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EROS GRAU

A interpretação do Direito em Eros Grau.


Neste sentido, pode-se concluir que a frase aristotélica “devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os
desiguais, na medida de sua desigualdade” deve ser compreendida num contexto democrático em que se veda
qualquer diferenciação de qualidade, mas permite um tratamento diferenciado em caso de desigualdade fática.
REFERÊNCIAS: ARISTOTELES. Ética a Nicômacos; tradução de Mário Gomes Kury. 4ª Ed. Brasilia: Editora Universidade
de Brasília, 2001.

Repito: todos são iguais perante a lei, mas a igualdade consiste em dar tratamento igual aos iguais e desigual
aos desiguais. Em voto proferido no julgamento do Mandado de Segurança (MS) 26.690, quando exerci a
magistratura no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmei que “sabemos, desde Platão e Aristóteles, que a
igualdade consiste exatamente em tratar de modo desigual os desiguais”.

28. A concreção do princípio da igualdade reclama a prévia determinação de quais sejam


os iguais e quais os desiguais, até

porque -- e isso é repetido quase que automaticamente, desde PLATÃO e


ARISTÓTELES (58) -- a igualdade consiste em dar tratamento igual aos iguais e desigual
aos desiguais.

Vale dizer: o direito deve distinguir pessoas e situações distintas entre si, a fim de conferir
tratamentos normativos diversos a pessoas e a situações que não sejam iguais. 

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