus” (Jo 8.47). Ouvir, aqui, nio € um mero escutar; € dar ouvidos, prestar atengao, com o objetivo de obedecer e praticar. Quem assim faz comparado por Jesusa um “homem prudente” (Mt 7.24), enquanto o que ouve endo pratiea é comparado a um ‘homem insensato” (Mt 7.26b). Em Py. 8.33. lemos: “Ouvi o ensino, sede sibios (eo f espelho e, 40 sair, no mais se Iem- (v.21). Agu, jmundicia-¢-sindnime—bra dos detalhes-de-set-rosto-natural | / zy rua toda imundicia de pecad, iniqiiidade, pensamentos malus, mentirds, adultérios, enganos, ete, Paulo engina que devemios nos despojar do “velho homem” (Ef (22), deixandlo a mentira (EP'4.25), que ale tirar de nos “toda Amargura, ¢ ifa, © colera, € gritaria, e\blasfémins)¢ toda a malicia” (Ef —hiber 4.31), Hoje/ talvez 0 esgote princi- pal\pelo qual.aimtindicia entra nos lares\a TY, com suas novelas-imun: das, filmes pornograficos, e’ Internet, através da’qual muitos es: tio degradando suas mentes ¢ a de seus filhos. & shethor cumprir 0 qu diz 0 SI 101,4 / 3. Reeghendo a Palavra a ‘ard mansidiig (v.21). Tiago fal crentes, Exortava-os a recebef a p lavra cém mansidao %21),Por qué? Certamente, havia alguém que nao recebia a ménsagem com ale- gria. Hoje; acontece a mesma coi- sa. Quando o astof Bxorta, com (W.23,24), No tempodo apdstolo, os espelhos nao tinham a nitidez e brilho de hoje; eram feitos de metal. Quem ouve a Palavra e nfio. a cum- pre e nao fixa séu sentido em sua mente est perdendo tempo, = 2. Ater tande-bem para a lei da ide (v.25). Fomos chamados 4 liberdade crista. Isto é: liberdade da seryidaio do pecado, para seguir- mos a Cristo ¢ servi-Lo de todo co- ragao. Diante disso, Paulo nos exor- ta, dizendo que nao deyemos usar da Tiberdade para dar ocasifio A carne (G1 5.13). E desta forma que deye- mos cumpiir a Palavra de Deus-cOni_ liberdade para fazerimos o que agra- daa @ nao aos homens ou a mesmos 3, Sendo fazedor da obra (v.25). ‘Tiago fala do cumpridor da Palavra como um “fazedor da obra” de Dens, sendo, assim, “bem-ayenturado no seu feito”, E muito importante que base na B¢blia, combgtendo| os pe-~—Reetiauemos « Palavra:———— a) NOtar. O verdadeiro crente € cados, as atitudas ilfgitas, Ha quem fique irado, ¢ até\prdcuré mudar de igreja. E 0 espirito-dé-camnalidade dominando= Til, CUMPRIDORES DA PALAVRA x \J. Nao somente ouvintes (v.22). Quem ouve a palavra de Deuse nao a cumpre>eamo ja vimos,é compa= rado por sus a “um homem insen- sato” (Mt 226). Tiago compara tal pessoa a um homem que se olha no aguele que da testemunho da fideli- dade a Deus em casa, no trato com a esposa, com os filhos, com os viz nhos, E um teste dificil, mas genui- no, eficaz €inicontestavel. — >) Na igreja. Aqui, n&o € tio di- ficil cumprir a Palavra em termos exteriores. 86 Deus conhece os co- ragdes. Mas, no templo, as pessoa: em geral, tém “carade santo” in- dispensdvel que guardemos o nosso pé quando entrarmos na casa de Deus (Be 5.1a). 17 ¢) Em todos os lugares. Seja na escola, quattel, consult6rio, escrits- rio, coméreio, rua, énibus, carro pa ticular, ou em outra qualquer parte. TV. A RELIGIAO PURA E. IMACULADA De acardo com 0 Diciondrio Te oldgico (CPAD), a palavra religiao vem do latim refigionis, que. por sua voz, deriva do verbo religare, que tem o sentido de “ligar outra vez”. Por tras desse conceito latino hia idéia de que o homem separou- 8¢ ou estd separado de Deus e. atra- yés da verdadeira religido, o homem pode reatar sua ligacao com Ele. Com base na Biblia, porsm, quem liga ou religa 0 homem com Deus ndo 6 religifio, mas Jesus Cristo, 0 tinico “mediador entre Deus © os homens"(1 Tm 2.5). Tiago emite trés caracteristicas da “religidio pura e imaculada para com Neus. ¢ pai”, que sito: 1. Saber refrear a lingua (v.26). Para algném ser um verdadeiro re- ligioso precisa saber dominar a lin. gua, Do contrério, “a religidio desse é va". Eo tipo de religiosidade sem valor, sem vida, sem poder, sem salvagio, viste que a pessoa & co nhecida pelo que expressa com a lingua, pois Jesus disse que “da abundancia do coragao fala a boca” (Le 6.45), Daf, a importancia do ftu- to do Fspirito, que abrange a tem- peranga (cf, G1 5,22), 2. Visitar 6rfiios A yerdadeira religi vilivas (v.27). a0 atende ao fe 18 “homem integral” (corpo, alma e espitito), valorizando “o amor ge- nuino pelos necessitados” (Biblia de Estido Pentecostal). Orfaos e yitivas, no texto, representam, tam- bém, todos os necessitados, os fa- mintos, os carentes fisicos ¢ emo- cionais. So os que nao tém 0 mi- nimo para comer; os meninos de Tua, as criangas abusadas sexual- mente; 0s parias, os injusticados de todos 0s tipos. A igreja que quer praticar a “religido pura e ima- culada” precisa cuidar do corpo, também, tanto quanto da alma e do espitito. Jesus pregou a maior men- sagem, mas multiplicou o pio duas vezes. alimentando os famintos. Os discipulos, queriam que a multidao “se virasse”, mas 0 Mestre Thes or- denou: *...dai-lhes vs de comer” (Mt 14.166). 3. Guardar-se da corrupeao do mundo (v.27). Tiago usou uma dialética perfeita. Emitiu uma tese: © que € sor religioso; seguin-a de uma antftese: quem nao sabe refte- ara sua lingua esta enganado e, por fim, chegou a sintese: 0 verdadeire Teligioso interessa-se pelo softimen- to alheio (religiao pratica) ae mes- mo tempo em que cuida do espiri- to, zclando pela santidade, “guar- dando-se da cortupgao do mundo”. Nilo adianta ser caridoso, filantro- Po, equilibrado no falare nao ser um czente santo. O caminho do inferno esta cheio desse tipo de gente, Para © céu s6 yao os que zelam pela san- tificagdo (ef. Hb 12.14) CONCLUSAO Praticar a Palavra € algo dificil porém, sublime, A Biblia € 0 cddigo de Deus para o homem. Nela, de um Jado, encontramos o amor e a bon- dade divinos. De outro, os preceitos, ‘0s estatutos e as normas, através das guais os interesses humanos, egois- tas ¢ camais so contrariados e con- denados. Mas, com ajuda do Espt- rito Santo, podemos viver a Palavra em nossa vida didtia, QUESTIONARIO 1, Como deve ser o nosso relaciona- mento com os outros? 2. Como deve ser 0 nosso relaciona- mento com Deus? 3, Quais os trés lugures onde deve- mos praticar a Palavra? 4, Quais siio as trés curucteristicas da “teligiao pura”? 5. Qual a sintese que Tiago apresen- tou? 19 ligao 5 RUM leicoke cM erry DEUS CONDENA A ACEPGAO DE PESSOAS TEXTO AUREO LEITURA BIBLICA EM CLASSE “Mas, se fazeis acepoao de pessoas, cometeispecadoesois redargiiides pela lei como transgressores” (Tg 2.9) VERDADE PRATICA Na Igreja do Senhor, nao deve haver acepgdo de pesso- as, pois todos custaram 0 mes- mo prego do sangue de Jesus e todos somos um nEle. LETURA DIARIA Segunda - Dt 10.17 Deus ndo faz acepeiio de pessoas Terca - Cl 3.25 Nao deve haver acepcio de pessoas Quarta - Ty 2.9 Acepedo de pessoas é pecacto Quinta - 1 Pe 1.17 Deus julga sem acepgito de pessoas Sexta - G1 3.28 Em Cristo, todos somos um Sébado - Fp 2.3 Devemos considerar os outros supe- riores ands mesmos 20 TIAGO 2,1-5, 8,9. 1 - Meus irmaos, nao tenhais a fé de nosso Senhor Jesus Senhor da gléria, em acepcao de pessoas. 2- Porque, se no yosso ajun- tamento entrar algum homem com anel de ouro tio dedo, com vestes preciosas, e entrar também algum pobre com sérdida vestimenta, 3 - © atentardes para o que traz a yeste preciosa ¢ Ihe disser- des: Assenta-te tu aqui, num lu- gar de honra, e disserdes a0 po- bre: Tu, fica af em pé om assenta- te abaixo do meu estrado, 4- porventura nao fizestes dis- tingdo dentro de vés mesmos e nao vos fizestes juizes de maus pensa- mentos? 5- Ouvi, meus amados irmaos. Porventura, no escolhen Deus aos pobres deste mundo para serem ticos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que 0 amam? 8 - Todavia, se cumprirdes, conforme a Eseritura, a lei real: Amarés a teu proximo como a ti mesmo, bem fazeis, 9 - Mas, se fazeis acepeiio de pessoas, cometeis pecado ¢ sois re- dargiiidos pela lei como transgres- sores. COMENTARIO INTRODUGAO Em nossa cultura, € comum en- contrarmos exemplos de acepcao de pessoas em todas as areas da socie- dade. Que 0 Senhor nos ajude, de modo que, nas igrejas nao haja dis- lingdo de pessoas pela condicao eco- némica, social, de raga ou de sexo. Que aceitemos a todos como filhos de Deus, amados ¢ salvos em Cristo Jesus. IA CONDENACAO NA BIBLIA 1. O que é acepgio de pessoas. Segundo a Pequena Enciclopédia Biblica, acepgiio de pessoas é a pre- feréncia de pessoa ou pessoas, em atencao 2 classe, qualidade, tftulos on privilégios”, Este é 0 significado do termo, utilizado por Tiago. 2. No Antigo Testamento a) Poucas referencias. Nao hi muitas referencias sobre o tema no Antigo Testamento. Entretanto, os poucos textos que aludem ao assun- to, nos indicam que Deus determi- nava ao Seu povo que seguisse o Seu exemplo, no fazendo acepcio de pessoas. b) Deus nao faz acepedo de pes- soas. Quando Moisés, o grande If- der de Israel, se despediu do povo, dentre as instrugdes transmitidas, consta a exortagiio & abediéncia, na qual o Senor orientava 0 povo a temé-Lo, amando e servindo-O (Dt 10.12), Concluindo, disse: “Pois 0 Senhor vosso Deus, € 0 Deus dos deuses ¢ 0 Senhor dos Senhores, 0 Deus grande, poderosoe terrivel, que néo faz, acepeao de pessoas,|gtifo nosso] nem aceita recompensas” (Dt 10,17), c) Deus nao quer a acepeao de pessoas. Com todas essas qualidades divinas, Deus diz a0 povo que nao faz acepgao de pessoas, indicando que assim deveriam proceder. Outros textos podem ser lidos como J6 32,21 ¢ 34.19. 3. No Novo Testamento. Nesta parte da Biblia h mais referencias sobre a condenagao a acepeao de pessoas. 4a) Com relagao a ragas ou naci- conalidades, Deus nao faz. acepeao de pessoas, ndo levando em conta araca ou elnia, nagio, povo, ou lingua. Pedro, ao chegar & casa de Comélio, iniciou a pregagao, dizendo: “Reco- nhego, por verdade, que Deus nao faz acepgdo de pessoas; mas que the € agradayel aquele que, em qualquer nagdo, 0 teme € faz 0 que € justo” (At 10.34.35), Israel rejeitou a sal- vacao de Deus. 0 Verbo Divino foi enviado (Jo 1.1,9,10), de modo que a todos quantos o receberam, deu- Ihes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que créem no seu nome” (Jo 1.12). Nao tem o minimo sentido dizer que os negros, os afri- canos, foram pessoas escolhidas para serem rejeitadas por Deus, como queriam (€ querem) alguns adeptos do apartheid, ou da discriminagao 21 racial e de cor, Jodo viu “uma multi- dao, 2 qual ninguém podia contr, de todas as nagéies, ¢ tribos ¢ povos, e Tinguas, que estavam diante do tro- hoe pertinte 0 Cordeiro...” (Ap 7.9). b) Com relacao & obediéncia Deus “recompensard cada um se- gundo as suas obras”, dando “vida eterna aos que, com perseveranca em fazer bem, procutam gldria, & honra © incorrupgao” (Rm 2.6,7); dando, porém, “indignacao e ira aos gue 80 contenciosos ¢ desobedien- tes A verdade e obedientes a iniqui- dade” (Rim 2!8);/e, ainda, dando “gloria, porém, e honra é paz d qual quer que faz o bem; primeiramente ao judeu e também ao grego” (Rm 2.10); “porque, para com Deus, nfio hii acepeao de pessoas” (Rm 2.11). A escolha dos judeus foi apenas pri- oridade © nfio acepeao de pessoas, como Iemos em Rm 2.10: “primei- ramente ao jideu...”. Na’ verdade, “Deus amou o mundo...” (Jo 3.16a), € ndo somente 4 Israel. O que inte ressa para Deus ¢ a aceitagdo de Sua Palavra, com obediéneia, em qual- quer lugar do'mundo. ¢) Com relagao a eondigio so- dial, OsVv.2,3 alertam para 4 dis- criminagao entre pabres e ricés na igreja, tomando 0 exemplo de al- guém que, cheganulo 2 congrezacio, com anel no dedo, vestidos precio- sos, € chamado “para cima”, en= quanto 6 pobre € mandado ficar “1a embaixo” Patil, exortando wos se- nhores e patroes dé Efeso, quanto 40 tratamento que deveriam dar aos 22 servos, Ihes ordenou, com a autori- dade do Espfrito Santo: “E vos, se- nhores, fazei o mesmo para com cles, deixando as ameagas, saben- do que 0 Senhor deles e vosso esté no ¢éu e que para com ele nfo hé acepeao de pessoas” (Ef 6.9). Se- nhores @ servos ou escravos dividi- am a sociedade. Mas 0 evangelho Jevou amensagem do respeito a dig- nidade humuna, como nenhtma ou- tra Tilosofia 0 fez. Paulo, em sua carta a Filemom, (Fm v.16), roga que o patrao, crente, receba o escra- vo fugitivo, mas convertido, n&o como escravo, mas como irmao.em Cristo (vv.15,16). $6 um cristo poderia conceber esse comporta- mento. Hoje, é importante que os patrOes crentes tenham sens empre- gailos (domésticos, funcionéios, etc.) em respeito e honra, para tes- temunho do amor de Deus em seus coragdes, d) Com relacdo a distingde por sexo, Ensinando sobre as mulheres n0 culto, Paulo diz que “...neni 0 yard sem 4 mulher, nem a mulher, sem 0 vari, no Senhor. Porque, comio a mulher provém do vardo, assim tambéin © variio provém da mulher, mas tudo vem dé Deus” (1 Co 11.1112), Bm G1 3.27.28; diz 0 apéstolo que entre os que foram re- vestidios de Cristo, “nao ha macho: nem fémea; porque todos vés sois um em Cristo Testis”. No Antigo Testamento, havia discriminagao de Sexo, NGO por orientagdo de Deus, mas pela influéneia da cultura ot ental, Entre os judeus, a muther era considerada inferior na vide religio- sa, Josefoshistoriador judeu, diz que naquele tempo entre 0s judeus, “ ‘uma centena de mulheres nfo vale mais do que dois homens”. Um rabino dis- se: “Eu te agradego porque nao nas- ci escravo, nem gentio, nem mu- ther”. Machismo puro. Quao diferen- te énoCristianismo. Jesus yalorizou © trabalho feminino (ler Mt 27.55; Me 15.41; Le 8.2-3). Nas epistolas paulinas, temos mulheres em desta- que (yer 2 Tin 1.5; Rm 16.1-17), ¢) Com relacdo a salvacdo, Ma igrejas que pregam que Deus pre- destinou pessoas para serem salyas ¢ outras, para serem irremediavel- mente perdidas. O tedlogo Joao Calvino ensinava que “é 0 decreto de Deus... para alguns é preor- denada a vida eterna, © para outros, a condenagio eterna”. Isso vai de encontro ao carater de Deus, reve- lado na Biblia, que diz, como vi- mos acima, que “Deus nao faz acepgao de pessoas” (cf. Dt 10.17; T6 34.19; At 10.34; Rm 2.11; Ef 6.9, 25; 1 Pe 1.17). Nao faz senti- do nascerem dois bebés, na mater- nidade, e um ter uma “etiqueta” de salvo e, outro, a “etiqueta” de per- dido. Cremos, sim, que Deus, em casos especiais, dentro de Sua so- berania, escolhe pessoas com cet- los propésitos, como Joao Batista ¢ Jeremias. Dens nos predestinon coletivamente como Igreja, © ado individvalmente, por acepcao de pessoas (of. Ef 1.11-13), IL RAZOES PARA NAO SE FAZER ACEPCAO DE PESSOAS 1. Toda‘a humanidade foi cri- ada por Deus. Deus criouw 0 ser humano, homem ¢ mulher. % Sua imagem e semelhanga (Gn 1.27). Ambos receberam a imagem divi- na, independente'do sexo. Ambos perderam u gloria de Deus coma queda, ¢ nfo pela condicao de ser homem ou mulher. Deus fez a Ter- tae criow nela o homem (Is 45. 12). Ele nfo faz acepeao de pes- soas. Nés também nao o devemos fazer 2. Toda humanidade tem a ori- gem comum em Adio e Eva. Pau- To, em Atenas, discursando no Areopago. disse que Deus “...de um 86 fez toda a geragao dos ho- mens, para habitar sobre toda a face da tetra...” (At 17.26a), Por influéneia de condigdes genéticas, olimaticas e de outra ordem, foram- se reunindo as ragas. © sendo es- palhadas pela Terra, mas todos yém da mesma origem. 3. Em Cristo, todos somos um, O brasileiro, resultante da miscige- nagio do indio, do europeu e do ne gro; os asidticos, de cor amarela; os japoneses, de olhos amendoa- dos; 05 chineses de olhos aperta dos; os europeus, louros ¢ de olhos azuis; os africanos de cor negra e dentes hem brancos, enfim, todes de qualquer raga, aparéneia ou cul- tura, quando salvos, sao um em Cristo Jesus (G1 3.28). CONCLUSAO A acepeo de pessoas por condi- 40 social, econdmica, familiar ou de outra ordem € comportamento in- compativel com o caréter inclusivo do evangelho, Jesus veio trazer sal- vaciio, amor e paz para todos os que eréem, em qualquer nagao, raca ou povo do mundo. Que Deus nos aben- oe, no permitindo a discriminagao de pessoas em nosso meio. Para combater a acepgiio de pessoas, pre- cisamos fazer tts coisas: amar a to- dos igualmente (inclusive os nio- crentes); tratar a todos com eqiiida- Wee eet te, C18 iret vex, 1h, 24 de mostrar que os preconceitos siio contrérios a Deu: QUESTIONARIO. 1. Que referéncia no Antigo Testa- mento diz que Deus nao faz acepcao de pessoas? 2. Qual é a visdo de Joao.em Ap 7.9? 3. Por que havia discriminagto de sexo no Antigo Testamento? 4, Qual €a origem comum da huma- nidade? 5. Em quem todaahumanidade, atra- vés da salvagao, é uma s6 pessoa? do Utundo. A FE SEM OBRAS E MORTA TEXTO AUREO. “Porque, assim como 0 cor- po sem 0 espirito est morto, assim tambéma [é sem obrasé morta” (Tg 2.26). VERDADE PRATICA Devemos praticar boas obras, nao para sermos salvos, mas porque somos salvos. LEITURA DIARIA Segunda - Ef 2.8 A salvacdo é dom de Deus Terga- Bf 2.9 A salvacdo niio vem das obras Quarta - Ef 2.10 Criados para as boas obras Quinta - Mt 16.27 A cada wm segundo as suas obras Sexta - Rm 13. 12 Rejeitando as obras das irevas Sabado - 1 Co 3.13 A obra de cada um se manifestard LEITURA BIBLICA EM CLASSE TIAGO 2.14, 17,18, 20, 24, 26 14 = Meus irmios, que apro- veita se alguém disser que tem fée nd tiver as obras? Porventura, a f€ pode salvé-lo? 17 - Assim também a f6, se nio tiver as obras, é morta em si mes- ma. 18 - Mas dir alguém: Tu tensa £6, e eas obras; mostra-me a tna fé sem as tuas obras, e eu te mostrar a minha (6 pelas minhas obras. 20 - Mas, 6 homem vio, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? 24 ~ Veues, ento, que 0 ho- mem justificado pelas obras e nao somente pela £6. 26 - Porque, assim como 0 cor- po sem o espirito est morto, assim também a fé sem obras é morta. COMENTARIO. INTRODUCAO Hé quem veja, nas Escrituras, um provavel conflilo entre os escritos de Paulo € os de Tiago, com relagao a justificagao — se. somente pela fé ou também pelas obras. Como yeremos no estudo desta ligiio, a Biblia nao tem discrepancias, As possiveis divergén- cias so aparentes, e se desfazem sob 0 estudo cuidadoso dos textos. I, CONCEITOS DE FEE OBRAS 1. A fé. A palavra fé ocorre 244 vezes no Noyo Testamento, Pode ser 25 vista con diversvs significudos: £6 comum aos que eréem (Me 16.17 18); f€ come fruto do Fspirito (GI 5.22); 1 come dom, outorgada pelo Espirito Santo (1 Ca 12,9a); 6 como meio para a salyagio (oll (& sal- viica), conforme Rm 5.1, que é 0 sentido pelo qual 0 termo & estuda- do na epfstola de Tiago. 2. As obras. No sentido comum, obras so realizagdes, execucdes, ages, procedimentos, atuacées, hu- manas. No sentido bfblico, temos acepgbes como “as obras de Deus”, que indicam aquilo que foi ¢ conti- nua sendo feito por Deus (ler Jo 1.3; 5.17; C1116; Hb 1.2); “obras dacar~ ne", (GI 5:19-21);.¢ “obras da lei” (Rm 3.20), as quais, no sentido da ligtio em estudo, tratam-se de obras humanas como meio de salvacao, como priticas religiosas. oracdes, peniténcia, sacrificios, flagelacoes, privagées, enclausuramento. filan- tropia, doagoes, ete. TI. O RELACIONAMENTO ENTRE A FEE AS OBRAS 1, No Antigo Testamento. Na yelha alisinga, as obras exteriores ti- nham um valor fundamental. @) O wropego na lei. Tiago diz que “qualquer que gtiardar toda a lei ¢ tropegar em um $6 ponto, tornou-se culpada de todos” (Lg 2.10), b) Os sacrificios. O livro de Levitico di-nos uma idéia de como Teova queria que seu poyo se relaci- anasse com Ele, Deus exigia sunti- dade do Seu pove (Lv 20.26). Por isso, dele cram exigidos sactiticios 08 mais diversos, os quais eram obras que apontavam para Cristo, como *sombrados bens futuros® (Hb 10.1). 2. No Novo Testamento. Para entendermos melhor o assunto, pre- cisamos lembrar que & justificagao niio 6 elemento isolado da salvagao. Bla se integra com a regeneraedo, a santificagaio e, no futuro, a glorifi- cagtia 2.1 A abordagem de Paulo. «JA justificagao de Abraao. Pau- Jo nao aceita o valor das obras da lei para a justificagao do homem. Em Rm 4.1-5, ele diz. que mesmo Abraao {justificudo pela #8, sendo-the isso imputado como justiea (ler G13.7,8). 4) O desvalor das obras da lei. O apéstolo, considerando que todos esttio dehaixo do pecado (Rm 3.9), ressalta que “niio ha quem faca 0 bem, nao hé nenhum s6” (Rm 3 12b). “Por isso, nenhuma came sera justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem 0 conheci- mento do pecado” (Rm 3.20). ©) A maldigao da lei. Paulo afic~ ma claramente que, quanto a salva- fio pela £é em Cristo, “aqueles, pois, que so das obras da lei esto debai- xo da maldicao” (Gl 3.10a), visto que a lei considera maldito todos os que nao permanecem “em todas as coisas que estiio eseritas no livro da lei, para fazé-las”, “Porque a letra (as exigéncias da fe) mata, ¢ o Espfrito vivifica"(2 Co 3.6). @)A lei serviu de alo, O apostolo diz que a lei seryiu para “nos con-

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