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A CHAVE ARAMAICA

DE APOCALIPSE

Fernando Lucius
A CHAVE ARAMAICA DE APOCALIPSE

Autor: Fernando Lucius

2015

A CHAVE ARAMAICA DE APOCALIPSE

Religião_Cristianismo_Textos sagrados

286 p.
Aos Familiares
GLOSSÁRIO

INTRODUÇÃO --------------------------------------------7
O Livro de Revelação -------------------------------------18
BREVE INTRODUÇÃO AO IDIOMA SÍRIO------55
A CHAVE ARAMAICA ----------------------------------75
GLOSSÁRIO-----------------------------------------------275
BIBLIOGRAFIA-------------------------------------------284
INTRODUÇÃO

Na peshitta – a versão em siríaco das Escrituras –


encontram-se ausentes as epístolas de 2Pedro, 2 e 3João,
Judas e Apocalipse, estes cinco não fazem parte do cânon (da
coleção de livros) do Novo Testamento da Peshitta. As
comunidades orientais não os consideravam como escritos
sagrados, e muitos o tinham como espúrios, ou seja, que
deviam ser rejeitados. Devido à influência das igrejas
ocidentais, eles foram traduzidos para o idioma sírio e
adotados pelas comunidades chamadas “monofisitas”, e
também foi traduzida para a versão chamada “harklean”. A
versão monofisita é chamada de “filoxeniana”, devido a ser
um trabalho de Filoxenus, o bispo cristão da cidade de
Mabug.

As primeiras edições da peshitta, devido a essa questão, não


continham esses livros, os leitores ocidentais acostumados
com os 23 livros do Novo Testamento estranharam a
ausência. Assim, para suprir a deficiência desses livros, os
impressores pediram que os maronitas enviassem as versões
destes cinco livros em siríaco, pois a Igreja Maronita
adotava-os em seu cânon, e possuíam uma versão em siríaco
deles. As quatro epístolas primeiro foram publicadas por
Leiden em 1630, e a versão de Apocalipse por De Dieu em
1627, assim estas versões foram unidas ao restante do volume
da Peshitta na poliglota parisiense de Gabriel Sionita, um
crente maronita, completando então o cânon do Novo
Testamento segundo a visão ocidental.

Essas versões impressas apresentavam o texto sírio de


Apocalipse (mais as epístolas ausentes da Peshitta) extraído
de um manuscrito chamado Scalid. 18 Syr. da biblioteca de
Leyden. Embora, exista na obra uma nota que diga que esse
manuscrito era a versão harklean, ele não concorda com essa
versão, embora possua grande semelhança. É provável que
essa versão tenha sido realizada com base no trabalho feito
por Thomas de Harkel. Normalmente em obras de referência
a versão poliglota é chamada de Σ.

A outra versão síria de Apocalipse (Revelação) pertencia à


biblioteca do Conde de Crawdord, o manuscrito foi comprado
em Londres em 1860, sendo desconhecido o nome do
vendedor e como ele chegou à Europa. O manuscrito é único,
pois além de trazer os livros que a Peshitta não contia,
possuía todos os demais. Foi escrito em um monastério
Jacobita, na montanha de Tur’Abdin (Jebel-Tur) no nordeste
da Mesopotâmia, pelo monge Stefanus. Possui uma afinidade
com a peshitta mais do que com o texto grego em si, diferente
das versões harklean, que seguem à risca o texto grego. A
afinidade desse manuscrito se dá com o texto da Peshitta
Tanakh (Antigo Testamento) mais do que a Peshitta do Novo
Testamento. Essa versão também possui grande paralelo com
os livros ausentes da Peshitta (as quatro epístolas menores),
portanto é a obra de um mesmo autor.
DIFERENÇAS ENTRE A VERSÃO IMPRESSA E O
MSS. CRAWFORD

Certos idiomas, aparentemente o hebraico, que na peshitta


distingue o siríaco do Velho Testamento do Novo passou
para a versão do Manuscrito Crawford, mas não se encontra
na versão impressa. São estes, o uso gerúndio no infinitivo
com ‫( ܠ‬lamad) prefixado, em leituras “legwn” (introduzindo a
fala); a representação do adjetivo ‫ ܕܡܘܬܐ‬semelhante ao uso
hebraico, dentre outras expressões, que indicam que o copista
desse livro estava mais familizarizado com as expressões do
Tanakh do que com as do Novo Testamento da Peshitta.

Na versão impressa o simples estado absoluto dos nomes é


suplantado na maioria das vezes pelo estado emfático, que é
usado indiscriminadamente. Os artigos definidos na versão
impressa se dão pelo uso dos pronomes demonstrativos,
enquanto a versão Crawford usa o estado enfático. O estado
construto dos nomes é mais comum na versão Crawford do
que na versão impressa. Adjetivos gregos denotando
qualidade ou substância na versão impressa são lidos como
formas adjetivadas, enquanto na versão Crawford eles são
substantivados no caso genitivo. Os números ordinais na
versão impressa são normalmente representados por formas
adjetivadas, no Crawford pelos cardinais com um ‫( ܕ‬dalet)
prefixado. Na versão impressa os pronomes possessivos estão
dispostos por palavras separadas, formados pela conjunção de
sufixos pronominais e o termo ‫( ܕܝܠ‬pertencente a), enquanto a
versão Crawford possui os sufixos pronominais anexados aos
próprios termos.

A VERSÃO GREGA DE APOCALIPSE

O texto grego de Apocalipse chegou a nós com uma


evidência regular, apenas cinco unciais apresentam esse livro,
sendo que um deles (C – Codex Efrem) está fragmentado. Os
poucos minúsculos que possuem esse livro apenas
apresentam a versão bizantina oficial. O livro de Apocalipse
do códex Sinaítico (‫ )א‬apresenta um péssimo texto, de
qualidade duvidosa. O códex A (Alexandrino) e o Vaticano
(B) possuem a melhor versão deste livro em grego, sendo
provável que o códex A tenha copiado a versão mais pura do
texto grego de Apocalipse. O texto sírio de Apocalipse possui
uma ligação maior com o texto grego dos unciais do que com
os minúsculos, bem como com as versões coptas, armênias e
etíopes dos monofisitas, pois o texto sírio de Apocalipse
provém da versão monofisita deste livro. Entretanto, a versão
do manuscrito Crawford concorda mais com o Sinaítico (‫)א‬,
seguido do Alexandrino (A) e do uncial P. Por outro lado, é
considerável a quantidade de vezes que o Crawford está de
acordo com o uncial Q, contra os demais, além disso o códex
Efrem (C) dá bastante suporte às leituras alternativas do texto
sírio de Apocalipse.

Em relação ao texto latino, o Crawford concorda com a


Vulgata Clementina 332 vezes, reduzindo o número um
pouco em outras versões latinas. Os textos latinos concordam
com o texto sírio 124 vezes contra todos os outros. Por outro
lado, são muitas as vezes que o texto latino concorda,
juntamente com os unciais gregos, com o texto sírio, o que
apenas demonstra a origem comum entre esses diversos
manuscritos.

A versão impressa não está de acordo com o manuscrito


Crawford em relação aos demais tipos textuais, a versão
impressa está mais de acordo com o códex Alexandrino (A)
do que o Crawford. Provavelmente, o texto da versão
impressa é secundário, enquanto o Crawford é primário, e
que o texto da versão impressa depende do texto Crawford,
sendo portanto uma revisão, adaptada ao texto grego.

A versão Crawford em alguns pontos discorda de todos os


manuscritos conhecidos. Algumas dessas leituras podem ser
interpretadas como erro do escriba, como uma interpretação
equivocada de algum texto grego ou leitura alternativa
desconhecida de algum texto grego. Outras, porém, apenas se
explicam levando-se em conta a hipótese que o texto sírio é o
original e o grego a cópia, ou ainda uma versão única do
texto sírio que discordava do texto grego, por qualquer
motivo que fosse. Por exemplo, o capítulo 6, versículo 14, o
texto sírio discorda de todas as versões, porém concorda com
a LXX em Is 34:4 (pakesontai), podemos considerar a
hipótese que o escriba procurou adequar a leitura com a
versão LXX, em desacordo com o texto grego que possuía
em mãos.
A VERSÃO FILOXENIANA

Em 508, o bispo Policarpo realizou uma nova tradução do


Novo Testamento para o siríaco, com a supervisão de
Filoxenus, bispo de Mabug. Esta versão do Novo Testamento
sírio foi revisada posteriormente por Tomás de Harkel,
utilizando três manuscritos gregos mais acurados, segundo o
pensamento da época. Alguns estudiosos acreditam que
Tomás apenas copiou a versão Filoxeniana e anotou na
margem suas correções, porém analisando a versão Crawford
compreendemos que ele fez uma nova tradução e as notas
marginais são as da antiga versão filoxeniana.

Porém, a identificação do manuscrito Crawford como sendo


a antiga versão filoxeniana, não possui unanimidade entre os
estudiosos. Alguns identificam outros códices como a versão
filoxeniana. Diversos estudiosos têm afirmado que
determinados manuscrito derivam da versão Filoxeniana, pois
tais manuscritos possuem mais afinidades com a peshitta do
que os manuscritos “harkleanos”. Encontramos, portanto,
uma série de manuscritos que revisam a versão Harklean,
sendo difícil determinar onde termina a versão Filoxeniana e
começa a versão Harklean.

No manuscrito 1700, da versão harklean, encontramos no


final das cartas de Paulo o seguinte: “Este livro de Paulo o
apóstolo foi escrito e coletado de um manuscrito que foi
escrito na cidade de Mabug. Este foi coletado de um
manuscrito que estava em Cesareia, uma cidade da Palestina,
da livraria do venerável Panfílio; que foi manuscrito por ele;
possuía catorze cartas (...) Ele foi traduzido com grande
exatidão e diligência do idioma grego para o siríaco na cidade
de Mabug, [no ano] 819 de Alexandre, nos dias do reto e
venerável crente Filoxenus, bispo daquela cidade, através da
sua guarda e proteção. Novamente foi coletado em Enaton da
cidade de Alexandria, onde foi escrito, com dois manuscritos
gregos fidedignos com diligência por Tomás o bispo de
Mabug e por seus companheiros juntamente com os
Evangelhos e Atos” Ou seja, de acordo com o manuscrito,
trata-se da versão filoxeniana, entretanto a dificuldade é
compreender de que forma a versão filoxeniana foi editada,
transformando-se na versão harklean. Outros, entretanto,
acreditam que o copista falsificou a informação.

A versão Crawford, segundo John Gwynn, é provavelmente


o testemunho antigo do texto grego adotado no sexto século,
de uma obra rara, que hoje somente se encontra nas margens
dos manuscritos da versão Harklean. Esta versão, após passar
por uma série de revisões, aposentou o texto sírio base, da
qual a versão Crawford seria, muito provavelmente, seu
único sobrevivente. Sem dúvidas, estamos diante de algum
tipo de revisão feita na versão filoxeniana, porém não
sabemos até que ponto essa revisão foi realizada.

A análise realizada por Gwynn indica claramente que


determinados manuscritos (incluindo o Crawford) apresentam
um texto diferente da versão Harklean no caso das quatro
epístolas menores omitidas pela Peshitta. Ao realizar uma
análise detalhada desses manuscritos, Gwynn conclui que
estes manuscritos apresentam a versão filoxeniana e não a
versão harklean, como atestam os próprios manuscritos.

Levando-se em conta a evidência interna, o texto de


Apocalipse é o mesmo tipo das epístolas universais,
comprovadamente pertencente à versão filoxeniana. Por essa
razão, a versão Crawford de Apocalipse é muito
provavelmente uma versão filoxeniana, uma versão
(conforme dito acima) de um texto grego antigo hoje perdido.
A versão filoxeniana é normalmente considerada como
pertencente ao tipo textual de Cesareia. Acatando a conclusão
de Gwynn, o texto de Apocalipse Crawford seria um dos
poucos sobreviventes desse tipo textual.

Entretanto, dentro deste livro de Crawford encontramos


evidências de que Apocalipse não é obra de um único copista,
mas é evidente que o texto foi editado sobre um texto
anterior, também em siríaco. Porém tal texto antigo não foi
corretamente preservado, pois o copista alterou o texto em
diversas passagens, inserindo correções que adequasse ao
texto grego. Assim, o Apocalipse Crawford é um texto cheio
de interpolações e mudanças realizadas para adequá-lo ao
texto grego padrão usado naquela época. Ao longo desta obra
analisamos as diversas diferenças textuais entre essas edições
feitas no texto, porém é difícil determinar o texto original.
O texto de Apocalipse, juntamente com as epístolas
menores, foi descartado pela igreja oriental, por este motivo
ausente do seu cânon. É muito provável que Apocalipse não
possua uma versão oriental, sendo obra do cristianismo
ocidental. Caso houvesse um texto antigo, ele foi descartado
cedo na igreja ocidental, e por alguma razão não chegou às
igrejas orientais. Entretanto, isso não significa que os cristãos
orientais desconhecessem o texto ou não possuíssem cópias.
Portanto, John Gwynn comenta: “Apocalipse nunca foi
familiarmente conhecido na Jacobita ou qualquer outra das
igrejas sírias. Raramente transcrito, raramente comentado,
teve pouca influência nas suas concepções religiosas e
contribuiu pouco ou nada para seu pensamento religioso ou
fraseologia” (The Apocalypse of St. John in a syriac version
hitherto unknown, p. 54).
TRANSLITERAÇÃO DE TERMOS SÍRIACOS

Nesta obra os nomes bíblicos são transliterados conforme a


massorá siríaca oriental, algumas variantes podem ocorrer
devido a pequenas variantes dos manuscritos. O leitor precisa
se familiarizar com as regras de transliteração do idioma para
uma leitura mais correta dos nomes. Não apenas nomes
próprios foram transliterados, mas nomes que estejam
relacionados a um entendimento mais correto do texto, como
por exemplo, os nomes Sh’may (Céus), mala’chi’ (anjos),
entre outros. O leitor pode usar o glossário que se encontra no
final da obra para compreender determinados termos.
A correta pronúncia de termos aramaicos/sírios requer um
entendimento de regras de transliteração. Entretanto, de uma
forma geral o leitor pode usar as seguintes regras: todas as
vezes que o texto possuir as letras “sh” devem ser lidos como
o som de “ch” (como chiar); palavras que possuem as letras
“ch” devem ser lidas como o som gutural do ch alemão,
como em “Bach”. O h, quando aparece no texto, sempre
indica um som aspirado. O y deve ser lido como o som de i,
de uma forma geral. Algumas palavras possuem um apóstrofo
(‘) e podem indicar três coisas: 1) A ausência de vogal em
uma sílaba, indicando que a letra possui som mudo 2) A
presença do “alef” 3) A presença do “ayin”; nos dois últimos
casos é imprescindível que o leitor conheça as regras de
pronúncia desses termos, um leitor desabituado pode ignorar
o apóstrofo e apenas pronunciar a palavra ignorando o sinal,
entretanto para uma leitura mais correta deve aprender as
regras para a transliteração de nomes sírios. Devido à
dificuldade que alguns possuem em relação à pronúncia
desses termos, manteve-se o seguinte modelo: quando um
termo aparece pela primeira vez no texto, ele é seguido pelo
termo coloquial, por exemplo, o termo Moshi’ é seguido no
início do parágrafo pelo termo Moisés entre parêntesis, assim
os demais termos mantêm a pronúncia síria transliterada, que
o leitor pode optar. Alguns termos não possuem essa regra,
devido ao pouco uso que se faz dele no texto, nesse caso o
leitor desabituado pode fazer uso do glossário.
Os nomes divinos foram transcritos conforme a grafia do
manuscrito utilizado para a tradução. O termo “Mar’ya” é
utilizado todas as vezes que o texto hebraico possui o nome
divino YHWH; a compreensão deste termo é motivo de
polêmica, mas uma análise simples indica que se trata da
versão síria do nome divino, significando “Senhor (Mar) Ya”,
alguns estudiosos acreditam que o termo seja uma
adjetivação do termo “Mar” (Senhor) e que significaria
“aquele que possui o atributo de ser Senhor”, uma antiga
tradição afirma que o nome é um código, que significaria:
‫ ܡܪܘܬܐ‬simbolizado pelo caractere ‫ ܡ‬que significa
“Domínio”, ‫ ܪܒܘܬܐ‬simbolizado pelo caractere ‫ ܪ‬que
significa “Majestade” e ‫ ܐܝܬܘܬܐ‬simbolizado pelo caractere
‫ ܝܐ‬que significa “Essência” ou “substância”. O termo ‘Alaha
é utilizado sempre quando o hebraico possui ‘Elohim ou ‘El e
similares (traduzido comumente como Deus), o termo
transliterado é adotado também quando a palavra é
acompanha de diversos sufixos, assim ‘Alahan é vertido
como “nosso ‘Alaha”, ‘Alakon como “vosso ‘Alaha” e assim
por diante.
‫ܓܠܝܢܐ ܕܘܚܢܢ ܫܠܝܚܐ‬
GELIANA D’YOCHANAN
SHELICHA’
(A Revelação do Emissário
Yochanan)
REVELAÇÃO
Geliana’ (Revelação) que é do homem separado Yochanan
Evangelista quando esteve na ilha de Patmos por ordem de Nero
César

1
1 Geliana (revelação) de Yisho’ Meshicha’, que deu a ele ‘Alaha’
para mostrar aos seus servos coisas que são próprias que
aconteçam rapidamente; e mostrou quando enviou pela mão do seu
Mala’ch (mensageiro), para seu servo Yochanan; 2 o qual fez um
testemunho pela Melta’ (palavra) de ‘Alaha’, e pelo testemunho de
Yisho’ Meshicha’, todas estas coisas que viu.

3 Feliz aquele que lê e os que ouvem as palavras desta profecia e


guardam as coisas que estão escritas nela; pois o tempo aproximou.

4 Yochanan, às sete congregações que estão na Ásia: Felicidade a


vós e paz daquele que era, e é, e vem, e das sete rochi’ que estão
diante do seu Trono; 5 e de Yisho’ Meshicha’, Testemunha Fiel,
Primogênito dos mortos e o Principal dos reis da terra. Aquele que
nos ama, e nos soltou dos nossos pecados pelo seu sangue, 6 e fez
para nós um Reino Sacerdotal para ‘Alaha’, e seu PAI, e dele a
majestade e domínio para além eternamente. Amin! 7 Eis que vem
com as nuvens, e o verão todos os olhos, até mesmo os homens que
o feriram; e lamentarão sobre ele todas as tribos da terra. Sim.
Amin!

8 Eu sou o Alaf também o Taw, diz Mar’ya’ ‘Alaha’, aquele que


era, e é, e vem, ele que abarca tudo em unidade.

9 Eu, Yochanan, o vosso irmão e filho da vossa participação na


tribulação, e na paciência que há em Yisho’. Eu estava na ilha que
era chamada Patmos, por causa da Melta’ (palavra) de ‘Alaha’, e
por causa do testemunho de Yisho’ Meshicha’. 10 E eu estava em
roch (espírito) no primeiro dia da semana, e ouvi por detrás de mim
uma voz grande, como do shofar, 11 que dizia: “Aquelas coisas
que tu estás vendo, escreves numa escritura, e envia às sete
congregações: a Éfeso, a Esmirna, a Pergamo, a Tiatira, a Sardes, a
Filadelfia e a Laodiceia”. 12 Virei-me para conhecer a voz de
quem falou comigo. E quando virei, contemplei sete candelabros
de ouro, 13 e no meio dos candelabros como que a imagem de um
filho do homem, e vestindo um éfode, e cingia próximo do seu
peito um cinto que era de ouro; 14 Mas sua cabeça e seu cabelo era
branco como a lã, e como a neve; e os seus olhos como labaredas
de fogo; 15 e os seus pés, na forma do latão dos libaneses que
refinou numa fornalha; e a sua voz como a voz de muitas águas. 16
E ele possuía na sua mão direita sete corpos celestes; e da sua boca
saía uma Rokha’1 afiada; e o seu aspecto como o sol que aparece
na sua intensidade. 17 E quando o vi, caí sobre seus pés como um
morto; e ele pôs sobre mim a sua mão direita, ao dizer: “Não
temas; Eu sou o Primeiro e o Último; 18 e o que vive, e o que
morre, mas eis vivo estou para sempre eternamente. Amin! e tenho
comigo a chave da morte e do Shiol”. 19 “Escreves, pois, o que
viste, e as que são, e as que haverão de acontecer depois destas”.
20 “O mistério dos sete corpos celestes, os que tu viste sobre
minha destra, e os sete candelabros: os sete corpos celestes são os
mala’chi’ das sete congregações, e as sete candelabros de ouro, as
que tu viste, são as sete congregações”.

1
lança
2
1 E ao mala’ch que está na congregação em Éfeso escreve: “Isto
diz aquele que segura os sete corpos celestes na sua mão, o que
caminha entre os candelabros de ouro: 2 Eu conheço as tuas obras,
e o teu esforço, e a tua paciência; e que não podes suportar a
ruindade, e que provas os que dizem de si mesmos que são
Sheliche’ (emissários) e não são, e tu fizeste encontrá-los com a
mentira; 3 e paciência há para ti e suportaste por causa do meu
Nome, e não cansaste”.

4 “Mas tenho contra ti que o teu amor anterior abandonaste. 5


Recorda-te qual lugar caíste, e pratica as primeiras obras; e se não,
brevemente virei contra ti, e eu torno abalado o teu candelabro,
mas tu retornarás. 6 Mas isto há para ti: odeias as obras dos
nicolaítas, as que eu odeio. 7 Aquele que possui ouvidos ouvirá o
que a Rokha’ está falando às congregações. E ao que é puro, darei
da Árvore da Vida para comer, que está no Paraíso de ‘Alaha’”.

8 E ao Mala’kha’ da congregação de Esmirna escreve: “Isto diz o


primeiro e o último, o que morre e vive: 9 Eu conheço a tua
tribulação e a tua pobreza, mas rico tu és, e pela blasfêmia dos que
se dizem sobre si mesmos: ‘yhudaia’! yhudaia’! Embora não
sejam, mas uma sinagoga de Satana’. 10 “Coisa alguma tu recearás
das que estão preparadas para sofrer. Eis que está preparado o
Acusador Devorador que colocará alguns de vós na casa do
confinamento, que sereis provados; e haverá para vós uma
tribulação de dez dias. Tenha confiança até a morte, e darei a vós a
coroa da vida”. 11 Aquele que possui ouvidos ouvirá o que a
Rokha’ está falando às congregações. Porque aquele que é puro
não sofrerá da morte uma segunda vez”.
12 E ao mala’ch que está na congregação de Pergamo escreve:
“Isto diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes: 13 Eu sei
onde tu habitas, o lugar do trono de Satana’; e tu reténs pelo meu
Nome e pela minha confiança não negaste, e nos dias da arguição.
E minha testemunha que é fiel, porque toda testemunha minha fiel,
dentre vós, foi morta”.

14 “Mas tenho contra ti poucas coisas; que tens os que retiveram


o ensinamento de Bil’am (Balaão), o qual ensinava a Balaq que
lançasse ofensas diante dos Bnai Ysra’il (filhos de Israel), para
comer dos sacrifícios idólatras e a se prostituírem. 15 Assim tu tens
também os que retêm os preceitos dos nicolaítas da mesma forma.
16 Retorna, pois; ou se não, eu virei contra ti em breve, e batalharei
contra eles com a espada da minha boca”.

17 “Aquele que possui ouvidos ouvirá o que a Rokha’ está


falando às congregações: Ao que for puro darei do man’na, que
está escondido, e ele possui um recibo com nome novo que está
escrito, que nenhum homem conhece senão o que recebe”.

18 E ao Mala’kha’ que está na congregação, que está em Tiatira


escreve: “Assim diz o Filho de ‘Alaha’, que tem os olhos como
chama de fogo, e os seus pés como o latão dos libaneses: 19 Eu
conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fidelidade, o teu serviço, e
a tua perseverança; e as tuas últimas obras são mais do que as
primeiras”.

20 Mas tenho contra ti mais: que permites a tua mulher Iyizvel, a


que diz sobre si mesma que é nevita’ (profetisa); e o ensino e a
idolatria para os meus servos, para a prostituição e a comida do
sacrifícios idólatras; 21 e dei para ela tempo para o retorno; e ela
não quer retornar da sua prostituição. 22 Eis que eu a coloco num
leito, e os que adulteram com ela numa grande tribulação (mas eles
se arrependerão das suas obras); 23 e a seus filhos eu matarei pela
morte, e saberão todas as congregações que Eu sou aquele que
examina o rim e o coração; e darei a vós, cada homem, como as
suas obras. 24 A vós eu digo: aos demais que estão em Theotira,
todos aqueles que não têm este ensinamento, que não conhecem as
profundezas de Satana’ (como dizem) não porei sobre vós outro
peso; 25 portanto, o que há para vós, agarrai até que eu venha”.

26 “E o que for puro, e guardar as minhas obras, darei a ele


autoridade sobre os povos, 27 para apacentá-los com vara de ferro,
e como o vaso do oleiro vós quebrareis dessa forma. E eu, pois,
recebi de meu PAI; 28 e darei a ele a estrela da manhã. 29 Aquele
que possui ouvidos ouvirá o que a Rokha’ está falando às
congregações”

3
1 E ao Mala’kha’ que está na congregação de Sardes escreve: “Diz
aquele que tem as sete rochin de ‘Alaha’, e os sete corpos celestes:
Eu conheço as tuas obras e o nome que tens; e que vives e que
morres. 2 Seja vigilante, e confirma o restante daqueles que estão
preparados para morrer; pois não encontrei as tuas obras perfeitas
diante de ‘Alaha’. 3 Lembra-te do que ouviste e recebeste, e tenhas
cuidado, e retornas. E se não fores vigilante, eu virei contra ti como
um ladrão, e não saberás que hora virei sobre ti”. 4 “Mas tenho
poucos nomes em Sardes aqueles que não sujaram as suas vestes e
andarão diante de mim vestidos de branco, e dignos são. 5 O que é
puro assim está vestido de vestes brancas, e não apagarei o seu
nome do sefra’ (livro) da vida; e louvarei pelo seu nome diante de
meu PAI e diante dos seus mala’chi’. 6 Aquele que possui ouvidos
ouvirá o que a Rokha’ está falando às congregações”.

7 E ao Mala’kha’ da congregação de Filadélfia escreve: “Assim diz


o Qadisha’ (Separado), Verdadeiro é, que há para ele a chave de
Dawidh (Davi); o que abre e não há quem feche; e fecha, e não há
quem abra. 8 Eu conheço as tuas obras. Eis que coloquei diante de
ti um portão aberto, que nenhum homem pode fechar, porque há
pouca força para ti; e a minha palavra guardaste e meu Nome não
negaste. 9 “E eis que eu coloco aos da sinagoga de Satana’, aos que
dizem sobre si mesmos que são yhodhai’ (judeus), e não são, mas
são mentirosos. Eu farei que eles venham, e se prostrem diante dos
teus pés, e saberão que eu te amo. 10 A respeito de guardares a
Palavra da minha paciência; e eu te guardarei da provação que há
de vir sobre todo o Mundo, que provará os habitantes da terra. 11
Eu venho logo. Eis que aquilo que é teu, porque nenhum homem
tomará a tua coroa”.

12 “E quem for puro, o farei coluna no Templo de ‘Alaha’, e não


sairá mais; e escreverei sobre ele o Nome do meu ‘Alaha’, e o
nome da cidade nova, ‘Orish’lem (Jerusalém), que desce do meu
‘Alaha’, e o meu Nome novo. 13 Aquele que possui ouvidos ouvirá
o que a Rokha’ está falando às congregações”.

14 E ao Mala’kha’ da congregação em Laodiceia escreve: “Isto


diz o Amin, a Testemunha Fiel e Verdadeira, e o Reshit (Princípio)
da Criação de ‘Alaha’: 15 Eu conheço as tuas obras, tu não és frio
e nem quente; correto seria que frio fosses ou quente! 16 E há para
ti mornidão, e não é frio e nem quente, estou preparado para
vomitar-te da minha boca. 17 Porque disseste: ‘Rico estou, e
enriqueci, e não tenho necessidade de coisa alguma; e tu não sabes
que és o impotente, miserável, pobre, e nu; 18 Eu aconselho-te que
compres de mim ouro que foi refinado do fogo, que enriquecerás; e
vestes dignas, para vestir-te, e não te manifestarás a vergonha da
tua nudez; e pintura de maquiagem. 19 Àqueles que eu amo Eu
repreendo e instruo; zelo, portanto, e retorno. 20 “Eis que estou à
porta e baterei; se alguém ouviu a minha voz, abrirá a porta, e eu
entrarei, e cearei com ele, e ele comigo. 21 E quem for puro,
concederei a ele que se assente comigo no meu Trono; assim como
eu fui puro e assentei com meu Pai sobre seu Trono. 22 Aquele que
possui ouvidos ouvirá o que a Rokha’ está falando às
congregações”.

4
1 Depois destas coisas, vi, e eis um portão aberto nos Sh’may’, e
uma voz que ouvi, como de shofar, falou comigo, ao dizer: “Sobe
aqui, e te mostrarei o que se dará a acontecer depois destas coisas”.
2 E logo fui em roch (espírito), e eis que um Trono estava posto
nos Sh’may’, e sobre o Trono sentado; 3 e o que estava sentado
como que semelhante da visão da pedra de jaspe e sárdio; e o arco
das nuvens que estava ao redor do Trono, que era semelhante à
visão da esmeralda. 4 E ao redor do Trono vinte e quatro tronos;
porém sobre eles vinte e quatro anciãos que estavam sentados,
vestidos de vestes brancas, e sobre suas cabeças coroas de ouro. 5
E dos tronos saíam trovões, relâmpagos, e vozes; e os Sete
Brilhantes que ardiam diante do Trono, as quais são as Sete Rochin
de ‘Alaha’; 6 e diante do Trono um mar de vidro, como semelhante
ao cristal; e no meio do Trono, e ao redor do Trono, quatro seres
que eram cheios de olhos por diante e por detrás; 7 e o primeiro ser
que era igual ao leão; e o segundo ser, que era semelhante ao
bezerro; e o terceiro ser possuía o rosto como do filho do homem; e
o quarto ser era semelhante à águia que voa. 8 Os quatro seres
juntos, deles em pé; e ele possuía desde sua garra e por cima, seis
asas, e ao redor e dentro estavam cheios de olhos; e eles não
possuem silêncio dia e noite, ao dizer: Qadish, Qadish, Qadish é
Mar’ya’ ‘Alaha’, apreende tudo o que é, que era, e que vem. 9 E
dando os quatro seres louvor, engradecimento e o bem aceitável ao
que estava sentado sobre o Trono, e ao que vive para além
eternamente, Amin! 10 cairam os vinte e quatro anciãos diante do
que estava sentado sobre o Trono, e se prostrarão para além
eternamente Amin! Ao que vive. E lançarão as suas coroas diante
do Trono, enquanto dizem: 11 “Digno é o Maran e nosso ‘Alaha’,
de receber o louvor, a grandiosidade e o poder; porque tu criaste
tudo, e através do teu desejo existiram e foram criadas”.

5
1 E vi sobre a Destra do que estava sentado sobre o Trono um
escrito que era marcado pelo lado de dentro e por fora, e selado
com sete selos. 2 E vi outro Mala’kha’ poderoso, que proclamava
em alta voz: “Quem é capaz de abrir o escrito e soltar os seus
selos”? 3 E não havia quem fosse capaz nos Sh’may’, nem na
Terra, e nem debaixo da Terra, de abrir o escrito, soltar os seus
selos, e vê-lo. 4 E eu estava chorando muito, porque não se achou
quem fosse capaz de abrir o escrito e soltar seus selos. 5 E um dos
anciãos disse-me: “Não chorarás; eis que venceu o Leão da tribo de
Yhodha’ (Judá), a raiz de Dawidh (Davi), abrirá o escrito e seus
selos”. 6 E vi no meio do Trono e dos quatro seres, e dos anciãos,
um Cordeiro de pé, como abatido, e tinha Sete Chifres e Sete
Olhos, que são as sete rochi’ de ‘Alaha’, que são enviadas por toda
a Terra. 7 E veio e tomou o escrito da mão do que estava sentado
sobre o Trono. 8 E quando pegou o escrito, os quatro seres e os
vinte e quatro anciãos caíram diante do Cordeiro, tendo cada um
deles cítaras e incensários de ouro que estavam cheios de incenso,
que são as orações dos homens separados. 9 E louvavam um louvor
renovado, e diziam: “Digno ele é de tomar o escrito, e soltar os
seus selos; a respeito de tu seres abatido, e nos compraste pelo teu
sangue para ‘Alaha’’, de toda tribo, e povo e nação; 10 e os fizeste
para o nosso ‘Alaha’ Reino, kaheni’ (sacerdotes) e reis; e eles
reinarão sobre a Terra”.

11 E tive uma visão: ouvi como a voz de muitos mala’chi’ ao


redor do Trono e dos seres e dos anciãos; e o número deles era
miríades de miríades, e milhares de milhares, 12 e diziam em alta
voz: “Digno é o Cordeiro abatido, de receber o Poder, a Dignidade,
Sabedoria, Força, Preciosidade, Louvor e Bendição”. 13 E toda
criatura que está nos Sh’may’, e na Terra, e debaixo da Terra, e que
estava no mar, e a todas as coisas que neles há, e ouvi que diziam:
“Ao que está sentado sobre o Trono, e ao Cordeiro: Bendição,
Dignidade, Louvor, Agradecimento, para além eternamente”. 14 E
os quatro seres que diziam: “Amin!” E os anciãos caíram e
prostraram-se.

6
1 E vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos, e ouvi um dos
quatro seres que dizia como voz como de trovão: “Vem e vê”! 2 E
ouvi e vi, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre
ele possuía um arco; e foi dada a ele uma coroa, e saiu vencedor, e
venceu, e vencerá.

3 E quando abriu o selo que era o segundo, ouvi o ser que era o
segundo que disse: “Vem”! 4 E saiu um cavalo escarlate; e ao que
estava assentado sobre ele foi dado que tomasse o shelam da Terra,
uns aos outros se matarão; e foi dada a ele uma grande espada.

5 E quando foi aberto o selo que era o terceiro, ouvi o ser que era
o terceiro, que disse: “Vem”! E eis um cavalo preto; e o que estava
assentado sobre possuía uma balança na sua mão. 6 E ouvi uma
voz do meio dos seres, que dizia: “Uma qaba’ de trigo por um
denário, e três qabin de cevada por um denário; e o vinho e o azeite
não danifiques”.

7 E quando abriu o selo que era o quarto, ouvi a voz do ser que
disse: “Vem”! 8 E olhei um cavalo descorado, e o nome do que
estava montado sobre ele era Morte; e o Shiol o segue; e foi dada a
ele autoridade sobre a quarta parte da Terra, que matará com a
espada, e com a fome, e com a morte, e com as feras da Terra.

9 E quando abriu o selo que era o quinto, vi debaixo do altar as


pessoas que foram mortas por causa da Palavra de ‘Alaha’ e por
causa do testemunho de Yisho’, que eles possuíam. 10 E clamaram
com grande voz, e disseram: “Até quando, ó Mar’ya’, ó Separado e
Verdadeiro, não julgas e vingas o nosso sangue dos habitantes da
Terra”? 11 E foi dado a cada um deles estolas brancas e foi dito
que fizessem uma espera durante um período de tempo curto, até
que se completassem também seus companheiros e irmãos, que
estavam destinados a serem mortos, como também eles.

12 E vi quando abriu o selo que era o sexto, e houve uma grande


luz; e o sol como uma bolsa de saco preto ficou, e a lua toda se
tornou como sangue; 13 e os corpos celestes dos Sh’may’ caíram
sobre a Terra, como a figueira que lança os seus figos verdes pelo
vento forte que faz sacudir. 14 E os Sh’may’ foi separado, e como
os escritos se enrolam; e todo monte e todas as ilhas de seus
lugares foram sacudidos. 15 E os reis da Terra, e os grandes, e os
chefes militares, e os ricos, e os poderosos, e todo escravo e filhos
dos livres, se esconderam nas cavernas e nas rochas das
montanhas; 16 e diziam aos montes e às rochas: “Caiam sobre nós,
e escondam-nos diante das faces do Cordeiro; 7 porque veio o
grande dia da ira deles; e quem pode subsistir”?

7
1 E após isto vi quatro malachin em pé sobre as quatro quinas da
terra, e eles tornavam presas as quatro rochi’ (ventos), que não
soprou a Rokha’ (vento) sobre a terra, nem sobre o mar, e nem
contra toda árvore. 2 E vi outro Mala’kha’ que subiu do sol
oriental, e havia para ele o selo do ‘Alaha’ Vivo; e clamou em alta
voz aos quatro mala’chi’, estes que fora dado a eles que
danificassem a Terra e o mar, 3 e disse: “Não aniquilareis a Terra,
nem o mar, e nem as árvores, até que selaremos aos servos de
‘Alaha’ no meio de seus olhos”. 4 E ouvi o número dos selados:
cento e quarenta e quatro mil de todas as tribos de Ysra’il. 5 da
tribo de Yhodha’ (Judá) doze mil; da tribo de Rovil (Rúben), doze
mil; da tribo de Gad, doze mil; 6 da tribo de ‘Ashir (Aser), doze
mil; da tribo de Naftali, doze mil; da tribo de Menashi’ (Manassés),
doze mil; 7 da tribo de Shem’on (Simeão), doze mil; da tribo de
Yisakhar (Issacar), doze mil; da tribo de Lewi (Levi), doze mil; 8
da tribo de Zevolon (Zebulon), doze mil; da tribo de Yawsef
(José), doze mil; da tribo de BenYamin (Benjamin), doze mil
selados.

9 Após isso olhei uma grande multidão, aqueles cujo número não
há quem calcule, de todos os povos, tribos, nações e línguas, que
estavam em pé diante do Trono e diante do Cordeiro, e trajavam
vestes compridas brancas, e em suas mãos palmas. 10 E clamavam
em alta voz e diziam: “Salvação a nosso ‘Alaha’, e ao que senta
sobre o Trono, e ao Cordeiro”. 11 E todos os mala’chi’ estavam em
pé ao redor do Trono e dos anciãos e dos quatro seres, e cairam
diante do Trono sobre seus rostos, 12 enquanto diziam: “Amin!
Louvor, e bendição, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e
poder, e força a nosso ‘Alaha’, para além eternamente. Amin”. 13
E perguntou um dos anciãos e disse a mim: “Estes que trajam
vestes compridas brancas, quem são e de onde vieram”? 14 E eu
disse a ele: “Mari, tu sabes”. E disse a mim: “Estes são os que vêm
da aflição grande, e lavaram as suas roupas e as branquearam no
sangue do Cordeiro. 15 Por isso estão diante do Trono de ‘Alaha’,
e o servem de dia e de noite no seu Templo; e o que senta sobre o
Trono desce sobre eles. 16 Não terão fome, e nem terão sede; e o
sol sobre eles não cai, e nem todo calor; 17 porque o Cordeiro que
está no meio do Trono, os apascentará e os conduzirá próximo da
Vida e próximo das fontes de águas; e enxugará toda lágrima dos
seus olhos”.

8
1 E quando abriu o sétimo selo, houve silêncio nos Sh’may’, cerca
de meia hora. 2 E vi os sete mala’chin, aqueles que estão diante de
‘Alaha’ em pé, os que foram dados a eles sete shiforin. 3 E outro
veio, e pôs-se junto ao altar, e possuía um turíbolo de ouro, que foi
dado a ele muito incenso, que entrega pelas orações de todos os
qadishi’ (pessoas separadas) sobre o altar de ouro que está diante
do Trono. 4 E subiu a fumaça do incenso pelas orações dos
qadishi’ da mão do Mala’kha’ diante de ‘Alaha’. 5 E o Mala’kha’
tomou o turíbulo, e encheu-o do fogo que estava sobre o altar e o
lançou sobre a Terra; e houve trovões, vozes, relâmpagos e
terremotos. 6 E os sete mala’chin, que estavam encarregados dos
sete shofarin, prepararam a si mesmos para tocar.

7 E o primeiro fez um clamor, e houve granizo e fogo que estão


misturados nas águas2, e foram lançados sobre a Terra; e a terça
parte da Terra queimou, a terça parte das árvores queimou, e toda a
erva verde da Terra queimou.

8 E o segundo clamou, e houve como um grande monte que


ardeu, caiu no mar, e aconteceu a terça parte do mar: sangue. 9 E
morreu a terça parte de toda criatura que havia no mar, que havia
nele a vida, e a terça parte dos navios foi extinguida.

10 E o terceiro clamou, e caiu dos Sh’may’ um grande corpo


celeste, que ardia como uma chama, e caiu sobre a terça parte dos
rios, e sobre as fontes das águas. 11 E o nome do corpo celeste foi
anunciado: absinto; e eis que a terça parte das águas se tornou
como absintos, e muitos dos filhos dos homens morreram, porque
se tornaram amargas as águas.

12 E o quarto clamou, e atingiu a terça parte do sol, a terça parte


da lua, e a terça parte dos corpos celestes; e escureceram a terça
parte deles, e o dia não mostrou-se sua terça parte, e a noite da
mesma forma.

13 E ouvi uma águia que, voando nos Sh’may’, dizia: “Ai, ai, ai
dos habitantes da Terra! Da voz do shofar dos três mala’chin que
estão preparados para tocar”.

9
2
Provavelmente: nos Sh’may’
1 E o quinto clamou, e vi um corpo celeste que caiu dos Sh’may’
sobre a Terra; e foi dada a ele a chave que estava no poço do
abismo. 2 E subiu a fumaça que havia no poço, como fumaça de
uma grande fornalha acesa; e escureceu o sol e o ar da fumaça que
havia no poço. 3 E da fumaça saiu o gafanhoto sobre a Terra; e foi
dado a eles autoridade, que possuem os escorpiões da terra. 4 E foi
dito a eles que não danificassem a erva da terra, e toda verdura,
nem as árvores, mas somente os filhos dos homens que não
possuem o selo de ‘Alaha’ entre seus olhos. 5 E foi concedido a
eles que não os matassem, mas atormentarão cinco meses. E o seu
tormento como tormento de escorpiões, quando cai sobre o
homem. 6 E naqueles dias buscarão os filhos dos homens a morte,
e não a acharão; e terão desejo por morrer, e a morte fugirá deles. 7
E a aparência dos gafanhotos era como a aparência de cavalos que
estão preparados para a guerra; e sobre as suas cabeças como
coroas que pareciam de ouro; e as suas faces eram como faces de
homens; 8 e cabelos possuíam como cabelos de mulheres, e os seus
dentes como de leões. 9 E possuíam couraças como couraças de
ferro; e o som das suas asas era como o som de muitos carros de
guerras conduzidos por cavalos que correm à guerra. 10 E
possuíam caudas como à semelhança de escorpiões; e a picada,
porém, nas suas caudas e seu poder para fazer dano aos filhos dos
homens cinco meses. 11 E havia sobre eles o mal’akh (anjo), o
mal’akh do abismo, cujo nome em hebraico é “Escravidão” e em
aramaico havia um nome para ele: “Devorar”. 12 Passou um ai; há
ainda para vir dois ais.

13 Após essas coisas, o sexto Mala’kha’ clamou; e ouvi uma voz


que vinha dos quatro chifres do altar de ouro que estava diante de
‘Alaha’, 14 que dizia ao sexto mala’ch, que possuía o shofar:
“Solta os quatro mala’chi’ que se acham presos junto do grande rio
Eufrates”. 15 E ficaram livres os quatro mal’achin, os que estavam
preparados para a hora, dia, mês e ano, que matassem a terça parte
dos filhos dos homens. 16 E o número dos exércitos dos cavaleiros
era de duas miríades de miríades; ouvi o número deles. 17 E os que
estavam montados sobre eles tinham couraças de fogo, de
calcedônia; e as cabeças dos seus cavalos como cabeças de leões; e
de suas bocas saía fogo, calcedônia e fumaça. 18 E por estas três
pragas foram mortos a terça parte dos filhos dos homens, e pelo
fogo, pela calcedônia e pela fumaça que saía das suas bocas. 19
Porque o poder dos cavalos estava nas suas bocas e também nas
suas caudas. 20 E o restante dos filhos dos homens, que não foram
mortos por estas pragas, não retornaram das obras das suas mãos,
de não prostrarem-se aos daiwi’, e aos ídolos de ouro, de prata, de
bronze, de madeira e de pedra, os que veem, nem ouvir, ou
andarem. 21 E não voltaram dos seus homicídios, nem dos seus
encantamentos, e nem da sua prostituição.

10
1 E vi outro Mala’kha’ que descia dos Sh’may’, e vestia as nuvens;
e o arco dos Sh’may’ sobre sua cabeça; e o seu aspecto era como o
sol, e os seus pés como colunas de fogo, 2 e possuía na sua mão
um bloco de anotações aberto. E colocou o seu pé direito sobre a
água, mas o esquerdo sobre a terra, 3 e clamou com grande som,
como o leão que ruge; e quando clamou, falaram os Sete Trovões
as suas vozes. 4 E quando falaram os Sete Trovões, estava pronto
para escrever, e ouvi uma voz dos Sh’may’ que era o sétimo3, que
dizia: “Sela as coisas que falaram os Sete Trovões, e não serão
escritas”. 5 E o Mala’kha’ que vi de pé sobre a água e sobre a terra

3
Ou: e ouvi uma voz dos Sh’may’, que era a sétima
seca que fez erguer a sua mão aos Sh’may’, 6 e jurou por aquele
que vive para além eternamente, o que criou os Sh’may’ e o que
nele há, e a Terra e o que nela há, que outro momento não haverá.
7 Mas4 nos dias do sétimo Mala’kha’, que está destinado para
clamar, cumprir-se-á o mistério de ‘Alaha’, o que declarou aos seus
servos, os nevi’ (profetas).

8 E uma voz ouvi dos Sh’may’ novamente, que falava comigo, e


disse: Vai, toma o bloco de anotações que está na mão do
Mala’kha’ que está em pé sobre a terra e sobre o mar. 9 E come-o;
e te será amargo o teu ventre, mas na tua boca será como mel”. 10
E tomei o bloco de anotações da mão do Mala’kha’, e o comi; e era
na minha boca como mel doce; e quando o comi, amargo o meu
ventre. 11 E disse-me: “Toma para ti outra vez, para profetizar a
respeito dos povos, e nações, e línguas, e muitos reis”.

11
1 E foi-me dada uma cana semelhante a uma vara; e se levantou-
se o Mala’kha’ e disse: “Levanta-te, e unge o Templo de ‘Alaha’, e
o altar, e os que nele adoram. 2 Mas deixa o átrio que está dentro
do Templo, coloque-o do lado de fora e não o medirás; porque foi
dado aos povos; e a cidade separada pisarão quarenta e dois
meses”.

3 “E concederei às minhas duas testemunhas que profetizem mil


duzentos e sessenta dias, enquanto estão vestidas de saco. 4 Estas
são as duas oliveiras e os dois candelabros, que estão diante do
Mara’ de toda a Terra estão de pé. 5 E qualquer que busca danificá-
los, sai fogo das suas bocas e devora os seus inimigos; e qualquer

4
Corrompido
que deseja danificá-los, assim concederá a eles serem mortos. 6 E
elas possuem autoridade de fecharem os Sh’may’, que não desça
chuva nos dias da profecia deles; e possuem autoridade de
converterem as águas em sangue, e de ferirem a Terra com todas as
pragas, como desejarem. 7 E, quando elas completarem o
testemunho delas, o animal que sobe do mar fará contra elas guerra
e as vencerá e as matará. 8 E seus cadáveres estarão sobre a rua da
grande cidade, a qual é chamada espiritualmente S'dom (Sodoma) e
Mesrin (Egito), onde o seu Mor foi crucificado. 9 E viram das
tribos, nações, línguas, e povos os seus cadáveres três dias e meio,
e seus cadáveres não permitirão que sejam colocados na cova. 10 E
os habitantes da Terra se alegrarão a respeito deles, e se
regozijarão; e presentes enviarão uns aos outros, porquanto eram os
dois n’viym (profetas) que atormentaram os habitantes da Terra”.
11 E depois de três dias e meio, a Rokha’ Vivente de ‘Alaha’
entrou neles, e puseram-se sobre seus pés, e a Rokha’ Vivente caiu
sobre eles, e um temor grande sobre os que os viram. 12 E ouviram
uma grande voz dos Sh’may’, que dizia a eles: “Subi aqui”. E
subiram aos Sh’may’ numa nuvem; e contemplaram-nos os seus
inimigos. 13 E naquela hora houve um grande terremoto, e a
décima parte das cidades caíram, e foram mortos no terremoto, e o
nome dos homens: sete mil; e o restante estavam com medo, e
deram o louvor ao ‘Alaha’ que está nos Sh’may’. 14 Eis que dois
ais passaram; e eis que o terceiro vem logo.

15 E o sétimo Mala’kha’ clamou, e houveram grandes vozes nos


Sh’may’, que diziam: “Tornou-se o reino do mundo de nosso
‘Alaha’ e do seu Meshicha’, e possui o reinado para além
eternamente”. 16 E os vinte e quatro anciãos, os que estavam
diante de ‘Alaha’ sentados sobre seus tronos, caíram sobre suas
faces, e prostraram-se para ‘Alaha’, 17 dizendo: “Fazemos um ode
a ti, Mar’ya’ ‘Alaha’, aprende tudo que é, e que era, que tomaste
pelo teu grande poder e reinaste. 18 E os povos iraram-se; e veio a
tua ira, e o tempo dos mortos que serão julgados, e dar a
recompensa aos teus servos, os nevi’ (profetas), e aos separados, e
ao que temem o teu Nome, a pequenos e a grandes, e destruíres
aqueles que destroem a Terra”. 19 E foi aberto o Templo nos
Sh’may’, e eu vi a arca do testamento dele no Templo; e houve
relâmpagos, trovões e vozes, e terremoto e grande saraivada.

12
1 E o grande sinal eu vi nos Sh’may’: uma mulher com um
vestido solar, e a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze
corpos celestes sobre a sua cabeça. 2 E estando grávida, gritava, e
estava em trabalho de parto, também estava sofrendo para dar à
luz. 3 E eu vi outro sinal nos Sh’may’: e eis um grande dragão de
fogo que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças
sete diademas; 4 e a sua cauda arrasta a terça parte dos corpos
celestes que estão nos Sh’may’, e lançou-as sobre a Terra; e o
dragão estava parado diante da mulher que estava destinada a dar à
luz; que, quando desse à luz, ele devoraria o filho dela. 5 E deu à
luz um filho, que era um homem, aquele que estava destinado a
apascentar todas as nações com vara de ferro; e foi arrebatado o
seu filho para ‘Alaha’ e para o seu Trono. 6 E a mulher fugiu para
o deserto, onde já havia para ela ali um lugar que foi preparado por
‘Alaha’, para que ali fossem sustentados mil duzentos e sessenta
dias.

7 E houve guerra nos Sh’may’: Mikha’il e os seus mala’chi’


batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus mala’chi’
fizeram uma guerra, 8 e não foram capazes, e nem lugar se achou
para eles nos Sh’may’. 9 E foi lançado o grande dragão, a serpente
primordial, a que se chama o Acusador Devorador e Satana’, que
faz errar toda a Terra; foi lançado sobre a Terra, e os seus
mala’chi’ com ele foram lançados. 10 E ouvi uma grande voz dos
Sh’may’, que dizia: “Agora é o Livramento, o Poder, e o Reino do
nosso ‘Alaha’; que foi lançado para baixo o delator, aquele que os
acusava noite e dia diante do nosso ‘Alaha’. 11 E eles venceram
pelo sangue do Cordeiro e através da Palavra do seu testemunho; e
não amaram as suas vidas até a morte. 12 Por isso tende alegria ó
Sh’may’, e os que neles habitam. Ai da terra e do mar! Porque
desceu o Acusador Devorador sobre eles com grande ira, enquanto
sabe que pouco tempo possui”.

13 E quando viu o dragão que foi lançado sobre a Terra,


perseguiu a mulher que deu à luz ao homem. 14 E foram dadas à
mulher duas asas de uma grande águia, para que voasse para o
deserto, ao seu lugar, para ser sustentada ali um tempo, tempos, e
metade de um tempo, de diante das faces da serpente. 15 E lançou
a serpente da sua boca, atrás da mulher, águas como um rio, para
fazer que conduzisse as águas passando por ela. 16 E a terra
socorreu a mulher; e a terra abriu a sua boca, e tragou o rio que o
dragão lançara da sua boca. 17 E irou-se o dragão contra a mulher,
e foi fazer guerra ao remanescente da sua semente, os que guardam
os mandamentos de ‘Alaha’, e possuem o testemunho de Yisho’.

13
1 E permaneci sobre a areia do mar. E vi que subia um animal do
mar que possuía dez chifres e sete cabeças, e sobre os seus chifres
dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia. 2 E
o animal que vi era semelhante ao leopardo, e as suas patas como
as do urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu a ele o seu
poder e o seu trono e grande autoridade3 E vi uma de suas cabeças
como ferida de morte, mas de sua ferida mortal tornou-se curado. E
maravilhou-se toda a Terra, seguindo o animal, 4 e ela se prostrou
ao dragão, que deu a autoridade ao animal; e prostraram-se ao
animal, dizendo: “Quem é semelhante a este animal? E quem pode
batalhar com ele”? 5 E foi dada a ele uma boca que falava grandes
coisas e blasfêmias; e foi dada a ele autoridade para fazer por
quarenta e dois meses. 6 E abriu a sua boca para blasfemar diante
de ‘Alaha’, blasfemando o Nome e a morada daqueles que habitam
no Sh’may’. 7 E foi dado a ele fazer guerra aos homens separados,
e vencê-los; e foi dado a ele autoridade sobre todas as tribos,
nações, idiomas e povos. 8 E se prostrarão a ele todos os habitantes
da Terra, esses que não estão inscritos no Livro da Vida do
Cordeiro, morto desde a fundação do mundo. 9 Quem possui
ouvidos, ouvirá. 10 Quem em cativeiro leva, em cativeiro irá; e
aquele que à espada matou, à espada será morto. Esta é a fidelidade
e a perseverança dos homens separados.

11 E vi outro animal que sobe da terra, e tinha dois chifres e era


semelhante ao cordeiro; e falava como dragão. 12 E a autoridade
do primeiro animal inteiramente exercia diante dele; e exercia na
Terra e com seus habitantes. E adoraram o primeiro animal, aquele
que foi restabelecido da sua praga mortal. 13 E fez grandes sinais,
de maneira que fogo fazia descer dos Sh’may’ sobre a Terra diante
dos filhos dos homens; 14 e enganou os que habitavam sobre a
Terra por meio dos sinais que foi dado a ele fazer diante do animal,
dizendo aos que habitavam sobre a Terra fazer um ídolo do animal
que possuía a praga da espada e vivia. 15 E foi dado a ele que
concedesse a rokha’ ao ídolo do animal, e fizesse que todos os que
não adorassem o ídolo do animal fossem mortos. 16 E fez que a
todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, senhores e escravos, que
fosse dado a eles uma marca sobre suas mãos direitas, ou entre os
seus olhos, 17 que nenhum homem venderá ou comprará, senão
aquele que possuir sobre si a marca do nome do animal, ou o
número do seu nome. 18 Aqui é preciso sabedoria e quem possui
entendimento, reconhecerá o número do animal; pois é de filho do
homem, e o seu número é 666.

14
1 E vi, e eis que o Cordeiro em pé sobre o Monte Sehion (Sião), e
com ele cento e quarenta e quatro mil, que traziam o nome dele e o
nome de seu Pai escrito entre os seus olhos. 2 E ouvi uma voz dos
Sh’may’, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande
trovão, a voz que ouvi era como do tocador de cítara, que tange a
sua cítara. 3 E louvavam como um louvor renovado diante do
Trono, e diante dos quatro seres, e diante dos anciãos; e nenhum
homem podia aprender o louvor. E os cento e quarenta e quatro mil
comprados da Terra:4 Estes são os que com mulheres não se
tornaram imundos, são virgens. Pois estes são os que seguem o
Cordeiro para onde quer que ele vá. Estes foram comprados dentre
os homens, primícias para ‘Alaha’ e para o Cordeiro. 5 que nas
suas bocas jamais se achou engano; pois são sem defeito.

6 E vi outro Mala’kha’ que voava pelo meio dos Sh’may’, e


possuía sobre si a Mensagem que é para além, para proclamar aos
habitantes da Terra e a todo povo, com nação, tribo, e idioma, 7 ao
dizer com grande voz: “Temei ‘Alaha’, e dai a ele louvor; porque é
chegada a hora do seu juízo; e prostrai-vos ao que fez os Sh’may’,
a Terra, o mar, e a fontes das águas.
8 E outro, que era o segundo o seguia, e dizia: “Caiu, caiu a
grande Bavil! Aquela que da ira da sua prostituição deu a beber a
todos os povos!

9 E outro Mala’kha’, que era o terceiro, os seguiu dizendo com


grande voz: “Aquele que se prostrou ao animal, e à sua imagem, e
recebeu a sua marca entre os olhos, 10 ele também beberá do vinho
da ira de Mar’ya’, que é diluído sem mistura, no cálice da sua ira; e
será atormentado com fogo e enxofre diante dos mala’chi’
separados e diante do Cordeiro. 11 A fumaça do tormento deles
para além eternamente sobe ; e não têm descanso dia nem e noite
os que se prostram ao animal, à sua imagem, e aquele que recebe a
marca do seu nome. 12 Aqui está a paciência das pessoas
separadas, aqueles que guardam os mandamentos de ‘Alaha’ e a
fidelidade de Yisho’”.

13 E ouvi uma voz dos Sh’may’, que dizia: “Escreve: Benditos os


mortos, os que partiram no Maran desde agora”. “Sim” – diz a
Rokha’ – “para que estejam descansando das suas obras”.

14 E eis uma nuvem branca, e sobre a nuvem sentado um que era


semelhante a filho de homem, e possuía sobre a sua cabeça uma
coroa de ouro, e sobre a mão uma foice branca. 15 E outro
Mala’kha’ saiu do Templo, e clamou com grande voz ao que estava
sentado sobre a nuvem: “Lança a tua foice e colhe, porque veio a
hora da colheita”. 16 E aquele que estava sentado sobre a nuvem
lançou a sua foice sobre a Terra, e a Terra foi colhida.

17 E outro Mala’kha’ saiu do Templo que está nos Sh’may’, e


sobre ele havia uma foice afiada. 18 E outro Mala’kha’ saiu do
altar, que tinha autoridade sobre o fogo, e clamou com alta voz ao
que tinha a foice afiada: “Lança a tua foice afiada, e ajunta os
cachos de uva do carmo da Terra, porque maduras estão as suas
uvas”. 19 E o Mala’kha’ lançou a sua foice sobre a Terra, e ajuntou
do carmo da Terra, e lançou-as no lagar da grande ira de ‘Alaha’.
20 E saiu sangue do lagar até as rédeas dos cavalos, sobre mil e
duzentos estádios.

15
1 E vi outro sinal nos Sh’may’, que era maior e admirável: os
Mala’khi’ que havia sobre eles as sete últimas pragas; que por elas
é consumada a ira de ‘Alaha’.

2 E vi como que um mar de vidro que está misturado com fogo; e


os que sobrepujaram o animal e a sua imagem e o número do seu
nome, que estavam em pé por sobre o mar de vidro, e possuíam
cítaras de ‘Alaha’. 3 E louvavam o louvor de Moshi’ (Moisés),
servo de ‘Alaha’, e o louvor do Cordeiro, e diziam: “Grandes e
admiráveis são as tuas obras, ó Mar’ya’ ‘Alaha’, apreende tudo;
justas e verdadeiras são as tuas obras, Rei do Universo. 4 Quem
não te temerá, Mar’ya’, e não louvará o teu Nome? Porque tu
somente és puro; porque todos os povos virão e se prostrarão
diante de ti, porque és reto”.

5 E depois destas coisas olhei, e abriu-se o Templo do Mashk’na’


do Testemunho nos Sh’may’; 6 e saíram sete Mala’khin do Templo
que tinham sobre si as sete pragas, enquanto vestiam linho fino e
resplandecente, e cingidos sobre seus peitos com cintos de ouro. 7
E um dos quatro Seres deu aos sete Mala’khin sete incensários de
ouro, que estavam cheias da ira de ‘Alaha’ que vive para além
eternamente, ‘amin! 8 E se encheu o Templo de fumaça da
Majestade de ‘Alaha’ e de seu Poder; e não havia quem fosse capaz
de entrar no Templo, até que se cumprissem as sete pragas dos sete
Mala’khin.

16
1 E ouvi uma grande voz do Templo, que dizia aos sete Mala’khin:
“Ide e derramai os sete incensários da ira de ‘Alaha’ sobre a Terra.
2 E foi o primeiro e derramou o seu incenssário sobre a Terra; e
apareceram úlceras malignas e dolorosas sobre os homens que
possuíam a marca do animal e aqueles que se prostravam à sua
imagem.

3 E o segundo Mala’kha’ derramou o seu incensário no mar, e se


tornou o mar morto, e todo ser vivente morreu no mar.

4 E o terceiro Mala’kha’ derramou o seu incensário nos rios e nas


fontes das águas, e se tornaram sangue. 5 E ouvi o anjo das águas
que disse: “Zadiq (Justo) és, o que é e que era, o Puro; que estas
coisas julgaste; 6 porque o sangue de nevi’ (profetas) e de qadishi’
(pessoas separadas) eles derramaram, e sangue deste a eles a beber;
merecedores são”. 7 E ouvi o altar, que dizia: “Sim, Mar’ya’
‘Alaha’ que apreende tudo, verdadeiros e justos são os teus juízos”.

8 E o Mala’kha’ que era o quarto derramou o seu incensário


sobre o sol, e foi dado a ele que abrasasse os filhos dos homens
com grande calor. 9 E blasfemaram o Nome de ‘Alaha’, que tem
autoridade sobre estas pragas; e não “retornaram” para dar a ele o
louvor.

10 E o quinto Mala’kha’ derramou o seu incensário sobre o trono


do animal, e tornou-se o seu reino tenebroso; e os homens mordiam
as suas línguas de dor. 11 E blasfemaram o Nome do ‘Alaha’ dos
Sh’may’, por causa das suas dores, e por causa das suas úlceras; e
não retornaram das suas obras.

12 E o Mala’kha’ que era o sexto derramou o seu incensário


sobre o grande rio Eufrates; e secaram as suas águas, para que se
preparasse o caminho dos reis que vêm do levante do sol. 13 E vi
da boca do dragão, e da boca do animal, e da boca do falso profeta,
três rochi’ (espíritos) não puras, como rãs. 14 Pois são rochi’ de
shi’di’, as que operam sinais; que vão ao encontro dos reis do
mundo, para congregá-los para a batalha do grande dia de ‘Alaha’
que tudo possui. 15 – Eis que venho como ladrão. Bendito aquele
que vigia, e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e vejam a
sua vergonha – 16 E os congregaram no lugar que se chama em
hebraico Magdo.

17 O sétimo Mala’kha’derramou o seu incensário no ar; e saiu


uma grande voz do Templo de diante do Trono, que dizia: (...)

18 E houve relâmpagos, trovões; e houve um grande terremoto,


qual nunca houvera desde que os filhos dos homens existiram
sobre a Terra, como foi este grande terremoto; 19 e sucedeu que a
grande cidade tornou-se três partes, e as cidades dos povos caíram;
e a grande Bavil foi lembrada diante de ‘Alaha’, para dar a ela o
cálice do vinho do furor e da sua ira. 20 E toda ilha fugiu, e os
montes não foram encontrados. 21 E uma grande saraivada como
um peso que desce dos Sh’may’ sobre os filhos dos homens; e os
filhos dos homens blasfemaram de ‘Alaha’ por causa da praga da
saraivada; porque a sua praga era muito grande.

17
1 E veio um dos sete mala’khi’ que carregavam os sete
incensários, e falou comigo, dizendo: “Vem após mim, mostrar-te-
ei o julgamento da prostituta que está sentada sobre muitas águas;
2 com a qual se prostituíram os reis da Terra; e se embriagaram
todos os habitantes da Terra com o vinho da sua prostituição.

3 E me fez sair ao deserto em roch (espírito); e vi uma mulher


montada sobre o animal escarlate, que estava cheia de nomes de
blasfêmia, que possuía sete cabeças, porém dez chifres. 4 E a
mulher era a que estava vestida de vestes púrpuras e de escarlata
que eram adornadas com ouro, pedras preciosas e pérolas; e
possuía o cálice de ouro sobre sua mão, e cheio de imundícias e
impureza da sua prostituição; 5 e entre os seus olhos estava escrito
um mistério: “Grande Bavil, mãe das prostitutas e das impurezas
da terra”. 6 E vi a mulher embriagada com o sangue das pessoas
separadas e com o sangue das testemunhas de Yisho’. E fiquei
admirado com grande admiração quando a vi. 7 E me disse o
Mala’kha’: “Por que estás tão admirado? Eu te direi o mistério da
mulher, e da besta que a leva, a qual tem sete cabeças e dez chifres.
8 O animal que vistes é e não é; o que está destinado a subir do
mar, e à perdição há de ir; e se admirarão os que habitam sobre a
Terra, os cujos nomes não estão escritos no Livro da Vida desde a
fundação do mundo, quando virem o animal que é e não é, e
aproxima. 9 Aqui está a mente que tem sabedoria: sete cabeças são
sete montes, como as que a mulher assenta; 10 e os reis são sete:
cinco caíram; um existe; o outro ainda não veio; e quando vier
pouco tempo será dado a ele, para permanecer. 11 E o dragão e o
animal que é e não é, e é o oitavo rei e dos sete é, e à perdição irá.
12 Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não
receberam reino, mas autoridade como reis uma hora recebem,
com o animal. 13 Estes possuem um desejo, e darão o poder e a
autoridade deles ao animal. 14 Estes guerrearão contra o Cordeiro,
e o Cordeiro os vencerá, porque dos senhores é quem domina e o
rei dos reis; e os que estão com ele, os chamados, eleitos, e fiéis.”.

15 E disse a mim: “As águas que tu viste, sobre as quais assenta a


prostituta, são povos, multidões, nações e línguas. 16 E os dez
chifres que viste no animal, estes odiarão a prostituta e desolada e
nua a tornarão, e sua carne comerão, e a queimarão no fogo. 17
Pois ‘Alaha’ pôs nos seus corações o executarem o desejo dele, e
farão o desejo deles de acordo, e darão o reino deles ao animal, até
que se cumpram as palavras de ‘Alaha’. 18 E a mulher que viste é
a grande cidade, a que possui o Reino sobre os reis da Terra”.

18
1 E depois destas coisas, eu vi outro Mala’kha’ que descia dos
Sh’may’, que tinha grande autoridade, e a Terra brilhou com a sua
majestade. 2 E ele clamou com grande voz: “Caiu, caiu a grande
Bavil, e se tornou morada para shi’dhi’, e a prisão para todas as
rochi’ (espíritos) impuras e detestáveis. 3 Porque do vinho da sua
prostituição ela diluiu para todos os povos, e os reis da terra com
ela se prostituíram; e os mercadores da terra do poder de sua
insanidade enriqueceram”.

4 E ouvi outra voz dos Sh’may’ que dizia: “Saí dela, povo meu,
para que você não sejais participantes dos seus pecados, para que
não recebais de suas pragas. 5 Porque nela se acumularam os
pecados até os Sh’may’, e ‘Alaha’ se lembrou das suas
transgressões. 6 Tornai a dar a ela como também ela tem dado, e
retribuí em dobro a ela conforme as suas obras; no cálice em que
ela diluiu diluí em dobro a ela, 7 por ter se exaltado tanto e se
tornado arrogante que é de tal forma o tormento e o luto; porque
em seu coração disse: ‘Estou sentada como rainha, e não sou viúva,
e luto não verei’. 8 Por isso, num mesmo dia virão sobre ela as
pragas: morte, luto, e fome; e no fogo será queimada; porque o
poderoso Mar’ya’ que a julgou”.

9 E a prantearão e lamentarão por ela os reis da Terra, que com


ela se prostituíram e se tornaram arrogantes, quando virem a
fumaça do seu incêndio; 10 e, estando postos distante por medo do
seu tormento, dirão: “Ai, ai ai! A grande cidade Bavil, a cidade
forte! pois que em uma hora veio o teu julgamento”. 11 E os
mercadores da terra prantearão e ficarão de luto por ela; e as suas
mercadorias não há mais quem compre: 12 mercadorias de ouro, de
prata, de pedras preciosas, de pérolas, de linho fino, de púrpura, de
seda e de escarlata; e toda espécie de madeira odorífera, e todo
utensílio de marfim, e todo utensílio de madeira preciosa, bronze,
ferro e mármore; 13 e canela, especiarias, perfume, incenso, vinho,
azeite, flor de farinha; e ovelhas, cavalos e carros de guerra; e
corpos e almas de filhos dos homens. 14 E os teus frutos desejáveis
de teu ser foram-se de ti, e todos os que amadureceram e são
apreciáveis se foram de ti, e nunca mais os verás, 15 e não os
encontrarão os mercadores destas coisas, que por ela enriqueceram,
ficarão de longe por medo do tormento dela, enquanto choram e
lamentam, 16 e diziam: “Ai, ai! A grande cidade, da que estava
vestida de linho fino, púrpura, e escarlata, e que estava adornada
com ouro, e pedras preciosas, e pérolas!” 17 Porque numa só hora
se esgotou uma riqueza como esta!” E todos os condutores de
navios, e todos que navegavam em embarcações para um destino e
todos os marinheiros, e todos os que no mar trabalham ao longe
estavam; 18 e a prateavam, enquanto viam a fumaça do seu
incêndio, e diziam: “Qual que se assemelha à grande cidade”? 19 E
lançavam pó sobre as suas cabeças, e clamavam, enquanto
choravam e lamentavam, e diziam: “Ai, ai! A grande cidade, na
qual enriqueceram aqueles que possuíam embarcação no mar pelo
seu esplendor! Porque numa só hora foi assolada”. 20 Tende
alegria a respeito dela, ó Sh’may’, e pessoas separadas e shelichi’
(emissários) e nevi’ (profetas); porque ‘Alaha’ julgou a vossa
causa contra ela.

21 Um dos mala’khi’ poderosos pegou uma grande pedra como


de moinho, e lançou no mar, e disse: “Assim com ímpeto lançará
Bavil, a grande cidade, e nunca mais achará. 22 E o som de cítaras,
de shofar, e de vários tipos de músicas, ede trombetas em ti não
mais se ouvirá; 23 e luz de lâmpada não mais será vista em ti, e voz
de noivo e de noiva não mais se ouvirá em ti; porque os teus
mercadores eram os grandes da Terra; porque pelas tuas feitiçarias
foram enganados todos os povos. 24 E nela se achou o sangue dos
nevi’, das pessoas separadas que foram mortas sobre a terra”.

19
1 E depois destas coisas, ouvi grande voz de muitas multidões nos
Sh’may’, que diziam: “Haleloya’! A salvação, a majestade e o
poder ao seu ‘Alaha’; 2 porque verdadeiros e puros são os seus
juízos, porque ele julgou a grande prostituta, a que havia
corrompido completamente a Terra com a sua prostituição, e
requereu o sangue de seus servos das suas mãos”. 3 que diziam
novamente: “Haleloya’! E a fumaça dela sobe para além
eternamente”. 4 E se abaixaram os vinte e quatro anciãos e os
quatro seres prostraram-se ao ‘Alaha’ que está sentado sobre o
Trono, e diziam: “’Amin! Haleloya’!” 5 E uma voz do Trono, que
dizia: “Louvai o nosso ‘Alaha’, todos os seus servos, e os que
temem seu nome, todos os pequenos como grandes”. 6 E ouvi uma
voz de muitas multidões, e como a voz de muitas águas, e como a
voz de poderosos trovões, que diziam: “Haleloya’! Porque reina
Mar’ya’ ‘Alaha’, o que tudo possui. 7 Alegremo-nos, e exultemos,
demos a ele louvor; porque veio as bodas do Cordeiro, e a sua
mulher preparou a si mesma, 8 e foi dado a ela adornar-se de linho
fino puro, resplandecente; pois o linho fino são as retidões das
pessoas separadas.

9 E disseram-me: “Escreve: Benditos aqueles que para a ceia das


bodas do Cordeiro são chamados”. E ele disse a mim: “Estas são as
verdadeiras palavras de ‘Alaha’”. 10 E eu cai diante de seus pés e o
reverenciei, e ele me disse: “Não! Sou teu conservo e de teus
irmãos, os que têm o testemunho de Yisho’; a ‘Alaha’ reverencie
especialmente; pois o testemunho de Yisho’ é a Rokha’ da
profecia”.

11 E vi os Sh’may’ que foram abertos, e eis um cavalo branco; e


o que estava montado sobre ele se chamava Fiel e Verdadeiro; e
com justiça julga e guerreia. 12 Ora, os seus olhos eram como
chamas de fogo; e sobre a sua cabeça muitos diademas; e possuía
um Nome escrito, o qual não se sabia exceto ele. 13 E estava
utilizando a arma que foi desembainhada no sangue; e seu nome
era chamado: A Melta’ (Palavra) de ‘Alaha’. 14 E os exércitos dos
Sh’may’ o seguiam, sobre cavalos brancos, e vestes de linho fino,
branco e puro. 15 E da boca deles saía a espada afiada, para com
ela matarem os povos. E ele os apascentará com vara de ferro; e ele
é o que pisa o lagar da ira do ‘Alaha’ que tudo possui. 16 E possuía
sobre sua arma, e sobre a sua coxa, o nome escrito: Rei dos reis e
Mara’ dos senhores. 17 E vi outro Mala’kha’ em pé no sol; e
clamou com grande voz, e disse às aves que voavam pelo meio dos
Sh’may’: “Vinde, ajuntai-vos para a grande ceia de ‘Alaha’, 18
para comerdes carne de reis, carne de chefes de exércitos, carne de
autoridades, carne de cavalos e dos que sobre eles montavam, e
carne de nobres e escravos, e de pequenos e grandes”. 19 E vi o
animal e os seus exércitos, e os reis da Terra e os seus soldados,
que se reúnem para fazerem guerra contra quem estava montado
sobre o cavalo, e contra seus soldados. 20 E o animal foi
capturado, e o falso nevia’ (profeta) com ele, aquele que fizera os
sinais diante dele com os quais enganou os que receberam a marca
do animal e os que se prostraram à sua imagem. E os dois
desceram e foram lançados no lago de fogo que arde e de enxofre.
21 E os demais, porém, foram mortos pela espada daquele que
estava montado sobre o cavalo, através do que saía da sua boca; e
todas as aves se fartaram das suas carnes.

20
1 E vi outro Mala’kha’ que desceu dos Sh’may’, que havia sobre
ele as chaves do abismo e uma grande cadeia na sua mão. 2 Ele
agarrou o dragão, a serpente primordial, que é o Devorador
Acusador e Satana’, e o prendeu mil anos. 3 E o lançou no abismo,
e fechou e selou sobre ele, para que não mais enganasse todos os
povos. Depois destas coisas é concedida a sua soltura pouco tempo.

4 E vi assentos; e sentaram sobre eles e o julgamento foi dado a


eles, e as almas daqueles que foram degolados por causa do
testemunho de Yisho’ e por causa da Palavra de ‘Alaha’, e aqueles
que não se prostraram ao animal e nem a sua imagem, e não
receberam a marca entre os seus olhos ou sobre suas mãos; que
viveram, e tornaram-se reis com o Meshicha’ mil anos. 5 Esta é a
primeira ressurreição. 6 Bendito e separado aquele que tem parte
na primeira ressurreição; e sobre estes não tem autoridade a
segunda morte; mas serão kaheni’ (sacerdotes) de ‘Alaha’ e do
Meshicha’, e reinarão com ele mil anos.

7 E quando se completar o período de mil anos, satana’ será solto


da sua prisão, 8 e sairá a enganar todos os povos que estão nos
quatro cantos da terra, Ghogh e Maghogh, a fim de ajuntá-los para
a guerra, aqueles cujo número é como a areia do mar. 9 E subiram
sobre a largura da Terra, e cercaram a cidade do acampamento das
pessoas separadas e a cidade querida; mas desceu fogo dos
Sh’may’ de ‘Alaha’, e os devorou; 10 e o Acusador Devorador, o
enganador deles, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão
o animal e o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite
para além eternamente.

11 E vi o grande Trono branco e o que estava sentado sobre ele,


dele, de quem cujas faces fugiu a Terra junto com os Sh’may’; e
lugar não foi achado para eles. 12 E vi os mortos, grandes e
pequenos, que estavam em pé diante do Trono; e livros foram
abertos; outro livro foi aberto, que é o do Juízo; e os mortos foram
julgados pelas coisas que estavam escritas no livro, segundo as
suas obras. 13 E o mar entregou os mortos que nele havia; e a
morte e o Shiol entregaram os mortos que estava próximo deles; e
eles foram julgados, um a um, segundo as suas obras. 14 E a morte
e o Shiol foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.
15 E o que não foi achado gravado na Escritura da Vida, foi
lançado no lago de fogo.
21
1 E vi Sh’may’ novos e Terra nova, Pois os primeiros Sh’may’ e a
primeira Terra passaram, e o mar não existe mais. 2 E a cidade
separada, a Nova ‘Orishlem (Jerusalém) vi, a que descia dos
Sh’may’ junto de ‘Alaha’, que está preparada como uma noiva
adornada para o seu marido. 3 E ouvi grande voz dos Sh’may’, que
dizia: “Eis a Morada de ‘Alaha’ com os filhos dos homens, e habita
com eles, e eles serão o povo dele, e ‘Alaha’ mesmo estará com
eles. E será para eles ‘Alaha’. 4 E ele enxugará todas as lágrimas
de seus olhos; e morte não haverá mais, nem haverá mais pranto,
nem clamor, nem mais dor haverá sobre as faces dele”. 5 E eu fui.
E me disse o que estava sentado sobre o Trono: “Eis que eu faço
renovadas todas as coisas”. E disse-me: “Escreve estas palavras,
fiéis e verdadeiras elas são”. 6 E disse-me ainda: “Eis que eu sou o
‘Alaf e sou o Taw, o princípio e a consumação. A quem tiver sede,
eu darei a ele da Fonte da Água da Vida de graça. 7 E o que é puro
herdará estas coisas; e eu serei seu ‘Alaha’, e ele será meu filho”. 8
“Mas, quanto aos covardes, e aos incrédulos, e aos transgressores,
e aos imundos, e aos homicidas, e aos feiticeiros, e aos adúlteros, e
aos adoradores de ídolos, e a todos os falsos, a sua parte será no
lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte”.

9 E veio um dos sete mala’khin, os que eram deles os sete


incensários que estavam cheios de sete outras pragas, e falou
comigo, dizendo: “Vem, eu te mostrarei a noiva, a mulher do
Cordeiro”. 10 E me fez conduzir em roch (espírito) a um grande e
elevado monte, e mostrou-me a cidade separada, a ‘Orish’lem
(Jerusalém) que descia do Sh’may’ de junto de ‘Alaha’, 11 e
possuía a Majestade de ‘Alaha; e o seu brilho como a semelhança
de uma pedra preciosa, como o jaspe, como a semelhança do
cristal; 12 e possuía uma grande e elevada muralha, e possuía doze
portões, e junto aos portões doze mala’khi’, e os nomes escritos,
que são os nomes das doze tribos de Ysra’il. 13 Do lado oriental
três portões, e do norte três portões, e do sul três portões, e do
ocidente três portões. 14 E a muralha da cidade possuía doze
fundamentos, e sobre eles estavam os doze nomes dos doze shlichi’
(emissários) do Filho.

15 E o que falava comigo possuía sobre si uma cana de medir de


ouro, para medir a cidade, e a sua muralha. 16 E a cidade tinha
quatro lados; e o seu comprimento como a sua largura. E mediu a
cidade com a cana por doze mil estádios; e o seu cumprimento,
largura e altura eram iguais. 17 E a medida da sua muralha era
cento e quarenta ‘amin, pela medida do homem, a mão que é a do
Mala’kha’. 18 E a construção da sua muralha era de jaspe, e a
cidade de ouro puro, à semelhante do vidro límpido. 19 E os
fundamentos da muralha da cidade em pedras preciosas adornadas.
E o primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro,
calcedônia; o quarto, esmeralda; 20 e o quinto, sárdio e ônix; o
sexto, sardônica; o sétimo, pedra de ouro; o oitavo, berilo; o nono,
topázio; o décimo, crisópraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo,
ametista. 21 Os doze portões e as doze pérolas: um a um, e cada
um dos portões era de uma só pérola; mas a praça da cidade era de
ouro puro, como o vidro que havia nela.

22 E Templo não vi nela, pois Mar’ya’ ‘Alaha’, o que tudo


possui, é o seu Templo. 23 E para o Cordeiro e para a cidade não
havia busca do sol, nem da lua, que brilharão nela; pois a
majestade de ‘Alaha’ é o seu brilho, e a sua lâmpada é o Cordeiro.
24 E os povos andam em sua Luz; e os reis da Terra trarão para ela
a sua majestade. 25 Os seus portões não se fecharão de dia, pois
noite não haverá ali; 26 e eles trarão a ela a majestade e a
preciosidade dos povos. 27 E não haverá ali qualquer imundo, e o
que pratica abominação e o que é falso; mas somente os que estão
inscritos no Livro do Cordeiro.

22
1 E mostrou-me o Rio das Águas Vivas, também pura luz como o
cristal, e saía do Trono de ‘Alaha’ e do Cordeiro. 2 No meio da sua
praça, de um lado e de outro junto ao rio a Árvore da Vida, que
produz doze frutos, e em toda renovação da lua produz seu fruto; e
as suas folhas são para a cura dos povos. 3 E qualquer irresgate não
haverá ali. E o Trono de ‘Alaha’ e do Cordeiro nela estará, e os
seus servos o servirão, 4 e verão as suas faces; e o seu Nome entre
seus olhos. 5 E noite não haverá ali, e nem se buscará para eles luz
ou lâmpada, ou luz do sol, porque Mar’ya’ ‘Alaha’ os ilumina; e
reinarão para além eternamente.

6 E disse-me: “Estas palavras são fiéis e verdadeiras; e Mar’ya’


‘Alaha’ dos espíritos dos nevi’ (profetas) separados, enviou o seu
Mal’kha’, para mostrar aos seus servos as coisas que devem
acontecer rapidamente. 7 E eis que eu venho rapidamente; bendito
aquele que guarda as palavras da profecia deste escrito”.

8 Sou Yochanan, quem viu e ouviu estas coisas. E quando vi e


ouvi, prostrei-me para reverenciar diante dos pés do Mal’akha’ que
me mostrava estas coisas. 9 E ele me disse: “Veja! Não sou teu
conservo e de teus irmãos nevi’ (profetas)? E dos que guardam
estas palavras deste livro. A ‘Alaha’ revencie”.

10 E disse-me: “Não seles as palavras da profecia deste livro;


pois o tempo está próximo. 11 Quem é mau, ainda fará maldade: e
quem é tolo, ainda fará tolice; e quem é justo, ainda fará justiça; e
quem é separado, ainda se separará”.

12 “Eis que eu venho logo e a minha recompensa está comigo, e


darei a cada um segundo a sua obra. 13 Eu sou o ‘Alaf e sou o
Taw, o primeiro e o último, o princípio e o fim. 14 Benditos os que
praticam os seus mandamentos, haja a autoridade deles sobre a
Árvore da Vida, e pelas portas entrarão na cidade. 15 E os que
praticam prostituição, homicídios e os adoradores de ídolos ficarão
de fora. E a imundícia, os feiticeiros, e todo o que testemunha e
pratica a falsidade”.

16 “Eu, Yisho’, enviei o meu Mala’kha’ para testificar entre vós


estas coisas diante das congregações. Eu sou a Raiz e a Geração de
Dawidh (Davi) e seu povo, e a Estrela da Manhã Resplandecente”.

17 E a Rokha’ e a noiva dizem: “Vem”. E quem ouve, dirá:


“Vem”. E quem tem sede, virá; e recebe a Água da Vida de graça.

18 Eu testifico a todo que ouve a palavra da profecia destes


escritos: Quem acrescentar a eles alguma coisa, ‘Alaha’
acrescentará a ele as pragas que estão escritas neste livro; 19 e
qualquer que tirar das palavras do livro desta profecia, ‘Alaha’
tirará a sua parte da Árvore da Vida, e da Cidade Separada, que
estão escritas neste livro.

20 Ele diz testificando estas coisas: “Sim, eu venho logo”.

Vem, Mar’ya’ Yisho’.

21 O favor do Maran Yisho’ Meshicha’ seja com todos pessoas


separadas dele. ‘Amin!
Término de Geliana’, de Yochanan, o separado, shelichi’
(emissário) e evangelista. A sua oração pelo pecador que
escreveu, ‘amin!
BREVE INTRODUÇÃO AO IDIOMA SÍRIO

Esse pequeno capítulo é um estudo para iniciantes no idioma sirío,


seu objetivo é repassar lições básicas a respeito desse idioma,
auxiliando o estudante no entendimento dos textos. O idioma sírio,
também chamado de aramaico oriental, é o idioma falado pelos
antigos cristãos sírios, hoje um idioma usado mais em liturgias do
rito Siro-ortodoxo, ou em pequenas comunidades do Iraque e
arredores. Juntamente com o siríaco encontram-se o aramaico
babilônico e mandaico, como representantes do aramaico oriental.
O aramaico ocidental era falado nas comunidades de Israel, e
incluem o aramaico bíblico (de livros como Daniel), galileu,
judaico, samaritano, palmireno e nabateu. O idioma sírio aqui
estudado é chamado de aramaico tardio (século II a IX da era
Comum).

ALFABETO

O Alfabeto siríaco originalmente adotou os caracteres fenícios. A


forma de grafar a letra não é obrigatória, podemos escrever em
siríaco usando as letras quadráticas hebraicas, ou escrever em
hebraico usando caracteres sírios. Devido à padronização na
peshitta da forma chamada “estrangelo edessa” adota-se nesta obra
esse tipo de grafia. A seguinte tabela faz uma comparação entre os
caracteres sírios e hebraicos:

Siríaco Nome Hebraico

‫ܐ‬ Alaf ‫א‬


‫ܒ‬ Bet ‫ב‬
‫ܓ‬ Gamal ‫ג‬
‫ܕ‬ Dalat ‫ד‬
‫ܗ‬ He ‫ה‬
‫ܘ‬ Waw ‫ה‬
‫ܙ‬ Zain ‫ז‬
‫ܚ‬ Chet ‫ח‬
‫ܛ‬ Tet ‫ט‬
‫ܝ‬ Yud ‫י‬
‫ ܟ‬OU ‫ܟܝ‬ Kap ‫ כ‬OU ‫ך‬
‫ܠ‬ Lamad ‫ל‬
‫ܡ‬ Mim ‫ מ‬OU ‫ם‬
‫ܢ‬OU ‫ܢܝ‬ Nun ‫ נ‬OU ‫ן‬
‫ܣ‬ Semchat ‫ס‬
‫ܥ‬ ‘Ain ‫ע‬
‫ܦ‬ Pe’ ‫ פ‬OU ‫ף‬
‫ܨ‬ Sadi’ ‫ צ‬OU ‫ץ‬
‫ܩ‬ Qof ‫ק‬
‫ܪ‬ Rish ‫ר‬
‫ܫ‬ Shin ‫ש‬
‫ܬ‬ Taw ‫ת‬
O estudante pode se utilizar das tabelas abaixo para pronunciar os
sons dos caracteres, entretanto é necessário compreender algumas
regras referentes à pronúncia do siríaco. De acordo com Theodor
Nöldeke, não é possível que ela seja determinada, mas somente
aproximadamente; os massoretas (escribas que indicavam a forma
correta de vocalização das palavras) do oriente identificam que
todos os caracteres podem ser lidos de forma aspirada ou firme,
colocando um “ponto” debaixo do caractere para informar que é
aspirado, ou acima para informar que não é aspirado (um som
fricativo, contínuo, que a pessoa pronuncia enquanto tiver fôlego).
Entretanto essa regra somente é seguida na maioria dos casos nas
consoantes chamadas “Begadekefat” (Bet, Damal, Dalat, Kap, Pe’
e Taw). Os caracteres podem ser classificados como labiais
(pronunciado com os lábios atrás dos dentes superiores), dentais
(formado com a ponta da língua atrás dos dentes), fricativos (som
sibilante gerado pela fricção do sopro passando por uma abertura
estreita pela língua), pré-palatais (a língua contra a parte superior
do palato), velares palatais (parte posterior da língua tocando o
palato mole) e guturais (som da garganta ou faríngie).
Labiais
Lábiodental (contrição
Som bilabial (contato
Caractere do ar entre o lábio e os
dos lábios)
dentes)

‫ܒ‬ B (como em boi) V (como em ver)

‫ܦ‬ P (como em paz) F (como em falar)

‫ܡ‬ M (como em mapa) -


W (como em
‫ܘ‬ Washington)
V (como em vai)

‫ܘ‬
O Waw ( ) na massorá oriental é marcado com um ponto
embaixo, porém esse ponto indica o som de O fazendo o som de ô
longo (como em louvor), a ausência desse ponto pode indicar o
som de U (u longo como em Rute), mas caso o Waw esteja
acompanhado de outra vogal ele possui o som de W (como em
Washington) ou ainda o som de V (como em vai).

Fricativas

Caractere Som não aspirado Som aspirado

Ocasionalmente som
‫ܙ‬ Z (como em zero)
de S (como em sair)
S surdo (como em
‫ܣ‬ sino)
S enfático (como
‫ܨ‬ em sapo)
Não há5

Dentais ou alveolares
Interdental (contato
Caractere Dentais ou Alveolares da língua com os
dentes)
TH (como no inglês
‫ܕ‬ D (como em dedo)
think), mas
transliterado como
DH
T surdo (como em
‫ܬ‬ tenho)
TH (como no inglês
think)
T enfático e não
‫ܛ‬ aspirado
-

‫ܢ‬OU ‫ܢܝ‬ N (como em novo) -

‫ܠ‬ L (como em louvor) -

‫ܪ‬ R (como em caro) -

5
No siríaco, diferente do hebraico, não se lê TZ (como em blitz)
Pré-palatais

Caractere Som não aspirado Som aspirado

CH (como em chiar), mas


‫ܫ‬ -
é transliterado como SH

‫ܝ‬ I (como em ir)

Velares palatais

Caractere Som não aspirado Som aspirado


Som do J
G sonoro (como em
‫ܓ‬ guiar)
espanhol (como
em Juan)
CH alemão (como
‫ ܟ‬OU ‫ܟܝ‬ K surdo (como em Kelvin)
em Bach)
Q enfático (como em
‫ܩ‬ Iraque)
-

Guturais

Caractere Som não aspirado Som aspirado

‫ܐ‬ Oclusão glotal laríngea -

H (como em
‫ܗ‬ -
Halley)
Contração faríngea,
‫ܥ‬ comprimindo-se a -
traqueia
CH alemão (como em
‫ܚ‬ Bach)
-

As tabelas acima foram elaboradas para auxiliar o estudante na


pronúncia dos caracteres sírios, porém os caracteres podem ser
classificados com outras disposições, para uma abordagem mais
ampla, o estudante pode consultar a Gramática do Aramaico
Bíblico, de Reginaldo Gomes de Araújo (Editora Targumim, 2005)
ou outras obras de referência.

Assim como o hebraico e outros idiomas orientais, o siríaco se


escreve da direita para a esquerda, veja abaixo um exemplo de
como deve-se ler uma frase em siríaco (primeira palavra a ser lida,
segunda, em diante):

‫ܒܪܫܝܬ ܐܝܬܘܗܝ ܗܘܐ ܡܠܬܐ‬

... Quarta Terceira Segunda Primeira

VOGAIS

Como no hebraico, o som dos caracteres sempre é emitido antes da


vogal. As vogais no idioma sírio originalmente não eram escritas, e
a pronúncia das palavras era transmitida por tradição (ou seja, pela
massorá). Os antigos caracteres fenícios eram incapazes de
determinar a pronúncia correta dos diversos sons dos idiomas
semitas, por esse motivo muitos desses caracteres representavam
os sons de diversos fonemas semitas. Muitas das vezes uma mesma
palavra era escrita de uma forma num idioma e de outra forma em
outro idioma. Por esse motivo, não podemos determinar a forma de
se pronunciar uma palavra usando-se apenas os caracteres, é
necessário conhecer a pronúncia de cada uma das palavras.

O idioma sírio possui duas formas de vocalização, a ocidental


elaborada por Jacó de Edessa, e a oriental, adotada por crenças
orientais, e que é anterior à vocalização da língua hebraica. Nessa
obra adota-se a vocalização conforme a massorá (tradição) oriental,
embora as duas possam produzir sons bem semelhantes na
pronúncia. A tabela abaixo possui um resumo das vogais adotadas
nesse sistema de vocalização (o círculo pontilhado representa um
caractere qualquer):

A A
I E breve O U Yi
longo breve

ܵ ܵ ܵ ܵ ‫ܘ‬ ‫ܘ‬ ‫ܝ‬


Zelama Zelama
Sekafa Petaha Ruacha’ Ruasa Khuasa
Qashia’ Peshiqa’

O A longo (Sekafa) no aramaico ocidental possui o som de O oco,


essa regra pode ser seguida na transliteração para fazer uma
diferenciação ente o A breve e o A longo, entretanto o leitor deve
ter cuidado ao fazer essa diferenciação. O A breve ou fechado é um
A pronunciado brevemente como o A da palavra barco; o A longo
é fechado como na palavra até.
O I (Zelama Qashia’) é sempre breve (como em pai) e o E (Zelama
Peshiqa’) sempre fechado (como em fez). As vogais O e U são
determinadas com o uso do Waw, sendo que um ponto sobre o
Waw indica o O (Ruacha’) e antes do Waw indica o U (Ruaza). O
Khuasa (ponto embaixo do Yud) indica o i longo (como em hino).
É muito importante que o estudante não confunda certos sinais, um
ponto acima ou abaixo de um caractere indica se a palavra deve ser
lida aspirada ou não, já o sinal petaha possui dois pontos um em
cima e outro embaixo, o ruasa sempre aparece antes de um Waw e
pode ser confundido.

Embora o Alaf, o Yud, o He e o ‘Ayn sejam consoantes, a


pronúncia deles aparenta tão sutil a um ocidental que se
assemelham a vogais, e como essas consoantes podem ser
acompanhas de várias vogais, ao ouvinte aparentará que esses
quatro caracteres representam diversas vogais, entretanto isso é
apenas uma impressão do ouvinte. O Waw e o Yud no final de
palavras tornam-se fracos, e sua pronúncia é muda.

O idioma sírio permite a formação de ditongos, mas apenas nos


seguintes casos: 1) A longo antes do Waw, deve ser lido como AU
2) Yud com vogal E antes do Waw ( ‫)ܝܘ‬, deve ser lido como EU
3) A longo ou breve antes do Yud, deve ser lido como AI 4) Yud
com vogal I antes do Waw ( ‫)ܝܘ‬, deve ser lido como IU 5) Dois
Waws consecutivos ( ‫ )ܘܘ‬deve ser lido como OU.
SÍLABAS

Como vimos acima, a vogal é sempre precedida por uma


consoante, nenhuma sílaba começa com uma vogal e nem termina
com duas consoantes. As sílabas podem ser classificas como
abertas e fechadas.

A sílaba aberta é uma sílaba que termina em uma vogal qualquer.


Exemplo: ‫( ܗܘ‬ho)
A sílaba fechada é uma sílaba que termina em uma consoante.
Exemplo: ‫( ܕܝܢ‬dyn)
Na formação de palavras, segue-se a seguinte regra: após sílabas
abertas, a consoante seguinte é aspirada, por exemplo:
‫‘( ܐܘܠܕ‬awledh, “gerou”), como o lamad possui uma vogal é uma
sílaba aberta e o dalat seguinte é aspirado (dh) e por isso recebe um
ponto abaixo da letra na massorá síria. Da mesma forma se a
consoante é precedida por uma sílaba fechada, ela não é aspirada
(ou fricativa), por exemplo: ‫( ܕܐܬܒܩܝ‬da’tbqy, “que foi
provado”), como o taw é a consoante no final da sílaba, o bet não é
aspirado. Essa regra auxilia um leitor que queira se desfazer dos
sinais massoréticos, embora seja importante o uso deles para
iniciantes no idioma.

O acento tônico das palavras sempre cai na última ou penúltima


sílaba. Na maioria dos casos a sílaba tônica é a última, caindo na
penúltima em casos específicos (veja Gramática do Aramaico
Bíblico para maiores detalhes, p. 44).
DISPOSIÇÃO DAS PALAVRAS

Assim como em outros dialetos semitas, o idioma sírio possui a


característica de reunir prefixos e sufixos em uma palavra. As
preposições e conjunções tornam-se prefixos dentro de uma
palavra, e os pronomes tendem a se tornar sufixos dentro de uma
palavra, mas podem também ser prefixos. Por exemplo, o termo
‫( ܕܡܠܬܗ‬que é sua palavra) possui um prefixo ‫ ܕ‬que funciona
como um pronome relativo (o que, o quê, o qual, etc); por sua vez,
o termo ‫ ܗ‬funciona como um sufixo pronominal que indica a
terceira pessoa do singular (SUA Palavra). O dalat (‫ )ܕ‬quando é
unido a algum termo sempre funciona como um pronome relativo.

Os sufixos pronominais podem ser muito complexos, e é


necessário estudá-los em diversos exemplos (femininos,
masculinos, singular, plural e sufixos usados em verbos). Por este
motivo, ao longo desta obra os casos de sufixos são explicados
conforme a ocorrência dos termos com sufixos. Para um
entendimento mais completo desse modulo, sugere-se uma
consulta a obras de referência (veja o capítulo 2 da Gramática do
Aramaico Bíblico, de Reginaldo Gomes de Araújo).

Quantos aos prefixos, encontramos os seguintes casos:

1) Pronome relativo

‫ܕ‬
O dalat ( ), quando prefixado a um termo, possui função de
pronome relativo, podendo ser traduzido em diversos casos como
“de”, “que”, “qual”, este pronome não se altera de acordo com
gêneros ou números.
2) Preposições

O idioma sírio possui diversas preposições, entretanto algumas são


prefixadas às palavras, entre esses prefixos encontramos:

O bet ( ‫)ܒ‬, quando prefixado, indica a ideia de algo dentro,


interior, interno, etc, podendo ser traduzido como “entre”, “em”,
“por”, “sobre”, “de acordo com”, “acerca”, etc.

‫ܠ‬
O lamad ( ), quando prefixado, indica a ideia de algo direcionado,
em direção a algo ou alguma coisa, assim pode ser traduzido como
“a”, “para”, “em direção a”, “contra”, “a favor de”, etc.

Estas são as preposições inseparáveis, outras preposições separadas


são listadas ao longo desta obra, conforme aparecem no texto.
Preposições podem possuir sufixos nominais, conforme se atestará.

3) Conjunção

‫ܘ‬
O waw ( ), quando prefixado a um termo, indica uma conjunção,
normalmente traduzido como “e”, ligando orações ou termos.
Assim como as preposições, existem muitas conjunções que não
são inseparáveis e serão listadas ao longo desta obra.

VERBOS

Os verbos sírios geralmente possuem a mesma disposição do


hebraico, e as raízes dos verbos possuem três caracteres. Da mesma
forma, os verbos são divididos em: 1) Perfeitos, que indicam uma
ação objetiva, completa, podem ser traduzidos de diversas formas,
dependendo do contexto da frase, mas normalmente indica o tempo
presente, o pretérito perfeito, ou ainda o pretérito perfeito
composto e o pretérito mais-que-perfeito. 2) Imperfeitos, que
indicam uma ação incompleta, futura ou em andamento, podem ser
traduzidos de diversas formas, dependendo do contexto da frase,
mas normalmente indica o tempo futuro, indicativo, subjuntivo;
muitas vezes a “ação contínua” ocorreu no passado, por isso o
verbo deve ser traduzido pelo pretérito. 3) Imperativo. 4) Particípio
5) Infinitivo.

Segue abaixo diversas tabelas de auxílio aos diversos tempos


verbais, e a forma de pronúncia dos mesmos (usando o verbo ‫ܩܛܠ‬
“matar” como base):
PEAL

Peal indica uma ação completa e definitiva:

Perfeito Imperfeito
3ª pessoa masc. sing. ‫ܩܛܠ‬ ‫ܢܩܛܘܠ‬
3ª pessoa fem. sing. ‫ܩܛܠܬ‬ ‫ܬܩܛܘܠܝ‬
2ª pessoa masc. sing. ‫ܩܛܠܬ‬ ‫ܬܩܛܘܠ‬
2ª pessoa fem. sing. ‫ܩܛܠܬܝ‬ ‫ܬܩܛܠܝܢ‬
1ª pessoa do singular ‫ܩܛܠܬ‬ ‫ܐܩܛܘܠ‬
3ª pessoa masc. plur. ‫ܩܛܠܘ‬ ‫ܢܩܛܠܘܢ‬
3ª pessoa fem. plur. ‫ܩܛܠܝ‬ ‫ܢܩܛܠܢ‬
2ª pessoa masc. plur. ‫ܩܛܠܬܘܢ‬ ‫ܬܩܛܠܘܢ‬
2ª pessoa fem. plur. ‫ܩܛܠܬܝܢ‬ ‫ܬܩܛܠܢ‬
1ª pessoa do plural ‫ܩܛܠܢ‬ ‫ܢܩܛܘܠ‬

Imperativo
2ª pessoa masc. sing. ‫ܩܛܘܠ‬
2ª pessoa fem. sing. ‫ܩܛܘܠܝ‬
2ª pessoa masc. plur. ‫ܩܛܘܠܘ‬
2ª pessoa fem. plur. ‫ܩܛܘܠܝܢ‬

Infinitivo
‫ܡܩܛܠ‬
Particípio
‫ ܩܛܠ‬ativo
‫ ܩܛܝܠ‬passivo
HETIPIEL

Hetipiel é a forma passiva do Peal.

Perfeito Imperfeito
3ª pessoa masc. sing. ‫ܐܬܩܛܠ‬ ‫ܢܬܩܛܠ‬
3ª pessoa fem. sing. ‫ܐܬܩܛܠܬ‬ ‫ܬܬܩܛܠ‬
2ª pessoa masc. sing. ‫ܐܬܩܛܠܬ‬ ‫ܬܬܩܛܠ‬
2ª pessoa fem. sing. ‫ܐܬܩܛܠܬܝ‬ ‫ܬܬܩܛܠܝܢ‬
1ª pessoa do singular ‫ܐܬܩܛܠܬ‬ ‫ܐܬܩܛܠ‬
3ª pessoa masc. plur. ‫ܐܬܩܛܠܘ‬ ‫ܢܬܩܛܠܘܢ‬
3ª pessoa fem. plur. ‫ܐܬܩܛܠܝ‬ ‫ܢܬܩܛܠܢ‬
2ª pessoa masc. plur. ‫ܐܬܩܛܬܘܢ‬ ‫ܬܬܩܛܠܘܢ‬
2ª pessoa fem. plur. ‫ܐܬܩܛܬܝܢ‬ ‫ܬܬܩܛܠܢ‬
1ª pessoa do plural ‫ܐܬܩܛܠܢ‬ ‫ܢܬܩܛܠ‬

Imperativo
2ª pessoa masc. sing. ‫ܐܬܩܛܠ‬
2ª pessoa fem. sing. ‫ܐܬܩܛܠܝ‬
2ª pessoa masc. plur. ‫ܐܬܩܛܠܘ‬
2ª pessoa fem. plur. ‫ܐܬܩܛܠܝܢ‬

Infinitivo
‫ܡܬܩܛܠܘ‬
Particípio
‫ ܡܬܩܛܠ‬masc. ativo
‫ ܡܬܩܛܠ‬fem. ativo
PAEL

Pael indica uma ação completa intensiva e enfática:

Perfeito Imperfeito
3ª pessoa masc. sing. ‫ܩܛܠ‬ ‫ܢܩܛܠ‬
3ª pessoa fem. sing. ‫ܩܛܠܬ‬ ‫ܬܩܛܠ‬
2ª pessoa masc. sing. ‫ܩܛܠܬ‬ ‫ܬܩܛܠ‬
2ª pessoa fem. sing. ‫ܩܛܠܬܝ‬ ‫ܬܩܛܠܝܢ‬
1ª pessoa do singular ‫ܩܛܠܬ‬ ‫ܐܩܛ ܠ‬
3ª pessoa masc. plur. ‫ܩܛܠܘ‬ ‫ܢܩܛܠܘܢ‬
3ª pessoa fem. plur. ‫ܩܛܠܝ‬ ‫ܢܩܛܠܢ‬
2ª pessoa masc. plur. ‫ܩܛܠܬܘܢ‬ ‫ܬܩܛܠܘܢ‬
2ª pessoa fem. plur. ‫ܩܛܠܬܝܢ‬ ‫ܬܩܛܠܢ‬
1ª pessoa do plural ‫ܩܛܠܢ‬ ‫ܢܩܛܠ‬

Imperativo
2ª pessoa masc. sing. ‫ܩܛܠ‬
2ª pessoa fem. sing. ‫ܩܛܠܝ‬
2ª pessoa masc. plur. ‫ܩܛܠܘ‬
2ª pessoa fem. plur. ‫ܩܛܠܝܢ‬

Infinitivo
‫ܡܩܛܠܘ‬
Particípio Masculino Particípio Feminino
‫ ܡܩܛܠ‬ativo ‫ ܡܩܛܠ‬ativo
‫ ܡܩܛܠ‬passivo ‫ ܡܩܛܠ‬passivo
HETIPAAL

Hetipiel é a forma passiva do Pael.

Perfeito Imperfeito
3ª pessoa masc. sing. ‫ܐܬܩܛܠ‬ ‫ܢܬܩܛܠ‬
3ª pessoa fem. sing. ‫ܐܬܩܛܠܬ‬ ‫ܬܬܩܛܠ‬
2ª pessoa masc. sing. ‫ܐܬܩܛܠܬ‬ ‫ܬܬܩܛܠ‬
2ª pessoa fem. sing. ‫ܐܬܩܛܠܬܝ‬ ‫ܬܬܩܛܠܝܢ‬
1ª pessoa do singular ‫ܐܬܩܛܠܬ‬ ‫ܐܬܩܛܠ‬
3ª pessoa masc. plur. ‫ܐܬܩܛܠܘ‬ ‫ܢܬܩܛܠܘܢ‬
3ª pessoa fem. plur. ‫ܐܬܩܛܠܝ‬ ‫ܢܬܩܛܠܢ‬
2ª pessoa masc. plur. ‫ܐܬܩܛܬܘܢ‬ ‫ܬܬܩܛܠܘܢ‬
2ª pessoa fem. plur. ‫ܐܬܩܛܬܝܢ‬ ‫ܬܬܩܛܠܢ‬
1ª pessoa do plural ‫ܐܬܩܛܠܢ‬ ‫ܢܬܩܛܠ‬

Imperativo
2ª pessoa masc. sing. ‫ܐܬܩܛܠ‬
2ª pessoa fem. sing. ‫ܐܬܩܛܠܝ‬
2ª pessoa masc. plur. ‫ܐܬܩܛܠܘ‬
2ª pessoa fem. plur. ‫ܐܬܩܛܠܝܢ‬

Infinitivo
‫ܡܬܩܛܠܘ‬
Particípio
‫ ܡܬܩܛܠ‬masc. ativo
‫ ܡܬܩܛܠ‬fem. ativo
AFEL

Afel indica uma ação reflexiva, uma ação causativa.

Perfeito Imperfeito
3ª pessoa masc. sing. ‫ܐܩܛ ܠ‬ ‫ܢܩܛܠ‬
3ª pessoa fem. sing. ‫ܐܩܛܠܬ‬ ‫ܬܩܛܠ‬
2ª pessoa masc. sing. ‫ܐܩܛܠܬ‬ ‫ܬܩܛܠ‬
2ª pessoa fem. sing. ‫ܐܩܛܠܬܝ‬ ‫ܬܩܛܠܝܢ‬
1ª pessoa do singular ‫ܐܩܛܠܬ‬ ‫ܐܩܛ ܠ‬
3ª pessoa masc. plur. ‫ܐܩܛܠܘ‬ ‫ܢܩܛܠܘܢ‬
3ª pessoa fem. plur. ‫ܐܩܛܠܝ‬ ‫ܢܩܛܠܢ‬
2ª pessoa masc. plur. ‫ܐܩܛܠܬܘܢ‬ ‫ܬܩܛܠܘܢ‬
2ª pessoa fem. plur. ‫ܐܩܛܠܬܝܢ‬ ‫ܬܩܛܠܢ‬
1ª pessoa do plural ‫ܐܩܛܠܢ‬ ‫ܢܩܛܠ‬

Imperativo
2ª pessoa masc. sing. ‫ܐܩܛ ܠ‬
2ª pessoa fem. sing. ‫ܐܩܛܠܝ‬
2ª pessoa masc. plur. ‫ܐܩܛܠܘ‬
2ª pessoa fem. plur. ‫ܐܩܛܠܝܢ‬

Infinitivo
‫ܡܩܛܠܘ‬
Particípio Masculino Particípio Feminino
‫ ܡܩܛܠ‬ativo ‫ ܡܩܛܠ‬ativo
‫ ܡܩܛܠ‬passivo ‫ ܡܩܛܠ‬passivo
Estes são os verbos mais comuns no idioma sírio, além destes
existem ainda a forma passiva do Afel, chamada Hetitafal. O
tempo verbal Shafel é pouco comum na peshitta, ocorrendo poucas
vezes, é mais comum no acádico e ugarítico, possui um sentido
causativo, semelhante ao Afel, a forma reflexiva do Shafel é o
Heshitafal. Os estudantes que quiserem se aprofundar nestes
tempos verbais, e também nos verbos irregulares, deve consultar
obras de referência em português e também em outros idiomas.
CHAVE ARAMAICA

1
‫( ܓܠܝܢܐ ܕܝܫܘܥ ܡܫܝܚܐ ܕܝ ݈ܗܒ ܠܗ ܐܠܗܐ ܠܡܚܘܝܘ‬1:1)
‫ܘܗܝ ܡܐ ܕܝܗܝܒ ܠܡܗܘܐ ܒܥܓܠ ܘܫܘܕܥ ܟܕ ܫܠܚ ܒܝܕ‬
݈ ‫ܠܥܒܕ‬
‫ܡܠܟܗ ܠܥܒܕܗ ܝܘܚܢܢ‬

1 Geliana (revelação) de Yisho’ Meshicha’, que deu a ele ‘Alaha


para mostrar aos seus servos coisas que são próprias que
aconteçam rapidamente; e mostrou quando enviou pela mão do seu
Mala’ch (mensageiro), para seu servo Yochanan;

1‫“ ܓܠܝܢܐ‬geliana”, “revelação”, “manifestação”, “aparição”.


‫ ܝܫܘܥ‬normalmente a massorá (pronúncia das palavras dadas pelo
escriba) aramaica possui “Yisho’” como transliteração para esse
nome, forma aramaica do nome comumente chamado Jesus. A
massorá oriental vocaliza esse nome como Yisho’, a massorá
ocidental possui Yesho’. ‫“ ܡܫܝܚܐ‬meshicha’” forma aramaica de
“Messias”, “ungido”, hebraico: ‫“ משיח‬mashiach”. ‫“ ܕܝ ݈ܗܒ‬que ele
deu”, com a partícula prefixada ‫ܕ‬ “de”, “que” ‫“ ܝܗܒ‬ele deu”,
verbo irregular,correspondente hebraico: ‫“ יהב‬Yahav”, o hebraico
somente usa no imperativo. ‫“ ܠܗ‬a ele”, preposição ‫“ ܠ‬para”, “por”
seguida do pronome masculino. ‫“ ܐܠܗܐ‬Alaha”, forma definida
(enfática) de ‫“ ܐܠܗ‬Alah”, “Poderoso”, “Supremo Ser”,
comumente traduzido como “Deus”. ‫“ ܠܡܚܘܝܘ‬para estar
mostrando”, Infinitivo de ‫“ ܚܘܐ‬mostrar”. ‫ܘܗܝ‬ ݈ ‫“ ܥܒܕ‬seus
servos”. ‫“ ܝܗܝܒ‬serão dadas”, particípio plural. ‫ ܠܡܚܘܝܘ‬variante
como particípio do termo ‫ ܗܘܐ‬provavelmente um primitivo e
indeclinável nome, significando “existência”,”ser”. ‫ܒܥܓܠ‬
“rapidamente”, advérbio. ‫“ ܘܫܘܕܥ‬e mostrou”, a partícula vav ‫ܘ‬
traduzida como “e” ou “então”, “assim”, o aramaico não possui o
wayyqtol e weqatal encontrado no hebraico, portanto a partícula
sempre é um complemento de uma ação inferior; ‫ ܫܘܕܥ‬verbo
irregular. ‫ܟܕ‬ conjunção “quando” ou “enquanto”. ‫“ ܫܠܚ‬ele
enviou” Peal (completo), forma verbal semelhante ao Qal hebraico,
tempo perfeito (normalmente traduzido como pretérito, algumas
vezes como o tempo presente). ‫ܒܝܕ‬ “pela mão”, termo com a
preposição ‫ܒ‬ “em”, “dentro” ou ainda “pelo(a)” (que aqui é o
caso), ‫“ ܝܕ‬mão”, a expressão aqui é idiomática, pela mão = através.
‫ܡܠܟܗ‬ “mala’ch de”, “mensageiro de”, comumente traduzido
como “anjo”, o sufixo indica o pronome masculino, “seu
mensageiro” (de Alaha). ‫“ ܥܒܕܗ‬seu servo”. ‫“ ܝܘܚܢܢ‬Yochanan”,
conforme a massorá aramaica, massorá hebraica: Yochanan. As
edições do texto do manuscrito Crawford omitem a expressão “as
coisas que são próprias que aconteçam” e vertem como “quando
será concedido a acontecer”. Essas correções são frequentes no
texto Crawford, e sempre a tradução do texto seguirá conforme a
versão do manuscrito, sendo indicado sempre que necessário na
análise crítica abaixo.
‫( ܗܘ ܕܐܣܗܕ ܠܡܠܬܐ ܕܐܠܗܐ ܘܠܣܗܕܘܬܗ ܕܝܫܘܥ ܡܫ‬1:2)
‫ܝܚܐ ܟܠ ܡܐ ܕܚܙܐ‬

2 o qual fez um testemunho pela Melta’ (palavra) de ‘Alaha, e pelo


testemunho de Yisho’ Meshicha’, todas estas coisas que viu.

2 ‫ܗܘ‬ “ele”, pronome. ‫ܕ‬ ver verso anterior. ‫ܐܣܗܕ‬ “fez um


testemunho”, Afel – forma verbal aramaica, semelhante ao Hifil –
tempo perfeito. ‫ ܠ‬ver verso anterior. ‫“ ܡܠܬܐ‬Melta’”, “Palavra”,
def. de ‫ ܡܠ‬nome feminino, “uma palavra”, “expressão”, “coisa”,
“causa”, “assunto”, hebraico e caldaico: ‫“ מלה‬Palavra” (Dn 2:9),
“coisa” (Dn 2:5). ‫ܣܗܕܘܬܗ‬ “testemunho de”, com sufixo
masculino.

‫ܘܗܝ ܠܡܢ ܕܩܪܐ ܘܠܝܠܝܢ ܕܫܡܥܝܢ ܡܠ‬ ݈ ‫( ܛܘܒ‬1:3)


‫ܕܢܒܝܘܬܐ ܗܕܐ ܘܢܛܪܝܢ ܐܝܠܝܢ ܕܟܬܝܒܢ ܒܗ ܙܒܢܐ ܓܝܪ ܩܪܒ ܀‬

3 Feliz aquele que lê e os que ouvem as palavras desta profecia e


guardam as coisas que estão escritas nela; pois o tempo aproximou.

3 ‫ܘܗܝ‬
݈ ‫ܛܘܒ‬ “feliz é”, “bendito é”, termo derivado de ‫ܛܘܒ‬
“bom”, “boa”, “melhor”, “felicidade”, etc. ‫ܩܪܐ‬ “lê”, “chama”,
texto grego: anaginoskon (particípio presente ativo) ler em voz
alta, o texto grego refere-se às leituras públicas, o texto sírio é
menos enfático. ‫“ ܐܝܠܝܢ‬aqueles”, pronome demonstrativo plural,
assim como no hebraico tais pronomes podem ser substantivados,
como na frase seguinte deste versículo. ‫“ ܫܡܥܝܢ‬ouvem”. ‫ܡܠ‬
“mili’”, “palavras”, plural def., ver verso anterior. ‫ܢܒܝܘܬܐ‬
“naviota’”, “inspiração”, “profecia”. ‫ܗܕܐ‬ “desta”, pronome
demonstrativo feminino. ‫“ ܢܛܪܝܢ‬guardam”, do termo ‫ܢܛܪ‬
“guardar”. ‫“ ܟܬܝܒܢ‬escritas”. ‫“ ܙܒܢܐ‬tempo”, “estação”. ‫ܓܝܪ‬
“pois”, esta partícula jamais inicia uma frase na estrutura do texto
sírio.

‫( ܝܘܚܢܢ ܠܫܒܥ ܥܕܬܐ ܕܒܐܣܝܐ ܛܝܒܘܬܐ ܠܟܘܢ‬1:4)


‫ܘܗܝ ݈ܗܘܐ ܘܐܬܐ‬
݈ ‫ܘܗܝ ܘܐܝܬ‬
݈ ‫ܘܫܠܡܐ ܡܢ ܗܘ ܕܐܝܬ‬
‫ܘܡܢ ܫܒܥ ܪܘܚܐܐܝܠܝܢ ܕܩܕܡ ܟܘܪܣܝܗ‬

4 Yochanan, às sete congregações que estão na Ásia: Felicidade a


vós e paz daquele que era, e é, e vem, e das sete rochi’ que estão
diante do seu Trono;

4 ‫ܫܒܥ‬ “sete”. ‫ܥܕܬܐ‬ “’Edhatha’”, “congregações”,


“assembleias”, “reuniões”, comumente traduzido no Novo
Testamento como igrejas. ‫“ ܫܠܡܐ‬sh’lama’”, def. de ‫ܫܠܡ‬
“shelam”, “completude”, “perfeição”, “paz”. O texto do
manuscrito possui a expressão “paz”, porém é vertido nas edições
como sh’lama’. ‫ܘܗܝ ݈ܗܘܐ ܘܐܬܐ‬
݈ ‫ܘܗܝ ܘܐܝܬ‬
݈ ‫ܡܢ ܗܘ ܕܐܝܬ‬
expressão que refere-se ao Todo Poderoso, é singular deste livro,
“daquele que era, e é, e vem”. ‫“ ܪܘܚܐ‬rochi’”, plural de ‫ܪܘܚܐ‬
“Rokha’’” “direção”, “vento”, “espaço aberto”, “espírito”. ‫ܩܕܡ‬
“diante”. ‫“ ܟܘܪܣܝܗ‬seu trono”.

‫( ܘܡܢ ܝܫܘܥ ܡܫܝܚܐ ܣܗܕܐ ܡܗܝܡܢܐ ܒܘܟܪܐ‬1:5)


‫ܕܡܝܬܐ ܘܪܫܐ ܕܡܠܟܐ ܕܐܪܥܐ ܗܘ ܕܡܚܒ ܠܢ ܘܫܪܐ ܠܢ ܡܢ‬
‫ܚܛܗܝܢ ܒܕܡܗ‬

5 e de Yisho’ Meshicha’, Testemunha Fiel, Primogênito dos


mortos e o Principal dos reis da terra. Aquele que nos ama, e nos
soltou dos nossos pecados pelo seu sangue,

5 ‫“ ܡܗܝܡܢܐ‬fiel”, “crente”, “confiante”, particípio; o texto aqui


é uma série de títulos. ‫“ ܒܘܟܪܐ‬primogênito”, nome masculino
def., hebraico: ‫“ בכור‬Bechor”. ‫“ ܡܝܬܐ‬mortos”, nome plural
def.. ‫“ ܪܫܐ‬principal”, “cabeça”, “governante”. ‫“ ܡܠܟܐ‬reis”.
‫“ ܐܪܥܐ‬área”, “região”, “território”, “terra”. ‫“ ܕܡܚܒ‬que ama”,
particípio. ‫“ ܠܢ‬a nós”. ‫“ ܫܪܐ‬soltou” Peal, perfeito, pode ter o
sentido de “habitar”, “acampar” (mas não aqui).

‫( ܘܥܒܕ ܠܢ ܡܠܟܘܬܐ ܟܗܢܝܬܐ ܠܠܗܐ ܘܐܒܘ ݈ܗܝ‬1:6)


‫ܘܠܗ ܬܫܒܘܚܬܐ ܘܐܘܚܕܢܐ ܠܥܠܡ ܥܠܡܝܢ ܐܡܝܢ‬

6 e fez para nós um Reino Sacerdotal para ‘Alaha, e seu PAI, e


dele a majestade e domínio para além eternamente. Amin!

6 ‫ܥܒܕ‬ “ele fez”, Peal, perfeito. ‫ܡܠܟܘܬܐ‬ “malkotha’”,


“Reino”, “Majestade”. ‫“ ܟܗܢܝܬܐ‬kahenaita’”, “sacerdotal”,
“sagrado”, “consagrado”. ‫“ ܬܫܒܘܚܬܐ‬teshbochtha’”,
“majestade”, “honra”, “magnificência”, “cânticos” (no sentido de
enaltecer). ‫’“ ܐܘܚܕܢܐ‬ordana”, “poder”, “jurisdição”, “domínio”.
‫“ ܠܥܠܡ‬para além”, “eternamente”, “para sempre”. ‫ ܥܠܡܝܢ‬plural do
termo anterior. ‫“ ܐܡܝܢ‬Amin”, “verdadeiramente”, termo usado
para consentimento a uma sentença, também usado como
substantivo (não aqui).

‫ܝܗܝ ܟܠ ܥܝܢܐ ܘܐܦ‬


݈ ‫( ܗܐ ܐܬܐ ܥܡ ܥܢܢܐ ܘܢܚܙܝܢ‬1:7)
‫ܘܗܝ ܟܠ ܫܪܒܬܐ ܕܐܪܥܐ ܐܝܢ‬ ݈ ‫ܐܝܠܝܢ ܕܕܩܪܘ ݈ܗܝ ܘܢܪܩܕܢ ܥܠ‬
‫ܘܐܡܝܢ‬

7 Eis que vem com as nuvens, e o verão todos os olhos, até


mesmo os homens que o feriram; e lamentarão sobre ele todas as
tribos da terra. Sim. Amin!

7 ‫“ ܐܬܐ‬ele vem”. ‫“ ܥܡ‬com”. ‫“ ܥܝܢܐ‬nuvens”, nome feminino


def., hebraico e caldeu: ‫“ ענן‬anan”. ‫ܝܗܝ‬
݈ ‫“ ܢܚܙܝܢ‬o verão” tempo
imperfeito (normalmente traduzido como futuro). ‫“ ܟܠ‬todos”.
‫“ ܥܝܢܐ‬olhos”. ‫“ ܐܦ‬também”. ‫“ ܕܩܪܘ ݈ܗܝ‬o feriram”, Peal,
perfeito. ‫“ ܢܪܩܕܢ‬lamentarão”, Peal, imperfeito. ‫ܘܗܝ‬
݈ ‫“ ܥܠ‬sobre
ele”, “á respeito dele”. ‫“ ܫܪܒܬܐ‬tribos”. O manuscrito possui
“homens que o feriram”, mas as edições do texto vertem como
“aqueles que o feriram”.

‫ܘܗܝ‬
݈ ‫( ܐܢܐ ܐܠܦ ܘܬܘ ܐܡܪ ܡܪܝܐ ܐܠܗܐ ܗܘ ܕܐܝܬ‬1:8)
‫ܘܗܝ ݈ܗܘܐ ܘܐܬܐ ܗܘ ܕܐܚܝܕ ܟܠ ܀‬
݈ ‫ܘܐܝܬ‬

8 Eu sou o Alaf também o Taw, diz Mar’ya’ ‘Alaha, aquele que


era, e é, e vem, ele que abarca tudo em unidade.
8 ‫“ ܐܢܐ‬eu”. ‫“ ܐܠܦ‬alaf” ou “alef”. ‫“ ܬܘ‬taw” (hebraico – tav).
‫ܡܪܝܐ‬ “Mar’ya’”, termo utilizado para referir-se a YHWH no
Tanakh (comumente chamado Antigo Testamento), possui a
mesma referência na peshitta do Novo Testamento.
‫ܗܘ ܕܐܚܝܕ ܟܠ‬ “ele que abarca tudo”, “que segura”, o termo
possui a ideia de unidade, como alguém que abraça, apreende,
compreende, etc., todas as coisas como uma só.

‫( ܐܢܐ ܝܘܚܢܢ ܗܘ ܐܚܘܟܘܢ ܘܒܪ ܫܘܬܦܟܘܢ‬1:9)


‫ܒܐܘܠܨܢܐ ܘܒܡܣܝܒܪܢܘܬܐ ܕܒܝܫܘܥ ܗܘܝܬ ܒܓܙܪܬܐ‬
‫ܕܡܬܩܪܝܐ ܦܛܡܘܣ ܡܛܠ ܡܠܬܐ ܕܐܠܗܐ ܘܡܛܠ ܣܗܕܘܬܐ‬
‫ܕܝܫܘܥ ܡܫܝܚܐ‬

9 Eu, Yochanan, o vosso irmão e filho da vossa participação na


tribulação, e na paciência que há em Yisho’. Eu estava na ilha que
era chamada Patmos, por causa da Melta’ (palavra) de ‘Alaha, e
por causa do testemunho de Yisho’ Meshicha’.

9 ‫“ ܐܚܘܟܘܢ‬vosso irmão”. ‫“ ܫܘܬܦܟܘܢ‬vossa participação”,


com afixo da segunda pessoa do plural, “ser um companheiro”,
“participante”. ‫“ ܐܘܠܨܢܐ‬tribulação”, “opressão”, “aflição”,
“problema”. ‫“ ܡܣܝܒܪܢܘܬܐ‬paciência”, “auto-controle”,
‫“ ܡܤܒܪܢܐ‬pregação”. ‫“ ܗܘܝܬ‬estava”, perfeito. ‫“ ܓܙܪܬܐ‬ilha”.
‫“ ܕܡܬܩܪܝܐ‬que era chamada”. ‫“ ܦܛܡܘܣ‬Patmos”, apenas aqui
no Novo Testamento. ‫ ܡܛܠ‬preposição: “porque”, “por causa de”.
‫ ܡܠܬܐ‬ver Ap 1:2. ‫ ܐܠܗܐ‬ver Ap 1:2. ‫ ܣܗܕܘܬܐ‬ver Ap 1:2. O
fato de Yochanan estar exilado na ilha de Patmos indica que ele
havia sido banido por um govenardor ou até mesmo o próprio
imperador, pois ele não havia sido executado, estando sob
deportatio (exílio com confisco de bens) ou relegatio (sem o
confisco). Haviam muitos locais de exílio, e a ilha de Patmos era
um deles.

‫( ܘܗܘܝܬ ܒܪܘܚ ܒܝܘܡܐ ܕܚܕ ܒܫܒܐ‬1:10)


‫ܘܫܡܥܬ ܡܢ ܒܣܬܪܝ ܩܠ ܪܒܐ ܐܝܟ ܫܝܦܘܪܐ‬

10 E eu estava em roch (espírito) no primeiro dia da semana, e


ouvi por detrás de mim uma voz grande, como do shofar,

10 ‫“ ܪܘܚ‬roch”, “vento”, “espírito”, “direção”, o estado do nome


não é enfático, demonstrando que não é uma referência à Ruach de
Alaha, isso significa que Yochanan teve uma experiência mística,
um arrebatamento de sentidos. ‫ܒܝܘܡܐ ܕܚܕ ܒܫܒܐ‬ literalmente:
“no dia um pelo shaba’”; a expressão indica o primeiro dia da
semana, o “domingo”. Alguns comentaristas procuram dar algum
sentido religioso a respeito disso, mas o que está sendo dito aqui é
que apenas ele teve essa experiência nesse dia. ‫“ ܫܒܐ‬Shaba’”
“sábado”, “shabta”, “shabat”, o dia guardado pelos israelitas,
‫“ ܫܡܥܬ‬eu ouvi”, Peal perfeito.
conforme a Lei (Torá) determina.
‫“ ܒܣܬܪܝ‬atrás de mim”. ‫“ ܩܠ‬qala”, “voz”, “som”, hebraico: ‫קול‬
“qol”. ‫“ ܪܒܐ‬qrande”, aqui possui o sentido de “alta”. ‫ܫܝܦܘܪܐ‬
“shifora’”, um chifre usado para emitir sons de batalhas, em
hebraico: Shofar.

‫ܕܐܡܪ ܐܝܠܝܢ ܕܚܙܝܬ ܟܬܘܒ ܒܟܬܒܐ‬ (1:11)


‫ܘܫܕܪ ܠܫܒܥ ܥܕܬܐ ܠܦܣܘܣ ܘܠܙܡܘܪܢܐ ܘܠܦܪܓܡܘܣ‬
‫ܘܠܬܐܘܛܝܪܐ ܘܠܣܪܕܝܣ ܘܠܦܝܠܕܠܦܝܐ ܘܠܠܕܝܩܝܐ‬

11 que dizia: “Aquelas coisas que tu estás vendo, escreves numa


escritura, e envia às sete congregações: a Éfeso, a Esmirna, a
Pergamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadelfia e a Laodiceia”.

11 ‫ ܐܝܠܝܢ‬pronome usado como nome “aquelas coisas”. ‫ܚܙܝܬ‬


“viste”. ‫“ ܟܬܘܒ‬escreves” Peal imperativo. ‫“ ܟܬܒܐ‬ketava’”,
“uma escritura”, “livro”. ‫ ܥܕܬܐ‬ver 1:4.

‫( ܘܗܦܟܬ ܠܡܕܥ ܩܠ ܐܝܢܐ ܕܡܠܠ ܥܡܝ ܘܟܕ ܥܛܦܬ ܚܙ‬1:12)


‫ܝܬ ܫܒܥ ܡܢܪܢ ܕܕܗܒܐ‬

12 Virei-me para conhecer a voz de quem falou comigo. E


quando virei, contemplei sete candelabros de ouro,

12 ‫ܗܦܟܬ‬ “virei”, “virei o rosto”.‫“ ܡܢܪܢ‬menaran”, o termo


normalmente é ‫ ܡܢܪܐ‬e o plural ‫ ܡܢܪܬܐ‬aqui o plural está no
absoluto, “candelabros”, hebraico: “menorot”. ‫“ ܕܗܒܐ‬ouro”.

‫( ܘܒܡܨܥܬܐ ܕܡܢܪܬܐ ܐܝܟ ܕܡܘܬܐ ܕܒܪܢܫܐ‬1:13)


‫ܘܗܝ ܐܣܪܐ ܕܕܗܒܐ‬
݈ ‫ܘܠܒܝܫ ܐܦܘܕܐ ܘܐܣܝܪ ܨܝܕ ܬܕ‬

13 e no meio dos candelabros como que a imagem de um filho do


homem, e vestindo um éfode, e cingia próximo do seu peito um
cinto que era de ouro;
13 ‫ܒܡܨܥܬܐ‬ “no meio”, Jo 20:26. ‫ܕܡܘܬܐ‬ “forma”,
“semelhança”, “imagem”. ‫ܒܪܢܫܐ‬ termo idiomático, “filho do
homem”, possui o sentido de “ser humano”, “homem”. ‫ܐܦܘܕܐ‬
“éfode”. ‫“ ܨܝܕ‬próximo”, o cinto estava entre os quadris e o seu
peito: ‫ܘܗܝ‬
݈ ‫ܬܕ‬. A imagem aqui é semelhante às vestes do
sacerdote.

‫( ܪܫܗ ܕܝܢ ܘܣܥܪܗ ܚܘܪ ܐܝܟ ܥܡܪܐ ܘܐܝܟ ܬܠܓܐ‬1:14)


‫ܘܗܝ ܐܝܟ ܫܠܗܒܝܬܐ ܕܢܘܪܐ‬݈ ‫ܘܥܝܢ‬

14 Mas sua cabeça e seu cabelo era branco como a lã, e como a
neve; e os seus olhos como labaredas de fogo;

14 ‫“ ܣܥܪܗ‬seu cabelo”. ‫“ ܚܘܪ‬branco”. ‫“ ܥܡܪܐ‬lã”. ‫ܬܠܓܐ‬


“neve”. ‫ܘܗܝ‬
݈ ‫“ ܥܝܢ‬seus olhos”. ‫ ܫܠܗܒܝܬܐ‬termo comum no livro
de Revelação, “labaredas”, “flamas”. ‫“ ܢܘܪܐ‬fogo”.

‫ܘܗܝ ܒܕܡܘܬܐ ܕܢܚܫܐ ܠܒܢܝܐ ܕܡܚܡ‬


݈ ‫( ܘܪܓܠ‬1:15)
‫ܒܐܬܘܢܐ ܘܩܠܗ ܐܝܟ ܩܠ ܕܡܝܐ ܣܓܝܐܐ‬

15 e os seus pés, na forma do bronze dos libaneses que refinou


numa fornalha; e a sua voz como a voz de muitas águas.

15 ‫ܘܗܝ‬
݈ ‫“ ܪܓܠ‬seus pés”. ‫ ܕܡܘܬܐ‬ver 1:13.‫“ ܢܚܫܐ‬bronze,
“latão”. ‫“ ܡܚܡ‬queimado”, “aquecido”, aqui no sentido de refinar
o metal. ‫“ ܐܬܘܢܐ‬fornalha”, idioma caldeu: ‫“ אתון‬atun”.
‫( ܘܐܝܬ ܠܗ ܒܐܝܕܗ ܕܝܡܝܢܐ ܫܒܥܐ ܟܘܟܒܝܢ ܘܡܢ‬1:16)
‫ܦܘܡܗ ܢܦܩܐ ܪܘܡܚܐ ܚܪܝܦܬܐ ܘܚܙܬܗ ܐܝܟ ܫܡܫܐ ܡܚܘܝܐ‬
‫ܒܚܝܠܗ‬

16 E ele possuía na sua mão direita sete corpos celestes; e da sua


boca saía uma Rokha’6 afiada; e o seu aspecto como o sol que
aparece na sua intensidade.

16 ‫ ܒܐܝܕܗ ܕܝܡܝܢܐ‬literalmente: “na sua mão que é a direita”.


‫“ ܟܘܟܒܝܢ‬estrelas”, “planetas”, plural de ‫“ ܟܘܟܒܐ‬estrela”. A
referência aos sete corpos celestes é a dos sete planetas conhecidos
na época e que estavam associados às sete lâmpadas do candelabro.
‫ܦܘܡܗ‬ “sua boca”. ‫ܪܘܡܚܐ‬ “lança”, “lanceiro”, conforme as
edições do manuscrito, porém o manuscrito possui Rokha’
(espírito), porém é provável que seja um erro do copista (o termo
no manuscrito está marcado pelo copista, indicando o erro de
leitura). ‫ܚܙܬܗ‬ “sua visão”, “seu aspecto”, “sua
aparência”. ‫ܫܡܫܐ‬ “shemsha’”, “o sol”. ‫“ ܒܚܝܠܗ‬em sua força”,
“em sua intensidade”.

‫ܘܗܝ ܐܝܟ ܡܝܬܐ ܘܣܡ‬݈ ‫( ܘܟܕ ܚܙܝܬܗ ܢܦܠܬ ܥܠ ܪܓܠ‬1:17)


‫ܥܠܝ ܐܝܕܗ ܕܝܡܝܢܐ ܠܡܐܡܪ ܠ ܬܕܚܠ ܕܐܢܐ ܐܝܬܝ ܩܕܡܝܐ‬
‫ܐܚܪܝܐ‬
݈ ‫ܘ‬

6
lança
17 E quando o vi, caí sobre seus pés como um morto; e ele pôs
sobre mim a sua mão direita, ao dizer: “Não temas; Eu sou o
Primeiro e o Último;

17 ‫“ ܢܦܠܬ‬eu cai” Peal, perfeito. ‫“ ܡܝܬܐ‬morto”, “defunto”.


‫ܐܚܪܝܐ‬݈ ‫“ ܩܕܡܝܐ ܘ‬primeiro e último”, título do livro de
Revelação, os termos aparecem em outro contexto em Mt 19:30.

‫( ܘܕܚܝ ܘܕܡܝܬܐ ܗܘܝܬ ܘܗܐ ܚܝܐ ܐܝܬܝ ܠܥܠܡ ܥܠܡܝܢ‬1:18)


‫ܐܡܝܢ ܘܐܝܬ ܠܝ ܩܠܝܕܐ ܕܡܘܬܐ ܘܕܫܝܘܠ‬

18 e o que vive, e o que morre, mas eis vivo estou para sempre
eternamente. Amin! e tenho comigo a chave da morte e do Shiol”.

18 ‫“ ܕܚܝ‬o que vive”. ‫ܕܡܝܬܐ ܗܘܝܬ‬ literalmente: “que morto


estive”, existe um aspecto místico dentro dessa expressão. ‫ܠܥܠܡ‬
“para além”, “para sempre”, um longo e indefinido espaço de
tempo, plural: ‫ܥܠܡܝܢ‬ ver 1:6, hebraico: ‫עולם‬ “Olam”, idoma
caldeu:‫“ עלם‬Alam” (Dn 3:33). ‫ ܐܡܝܢ‬ver 1:6. ‫“ ܩܠܝܕܐ‬chaves”,
termo derivado de uma palavra grega. ‫“ ܫܝܘܠ‬shiol”, “cova”, “as
regiões inferiores”, o conceito de Shiol foi reformulado diversas
vezes na cultura judaica e semita, porém sempre se refere ao local
para onde os mortos vão.

‫( ܟܬܘܒ ܗܟܝܠ ܡܐ ܕܚܙܝܬ ܘܐܝܠܝܢ ܕܐܝܬܝܗܝܢ‬1:19)


‫ܘܥܬܝܕܢ ܠܡܗܘܐ ܒܬܪ ܗܠܝܢ‬
19 “Escreves, pois, o que viste, e as que são, e as que haverão de
acontecer depois destas”.

19 O uso de pronomes como nomes neste versículo é constante.

‫ܐܪܙܐ ܕܫܒܥܐ ܟܘܟܒܝܢ ܐܝܠܝܢ ܕܚܙܝܬ ܥܠ ܝܡܝܢܝ‬


݈ (1:20)
‫ܘܫܒܥ ܡܢܪܬܐ ܫܒܥܐ ܟܘܟܒܝܢ ܡܠܟܐ ܕܫܒܥ ܥܕܬܐ‬
‫ܐܝܬܝܗܘܢ ܘܡܢܪܬܐ ܫܒܥ ܕܕܗܒܐ ܐܝܠܝܢ ܕܚܙܝܬ‬
‫ܫܒܥ ܐܢܝܢ ܥܕܬܐ ܀‬

20 “O mistério dos sete corpos celestes, os que tu viste sobre


minha destra, e os sete candelabros: os sete corpos celestes são os
mala’chi’ das sete congregações, e as sete candelabros de ouro, as
que tu viste, são as sete congregações”.

20 ‫ܐܪܙܐ‬ ݈ “mistério”, “segredo”, nome masculino, idioma


caldeu: ‫“ דז‬Daz” (Dn 4:6). ‫ܡܠܟܐ‬ “mala’chi”, “mensageiros”,
“anjos”, nome plural, é a forma comumente encontrada no Novo
Testamento, porém o livro de Revelação/Apocalipse possui ainda o
termo ‫“ ܡܠܟܝܢ‬mala’chin” em outras passagens (não ocorre no
NT), o que demonstra as revisões que foram feitas no livro (ler
Introdução).

2
‫( ܘܠܡܠܟܐ ܕܒܥ ݈ܕܬܐ ܕܐܦܣܘܣ ܟܬܘܒ ܗܟܢܐ ܐܡܪ‬2:1)
‫ܗܘ ܕܐܚܝܕ ܫܒܥܐ ܟܘܟܒܝܢ ܒܐܝܕܗ ܗܘ ܕܡܗܠܟ ܒܝܢܬ‬
‫ܡܢܪܬܐ ܕܕܗܒܐ‬
E ao Mala’kha’ que está na congregação em Éfeso escreve: “Isto
diz aquele que segura os sete corpos celestes na sua mão, o que
caminha entre os candelabros de ouro:

1 ‫“ ܕܒܥ ݈ܕܬܐ‬que está na congregação”, essa expressão desmente a


hipótese, no texto sírio, de que o “Mala’ch” fosse um espécie de
carteiro (mensageiro), o mala’ch já se encontrava na congregação.
‫ܐܚܝܕ‬ ver 1:8. ‫ܡܗܠܟ‬ “caminha”, particípio, hebraico: ‫הלך‬
“halach”. ‫ܒܝܢܬ‬ “entre”, preposição. Os sacerdotes no templo
andavam entre os candelabros, a ideia aqui é de sacerdócio.

‫ܐܢܐ ܥܒܕܝܟ ܘܥܡܠܟ ܘܡܣܝܒܪܢܘܬܟ ܘܕܠ‬ ݈ ‫( ܝܕܥ‬2:2)


‫ܡܨܝܬ ܠܡܛܥܢ ܠܒܝܫܐ ܘܢܣܝܬ ܠܝܠܝܢ ܕܐܡܪܝܢ ܢܦܫܗܘܢ‬
‫ܕܫܠܝܚܐ ܐܝܬܝܗܘܢ ܘܠܝܬܝܗܘܢ ܘܐܫܟܚܬ ܐܢܘܢ ܕܓܠ‬

2 Eu conheço as tuas obras, e o teu esforço, e a tua paciência; e que


não podes suportar a ruindade, e que provas os que dizem de si
mesmos que são shelichi’ (emissários) e não são, e tu fizeste
encontrá-los com a mentira;

2 ‫ܐܢܐ ܥܒܕܝܟ‬
݈ ‫ܝܕܥ‬ “Eu conheço as tuas obras”, expressão
comum nesta ‫“ ܥܡܠܟ‬teu esforço”, “labor”,
passagem.
“trabalho”, “cansaço”. ‫“ ܡܣܝܒܪܢܘܬܟ‬tua paciência”,
“perseverança”, “esperança”. ‫“ ܡܨܝܬ‬podes” Peal perfeito
singular, verbo presente no Novo Testamento apenas nesse livro.
‫ܠܡܛܥܢ‬ “suportar”. ‫“ ܢܣܝܬ‬provas”, “testas”, “tentas” Peal
perfeito singular. ‫“ ܢܦܫܗܘܢ‬de si mesmos” expressão idiomática.
‫ܫܠܝܚܐ‬ “shelichi’” plural de ‫ܫܠܝܚܐ‬ “shelicha’”, “mensageiro”,
“emissário”, “embaixador”, “missionário”, termo grego:
“apóstolo”. ‫“ ܠܝܬܝܗܘܢ‬não são”. ‫“ ܐܫܟܚܬ‬fizeste encontrar”
Afel perfeito, de ‫“ ܫܟܚ‬encontrar”. ‫“ ܓܠ‬mentira”, “falsidade”.

‫( ܘܡܣܝܒܪܢܘܬܐ ܐܝܬ ܠܟ ܘܛܥܢܬ ܡܛܠ ܫܡܝ‬2:3)


‫ܘܠ ܠܝܬ‬

3 e paciência há para ti e suportaste por causa do meu Nome, e não


cansaste”.

3 ‫ ܛܥܢܬ‬ver verso anterior, Peal perfeito singular. ‫ܫܡܝ‬ “meu


nome”. ‫“ ܠܝܬ‬cansaste”, “fatigaste”, Peal perfeito singular.

‫( ܐܠ ܐܝܬ ܠܝ ܥܠܝܟ ܕܚܘܒܟ ܩܕܡܝܐ ܫܒܩܬ‬2:4)

4 “Mas tenho contra ti que o teu amor anterior abandonaste.

4 ‫ܐܠ ܐܝܬ ܠܝ ܥܠܝܟ‬ “mas tenho contra ti”. ‫ܚܘܒܟ‬ “teu


amor”, termo com sufixo,‫“ ܚܘܒ‬amor”, “afeição”, “compaixão”.
‫“ ܩܕܡܝܐ‬a princípio”, “anterior”, “primeiro”. ‫“ ܫܒܩܬ‬deixaste”,
“abandonaste”. O amor que havia antes acabou.

‫( ܐܬܕ ݈ܟܪ ܡܢ ܐܝܟܐ ܢܦܩܬ ܘܥܒܕ ܥܒܕܐ ܩܕܡܝܐ‬2:5)


‫ܐܢܐ ܡܢܪܬܟ‬݈ ‫ܐܢܐ ܥܠܝܟ ܘܡܙܝܥ‬݈ ‫ܘܐܢܕܝܢ ܠ ܐܬܐ‬
‫ܐܠ ܬܬܘܒ‬
5 Recorda-te qual lugar caíste, e pratica as primeiras obras; e se
não, brevemente virei contra ti, e eu torno abalado o teu
candelabro, mas tu retornarás”.

5 ‫“ ܐܬܕ ݈ܟܪ‬recorda-te” Imperativo Hitipael. Em algum momento


da caminhada ele caiu, devendo retornar àquele ponto de sua
caminhada espiritual. O manuscrito Crawford omite “arrependa-
‫“ ܥܒܕ‬pratica” Imperativo Pael.
te”, mas possui no final do verso.
‫“ ܥܒܕܐ‬obras”, “serviços”, “feitos”. ‫“ ܐܢܕܝܢ ܠ‬mas se não”,
expressão comum neste livro. ‫“ ܡܙܝܥ‬agitado”, “turbado”,
“movido”, particípio, a ideia é de um terremoto ou agitação que faz
abalar algo, normalmente usado no Novo Testamento como uma
agitação do espírito do homem. A ideia de abalar o candelabro
indica que o sacerdócio daquela congregação seria “abalado” caso
ela não procedesse corretamente. ‫ܬܬܘܒ‬ “retornarás” Peal
imperfeito, essa expressão é uma profecia e não uma exortação.

‫( ܐܠ ܗܕܐ ܐܝܬ ܠܟ ܕܣܢܝܬ ܥܒܕܐ ܕܢܐܩܘܠܝܛܐ‬2:6)


‫ܐܢܐ‬݈ ‫ܐܝܠܝܢ ܕܐܢܐ ܣܢܐ‬

6 Mas isto há para ti: odeias as obras dos nicolaítas, as que eu


odeio”.

6 ‫“ ܣܢܝܬ‬aborreces”, “odeias”, Peal perfeito; o ‫( ܕ‬dalet) indica o


início da oração. ‫“ ܢܐܩܘܠܝܛܐ‬nicolaítas”, grupo do qual pouco se
conhece, Eusébio afirma que Nicolau que era um dos sete
ministros (em grego diáconos, ver Atos 7) foi acusado de ter
ciúmes da esposa e por isso a ofereceu para quem a quisesse
desposá-la, porém a narrativa possui algo de lendária, as obras dos
nicolaítas sem dúvida eram obras de transgressão à Torá (Lei).
‫ ܐܝܠܝܢ‬pode ser uma referência às obras ou aos próprios nicolaítas.

‫( ܗܘ ܕܐܝܬ ܠܗ ܐܕܢܐ ܢܫܡܥ ܡܢܐ ܪܘܚܐ ܡܡܠܠ‬2:7)


‫ܘܗܝ‬
݈ ‫ܠܥܕܬܐ ܘܠܕܙܟܐ ܐܬܠ ܡܢ ܩܝܣܐ ܕܚܝܐ ܠܡܐܟܠ ܗܘ ܕܐܝܬ‬
‫ܒܦܪܕܝܣܐ ܕܐܠܗܐ ܀‬

7 “Aquele que possui ouvidos, ouvirá o que a Rokha’ está


falando às congregações. E ao que é puro, darei da Árvore da Vida
para comer, que está no Paraíso de ‘Alaha’”.

7 “Aquele que possui ouvidos, ouvirá o que a Rokha’ está


falando às congregações”. A expressão se repetirá sete vezes nesse
livro. ‫ܢܫܡܥ‬ “ouvirá” Peal imperfeito singular. ‫ܙܟܐ‬ “puro”,
“inocente”, “o que vence o mundo” (1Jo5:4), “ser justificado”,
“vencedor”, “o que soprepuja”. ‫ܐܬܠ‬ “darei” Peal imperfeito
primeira pessoa. ‫ܩܝܣܐ ܕܚܝܐ‬ “Árvore da Vida”, termo comum
no livro de Revelação, o termo em Gênesis é ‫ ܐܝܠܢܐ ܕܚܝܐ‬o termo
‫ ܐܝܠܢܐ‬sugere uma árvore majestosa, porém ‫ ܩܝܤܐ‬possui a ideia
de uma árvore indefinida. ‫“ ܦܪܕܝܣܐ‬Perdaisa’”, termo persa,
“paraíso”, “jardim”, “parque”, a referência é de Gn 2.

‫( ܘܠܡܠܟܐ ܕܥ ݈ܕܬܐ ܕܙܡܘܪܢܐ ܟܬܘܒ ܗܟܢܐ ܐܡܪ‬2:8)


‫ܐܚܪܝܐ ܗܘ ܕܗܘܐ ܡܝܬܐ ܘܚܝܐ‬ ݈ ‫ܩܕܡܝܐ ܘ‬
8 E ao Mala’kha’ da congregação de Esmirna escreve: “Isto diz o
primeiro e o último, o que morre e vive:

‫ܐܢܐ ܐܘܠܨܢܟ ܘܡܣܟܢܘܬܟ ܐܠ ܥܬܝܪܐ‬ ݈ ‫( ܝܕܥ‬2:9)


‫ܐ ݈ܢܬ ܘܠܓܘܕܦܐ ܕܡܢ ܐܝܠܝܢ ܕܐܡܪܝܢ ܢܦܫܗܘܢ ܝܗܘܕܝܐ‬
‫ܝܗܘܕܝܐ ܟܕ ܠܐܝܬܝܗܘܢ ܐܠ ܟܢܘܫܬܐ ܕܣܛܢܐ‬

9 Eu conheço a tua tribulação e a tua pobreza, mas rico tu és, e


pela blasfêmia dos que se dizem sobre si mesmos: ‘yhodhai’!
yhodhai’ (judeus, judeus)! Embora não sejam, mas uma sinagoga
de Satana’.

9 ‫ ܐܘܠܨܢܟ‬ver 1:9 com sufixo nominal masculino singular.


‫“ ܡܣܟܢܘܬܟ‬tua pobreza”, da raiz ‫“ ܡܤܟܐ‬esperar por”, a ideia
de um homem pobre que espera por ajuda. ‫“ ܥܬܝܪܐ‬rico” de ‫ܥܬܪ‬
“ser rico”, hebraico: ‫’“ עשר‬ashar” ou ‫’“ עשיר‬ashir”. ‫ܓܘܕܦܐ‬
“godafa”, “blasfêmia”, “reprovação”, “censura”, hebraico: ‫גדוף‬
“giduf”. O clamor dos blasmefadores era incessante: “Judeus!
Judeus!” ‫“ ܟܢܘܫܬܐ‬assembleia”, “reunião”, aqui o sentido é de
“sinagoga”. ‫“ ܣܛܢܐ‬satana” nome masculino def. “um acusador”,
“adversário”, “oponente”, hebraico: ‫“ שטן‬satan”, uma acusação:
‫“ שטנה‬sitenah” (Ed 4:6)

‫( ܒܡܕܡ ܠ ܬܕܚܠ ܡܢ ܐܝܠܝܢ ܕܥܬܝܕ ܐ ݈ܢܬ ܠܡܚܫ‬2:10)


‫ܗܐ ܥܬܝܕ ܐܟܠܩܪܨܐ ܕܢܪܡܐ ܡܢܟܘܢ ܒܒܝܬ ܚܒܘܫܝܐ‬
‫ܕܬܬܢܣܘܢ ܘܢܗܘܐܠܟܘܢ ܐܘܠܨܢܐ ܝܘܡܝܢ ܥܣܪܐ ܗܘܘ‬
‫ܡܗܝܡܢܐ ܥܕܡܐ ܠܡܘܬܐ ܘܐܬܠ ܠܟܘܢ ܟܠܝܠ ܕܚܝܐ‬
10 “Coisa alguma tu recearás das que estão preparadas para
sofrer. Eis que está preparado o Acusador Devorador que colocará
alguns de vós na casa do confinamento, que sereis provados; e
haverá para vós uma tribulação de dez dias. Tenha confiança até a
morte, e darei a vós a coroa da vida”.

10 ‫ܕܥܬܝܕ‬ “que está preparado”, “que está destinado”, termo


muito comum nos targumim, refere-se a um evento que está
preparado para suceder, ou seja, destinado. ‫“ ܠܡܚܫ‬a sofrer”.
‫ܐܟܠܩܪܨܐ‬ junção dos termos ‫ܐܟܠ‬ “devorador” e ‫ܩܪܨܐ‬
“acusador”, ou seja, um “caluniador”, alguém que destrói a vida de
alguém por meio de palavras perversas, o termo também aparece
no idioma caldeu (Dn 3:8, 6:24) porém em referência a homens.
‫“ ܡܢܟܘܢ‬dentre vós”, nem todos estavam “preparados” para isso.
‫“ ܒܝܬ ܚܒܘܫܝܐ‬casa do confinamento”, pouco comum no NT,
em seu lugar: “casa da prisão”, porém possui o mesmo sentido:
“prisão”. ‫“ ܬܬܢܣܘܢ‬sereis provados”, Hitipael Imperfeito plural,
o termo possui a mesma raiz de “satana” (o que prova). ‫ܡܗܝܡܢܐ‬
ver 1:5. ‫“ ܟܠܝܠ‬coroa”, nome masculino def. hebraico: ‫כלל‬
“kalal”, “perfeição”.

‫( ܕܐܝܬ ܠܗ ܐܕܢܐ ܢܫܡܥ ܡܢܐ ܪܘܚܐ ܡܡܠܠ ܠܥܕܬܐ‬2:11)


‫ܕܐܝܢܐ ܕܙܟܐ ܠ ܢܗܪ ܡܢ ܡܘܬܐ ܬܢܝܢܐ ܀‬
11 Aquele que possui ouvidos ouvirá o que a Rokha’ está falando
às congregações. Porque aquele que é puro não sofrerá da morte
uma segunda vez”.

11 ‫ܢܗܪ‬ “sofrerá” Peal imperfeito. ‫ܬܢܝܢܐ‬ “segunda vez”,


“duplamente”

‫( ܘܠܡܠܟܐ ܕܒܥ ݈ܕܬܐ ܕܦܪܓܡܐ ܟܬܘܒ ܗܟܢܐ‬2:12)


‫ܐܡܪ ܗܘ ܕܐܝܬ ܠܗ ܚܪܒܐ ܚܪܝܦܬܐ ܕܬܪܝܢ ܦܘܡܝܗ‬

12 E ao Mala’ch que está na congregação de Pergamo escreve:


“Isto diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes:

12 ‫“ ܚܪܒܐ‬espada”, o termo anterior é “lança”. ‫“ ܦܘܡܝܗ‬suas


bocas”, “seus lados”, “seus gumes”.

‫ܐܢܐ ܐܝܟܐ ܥܡܪܬ ܐܬܪ ܕܟܘܪܣܝܗ ܕܣܛܢܐ‬ ݈ ‫( ܝܕܥ‬2:13)


‫ܘܐܚܝܕ ܐ ݈ܢܬ ܒܫܡܝ ܘܒܗܝܡܢܘܬܝ ܠ ܟܦܪܬ ܘܒܝܘܡܬܐ‬
‫ܐܬܚܪܝܬ ܘܣܗܕܐ ܕܝܠܝ ܡܗܝܡܢܐ ܡܛܠ ܕܟܠ ܣܗܕܐ ܕܝܠܝ‬
‫ܡܗܝܡܢܐ ܐܝܢܐ ܕܡܢܟܘܢ ܐܬܩܛܠ‬

13 Eu sei onde tu habitas, o lugar do trono de Satana’; e tu reténs


pelo meu Nome e pela minha confiança não negaste, e nos dias da
arguição. E minha testemunha que é fiel, porque toda testemunha
minha fiel, dentre vós, foi morta”.

13 ‫ܐܢܐ‬݈ ‫“ ܝܕܥ‬eu sei”. ‫“ ܥܡܪܬ‬habitas” Peal perfeito sing.


‫ ܐܚܝܕ‬ver 1:8, o termo aqui possui o sentido de “reter”, “segurar”.
‫“ ܟܦܪܬ‬negaste” Peal perfeito sg. O manuscrito Crawford omite o
mártir Antipas citado no texto grego, o termo ‫ ܐܬܚܪܝܬ‬pode
significar “confirmação”, “afirmação”, “arguição”, “contenda”.
‫ܣܗܕܐ ܕܝܠܝ‬ literalmente: “testemunha que é minha”. ‫ܡܗܝܡܢܐ‬
ver 1:5. O termo Antipas é substituído pela “testemunha fiel”.
‫ܕܡܢܟܘܢ‬ “de vós”. ‫ܐܬܩܛܠ‬ “foi morta”, Hetipiel (passivo do
peal) ou hetipaal, perfeito.

‫( ܐܠ ܐܝܬ ܠܝ ܥܠܝܟ ܙܥܘܪܝܬܐ ܕܐܝܬ ܠܟ‬2:14)


‫ܬܡܢ ܕܐܚܝܕܝܢ ܡܠܦܢܘܬܐ ܕܒܠܥܡ ܗܘ ܕܐܠܦ ܠܒܠܩ ܕܢܪܡܐ‬
‫ܟܫܠ ܩܕܡ ܒܢܝ ܐܝܣܪܝܠ ܠܡܐܟܠ ܕܒܚܝ ܦܬܟܪܐ ܘܠܡܙܢܝܘ‬

14 “Mas tenho contra ti poucas coisas; que tens os que retiveram


o ensinamento de Bil’am (Balaão), o qual ensinava a Balaq que
lançasse ofensas diante dos Bnai Ysra’il (filhos de Israel), para
comer dos sacrifícios idólatras e a se prostituírem.

14 ‫“ ܙܥܘܪܝܬܐ‬poucas”. ‫“ ܡܠܦܢܘܬܐ‬ensinamento”, “doutrina”,


termo derivado de ‫“ ܐܠܦ‬ensinar”. ‫“ ܟܫܠ‬ofensas”.
‫“ ܒܚܝ ܦܬܟܪܐ‬sacrifícios idólatras”. ‫“ ܡܙܢܝܘ‬prostituirem”.

‫( ܗܟܢܐ ܐܝܬ ܐܦ ܠܟ ܕܐܚܝܕܝܢ ܝܘܠܦܢܐ ܕܢܐܩܘܠܝܛܐ‬2:15)


‫ܗܟܘܬ‬

15 Assim tu tens também os que retêm os preceitos dos nicolaítas


da mesma forma.
15 ‫“ ܝܘܠܦܢܐ‬preceitos”, “ensinamentos”. ‫“ ܗܟܘܬ‬semelhante”,
“igual”.

݈ ‫( ܬܘܒ ܗܟܝܠ ܘܐܢܕܝܢ ܠ ܐܬܐ‬2:16)


‫ܐܢܐ ܥܠܝܟ ܡܚܕܐ‬
‫ܘܐܩܪܒ ܥܡܗܘܢ ܒܚܪܒܐ ܕܦܘܡܝ‬

16 Retorna, pois; ou se não, eu virei contra ti logo, e batalharei


contra eles com a espada da minha boca”.

16 ‫“ ܬܘܒ‬retorna”, do conceito hebraico de “teshuvá”, retornar


aos caminhos de YHWH. ‫“ ܡܚܕܐ‬logo”, “imediatamente”.
‫“ ܐܩܪܒ‬batalharei” Peal imperfeito sing., o verbo aqui tem o
sentido de se “encontrar para a batalha”.

‫( ܘܕܐܝܬ ܠܗ ܐܕܢܐ ܢܫܡܥ ܡܢܐ ܪܘܚܐ ܡܡܠܠ‬2:17)


‫ܠܥܕܬܐ ܕܠܕܙܟܐ ܐܬܠ ܡܢ ܡ ݈ܢܢܐ ܗܘ ܕܡܛܫܝ ܘܐܬܠ ܠܗ‬
‫ܐܢܫ‬
݈ ‫ܚܘܫܒܢܐ ܚܘܪܐ ܘܥܠܚܘܫܒܢܐ ܫܡܐ ܚ ݈ܕܬܐ ܕܟܬܒܐ ܕܠ‬
‫ܝܕܥ ܐܠ ܗܘ ܕܢܣܒ ܀‬

17 “Aquele que possui ouvidos ouvirá o que a Rokha’ está


falando às congregações: Ao que for puro darei do man’na, que
está escondido, e ele possui um recibo com nome novo que está
escrito, que nenhum homem conhece senão o que recebe”.

17 ‫“ ܡ ݈ܢܢܐ‬man’na”, a referência é o pão celestial narrado em


Êxodo. ‫“ ܡܛܫܝ‬oculto”, “escondido”. ‫ܚܘܫܒܢܐ‬ “chosh’bana”,
“conta”, “reconhecimento”, espécie de documento usado em
processos legais, um recibo; hebraico: ‫“ חשבון‬heshbon”,
“justificativa”, “julgamento”. Na edição do texto existe o termo
‫“ ܚܘܪܐ‬branco”, ou seja, a pessoa não possui dívida alguma. A
edição do manuscrito possui “eu darei a ele”, porém o manuscrito
diz: “ele possui”, e omite toda a expressão “recibo em branco”,
aparentemente a edição entendeu que o copista omitiu o texto por
acidente.

‫( ܘܠܡܠܟܐ ܕܒܥ ݈ܕܬܐ ܕܒܬܐܘܛܝܪܐ ܟܬܘܒ ܗܟܢܐ‬2:18)


‫ܐܡܪ ܒܪܗ ܕܐܠܗܐ ܗܘ ܕܐܝܬ ܠܗ ܥܝܢܐ ܐܝܟ ܫܠܗܒܝܬܐ‬
‫ܘܗܝ ܐܝܟ ܢܚܫܐ ܠܒܢܝܐ‬
݈ ‫ܕܢܘܪܐ ܘܪܓܠ‬

18 E ao Mala’kha’ que está na congregação, que está em Tiatira


escreve: “Assim diz o Filho de ‘Alaha’, que tem os olhos como
chama de fogo, e os seus pés como o bronze dos libaneses:

18 ‫ܒܪܗ ܕܐܠܗܐ‬ “Filho de Alaha”, essa expressão é


extremamente debatida em seu uso no Novo Testamento, alguns
argumentam que a expressão era utilizada para se referir aos reis
das nações não judaicas. Ela ocorre em outros livros do NT, e neste
livro apenas aqui. Para as demais expressões deste versículo, ver
1:15.

‫ܐܢܐ ܥܒܕܝܟ ܘܚܘܒܟ ܘܗܝܡܢܘܬܟ‬݈ ‫( ܝܕܥ‬2:19)


‫ܐܚܪܝܐ ܣܓܝܐܐ‬
݈ ‫ܘܬܫܡܫܬܟ ܘܡܣܝܒܪܢܘܬܟ ܘܥܒܕܝܟ‬
‫ܐܢܘܢ ܡܢ ܩܕܡܝܐ‬
19 Eu conheço as tuas obras, o teu amor, a tua fidelidade, o teu
serviço, e a tua perseverança; e as tuas últimas obras são mais do
que as primeiras.

19 ‫ ܚܘܒܟ‬ver 2:4, com sufixo “teu”. ‫“ ܬܫܡܫܬܟ‬teu serviço”,


“ministração”, refere-se ao serviço religioso. ‫ܐܚܪܝܐ‬
݈ “últimas”,
“finais”. ‫“ ܣܓܝܐܐ‬muitos”, “muitos mais”, “abundantes”,
adjetivo, nome masculino def. de ‫“ ܤܓܝܐ‬sagi”, “muito”,
hebraico: ‫“ שגיא‬sagi”, “grande”, idioma caldeu: ‫“ שגיא‬sagi”,
“muito” (Dn 2:31).

‫( ܐܠ ܐܝܬ ܠܝ ܥܠܝܟ ܣܓܝ ܕܫܒܩܬ ܠ ݈ܢܬܬܟ ܐܝܙܒܠ‬2:20)


‫ܗܝ ܕܐܡܪܐ ܥܠ ܢܦܫܗ ܕܢܒܝܬܐ ݈ܗܝ ܘܡܠܦܐ ܘܡܛܥܝܐ ܠܥܒܕܝ ܠ‬
‫ܡܙܢܝܘ ܘܡܐܟܠ ܕܒܚܝ ܦܬܟܪܐ‬

20 Mas tenho contra ti mais: que permites a tua mulher Iyizvel, a


que diz sobre si mesma que é nevita’ (profetisa); e o ensino e a
idolatria para os meus servos, para a prostituição e a comida do
sacrifícios idólatras;

21 ‫ ܣܓܝ‬ver verso anterior. ‫“ ܫܒܩܬ‬permites” Peal perfeito; o ‫ܕ‬


introduz a oração. ‫“ ܐ ݈ܢܬܬܟ‬tua mulher”, expressão própria da
peshitta filoxeniana, a mulher não era somente uma falsa profetisa,
ela era a esposa, a alusão é a do rei Acabe, que casara com Jezabel,
introduzindo a idolatria dentro do povo de Israel. ‫ܐܝܙܒܠ‬
“Iyizvel”, “Jezabel”. ‫“ ܢܒܝܬܐ‬nevita’”, “profetisa”, uma mulher
que fala por inspiração. ‫“ ܡܠܦܐ‬ensino”, “ensinamento” Pael
particípio passivo plural def. de ‫ܝܠܦ‬ “ensinar”. ‫ܡܛܥܝܐ‬ “erro”,
“ilusão”, o termo é utilizado para se referir aos ídolos. ‫ܡܙܢܝܘ‬
“prostituição”, particípio pael, o termo está no intensivo,
demonstrando o grande grau de prostituição. ‫ܡܐܟܠ‬ “comida”.
‫ܒܚܝ ܦܬܟܪܐ‬ ver 2:14.

‫ܘܝܗܒܬ ܠܗ ܙܒܢܐ ܠܬܝܒܘܬܐ ܘܠ ܨܒܝܐ ܠܡܬܒ ܡܢ‬ (2:21)


‫ܙܢܝܘܬܗ‬
21 e dei para ela tempo para o retorno; e ela não quer retornar da
sua prostituição.

21 ‫ܝܗܒܬ‬ “dei” Peal perfeito. ‫ܙܒܢܐ‬ ver 1:3. ‫ܬܝܒܘܬܐ‬


“retorno’, versão síria do termo hebraico “teshuvá”, retornar aos
caminhos originais, ou seja, retornar à guarda da Lei.

‫ܐܢܐ ܠܗ ܒܥܪܣܐ ܘܠܝܠܝܢ ܕܓܝܪܝܢ ܥܡܗ‬


݈ ‫( ܗܐ ܪܡܐ‬2:22)
‫ܒܐܘܠܨܢܐ ܪܒܐ ܐܠ ܢܬܬܘܘܢ ܡܢ ܥܒܕܝܗܘܢ‬

22 Eis que eu a coloco num leito, e os que adulteram com ela


numa grande tribulação, mas eles se arrependerão das suas obras;

22 ‫ܥܪܣܐ‬ “cama”, “leito”, aqui no sentido de leito de


enfermidade. ‫ܓܝܪܝܢ‬ “adúlteras”. ‫ܐܘܠܨܢܐ‬ ver 2:10. ‫ܢܬܬܘܘܢ‬
“eles se arrependerão” Hitipeel imperfeito plural.

‫( ܘܠܒܢܝܗ ܐܩܛܘܠ ܒܡܘܬܐ ܘܝܕܥܢ ܟܠܗܝܢ ܥܕܬܐ‬2:23)


‫ܐܢܐ ܒܨܐ ܟܘܠܝܬܐ ܘܠܒܐ ܘܐܬܠ ܠܟܘܢ ܠܟܠܢܫ ܐܝܟ‬
݈ ‫ܕܐܢܐ‬
‫ܥܒܕܝܟܘܢ‬
23 e a seus filhos eu matarei pela morte, e saberão todas as
congregações que Eu sou aquele que examina o rim e o coração; e
darei a vós, cada homem, como as suas obras.

23 ‫ܒܢܝܗ‬ “seus filhos”. ‫ܐܩܛܘܠ ܒܡܘܬܐ‬ “matarei pela


morte”, expressão idiomática, “sem dúvida matarei”. ‫ܒܨܐ‬
“examinar”, “procurar”. ‫ܟܘܠܝܬܐ‬ “rim”. ‫ܠܒܐ‬ “coração”. Na
margem do manuscrito encontra-se: “e vos instruirá como as
vossas obras”.

‫ܐܢܐ ܠܫܪܟܐ ܕܒܬܐܘܛܝܪܐ ܟܠܗܘܢ‬ ݈ ‫( ܠܟܘܢ ܐܡܪ‬2:24)


‫ܐܝܠܝܢ ܕܠܝܬ ܠܗܘܢ ܝܘܠܦܢܐ ܗܢܐ ܐܝܠܝܢ ܕܠ ܝܕܥܘ ܥܡܝܩܬܗ‬
‫ܐܚܪܢܐ‬
݈ ‫ܕܣܛܢܐ ܐܝܟ ܕܐܡܪܝܢ ܠ ܐܪܡܐ ܥܠܝܟܘܢ ܝܘܩܪܐ‬
24 A vós eu digo: aos demais que estão em Theotira, todos
aqueles que não têm este ensinamento, que não conhecem as
profundezas de Satana’ (como dizem) não porei sobre vós outro
peso;

24 ‫“ ܫܪܟܐ‬restante”, “demais”. ‫“ ܝܘܠܦܢܐ‬ensinamento” ver


2:20. ‫“ ܥܡܝܩܬܗ‬as profundezas de”, plural fem. Def. de ‫ܥܡܝܩܐ‬
“profundo”, hebraico: ‫‘“ עמק‬amoq”, idioma caldeu: ‫’“ עמיק‬amiq”.
‫“ ܝܘܩܪܐ‬peso” nome masc. Def. de ‫“ ܝܩܪ‬yqar”, “ser precioso”,
“pesado”, hebraico: ‫“ כבוד‬Kevod”, “precioso”.

‫ܐܢܐ‬
݈ ‫ܗܘ ܗܟܝܠ ܕܐܝܬ ܠܟܘܢ ܐܚܘܕܘ ܥܕܡܐ ܕܐܬܐ‬ (2:25)

25 portanto, o que há para vós, agarrai até que eu venha”.


‫ܘܕܙܟܐ ܘܢܛܪ ܥܒܕܝ ܐܬܠ ܠܗ ܫܘܠܛܢܐ ܥܠ ܥ ݈ܡܡܐ‬ (2:26)

26 “E o que for puro, e guardar as minhas obras, darei a ele


autoridade sobre os povos,

26 O manuscrito Crawford omite “até o fim”. ‫ܫܘܠܛܢܐ‬


“Sholtana’”, nome masculino, “regra”, “domínio”, “autoridade”.
‫ܥ ݈ܡܡܐ‬ “povos”, “nações” nome plural def., hebraico: ‫גים‬
“goim”, “povos”.

‫( ܠܡܪܥܐ ܐܢܘܢ ܒܫܒܛܐ ܕܦܪܙܠ ܘܐܝܟ ܡܐܢܝ‬2:27)


‫ܦܚܪܐ ܬܫܚܩܘܢ ܗܟܢܐ ܓܝܪ ܘܐܢܐ ܢܣܒܬ ܡܢ ܐܒܝ‬

27 para apacentá-los com vara de ferro, e como o vaso do oleiro


vós quebrareis dessa forma. E eu, pois, recebi de meu PAI;

27 ‫“ ܡܪܥܐ‬apascentar”, “pastorear”. ‫“ ܫܒܛܐ‬vara”, “cetro”,


“bastão”. ‫“ ܦܪܙܠ‬ferro”, a referência é o salmo segundo, devido
ao termo assemelhar-se a “apascentar” no aramaico. ‫ܬܫܚܩܘܢ‬
“quebrareis”, o termo aparenta uma dificuldade verbal, alguns
manuscritos possuem: “eles quebrarão”.

‫( ܘܐܬܠ ܠܗ ܠܟܘܟܒ ܨܦܪܐ‬2:28)

28 e darei a ele a estrela da manhã.


28 ‫ܟܘܟܒ ܨܦܪܐ‬ “estrela da manhã” estado construto, alguns
manuscritos colocam o termo no estado enfático.

‫ܕܐܝܬ ܠܗ ܐܕܢܐ ܢܫܡܥ ܡܢܐ ܪܘܚܐ ܡܡܠܠ ܠܥܕܬܐ ܀‬ (2:29)

29 Aquele que possui ouvidos ouvirá o que a Rokha’ está falando


às congregações”.

3
‫( ܘܠܡܠܟܐ ܕܒܥ ݈ܕܬܐ ܕܣܪܕܝܣ ܟܬܘܒ ܗܟܢܐ ܐܡܪ ܗܘ‬3:1)
‫ܐܢܐ‬݈ ‫ܕܐܝܬ ܠܗ ܫܒܥ ܪܘܚܝܢ ܕܐܠܗܐ ܘܫܒܥܐ ܟܘܟܒܐ ܝܕܥ‬
‫ܥܒܕܝܟ ܘܫܡܐ ܕܐܝܬ ܠܟ ܘܕܚܝܐ ܐ ݈ܢܬ ܘܕܡܝܬܐ ܐ ݈ܢܬ‬

1 E ao Mala’kha’ que está na congregação de Sardes escreve: “Diz


aquele que tem as sete rochin de ‘Alaha’, e os sete corpos celestes:
Eu conheço as tuas obras e o nome que tens; e que vives e que
morres.

1 ‫ܪܘܚܝܢ‬ “rochin”, “ventos”, “espíritos”, estado def. fem. termo


pouco comum no NT, em Lucas (11:26) indica espíritos imundos, e
esse é o único uso aplicado em outras passagens (1Jo 4:1); aqui
refere-se a’Alaha. ‫“ ܫܡܐ ܕܐܝܬ ܠܟ‬o nome que tens”, “o nome
que possuis”, o termo nome aqui pode se referir à fama ou mesmo
ao nome de YHWH. ‫“ ܘܕܚܝܐ ܐ ݈ܢܬ ܘܕܡܝܬܐ ܐ ݈ܢܬ‬e que vives e
morres”. A frase citada nesse versículo não possui a aplicação
usada em diversas traduções, a referência é o termo de 1:18.
‫( ܘܗܘܝ ܥܝܪܐ ܘܩܝܡ ܕܫܪܟܐ ܕܐܝܠܝܢ ܕܥܬܝܕ ݈ܗܘܝܬ‬3:2)
‫ܠܡܡܬ ܠ ܓܝܪ ܐܫܟܚܬܟ ܕܡܫܡܠܝܢ ܥܒܕܝܟ ܩܕܡ ܐܠܗܐ‬

2 Seja vigilante, e confirma o restante daqueles que estão


preparados para morrer; pois não encontrei as tuas obras perfeitas
diante de ‘Alaha’.

2 ‫“ ܥܬܝܕ‬vigília”, “em pé”, “preparo” termo infrequente no NT, o


termo do texto grego “ginou gregoron” é um semitismo. ‫ܠܡܡܬ‬
“para morrer” infinitivo. ‫“ ܡܫܡܠܝܢ‬perfeitas”, “completas”,
“plenas”. O manuscrito Crawford omite o pronome de “meu
Deus”.

‫( ܐܬܕ ݈ܟܪ ܐܝܟܢ ܫܡܥܬ ܘܢܣܒܬ ܐܙܕ ݈ܗܪ ܘܬܘܒ ܘܐܢܕܝܢ‬3:3)


‫ܐܢܐ ܥܠܝܟ ܐܝܟ ܓܢܒܐ ܘܠ ܬܕܥ ܐܝܕܐ‬ ݈ ‫ܠ ܬܬܥܝܪ ܐܬܐ‬
‫ܫܥܬܐ ܐܬܐ ܥܠܝܟ‬

3 Lembra-te do que ouviste e recebeste, e tenhas cuidado, e


retornas. E se não fores vigilante, eu virei contra ti como um
ladrão, e não saberás que hora virei sobre ti”.

3 ‫“ ܐܬܕ ݈ܟܪ‬lembra-te” imperativo passivo. ‫“ ܫܡܥܬ‬ouviste” Peal


perfeito. ‫“ ܢܣܒܬ‬recebeste” Peal perfeito. ‫“ ܐܙܕ ݈ܗܪ‬tenhas
cuidado” Afel imperativo. ‫“ ܬܬܥܝܪ‬fores vigilante” ver verso
anterior. ‫ܓܢܒܐ‬ “ganava’”, “ladrão” nome masc. Def. raiz:
‫“ ܓܢܒ‬genav”, “estola”, hebraico: ‫“ גנב‬ganav”. ‫“ ܬܕܥ‬saberás”
imperfeito. ‫“ ܫܥܬܐ‬hora”.
‫( ܐܠ ܐܝܬ ܠܝ ܩܠܝܠ ܫܡܗܐ ܒܣܪܕܝܣ ܐܝܠܝܢ ܕܠ‬3:4)
‫ܛܘܫܘ ܡܐܢܝܗܘܢ ܘܡܗܠܟܝܢ ܩܕܡܝ ܒܚܘܪܐ ܘܫܘܝܢ ܐܢܘܢ‬

4 “Mas tenho poucos nomes em Sardes aqueles que não sujaram


as suas vestes e andarão diante de mim vestidos de branco, e
dignos são.

4 ‫ܐܝܬ ܠܝ‬ “tenho”, “possuo”, o texto grego: “tens”. ‫ܩܠܝܠ‬


“poucos” adjetivo usado como advérbio. ‫ܫܡܗܐ‬ “seus nomes”.
‫ܛܘܫܘ‬ “sujaram”, “contaminaram”, “poluíram”, “profanaram”,
apenas aqui no NT, da raiz ‫“ ܛܘܫ‬sujar”. ‫ ܚܘܪܐ‬ver 2:17. ‫ܫܘܝܢ‬
“dignos”, plural absoluto.

‫( ܕܙܟܐ ܗܟܢܐ ܡܬܥܛܦ ܡܐܢܐ ܚܘܪܐ ܘܠ ܐܠܚܐ‬3:5)


‫ܫܡܗ ܡܢ ܣܦܪܐ ܕܚܝܐ ܘܐܘܕܐ ܒܫܡܗ ܩܕܡ ܐܒܝ ܘܩܕܡ‬
‫ܘܗܝ‬
݈ ‫ܡܠܟ‬

5 O que é puro assim está vestido de vestes brancas, e não


apagarei o seu nome do sefra’ (livro) da vida; e louvarei pelo seu
nome diante de meu PAI e diante dos seus mala’chi’.

5 ‫ܡܬܥܛܦ‬ “vestido”. ‫ܐܠܚܐ‬ “apagarei”, “riscarei”,


“enxugarei”, peal imperfeito, termo incomum, ocorre no Sl 51:1.
‫ܣܦܪܐ ܕܚܝܐ‬ “livro da vida”, apenas aqui e em 17:8, no restante
do livro encontramos ‫ܟܬܒܐ ܕܚܝܐ‬ (13:8 e 20:15), o que
demonstra a revisão do copista. ‫ܐܘܕܐ‬ “farei um ode”,
“louvarei”, “agradecerei”. ‫“ ܐܒܝ‬meu Pai”.
‫( ܐܝܢܐ ܕܐܝܬ ܠܗ ܐܕܢܐ ܢܫܡܥ ܡܢܐ ܪܘܚܐ ܡܡܠܠ‬3:6)
‫ܠܥܕܬܐ ܀‬

6 Aquele que possui ouvidos ouvirá o que a Rokha’ está falando


às congregações”.

‫( ܘܠܡܠܟܐ ܕܥ ݈ܕܬܐ ܕܦܝܠܕܠܦܝܐ ܟܬܘܒ ܗܟܢܐ ܐܡܪ‬3:7)


‫ܩܕܝܫܐ ܫܪܝܪܐ ܗܘ ܕܐܝܬ ܠܗ ܩܠܝܕܐ ܕܕܘܝܕ ܐܝܢܐ ܕܦܬܚ‬
‫ܘܠܝܬ ܕܐܚܕ ܘܐܚܕ ܘܠܝܬ ܕܦܬܚ‬

7 E ao Mala’kha’ da congregação de Filadélfia escreve: “Assim


diz o Qadisha’ (Separado), Verdadeiro é, que há para ele a chave
de Dawidh (Davi); o que abre e não há quem feche; e fecha, e não
há quem abra.

7 ‫“ ܩܕܝܫܐ‬qadisha”, “separado”, “sagrado”, “santo”, def. de ‫ܩܕܝܫ‬


“qadish”, adjetivo: “santo”, hebraico: ‫“ קדוש‬qadosh” (Sl 23:4),
idioma caldeu: ‫“ קדיש‬qadish” (Dn 4:5). ‫“ ܫܪܝܪܐ‬verdade”,
“firmeza”, nome def. ‫ ܩܠܝܕܐ‬ver 1:18. ‫“ ܦܬܚ‬abre” Peal.
‫“ ܠܝܬ ܕܐܚܕ‬não há quem feche”, a versão poliglota possui
“nenhum homem”.

‫ܐܢܐ ܥܒܕܝܟ ܘܗܐ ܝܗܒܬ ܩܕܡܝܟ ܬܪܥܐ‬ ݈ ‫( ܝܕܥ‬3:8)


‫ܐܢܫ ܡܨܐ ܠܡܐܚܕܗ ܡܛܠ ܕܩܠܝܠ ܚܝܠ‬݈ ‫ܦܬܝܚܐ ܐܝܢܐ ܕܠ‬
‫ܐܝܬ ܠܟܘܡܠܬܝ ܢܛܪܬ ܘܒܫܡܝ ܠ ܟܦܪܬ‬
8 Eu conheço as tuas obras. Eis que coloquei diante de ti um
portão aberto, que nenhum homem pode fechar, porque há pouca
força para ti; e a minha palavra guardaste e meu Nome não
negaste.

8 ‫ܬܪܥܐ‬ “tara’”, “portão”, def. de ‫ܬܪܥ‬ “tera”, “portão”,


“porta”, idioma caldeu: ‫“ תרע‬tera”, “portão” (Dn 2:49). ‫ܦܬܝܚܐ‬
ver verso anterior. ‫ ܩܠܝܠ‬ver 3:4. ‫“ ܚܝܠ‬poder”, “força”,
“valentia”. ‫ ܢܛܪܬ‬ver 1:3, Peal perfeito. ‫“ ܟܦܪܬ‬negaste”,
“recusaste” Peal perfeito.

݈ ‫ ܘܗܐ ܝܗܒ‬- (3:9)


‫ܐܢܐ ܡܢ ܟܢܘܫܬܐ ܕܣܛܢܐ ܡܢ ܐܝܠܝܢ‬
‫ܕܐܡܪܝܢ ܥܠ ܢܦܫܗܘܢ ܕܝܗܘܕܝܐ ܐܢܘܢ ܘܠ ܐܝܬܝܗܘܢ ܐܠ‬
‫ܡܕܓܠܝܢ ܗܐ ܐܥܒܕ ܠܗܘܢ ܕܢܐܬܘܢ ܘܢܣܓܕܘܢ ܩܕܡ‬
‫ܪܓܠܝܟ ܘܢܕܥܘܢ ܕܐܢܐ ܐܚܒܬܟ‬

9 “E eis que eu coloco aos da sinagoga de Satana’, aos que dizem


sobre si mesmos que são yhodhai’ (judeus), e não são, mas são
mentirosos. Eu farei que eles venham, e se prostrem diante dos teus
pés, e saberão que eu te amo.

9 Repetição da ideia de 2:9. ‫ܡܕܓܠܝܢ‬ “falsos”, “mentirosos”.


‫ܢܣܓܕܘܢ‬ “prostrarão”, a ideia aqui não tem o sentido de
“adorar”, mas somente prostrar em reverência.

‫( ܥܠ ܕܢܛܪܬ ܡܠܬܐ ܕܡܣܝܒܪܢܘܬܝ ܘܐܢܐ ܐܛܪܟ ܡܢ‬3:10)


‫ܢܣܝܘܢܐ ܕܥܬܝܕ ܕܢܐܬܐ ܥܠ ܟܠܗ ܬܐܒܝܠ ܕܢܢܣܐ ܠܥܡܘܪܝܗ‬
‫ܕܐܪܥܐ‬
10 A respeito de guardares a Palavra da minha paciência; e eu te
guardarei da provação que há de vir sobre todo o Mundo, que
provará os habitantes da terra.

10 ‫“ ܡܣܝܒܪܢܘܬܝ‬minha paciência”, “resistência”, da raiz ‫ܤܒܪܐ‬


“esperança”. ‫“ ܢܣܝܘܢܐ‬tentação”, “prova”. ‫“ ܬܐܒܝܠ‬terra
habitada”, “mundo”, termo único no Novo Testamento.

‫ܐܢܐ ܡܚܕܐ ܐܚܘܕ ܗܘ ܡܐ ܕܐܝܬ ܠܟ‬݈ ‫( ܐܬܐ‬3:11)


‫ܐܢܫ ܢܣܒ ܟܠܝܠܟ‬
݈ ‫ܕܠ‬

11 Eu venho logo. Eis que aquilo que é teu, porque nenhum


homem tomará a tua coroa”.

11 ‫ ܡܚܕܐ‬ver 2:16. ‫ ܟܠܝܠܟ‬ver 2:10.

‫( ܘܕܙܟܐ ܐܥܒܕܗ ܥܡܘܕܐ ܒܗܝܟܠ ܕܐܠܗܐ ܘܠܒܪ ܠ‬3:12)


‫ܘܗܝ ܫܡܐ ܕܐܠܗܝ ܘܫܡܐ ܕܡܕܝ ݈ܢܬܐ‬
݈ ‫ܢܦܘܩ ܬܘܒ ܘܐܟܬܘܒ ܥܠ‬
‫ܚ ݈ܕܬܐ ܐܘܪܫܠܡ ܐܝܕܐ ܕܢܚܬܐ ܡܢ ܐܠܗܝ ܘܫܡܐ ܕܝܠܝ ܚ ݈ܕܬܐ‬

12 “E quem for puro, o farei coluna no Templo de ‘Alaha’, e não


sairá mais; e escreverei sobre ele o Nome do meu ‘Alaha’, e o
nome da cidade nova, ‘Orish’lem (Jerusalém), que desce do meu
‘Alaha’, e o meu Nome novo.

12 ‫ܥܡܘܕܐ‬ “coluna”, “pilar”, “sustentáculo”. ‫ܗܝܟܠ‬


“Haikla’”, “Templo”, “Palácio” nome masc., usado posteriormente
para referir-se ao Templo de Jerusalém, hebraico: ‫“ היכל‬heichal”
(Sl 5:8), idioma caldeu: ‫“ היכל‬heichal”, o palácio real (Dn 4:1) ou
o templo religioso (Dn 5:2). ‫“ ܠܒܪ‬para fora”, “lugar externo”.

‫ܘܕܐܝܬ ܠܗ ܐܕܢܐ ܢܫܡܥ ܡܢܐ ܪܘܚܐ ܡܡܠܠ ܠܥܕܬܐ‬ (3:13)


‫܀‬

13 Aquele que possui ouvidos ouvirá o que a Rokha’ está falando


às congregações”.

‫( ܘܠܡܠܟܐ ܕܥ ݈ܕܬܐ ܕܠܝܕܝܩܝܐ ܟܬܘܒ ܗܟܢܐ ܐܡܪ‬3:14)


‫ܐܡܝܢ ܣܗܕܐ ܡܗܝܡܢܐ ܘܫܪܝܪܐ ܘܪܫܝܬܐ ܕܒܪܝܬܗ ܕܐܠܗܐ‬

14 E ao Mala’kha’ da congregação em Laodiceia escreve: “Isto


diz o ‘Amin, a Testemunha Fiel e Verdadeira, e o Reshit
(Princípio) da Criação de ‘Alaha:

14 ‫“ ܪܫܝܬܐ‬princípio”, “inicio”. ‫“ ܒܪܝܬܗ‬criação de”, “criatura


de”, da raiz ‫“ ܒܪܐ‬bera”, “criou”, haebraico: ‫“ ברא‬bara’”, “criou”
(Gen 1:1). Esse texto é uma alusão ao verso de Provérbios, a
Sabedoria diz sobre si mesma: “’Elohim me criou como o princípio
do seu Caminho”, alguns rabinos acreditavam que esse verso fazia
alusão à Torá (Lei), assim o primeiro verso de Gênesis diria: “Com
o princípio Elohim criou os Céus e a Terra”, ou seja, criou por
meio da sua Sabedoria, sua Lei.

‫ܐܢܐ ܥܒܕܝܟ ܠ ܩܪܝܪܐ ܐ ݈ܢܬ ܘܠ ܚܡܝܡܐ‬


݈ ‫( ܝܕܥ‬3:15)
‫ܕܘܠ ݈ܗܘܐ ܕܐܘ ܩܪܝܪܐ ܬܗܘܐ ܐܘ ܚܡܝܡܐ‬
15 Eu conheço as tuas obras, tu não és frio e nem quente; correto
seria que frio fosses ou quente!

15‫“ ܩܪܝܪܐ‬frio”, existe um erro de grafia no manuscrito.


‫“ ܚܡܝܡܐ‬quente”.

‫ܐ‬
݈ ‫( ܘܐܝܬܝܟ ܦܫܘܪܐ ܘܠ ܩܪܝܪܐ ܘܠ ܚܡܝܡܐ ܥܬܝܕ‬3:16)
‫ܢܐ ܠܡܬܒܘܬܟ ܡܢ ܦܘܡܝ‬

16 E há para ti mornidão, e não é frio e nem quente, estou


preparado para vomitar-te da minha boca.

16 ‫“ ܦܫܘܪܐ‬mornidão”, “morno”. Nome def. ‫“ ܡܬܒܘܬܟ‬teu


retornar”, aqui o sentido do verbo segundo o contexto é “vomitar”.

‫( ܡܛܠ ܕܐܡܪܬ ܕܥܬܝܪܐ ܐ ݈ܢܬ ܘܥܬܪܬ ܘܥܠ ܡܕܡ ܠ‬3:17)


‫ܐܢܐ ܘܠ ܝܕܥ ܐ ݈ܢܬ ܕܐ ݈ܢܬ ݈ܗܘ ܡܚܝܠ ܘܕܘܝܐ ܘܡܣܟܢܐ‬
݈ ‫ܣܢܝܩ‬
‫ܘܥܪܛܠܝܐ‬

17 Porque disseste: ‘Rico estou, e enriqueci, e não tenho


necessidade de coisa alguma; e tu não sabes que és o impotente,
miserável, pobre, e nu;

17 ‫ܐܡܪܬ‬ peal perfeito singular. ‫ ܥܬܝܪܐ‬ver 2:9, a


concordância verbal está errada nesta frase. ‫“ ܣܢܝܩ‬necessidade”.
‫“ ܡܚܝܠ‬fraco”, “doente”, “pobre”, “impotente”. ‫ܕܘܝܐ‬
“miserável”, “desgraçado”, “infeliz”. ‫“ ܡܣܟܢܐ‬pobre”. ‫ܥܪܛܠܝܐ‬
“nu”, “despojado”. O manuscrito Crawford omite “cego”.
‫ܐܢܐ ܠܟ ܕܬܙܒܢ ܡܢܝ ܕܗܒܐ ܕܒܚܝܪ ܡܢ ܢܘܪܐ‬
݈ ‫( ܡܠܟ‬3:18)
‫ܕܬܥܬܪ ܘܡܐܢܐ ܚܘܪܐ ܠܡܬܥܛܦܘ ܘܠ ܬܬܓܠ ܒܗܬܬܐ‬
‫ܕܥܪܛܠܝܘܬܟ ܘܫܝܦܐ ܟܚܘܠ ܕܬܚܙܐ‬

18 Eu aconselho-te que compres de mim ouro que foi refinado do


fogo, que enriquecerás; e vestes dignas, para vestir-se, e não te
manifestarás a vergonha da tua nudez; e pintura de maquiagem.

18 ‫ܐܢܐ‬ ݈ ‫“ ܡܠܟ‬aconselho”. ‫“ ܬܙܒܢ‬comprarás”, Peal


imperfeito. ‫“ ܡܢܝ‬de mim”. ‫“ ܒܚܝܪ‬provado”, “examinado”, aqui o
contexto significa “refinado”. ‫ ܡܐܢܐ‬ver 3:5. ‫“ ܡܬܥܛܦܘ‬vestir-
se”. ‫“ ܬܬܓܠ‬manifestar-te-ás”. ‫“ ܒܗܬܬܐ‬vergonha”.
‫ ܥܪܛܠܝܘܬܟ‬ver verso anterior, sufixo singular. ‫ ܫܝܦܐ‬termo
raro, não ocorre na peshitta, versão harklean ou na síro-hexapla,
provavelmente não significa colírio como no texto grego, mas
como o termo sírio “shaiafa” que significa passar piche em um
barco, aqui usado como uma espécie de maquiagem. ‫ܟܚܘܠ‬
“pintura”. O termo ‫ܕܬܚܙܐ‬ “que verás” sem dúvida é um
acréscimo. É difícil precisar se a maquiagem aqui é uma
repreensão ou um conselho.

‫ܐܢܐ ܛܢ‬
݈ ‫ܐܢܐ ܘܪܕܐ‬
݈ ‫ܐܢܐ ܡܟܣ‬
݈ ‫( ܐܢܐ ܠܝܠܝܢ ܕܪܚܡ‬3:19)
‫ܗܟܝܠ ܘܬܘܒ‬

19 Àqueles que eu amo Eu repreendo e instruo; zela, portanto, e


retorna.
19 ‫ܐܢܐ‬
݈ ‫ܡܟܣ‬ “castigo”, “repreendo”. ‫ܐܢܐ‬
݈ ‫ܪܕܐ‬ “instruo”.
‫“ ܛܢ‬zelo.

‫ܐܢܫ ܫܡܥ ܒܩܠܝ‬


݈ ‫( ܗܐ ܩܡܬ ܥܠ ܬܪܥܐ ܘܐܩܘܫ ܐܢ‬3:20)
‫ܘܢܦܬܚ ܬܪܥܐ ܘܐܥܘܠ ܘܐܚܫܡ ܥܡܗ ܘܗܘ ܥܡܝ‬

20 “Eis que estou à porta e baterei; se alguém ouviu a minha voz,


abrirá a porta, e eu entrarei, e cearei com ele, e ele comigo”.

20 ‫“ ܩܡܬ‬permaneço”, “permaneci”. ‫ܬܪܥܐ‬ ver 3:8. ‫ܐܩܘܫ‬


“baterei”. ‫“ ܐܥܘܠ‬entrarei”. ‫“ ܐܚܫܡ‬cearei”.

‫( ܘܕܙܟܐ ܐܬܠ ܠܗ ܠܡܬܒ ܥܡܝ ܥܠ ܟܘܪܣܝܐ ܕܝܠܝ‬3:21)


‫ܐܝܟܢܐ ܕܐܢܐ ܙܟܝܬ ܘܝܬܒܬ ܥܡ ܐܒܝ ܥܠ ܟܘܪܣܝܐ ܕܝܠܗ‬

21 E quem for puro, concederei a ele que se assente comigo no


meu Trono; assim como eu fui puro e assentei com meu Pai sobre
seu Trono.

21 ‫“ ܡܬܒ‬sentar”. ‫“ ܟܘܪܤܝܐ‬trono”, “cadeira”.

‫( ܡܢ ܕܐܝܬ ܠܗ ܐܕܢܐ ܢܫܡܥ ܡܢܐ ܪܘܚܐ ܡܡܠܠ‬3:22)


‫ܠܥܕܬܐ ܀‬

22 Aquele que possui ouvidos ouvirá o que a Rokha’ está falando


às congregações”.
4
‫( ܡܢ ܒܬܪ ܗܠܝܢ ܚܙܝܬ ܘܗܐ ܬܪܥܐ ܦܬܝܚܐ ܒܫܡܝܐ‬4:1)
‫ܘܩܠ ܗܘ ܕܫܡܥܬ ܐܝܟ ܫܝܦܘܪܐ ܡܠܠ ܥܡܝ ܠܡܐܡܪ ܣܩ‬
‫ܠܗܪܟܐ ܘܐܚܘܝܟ ܡܐ ܕܝܗܝܒ ܠܡܗܘܐ ܒܬܪ ܗܠܝܢ‬

Depois destas coisas, vi, e eis um portão aberto nos Sh’may’, e


uma voz que ouvi, como de shofar, falou comigo, ao dizer: “Sobe
aqui, e te mostrarei o que se dará a acontecer depois destas coisas”.

1 A partir do quarto capítulo, as evidências de revisões feitas por


copistas aumentam consideravelmente. Isso indica que os três
primeiros capítulos do manuscrito Crawford são a versão do antigo
livro sírio, os demais capítulos possuem uma grande quantidade de
revisões, indicando que o texto sírio original era bem menor, sendo
ampliado segundo a versão do texto grego. ‫ܦܬܝܚܐ‬ ver 3:7.
‫ܫܡܥܬ‬ver 1:10. ‫ ܫܝܦܘܪܐ‬ver 1:10. ‫“ ܗܪܟܐ‬aqui”.

‫( ܘܡܚܕܐ ܗܘܝܬ ܒܪܘܚ ܘܗܐ ܟܘܪܣܝܐ ܣܝܡ ܒܫܡܝܐ‬4:2)


‫ܘܥܠ ܟܘܪܣܝܐ ܝܬܒ‬

2 E logo fui em roch (espírito), e eis que um Trono estava posto


nos Sh’may’, e sobre o Trono sentado;

2 O termo roch (espírito) aqui não está no estado definido, isso


significa que não é uma referência à Rokha’ Qadisha’ (Ruach
HaKodesh, “Espírito Santo”) e sim a uma experiência extra-
corpórea do autor. ‫ ܟܘܪܣܝܐ‬ver 3:21.
‫( ܘܕܝܬܒ ܐܝܟ ܕܡܘܬܐ ܕܚܙܘܐ ܕܟܐܦܐ ܕܝܫܦܗ‬4:3)
‫ܘܗܝ ܕܟܘܪܣܝܐ ܕܡܘܬ ܚܙܘܐ‬
݈ ‫ܘܕܣܪܕܘܢ ܘܩܫܬܐ ܕܥܢܢܐ ܕܚܕܪ‬
‫ܕܙܡܪܓܕܐ‬

3 e o que estava sentado como que semelhante da visão da pedra


de jaspe e sárdio; e o arco das nuvens que estava ao redor do
Trono, que era semelhante à visão da esmeralda.

3 ‫“ ܕܚܙܘܐ‬de uma visão”, aqui significa uma visão mística que o


autor teve. ‫“ ܟܐܦܐ‬pedra”. ‫“ ܝܫܦܗ‬jaspe”, a peshitta verte esse
termo como ‫ܢܫܦܗ‬, (à esxessão de Ex 28:20), a poliglota também
possui outro termo. ‫“ ܣܪܕܘܢ‬sárdio”, “pedra sardônica” (Ez
28:13). ‫“ ܩܫܬܐ ܕܥܢܢܐ‬arco das nuvens”, o “arco-íris”, conforme
o livro de Gênesis posto como um sinal da aliança que YHWH fez
com Noé e seus descendentes, o termo é único no Novo
Testamento. ‫ܘܗܝ‬
݈ ‫ܚܕܪ‬ “ao seu redor”, aqui uma representação
espacial do Trono de YHWH, embora tais coisas sejam apenas
visões simbólicas. ‫ܚܙܘܐ‬ ver termo anterior. ‫ܙܡܪܓܕܐ‬
“esmeralda” (Ez 28:13).

‫( ܘܚܕܪ ܟܘܪܣܝܐ ܟܘܪܣܘܬܐ ܥܣܪܝܢ ܘܐܪܒܥܐ ܘܥܠܝܗܘܢ‬4:4)


‫ܕܝܢ ܕܟܘܪܣܘܬܐ ܥܣܪܝܢ ܘܐܪܒܥܐ ܩܫܝܫܝܢ ܕܝܬܒܝܢ ܕܥܛܝܦܝܢ‬
‫ܡܐܢܐ ܚܘܪܐ ܘܥܠ ܩܪܩܦܬܗܘܢ ܟܠܝܠ ܕܕܗܒܐ‬
4 E ao redor do Trono vinte e quatro tronos; porém sobre eles
vinte e quatro anciãos que estavam sentados, vestidos de vestes
brancas, e sobre suas cabeças coroas de ouro.

4 ‫ܩܫܝܫܝܢ‬ “anciãos”, “chefes”, “bispos” (usado em tratados


cristãos), termo raro no Novo Testamento, apenas em Jo 7:26, da
raiz ‫“ ܩܫܫ‬ser velho”. A partir desse ponto encontramos o uso
frequente do plural terminado com ‫ܝܢ‬ “in”, pouco frequente na
peshitta. ‫ܥܛܝܦܝܢ‬ “vestidos” termo único no Novo Testamento,
comparar com 3:5. ‫“ ܩܪܩܦܬܗܘܢ‬suas cabeças”, “crânios”, termo
incomum, aparece em Rm 12:20 e Pv 25:22. ‫ ܟܠܝܠ‬ver 2:10, aqui
o termo plural possui a mesma semelhança com os termos da
peshitta. A reconstrução desse versículo é impraticável.

‫( ܘܡܢ ܟܘܪܣܘܬܐ ܢܦܩܝܢ ܪܥܡܐ ܘܒܪܩܐ ܘܩܠ ܘܫܒܥܐ‬4:5)


‫ܘܗܝ ܕܟܘܪܣܝܐ ܐܝܠܝܢ ܕܐܝܬܝܗܘܢ ܫܒܥ‬
݈ ‫ܢܗܝܪܐ ܕܝܩܕܝܢ ܩܕܡ‬
‫ܪܘܚܝܢ ܕܐܠܗܐ‬

5 E dos tronos saíam trovões, relâmpagos, e vozes; e os Sete


Brilhantes que ardiam diante do Trono, as quais são as Sete Rochin
de ‘Alaha’;

5 O termo usado aqui é referente aos tronos citados


anteriormente. ‫ ܢܦܩܝܢ‬literalmente “saídos” faz parte da revisão do
copista, conforme verso anterior, os termos posteriores seguem o
padrão da peshitta, provavelmente “saídos” seja um
acréscimo. ‫ܪܥܡܐ‬ “ra’mi’”, “trovões” nome plural de ‫ܪܥܡ‬
“ra’am”, “trovão”, hebraico: ‫רעם‬ “ra’am”. ‫ܒܪܩܐ‬ “barqi’”,
“relâmpagos” nome plural de ‫“ ܒܪܩ‬barq”, “brilho”, hebraico: ‫ברק‬
“baraq” (Sl 18:15). O termo “vozes” é usado na peshitta como
sinônimo de trovões, a repetição de termos aqui é apenas uma
ênfase do fenômeno. ‫“ ܢܗܝܪܐ‬iluminados”, “brilhantes”, o termo é
um adjetivo, “os sete brilhantes” (Fp 2:15). Os demais termos
nesse texto aparentam serem acréscimos da revisão feita pelo
copista. ‫ܝܩܕܝܢ‬ “ardidos”, “queimados”, termo apenas encontrado
na peshitta filoxeniana (2Pe3:10). ‫ܪܘܚܝܢ‬ ver 3:1. Reconstrução
hipotética: “Trovões, relâmpago e vozes; e os Sete Brilhantes
diante do Trono” (?).

‫( ܘܩܕܡ ܟܘܪܣܝܐ ܝܡܐ ܕܙܓܘܓܝܬܐ ܐܝܟ ܕܘܡܝܐ‬4:6)


‫ܘܗܝ ܕܟܘܪܣܝܐ ܐܪܒܥ‬
݈ ‫ܕܓܠܝܕܐ ܘܒܡܨܥܬ ܟܘܪܣܝܐ ܘܚܕܪ‬
‫ܚܝܘܢ ܕܡܠܝܢ ܥܝܢܐ ܡܢ ܩܕܡܝܗܝܢ ܘܡܢ ܒܣܬܪܗܝܢ‬

6 e diante do Trono um mar de vidro, como semelhante ao cristal;


e no meio do Trono, e ao redor do Trono, quatro seres que eram
cheios de olhos por diante e por detrás;

6 ‫ܙܓܘܓܝܬܐ‬ “vidro”, termo incomum. ‫ܓܠܝܕܐ‬ “cristal”,


“gelo”, termo incomum aparecendo apenas no “Tanakh” (Antigo
Testamento). ‫ܡܨܥܬ‬ ver 1:13. ‫ܚܝܘܢ‬ “animais”, “seres”, não
ocorre no NT, apenas em Ez 1:5. Provavelmente a descrição dos
animais possui interpolações do jacobita e não pertenciam ao texto-
base usado, a reconstrução do texto aqui é difícil. ‫ ܡܠܝܢ‬ver 3:2.

‫( ܚܝܘܬܐ ܩܕܡܝܬܐ ܕܡܝܐ ܠܪܝܐ ܘܚܝܘܬܐ ܕܬܪܬܝܢ‬4:7)


‫ܕܡܘܬܐ ܕܥܓܠ ܘܚܝܘܬܐ ܕܬܠܬ ܐܝܬ ܠܗ ܐܦܐ ܐܝܟ‬
‫ܕܒܪܢܫܐ ܘܚܝܘܬܐ ܕܐܪܒܥ ܕܡܘܬܐ ܕܢܫܪܐ ܕܦܪܚ‬

7 e o primeiro ser que era igual ao leão; e o segundo ser, que era
semelhante ao bezerro; e o terceiro ser possuía o rosto como do
filho do homem; e o quarto ser era semelhante à águia que voa.

7 ‫ܚܝܘܬܐ‬ “animal”, “ser”, termo mais comum que o anterior,


usado em Mc 1:13 para referir-se às feras do campo, da raiz ‫ܚܝܘܐ‬
‫“ חיה‬chaiá”, “ser vivo” (Gn 1:24),
“chaia’”, “ser vivo”, hebraico:
idioma caldeu: ‫“ חיוא‬cheiwa” (Dn 4:13). ‫“ ܐܪܝܐ‬leão”. ‫ܥܓܠ‬
“bezerro” (At 7:41). ‫“ ܐܦܐ‬faces”. ‫“ ܢܫܪܐ‬águia”. ‫“ ܦܪܚ‬voa”,
“voou”, “voava” perfeito singular. A referência sem dúvida é a
visão de Ezequiel (ver Ez 1 e 2).

‫( ܐܪܒܥܬܝܗܝܢ ܚܝܘܬܐ ܟܠܚܕܐ ܡܢܗܝܢ ܩܝܡܐ ܘܐܝܬ ܠܗ‬4:8)


‫ܡܢ ܛܦܪܝܗ ܘܠܥܠ ܫܬܐ ܓܦܝܢ ܚܘܕܪܢܐܝܬ ܘܡܢ ܠܓܘ ܡܠܝܢ‬
‫ܥܝܢܐ ܘܫܠܝܐ ܠܝܬ ܠܗܝܢ ܐܝܡܡܐ ܘܠܠܝܐ ܠܡܐܡܪ‬
‫ܩܕܝܫ ܩܕܝܫ ܩܕܝܫ ܡܪܝܐ ܐܠܗܐ ܐܚܝܕ ܟܠ‬
‫ܘܗܝ ܘܐܬܐ‬݈ ‫ܘܗܝ ݈ܗܘܐ ܘܐܝܬ‬
݈ ‫ܗܘ ܕܐܝܬ‬

8 Os quatro seres juntos, deles em pé; e ele possuía desde sua


garra e por cima, seis asas, e ao redor e dentro estavam cheios de
olhos; e eles não possuem silêncio dia e noite, ao dizer: Qadish,
Qadish, Qadish é Mar’ya’ ‘Alaha’, apreende tudo o que é, que era,
e que vem.
8 ‫ܐܪܒܥܬܝܗܝܢ‬ forma incomum na peshitta de grafar “quatro”
(apenas Mc 13:27 e Ez 1:16), aparenta pertencer à revisão do
copista, o início deste versículo está corrompido. ‫ܟܠܚܕܐ‬
literalmente “como um só”, “juntos”, aparentemente o texto
descreve apenas um ser. ‫ܡܢ ܛܦܪܝܗ‬ “desde sua garra”, não
aparece no texto grego, e nem na peshitta. ‫“ ܓܦܝܢ‬asas”, pertence
à revisão que adota o in como plural, o termo é emprestado de Ez
1:6. ‫“ ܫܠܝܐ‬descanso”, “calma”, “tranquilidade”, nome def. de ‫ܫܠܝ‬
‫“ שלי‬sheli” (2Sm 3:27), idioma
“sheli”, “tranquilidade”, hebraico:
caldeu: ‫“ שלוה‬shelevá” (Dn 4:24). ‫ ܩܕܝܫ‬ver 3:7. ‫ ܡܪܝܐ‬ver 1:8.

‫( ܘܡܐ ܕܝ ݈ܗܒ ܐܪܒܥܬܝܗܝܢ ܚܝܘܬܐ ܬܫܒܘܚܬܐ‬4:9)


‫ܘܐܝܩܪܐ ܘܩܘܒܠ ܛܝܒܘܬܐ ܠܕܝܬܒ ܥܠ ܟܘܪܣܝܐ ܘܠܕܚܝ‬
‫ܠܥܠܡ ܥܠܡܝܢ ܐܡܝܢ‬

9 E dando os quatro seres louvor, engradecimento e o bem


aceitável ao que estava sentado sobre o Trono, e ao que vive para
além eternamente, Amin!

9 ‫ܬܫܒܘܚܬܐ‬ “louvor”, “pompa”, “majestade”, termo usado


para engrandecimento da realeza. ‫“ ܐܝܩܪܐ‬preciosidade”, “peso”,
“engradecimento”, termo usado para referir-se à riqueza real.
‫ܩܘܒܠ ܛܝܒܘܬܐ‬ “bondade aceitável”, termo incomum, não
aparece na peshitta e nem na versão harklean. ‫ ܥܠܡܝܢ‬ver 1:18.

‫ܢܦܠܘܢ ܥܣܪܝܢ ܘܐܪܒܥܐ ܩܫܝܫܝܢ ܩܕܡ ܡܢ ܕܝܬܒ ܥܠ‬ (4:10)


‫ܟܘܪܣܝܐ ܘܢܣܓܕܘܢ ܠܥܠܡ ܥܠܡܝܢ ܐܡܝܢ ܠܡܢ ܕܚܝ ܘܢܪܡܘܢ‬
‫ܟܠܝܠܝܗܘܢ ܩܕܡ ܟܘܪܣܝܐ ܟܕ ܐܡܪܝܢ‬

10 cairam os vinte e quatro anciãos diante do que estava sentado


sobre o Trono, e se prostrarão para além eternamente ‘Amin! Ao
que vive. E lançarão as suas coroas diante do Trono, enquanto
dizem:

10 ‫ܢܦܠܘܢ‬ “caíram” Peal perfeito. ‫ܩܫܝܫܝܢ‬ ver 4:4. ‫ܢܣܓܕܘܢ‬


“prostrarão” Peal imperfeito. O texto do manuscrito Crawford está
com termos deslocados em relação ao texto grego. ‫ ܢܪܡܘܢ‬Peal
imperfeito.

‫( ܕܫܘܝܬ ݈ܗܘ ܡܪܢ ܘܐܠܗܢ ܠܡܣܒ ܬܫܒܘܚܬܐ‬4:11)


‫ܘܐܝܩܪܐ ܘܚܝܠ ܡܛܠ ܕܐ ݈ܢܬ ܒܪܝܬ ܟܠ ܘܒܝܕ ܨܒܝܢܟ‬
‫ܗܘܝ ܘܐܬܒܪܝ ܀‬

11 “Digno é o Maran e nosso ‘Alaha’, de receber o louvor, a


grandiosidade e o poder; porque tu criaste tudo, e através do teu
desejo existiram e foram criadas”.

11 ‫ܡܪܢ‬ “Maran”, “Senhor nosso”, normalmente atribuído a


Yisho’ no Novo Testamento, mas também pode ser atribuído a
‘Alaha’ e mesmo a pessoas. ‫ܚܝܠ‬ ver 3:8. ‫ܒܪܝܬ‬ ver 3:14, Peal
perfeito. “Pela mão do teu desejo”, expressão idiomática: “por
meio do teu desejo”.
5
‫( ܘܚܙܝܬ ܥܠ ܝܡܝܢܗ ܕܗܘ ܕܝܬܒ ܥܠ ܟܘܪܣܝܐ ܟܬܒܐ‬5:1)
‫ܕܪܫܝܡ ܡܢ ܠܓܘ ܘܡܢ ܠܒܪ ܘܛܒܝܥ ܛܒܥܐ ܫܒܥܐ‬

E vi sobre a Destra do que estava sentado sobre o Trono um escrito


que era marcado pelo lado de dentro e por fora, e selado com sete
selos.

1‫“ ܪܫܝܡ‬gravado”, “marcado”, “apontado”. ‫ܛܒܥܐ‬ “selos”,


“estampas” não é usado no restante do Novo Testamento, mas
encontra-se no Tanakh (Antigo Testamento).

‫ܐܚܪܢܐ ܡܠܟܐ ܚܝܠܬܢܐ ܕܡܟܪܙ ܒܩܠ ܪܡܐ‬݈ ‫( ܘܚܙܝܬ‬5:2)


‫ܘܗܝ‬
݈ ‫ܡܢ ܫܘܐ ܠܡܦܬܚ ܟܬܒܐ ܘܠܡܫܪܐ ܛܒܥ‬

2 E vi outro Mala’kha’ poderoso, que proclamava em alta voz:


“Quem é capaz de abrir o escrito e soltar os seus selos”?

2 ‫ܐܚܪܢܐ‬
݈ “outro”, termo omitido no grego, talvez uma referência
aos qerubim do capítulo anterior, ou ainda esta passagem poderia
estar deslocada em manuscritos antigos. ‫ܚܝܠܬܢܐ‬ “forte”,
“poderoso”, “robusto”. ‫“ ܡܟܪܙ‬proclamando”, “anunciando”. ‫ܫܘܐ‬
“digno”, “capaz”, estar em paridade”, termo def. “shava”,
hebraico: ‫שוא‬ “shava’” (Pv 3:15), idioma caldeu: ‫“ שוי‬shavi”,
“fazer igual” (Dn 5:21). ‫ ܡܦܬܚ‬ver 3:7, particípio. ‫ ܡܫܪܐ‬ver 1:5,
particípio.
‫( ܘܠܝܬ ܕܐܬܡܨܝ ܒܫܡܝܐ ܘܠ ܒܐܪܥܐ ܘܠ ܕܠܬܚܬ ܡܢ‬5:3)
‫ܘܗܝ ܘܠܡܚܙܝܗ‬
݈ ‫ܐܪܥܐ ܠܡܦܬܚ ܠܟܬܒܐ ܘܠܡܫܪܐ ܛܒܥ‬

3 E não havia quem fosse capaz nos Sh’may’, nem na Terra, e nem
debaixo da Terra, de abrir o escrito, soltar os seus selos, e vê-lo.

3 ‫ܬܚܬ‬ “baixo” usado com preposição, aramaico: “letachet”,


hebraico: ‫“ תחת‬tachat” (Sl 10:7), idioma caldeu: ‫“ תחת‬tachat” (Dn
4:9). O texto grego não possui “soltar seus selos”

‫( ܘܒܟܐ ݈ܗܘܝܬ ܣܓܝ ܡܛܠ ܕܠܝܬ ܕܐܫܬܟܚ ܕܫܘܐ‬5:4)


‫ܘܗܝ‬
݈ ‫ܠܡܦܬܚ ܠܟܬܒܐ ܘܠܡܫܪܐ ܛܒܥ‬

4 E eu estava chorando muito, porque não se achou quem fosse


capaz de abrir o escrito e soltar seus selos.

4 ‫“ ܒܟܐ ܗܘܝܬ‬chorava”. O texto grego não possui “soltar seus


selos”, e o Crawford omite “vê-lo”.

‫( ܘܚܕ ܡܢ ܩܫܝܫܐ ܐܡܪ ܠܝ ܠ ܬܒܟܐ ܗܐ ܙܟܐ ܐܪܝܐ ܡܢ‬5:5)


‫ܘܗܝ‬
݈ ‫ܫܒܛܐ ܕܝܗܘܕܐ ܥܩܪܐ ܕܕܘܝܕ ܢܦܬܚ ܟܬܒܐ ܘܛܒܥ‬

5 E um dos anciãos disse-me: “Não chorarás; eis que venceu o


Leão da tribo de Yhodha’ (Judá), a raiz de Dawidh (Davi), abrirá o
escrito e seus selos”.

5 ‫“ ܙܟܐ‬superou”, “sobressaiu” Peal perfeito. ‫“ ܥܩܪܐ‬raiz”.


‫( ܘܚܙܝܬ ܒܡܨܥܬ ܟܘܪܣܝܐ ܘܕܐܪܒܥ ܚܝܘܢ ܘܕܩܫܝܫܐ‬5:6)
‫ܐܡܪܐ ܕܩܐܡ ܐܝܟ ܢܟܝܣܐ ܘܐܝܬ ܠܗ ܩܪܢܬܐ ܫܒܥ ܘܥܝܢܐ‬
‫ܫܒܥܐܝܠܝܢ ܕܐܝܬܝܗܝܢ ܫܒܥ ܪܘܚܐ ܕܐܠܗܐ ܕܡܫܬܕܪܢ‬
‫ܠܟܠܗ ܐܪܥܐ‬

6 E vi no meio do Trono e dos quatro seres, e dos anciãos, um


Cordeiro de pé, como abatido, e tinha Sete Chifres e Sete Olhos,
que são as sete rochi’ de ‘Alaha’, que são enviadas por toda a
Terra.

6 ‫ܐܡܪܐ‬ “Cordeiro”. ‫ܐܝܬܝܗܝܢ‬ corrigido, conforme proposto


pelo copista. ‫ ܪܘܚܐ‬termo plural, contrário de 4:5.

‫( ܘܐܬܐ ܘܢܣܒ ܟܬܒܐ ܡܢ ܐܝܕܗ ܕܗܘ‬5:7)


‫ܕܝܬܒ ܥܠ ܟܘܪܣܝܐ‬

7 E veio e tomou o escrito da mão do que estava sentado sobre o


Trono.

‫( ܘܟܕ ܫܩܠܗ ܠܟܬܒܐ ܐܪܒܥ ܚܝܘܢ ܘܥܣܪܝܢ ܘܐܪܒܥܐ‬5:8)


‫ܘܗܝ ܕܐܡܪܐ ܟܕ ܐܝܬ ܠܟܠܚܕ ܚܕ ܡܢܗܘܢ‬
݈ ‫ܩܫܝܫܝܢ ܢܦܠܘ ܩܕܡ‬
‫ܩܝܬܪܐ ܘܙܒܘܪܐ ܕܕܗܒܐ ܕܡܠܝܐ ܒܣܡܐ ܐܝܠܝܢ ܕܐܝܬܝܗܝܢ‬
‫ܨܠܘܬܐ ܕܩܕܝܫܐ‬

8 E quando pegou o escrito, os quatro seres e os vinte e quatro


anciãos caíram diante do Cordeiro, tendo cada um deles cítaras e
incensários de ouro que estavam cheios de incenso, que são as
orações dos homens separados.

8 ‫ܩܝܬܪܐ‬ “cítaras”, “harpas”. ‫ܙܒܘܪܐ‬ “tigelas”, o termo é uma


referência aos incensários usados no Tabernáculo. ‫“ ܡܠܝܐ‬cheios”.
‫“ ܒܣܡܐ‬incenso”.

‫( ܕܡܫܒܚܝܢ ܬܫܒܘܚܬܐ ܚܕܬܐ ܘܐܡܪܝܢ ܫܘܝܬ ݈ܗܘ‬5:9)


‫ܘܗܝ ܥܠ ܕܐܬܢܟܣܬ‬
݈ ‫ܘܗܝ ܠܟܬܒܐ ܘܠܡܫܪܐ ܛܒܥ‬
݈ ‫ܠܡܣܒܝ‬
‫ܘܙܒܢܬܢ ܒܕܡܟ ܠܠܗܐ ܡܢ ܟܠ ܫܪܒܬܐ ܘܥ ݈ܡܡܐ ܘܐܡܘܬܐ‬

9 E louvavam um louvor renovado, e diziam: “Digno ele é de


tomar o escrito, e soltar os seus selos; a respeito de tu seres
abatido, e nos compraste pelo teu sangue para ‘Alaha’, de toda
tribo, e povo e nação;

9 ‫“ ܐܬܢܟܣܬ‬estares abatido” Hetipeel perfeito. ‫ ܙܒܢܬܢ‬ver 3:18,


com um sufixo plural. ‫ܡܡܐ‬ ݈ ‫ ܥ‬ver 2:26. ‫“ ܐܡܘܬܐ‬nação”,
“povo”, a repetição de termos é apenas uma ênfase.

‫( ܘܥܒܕܬ ܐܢܘܢ ܠܠܗܢ ܡܠܟܘܬܐ ܘܟܗܢܐ ܘܡܠܟܐ‬5:10)


‫ܘܢܡܠܟܘܢ ܥܠ ܐܪܥܐ ܀‬

10 e os fizeste para o nosso ‘Alaha’ Reino, kaheni’ (sacerdotes) e


reis; e eles reinarão sobre a Terra”.

‫( ܘܚܙܝܬ ܘܫܡܥܬ ܐܝܟ ܩܠ ܕܡܠܟܐ ܣܓܝܐܐ ܚܕܪܝ‬5:11)


‫ܘܗܝ ݈ܗܘܐ ܡܢܝܢܗܘܢ‬
݈ ‫ܟܘܪܣܝܐ ܘܕܚܝܘܬܐ ܘܕܩܫܝܫܐ ܘܐܝܬ‬
‫ܪܒܘ ܪܒܘܢ ܘܐܠܦ ܐܠܦܝܢ‬

11 E tive uma visão: ouvi como a voz de muitos mala’chi’ ao


redor do Trono e dos seres e dos anciãos; e o número deles era
miríades de miríades, e milhares de milhares,

11 ‫ܪܒܘ ܪܒܘܢ‬ “miríades de miríades”. ‫“ ܐܠܦ ܐܠܦܝܢ‬milhares


de milhares”.

‫( ܘܐܡܪܝܢ ܒܩܠ ܪܡܐ ܫܘܝܬ ݈ܗܘ ܐܡܪܐ ܢܟܝܣܐ‬5:12)


‫ܠܡܣܒ ܚܝܠ ܘܥܘܬܪܐ ܘܚܟܡܬܐ ܘܥܘܫܢܐ ܘܐܝܩܪܐ‬
‫ܘܬܫܒܘܚܬܐ ܘܒܘܪܟܬܐ‬

12 e diziam em alta voz: “Digno é o Cordeiro abatido, de receber


o Poder, a Dignidade, Sabedoria, Força, Preciosidade, Louvor e
Bendição”.

12 A repetição de termos aqui é apenas uma ênfase.

‫( ܘܟܠ ܒܪܝܬܐ ܕܒܫܡܝܐ ܘܒܐܪܥܐ ܘܕܠܬܚܬ ܡܢ ܐܪܥܐ‬5:13)


‫ܘܕܒܝܡܐ ܐܝܬܝܗ ܘܟܠ ܕܒܗܘܢ ܘܫܡܥܬ ܕܐܡܪܝܢ ܠܕܝܬܒ ܥܠ‬
‫ܟܘܪܣܝܐ ܘܠܡܪܐ ܕܒܘܪܟܬܐ ܘܐܝܩܪܐ ܘܬܫܒܘܚܬܐ‬
‫ܘܐܘܚܕܢܐ ܠܥܠܡ ܥܠܡܝܢ‬

13 E toda criatura que está nos Sh’may’, e na Terra, e debaixo da


Terra, e que estava no mar, e a todas as coisas que neles há, e ouvi
que diziam: “Ao que está sentado sobre o Trono, e ao Cordeiro:
Bendição, Dignidade, Louvor, Agradecimento, para além
eternamente.

13 No manuscrito, inicia-se uma nova narrativa ao dizer: “E eu


ouvi”...

‫ܘܐܪܒܥ ܚܝܘܢ ܕܐܡܪܢ ܐܡܝܢ ܘܩܫܝܫܐ ܢܦܠܘ ܘܣܓܕܘ‬ (5:14)


‫܀‬
14 E os quatro seres que diziam: “Amin!” E os anciãos caíram e
prostraram-se.

6
‫( ܘܚܙܝܬ ܟܕ ܦܬܚ ܐܡܪܐ ܚܕ ܡܢ ܫܒܥܐ ܛܒܥܝܢ ܘܫܡܥܬ‬6:1)
‫ܠܚܕܐ ܡܢ ܐܪܒܥ ܚܝܘܢ ܕܐܡܪܐ ܐܝܟ ܩܠ ܕܪܥܡܐ ܬܐ ܘܚܙܝ‬

E vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos, e ouvi um dos


quatro seres que dizia como voz como de trovão: “Vem e vê”!

1 Aparentemente esse texto faz parte da revisão do copista e não


fazia parte do documento original, ou determinados elementos da
narrativa não são originais. ‫ܛܒܥܝܢ‬ “selos”. ‫ܪܥܡܐ‬ ver 4:5.
‫ܬܐ ܘܚܙܝ‬ “vem e vê”, termo debatido, aparentemente é um
chamado ao profeta para que veja a visão.

‫ܘܗܝ‬
݈ ‫( ܘܫܡܥܬ ܘܚܙܝܬ ܘܗܐ ܣܘܣܝܐ ܚܘܪܐ ܘܕܝܬܒ ܥܠ‬6:2)
‫ܐܝܬ ܠܗ ܩܫܬܐ ܘܐܬܝܗܒ ܠܗ ܟܠܝܠ ܘܢܦܩ ܙܟܝ ܘܙܟܐ ܘܕܢܙܟܐ‬
‫܀‬
2 E ouvi e vi, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado
sobre ele possuía um arco; e foi dada a ele uma coroa, e saiu
vencedor, e venceu, e vencerá.

2 ‫ܣܘܣܝܐ‬ “cavalo”, o termo aparece apenas aqui no Novo


Testamento e nas demais passagens de Apocalipse. ‫ܚܘܪܐ‬
“branco”. Termo def. de ‫ܚܘܪ‬ “branco”. ‫ ܩܫܬܐ‬ver 4:3, nessa
passagem um instrumento de guerra. ‫“ ܐܬܝܗܒ‬foi dado”
Hetipeel perfeito singular. ‫ ܙܟܝ ܘܙܟܐ ܘܕܢܙܟܐ‬uma série de termos
similares que não possuem muito sentido, alguns acreditam que um
dos termos foi adicionado na margem do manuscrito e depois
incorporado ao texto.

‫( ܘܟܕ ܦܬܚ ܛܒܥܐ ܕܬܪܝܢ ܫܡܥܬ ܠܚܝܘܬܐ ܕܬܪܬܝܢ‬6:3)


‫ܕܐܡܪܐ ܬܐ‬

3 E quando abriu o selo que era o segundo, ouvi o ser que era o
segundo que disse: “Vem”!

3 Alguns elementos desse versículo podem indicar que a abertura


de selos sucessivos não fosse original ao texto, talvez o texto
original possuísse apenas a abertura de um selo e suas sucessivas
visões; a dificuldade textual aqui também é que o texto cristão
demonstra um Deus perverso que tira a paz e revela o mal aos
homens, o texto original provavelmente liga o(s) selo(s) a visões
do futuro que o profeta recebe.

‫ܘܗܝ ܐܬܝܗܒ ܠܗ‬


݈ ‫( ܘܢܦܩ ܣܘܣܝܐ ܣܘܡܩܐ ܘܠܕܝܬܒ ܥܠ‬6:4)
‫ܠܡܣܒ ܫܠܡܐ ܡܢ ܐܪܥܐ ܕܠܚܕܕܐ ܢܢܟܣܘܢ ܘܐܬܝܗܒܬ ܠܗ‬
‫ܚܪܒܐ ܪܒܬܐ ܀‬

4 E saiu um cavalo escarlate; e ao que estava assentado sobre ele


foi dado que tomasse o sh’lama’ da Terra, uns aos outros se
matarão; e foi dada a ele uma grande espada.

4 ‫“ ܣܘܡܩܐ‬vermelho cor de sangue”, “escarlate”. ‫ ܢܢܟܣܘܢ‬ver


5:9, Peal imperfeito plural. ‫ ܚܪܒܐ‬ver 2:12.

‫( ܘܟܕ ܐܬܦܬܚ ܛܒܥܐ ܕܬܠܬܐ ܫܡܥܬ ܠܚܝܘܬܐ ܕܬܠܬ‬6:5)


‫ܘܗܝ ܐܝܬ‬
݈ ‫ܕܐܡܪܐ ܬܐ ܘܗܐ ܣܘܣܝܐ ܐܘܟܡܐ ܘܕܝܬܒ ܥܠ‬
‫ܡܐܣܬܐ ܒܐܝܕܗ‬

5 E quando foi aberto o selo que era o terceiro, ouvi o ser que era
o terceiro, que disse: “Vem”! E eis um cavalo preto; e o que estava
assentado sobre possuía uma balança na sua mão.

5 ‫ܐܘܟܡܐ‬ “preto”, “cor preta”.‫“ ܡܐܣܬܐ‬balança”, termo


único em todo o Novo Testamento, raiz ‫“ ܡܤܬ‬suficiente”.

‫( ܘܫܡܥܬ ܩܠ ܡܢ ܒܝܬ ܚܝܘܬܐ ܕܐܡܪ ܩܒܐ ܕܚܛܐ‬6:6)


‫ܒܕܝܢܪܐ ܘܬܠܬܐ ܩܒܝܢ ܕܣܥܪܐ ܒܕܝܢܪܐ ܘܠܚܡܪܐ‬
‫ܘܠܡܫܚܐ ܠ ܬܗܪ ܀‬

6 E ouvi uma voz do meio dos seres, que dizia: “Uma qaba’ de
trigo por um denário, e três qabin de cevada por um denário; e o
vinho e o azeite não danifiques”.
6 ‫“ ܩܒܐ‬qaba’”, plural ‫“ ܩܒܝܢ‬qabin”, uma medida usada para
líquidos e em alguns casos para medidas lineares, equivalente a
dois quartos de uma medida, o termo é único em todo o Novo
Testamento, mas presente no Tanakh (Antigo Testamento): 2Rs
6:25. ‫“ ܚܛܐ‬trigo”, “pecado”. ‫“ ܕܝܢܪܐ‬denário”, uma unidade
monetária. ‫“ ܣܥܪܐ‬cevada”. ‫“ ܚܡܪܐ‬vinho”, nome masc. def.
aramaico: “chamra”, hebraico: ‫“ חמר‬chemer” (Dt 32:14), idioma
caldeu: ‫“ חמרא‬chamra” (Ed 6:9). ‫“ ܡܫܚܐ‬óleo”, “azeite”. ‫ܬܗܪ‬
“danifiques”, “prejudiques”.

‫( ܘܟܕ ܦܬܚ ܛܒܥܐ ܕܐܪܒܥܐ ܫܡܥܬ ܩܠ ܕܚܝܘܬܐ‬6:7)


‫ܕܐܡܪܐ ܬܐ‬

7 E quando abriu o selo que era o quarto, ouvi a voz do ser que
disse: “Vem”!

‫ܘܗܝ‬
݈ ‫( ܘܚܙܝܬ ܣܘܣܝܐ ܝܘܪܩܐ ܘܫܡܗ ܕܗܘ ܕܝܬܒ ܥܠ‬6:8)
‫ܡܘܬܐ ܘܫܝܘܠ ܢܩܝܦܐ ܠܗ ܘܐܬܝܗܒ ܠܗ ܫܘܠܛܢܐ ܥܠ‬
‫ܪܘܒܥܗ ܕܐܪܥܐ ܕܢܩܛܠ ܒܚܪܒܐ ܘܒܟܦܢܐ ܘܒܡܘܬܐ‬
‫ܘܒܚܝܘܬܐ ܕܐܪܥܐ ܀‬

8 E olhei um cavalo descorado, e o nome do que estava montado


sobre ele era Morte; e o Shiol o segue; e foi dada a ele autoridade
sobre a quarta parte da Terra, que matará com a espada, e com a
fome, e com a morte, e com as feras da Terra.
8 ‫ ܝܘܪܩܐ‬o termo literalmente significa “erva verde”, também é
usado para referir-se à palidez. ‫ ܫܝܘܠ‬ver 1:18. ‫“ ܢܩܝܦܐ‬seguirá”
imperfeito, a versão poliglota possui o verbo no Pael, o termo
sempre coincide com o grego no caso da peshitta e neste caso.
‫ܫܘܠܛܢܐ‬ ver 2:26. ‫ܪܘܒܥܗ‬ “quarta parte de”.‫ ܢܩܛܠ‬ver 2:11,
imperfeito. ‫ܟܦܢܐ‬ “fome” nome def. de ‫ܟܦܢ‬ “kepen”, hebraico:
‫“ כפן‬kafan” (Jó 5:22).

‫( ܘܟܕ ܦܬܚ ܠܛܒܥܐ ܕܚܡܫܐ ܚܙܝܬ ܠܬܚܬ ܡܢ ܡܕܒܚܐ‬6:9)


‫ܠܢܦܫܬܐ ܕܐܬܩܛܠ ܡܛܠ ܡܠܬܐ ܕܐܠܗܐ ܘܡܛܠ ܣܗܕܘܬܐ‬
‫ܕܝܫܘܥ ܗܝܕܐܝܬ ݈ܗܘܐ ܠܗܘܢ‬

9 E quando abriu o selo que era o quinto, vi debaixo do altar as


pessoas que foram mortas por causa da Palavra de ‘Alaha’ e por
causa do testemunho de Yisho’, que eles possuíam.

9 ‫ܡܕܒܚܐ‬ “altar”, o termo no Tanakh (Antigo Testamento) é


usado tanto para se referir ao altar de sacrifícios como o altar de
incenso, provavelmente se refere ao segundo, pois o incenso é
comparado às orações. ‫ܐܬܩܛܠ‬ ver 2:13, existe um erro de
conjugação verbal nesta frase. “O testemunho de Yisho’ que
possuíam” muitos manuscritos gregos omitem essa frase.

‫( ܘܩܥܘ ܒܩܠ ܪܒܐ ܘܐܡܪܝܢ ܥܕܡܐ ܠܡܬܝ ܡܪܝܐ‬6:10)


‫ܩܕܝܫܐ ܘܫܪܝܪܐ ܠ ܕܝܢܬ ܘܬܒܥܬ ܕܡܢ ܡܢ ܥܡܘܪܝܗ ܕܐܪܥܐ‬
10 E clamaram com grande voz, e disseram: “Até quando, ó
Mar’ya’, ó Separado e Verdadeiro, não julgas e vingas o nosso
sangue dos habitantes da Terra”?

10 ‫“ ܥܕܡܐ ܠܡܬܝ‬até quando?”, “quanto tempo?”, “quão


distante?” ‫“ ܕܝܢܬ‬julgas” Peal perfeito de ‫“ ܕܝܢ‬julgar”. ‫ܬܒܥܬ‬
“vingas” Peal perfeito.

‫( ܘܐܬܝܗܒܬ ܠܟܠܚܕ ܚܕ ܡܢܗܘܢ ܐܣܛܠ ܚܘܪܬܐ‬6:11)


‫ܘܐܬܐܡܪ ܕܢܬܬܢܝܚܘܢ ܥܕ ܥܕܢ ܙܒܢ ܙܥܘܪ ܥܕܡܐ ܕܡܫܬܡܠܝܢ‬
‫ܐܦ ܟܢܘܬܗܘܢ ܘܐܚܝܗܘܢ ܐܝܠܝܢ ܕܥܬܝܕܝܢ ܠܡܬܩܛܠܘ ܐܝܟ‬
‫ܕܐܦ ܗܢܘܢ ܀‬

11 E foi dado a cada um deles estolas brancas e foi dito que


fizessem uma espera durante um período de tempo curto, até que se
completassem também seus companheiros e irmãos, que estavam
destinados a serem mortos, como também eles.

11 ‫“ ܐܣܛܠ‬estolas”, “robes”, “túnicas compridas”. (Mc


16:5). ‫“ ܚܘܪܬܐ‬brancas” (Mc 16:5). ‫“ ܢܬܬܢܝܚܘܢ‬fizessem uma
espera” Hetitafal imperfeito plural de ‫“ ܢܝܚ‬tolerar”, “descansar”.
‫“ ܥܕ‬durante”, “enquanto” conjunção, aramaico: “’ad”, hebraico:
‫“ עד‬enquanto” (1 Sm 14:19), idioma caldeu: ‫“ עד‬enquanto” (Dn
7:12). ‫ ܙܒܢ‬ver 1:3. ‫ ܙܥܘܪ‬ver 2:14, termo singular. ‫ܟܢܘܬܗܘܢ‬
“seus companheiros”, “seus seguidores”. ‫“ ܐܚܝܗܘܢ‬seus irmãos”.
‫ ܡܬܩܛܠܘ‬ver 2:11 Infinitivo Hetipaal.
‫( ܘܚܙܝܬ ܟܕ ܦܬܚ ܛܒܥܐ ܕܫܬܐ ܘܢܘܕܐ ܪܒܐ ݈ܗܘܐ‬6:12)
‫ܘܫܡܫܐ ܐܝܟ ܣܩܐ ܕܣܥܪܐ ܐܘܟܡ ܗܘܐ ܘܣܗܪܐ ܟܠܗ‬
‫ܗܘܐ ܠܗܐܝܟ ܕܡܐ‬

12 E vi quando abriu o selo que era o sexto, e houve uma grande


luz; e o sol como uma bolsa de saco preto ficou, e a lua toda se
tornou como sangue;

12 ‫ܢܘܗܪܐ‬ “luz”, de acordo com o manuscrito, as versões


acreditam que seja um erro do copista e vertem para ‫ܢܘܕܐ‬
“terremoto”, como uma grande luz pode escurecer o sol e a lua?
Talvez o restante do verso não continha no texto original. ‫ܫܡܫܐ‬
ver 1:16. ‫“ ܣܩܐ‬saco”, segundo as edições do texto (termo único
em todo o Novo Testamento), porém o manuscrito possui ‫ܙܩܐ‬
“bolsa”, referindo-se ao couro de animais usados como recipientes.
‫ ܣܥܪܐ‬ver 6:6, nesse caso refere-se à malha usada para fazer o
saco, era costume usar o pano de saco para se humilhar, a
referência indica que esse momento não será de prazer e
contentamento.‫ ܐܘܟܡ‬ver 6:5. ‫“ ܣܗܪܐ‬lua”, nome masc. def. de
‫“ ܤܗܪ‬circular” , aramaico: “sahra”, hebraico: ‫ סהר‬ou ‫שהר‬
“sahar”, “circular”.

‫( ܘܟܘܟܒܐ ܕܫܡܝܐ ܢܦܠܘ ܥܠ ܐܪܥܐ ܐܝܟ ܬܬܐ‬6:13)


‫ܕܫܕܝܐ ܦܩܘܥܝܗ ܡܢ ܪܘܚܐ ܥܫܝܢܬܐ ܡܐ ܕܡܬܬܙܝܥܐ‬
13 e os corpos celestes dos Sh’may’ caíram sobre a Terra, como a
figueira que lança os seus figos verdes pelo vento forte que faz
sacudir.

13 ‫ܟܘܟܒܐ‬ “estrelas” ver 1:16, o termo plural aqui não


assemelha-se ao termo de 1:16, o que indica as revisões de copistas
nesse manuscrito. ‫ܬܬܐ‬ “figueira”. ‫ܫܕܝܐ‬ “lança”, termo muito
raro e pouco usado na peshitta para esse verbo. ‫“ ܥܫܝܢܬܐ‬forte”,
termo raro, também em Tg 3:4. ‫ ܡܬܬܙܝܥܐ‬termo único, infinitivo
hetitafal, ver 2:5.

‫( ܘܫܡܝܐ ܐܬܦܪܫ ܘܐܝܟ ܟܬܒܐ ܐܬܟܪܟܘ ܘܟܠ‬6:14)


‫ܛܘܪ ܘܟܠ ܓܙܪܬܐ ܡܢ ܕܘܟܬܗܘܢ ܐܬܬܙܝܥܘ‬

14 E os Sh’may’ foi separado, e como os escritos se enrolam; e


todo monte e todas as ilhas de seus lugares foram sacudidos.

14‫“ ܐܬܦܪܫ‬foi separado”, o termo está no singular, embora


‫ ܫܡܝܐ‬seja plural no contexto hebreu. ‫“ ܐܬܟܪܟܘ‬se enrolam”, o
termo plural indica que o anterior também está no plural (o
manuscrito Crawford não é completamente vocalizado) e refere-se
a “rolos” de manuscritos que se enrolam um no outro. ‫ܛܘܪ‬
“monte”, “rocha”, indefinido “tor” (definido: ‫ ܛܘܪܐ‬tora’), idioma
caldeu: ‫טור‬ “tur” (Dn 2:35). ‫ܓܙܪܬܐ‬ ver 1:9. ‫ܕܘܟܬܗܘܢ‬ “de
seus lugares”. ‫ܐܬܬܙܝܥܘ‬ ver verso anterior, hetitafal perfeito
plural.
‫( ܘܡܠܟܐ ܕܐܪܥܐ ܘܪܘܪܒܢܐ ܘܪܝܫܝ ܐܠܦܐ ܘܥܬܝܪܐ‬6:15)
‫ܘܚܝܠܘܬܐ ܘܟܠ ܥܒܕܐ ܘܒܢܝ ܚܐܪܐ ܛܫܝܘ ܢܦܫܗܘܢ ܒܡܥܪܐ‬
‫ܘܒܫܘܥܐ ܕܛܘܪܐ‬

15 E os reis da Terra, e os grandes, e os chefes militares, e os


ricos, e os poderosos, e todo escravo e filhos dos livres, se
esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas;

15 ‫ܪܘܪܒܢܐ‬ “grandes”, “chefes”. ‫“ ܪܝܫܝ ܐܠܦܐ‬chefes de mil”


(Ex 18:21) ou seja, de exércitos. ‫“ ܥܬܝܪܐ‬ricos”, plural def. de
‫ܥܬܝܪܐ‬ “rico”. ‫“ ܚܝܠܘܬܐ‬poderosos’, “exércitos” (ver Lc 2:13),
uma referência aos anjos. ‫“ ܒܢܝ ܚܐܪܐ‬filhos dos livres”, ou seja,
pessoas que não são escravas. ‫“ ܛܫܝܘ‬esconderam”. ‫ܡܥܪܐ‬
“cavernas” termo único no Novo Testamento. ‫“ ܫܘܥܐ‬rochas”
plural def. ‫ ܛܘܪܐ‬ver verso anterior, o termo aqui é plural.

‫( ܘܐܡܪܝܢ ܠܛܘܪܐ ܘܫܘܥܐ ܕܦܠܘ ܥܠܝܢ ܘܛܫܘ ܠܢ‬6:16)


‫ܘܗܝ ܕܐܡܪܐ‬
݈ ‫ܡܢ ܩܕܡ ܐܦ‬

16 e diziam aos montes e às rochas: “Caiam sobre nós, e


escondam-nos diante das faces do Cordeiro;

16 Esse verso aparenta uma originalidade que foi perdida no


texto grego, ele é bem mais curto e omite “daquele que está
sentado sobre o Trono, e da ira do Cordeiro”, o termo “cordeiro”
acrescentado no final do verso provavelmente não é original.
‫( ܡܛܠ ܕܐܬܐ ܝܘܡܐ ܪܒܐ ܕܪܘܓܙܗܘܢ ܘܡܢܘ‬6:17)
‫ܡܫܟܚ ܠܡܩܡ ܀‬

17 porque veio o grande dia da ira deles; e quem pode subsistir”?

17 Se o verso anterior omite aquele que está assentado, é


provável que ‫“ ܪܘܓܙܗܘܢ‬a ira deles” e todo este verso seja um
acréscimo do copista.

7
‫( ܘܡܢ ܒܬܪ ܗܕܐ ܚܙܝܬ ܐܪܒܥܐ ܡܠܟܝܢ ܩܝܡܝܢ ܥܠ‬7:1)
‫ܐܪܒܥ ܙܘܝܬܗ ܕܐܪܥܐ ܘܐܚܝܕܝܢ ܠܪܒܥܬ ܪܘܚܐ ܕܠ ܢܫܒ‬
‫ܪܘܚܐ ܥܠܪܥܐ ܘܠ ܥܠ ܝܡܐ ܘܠ ܥܠ ܟܠ ܐܝܠܢ‬

E após isto vi quatro malachin em pé sobre as quatro quinas da


terra, e eles tornavam presas as quatro rochi’ (ventos), que não
soprou a Rokha’ (vento) sobre a terra, nem sobre o mar, e nem
contra toda árvore.

1 ‫ܡܠܟܝܢ‬ “mala’chin” – “anjos”, “mensageiros”. termo único,


aparece apenas aqui e em Ap 8:2, 6, 13; 9:15; 15:6-8; 16:1;21:9. O
versículo 2 do mesmo capítulo não possui esse termo, o que
demonstra que uma das passagens foi interpolada Encontramos o
mesmo padrão no restante do livro, assim compreende-se que um
tipo textual possuía “mala’chin” e o outro “mala’chi” (Ap 1:20;
5:11; 7:11; 9:14; 11:1 somente no texto sírio; 14:10; 15:1; 17:1;
21:12). ‫“ ܩܝܡܝܢ‬quinas”, “cantos”, uma referência aos pontos
cardeais (Ap 20:8). ‫“ ܘܐܚܝܕܝܢ‬e eles tornavam presos”, Afel,
terceira pessoa. ‫ ܐܝܠܢ‬este nome não é encontrado no estado
absoluto do Novo Testamento versão peshitta, mas somente no
Tanakh, em Gn 1:29. Talvez esse verso não constava no texto
original, a sua exclusão também em nada afeta a narrativa.

‫ܐܚܪܢܐ ܡܠܟܐ ܕܣܠܩ ܡܢ ܡܕܢܚܝ ܫܡܫܐ‬


݈ ‫( ܘܚܙܝܬ‬7:2)
‫ܘܐܝܬ ܠܗ ܚܬܡܐ ܕܐܠܗܐ ܚܝܐ ܘܩܥܐ ܒܩܠ ܪܡܐ ܠܪܒܥܐ‬
‫ܡܠܟܐ ܗܢܘܢ ܕܐܬܝܗܒ ܠܗܘܢ ܕܢܗܪܘܢ ܠܪܥܐ ܘܠܝܡܐ‬

2 E vi outro Mala’kha’ que subiu do sol oriental, e havia para ele o


selo do ‘Alaha’ Vivo; e clamou em alta voz aos quatro mala’chi’,
estes que fora dado a eles que danificassem a Terra e o mar,

2 ‫ ܕܣܠܩ‬texto incerto, no Ms. Crawford o termo está desbotado,


deixando a posição do ponto incerta, pode ser lido como pretérito
ou imperativo. ‫ܡܕܢܚܝ ܫܡܫܐ‬ “sol oriental” Estado construto
plural. ‫“ ܚܬܡܐ‬selo”, “ratificação”. ‫ ܡܠܟܐ‬veja 7:1, quanto ao
plural deste termo. ‫“ ܕܢܗܪܘܢ‬que danificarão”, Pael, imperfeito
plural masculino de ‫“ ܕܢܗܪ‬danificar”.

‫( ܘܐܡܪ ܠ ܬܗܪܘܢ ܠܪܥܐ ܘܠ ܠܝܡܐ ܘܐܦܠ‬7:3)


‫ܘܗܝ ܕܐܠܗܐ ܒܝܬ ܥܝܢܝܗܘܢ‬
݈ ‫ܠܝܠܢܐ ܥܕܡܐ ܕܢܚܬܘܡ ܠܥܒܕ‬

3 e disse: “Não aniquilareis a Terra, nem o mar, e nem as árvores,


até que selaremos aos servos de ‘Alaha’ no meio de seus olhos”.
3 ‫ܬܗܪܘܢ‬ Pael, imperfeito segunda pessoa plural masculino “vós
não danificareis completamente”. ‫“ ܕܢܚܬܘܡ‬que selaremos” termo
único no Novo Testamento ‫“ ܒܝܬ ܥܝܢܝܗܘܢ‬no meio de seus
olhos” (usado somente no texto sírio do Tanakh); expressão
idiomática, significa tomada de decisão; grego: μετώπων “frontes”.

‫( ܘܫܡܥܬ ܡܢܝܢܐ ܕܚܬܝܡܐ ܡܐܐ ܘܐܪܒܥܝܢ ܘܐܪܒܥܐ‬7:4)


‫ܐܠܦܝܢ ܡܢ ܟܠ ܫܪܒܢ ܕܐܝܣܪܐܝܠ‬

4 E ouvi o número dos selados: cento e quarenta e quatro mil de


todas as tribos de Ysra’il.

4 ‫ܫܪܒܢ‬ “tribos”, grego: filhos de Israel.

‫( ܡܢ ܫܪܒܬܗ ܕܝܗܘܕܐ ܬܪܥܣܪ ܐܠܦܝܢ ܡܢ ܫܪܒܬܗ‬7:5)


‫ܕܪܘܒܝܠ ܬܪܥܣܪ ܐܠܦܝܢ ܡܢ ܫܪܒܬܗ ܕܓܕ ܬܪܥܣܪ ܐܠܦܝܢ‬

5 da tribo de Yhodha’ (Judá) doze mil; da tribo de Rovil (Rúben),


doze mil; da tribo de Gad, doze mil;

5 Grego: “doze mil selados”, omitido pelo texto sírio, também nos
versos 6, 7 e 8.

‫( ܡܢ ܫܪܒܬܗ ܕܐܫܝܪ ܬܪܥܣܪ ܐܠܦܝܢ ܡܢ ܫܪܒܬܗ ܕܢܦܬܠܝ‬7:6)


‫ܬܪܥܣܪ ܐܠܦܝܢ ܡܢ ܫܪܒܬܗ ܕܡܢܫܐ ܬܪܥܣܪ ܐܠܦܝܢ‬

6 da tribo de ‘Ashir (Aser), doze mil; da tribo de Naftali, doze mil;


da tribo de Menashi’ (Manassés), doze mil;
‫( ܡܢ ܫܪܒܬܗ ܕܫܡܥܘܢ ܬܪܥܣܪ ܐܠܦܝܢ ܡܢ ܫܪܒܬܗ‬7:7)
‫ܕܐܝܣܟܪ ܬܪܥܣܪ ܐܠܦܝܢ ܡܢ ܫܪܒܬܗ ܕܠܘܝ ܬܪܥܣܪ ܐܠܦܝܢ‬

7 da tribo de Shem’on (Simeão), doze mil; da tribo de ‘Yisakhar


(Issacar), doze mil; da tribo de Lewi (Levi), doze mil;

‫( ܡܢ ܫܪܒܬܗ ܕܙܒܘܠܘܢ ܬܪܥܣܪ ܐܠܦܝܢ ܡܢ ܫܪܒܬܗ‬7:8)


‫ܕܝܘܣܦ ܬܪܥܣܪ ܐܠܦܝܢ ܡܢ ܫܪܒܬܗ ܕܒܢܝܡܝܢ‬
‫ܬܪܥܣܪ ܐܠܦܝܢ ܚܬܝܡܐ ܀‬

8 da tribo de Zevolon (Zebulon), doze mil; da tribo de Yawsef


(José), doze mil; da tribo de BenYamin (Benjamin), doze mil
selados.

‫ ܒܬܪܟܢ ܚܙܝܬ ܟܢܫܐ ܣܓܝܐܐ ܐܝܢܐ ܕܠܡܢܝܢܗ ܠܝܬ‬- (7:9)


‫ܕܡܨܐ ݈ܗܘܐ ܡܢ ܟܠ ܥܡ ܘܫܪܒܐ ܘܐܡܘܢ ܘܠܫܢܝܢ ܕܩܝܡܝܢ‬
‫ܘܗܝ ܕܐܡܪܐ ܘܡܥܛܦܝܢ ܐܣܛܠ ܚܘܪܬܐ‬ ݈ ‫ܩܕܡ ܟܘܪܣܝܐ ܘܩܕܡ‬
‫ܘܒܐܝܕܝܗܘܢ ܕܩܠ‬

9 Após isso olhei uma grande multidão, aqueles cujo número não
há quem calcule, de todos os povos, tribos, nações e línguas, que
estavam em pé diante do Trono e diante do Cordeiro, e trajavam
vestes compridas brancas, e em suas mãos ramos.

9 ‫“ ܟܢܫܐ‬multidão”, “ajuntamento”. ‫ܡܢܝܢܗ‬ “seu número”.


‫“ ܠܝܬ ܕܡܨܐ ݈ܗܘܐ‬não há o que é capaz”, a frase aqui está
incompleta, ou os termos invertidos. ‫ܫܪܒܐ‬ “tribo”. ‫ܐܡܘܢ‬
termo incomum para “povos”, “nações”, encontrado somente neste
livro, mas também no Tanakh (Antigo Testamento). ‫ܠܫܢܝܢ‬
“línguas”, “idiomas”.‫“ ܡܥܛܦܝܢ‬trajados”, “vestidos”, esse verso e
os seguintes possuem o plural terminado em ‫“ ܝܢ‬in”, conforme
outras passagens desse livro. ‫ ܐܣܛܠ ܚܘܪܬܐ‬ver 6:11 (Mc
16:5). ‫“ ܕܩܠ‬palmas”, “folhas de árvores”, “ramos”.

‫( ܘܩܥܝܢ ܒܩܠ ܪܒܐ ܘܐܡܪܝܢ ܦܘܪܩܢܐ ܠܠܗܢ ܘܠܕܝܬܒ‬7:10)


‫ܥܠ ܟܘܪܣܝܐ ܘܠܡܪܐ‬

10 E clamavam em alta voz e diziam: “Salvação a nosso ‘Alaha’,


e ao que senta sobre o Trono, e ao Cordeiro”.

10 ‫“ ܩܥܝܢ‬clamavam”.

‫ܘܗܝ ܕܟܘܪܣܝܐ‬
݈ ‫( ܘܟܠܗܘܢ ܡܠܟܐ ܩܝܡܝܢ ݈ܗܘܘ ܚܕܪ‬7:11)
‫ܘܕܩܫܝܫܐ ܘܕܐܪܒܥ ܚܝܘܢ ܘܢܦܠܘ ܩܕܡ ܟܘܪܣܝܐ ܥܠ ܐܦܝܗܘܢ‬

11 E todos os mala’chi’ estavam em pé ao redor do Trono e dos


anciãos e dos quatro seres, e cairam diante do Trono sobre seus
rostos,

11 Esse verso aparenta influências de diversos copistas, portanto


é difícil determinar sua forma original. ‫ܘܢܦܠܘ‬ “e caíram” Peal,
terceira pessoa plural. “E adoravam a Deus” omitido do texto sírio.
‫( ܟܕ ܐܡܪܝܢ ܐܡܝܢ ܬܫܒܘܚܬܐ ܘܒܘܪܟܬܐ ܘܚܟܡܬܐ‬7:12)
‫ܘܩܘܒܠ ܛܝܒܘܬܐ ܘܐܝܩܪܐ ܘܚܝܠ ܘܥܘܫܢܐ ܠܠܗܢ‬
‫ܠܥܠܡ ܥܠܡܝܢ ܐܡܝܢ‬

12 enquanto diziam: “’Amin! Louvor, e bendição, e sabedoria, e


ações de graças, e honra, e poder, e força a nosso ‘Alaha’, para
além eternamente. ‘Amin”.

12 A repetição de termos aqui é apenas uma ênfase do louvor dado.

‫( ܘܥܢܐ ܚܕ ܡܢ ܩܫܝܫܐ ܘܐܡܪ ܠܝ ܗܠܝܢ ܕܥܛܝܦܝܢ‬7:13)


‫ܐܣܛܠ ܚܘܪܬܐ ܡܢ ܐܢܘܢ ܘܡܢ ܐܝܟܐ ܐܬܘ‬

13 E perguntou um dos anciãos e disse a mim: “Estes que trajam


vestes compridas brancas, quem são e de onde vieram”?

13 ‫ ܥܛܝܦܝܢ‬ver 4:4.

‫( ܘܐܡܪܬ ܠܗ ܡܪܝ ܐ ݈ܢܬ ܝܕܥ ܐ ݈ܢܬ ܘܐܡܪ ܠܝ ܗܠܝܢ‬7:14)


‫ܐܢܘܢ ܐܝܠܝܢ ܕܐܬܘ ܡܢ ܐܘܠܨܢܐ ܪܒܐ ܘܚܠܠܘ ܐܣܛܠܝܗܘܢ‬
‫ܘܚܘܪܘ ܐܢܝܢ ܒܕܡܐ ܕܐܡܪܐ‬

14 E eu disse a ele: “Mari, tu sabes”. E disse a mim: “Estes são os


que vêm da aflição grande, e lavaram as suas roupas e as
branquearam no sangue do Cordeiro.
14 ‫“ ܚܠܠܘ‬lavaram” ocorre apenas no Tanakh e na Hexapla (Nm
19:7). ‫“ ܚܘܪܘ‬branquearam”, termos únicos em todo o Novo
Testamento.

‫( ܡܛܠ ܗܢܐ ܐܝܬܝܗܘܢ ܩܕܡ ܟܘܪܣܝܐ ܕܐܠܗܐ‬7:15)


‫ܘܡܫܡܫܝܢ ܠܗ ܐܝܡܡܐ ܘܠܠܝܐ ܒܗܝܟܠܗ ܘܕܝܬܒ‬
‫ܥܠ ܟܘܪܣܝܐ ܢܓܢ ܥܠܝܗܘܢ‬

15 Por isso estão diante do Trono de ‘Alaha, e o servem de dia e


de noite no seu Templo; e o que senta sobre o Trono desce sobre
eles.

15 ‫“ ܡܫܡܫܝܢ‬ministros”, “servos”, “adoradores”, o termo possui


raiz em ‫ ܫܡܫ‬que está ligado a uma antiga raiz ligada ao culto de
YHWH (Mar’ya’), depois o nome foi associado ao sol; idioma
caldeu: ‫שמש‬ “samesh” (Dn 7:10). ‫ܢܓܢ‬ “desce”, “habita”, “estar
sobre algo ou alguém” (Lc 1:35).

‫( ܠ ܢܟܦܢܘܢ ܘܠ ܢܨܗܘܢ ܘܫܡܫܐ ܥܠܝܗܘܢ ܠ‬7:16)


‫ܢܦܠ ܘܠ ܟܠ ܫܘܒܐ‬

16 Não terão fome, e nem terão sede; e o sol sobre eles não cai, e
nem todo calor;

16 ‫ܢܟܦܢܘܢ‬ ver 6:8, Peal imperfeito plural. ‫ܢܨܗܘܢ‬ “terão


sede” Peal imperfeito. “O sol não cai”, ou seja, o sol não se põe.
‫ ܫܘܒܐ‬termo único em todo o Novo Testamento, mas é frequente
no Tanakh (por exemplo, Is 49:10). Provavelmente esse verso não
fazia parte da revisão do copista, porém é difícil determinar a
transição de um copista para outro.

‫( ܡܛܠ ܕܐܡܪܐ ܕܒܡܨܥܬ ܟܘܪܣܝܐ ܢܪܥܐ ܐܢܘܢ‬7:17)


‫ܘܢܫܒܠ ܐܢܘܢ ܨܝܕ ܚܝܐ ܘܨܝܕ ܥܝܢܬܐ ܕܡܝܐ ܘܢܠܚܐ ܟܠ‬
‫ܕܡܥܐ ܡܢ ܥܝܢܝܗܘܢ ܀‬

17 porque o Cordeiro que está no meio do Trono, os apascentará


e os conduzirá próximo da Vida e próximo das fontes de águas; e
enxugará toda lágrima dos seus olhos”.

17‫“ ܨܝܕ‬próximo” e os conduzirá próximo da Vida e próximo


das fontes de águas. A versão poliglota possui ‫ܥܠ‬

‫( ܘܟܕ ܦܬܚ ܛܒܥܐ ܕܫܒܥܐ ܗܘܐ ܫܬܩܐ ܒܫܡܝܐ ܐܝܟ‬8:1)


‫ܦܠܓܘܬ ܫܥܐ‬

1 E quando abriu o sétimo selo, houve silêncio nos Sh’may’, cerca


de meia hora.

1 ‫“ ܫܬܩܐ‬silêncio” termo ausente no Novo Testamento. ‫ܦܠܓܘܬ‬


“metade” nome def. de ‫“ ܦܠܓܘ‬separação”, “divisão”, da raiz
‫“ ܦܠܓ‬peleg”, “dividir”.

‫ܘܚܙܝܬ ܠܫܒܥܐ ܡܠܟܝܢ ܐܝܠܝܢ ܕܩܕܡ ܐܠܗܐ ܩܝܡܝܢ‬ (8:2)


‫݈ܗܘܘ ܕܐܬܝܗܒܘ ܠܗܘܢ ܫܒܥܐ ܫܝܦܘܪܝܢ‬

2 E vi os sete mala’chin, aqueles que estão diante de ‘Alaha’ em


pé, os que foram dados a eles sete shiforin.

2 Essa passagem pertence ao copista que usa a terminação plural


em ‫ܝܢ‬ ‫“ ܫܝܦܘܪܝܢ‬shiforin”, plural de ‫“ ܫܝܦܘܪܐ‬shifora”,
“in”.
hebraico: ‫“ שופר‬shofar”, um chifre de carneiro usado para emitir
sons, normalmente usado em batalhas e em outras atividades
solenes, também em 1:10.

‫ܐܚܪܢܐ ܡܠܟܐ ܐܬܐ ܘܩܡ ܥܠ ܡܕܒܚܐ ܘܐܝܬ‬ ݈ ‫( ܘ‬8:3)


‫ܠܗ ܦܝܪܡܐ ܕܕܗܒܐ ܘܐܬܝܗܒ ܠܗ ܒܣܡܐ ܣܓܝܐܐ ܕܢܬܠ‬
‫ܒܨܠܘܬ ܐܕܟܠܗܘܢ ܩܕܝܫܐ ܥܠ ܡܕܒܚܐ ܕܩܕܡ ܟܘܪܣܝܐ‬

3 E outro veio, e pôs-se junto ao altar, e possuía um turíbolo de


ouro, que foi dado a ele muito incenso, que entrega pelas orações
de todos os qadishi’ (pessoas separadas) sobre o altar de ouro que
está diante do Trono.

3 ‫ܦܝܪܡܐ‬ “turíbulo”, “incensário” termo raro, espécie de


instrumento usado para se oferecer incenso sobre um altar de
incenso. O livro de Geliana’ caracteriza os anjos (mala’chi’) como
mediadores, a relação se dá com os sacerdotes que oficiavam no
tabernáculo como mediação pelo povo de Israel. O termo “santos”
(qadishi’) não possui a forma plural do copista dos dois primeiros
versos, isso talvez indique que a partir do v. 3 encontramos a
revisão de outro copista.
‫( ܘܣܠܩ ܥܛܪܐ ܕܒܣܡܐ ܒܨܠܘܬܐ ܕܩܕܝܫܐ‬8:4)
‫ܡܢ ܝܕ ܡܠܟܐ ܩܕܡ ܐܠܗܐ‬

4 E subiu a fumaça do incenso pelas orações dos qadishi’ da mão


do Mala’kha’ diante de ‘Alaha’.

4 ‫“ ܥܛܪܐ‬fumaça”, “vapor”, também em At 2:19.

‫ܝܗܝ ܡܢ ܢܘܪܐ ܕܥܠ‬


݈ ‫( ܘܢܣܒ ܡܠܟܐ ܠܦܝܪܡܐ ܘܡܠ‬8:5)
‫ܡܕܒܚܐ ܘܐܪܡܝ ܥܠ ܐܪܥܐ ܘܗܘܘ ܪܥܡܐ ܘܩܠ‬
‫ܘܒܪܩܐ ܘܢܘܕܐ‬

5 E o Mala’kha’ tomou o turíbulo, e encheu-o do fogo que estava


sobre o altar e o lançou sobre a Terra; e houve trovões, vozes,
relâmpagos e terremotos.

5 ‫ ܒܪܩܐ‬ver 4:5. ‫ ܢܘܕܐ‬ver 6:12, provavelmente o termo aqui seja


plural.

‫( ܘܫܒܥܐ ܡܠܟܝܢ ܕܥܠܝܗܘܢ ܫܒܥܐ ܫܝܦܘܪܝܢ ܛܝܒܘ‬8:6)


‫ܢܦܫܗܘܢ ܠܡܙܥܩܘ‬

6 E os sete mala’chin, que estavam encarregados dos sete shofarin,


prepararam a si mesmos para tocar.

6 Compreende-se aqui que este verso se encaixa com o segundo, e


que os versículos 3, 4 e 5 não faziam parte do texto, assim os anjos
recebem cada um o shofar e então eles se preparam para tocar.
‫“ ܛܝܒܘ‬prepararam”. Peal perfeito plural de ‫“ ܛܝܒ‬preparar”.
‫ ܡܙܥܩܘ‬literalmente: “clamar”, particípio plural de ‫“ ܙܥܩ‬clamar”.

‫( ܘܗܘ ܩܕܡܝܐ ܐܙܥܩ ܘܗܘܐ ܒܪܕܐ ܘܢܘܪܐ ܕܦܬܝܟܝܢ‬8:7)


‫ܒܡܝܐ ܘܐܬܪܡܝܘ ܥܠ ܐܪܥܐ ܘܬܘܠܬܗ ܕܐܪܥܐ ܝܩܕ‬
‫ܘܬܘܠܬܐ ܕܐܝܠܢܐ ܝܩܕ ܘܟܠ ܥܣܒܐ ܕܐܪܥܐ ܝܩܕ ܀‬

7 E o primeiro fez um clamor, e houve granizo e fogo que estão


misturados nas águas7, e foram lançados sobre a Terra; e a terça
parte da Terra queimou, a terça parte das árvores queimou, e toda a
erva verde da Terra queimou.

7 Esse verso não diz: “o primeiro anjo” como em outros


manuscritos, mas diz: “E ele” e depois acrescenta “o primeiro”,
existe a probabilidade que esse verso originalmente estivesse
ligado a algum dos versos anteriores que fazem alusão ao serviço
angelical. ‫“ ܐܙܥܩ‬fez clamar”, a omissão do shofar como
instrumento indica que toda a narrativa a respeito dos sete shofarim
(trombetas) dadas a anjos e seus toques podem ser acréscimos ao
texto, o que indica que havia um texto primitivo bem mais simples.
‫“ ܒܪܕܐ‬granizo”, “saraiva”.‫ܦܬܝܟܝܢ‬ “misturados”, os termos desse
verso fazem parte de um dos copistas, isso indica que certos
elementos do verso são originais e outros não, a versão Crawford
não diz que o fogo estava com o sangue, mas sim nas águas,
alguma espécie de catástrofe que prejudicou a natureza, entretanto
a versão poliglota possui ‫“ ܒܫܡܝܐ‬nos céus” e possui mais
coerência. ‫ܐܬܪܡܝܘ‬ “foram lançados”, “foram arremessados”.

7
Provavelmente: nos Sh’may’
‫“ ܬܘܠܬܗ ܕܐܪܥܐ‬terça parte da terra”, o mesmo nos termos
seguintes. ‫ ܝܩܕ‬ver 4:5, “ardeu”, “queimou”.

‫( ܘܕܬܪܝܢ ܙܥܩ ܘܗܘܐ ܐܝܟ ܛܘܪܐ ܪܒܐ ܕܝܩܕ ܢܦܠ ܒܝܡܐ‬8:8)


‫ܘܗܘܐ ܬܘܠܬܗ ܕܝܡܐ ܕܡܐ‬

8 E o segundo clamou, e houve como um grande monte que


ardeu, caiu no mar, e aconteceu a terça parte do mar: sangue.

8 ‫ ܛܘܪܐ‬ver 6:14, a visão aqui é a de uma erupção vulcânica.

‫( ܘܡܝܬ ܬܘܠܬܐ ܕܟܠ ܒܪܝܬܐ ܕܒܝܡܐ ܕܐܝܬ ܒܗ ܢܦܫܐ‬8:9)


‫ܘܬܘܠܬܐ ܕܐܠܦܐ ܐܬܚܒܠ ܀‬

9 E morreu a terça parte de toda criatura que havia no mar, que


havia nele a vida, e a terça parte dos navios foi extinguida.

9 ‫ ܐܠܦܐ‬ver 6:15, aqui o sentido é de “navios”, “embarcações”.


‫ ܐܬܚܒܠ‬Hetipaal, da raiz ‫“ ܚܒܠ‬corromper”, “extinguir”. A
erupção vulcânica foi tão vasta, que matou todas as pessoas que
estavam navegando nos mares, tal episódio seria semelhante a uma
erupção de ua grande vulcão, como o vulcão de Yelowstone, ou
outro de grande poder de erupção.

‫( ܘܕܬܠܬܐ ܙܥܩ ܘܢܦܠ ܡܢ ܫܡܝܐ ܟܘܟܒܐ ܪܒܐ ܕܝܩܕ‬8:10)


‫ܐܝܟ ܫܠܗܒܝܬܐ ܘܢܦܠ ܥܠ ܬܘܠܬܐ ܕܢܗܪܘܬܐ ܘܥܠ‬
‫ܥܝܢܬܐ ܕܡܝܐ‬
10 E o terceiro clamou, e caiu dos Sh’may’ um grande corpo
celeste, que ardia como uma chama, e caiu sobre a terça parte dos
rios, e sobre as fontes das águas.

10 ‫“ ܢܗܪܘܬܐ‬rios” plural def. de ‫“ ܢܗܪ‬rio”, aramaico: “n’har”,


hebraico: ‫“ נהר‬nahar” (Gn 2:10), idioma caldeu: ‫“ נהר‬n’har” (Dn
7:10).

‫( ܘܫܡܗ ܕܟܘܟܒܐ ܡܬܐܡܪ ܐܦܣܝܬܢܐ ܘܗܘܐ‬8:11)


‫ܬܘܠܬܗܘܢ ܕܡܝܐ ܐܝܟ ܐܦܣܢܬܝܢ ܘܣܘܓܐܐ ܕܒܢܝܢܫܐ‬
‫ܡܝܬܘ ܡܛܠ ܕܐܬܡܪܡܪܘ ܡܝܐ ܀‬

11 E o nome do corpo celeste foi anunciado: absinto; e eis que a


terça parte das águas se tornou como absintos, e muitos dos filhos
dos homens morreram, porque se tornaram amargas as águas.

11 ‫ ܐܦܣܢܬܝܢ‬o termo grego é Apsintos, o manuscrito Crawford


não possui vocalização, mas podemos ler esse termo como
“Apsit’na”, que é o “absinto”.

‫( ܘܕܐܪܒܥܐ ܙܥܩ ܘܒܠܥ ܬܘܠܬܗ ܕܫܡܫܐ ܘܬܘܠܬܗ‬8:12)


‫ܕܣܗܪܐ ܘܬܘܠܬܐ ܕܟܘܟܒܐ ܘܚܫܟܘ ܬܘܠܬܗܘܢ ܘܝܘܡܐ‬
‫ܠ ܚܘܝܬܘܠܬܗ ܘܠܠܝܐ ܗܟܘܬ‬

12 E o quarto clamou, e atingiu a terça parte do sol, a terça parte


da lua, e a terça parte dos corpos celestes; e escureceram a terça
parte deles, e o dia não mostrou-se sua terça parte, e a noite da
mesma forma.

12 ‫“ ܒܠܥ‬atingiu”, “engoliu”, bateu”, o que esse termo indica de


forma prática é difícil de determinar, o que pode atingir todos os
corpos celestes descritos no versículo? Talvez o sistema solar seja
atingido por alguma deformação cósmica ou engolido por algum
tipo de escuridão, na qual cerca de 8 horas não haveria luz, mas é
‫ ܚܫܟܘ‬peal plural de
difícil determinar o sentido desta passagem.
‫“ ܚܫܟ‬estar em trevas”, hebraico: ‫“ חשך‬choshech”. ‫ ܗܟܘܬ‬ver
2:15.

‫( ܘܫܡܥܬ ܠܢܫܪܐ ܚܕ ܕܦܪܚ ܒܫܡܝܐ ܕܐܡܪ ܘܝ ܘܝ ܘܝ‬8:13)


‫ܠܥܡܘܪܝܗ ܕܐܪܥܐ ܡܢ ܩܠ ܕܫܝܦܘܪܐ ܕܬܠܬܐ ܡܠܟܝܢ‬
‫ܕܥܬܝܕܝܢ ܠܡܙܥܩܘ܀‬

13 E ouvi uma águia que, voando nos Sh’may’, dizia: “Ai, ai, ai
dos habitantes da Terra! Da voz do shofar dos três mala’chin que
estão preparados para tocar”.

13 O texto sírio omite “e vi”. ‫ ܢܫܪܐ‬ver 4:7. ‫ ܦܪܚ‬ver 4:7. O texto


sírio omite “com grande voz”. Esse texto faz parte da revisão que
indica o plural pela terminação ‫ܝܢ‬

9
‫( ܘܕܚܡܫܐ ܙܥܩ ܘܚܙܝܬ ܟܘܟܒܐ ܕܢܦܠ ܡܢ ܫܡܝܐ ܥܠ‬9:1)
‫ܘܗܝ ܕܬܗܘܡܐ‬݈ ‫ܐܪܥܐ ܘܐܬܝܗܒ ܠܗ ܩܠܝܕܐ ܕܒܐܪ‬
E o quinto clamou, e vi um corpo celeste que caiu dos Sh’may’
sobre a Terra; e foi dada a ele a chave que estava no poço do
abismo.

1 “Um corpo celeste que caiu dos Sh’may’”, é difícil determinar se


este é um fenômeno físico, como um meteorito caindo, os corpos
celestes eram vistos antigamente como uma representação de
anjos, mensageiros celestiais, etc, o que o contexto favorece.
‫ ܩܠܝܕܐ‬ver 1:18, o termo aqui pode ser plural ou singular. ‫ܘܗܝ‬
݈ ‫ܐܪ‬
“no poço de” nome com sufixo ligado à palavra que segue, da raiz
‫“ ܐܪܐ‬poço”. ‫ܬܗܘܡܐ‬ “t’homa”, “abismo”, o termo é o mesmo
de Gn 1:2, é raro no Novo Testamento, refere-se às depressões
encontradas no fundo dos mares, na literatura antiga se referia a um
local de prisão para espíritos imundos e desobedientes.

‫( ܘܣܠܩ ܬܢܢܐ ܡܢ ܒܐܪܐ ܐܝܟ ܬܢܢܐ ܕܐܬܘܢܐ ܪܒܐ‬9:2)


‫ܕܡܫܬܓܪ ܘܚܫܟ ܫܡܫܐ ܘܐܐܪ ܡܢ ܬܢܢܐ ܕܒܐܪܐ‬

2 E subiu a fumaça que havia no poço, como fumaça de uma


grande fornalha acesa; e escureceu o sol e o ar da fumaça que havia
no poço.

2 ‫“ ܬܢܢܐ‬fumaça”, nome def.. ‫ ܐܪܐ‬ver verso anterior. ‫ܐܬܘܢܐ‬


ver 1:15. ‫“ ܡܫܬܓܪ‬acesa”, termo omitido no texto grego, não se
encontra no Novo Testamento, apenas na Peshitta Tanakh. ‫ܚܫܟ‬
ver 8:12.
‫( ܘܡܢ ܬܢܢܐ ܢܦܩܘ ܩܡܨܐ ܥܠ ܐܪܥܐ ܘܐܬܝܗܒ ܠܗܘܢ‬9:3)
‫ܫܘܠܛܢܐ ܕܐܝܬ ܠܥܩܪܒܐ ܕܐܪܥܐ‬

3 E da fumaça saiu o gafanhoto sobre a Terra; e foi dado a eles


autoridade, que possuem os escorpiões da terra.

3 ‫“ ܩܡܨܐ‬gafanhoto”, da raiz ‫“ ܩܡܨ‬ajuntar”, referente à nuvem


deste animal, hebraico:‫“ קמץ‬qamatz”, “ajuntar”, “coletar” termo
de origem persa. ‫“ ܥܩܪܒܐ‬escorpiões”, os termos aqui pertencem
à revisão do copista que usa o plural terminado em “i’”.

‫( ܘܐܬܐܡܪ ܠܗܘܢ ܕܠ ܢܗܪܘܢ ܠܥܣܒܗ ܕܐܪܥܐ‬9:4)


‫ܘܠܟܠ ܝܘܪܩ ܐܦܠ ܠܝܠܢܐ ܐܠ ܐܢ ܠܒܢܝܢܫܐ ܐܝܠܝܢ‬
‫ܕܠܝܬ ܠܗܘܢ ܚܬܡܐ ܕܐܠܗܐ ܒܝܬ ܥܝܢܝܗܘܢ‬

4 E foi dito a eles que não danificassem a erva da terra, e toda


verdura, nem as árvores, mas somente os filhos dos homens que
não possuem o selo de ‘Alaha’ entre seus olhos.

4 ‫ ܢܗܪܘܢ‬ver 7:2. ‫ ܝܘܪܩ‬ver 6:8. ‫ ܚܬܡܐ‬ver 7:2.

‫( ܘܐܬܝܗܒ ܠܗܘܢ ܕܠ ܢܩܛܠܘܢ ܐܢܘܢ ܐܠ ܢܫܬܢܩܘܢ‬9:5)


‫ܝܪܚܐ ܚܡܫܐ ܘܬܫܢܝܩܗܘܢ ܐܝܟ ܬܫܢܝܩܐ ܕܥܩܪܒܐ ܡܐ‬
‫ܐܢܫ‬
݈ ‫ܕܢܦܠ ܥܠ‬
5 E foi concedido a eles que não os matassem, mas atormentarão
cinco meses. E o seu tormento como tormento de escorpiões,
quando cai sobre o homem.

5 ‫ܢܩܛܠܘܢ‬ imperfeito plural de ‫“ ܩܛܠ‬matar”. ‫ܢܫܬܢܩܘܢ‬


“atormentarão” imperfeito plural de ‫“ ܫܢܩ‬atormentar”. ‫ܥܩܪܒܐ‬
ver 9:3.

‫( ܘܒܝܘܡܬܐ ܗܢܘܢ ܢܒܥܘܢ ܒܢܝܢܫܐ ܠܡܘܬܐ ܘܠ‬9:6)


‫ܝܗܝ ܘܢܬܪܓܪܓܘܢ ܠܡܡܬ ܘܢܥܪܘܩ ܡܘܬܐ ܡܢܗܘܢ‬
݈ ‫ܢܫܟܚܘܢ‬

6 E naqueles dias buscarão os filhos dos homens a morte, e não a


acharão; e terão desejo por morrer, e a morte fugirá deles.

6 ‫ ܢܒܥܘܢ‬imperfeito plural de ‫ܒܥܐ‬ “buscar”. ‫ܢܥܪܘܩ‬ imperfeito


singular de ‫“ ܥܪܩ‬fugir”.

‫( ܘܕܡܘܬܐ ܕܩܡܨܐ ܐܝܟ ܕܡܘܬܐ ܕܪܟܫܐ ܕܡܛܝܒܝܢ‬9:7)


‫ܠܩܪܒܐ ܘܥܠ ܪܫܝܗܘܢ ܐܝܟ ܟܠܝܠ ܕܕܡܘܬܐ ܕܕܗܒܐ‬
‫ܐܢܫܐ‬
݈ ‫ܘܐܦܝܗ ܘܢܐܝܟ ܐܦܐ ܕ‬

7 E a aparência dos gafanhotos era como a aparência de cavalos


que estão preparados para a guerra; e sobre as suas cabeças como
coroas que pareciam de ouro; e as suas faces eram como faces de
homens;

7 A passagem pertence possui elementos devárias revisões, o plural


é marcado por “in” e também pelo “i’”, embora o termo presente
aqui seja usado como adjetivo. O termo cavalo deste verso é
‫ܪܟܫܐ‬ diferente do termo ‫ܤܘܤܝܐ‬ encontrado no capítulo 6, o
termo aqui aparece na epístola de Tiago, já o termo do sexto
capítulo é tradicional de Apocalipse. ‫“ ܡܛܝܒܝܢ‬preparados”,
particípio plural. ‫ܩܪܒܐ‬ “combate”, “encontro”, “confronto”,
“guerra”.

‫( ܘܣܥܪܐ ܐܝܬ ܠܗܘܢ ܐܝܟ ܣܥܪܐ ܕܢܫܐ ܘܫܢܝܗܘܢ‬9:8)


‫ܐܝܟ ܕܐܪܝܘܬܐ‬

8 e cabelos possuíam como cabelos de mulheres, e os seus dentes


como de leões.

8 ‫ ܣܥܪܐ‬ver 6:12, o termo aqui é usado no seu sentido mais usual.


‫ܢܫܐ‬ “mulheres”. ‫ܫܢܝܗܘܢ‬ “seus dentes”. ‫ܐܪܝܘܬܐ‬ plural
definido de ‫ ܐܪܝܐ‬ver 4:7.

‫( ܘܐܝܬ ݈ܗܘܐ ܠܗܘܢ ܫܪܝܢܐ ܐܝܟ ܫܪܝܢܐ ܕܦܪܙܠ ܘܩܠ‬9:9)


‫ܕܓܦܝܗܘܢ ܐܝܟ ܩܠ ܕܡܪܟܒܬܐ ܕܪܟܫܐ ܣܓܝܐܐ ܕܪܗܛܝܢ‬
‫ܠܩܪܒܐ‬

9 E possuíam couraças como couraças de ferro; e o som das suas


asas era como o som de muitos carros de guerras conduzidos por
cavalos que correm à guerra.

9‫“ ܫܪܝܢܐ‬couraça”, “peitoral”, “cota de malha”. ‫ ܦܪܙܠ‬ver 2:27.


‫ ܓܦܝܗܘܢ‬ver 4:8, com sufixo plural. ‫“ ܪܗܛܝܢ‬correm”, plural de
‫“ ܪܗܛ‬correr”. ‫ ܩܪܒܐ‬ver 9:7.
‫( ܘܐܝܬ ܠܗܘܢ ܕܘܢܒܝܬܐ ܐܝܟ ܕܡܘܬܐ ܕܥܩܪܒܐ‬9:10)
‫ܘܥܘܩܣܐ ܕܝܢ ܒܕܘܢܒܝܬܗܘܢ ܘܫܘܠܛܢܗܘܢ ܠܡܗܪܘ ܠܒܢܝܢܫܐ‬
‫ܝܪܚܐ ܚܡܫܐ‬

10 E possuíam caudas como à semelhança de escorpiões; e a


picada, porém, nas suas caudas e seu poder para fazer dano aos
filhos dos homens cinco meses.

10 ‫“ ܕܘܢܒܝܬܐ‬caudas” plural def. de ‫“ ܕܘܢܒܐ‬cauda”, termo raro


no idioma sírio. ‫“ ܥܘܩܣܐ‬picada”, “aguilhão”, termo único. O
termo ‫ ܕܝܢ‬possui um óbelo no manuscrito, uma indicação do
copista de que o termo deveria ser retirado.

‫( ܘܐܝܬ ܥܠܝܗܘܢ ܡܠܟܐ ܡܠܟܗ ܕܬܗܘܡܐ ܕܫܡܗ‬9:11)


‫ܥܒܪܐܝܬ ܥܒܕܘ ܘܐܪܡܐܝܬ ܫܡܐ ܠܗ ܐܝܬ ܫܪܐ‬

11 E havia sobre eles o mal’akh (anjo), o Mal’akh do abismo, cujo


nome em hebraico é “Escravidão” e em aramaico havia um nome
para ele: “Devorar”.

11 ‫ ܡܠܟܐ‬ver 1:5, o termo aqui está no singular, é corrigido pelos


redatores como ‫ ܡܠܟܐ‬entretanto o manuscrito possui ‫ ܡܠܟ‬ver
1:1. ‫ ܬܗܘܡܐ‬ver 9:1. ‫“ ܥܒܪܐܝܬ‬hebraico”. Os nomes aqui não
são nomes próprios, são termos que indicam a natureza dos
demônios, eram seres que onde passavam devoravam (como
gafanhotos) e conduziam os homens à sujeição, submissão.
‫( ܘܝ ܚܕ ܐܙܠ ܗܐ ܬܘܒ ܐܬܝܢ ܬܪܝܢ ܘܝ ܀‬9:12)

12 Passou um ai; há ainda para vir dois ais.

12 ‫ܐܙܠ‬ “partiu”, “viajou”, “foi embora”. ‫ܬܘܒ‬ “novamente”,


“ainda”, “outra vez”.

‫( ܒܬܪ ܗܠܝܢ ܡܠܟܐ ܕܫܬܐ ܙܥܩ ܘܫܡܥܬ ܩܠ ܚܕ ܡܢ‬9:13)


‫ܐܪܒܥ ܩܪܢܬܗ ܕܡܕܒܚܐ ܕܕܗܒܐ ܕܩܕܡ ܐܠܗܐ‬

13 Após essas coisas, o sexto Mala’kha’ clamou; e ouvi uma voz


que vinha dos quatro chifres do altar de ouro que estava diante de
‘Alaha’,

‫( ܕܐܡܪ ܠܡܠܟܐ ܫܬܝܬܝܐ ܕܐܝܬ ܠܗ ܫܝܦܘܪܐ ܫܪܝ‬9:14)


‫ܠܪܒܥܐ ܡܠܟܐ ܕܐܣܝܪܝܢ ܥܠ ܢܗܪܐ ܪܒܐ ܦܪܬ‬

14 que dizia ao sexto mala’ch, que possuía o shofar: “Solta os


quatro mala’chi’ que se acham presos junto do grande rio
Eufrates”.

14 ‫“ ܫܬܝܬܝܐ‬sexto”, forma incomum, diferente do verso


anterior. ‫“ ܫܪܝ‬solta” imperativo. ‫“ ܢܗܪܐ‬rio”. ‫“ ܦܪܬ‬Eufrates”,
este rio possui um grande destaque neste livro, sempre associado
com forças malignas.
‫( ܘܐܫܬܪܝܘ ܐܪܒܥܐ ܡܠܟܝܢ ܐܝܠܝܢ ܕܡܛܝܒܝܢ ܠܫܥܬܐ‬9:15)
‫ܘܠܝܘܡܐ ܘܠܝܪܚܐ ܘܠܫ ݈ܢܬܐ ܕܢܩܛܠܘܢ ܬܘܠܬܐ ܕܒܢܝܢܫܐ‬

15 E ficaram livres os quatro mal’achin, os que estavam


preparados para a hora, dia, mês e ano, que matassem a terça parte
dos filhos dos homens.

15 O termo usado no início do episódio é mala’chi’, enquanto


neste verso é mal’achin, provavelmente a revisão do copista levou
o texto a igualar-se com o texto grego. ‫ܐܫܬܪܝܘ‬ “tornaram-se
soltos” Heshtafal (o tempo verbal Heshtafal é o tempo passivo do
Shafel, que corresponde a uma ação reflexiva) ‫ܡܛܝܒܝܢ‬ ver 9:7.
Alguns comentaristas procuram datar tempos para a expressão
“hora, dia, mês e ano”, entretanto o termo apenas indica o
momento exato do cumprimento da profecia. ‫ ܢܩܛܠܘܢ‬ver 9:5.

‫( ܘܡܢܝܢܐ ܕܚܝܠܘܬܐ ܕܦܪܫܐ ܬܪܬܝܢ ܪܒܘ ܪܒܘܢ‬9:16)


‫ܫܡܥܬ ܡܢܝܢܗܘܢ‬

16 E o número dos exércitos dos cavaleiros era de duas miríades


de miríades; ouvi o número deles.

16 ‫ ܚܝܠܘܬܐ‬ver 6:15. ‫“ ܦܪܫܐ‬cavaleiros” (aqui o termo plural


é semelhante ao do início do texto). ‫ ܪܒܘ ܪܒܘܢ‬ver 5:11.

‫ܘܗܟܢܐ ܚܙܝܬ ܪܟܫܐ ܒܚܙܘܐ ܘܠܕܝܬܒܝܢ ܥܠܝܗܘܢ‬ (9:17)


‫ܐܝܬ ܫܪܝܢܐ ܕܢܘܪܐ ܘܩܪܟܕܢܐ ܕܟܒܪܝܬܐ ܘܩܪܩܦܬܐ ܕܪܟܫܗܘܢ‬
‫ܐܝܟ ܩܪܩܦܬܐ ܕܐܪܝܘܬܐ ܘܡܢ ܦܘܡܗܘܢ ܢܦܩܐ ܢܘܪܐ‬
‫ܘܟܒܪܝܬܐ ܘܬܢܢܐ‬

17 E os que estavam montados sobre eles tinham couraças de


fogo, de calcedônia; e as cabeças dos seus cavalos como cabeças
de leões; e de suas bocas saía fogo, calcedônia e fumaça.

17 O manuscrito Crawford omite toda a frase “E vi os cavalos na


visão”, por algum motivo as edições do manuscrito o incluem.
Existem ligeiras diferenças aqui entre o texto grego. ‫ ܫܪܝܢܐ‬ver
9:9. ‫ܩܪܟܕܢܐ‬ “calcedônia”, aqui o texto grego lê ὑακινθίνουϛ
“jacinto”, o texto do Crawford também omite “enxofre”. ‫ܩܪܩܦܬܐ‬
“crânio”, “cabeça” nome fem. def. ‫ܐܪܝܘܬܐ‬ ver 9:8. “De sua
boca... calcedônia”, aqui há uma grande dificuldade textual. ‫ܬܢܢܐ‬
ver 9:2.

‫( ܘܡܢ ܗܠܝܢ ܬܠܬ ܡܚܘܢ ܐܬܩܛܠܘ ܬܘܠܬܐ ܕܒܢܝܢܫܐ‬9:18)


‫ܘܡܢ ܢܘܪܐ ܘܡܢ ܟܒܪܝܬܐ ܘܡܢ ܬܢܢܐ ܕܢܦܩ ܡܢ ܦܘܡܗܘܢ‬

18 E por estas três pragas foram mortos a terça parte dos filhos
dos homens, e pelo fogo, pela calcedônia e pela fumaça que saía
das suas bocas.

18 ‫ܡܚܘܢ‬ “feridas”, “pragas” estado absoluto, aparece apenas


nesse livro em todo o novo testamento. ‫ܐܬܩܛܠܘ‬ Hetipiel ou
Hetipaal plural de ‫“ ܩܛܠ‬matar”.
‫( ܡܛܠ ܕܫܘܠܛܢܐ ܕܪܟܫܐ ܒܦܘܡܗܘܢ‬9:19)
‫ܘܐܦ ܒܕܘܢܒܝܬܗܘܢ‬

19 Porque o poder dos cavalos estava nas suas bocas e também


nas suas caudas.

19 O texto sírio omite toda a frase “porquanto as suas caudas


eram semelhantes a serpentes, e tinham cabeças, e com elas
causavam dano”.

‫( ܘܫܪܟܐ ܕܒܢܝܢܫܐ ܕܠ ܐܬܩܛܠܘ ܒܡܚܘܬܐ ܗܠܝܢ ܘܠ‬9:20)


‫ܬܒܘ ܡܢ ܥܒܕ ܐܝܕܝܗܘܢ ܕܠ ܢܣܓܕܘܢ ܠܕܝܘܐ ܘܠܦܬܟܪܐ‬
‫ܕܕܗܒܐ ܘܕܣܐܡܐ ܘܕܢܚܫܐ ܘܕܩܝܣܐ ܘܕܟܐܦܐ ܐܝܠܝܢ ܕܠ‬
‫ܠܡܚܙܐ ܘܠ ܠܡܫܡܥ ܡܨܝܢ ܐܘ ܠܡܗܠܟܘ‬

20 E o restante dos filhos dos homens, que não foram mortos por
estas pragas, não retornaram das obras das suas mãos, de não
prostrarem-se aos daiwi’, e aos ídolos de ouro, de prata, de bronze,
de madeira e de pedra, os que veem, nem ouvir, ou andarem.

20 ‫ ܫܪܟܐ‬ver 2:24. ‫“ ܥܒܕ‬obra”. ‫ܕܝܘܐ‬ “daiwi’”, plural def. de


‫“ ܕܝܘ‬dayv”, do termo persa Zend Daewa, termo indo-europeu (da
raiz Dievos); inicialmente uma referência à mesma divindade
chamada YHWH (em hindu Yahvah, na Europa conhecido como
Ievo), porém por algum tipo de perda de sentido, passou a ter o
sentido de um demônio, um espírito perverso. ‫“ ܣܐܡܐ‬prata”,
“dinheiro” nome masc. def. da raiz ‫“ ܤܡ‬colocar”, “depositar”.
‫ܩܝܣܐ‬ ver 2:7. ‫ܟܐܦܐ‬ ver 4:3. ‫“ ܡܨܝܢ‬podem”, “são capazes”,
esse termo é omitido no manuscrito, mas está presente nas edições.
‫ ܡܗܠܟܘ‬particípio plural de ‫ ܗܠܟ‬ver 2:1.

‫( ܘܠ ܬܒܘ ܡܢ ܩܛܠܝܗܘܢ ܘܡܢ ܚܪܫܝܗܘܢ‬9:21)


‫ܘܡܢ ܙܢܝܘܬܗܘܢ ܀‬

21 E não voltaram dos seus homicídios, nem dos seus


encantamentos, e nem da sua prostituição.

21 O texto Crawford omite “seus furtos”. ‫ܚܪܫܝܗܘܢ‬


literalmente: “das suas sibilações”, o sibilar era muito utilizado por
advinhos, encantadores, sibilinas, etc.

10
‫ܐܚܪܢܐ ܡܠܟܐ ܕܢܚܬ ܡܢ ܫܡܝܐ ܘܡܥܛܦ‬ ݈ ‫( ܘܚܙܝܬ‬10:1)
‫ܥܢܢܐ ܘܩܫܬܐ ܕܫܡܝܐ ܥܠ ܪܫܗ ܘܚܙܘܗ ܐܝܟ ܫܡܫܐ‬
‫ܘܗܝ ܐܝܟ ܥܡܘܕܐ ܕܢܘܪܐ‬
݈ ‫ܘܪܓܠ‬
E vi outro Mala’kha’ que descia dos Sh’may’, e vestia as nuvens; e
o arco dos Sh’may’ sobre sua cabeça; e o seu aspecto era como o
sol, e os seus pés como brasas8 de fogo,

1 O texto Crawford omite “anjo forte”. ‫ ܡܥܛܦ‬ver 7:9. ‫ ܥܢܢܐ‬ver


1:7. O termo “arco das nuvens (ver 4:3) aqui é “arcos dos
Sh’may’”. A visão profética de um indivíduo sentado no trono com
o arco circundando-o é paralela, porém aqui o personagem é um

8
Ou: colunas
Mala’kha’ (anjo, mensageiro celestial). ‫ ܚܙܘ‬ver 4:3. ‫ ܥܡܘܕܐ‬ver
3:12, o texto no manuscrito é ‫ ܓܘܡܪܐ‬devido à semelhança entre
o ‫ܥ‬ e o ‫ܓ‬ e entre o ‫ܕ‬ e o ‫ܪ‬ , ambos possuem grafias que se
assemelham no siríaco, o texto editado corrigiu o termo para
“colunas”, concordando com o grego.

‫( ܘܐܝܬ ܠܗ ܒܐܝܕܗ ܟܬܒܘܢܐ ܦܬܝܚܐ ܘܣܡ ܪܓܠܗ‬10:2)


‫ܕܝܡܝܢܐ ܥܠ ܝܡܐ ܕܣܡܠ ܕܝܢ ܥܠ ܐܪܥܐ‬

2 e possuía na sua mão um bloco de anotações aberto. E colocou o


seu pé direito sobre a água, mas o esquerdo sobre a terra,

2 ‫“ ܟܬܒܘܢܐ‬bloco de anotações”, “livreto”, pequenos bloquinhos


usados para anotar. “Direito... água... esquerdo... terra” a referência
está no livro de Dani’el (cap. 12), quando o anjo faz o mesmo
gesto.

‫( ܘܩܥܐ ܒܩܠ ܪܡܐ ܐܝܟ ܐܪܝܐ ܕܓܣܪ ܘܟܕ ܩܥܐ‬10:3)


‫ܡܠܠܘ ܫܒܥܐ ܪܥܡܝܢ ܒܩܠܝܗܘܢ‬

3 e clamou com grande som, como o leão que ruge; e quando


clamou, falaram os Sete Trovões as suas vozes.

3 “E clamou”, o termo possui relação com o capítulo anterior, no


qual esse termo é utilizado para referir-se aos “toques” dos anjos,
entretanto no fim deste capítulo é indicado que este anjo não é o
sétimo. É difícil determinar o texto original desta passagem.
‫ܓܣܪ‬ “ruge” termo único em toda a peshitta, ocorre apenas na
hexapla. ‫“ ܪܥܡܝܢ‬trovões”, os termo anteriores verte o plural como
‫ܪܥܡܐ‬ “trovões”; os sete trovões aqui aparentemente indica o
clamor dos sete anjos, existe aqui uma confusão sobre o clamor do
sétimo anjo, dado mais tarde no livro.

‫( ܘܟܕ ܡܠܠܘ ܫܒܥܐ ܪܥܡܝܢ ܡܛܝܒ ݈ܗܘܝܬ ܠܡܟܬܒ‬10:4)


‫ܘܫܡܥܬ ܩܠ ܡܢ ܫܡܝܐ ܕܫܒܥܐ ܕܐܡܪ ܚܬܘܡ ܗܘ ܡܐ ܕܡܠܠܘ‬
‫ܘܗܝ‬
݈ ‫ܫܒܥܐ ܪܥܡܝܢ ܘܠ ܬܟܬܒܝ‬

4 E quando falaram os Sete Trovões, estava pronto para escrever, e


ouvi uma voz dos Sh’may’ que era o sétimo9, que dizia: “Sela as
coisas que falaram os Sete Trovões, e não serão escritas”.

4 ‫“ ܠܡܟܬܒ‬a pôr escrito” da raiz ‫“ ܟܬܒ‬escrever”. “uma voz dos


Sh’may’ que era o sétimo” leitura única do Crawford, não é
acompanhado de nenhum outro manuscrito, pode também ser
interpretado assim: “e ouvi uma voz dos Sh’may’, que era a
sétima”, ou seja, o sétimo clamor, demonstrando que o sétimo
clamor pertence a este verso e que o texto de 11;15 seria um
acréscimo. ‫“ ܬܟܬܒܝܘ‬serão escritas” imperfeito passivo de ‫ܟܬܒ‬
ver acima.

‫( ܘܡܠܟܐ ܗܘ ܕܚܙܝܬ ܕܩܐܡ ܥܠ ܝܡܐ ܘܥܠ ܝܒܫܐ‬10:5)


‫ܕܐܪܝܡ ܐܝܕܗ ܠܫܡܝܐ‬

5 E o Mala’kha’ que vi de pé sobre a água e sobre a terra seca que


fez erguer a sua mão aos Sh’may’,
9
Ou: e ouvi uma voz dos Sh’may’, que era a sétima
5 ‫“ ܝܒܫܐ‬terra seca”, o termo aqui é distinto do verso anterior, da
raiz ‫“ ܝܒܫ‬secar”, siríaco: “ybesh”, hebraico: ‫“ יבש‬yavesh” (Sl
22:16). O Crawford omite “a direita”.

‫( ܘܝܡܐ ܒܗܘ ܕܚܝ ܠܥܠܡ ܥܠܡܝܢ ܗܘ ܕܒܪܗ ܠܫܡܝܐ ܘܕܒܗ‬10:6)


‫ܘܠܪܥܐ ܘܕܒܗ ܕܬܘܒ ܙܒܢܐ ܠ ܢܗܘܐ‬

6 e jurou por aquele que vive para além eternamente, o que criou
os Sh’may’ e o que nele há, e a Terra e o que nela há, que outro
momento não haverá.

6 ‫“ ܝܡܐ‬jurou”, siríaco: “yma’”. O Crawford omite “e o mar e o


que nele há”.

‫( ܐܠ ܒܝܘܡܬܐ ܕܡܠܟܐ ܕܫܒܥܐ ܡܐ ܕܥܬܝܕ ܠܡܙܥܩ‬10:7)


‫ܘܗܝ ܢܒܝܐ ܀‬
݈ ‫ܐܪܙܗ ܕܐܠܗܐ ܗܘ ܕܣܒܪ ܠܥܒܕ‬
݈ ‫ܘܐܫܬܠܡ‬

7 Mas nos dias do sétimo Mala’kha’, que está destinado para


clamar, cumprir-se-á o mistério de ‘Alaha’, o que declarou aos seus
servos, os nevi’ (profetas).

7 O termo ‫ܠ‬ (no manuscrito) deve ser lido como ‫ܐܠ‬ “mas”.
Quanto à questão do sétimo anjo, ver acima. ‫ܐܪܙ‬
݈ ver 1:20.

‫( ܘܩܠ ܫܡܥܬ ܡܢ ܫܡܝܐ ܬܘܒ ܕܡܡܠܠ ܥܡܝ ܘܐܡܪ‬10:8)


‫ܙܠ ܣܒ ܠܟܬܒܘܢܐ ܕܒܐܝܕܗ ܕܡܠܟܐ ܕܩܐܡ ܥܠ ܐܪܥܐ‬
‫ܘܥܠ ܝܡܐ‬
8 E uma voz ouvi dos Sh’may’ novamente, que falava comigo, e
disse: “Vai, toma o bloco de anotações que está na mão do
Mala’kha’ que está em pé sobre a terra e sobre o mar.

‫ܐܢܐ ܠܗ ܠܡܬܠ ܠܝ‬


݈ ‫( ܘܐܙ ݈ܠܬ ܠܘܬ ܡܠܟܐ ܟܕ ܐܡܪ‬10:9)
‫ܝܗܝ ܘܢܡܪ ܠܟ ܟܪܣܟ ܐܠ‬
݈ ‫ܠܟܬܒܘܢܐ ܘܐܡܪ ܠܝ ܣܒ ܘܐܟܘܠ‬
‫ܒܦܘܡܟ ܢܗܘܐ ܐܝܟ ܕܒܫܐ‬

9 E come-o; e te será amargo o teu ventre, mas na tua boca será


como mel”.

9 O manuscrito não possui metade deste versículo, iniciando na


frase “e come-o”, as edições reconstroem todo o versículo.
“Amargo na boca e doce (mel) no ventre” a frase possui paralelo
com a profecia de Ezequiel, na qual YHWH dá um livro nessas
mesmas circunstâncias ao profeta. ‫ܕܒܫܐ‬ “mel”.

‫( ܘܢܣܒܬ ܠܟܬܒܘܢܐ ܡܢ ܐܝܕܗ ܕܡܠܟܐ ܘܐܟܠܬܗ‬10:10)


‫ܘܐܝܬ ݈ܗܘܐ ܒܦܘܡܝ ܐܝܟ ܕܒܫܐ ܚܠܝܐ ܘܟܕ ܐܟܠܬܗ ܡܪܬ‬
‫ܟܪܣܝ‬

10 E tomei o bloco de anotações da mão do Mala’kha’, e o comi;


e era na minha boca como mel doce; e quando o comi, amargo o
meu ventre.

10 ‫“ ܚܠܝܐ‬doce”, “agradável”.

‫( ܘܐܡܪ ܠܝ ܝܗܝܒ ܠܟ ܬܘܒ ܙܒܢܐ ܠܡܬܢܒܝܘ‬10:11)


‫ܥܠ ܥ ݈ܡܡܐ ܘܐܡܘܬܐ ܘܠܫܢܐ ܘܡܠܟܐ ܣܓܝܐܐ ܀‬
11 E disse-me: “Toma para ti outra vez, para profetizar a respeito
dos povos, e nações, e línguas, e muitos reis”.

11 No texto, as profecias estavam nas anotações do Mala’kha’.

11
‫( ܘܐܬܝܗܒ ܠܝ ܩܢܝܐ ܕܡܘܬܐ ܕܫܒܛܐ ܘܩܐܡ ݈ܗܘܐ‬11:1)
‫ܡܠܟܐ ܘܐܡܪ ܩܘܡ ܘܡܫܘܚ ܠܗܝܟܠ ܕܐܠܗܐ ܘܠܡܕܒܚܐ‬
‫ܘܠܝܠܝܢ ܕܣܓܕܝܢ ܒܗ‬

1E foi-me dada uma cana semelhante a uma vara; e se levantou-se


o Mala’kha’ e disse: “Levanta-te, e unge o Templo de ‘Alaha’, e o
altar, e os que nele adoram.

1 ‫“ ܩܢܝܐ‬cana”, “junco”, “pena de escrivão” nome masc. def., no


caso aqui uma vara de medir, siríaco: “qanio’”, hebraico: ‫קנה‬
“qaneh” (Is 42:3). ‫ ܫܒܛܐ‬ver 2:27. “E se levantou o Mala’kha’”,
essa frase é omitida em alguns manuscritos gregos, coptas e
latinos, porém outros manuscritos gregos, latinos e armênios a
possuem. ‫ ܡܫܘܚ‬essa expressão pode ser traduzida como “mede”
ou “unge”, levando-se em conta o início do verso, porém qual o
próposito de medir “aqueles que adoram” no templo? É muito
comum a ação de ungir todos os objetos de um recinto sagrado e
mesmo os sacerdotes, isso é corrente no Tanakh (Antigo
Testamento). ‫ܗܝܟܠ‬ ver 3:12. ‫ܣܓܕܝܢ‬ plural, da raiz ‫ܤܓܕ‬
“prostrar-se”
‫( ܘܠܕܪܬܐ ܕܠܓܘ ܡܢ ܗܝܟܠ ܐܦܩ ܡܢ ܠܒܪ ܘܠ‬11:2)
‫ܬܡܫܚܝܗ ܡܛܠ ܕܐܬܝܗܒܬ ܠܥ ݈ܡܡܐ ܘܠܡܕܝ ݈ܢܬܐ‬
‫ܩܕܝܫܬܐ ܢܕܘܫܘܢ ܝܪܚܐ ܐܪܒܥܝܢ ܘܬܪܝܢ ܀‬

2 Mas deixa o átrio que está dentro do Templo, coloque-o do lado


de fora e não o medirás; porque foi dado aos povos; e a cidade
separada pisarão quarenta e dois meses”.

2 ‫“ ܕܪܬܐ‬átrio”, “pátio”. Este verso nos textos gregos varia sobre


o termo “átrio exterior” e “átrio interior” ( ‫ ܠܓܘ‬aqui neste verso),
apenas o códex sinaítico, o minúsculo 2329 e Vitorino-Pettau
concordam aqui com o Crawford. A evidência sugere que o texto
aqui deveria ser lido como “átrio exterior” que era o átrio dos
gentios (não-judeus), conforme o texto sugere, entretanto dizer
conforme o Crawford, que o átrio interno seria dado aos gentios,
sugere que o sacerdócio judaico seria interrompido devido à
profanação gentílica. O uso do termo “quarenta e dois meses”
possui paralelo com o texto de Daniel 7:25, simbolizado aqui pelo
poder romano, interrompendo o sacerdócio. Quarenta e dois meses
equivale a 1260 dias e também a “um tempo, dois tempos e metade
de um tempo”, ou seja, três anos e meio; esse período é
compreendido também como o período que o templo foi profanado
pelos helenista na época dos macabeus. ‫ܢܕܘܫܘܢ‬ “pisarão”
imperfeito plural.

‫( ܘܐܬܠ ܠܬܪܝܢ ܣܗܕܝ ܠܡܬܢܒܝܘ ܝܘܡܝܢ ܐܠܦ ܘܡܐܬܝܢ‬11:3)


‫ܘܫܬܝܢ ܟܕ ܥܛܝܦܝܢ ܣܩܐ‬
3 “E concederei às minhas duas testemunhas que profetizem mil
duzentos e sessenta dias, enquanto estão vestidas de saco.

3 ‫ܣܗܕܝ‬ termo distinto daquele encontrado em 2:13, as grafias


distintas revelam como diversos copistas alteraram o texto. ‫ܣܩܐ‬
ver 6:12. Existem muitas interpretações sobre quem seriam as duas
testemunhas, embora o objetivo do texto é que pareça enigmático
ao leitor. A relação com o Tanakh se dá com Yehoshua (Josué) e
Zorobabel, que haveriam de edificar o sacerdócio levítico e a casa
de real de Judá (ver Zacarias 4). 1260 dias: ver versículo 2.

‫( ܗܠܝܢ ܐܢܘܢ ܬܪܝܢ ܙܝܬܝܢ ܘܬܪܬܝܢ ܡܢܪܢ ܕܩܕܡ ܡܪܐ‬11:4)


‫ܕܟܠܗ ܐܪܥܐ ܩܝܡܝܢ‬

4 Estas são as duas oliveiras e os dois candelabros, que estão


diante do Mara’ de toda a Terra estão de pé.

4 ‫ܙܝܬܝܢ‬ “oliveiras”. ‫ܡܢܪܢ‬ “m’naran”, “candelabros”, termo


absoluto, forma pouco usual.

‫( ܘܡܢ ܕܒܥܐ ܕܢܗܪ ܐܢܘܢ ܢܦܩܐ ܢܘܪܐ ܡܢ ܦܘܡܗܘܢ‬11:5)


‫ܘܐܟܠ ܠܒܥܠܕܒܒܝܗܘܢ ܘܠܝܢܐ ܕܨܒܐ ܕܢܗܪ ܐܢܘܢ ܗܟܢ‬
‫ܝܗܝܒ ܠܗܘܢ ܠܡܬܩܛܠܘ‬

5 E qualquer que busca danificá-los, sai fogo das suas bocas e


devora os seus inimigos; e qualquer que deseja danificá-los, assim
concederá a eles serem mortos.
5 ‫ܕܢܗܪ‬ ver 7:2. ‫ܐܟܠ‬ ver 2:10. ‫ܒܥܠܕܒܒܝܗܘܢ‬ “seus
inimigos” nome masc. com sufixo plural, a junção dos termos ‫ܒܥܠ‬
“senhor” e ‫“ ܕܒܒܐ‬inimizade”, “senhor da inimizade”. ‫ܡܬܩܛܠܘ‬
ver 6:11.

‫( ܘܗܠܝܢ ܐܝܬ ܠܗܘܢ ܫܘܠܛܢܐ ܕܢܐܚܕܘܢ ܠܫܡܝܐ ܕܠ‬11:6)


‫ܢܚܘܬ ܡܛܪܐ ܒܝܘܡܬܐ ܕܢܒܝܘܬܗܘܢ ܘܐܝܬ ܠܗܘܢ ܫܘܠܛܢܐ‬
‫ܕܢܗܦܟܘܢ ܡܝܐ ܠܕܡܐ ܘܕܢܡܚܘܢ ܠܪܥܐ ܒܟܠ ܡܚܘܢ ܟܡܐ‬
‫ܕܢܨܒܘܢ‬

6 E elas possuem autoridade de fecharem os Sh’may’, que não


desça chuva nos dias da profecia deles; e possuem autoridade de
converterem as águas em sangue, e de humilharem a Terra com
todas as pragas, como desejarem.

6 ‫ ܢܐܚܕܘܢ‬imperfeito plural. ‫“ ܢܚܘܬ‬desça” da raiz ‫ܢܚܬ‬


“descer”. ‫“ ܡܛܪܐ‬chuva”. ‫ ܢܒܝܘܬܗܘܢ‬ver 1:3, termo com
sufixo. ‫ ܢܗܦܟܘܢ‬imperfeito plural de ‫“ ܗܦܟ‬converter”.
‫“ ܢܡܟܟܘܢ‬humilharem”, as edições desse manuscrito vertem o
termo para ‫“ ܢܡܚܘܢ‬ferirem” (como acima). ‫ ܡܚܘܢ‬ver 9:18.
‫“ ܟܡܐ‬como”, “da forma”, “tal qual”. ‫ ܢܨܒܘܢ‬imperfeito plural.
Esse versículo tem levado muitos comentaristas a associarem as
testemunhas às figuras de Moisés (que converteu as águas em
sangue) e a Elias (que orou para que não chovesse nos dias que
profetizou), porém tal coisa é apenas uma especulação, embora
sem dúvida o autor do livro tenha o caráter desses personagens em
mente.
‫( ܘܡܐ ܕܫܡܠܝܘ ܣܗܕܘܬܗܘܢ ܚܝܘܬܐ ܕܣܠܩܐ ܡܢ‬11:7)
‫ܝܡܐ ܬܥܒܕ ܥܡܗܘܢ ܩܪܒܐ ܘܬܙܟܐ ܐܢܘܢ ܘܬܩܛܘܠ ܐܢܘܢ‬

7 E, quando elas completarem o testemunho delas, o animal que


sobe do mar fará contra elas guerra e as vencerá e as matará.

7 ‫“ ܫܡܠܝܘ‬completarem”, “terminarem”. ‫ ܣܗܕܘܬܗܘܢ‬ver 1:2,


com sufixo plural. ‫“ ܝܡܐ‬mar”, termo inusitado aqui, quando a
peshitta sempre verte como abismo no grego, jamais mar, a
poliglota possui “abismo”. ‫“ ܬܙܟܐ‬vencerá” imperfeito singular de
‫ܙܟܐ‬ ver 2:7. O animal que sobre do mar é revelado aqui antes
mesmo de seu relato ser dado, alguns comentaristas acreditam
assim que esse texto das testemunhas está deslocado, tendo sido
reordenado por algum copista. Grande parte dos comentaristas
acreditam que esse animal representa o império romano, a visão se
inspira nos trechos de Daniel, que também usa as figuras de
animais como símbolo de impérios; entretanto, o presente texto não
diz claramente que animal seria esse, embora esteja relacionado
com o texto de Apocalipse 13.

‫( ܘܫܠܕܝܗܘܢ ܥܠ ܫܘܩܐ ܕܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܪܒܬܐ ܐܝܕܐ‬11:8)


‫ܕܡܬܩܪܝܐ ܪܘܚܢܐܝܬ ܣܕܘܡ ܘܡܨܪܝܢ ܐܝܟܐ ܕܡܪܗܘܢ‬
‫ܐܨܛܠܒ‬

8 E seus cadáveres estarão sobre a rua da grande cidade, a qual é


chamada espiritualmente S'dom (Sodoma) e Mesrin (Egito), onde o
seu Mar (Senhor) foi crucificado.
8 ‫ܫܠܕܝܗܘܢ‬ ‫“ ܫܘܩܐ‬rua”, “praça” nome
“seus cadáveres”.
masc. def., siríaco: “shoqo’”, hebraico: ‫“ שוק‬shuq”(Pv 7:8).
‫ ܡܬܩܪܝܐ‬ver 1:9. ‫“ ܪܘܚܢܐܝܬ‬espiritualmente”, “de forma
espiritual”. ‫“ ܣܕܘܡ‬S’dom”, “Sodoma”. ‫“ ܡܨܪܝܢ‬Mesrin”,
“Egito”. Muitos comentaristas tem especulado sobre o significado
do nome dessas duas cidades, embora o autor tenha objetivado ser
enigmático aqui, entre os netzarim antigos a crucificação ocorreu
no Egito, por meio de Tuntankaten, entretanto é difícil dizer se
existe aqui alguma relação, o termo “Sodoma” é completamente
enigmático aqui. ‫“ ܐܨܛܠܒ‬foi crucificado” afel de ‫ܨܛܠܒ‬

‫( ܘܚܙܝܢ ܡܢ ܐܡܘܬܐ ܘܫܪܒܬܐ ܘܠܫܢܐ ܘܥ ݈ܡܡܐ‬11:9)


‫ܠܫܠܕܝܗܘܢ ܬܠܬܐ ܝܘܡܝܢ ܘܦܠܓܗ ܘܠܫܠܕܝܗܘܢ ܠ ܢܫܒܩܘܢ‬
‫ܠܡܬܬܣܡܘ ܒܩܒܪܐ‬

9 E viram das tribos, nações, línguas, e povos os seus cadáveres


três dias e meio, e seus cadáveres não permitirão que sejam
colocados na cova.

9 O termo três dias e meio simboliza os mesmos números: 42


meses,1260 dias, três anos e meio. ‫ܢܫܒܩܘܢ‬ imperfeito plural.
‫ܩܒܪܐ‬ “cova”, “sepultura”, “túmulo” nome def. de ‫ܩܒܪ‬
“sepultura”, da raiz ‫“ ܩܒܪ‬sepultar”, siríaco: “qevar”, hebraico: ‫קבר‬
“qever” (Gn 23:9).

‫( ܘܥܡܘܪܝܗ ܕܐܪܥܐ ܢܚܕܘܢ ܥܠܝܗܘܢ ܘܢܬܦܨܚܘܢ‬11:10)


‫ܘܡܘܗܒܬܐ ܢܫܕܪܘܢ ܠܚܕܕܐ ܡܛܠ ܬܪܝܢ ܢܒܝܝܢ ܕܫܢܩܘ‬
‫ܠܥܡܘܪܝܗ ܕܐܪܥܐ‬

10 E os habitantes da Terra se alegrarão a respeito deles, e se


regozijarão; e presentes enviarão uns aos outros, porquanto eram os
dois n’viym (profetas) que atormentaram os habitantes da Terra”.

10 ‫ ܢܚܕܘܢ‬imperfeito plural de ‫“ ܚܕܐ‬alegrar-se”. ‫ܢܬܦܨܚܘܢ‬


Hetipaal imperfeito plural de ‫“ ܦܨܚ‬regozijar-se”. ‫ܡܘܗܒܬܐ‬
“presentes”, “dons”, “dádivas”. ‫“ ܢܒܝܝܢ‬n’viym”, termo com o
plural em “in”, diferente do termo em 10:7, aqui também o termo
“testemunhas” é trocado por “profetas”. ‫“ ܫܢܩܘ‬atormentaram”
plural perfeito de ‫ ܫܢܩ‬ver 9:5. Aparentemente o discurso iniciado
no v. 3 termina aqui, porém é difícil determinar.

‫( ܘܡܢ ܒܬܪ ܬܠܬܐ ܝܘܡܝܢ ܘܦܠܓܗ ܪܘܚܐ ܚܝܬܐ ܡܢ‬11:11)


‫ܐܠܗܐ ܥܠܬ ܒܗܘܢ ܘܩܡܘ ܥܠ ܪܓܠܝܗܘܢ ܘܪܘܚܐ ܕܚܝܐ‬
‫ܢܦܠܬ ܥܠܝܗܘܢ ܘܕܚܠܬܐ ܪܒܬܐ ܗܘܬ ܥܠ ܐܝܠܝܢ ܕܚܙܝܢ ܠܗܘܢ‬

11 E depois de três dias e meio, a Rokha’ Vivente de ‘Alaha’


entrou neles, e puseram-se sobre seus pés, e a Rokha’ Vivente caiu
sobre eles, e um temor grande sobre os que os viram.

11 “Três dias e meio”: ver acima. O texto Crawford é diferente


nessa passagem, enquanto os demais dizem que um “temor caiu”,
ela repete o termo “Rokha’ Vivente” como caindo sobre os
profetas que ressurgiram. ‫ܕܚܠܬܐ‬ “temor” nome def. de ‫ܕܚܠ‬
“dech’lo’”, “temor”, “medo”, mas também pode ser usado como
“reverência”, o que não é o caso aqui, da raiz ‫ܕܚܠ‬ “temer”,
“reverenciar”.

‫( ܘܫܡܥܘ ܩܠ ܪܒܐ ܡܢ ܫܡܝܐ ܕܐܡܪ ܠܗܘܢ ܣܩܘ‬11:12)


‫ܠܟܐ ܘܣܠܩܘ ܠܫܡܝܐ ܒܥܢܢܐ ܘܡܨܕܝܢ ܒܗܘܢ ܒܥܠܕܒܒܝܗܘܢ‬

12 E ouviram uma grande voz dos Sh’may’, que dizia a eles:


“Subi aqui”. E subiram aos Sh’may’ numa nuvem; e
contemplaram-nos os seus inimigos.

12 Alguns manuscritos possuem: “e ouvi”, o Crawford possui o


texto no plural.

‫( ܘܒܫܥܬܐ ܗܝ ܗܘܐ ܙܘܥܐ ܪܒܐ ܘܚܕ ܡܢ ܥܣܪܐ‬11:13)


‫ܕܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܢܦܠܘ ܘܐܬܩܛܠܘ ܒܙܘܥܐ ܫܡܗܐ ܕܓܒܪܐ‬
‫ܐܠܦܐ ܫܒܥܐ ܘܕܫܪܟܐ ܗܘܘ ܒܕܚܠܬܐ ܘܝ ݈ܗܒܘܢ‬
‫ܬܫܒܘܚܬܐ ܠܠܗܐ ܕܒܫܡܝܐ‬

13 E naquela hora houve um grande terremoto, e a décima parte


das cidades caíram, e foram mortos no terremoto, e o nome dos
homens: sete mil; e o restante estavam com medo, e deram o
louvor ao ‘Alaha’ que está nos Sh’may’.

13 ‫ܙܘܥܐ‬ o termo significa qualquer aspecto relacionado ao


tremor, comoção, etc, mas aqui significa unicamente “terremoto”.
O Crawford afirma que um décimo das cidades dos homens caiu, e
não que a cidade referida acima (Sodoma e Egito) havia caído.
“Foram mortos, e os nomes dos homens: sete mil” expressão
enigmática. “Sete mil” número simbólico, significa vários tipos de
homens.

‫ܗܐ ܬܪܝܢ ܘܝ ܐܙܠܘ ܘܗܐ ܘܝ ܕܬܠܬܐ ܐܬܐ ܡܚܕܐ‬ (11:14)


‫܀‬
14 Eis que dois ais passaram; e eis que o terceiro vem logo.

‫( ܘܡܠܟܐ ܕܫܒܥܐ ܙܥܩ ܘܗܘܘ ܩܠ ܪܘܪܒܐ ܒܫܡܝܐ‬11:15)


‫ܕܐܡܪܝܢ ܗܘܬ ܡܠܟܘܬܗ ܕܥܠܡܐ ܕܐܠܗܢ ܘܕܡܫܝܚܗ ܘܐܡܠܟ‬
‫ܠܥܠܡ ܥܠܡܝܢ‬

15 E o sétimo Mala’kha’ clamou, e houveram grandes vozes nos


Sh’may’, que diziam: “Tornou-se o reino do mundo de nosso
‘Alaha’ e do seu Meshicha’, e possui o reinado para além
eternamente”.

15 Quanto à problemática referente ao sétimo anjo ver 10:3-4.


Este texto aparentemente faz parte de um acréscimo, mas é difícil
determinar até que ponto foram feitos acréscimos, ou que termos
eram originais ou não.

‫( ܘܥܣܪܝܢ ܘܐܪܒܥܐ ܩܫܝܫܐ ܐܝܠܝܢ ܕܩܕܡ ܐܠܗܐ‬11:16)


‫ܝܬܒܝܢ ܥܠ ܟܘܪܣܘܬܗܘܢ ܢܦܠܘ ܥܠ ܐܦܝܗܘܢ ܘܣܓܕܘ‬
‫ܠܠܗܐ‬

16 E os vinte e quatro anciãos, os que estavam diante de ‘Alaha’


sentados sobre seus tronos, caíram sobre suas faces, e prostraram-
se para ‘Alaha’,
‫( ܠܡܐܡܪ ܡܘܕܝܢܢ ܠܟ ܡܪܝܐ ܐܠܗܐ ܐܚܝܕ ܟܠ‬11:17)
‫ܘܗܝ ݈ܗܘܐ ܕܢܣܒܬ ܒܚܝܠܟ ܪܒܐ ܘܐܡܠܟܬ‬
݈ ‫ܘܗܝ ܘܐܝܬ‬
݈ ‫ܕܐܝܬ‬

17 dizendo: “Fazemos um ode a ti, Mar’ya’ ‘Alaha’, aprende


tudo que é, e que era, que tomaste pelo teu grande poder e reinaste.

17 ‫“ ܡܘܕܝܢܢ‬agradecemos”, “damos graças”, “fazemos um ode”.

‫( ܘܥ ݈ܡܡܐ ܪܓܙܘ ܘܐܬܐ ܪܘܓܙܟ ܘܙܒܢܐ ܕܡܝܬܐ‬11:18)


‫ܕܢܬܕܝܢܘܢ ܘܬܬܠ ܐܓܪܐ ܠܥܒܕܝܟ ܢܒܝܐ ܘܠܩܕܝܫܐ ܘܠܕܚܠܝ‬
‫ܫܡܟ ܠܙܥܘܪܐ ܥܡ ܪܘܪܒܐ ܘܬܚܒܠ ܠܝܠܝܢ ܕܚܒܠܘ ܠܪܥܐ‬

18 E os povos iraram-se; e veio a tua ira, e o tempo dos mortos


que serão julgados, e dar a recompensa aos teus servos, os nevi’
(profetas), e aos separados, e ao que temem o teu Nome, a
pequenos e a grandes, e destruíres aqueles que destroem a Terra”.

18 ‫ܪܓܙܘ‬ “iraram-se”, de ‫“ ܪܓܙ‬irar”. ‫“ ܢܬܕܝܢܘܢ‬serão


julgados” hitipiel imperfeito plural de ‫“ ܕܝܢ‬julgar”, aqui esse trecho
doutrina a respeito do “juízo final” dos mortos. ‫ܐܓܪܐ‬
“recompensa”, “salário”, “retribuição”. ‫“ ܙܥܘܪܐ‬pequenos”,
“menores”, “inferiores” plural def. de ‫“ ܙܥܘܪ‬pequeno”, da raiz ‫ܙܥܪ‬
“ser pequeno”, siríaco: “z’or”, hebraico: ‫“ זעיר‬ze’er” (Jó 36:2),
idioma caldeu: ‫“ זעיר‬ze’er” (Dn 7:8). ‫“ ܬܚܒܠ‬destruíres” de ‫ܚܒܠ‬
ver 8:9. ‫“ ܚܒܠܘ‬destroem”, “destruíram”, plural de ‫ ܚܒܠ‬ver 8:9.
‫( ܘܐܬܦܬܚ ܗܝܟܠ ܒܫܡܝܐ ܘܐܬܚܙܝܬ ܩܝܒܘܬܐ‬11:19)
‫ܕܕܝܬܩܐ ܕܝܠܗ ܒܗܝܟܠ ܘܗܘܘ ܒܪܩܐ ܘܪܥܡܐ ܘܩܠ‬
‫ܘܢܘܕܐ ܘܒܪܕܐ ܪܒܐ܀‬

19 E foi aberto o Templo nos Sh’may’, e eu vi a arca do


testamento dele no Templo; e houve relâmpagos, trovões e vozes, e
terremoto e grande saraivada.

19 O conceito de que há um Templo, à semelhança do templo


judaico, nos Sh’may’ (céus) é algo constante no livro de
Revelação, não somente o edifício, mas os utensílios, móveis,
sacerdócio, tudo é uma espécie de modelo celestial que serve ao
terreno. ‫ܕܝܬܩܐ‬ “pacto”, “testamento”, o termo vem do grego
διαθήκης e é exatamente o mesmo termo encontrado nos
manuscritos gregos desta passagem, por outro lado o termo
também é encontrado na peshitta tanakh.

12
‫( ܘܐܬܐ ܪܒܬܐ ܐܬܚܙܝܬ ܒܫܡܝܐ ܐ ݈ܢܬܬܐ ܕܥܛܝܦܐ‬12:1)
‫ܫܡܫܐ ܘܣܗܪܐ ܬܚܝܬ ܪܓܠܝܗ ܘܟܠܝܠ ܕܟܘܟܒܐ ܬܪܥܣܪ‬
‫ܥܠ ܪܫܗ‬
1 E o grande sinal eu vi nos Sh’may’: uma mulher com um vestido
solar, e a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze corpos
celestes sobre a sua cabeça.

1 ‫ܥܛܝܦܐ‬ “vestes” nome fem. uma veste longa e comprida e


ornamenta, um vestido com forro; o grego não possui essa
particularidade, o texto aqui apresenta a mulher com um belo
vestido que era o próprio sol. Normalmente no Tanakh (Antigo
Testamento) a mulher representava o povo de Israel, ou ainda
Jerusalém/Sião; o número doze é associado às doze tribos de Israel.

‫( ܘܒܛܢܐ ܘܩܥܝܐ ܘܡܚܒܠܢ ܐܦ ܡܫܬܢܩܐ ܕܬܐܠܕ‬12:2)

2 E estando grávida, gritava, e estava em trabalho de parto,


também estava sofrendo para dar à luz.

2 ‫ܒܛܢܐ‬ “grávida”. ‫ܡܚܒܠܢ‬ “estar em trabalho de parto”


particípio de ‫ܚܒܠ‬ “estar em um trabalho”. ‫ܡܫܬܢܩܐ‬ “estando
sofrendo”, “agonizando”. A interpretação a respeito desse
versículo é dada no próprio capítulo (12:17)

‫ܐܚܪܬܐ ܒܫܡܝܐ ܘܗܐ ܬܢܝܢܐ ܪܒܐ‬ ݈ ‫( ܘܐܬܚܙܝܬ ܐܬܐ‬12:3)


‫ܘܗܝ‬
݈ ‫ܕܢܘܪܐ ܕܐܝܬ ܠܗ ܫܒܥܐ ܪܫܝܢ ܘܥܣܪ ܩܪܢܬܐ ܘܥܠ ܪܫ‬
‫ܫܒܥܐ ܬܐܓܝܢ‬

3 E eu vi outro sinal nos Sh’may’: e eis um grande dragão de


fogo que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças
sete diademas;

3 ‫ܬܢܝܢܐ‬ “dragão”, o termo é usado também em referência ao


animal que o cajado de Moisés se transformou, o termo é usual
neste livro e aparece aqui pela primeira vez. “Dragão de fogo”, o
mesmo no texto grego, o termo πυρρο pode ser entendido como
“vermelho cor de fogo”; evidentemente o dragão aqui é um
símbolo do mal, o v. 9 identifica o personagem. ‫ܬܐܓܝܢ‬
“diademas”, “coroas”, em 19:12 o termo aparece com outra forma
plural: ‫“ ܬܐܓܐ‬diademas”. Este versículo possui características
de que foi modificado por copistas.

‫( ܘܕܘܢܒܗ ܓܪܫܐ ܠܬܘܠܬܐ ܕܟܘܟܒܐ ܕܒܫܡܝܐ ܘܐܪܡܝ‬12:4)


‫ܐܢܘܢ ܥܠ ܐܪܥܐ ܘܬܢܝܢܐ ܩܐܡ ݈ܗܘܐ ܩܕܡ ܐ ݈ܢܬܬܐ ܕܥܬܝܕ‬
‫ܘܗܝ ܠܒܪܗ‬
݈ ‫ܐܕܬܐܠܕ ܕܡܐ ܕܝܠܕܬ ܢܐܟܠܝ‬

4 e a sua cauda arrasta a terça parte dos corpos celestes que estão
nos Sh’may’, e lançou-as sobre a Terra; e o dragão estava parado
diante da mulher que estava destinada a dar à luz; que, quando
desse à luz, ele devoraria o filho dela.

4 ‫ܕܘܢܒܗ‬ ver 9:10, com sufixo singular. ‫ܓܪܫܐ‬ “arrasta”,


unicamente nesta passagem, a poliglota possui ‫ܓܪܐ‬ “incitou”.
Essa passagem em círculos cristãos foi interpretada como a queda
da terça parte dos anjos, entretanto a referência do texto é Daniel
8:9-12, ou seja, Antíoco Epifânes, que se levantou contra o
exército dos céus (Israel) “derrubando a terça parte do exército e
das estrelas” que se refere ao povo de Israel. Antíoco Epifanes se
exaltou contra o “princípe do exército” (Dn 8:11), que pode ser
uma referência ao kohen hamashiach (sacerdote ungido),
descendente de Arão, abolindo após isso o serviço do templo por
1260 dias. Os dez chifres da profecia é uma referência aos dez
chifres da quarta besta vista por Daniel (Dn 7:6-8), que
representavam os dez reis selêucidas, cujo último deles era Antíoco
Epifânes, que perseguiu os chasidim (piedosos) de Israel, e forçou
a comunidade a se refugiar no deserto, surgindo assim as primeiras
comunidades dos essênios. O fato de o dragão procurar devorar o
recém-nascido, que simboliza o povo Eleito (19:17), indica que
existe uma força maligna que procura destruir esse Eleito desde o
momento em que ele surge no mundo. Em círculos cristãos o
menino foi interpretado como uma representação de Jesus.

‫( ܘܝܠܕܬ ܒܪܐ ܕܟܪܐ ܗܘ ܕܥܬܝܕ ܠܡܪܥܐ ܠܟܠܗܘܢ‬12:5)


‫ܥ ݈ܡܡܐ ܒܫܒܛܐ ܕܦܪܙܠ ܘܐܬܚܛܦ ܒܪܗ ܠܘܬ ܐܠܗܐ‬
‫ܘܠܘܬ ܟܘܪܣܝܗ ܀‬

5 E deu à luz um filho, que era um homem, aquele que estava


destinado a apascentar todas as nações com vara de ferro; e foi
arrebatado o seu filho para ‘Alaha’ e para o seu Trono.

5 ‫“ ܕܟܪܐ‬macho”. ‫ ܡܪܥܐ‬ver 2:27, a referência aqui é o salmo


2, no qual o termo hebraico comumente traduzido como “reger
com vara de ferro” é lido no aramaico como “apascentar”. ‫ܦܪܙܠ‬
ver 2:27. O “Filho” aqui é uma referência ao Mashiach (Messias)
do salmo segundo, e à oposição que as nações fazem a ele.
‫“ ܐܬܚܛܦ‬foi arrebatado”, “tomado”, “carregado”, hitipael de
‫“ ܚܛܦ‬carregar com violência”.

‫( ܘܐ ݈ܢܬܬܐ ܥܪܩܬ ܠܚܘܪܒܐ ܐܬܪ ܕܐܝܬ ݈ܗܘܐ ܠܗ‬12:6)


‫ܬܡܢ ܕܘܟܬܐ ܕܡܛܝܒܐ ܡܢ ܐܠܗܐ ܕܢܬܪܣܘܢܗ ܝܘܡܝܢ ܐܠܦ‬
‫ܘܡܐܬܝܢ ܘܫܬܝܢ ܀‬
6 E a mulher fugiu para o deserto, onde já havia para ela ali um
lugar que foi preparado por ‘Alaha’, para que ali fossem
sustentados mil duzentos e sessenta dias.

6 ‫ܥܪܩܬ‬ “ela fugiu”, fem. de ‫ܥܪܩ‬ ver 9:6. ‫ܚܘܪܒܐ‬ “deserto”


nome masc. def., da raiz ‫“ ܚܪܒ‬terra desolada”, “deserta”. No livro
de macabeus, os chasidim (hebraico: piedosos) fugiram para o
deserto, devido à perseguição de Antíoco Epifanes, fugir para o
deserto e viver afastado da corrupção da sociedade era uma prática
comum nas sociedades judaicas, assim a seita de Qumran e os
essênios viviam isolados em desertos. ‫“ ܕܘܟܬܐ‬lugar” nome fem.
da raiz ‫“ ܕܘܟ‬lugar”. ‫“ ܢܬܪܣܘܢ‬sustentassem” o termo aqui está
no plural imperfeito, o texto grego também está no plural, porém,
assim como no siríaco, a voz é passiva, ou seja, o personagem
muda aqui da mulher para o povo, como deve ser entendido a
simbologia deste capítulo. Os 1260 dias é uma referência ao
período em que os chasidim permaneceram no deserto durante a
perseguição de Antíoco Epifanes, na qual o templo de Jerusalém
permaneceu profanado, essa referência é a mesma no capítulo
anterior, onde se diz que os gentios pisariam a cidade separada
(Jerusalém). A simbologia da perseguição de Antíoco é como um
tipo de perseguição que se abate sobre a comunidade dos primeiros
seguidores de Yisho’.

‫ܘܗܝ ܡܩܪܒܝܢ‬
݈ ‫( ܘܗܘܐ ܩܪܒܐ ܒܫܡܝܐ ܡܝܟܐܝܠ ܘܡܠܟ‬12:7)
‫ܘܗܝ ܐܩܪܒܘ‬
݈ ‫ܥܡ ܬܢܝܢܐ ܘܬܢܝܢܐ ܘܡܠܟ‬
7 E houve guerra nos Sh’may’: Mikha’il e os seus mala’chi’
batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus mala’chi’
fizeram uma guerra,

7 ‫ܡܩܪܒܝܢ‬ literalmente: “guerreiros”, “batalhadores”,


“combatentes”, plural de ‫ ܩܪܒ‬ver 9:7. ‫“ ܐܩܪܒܘ‬fizeram guerra”
afel perfeito singular de ‫ܩܪܒ‬.

‫( ܘܠ ܐܬܡܨܝܘ ܘܠ ܐܬܪܐ ܐܫܬܟܚ‬12:8)


‫ܠܗܘܢ ܒܫܡܝܐ‬
8 e não foram capazes, e nem lugar se achou para eles nos
Sh’may’.

8‫“ ܐܬܡܨܝܘ‬conseguiram”, “foram capazes” Hetipiel plural de


‫“ ܡܨܐ‬conseguir”. ‫“ ܐܬܪܐ‬lugar”, “espaço”, o sentido do texto
aqui é que os Sh’may’ não era um local adequado para o dragão e
seus anjos.

‫( ܘܐܬܪܡܝ ܬܢܝܢܐ ܪܒܐ ܗܘ ܚܘܝܐ ܪܫܐ ܗܘ ܕܡܬܩܪܐ‬12:9)


‫ܐܟܠܩܪܨܐ ܘܣܛܢܐ ܗܘ ܕܐܛܥܝ ܠܟܠܗ ܐܪܥܐ ܘܐܬܪܡܝ ܥܠ‬
‫ܘܗܝ ܥܡܗ ܐܬܪܡܝܘ‬ ݈ ‫ܐܪܥܐ ܘܡܠܟ‬

9 E foi lançado o grande dragão, a serpente primordial, a que se


chama o Acusador Devorador e Satana’, que faz errar toda a Terra;
foi lançado sobre a Terra, e os seus mala’chi’ com ele foram
lançados.
9 ‫ܚܘܝܐ ܪܫܐ‬ “a serpente primordial”, ou seja, o caos, a
desordem e a maldade, a qual YHWH põe fim. ‫ܡܬܩܪܐ‬
“chamada” particípio feminino de ‫ܩܪܐ‬ ver 1:3. ‫ ܐܟܠܩܪܨܐ‬ver
2:10. ‫ܐܛܥܝ‬ “faz errar”, o termo também pode ser usado como
uma referência à idolatria.

‫( ܘܫܡܥܬ ܩܠ ܪܒܐ ܡܢ ܫܡܝܐ ܕܐܡܪ ܗܐ ܗܘܐ‬12:10)


‫ܫܘܘܙܒܐ ܘܚܝܠ ܘܡܠܟܘܬܐ ܕܐܠܗܢ ܕܐܬܪܡܝ ܡܣܘܪܐ‬ ݈
‫ܕܐܚܝܢ ܗܘ ܕܡܣܪ ݈ܗܘܐ ܠܗܘܢ ܠܠܝܐ ܘܐܝܡܡܐ ܩܕܡ ܐܠܗܢ‬

10 E ouvi uma grande voz dos Sh’may’, que dizia: “Agora é o


Livramento, o Poder, e o Reino do nosso ‘Alaha’; que foi lançado
para baixo o delator, aquele que os acusava noite e dia diante do
nosso ‘Alaha’.

10 ‫ܫܘܘܙܒܐ‬
݈ “livramento”, termo único em todo o Novo
Testamento, porém presente no Tanakh (Antigo Testamento, Js
20:9). O Crawford omite “e a autoridade do seu Cristo” e também
“de nossos irmãos” (porém as edições acrescentam). ‫ܡܣܘܪܐ‬
“delator”, “acusador”, termo único em todo o Novo Testamento,
nome def. da raiz ‫“ ܡܤܪ‬acusar”.

‫( ܘܗܢܘܢ ܙܟܘ ܒܕܡܐ ܕܐܡܪܐ ܘܒܝܕ ܡܠܬܐ‬12:11)


‫ܕܣܗܕܘܬܗ ܘܠ ܐܚܒܘ ܢܦܫܗܘܢ ܥܕܡܐ ܠܡܘܬܐ‬

11 E eles venceram pelo sangue do Cordeiro e através da Palavra


do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até a morte.
11 ‫ܙܟܘ‬ “venceram” plural de ‫ܙܟܐ‬ ver 2:7. ‫ܐܚܒܘ‬ “amaram”
pael plural de ‫“ ܐܚܒ‬amar”.

‫( ܡܛܠ ܗܢܐ ܫܡܝܐ ܐܬܦܨܚܘ ܘܐܝܠܝܢ ܕܒܗܘܢ ܫܪܝܢ‬12:12)


‫ܘܝ ܠܪܥܐ ܘܠܝܡܐ ܥܠ ܕܢܚܬ ܐܟܠܩܪܨܐ ܠܘܬܗܘܢ ܕܐܝܬ ܠܗ‬
‫ܚܡܬܐ ܪܒܬܐ ܟܕ ܝܕܥ ܕܩܠܝܠ ܙܒܢܐ ܐܝܬ ܠܗ ܀‬

12 Por isso tende alegria ó Sh’may’, e os que neles habitam. Ai


da terra e do mar! Porque desceu o Acusador Devorador sobre eles
com grande ira, enquanto sabe que pouco tempo possui”.

12 ‫“ ܐܬܦܨܚܘ‬tende alegria” imperativo passivo de ‫ ܦܨܚ‬ver


11:10. ‫“ ܫܪܝܢ‬habitam”, “acampam”, plural de ‫“ ܫܪܐ‬habitar”,
“acampar”, “comer” o termo era usado como uma referência aos
soldados que aparentavam “devorar” a terra acampados, mas
depois usado como o sentido de “morar”.

‫( ܘܟܕ ܚܙܐ ܬܢܝܢܐ ܕܐܬܪܡܝ ܥܠ ܐܪܥܐ ܪܕܦ ܠ ݈ܢܬܬܐ‬12:13)


‫ܐܝܕܐ ܕܝܠܕܬ ܕܟܪܐ‬

13 E quando viu o dragão que foi lançado sobre a Terra,


perseguiu a mulher que deu à luz ao homem.

13 ‫“ ܪܕܦ‬perseguiu” peal singular. ‫ ܕܟܪܐ‬ver 12:5.

‫( ܘܐܬܝܗܒ ܠ ݈ܢܬܬܐ ܬܪܝܢ ܓܦܝܢ ܕܢܫܪܐ ܪܒܐ ܕܬܦܪܚܝ‬12:14)


‫ܠܚܘܪܒܐ ܠܕܘܟܬܗ ܠܡܬܬܪܣܝܘ ܬܡܢ ܥܕܢ ܥܕܢܝܢ‬
‫ܘܗܝ ܕܚܘܝܐ‬
݈ ‫ܘܦܠܓܘܬ ܥܕܢ ܡܢ ܩܕܡ ܐܦ‬
14 E foram dadas à mulher duas asas de uma grande águia, para
que voasse para o deserto, ao seu lugar, para ser sustentada ali um
tempo, tempos, e metade de um tempo, de diante das faces da
serpente.

14 ‫ܓܦܝܢ‬ver 4:8. ‫“ ܬܦܪܚܝ‬voasse” fem. de ‫ ܦܪܚ‬ver 4:7.


‫ ܚܘܪܒܐ‬ver 12:6. ‫“ ܕܘܟܬ‬local”, “posto”, “posição”, esse termo
foi adotado por monges que se refugiavam em locais ermos,
surgindo assim o nome doketa’, ou doceta, que alguns
equivocadamente interpretam como o termo grego dokein “crer
numa aparência”, referindo-se a um grupo religioso específico;
refugiar-se no deserto era uma prática comum, e foi adotada por
grupos de judeus piedosos, que fugiam de perseguições ou de
sociedades apóstatas, como foi o caso do episódio narrado no livro
de macabeus, o qual este trecho possui ligação. A expressão tempo,
tempos e metade de um tempo possui referência ao livro de Daniel
(Dn 7:25), e é uma referência ao período de perseguição por
intermédio de Antíoco Epifanes. ‫ܠܡܬܬܪܣܝܘ‬ “para estar sendo
sustentada” infinitivo hitipiel. ‫ ܚܘܝܐ‬ver 12:9, o termo dragão é
evitado nesta passagem e utiliza-se o termo serpente.

‫( ܘܐܪܡܝ ܚܘܝܐ ܡܢ ܦܘܡܗ ܒܬܪ ܐ ݈ܢܬܬܐ ܡܝܐ‬12:15)


‫ܐܝܟ ܢܗܪܐ ܕܫܩܝܠܬ ܡܝܐ ܢܥܒܕܝܗ‬

15 E lançou a serpente da sua boca, atrás da mulher, águas como


um rio, para fazer que conduzisse as águas passando por ela.
15 ‫ ܢܗܪܐ‬ver 9:14. ‫“ ܫܩܝܠܬ‬carregasse”, “conduzisse como uma
corrente”, normalmente essa passagem indica a mulher sendo
arrastada pelas águas, mas o texto aqui indica somente as correntes
de água.

‫( ܘܥܕܪܬ ܐܪܥܐ ܠ ݈ܢܬܬܐ ܘܦܬܚܬ ܐܪܥܐ ܦܘܡܗ‬12:16)


‫ܘܒܠܥܬܗ ܠܢܗܪܐ ܗܘ ܕܐܪܡܝ ܬܢܝܢܐ ܡܢ ܦܘܡܗ‬

16 E a terra socorreu a mulher; e a terra abriu a sua boca, e tragou


o rio que o dragão lançara da sua boca.

16 ‫ܥܕܪܬ‬ “socorreu”, “ajudou” da raiz ‫ܥܕܪ‬ “socorrer”. ‫ܦܬܚܬ‬


“abriu” peal de ‫ܦܬܚ‬ ver 3:7. ‫ܒܠܥܬܗ‬ “engoliu-o”, “tragou-o”.
Muitos comentaristas procuram dar significado ao rio lançado, a
terra que engoliu, o significado das asas de águia, entretanto o
texto permanece enigmático quanto a isso.

‫( ܘܪܓܙ ܬܢܝܢܐ ܥܠ ܐ ݈ܢܬܬܐ ܘܐܙܠ ܠܡܥܒܕ ܩܪܒܐ‬12:17)


‫ܘܗܝ ܕܐܠܗܐ‬݈ ‫ܥܡ ܫܪܟܐ ܕܙܪܥܗ ܗܠܝܢ ܕܢܛܪܝܢ ܦܘܩܕܢ‬
‫ܘܐܝܬ ܠܗܘܢ ܣܗܕܘܬܗ ܕܝܫܘܥ ܀‬

17 E irou-se o dragão contra a mulher, e foi fazer guerra ao


remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de
‘Alaha’, e possuem o testemunho de Yisho’.

17 Esse versículo possui uma judaicidade muito marcante, a


semente da mulher eram os que “guardam os mandamentos de
‘Alaha’”, ou seja, os mandamentos descritos na Torá (Lei), além
disso, a semente da mulher eram aqueles que possuíam o
testemunho de Yisho’; esse versículo é o único que desvenda a
simbologia da mulher, declarando ser o grupo de discípulos de
Yisho’ que sustentavam os mandamentos da Torá (Lei).

13
‫( ܘܩܡܬ ܥܠ ܚܠ ܕܝܡܐ ܘܚܙܝܬ ܕܣܠܩܐ ܚܝܘܬܐ ܡܢ‬13:1)
‫ܝܡܐ ܕܐܝܬ ܠܗ ܥܣܪ ܩܪܢܢ ܘܫܒܥ ܩܪܩܦܢ ܘܥܠ ܩܪܢܬܗ‬
‫ܥܣܪܐ ܬܐܓܝܢ ܘܥܠ ܩܪܩܦܬܗ ܫܡܐ ܕܓܘܕܦܐ‬

1 E permaneci sobre a areia do mar. E vi que subia um animal do


mar que possuía dez chifres e sete cabeças, e sobre os seus chifres
dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia.

1 ‫ܩܡܬ‬ ver 3:20. ‫ܚܠ‬ “pó”, “areia”, nome masc. def. ‫ܩܪܢܢ‬
“chifres”, termo absoluto, pouco comum neste livro. ‫ܩܪܩܦܢ‬
“cabeças”, “crânios”, plural absoluto, semelhante ao termo
anterior, incomum neste livro, também não se encontra (o termo)
na peshitta. ‫ ܬܐܓܝܢ‬ver 12:3, o plural aqui não está no absoluto
como os dois anteriores, aparenta ser uma interpolação. A alusão
desta passagem é muito clara, o animal na visão é o mesmo da
visão de Daniel (Dn 7), que possuía dez chifres, as dez cabeças é
uma alusão aos dez reis selêucidas e o nome de blasfêmia refere-se
àquilo que Antíoco Epifânes fez ao batalhar contra o povo santo.
O uso que o livro faz desse evento histórico pretende passar a ideia
de um acontecimento futuro semelhante ao que sucedeu no
passado, ou meramente é uma referência aos fatos antigos.
‫ܓܘܕܦܐ‬ver 2:9.
‫( ܘܚܝܘܬܐ ܗܝ ܕܚܙܝܬ ܕܡܘܬܐ ݈ܗܘܬ ܕܢܡܪܐ ܘܪܓܠܝܗ‬13:2)
‫ܐܝܟ ܕܕܒܐ ܘܦܘܡܗ ܐܝܟ ܕܐܪܝܘܬܐ ܘܝ ݈ܗܒ ܠܗ ܬܢܝܢܐ‬
‫ܚܝܠܗ ܘܟܘܪܣܝܗ ܘܫܘܠܛܢܐ ܪܒܐ‬

2 E o animal que vi era semelhante ao leopardo, e as suas patas


como as do urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu a ele
o seu poder e o seu trono e grande autoridade.

2 ‫ܢܡܪܐ‬ “leopardo”, o termo é o mesmo usado em Dn 7:6,


curiosamente este animal apresenta características, dos quatro
animais de Dn 7: possui dez chifres como o quarto animal, sua
aparência é como o do leopardo (o terceiro animal), suas patas são
como do urso ( ‫ ܕܒܐ‬o termo também é o mesmo da peshitta para o
segundo animal, Dn 7:5), a boca como do leão (‫ܐܪܝܘܬܐ‬
semelhante ao primeiro animal de Dn 7:4, o termo em Daniel é
‫)ܐܪܝܐ‬. Isso significa que este animal é uma mistura das
características dos animais descritos em Dn 7, como se abrangesse
todas as potências políticas que estão relacionadas a esses animais.

‫( ܘܚܕܐ ܡܢ ܩܪܩܦܬܗ ܐܝܟ ܦܥܝܥܬܐ ܠܡܘܬܐ‬13:3)


‫ܘܡܚܘܬܐ ܕܡܘܬܗ ܐܬܐܣܝܬ‬
‫ܘܐܬܕܡܪܬ ܟܠܗ ܐܪܥܐ ܒܬܪ ܚܝܘܬܐ‬

3 E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, mas de sua


ferida mortal tornou-se curado. E maravilhou-se toda a Terra,
seguindo o animal,
3‫“ ܦܥܝܥܬܐ‬ferida” nome def. de ‫“ ܦܥܝܥ‬ferida”. Tanto o termo
‫ ܡܘܬܐ‬como ‫ ܡܚܘܬܐ‬podem se referir a algum tipo de praga. A
ideia de que uma das cabeças foi ferida significa que aquele reino
perdeu seu poder, pois as cabeças significam reinos, a cura da
cabeça significa o ressurgimento desse reino. Muitos comentaristas
procuram desvendar o significado dessas palavras, porém mesmo
em Daniel não existe um texto paralelo a este, o significado
permanece oculto. ‫“ ܐܬܐܣܝܬ‬curou-se” Hetipiel de ‫ܐܤܐ‬
“curar”. ‫“ ܐܬܕܡܪܬ‬maravilhou-se” hetipaal de ‫“ ܕܡܪ‬maravilhar-
se”.

‫( ܘܣܓܕܘ ܠܬܢܝܢܐ ܕܝ ݈ܗܒ ܫܘܠܛܢܐ ܠܚܝܘܬܐ‬13:4)


‫ܘܣܓܕܘ ܠܚܝܘܬܐ ܠܡܐܡܪ ܡܢܘ ܕܕܡܐ ܠܚܝܘܬܐ ܗܕܐ‬
‫ܘܡܢܘ ܡܫܟܚ ܠܡܩܪܒܘ ܥܡܗ‬

4 e ela se prostrou ao dragão, que deu a autoridade ao animal; e


prostraram-se ao animal, dizendo: “Quem é semelhante a este
animal? E quem pode batalhar com ele”?

4 ‫“ ܕܡܐ‬semelhante”, termo único neste livro, comumente


‫“ ܕܡܘܬܐ‬semelhante”. ‫“ ܡܩܪܒܘ‬batalhar”, “guerrear”, da raiz
‫ ܩܪܒ‬ver 9:7.

‫( ܘܐܬܝܗܒ ܠܗ ܦܘܡܐ ܕܡܡܠܠ ܪܘܪܒܬܐ ܘܓܘܕܦܐ‬13:5)


‫ܘܐܬܝܗܒ ܠܗ ܫܘܠܛܢܐ ܠܡܥܒܕ ܝܪܚܐ ܐܪܒܥܝܢ ܘܬܪܝܢ‬
5 E foi dada a ele uma boca que falava grandes coisas e blasfêmias;
e foi dada a ele autoridade para fazer por quarenta e dois meses.
5 ‫ܦܘܡܐ‬ “boca” nome def. ‫ܡܡܠܠ ܪܘܪܒܬܐ‬ “falava grandes
coisas”, mesma frase encontrada em Dn 7:8. Quanto à expressão
“quarenta e dois meses” ver 11:2.

‫( ܘܦܬܚܬ ܦܘܡܗ ܠܡܓܕܦܘ ܩܕܡ ܐܠܗܐ‬13:6)


‫ܕܬܓܕܦܝ ܒܫܡܐ ܘܒܡܫܪܝܐ ܕܐܝܠܝܢ ܕܫܪܝܢ ܒܫܡܝܐ‬

6 E abriu a sua boca para blasfemar diante de ‘Alaha’, blasfemando


o Nome e a morada daqueles que habitam no Sh’may’.

6 ‫“ ܡܓܕܦܘ‬blasfemar” particípio de ‫“ ܓܕܦ‬blasfemar”. O animal


blasfemava diante de ‘Alaha’, como se fosse uma entidade
maligna, um espírito maligno. ‫“ ܡܫܪܝܐ‬morada”, “habitação”. ‫ܫܪܝܢ‬
ver 12: 12.

‫( ܘܐܬܝܗܒ ܠܗ ܠܡܥܒܕ ܩܪܒܐ ܥܡ ܩܕܝܫܐ‬13:7)


‫ܘܠܡܙܟܐ ܐܢܘܢ ܘܐܬܝܗܒ ܠܗ ܫܘܠܛܢܐ‬
‫ܥܠ ܟܠܗܝܢ ܫܪܒܬܐ ܘܐܡܘܬܐ ܘܠܫܢܐܘܥ ݈ܡܡܐ‬

7 E foi dado a ele fazer guerra aos homens separados, e vencê-los;


e foi dado a ele autoridade sobre todas as tribos, nações, idiomas e
povos.

7 Mais uma vez o texto faz referência à profecia de Dn 7 (7:23-27).


Entretanto, a abrangência do poder deste animal é bem superior aos
impérios descritos em Daniel, ainda que na profecia deste livro.
‫“ ܡܙܟܐ ܐܢܘܢ‬vencê-los”.
‫( ܘܢܣܓܕܘܢ ܠܗ ܟܠܗܘܢ ܥܡܘܪܝܗ ܕܐܪܥܐ ܗܢܘܢ‬13:8)
‫ܐܝܠܝܢ ܕܠ ܟܬܝܒܝܢ ܒܟܬܒܐ ܕܚܝܐ ܗܘ ܕܐܡܪܐ ܩܛܝܠ‬
‫ܩܕܡ ܬܪܡܝܬܗ ܕܥܠܡܐ‬

8 E se prostrarão a ele todos os habitantes da Terra, esses que não


estão inscritos no Livro da Vida do Cordeiro, morto desde a
fundação do mundo.

8 A profecia vai além e afirma que não somente o animal (um


império, ou ainda, um imperador) teria poder sobre toda a terra,
mas que este animal iria impor uma religião a todas as pessoas,
uma adoração que estava alicerçada na adoração do próprio animal,
ou seja, o rei deste império. ‫“ ܟܬܝܒܝܢ‬inscritos” plural absoluto de
‫“ ܟܬܒ‬escrito”.

‫( ܡܢ ܕܐܝܬ ܠܗ ܐܕܢܐ ܢܫܡܥ‬13:9)

9 Quem possui ouvidos, ouvirá.

9 Uma repetição de uma das máximas de Yisho’, quem possui


ouvidos (voltados aos assuntos do Reino), ouvirá (aquilo que é
referente ao Reino).

‫( ܡܢ ܕܒܫܒܝܐ ܡܘܒܠ ܒܫܒܝܐ ܐܙܠ‬13:10)


‫ܘܐܝܢܐ ܕܒܚܪܒܐ ܩܛܠ ܒܚܪܒܐ ܢܬܩܛܠ‬
‫ܗܪܟܐ ݈ܗܝ ܗܝܡܢܘܬܐ ܘܡܣܝܒܪܢܘܬܐ ܕܩܕܝܫܐ ܀‬
10 Quem em cativeiro leva, em cativeiro irá; e aquele que à espada
matou, à espada será morto. Esta é a fidelidade e a perseverança
dos homens separados.

10‫“ ܫܒܝܐ‬cativeiro”, siríaco: “shevia’, hebraico: ‫“ שבי‬shevi”.


‫" ܡܘܒܠ‬conduz", "leva", "entrega". ‫“ ܗܝܡܢܘܬܐ‬fidelidade”,
“constância”, “perseverança”, “firmeza”, “confiança”, nome def.
de ‫“ ܐܡܢ‬perseverança”, “constância”, “fidelidade”.
‫ ܡܣܝܒܪܢܘܬܐ‬ver 1:9.

‫ܐܚܪܬܐ ܕܣܠܩܐ ܡܢ ܐܪܥܐ‬݈ ‫( ܘܚܙܝܬ ܚܝܘܬܐ‬13:11)


‫ܘܐܝܬ ݈ܗܘܐ ܠܗ ܬܪܬܝܢ ܩܪܢܢ ܘܕܡܝܐ ܠܡܪܐ‬
‫ܘܡܡܠܠ ݈ܗܘܬ ܐܝܟ ܬܢܝܢܐ‬

11 E vi outro animal que sobe da terra, e tinha dois chifres e era


semelhante ao cordeiro; e falava como dragão.

11 Embora os demais textos façam referência ao livro de Daniel,


este especificamente é próprio do livro de Geliana’. O texto
posterior chama esse animal de “falso profeta”, entretanto o
símbolo do animal indica um rei ou poder político; ele é referido
no texto de 11:7, fazendo guerra contra as duas testemunhas,
indicando que este poder se levantará no final dos tempos. Tanto
este como o outro animal é comparado ao próprio Messias. O
termo “sobe da terra” permanece enigmático. ‫ ܩܪܢܢ‬ver 13:1.
Alguns textos dão a entender que os chifres pareciam com os do
cordeiro, porém o texto sírio diz que o próprio animal se
assemelhava a um cordeiro, a alusão de feras selvagens como
poderes políticos indica um poderio militar agressivo, é inusitada a
semelhança do cordeiro, indicando uma aparência pacífica, suave,
ou seja, era um poder hipócrita, cujas palavras eram “como as do
dragão”. ‫“ ܡܡܠܠ ݈ܗܘܬ‬falava”.

‫ܘܗܝ‬
݈ ‫( ܘܫܘܠܛܢܐ ܕܚܝܘܬܐ ܩܕܡܝܬܐ ܟܠܗ ܬܥܒܕ ܩܕܡ‬13:12)
‫ܘܬܥܒܕ ܠܪܥܐ ܘܠܕܥܡܪܝܢ ܒܗ ܘܢܣܓܕܘܢ ܠܚܝܘܬܐ ܩܕܡܝܬܐ‬
‫ܗܝ ܕܐܬܚܠܡܬ ܡܚܘܬܐ ܕܡܘܬܗ‬

12 E a autoridade do primeiro animal inteiramente exercia diante


dele; e exercia na Terra e com seus habitantes. E adoraram o
primeiro animal, aquele que foi restabelecido da sua praga mortal.

12 ‫ ܟܠܗ‬o sentido aqui é “inteiramente”, ou seja, ele possuía toda


a autoridade que o primeiro animal possuía, é herdeiro político
dele; o império dele era toda a terra, um império global.
‫“ ܐܬܚܠܡܬ‬foi curado”, hetipaal de ‫“ ܚܠܡ‬curar”, termo raro na
peshitta. Embora este animal seja o poder político, a adoração é
voltada ao imperador o qual ele sucede, isso não é rejeitado pelo
outro animal, pois eles recebem a autoridade uns dos outros: do
dragão para o primeiro animal e do primeiro para o segundo
animal.

‫( ܘܬܥܒܕ ܐܬܘܬܐ ܪܘܪܒܬܐ ܐܝܟܢܐ‬13:13)


‫ܕܢܘܪܐ ܬܥܒܕ ܠܡܚܬ ܡܢ ܫܡܝܐ ܥܠ ܐܪܥܐ ܩܕܡ ܒܢܝܢܫܐ‬

13 E fez grandes sinais, de maneira que fogo fazia descer dos


Sh’may’ sobre a Terra diante dos filhos dos homens;
13 Apenas Elias nas Escrituras fazia descer fogo dos Céus,
Yisho’ repreendeu seus alunos por exigir tal coisa. ‫ܐܬܘܬܐ‬
“sinais”.

‫( ܘܬܛܥܐ ܠܕܥܡܪܝܢ ܥܠ ܐܪܥܐ ܒܝܕ ܐܬܘܬܐ‬13:14)


‫ܕܐܬܝܗܒ ܠܗ ܠܡܥܒܕ ܩܕܡ ܚܝܘܬܐ ܠܡܐܡܪ‬
‫ܠܕܥܡܪܝܢ ܥܠ ܐܪܥܐ ܠܡܥܒܕ ܨܠܡܐ‬
‫ܠܚܝܘܬܐ ܐܝܕܐ ܕܐܝܬ ܠܗ ܡܚܘܬܐ ܕܚܪܒܐ ܘܚܝܬ‬

14 e enganou os que habitavam sobre a Terra por meio dos sinais


que foi dado a ele fazer diante do animal, dizendo aos que
habitavam sobre a Terra fazer um ídolo do animal que possuía a
praga da espada e vivia.

14 ‫ܬܛܥܐ‬ “enganou”, o manuscrito aqui possui ‫ܬܥܛܐ‬


“cancelou”, “anulou”, mas é corrigido nas edições do livro.
‫“ ܨܠܡܐ‬ídolo”, “imagem de escultura”, imperadores no mundo
antigo tinham o costume de fazer ídolos de suas próprias figuras,
representando a si mesmos como deuses, a novidade aqui é que
esse ídolo estava vivo. O primeiro animal possuía a praga da
espada e mesmo assim vivia, ou seja, o seu império foi devastado
pela guerra, mas mesmo assim permanecia.

‫( ܘܐܬܝܗܒ ܠܗ ܕܬܬܠ ܪܘܚܐ ܠܨܠܡܐ ܕܚܝܘܬܐ‬13:15)


‫ܘܬܥܒܕ ܕܟܠ ܕܠ ܢܣܓܕܘܢ ܠܗ ܠܨܠܡܐ ܕܚܝܘܬܐ ܢܬܩܛܠܘܢ‬
15 E foi dado a ele que concedesse a rokha’ ao ídolo do animal, e
fizesse que todos os que não adorassem o ídolo do animal fossem
mortos.

15 O ídolo do animal recebia uma rokha’, ou seja, um espírito,


não existe nenhum texto paralelo nas Escrituras sobre tal evento.
Nas fábulas judaicas, mestres judeus eram capazes de fazer ídolos
ganharem vida, tornando-se um “golém” que obedecia ordens de
seu mestre. O texto sírio omite toda a frase “para que a imagem da
besta falasse”. ‫“ ܢܬܩܛܠܘܢ‬fossem mortos” hitipiel imperfeito de
‫ܩܛܠ‬

‫( ܘܬܥܒܕ ܠܟܠܗܘܢ ܙܥܘܪܐ ܘܪܘܪܒܐ ܥܬܝܪܐ ܘܡܣܟܢܐ‬13:16)


‫ܡܪܝܐ ܘܥܒܕܐ ܕܢܬܝܗܒ ܠܗܘܢ ܪܘܫܡܐ ܥܠ ܐܝܕܝܗܘܢ ܕܝܡܝܢܐ‬
‫ܐܘ ܥܠ ܒܝܬ ܥܝܢܝܗܘܢ‬

16 E fez que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres,


senhores e escravos, que fosse dado a eles uma marca sobre suas
mãos direitas, ou entre os seus olhos,

16 ‫ ܙܥܘܪܐ‬ver 11:18. ‫" ܪܘܪܒܐ‬grandes", termo distinto de 6:15.


‫ ܥܬܝܪܐ‬ver 6:15. ‫“ ܡܣܟܢܐ‬pobres” plural def. de ‫ܡܣܟܢܐ‬
“pobre”, “necessitado”, siríaco: “meskina’”, hebraico: ‫מסכן‬
“misken” (Ec 4:13). ‫“ ܡܪܝܐ‬senhores”, plural def. de ‫“ ܡܪ‬senhor”,
siríaco “maraia”, não confundir com o termo Mar’ya’. Existe um
certo paralelo entre esse texto e o texto de Dt 6:8, no qual a Torá
(Lei) deve ser posto como um sinal entre os olhos e na mão, o texto
aqui é como uma nova religião que é imposta a todas as pessoas,
religião esta que impõe a adoração ao animal. ‫“ ܪܘܫܡܐ‬marca”, o
termo é comum apenas neste livro, o termo em Deuteronômio é
‫ ܩܛܘܪ‬que também possui a conotação de marca. ‫ܒܝܬ ܥܝܢܝܗܘܢ‬
ver 7:3.

‫ܐܢܫ ܢܙܒܢ ܐܘ ܢܙܒܢ ܬܘܒ ܐܠ ܐܝܢܐ‬


݈ ‫( ܕܠ‬13:17)
‫ܘܗܝ ܪܘܫܡܐ ܕܫܡܐ ܕܚܝܘܬܐ ܐܘ ܡܢܝܢܐ ܕܫܡܗ‬
݈ ‫ܕܐܝܬ ܥܠ‬

17 que nenhum homem venderá ou comprará, senão aquele que


possuir sobre si a marca do nome do animal, ou o número do seu
nome.

17 Esse texto explica o que é a marca citada: ela é o nome do


animal, isto é, o nome do rei ou imperador ligado a esse sistema
político, como v. 18 explica “o número de um homem”.

‫( ܗܪܟܐ ܐܝܬܝܗ ܚܟܡܬܐ ܘܕܐܝܬ ܒܗ ܗܘܢܐ‬13:18)


‫ܘܗܝ ܠܡܢܝܢܐ ܕܚܝܘܬܐ ܡܢܝܢܐ ݈ܗܘ ܓܝܪ ܕܒܪܢܫܐ‬
݈ ‫ܢܚܫܒܝ‬
‫ܫܬܡܐܐ ܘܫܬܝܢ ܘܫܬ܀‬
18 Aqui é preciso sabedoria e quem possui entendimento,
reconhecerá o número do animal; pois é de filho do homem, e o
seu número é 666.

18 ‫ܘܗܝ‬
݈ ‫ܢܚܫܒܝ‬ “o reconhecerá”, ou seja, a pessoa inteligente e
sábia saberá identificar que é este animal quando ele aparecer. “O
número do animal é de filho do homem”, ou seja, o número se
refere a um homem específico. O número 666 é motivo de grande
debate, grande parte dos estudiosos o identifica como o número de
César Nero, cujo valor numérico é 666, a variante dos manuscritos
gregos que apresenta o número 616 é interpretada como César
Deus. Muitas interpretações modernas têm sido feitas, no entanto,
o significado deste número permanece enigmático.

14
‫( ܘܚܙܝܬ ܘܗܐ ܐܡܪܐ ܩܐܡ ܥܠ ܛܘܪܐ ܕܨܗܝܘܢ‬14:1)
‫ܘܥܡܗ ܡܐܐ ܘܐܪܒܥܝܢ ܘܐܪܒܥܐ ܐܠܦܝܢ ܕܐܝܬ ܥܠܝܗܘܢ‬
‫ܫܡܗ ܘܫܡܐ ܕܐܒܘ ݈ܗܝ ܟܬܝܒ ܥܠ ܒܝܬ ܥܝܢܝܗܘܢ‬

1 E vi, e eis que o Cordeiro em pé sobre o Monte Sehion (Sião), e


com ele cento e quarenta e quatro mil, que traziam o nome dele e o
nome de seu Pai escrito entre os seus olhos.

1 ‫“ ܛܘܪܐ ܕܨܗܝܘܢ‬Monte de Sehion”, “Monte Sião”, a citação


desse monte nessa passagem indica um messianismo bem
expressivo, conectado à passagens diversas do Tanakh (Antigo
Testamento). Esse monte é citado nas Escrituras como o monte da
realeza de Israel, e está completamente conectado com o governo
de Mar’ya’ (YHWH) sobre a terra, e, portanto, de onde o Messias
governa e espalha sua Lei aos povos.

‫( ܘܫܡܥܬ ܩܠ ܡܢ ܫܡܝܐ ܐܝܟ ܩܠ ܕܡܝܐ ܣܓܝܐܐ‬14:2)


‫ܘܐܝܟ ܩܠ ܕܪܥܡܐ ܪܒܐ ܩܠ ܐܝܢܐ ܕܫܡܥܬ‬
‫ܘܗܝ‬
݈ ‫ܐܝܟ ܩܝܬܪܘܕܐ ܕܢܩܫ ܒܩܝܬܪ‬
2 E ouvi uma voz dos Sh’may’, como a voz de muitas águas, e
como a voz de um grande trovão, a voz que ouvi era como do
tocador de cítara, que tange a sua cítara.

3 ‫ ܪܥܡܐ‬ver 4;5, nome singular definido. ‫“ ܩܝܬܪܘܕܐ‬tocador de


cítara”, “músico”, “harpista”, da raiz ‫“ ܩܝܬܪܐ‬cítara”, “harpa”,
“instrumento de cordas”.‫“ ܢܩܫ‬bate”, no sentido de “tocar” as
cordas do instrumento.

‫( ܘܡܫܒܚܝܢ ܐܝܟ ܬܫܒܘܚܬܐ ܚܕܬܐ ܩܕܡ ܟܘܪܣܝܐ‬14:3)


‫ܐܢܫ‬
݈ ‫ܘܩܕܡ ܐܪܒܥ ܚܝܘܢ ܘܩܕܡ ܩܫܝܫܐ ܘܠ‬
‫ܐܬܡܨܝ ܠܡܐܠܦܗ ܠܬܫܒܘܚܬܐ ܐܠ ܐܢ‬
‫ܡܐܐ ܘܐܪܒܥܝܢ ܘܐܪܒܥܐ ܐܠܦܝܢ ܙܒܝܢܝ ܡܢ ܐܪܥܐ‬

3 E louvavam como um louvor renovado diante do Trono, e diante


dos quatro seres, e diante dos anciãos; e nenhum homem podia
aprender o louvor. E os cento e quarenta e quatro mil comprados
da Terra:

3 A expressão repete o texto de 5:9. ‫“ ܐܬܡܨܝ‬foi capaz”,


Hetipiel singular de ‫ ܡܨܐ‬ver 12:8. ‫ ܙܒܝܢܝ ܡܢ ܐܪܥܐ‬essa
expressão é incomum, pois o estado construto não é seguido de ‫ܡܢ‬,
talvez o termo ‫ ܙܒܝܢܝ‬seja um acréscimo, mas é difícil determinar
isso. O termo ‫ ܐܠ ܐܢ‬é um acréscimo das edições do
manuscrito para dar sentido à frase.

‫( ܗܠܝܢ ܐܢܘܢ ܐܝܠܝܢ ܕܥܡ ܢܫܐ ܠ ܐܬܛܘܫܘ ܒܬܘܠ‬14:4)


‫ܓܝܪ ܐܝܬܝܗܘܢ ܗܠܝܢ ܕܢܩܦܘ ݈ܗܝ ܠܡܪܐ ܟܠ ܟܪ ܕܢܐܙܠ ܗܠܝܢ‬
‫ܐܢܫܐ ܪܫܝܬܐ ܠܠܗܐ ܘܠܡܪܐ‬ ݈ ‫ܐܙܕܒܢܘ ܡܢ‬

4 Estes são os que com mulheres não se tornaram imundos, são


virgens. Pois estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer
que ele vá. Estes foram comprados dentre os homens, primícias
para ‘Alaha’ e para o Cordeiro.

4 “Os que com mulheres não se contaminaram”, o texto não define


o significado dessa expressão, ele pode ser literal (eles eram
virgens: ‫)ܒܬܘܠ‬, ou num sentido místico, nesse caso as mulheres
aqui podem significar falsas religiões, ou falsos ensinamentos.
‫“ ܐܬܛܘܫܘ‬tornaram-se imundos” hetipaal de ‫ ܛܘܫ‬ver 3:4.
‫“ ܐܙܕܒܢܘ‬foram comprados” afel plural de ‫“ ܙܕܒܢ‬comprar”.
‫ ܪܫܝܬܐ‬ver 3:14.

‫( ܕܒܦܘܡܗܘܢ ܠ ܐܫܬܟܚܬ ܕܓܠܘܬܐ‬14:5)


‫ܕܠ ܡܘܡ ܓܝܪ ܐܢܘܢ ܀‬

5 que nas suas bocas jamais se achou engano; pois são sem defeito.

5 ‫“ ܐܫܬܟܚܬ‬foi encontrado” hetipaal de ‫ ܫܟܚ‬ver 2:2.


‫“ܓܠܘܬܐ‬falsidade”, nome def. da raiz ‫ܓܠ‬ver 2:2.
‫“ ܠ ܡܘܡ‬sem defeito”, esse termo era utilizado para se referir
aos animais que deviam ser ofertados “sem defeito”, o termo
ocorre algumas poucas vezes no Novo Testamento.
‫ܐܚܪܢܐ ܡܠܟܐ ܕܦܪܚ ܡܨܥܬ ܫܡܝܐ‬ ݈ ‫( ܘܚܙܝܬ‬14:6)
‫ܘܗܝ ܣܒܪܬܐ ܕܠܥܠܡ ܠܡܣܒܪܘ‬
݈ ‫ܘܐܝܬ ܠܗ ܥܠ‬
‫ܥܠ ܝܬܒܝ ܐܪܥܐ ܘܥܠ ܟܠ ܥܡ ܘܐܡܘܢ ܘܫܪܒܢ ܘܠܫܢ‬

6 E vi outro Mala’kha’ que voava pelo meio dos Sh’may’, e


possuía sobre si a Mensagem que é para além, para proclamar aos
habitantes da Terra e a todo povo, com nação, tribo, e idioma,

6 ‫ܣܒܪܬܐ‬ “mensagem”, “notícia” nome def. da raiz ‫ܤܒܪ‬


“declarar”, “proclamar”, “anunciar”, assim como o livro de
Mateus, esse termo não é transliterado como “evangelho”, assim
como em muitas passagens da Peshitta, o que demonstra que essa
passagem conserva bastante da originalidade do texto sírio e não
do grego. ‫“ ܠܡܣܒܪܘ‬a proclamar” infinitivo pael de ‫ ܤܒܪ‬ver
acima. ‫“ ܝܬܒܝ ܐܪܥܐ‬habitantes da terra”, o termo está no
construto. ‫ ܐܡܘܢ‬ver 7:9. ‫ ܫܪܒܢ‬ver 7:4. As construções distintas
do grego em referência aos povos podem indicar que o texto
original não possuísse vários termos, entretanto não há como
determinar isso.

‫( ܠܡܐܡܪ ܒܩܠ ܪܒܐ ܕܚܠܘ ܡܢ ܐܠܗܐ ܘܗܒܘ ܠܗ‬14:7)


‫ܬܫܒܘܚܬܐ ܡܛܠ ܕܐܬܬ ܫܥܬܐ ܕܕܝܢܗ ܘܣܓܘܕܘ‬
‫ܠܕܥܒܕ ܫܡܝܐ ܘܐܪܥܐ ܘܝܡܐ ܘܥܝܢܬܐ ܕܡܝܐ ܀‬

7 ao dizer com grande voz: “Temei ‘Alaha’, e dai a ele louvor;


porque é chegada a hora do seu juízo; e prostrai-vos ao que fez os
Sh’may’, a Terra, o mar, e a fontes das águas.
7 ‫ܕܚܠܘ‬ “temei” imperativo plural de ‫ܕܚܠ‬ ver 11:11. ‫ܐܬܬ‬
“veio”, “chegou”. ‫“ ܣܓܘܕܘ‬prostrai”, “inclinai” imperativo plural
de ‫ ܤܓܕ‬ver 11:1.

‫ܐܚܪܢܐ ܕܬܪܝܢ ܢܩܝܦ ݈ܗܘܐ ܠܗ ܘܐܡܪ‬


݈ ‫( ܘ‬14:8)
‫ܢܦܠܬ ܢܦܠܬ ܒܒܝܠ ܪܒܬܐ‬
‫ܐܝܕܐ ܕܡܢ ܚܡܬܐ ܕܙܢܝܘܬܗ ܐܫܩܝܬ ܠܟܠܗܘܢ ܥ ݈ܡܡܐ ∙∙ ܀‬

8 E outro, que era o segundo o seguia, e dizia: “Caiu, caiu a


grande Bavil! Aquela que da ira da sua prostituição deu a beber a
todos os povos!

8 ‫ܢܩܝܦ ݈ܗܘܐ‬ “seguia” ver 6:8. ‫ܒܒܝܠ‬ “Bavil”, “Babel”,


“Babilônia”, o tema deste versículo apenas é desenvolvido a partir
do capítulo 17. Bavil (Babel ou Babilônia) nas Escrituras era
sempre uma referência ao pecado e à rebeldia, a expressão aqui é
comum nos profetas (Is 21:9, Jr 51:8). O texto sírio nesta passagem
não possui o termo “vinho”, mas apenas “ira da sua prostituição”, a
passagem paralela de Jr 51:7 sugere o termo “vinho”. No
manuscrito existem dois pontos que sugerem uma exclamação na
passagem.

‫ܐܚܪܢܐ ܡܠܟܐ ܕܬܠܬܐ ܢܩܦ ܠܗܘܢ‬ ݈ ‫( ܘ‬14:9)


‫ܠܡܐܡܪ ܒܩܠ ܪܒܐ ܐܝܢܐ ܕܣܓܕ ܠܚܝܘܬܐ‬
‫ܘܗܝ‬
݈ ‫ܘܠܨܠܡܗ ܘܫܩܠ ܪܘܫܡܗ ܒܝܬ ܥܝܢ‬
9 E outro Mala’kha’, que era o terceiro, os seguiu dizendo com
grande voz: “Aquele que se prostrou ao animal, e à sua imagem, e
recebeu a sua marca entre os olhos,

9 ‫ܢܩܦ‬ literalmente: “saiu”, “foi”. ‫ܪܘܫܡܗ‬ “sua marca”, ver


13:16.

‫( ܐܦ ܗܘ ܢܫܬܐ ܡܢ ܚܡܪܐ ܕܚܡܬܗ ܕܡܪܝܐ‬14:10)


‫ܕܡܙܝܓ ܕܠ ܚܠܛܐ ܒܟܣܐ ܕܪܘܓܙܗ‬
‫ܘܢܫܬܢܩ ܒܢܘܪܐ ܘܟܒܪܝܬܐ ܩܕܡ ܡܠܟܐ ܩܕܝܫܐ ܘܩܕܡ ܐܡܪܐ‬

10 ele também beberá do vinho da ira de Mar’ya’, que é diluído


sem mistura, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e
enxofre diante dos mala’chi’ separados e diante do Cordeiro.

10 ‫“ ܢܫܬܐ‬beberá” imperfeito singular de ‫“ ܫܬܐ‬beber”. ‫ܚܡܪܐ‬


ver 6:6. Quanto à questão do vinho da ira, ver acima. O termo
“Mar’ya’” é próprio do manuscrito, enquanto o texto grego possui
“Deus” (‘Alaha’). ‫ܡܙܝܓ ܕܠ ܚܠܛܐ‬ “diluído do não
misturado”, refere-se à prática de preparar o vinho puro, sem
acréscimo de água. ‫“ ܟܣܐ ܕܪܘܓܙܗ‬cálice da sua ira”, quanto ao
cálice da ira ver acima. ‫“ ܢܫܬܢܩ‬será atormentado”.

‫( ܘܬܢܢܐ ܕܬܫܢܝܩܗܘܢ ܠܥܠܡ ܥܠܡܝܢ ܢܣܩ‬14:11)


‫ܘܠܝܬ ܠܗܘܢ ܢܦܐܫܐ ܐܝܡܡܐ ܘܠܠܝܐ ܐܝܠܝܢ ܕܣܓܕܝܢ‬
‫ܠܚܝܘܬܐ ܘܠܨܠܡܗ ܘܠܡܢ ܕܫܩܠ ܪܘܫܡܐ ܕܫܡܗ‬
11 A fumaça do tormento deles para além eternamente sobe; e
não têm descanso dia nem e noite os que se prostram ao animal, à
sua imagem, e aquele que recebe a marca do seu nome.

11 ‫ܢܣܩ‬ “sobe”, peal singular. ‫ܢܦܐܫܐ‬ “pausa”, “descanso”,


“repouso”, ocorre apenas aqui e em Fl 2:28.

‫( ܗܪܟܐ ܐܝܬܝܗ ܡܣܝܒܪܢܘܬܐ ܕܩܕܝܫܐ‬14:12)


‫ܘܗܝ ܕܐܠܗܐ ܘܗܝܡܢܘܬܗ ܕܝܫܘܥ ܀‬݈ ‫ܐܝܠܝܢ ܕܢܛܪܘ ܦܘܩܕܢ‬

12 Aqui está a paciência das pessoas separadas, aqueles que


guardam os mandamentos de ‘Alaha’ e a fidelidade de Yisho’”.

12 ‫“ ܢܛܪܘ‬guardam” plural perfeito de ‫ ܢܛܪ‬ver 1:3.

‫( ܘܫܡܥܬ ܩܠ ܡܢ ܫܡܝܐ ܕܐܡܪ ܟܬܘܒ‬14:13)


‫ܛܘܒܝܗܘܢ ܠܡܝܬܐ ܐܝܠܝܢ ܕܥܢܕܘ ܒܡܪܢ ܡܢ ܗܫܐ‬
‫ܐܝܢ ܐܡܪ ܪܘܚܐ ܡܛܠ ܕܢܬܬܢܝܚܘܢ ܡܢ ܥܡܠܝܗܘܢ ܀‬

13 E ouvi uma voz dos Sh’may’, que dizia: “Escreve: Benditos os


mortos, os que partiram no Maran desde agora”. “Sim” – diz a
Rokha’ – “para que estejam descansando das suas obras”.

13 ‫ܥܢܕܘ‬ “partiram”, termo sem muito paralelo com a versão


grega deste livro, porém o termo possui paralelo com outras
passagens, como 2Co 6:8, a ideia de partir indica uma existência
pós morte em um reino celestial. ‫ܢܬܬܢܝܚܘܢ‬ ver 6:11.
‫“ ܥܡܠܝܗܘܢ‬seus labores”.
‫( ܘܗܐ ܥܢܢܐ ܚܘܪܬܐ ܘܥܠ ܥܢܢܐ ܝܬܒ‬14:14)
‫ܕܡܘܬܐ ܕܒܪܢܫܐ ܘܐܝܬ ܠܗ ܥܠ ܪܫܗ ܟܠܝܠ ܕܕܗܒܐ‬
‫ܘܥܠ ܐܝܕܗ ܡܓܠܬܐ ܚܪܝܦܬܐ‬

14 E e eis uma nuvem branca, e sobre a nuvem sentado um que


era semelhante a filho de homem, e possuía sobre a sua cabeça
uma coroa de ouro, e sobre a mão uma foice branca.

14 ‫ܚܘܪܬܐ‬ ver 6:11. Aqui o termo “filho de homem” não


necessariamente refere-se a Yisho’, que usava esse título para si
mesmo, mas é um termo genérico, ou seja, a pessoa sentada na
nuvem parecia um homem. ‫“ ܡܓܠܬܐ‬foice” nome def., da raiz
‫ܡܓܠ‬ “foice”, siríaco: “magal”, hebraico: ‫מגל‬ “magal”. O
manuscrito possui ‫“ ܡܓܠܬܐ ܚܘܪܬܐ‬foice branca”, mas as
edições alteraram para ‫“ ܡܓܠܬܐ ܚܪܝܦܬܐ‬foice afiada”.

‫ܐܚܪܢܐ ܡܠܟܐ ܢܦܩ ܡܢ ܗܝܟܠ ܘܩܥܐ ܒܩܠ ܪܒܐ‬


݈ ‫( ܘ‬14:15)
‫ܠܕܝܬܒ ܥܠ ܥܢܢܐ ܫܕܪ ܡܓܠܬܟ ܘܚܨܘܕ‬
‫ܡܛܠ ܕܐܬܬ ܫܥܬܐ ܠܡܚܨܕ‬

15 E outro Mala’kha’ saiu do Templo, e clamou com grande voz


ao que estava sentado sobre a nuvem: “Lança a tua foice e colhe,
porque veio a hora da colheita”.

15 ‫ܚܨܘܕ‬ “colhe”, “ajunta”, da raiz ‫ܚܨܕ‬ “colher”. ‫ܡܚܨܕ‬


“colheita”, particípio de ‫ܚܨܕ‬. O texto Crawford omite “porque a
seara da terra está madura”.
‫( ܘܐܪܡܝ ܗܘ ܕܝܬܒ ܥܠ ܥܢܢܐ ܡܓܠܬܗ ܥܠ ܐܪܥܐ‬14:16)
‫ܘܐܬܚܨܕܬ ܐܪܥܐ ܀‬

16 E aquele que estava sentado sobre a nuvem lançou a sua foice


sobre a Terra, e a Terra foi colhida.

16 Muitos comentaristas procuram dar sentido a essa passagem,


porém ela permanece enigmática, o que de fato significa “colher os
frutos da terra”? Aparentemente aqui esses frutos significam algum
tipo de semente que foi plantada pelo próprio ‘Alaha’, mas o texto
não diz isso de forma clara.

‫ܐܚܪܢܐ ܡܠܟܐ ܢܦܩ ܡܢ ܗܝܟܠ ܕܒܫܡܝܐ‬


݈ ‫( ܘ‬14:17)
‫ܘܗܝ ܐܝܬ ܡܓܠܬܐ ܚܪܝܦܬܐ‬
݈ ‫ܘܥܠ‬

17 E outro Mala’kha’ saiu do Templo que está nos Sh’may’, e


sobre ele havia uma foice afiada.

17 Quanto ao conceito doTemplo celestial, ver 11:19. ‫ܡܓܠܬܐ‬


ver 14:14.

‫ܐܚܪܢܐ ܡܠܟܐ ܢܦܩ ܡܢ ܡܕܒܚܐ‬݈ ‫( ܘ‬14:18)


‫ܕܐܝܬ ܠܗ ܫܘܠܛܢܐ ܥܠ ܢܘܪܐ ܘܩܥܐ ܒܩܠ ܪܒܐ‬
‫ܠܕܐܝܬ ܠܗ ܡܓܠܬܐ ܚܪܝܦܬܐ ܫܕܪ ܐ ݈ܢܬ ܡܓܠܬܟ ܚܪܝܦܬܐ‬
‫ܘܗܝ‬
݈ ‫ܘܩܛܘܦ ܠܣܓܘܠ ܕܟܪܡܗ ܕܐܪܥܐ ܡܛܠ ܕܪܒܝ ܥܢܒ‬

18 E outro Mala’kha’ saiu do altar, que tinha autoridade sobre o


fogo, e clamou com alta voz ao que tinha a foice afiada: “Lança a
tua foice afiada, e ajunta os cachos de uva do carmo da Terra,
porque maduras estão as suas uvas”.

18 ‫ܡܕܒܚܐ‬ ver 6:10, tanto o altar de incenso como o de


sacrifícios se usava fogo, mas é provável que o altar aqui seja o de
incenso. ‫“ ܩܛܘܦ‬ajunta”, “recolhe” imperativo singular de ‫ܩܛܦ‬
“ajuntar”. ‫“ ܣܓܘܠ‬cachos”, “cachos de uva” plural def.
‫“ ܟܪܡܗ ܕܐܪܥܐ‬carmo da Terra”, “vinha da Terra”, é difícil
determinar o significado deste termo, normalmente a videira é um
símbolo do povo de ‘Alaha’, mas o termo “sangue” no v. 20 cria
um paradoxo na passagem.

‫( ܘܐܪܡܝ ܡܠܟܐ ܡܓܠܬܗ ܥܠ ܐܪܥܐ ܘܩܛܦ‬14:19)


‫ܠܟܪܡܗ ܕܐܪܥܐ ܘܐܪܡܝ ܒܡܥܨܪܬܐ‬
‫ܪܒܬܐ ܕܚܡܬܗ ܕܐܠܗܐ‬

19 E o Mala’kha’ lançou a sua foice sobre a Terra, e ajuntou do


carmo da Terra, e lançou-as no lagar da grande ira de ‘Alaha’.

19‫“ ܡܥܨܪܬܐ‬prensa de uvas”, “lagar”, nome fem. def. da raiz


‫“ ܥܨܪ‬prensar”.

‫( ܘܐܬܬܕܝܫܬ ܡܥܨܪܬܐ ܠܒܪ ܡܢ ܡܕܝ ݈ܢܬܐ‬14:20)


‫ܘܢܦܩ ܕܡܐ ܡܢ ܡܥܨܪܬܐ ܥܕܡܐ ܠܦܓܘܕܐ ܕܪܟܫܐ‬
‫ܥܠ ܐܠܦ ܘܡܐܬܝܢ ܐܣܛܕܘܢ ܀‬

20 E saiu sangue do lagar até as rédeas dos cavalos, sobre mil e


duzentos estádios.
20 O texto sírio omite “e pisou fora da cidade”. ‫ܦܓܘܕܐ ܕܪܟܫܐ‬
“rédeas dos cavalos”, textos judaicos que descrevem grandes
matanças sempre exageram quanto a isso, rios de sangue que
carregam animais, querendo assim dizer que houve um genocídio,
e seria aqui a referência, o texto grego ainda é mais claro ao dizer
que esse genocídio seria na terra de Israel, que possui 1600
estádios, segundo a ótica antiga, porém o texto sírio possui “1200
estádios”, retirando esse ponto de vista.

15
‫ܐܚܪܬܐ ܐܬܐ ܒܫܡܝܐ ܪܒܬܐ‬ ݈ ‫( ܘܚܙܝܬ‬15:1)
‫ܘܬܡܝܗܬܐ ܡܠܟܐ ܕܐܝܬ ܥܠܝܗܘܢ ܡܚܘܬܐ‬
‫ܐܚܪܝܬܐ ܕܒܗܝܢ ܐܫܬܡܠܝܬ ܚܡܬܗ ܕܐܠܗܐ ܀‬݈ ‫ܫܒܥ‬

1 E vi outro sinal nos Sh’may’, que era maior e admirável: os


Mala’khi’ que havia sobre eles as sete últimas pragas; que por elas
é consumada a ira de ‘Alaha’.

1 ‫“ ܬܡܝܗܬܐ‬admirável”, “maravilhoso”, “glorioso”, particípio


de ‫“ ܬܡܗ‬maravilhar-se”. ‫ܐܚܪܝܬܐ‬ ݈ “última”, “extrema”.
‫“ ܐܫܬܡܠܝܬ‬cumpre-se”, “conclui-se”, heshtafal.

‫( ܘܚܙܝܬ ܐܝܟ ܝܡܐ ܕܙܓܘܓܝܬܐ ܕܦܬܝܟܐ ܒܢܘܪܐ‬15:2)


‫ܘܠܕܙܟܘ ܡܢ ܚܝܘܬܐ ܘܡܢ ܨܠܡܗ ܘܡܢ ܡܢܝܢܐ ܕܫܡܗ‬
‫ܕܩܝܡܝܢ ܠܥܠ ܡܢ ܝܡܐ ܕܙܓܘܓܝܬܐ‬
‫ܘܗܝ ܕܐܠܗܐ‬
݈ ‫ܘܐܝܬ ܥܠܝܗܘܢ ܩܝܬܪ‬
2 E vi como que um mar de vidro que está misturado com fogo; e
os que sobrepujaram o animal e a sua imagem e o número do seu
nome, que estavam em pé por sobre o mar de vidro, e possuíam
cítaras de ‘Alaha’.

2 ‫ ܙܓܘܓܝܬܐ‬ver 4:6. ‫“ ܕܦܬܝܟܐ‬que está misturado’, a ideia


aqui é de um vidro que está sendo moldado pelo fogo,
confeccionando algo, é difícil determinar o sentido dessa
referência.

‫( ܘܡܫܒܚܝܢ ܬܫܒܘܚܬܐ ܕܡܘܫܐ ܥܒܕܗ ܕܐܠܗܐ‬15:3)


‫ܘܬܫܒܘܚܬܐ ܕܐܡܪܐ ܘܐܡܪܝܢ ܪܘܪܒܝܢ ܘܬܡܝܗܝܢ ܥܒܕܝܟ‬
‫ܡܪܝܐ ܐܠܗܐ ܐܚܝܕ ܟܠ ܟܐܢܝܢ ܘܫܪܝܪܝܢ ܥܒܕܝܟ‬
‫ܡܠܟܐ ܕܥܠܡܐ‬

3 E louvavam o louvor de Moshi’ (Moisés), servo de ‘Alaha’, e o


louvor do Cordeiro, e diziam: “Grandes e admiráveis são as tuas
obras, ó Mar’ya’ ‘Alaha’, apreende tudo; justas e verdadeiras são
as tuas obras, Rei do Universo.

3 ‫ܡܘܫܐ‬ “Moshi’”, “Moisés”, hebraico: “Mosheh”,


aparentemente o cântico aqui se refere à travessia do mar em Ex
15, a referência também indica uma adesão à Lei (Torá), e revela
uma influência judaica desta passagem. ‫“ ܪܘܪܒܝܢ‬grandes”, plural
absoluto, a versão poliglota possui este termo e o seguinte def.
‫ܬܡܝܗܝܢ‬ “admiráveis”, “maravilhosas” plural absoluto. ‫ܟܐܢܝܢ‬
“justos”, “retos”, plural absoluto. ‫ܫܪܝܪܝܢ‬ “verdadeiros”, plural
absoluto. Um escriba posterior corrigiu o segundo termo “obras”
por “caminhos”, coincidindo com o texto grego.
‫( ܡܢ ܠ ܢܕܚܠ ܠܟ ܡܪܝܐ ܘܢܫܒܚ ܠܫܡܟ‬15:4)
‫ܡܛܠ ܕܐ ݈ܢܬ ݈ܗܘ ܒܠܚܘܕ ܚܣܝܐ ܡܛܠ ܕܟܠܗܘܢ ܥ ݈ܡܡܐ ܢܐܬܘܢ‬
‫ܘܢܣܓܕܘܢ ܩܕܡܝܟ ܡܛܠ ܕܬܪܝܨ ܐ ݈ܢܬ ܀‬

4 Quem não te temerá, Mar’ya’, e não louvará o teu Nome?


Porque tu somente és puro; porque todos os povos virão e se
prostrarão diante de ti, porque és reto”.

4 ‫ܚܣܝܐ‬ “inocente”, “puro”, nome def. ‫ܡܛܠ ܕܬܪܝܨ ܐ ݈ܢܬ‬


“porque és reto”, essa estrutura não se sustenta pelo texto grego,
que possui um sentido diferente.

‫( ܘܡܢ ܒܬܪ ܗܠܝܢ ܚܙܝܬ‬15:5)


‫ܘܐܬܦܬܚ ܗܝܟܠ ܕܡܫܟܢܐ ܕܣܗܕܘܬܐ ܒܫܡܝܐ‬

5 E depois destas coisas olhei, e abriu-se o Templo do Mashk’na’


do Testemunho nos Sh’may’;

5 o termo “Templo do Mashk’na’ do Testemunho” é uma


referência ao “Mashk’na do tempo apontado/designado”, que é
referido no livro de Êxodo, o termo ‫ ܡܫܟܢܐ‬significa literalmente
“habitação”, referia-se à habitação do próprio Mar’ya’ (YHWH) no
meio do seu povo, simbolizado por uma tenda armada no deserto, e
posteriormente pelo Templo (‫)ܗܝܟܠ‬. Por sua vez, o termo
‫“ ܕܣܗܕܘܬܐ‬do Testemunho” aparece pela primeira vez em Nm
1:50, e referia-se ao local onde habitava o “testemunho”, ou seja,
as tábuas da Lei contendo os mandamentos, que estavam
depositados na arca da aliança (também chamada de arca do
testemunho), que ficava por trás do véu do “Santo dos Santos”, e
também simbolizava o Trono de Mar’ya’; o local era acessado
apenas uma vez por ano no dia de Yom Kippur (dia da expiação).
O fato de este local sagrado ficar aberto indica o desenrolar de
questões celestiais muito importantes, sancionadas pelo próprio
‘Alaha’.

‫( ܘܢܦܩܘ ܫܒܥܐ ܡܠܟܝܢ ܡܢ ܗܝܟܠ‬15:6)


‫ܗܢܘܢ ܕܐܝܬ ܥܠܝܗܘܢ ܫܒܥ ܡܚܘܢ ܟܕ ܠܒܝܫܝܢ ܟܬܢܐ ܕܟܝܐ‬
‫ܘܢܗܝܪܐ ܘܐܣܝܪܝܢ ܥܠ ܚܕܝܝܗܘܢ ܐܣܪܐ ܕܕܗܒܐ‬

6 e saíram sete Mala’khin do Templo que tinham sobre si as sete


pragas, enquanto vestiam linho fino e resplandecente, e cingidos
sobre seus peitos com cintos de ouro.

6 Os Mala’khin são como sacerdotes celestiais que ministram no


Templo celestial, assim como os kaheni’ (sacerdotes) da tribo de
Levi oficiavam no Templo terreno. As vestes de linho fino e
resplandecente, com o cinturão de ouro, também eram utilizadas
pelos sacerdotes terrenos, como uma imagem dos celestiais.
‫“ ܢܗܝܪܐ‬resplandecente”. ‫“ ܚܕܝܝܗܘܢ‬seus peitos”, ver 1:13.

‫( ܘܚܕܐ ܡܢ ܐܪܒܥ ܚܝܘܬܐ ܝܗܒܬ ܠܫܒܥܐ ܡܠܟܝܢ‬15:7)


‫ܫܒܥ ܙܒܘܪܝܢ ܕܡܠܝܢ ܚܡܬܗ ܕܐܠܗܐ‬
‫ܘܗܝ ܚܝܐ ܠܥܠܡ ܥܠܡܝܢ ܐܡܝܢ‬
݈ ‫ܕܐܝܬ‬

7 E um dos quatro Seres deu aos sete Mala’khin sete incensários


de ouro, que estavam cheias da ira de ‘Alaha’ que vive para além
eternamente, ‘amin!
7 ‫“ ܙܒܘܪܝܢ‬tigelas”, “pratos”, o termo é utilizado no serviço do
templo, referente às tigelas usadas para fazer libações (Ex 25:29),
referente ao altar de incenso.

‫( ܘܐܬܡܠܝ ܗܝܟܠ ܡܢ ܬܢܢܐ ܕܬܫܒܘܚܬܗ ܕܐܠܗܐ‬15:8)


‫ܘܡܢ ܚܝܠܗ ܘܠܝܬ ܕܡܨܐ ݈ܗܘܐ ܠܡܥܠ ܠܗܝܟܠ‬
‫ܥܕܡܐ ܕܢܫܬܡܠܝܢ ܫܒܥ ܡܚܘܢ ܕܫܒܥܐ ܡܠܟܝܢ ܀‬

8 E se encheu o Templo de fumaça da Majestade de ‘Alaha’ e de


seu Poder; e não havia quem fosse capaz de entrar no Templo, até
que se cumprissem as sete pragas dos sete Mala’khin.

8 ‫ܐܬܡܠܝ‬ “encheu-se”. ‫ܬܢܢܐ‬ “ver 9:2”, a fumaça está


relacionada ao incenso que o sacerdote oferecia no altar, tornando
o local cheio de uma nuvem densa, símbolo da presença de
‘Alaha’. ‫“ ܠܝܬ ܕܡܨܐ ݈ܗܘܐ‬ver 7:9”.

16
‫( ܘܫܡܥܬ ܩܠ ܪܒܐ ܡܢ ܗܝܟܠ ܕܐܡܪ ܠܫܒܥܐ ܡܠܟܝܢ‬16:1)
‫ܙܠܘ ܘܐܫܘܕܘ ܫܒܥ ܙܒܘܪܝܢ ܕܚܡܬܗ ܕܐܠܗܐ ܥܠ ܐܪܥܐ‬

1 E ouvi uma grande voz do Templo, que dizia aos sete Mala’khin:
“Ide e derramai os sete incensários da ira de ‘Alaha’ sobre a Terra.

1 “Templo”, o Templo celestial. ‫“ ܐܫܘܕܘ‬derramai” imperativo


peal plural de ‫“ ܐܫܕ‬derramar”. ‫ ܙܒܘܪܝܢ‬ver 15:7.
‫( ܘܐܙܠ ܩܕܡܝܐ ܘܐܫܕ ܙܒܘܪܗ ܥܠ ܐܪܥܐ‬16:2)
‫ܐܢܫܐ‬ ݈ ‫ܘܗܘܐ ܫܘܚܢܐ ܒܝܫܐ ܘܟܐܒܢܐ ܥܠ‬
‫ܕܐܝܬ ܠܗܘܢ ܪܘܫܡܐ ܕܚܝܘܬܐ ܘܐܝܠܝܢ ܕܣܓܕܝܢ ܠܨܠܡܗ ܀‬

2 E foi o primeiro e derramou o seu incenssário sobre a Terra; e


apareceram úlceras malignas e dolorosas sobre os homens que
possuíam a marca do animal e aqueles que se prostravam à sua
imagem.

2 ‫ܐܫܕ‬ ver acima. ‫ܙܒܘܪܗ‬ ver 15:7, com sufixo. ‫ܫܘܚܢܐ‬


“úlceras”, “bolhas” que espocam e se transformam em úlceras
sobre a pele. ‫“ ܟܐܒܢܐ‬dolorosas”, termo incomum na peshitta.

‫( ܘܡܠܟܐ ܕܬܪܝܢ ܐܫܕ ܙܒܘܪܗ ܒܝܡܐ‬16:3)


‫ܘܗܘܐ ܝܡܐ ܐܝܟ ܡܝܬܐ ܘܟܠ ܢܦܫܐ ܚܝܬܐ ܡܝܬܬ ܒܝܡܐ ܀‬

3 E o segundo Mala’kha’ derramou o seu incensário no mar, e se


tornou o mar morto, e todo ser vivente morreu no mar.

3 O texto Crawford omite “como sangue”, porém a versão


poliglota o possui. Essa praga afirma que todos os seres marítimos
morrerão.

‫( ܘܡܠܟܐ ܕܬܠܬܐ ܐܫܕ ܙܒܘܪܗ ܒܢܗܪܘܬܐ‬16:4)


‫ܘܒܥܝܢܬܐ ܕܡܝܐ ܘܗܘܘ ܕܡܐ‬

4 E o terceiro Mala’kha’ derramou o seu incensário nos rios e nas


fontes das águas, e se tornaram sangue.
4 ‫ ܢܗܪܘܬܐ‬ver 8:10.

‫( ܘܫܡܥܬ ܠܡܠܟܐ ܕܡܝܐ ܕܐܡܪ‬16:5)


‫ܘܗܝ ݈ܗܘܐ ܘܚܣܝܐ ܕܗܠܝܢ ܕܢܬ‬
݈ ‫ܘܗܝ ܘܐܝܬ‬
݈ ‫ܙܕܝܩ ܐ ݈ܢܬ ܗܘ ܕܐܝܬ‬

5 E ouvi o anjo das águas que disse: “Zadiq (Justo) és, o que é e
que era, o Puro; que estas coisas julgaste;

5 Neste verso está claro o pensamento judaico de anjos que


controlam elementos da natureza, e estão a eles vinculados, no caso
aqui às águas. ‫ ܚܣܝܐ‬ver 15:4.‫“ ܕܢܬ‬julgaste”.

‫( ܡܛܠ ܕܕܡܐ ܕܢܒܝܐ ܘܕܩܕܝܫܐ ܐܫܕܘ‬16:6)


‫ܘܕܡܐ ܝ ݈ܗܒܬ ܠܗܘܢ ܠܡܫܬܐ ܫܘܝܢ ܐܢܘܢ‬

6 porque o sangue de nevi’ (profetas) e de qadishi’ (pessoas


separadas) eles derramaram, e sangue deste a eles a beber;
merecedores são”.

6 ‫“ ܠܡܫܬܐ‬por bebida”, nome. ‫ ܫܘܝܢ‬ver 3:4.

‫( ܘܫܡܥܬ ܠܡܕܒܚܐ ܕܐܡܪ ܐܝܢ ܡܪܝܐ ܐܠܗܐ‬16:7)


‫ܐܚܝܕ ܟܠ ܫܪܝܪܝܢ ܘܙܕܝܩܝܢ ܕܝܢܝܟ ܀‬

7 E ouvi o altar, que dizia: “Sim, Mar’ya’ ‘Alaha’ que apreende


tudo, verdadeiros e justos são os teus juízos”.

7 O texto aqui não diz que veio uma voz do altar, mas que o
próprio altar falou.
‫( ܘܡܠܟܐ ܕܐܪܒܥܐ ܐܫܕ ܙܒܘܪܗ ܥܠ ܫܡܫܐ‬16:8)
‫ܘܐܬܝܗܒ ܠܗ ܕܢܚܡ ܠܒܢܝܢܫܐ ܒܢܘܪܐ‬

8 E o Mala’kha’ que era o quarto derramou o seu incensário


sobre o sol, e foi dado a ele que abrasasse os filhos dos homens
com grande calor.

8 ‫ܢܚܡ‬ “abrasasse” imperfeito singular, da raiz ‫ܚܡ‬ “calor”,


siríaco: “cham”, hebraico: ‫“ חם‬cham”.

‫( ܘܐܬܚܡܡܘ ܒܢܝܢܫܐ ܒܚܘܡܐ ܪܒܐ‬16:9)


‫ܘܓܕܦܘ ܠܫܡܐ ܕܐܠܗܐ ܕܐܝܬ ܠܗ ܫܘܠܛܢܐ‬
‫ܥܠ ܡܚܘܬܐ ܗܠܝܢ ܘܠ ܬܒܘ ܠܡܬܠ ܠܗ ܬܫܒܘܚܬܐ ܀‬

9 E blasfemaram o Nome de ‘Alaha’, que tem autoridade sobre


estas pragas; e não “retornaram” para dar a ele o louvor.

9 O manuscrito omite toda a frase “E os filhos dos homens foram


abrasados” e conjuga o termo “grande calor” com o fim do v. 8;
porém as edições acrescentam ao texto. ‫“ ܐܬܚܡܡܘ‬foram
abrasados” hitipiel plural de ‫ ܚܡ‬ver acima. ‫“ ܚܘܡܐ‬calor”, nome
def., ver acima. ‫“ܓܕܦܘ‬blasfemaram”.

‫( ܘܡܠܟܐ ܕܚܡܫܐ ܐܫܕ ܙܒܘܪܗ‬16:10)


‫ܥܠ ܟܘܪܣܝܗ ܕܚܝܘܬܐ ܘܗܘܬ ܡܠܟܘܬܗ ܚܫܘܟܬܐ‬
‫ܘܡܠܥܣܝܢ ݈ܗܘܘ ܠܫܢܝܗܘܢ ܡܢ ܟܐܒܐ‬
10 E o quinto Mala’kha’ derramou o seu incensário sobre o trono
do animal, e tornou-se o seu reino tenebroso; e os homens mordiam
as suas línguas de dor.

10 Este verso no manuscrito é prefixado com um ponto, talvez


algum tipo de leitura litúrgica antiga que começava desta
passagem. ‫“ ܚܫܘܟܬܐ‬tenebroso”, “local tenebroso”.
‫“ ܡܠܥܣܝܢ ݈ܗܘܘ‬estavam comendo”, “mastigando”, “morendo”.
‫“ ܠܫܢܝܗܘܢ‬suas línguas”. ‫“ ܟܐܒܐ‬dor”, “sofrimento”,
“enfermidade”, da raiz ‫“ ܟܐܒ‬sofrer”, siríaco: “ke’v”, hebraico:
‫“ כאב‬ke’ev” (Jó 2:13).

‫( ܘܓܕܦܘ ܠܫܡܐ ܕܐܠܗܐ ܕܫܡܝܐ‬16:11)


‫ܡܢ ܟܐܒܝܗܘܢ ܘܡܢ ܫܘܚܢܝܗܘܢ ܘܠ ܬܒܘ ܡܢ ܥܒܕܝܗܘܢ ܀‬

11 E blasfemaram o Nome do ‘Alaha’ dos Sh’may’, por causa


das suas dores, e por causa das suas úlceras; e não retornaram das
suas obras.

11 “o Nome do”, ausente dos manuscritos gregos. ‫ܟܐܒܝܗܘܢ‬


“suas dores”, termo ‫ ܟܐܒ‬com sufixo plural. ‫“ ܫܘܚܢܝܗܘܢ‬suas
úlceras”, ver 16:2.

‫( ܘܡܠܟܐ ܕܫܬܐ ܐܫܕ ܙܒܘܪܗ ܥܠ ܢܗܪܐ ܪܒܐ ܦܪܬ‬16:12)


‫ܘܗܝ ܕܬܬܛܝܒ ܐܘܪܚܐ ܕܡܠܟܐ ܡܢ ܡܕܢܚܝ ܫܡܫܐ‬
݈ ‫ܘܝܒܫܘ ܡ‬
12 E o Mala’kha’ que era o sexto derramou o seu incensário
sobre o grande rio Eufrates; e secaram as suas águas, para que se
preparasse o caminho dos reis que vêm do levante do sol.

12 ‫ܦܪܬ‬ ver 9:14. ‫ܝܒܫܘ‬ “secaram”, aparentemente a previsão


aqui é literal, um evento no qual o rio Eufrates deixará de existir.
‫ܬܬܛܝܒ‬ “se preparasse”, hetipaal imperfeito. ‫ܐܘܪܚܐ‬
“caminho”, nome def. ‫ܡܕܢܚܝ ܫܡܫܐ‬ “levante do sol”, mesma
expressão no texto grego. A expressão aqui se refere aos povos ao
oriente de Israel, mas devido à referência do Eufrates, pode se
referir desde os diversos povos da Pérsia, China, Mongólia até o
Japão.

‫( ܘܚܙܝܬ ܡܢ ܦܘܡܗ ܕܬܢܝܢܐ ܘܡܢ ܦܘܡܗ ܕܚܝܘܬܐ‬16:13)


‫ܘܡܢ ܦܘܡܗ ܕܢܒܝܐ ܕܓܠ ܪܘܚܐ ܬܠܬ ܠ ܕܟܝܬܐ‬
‫ܐܝܟ ܐܘܪܕܥܐ‬

13 E vi da boca do dragão, e da boca do animal, e da boca do


falso profeta, três rochi’ (espíritos) não puras, como rãs.

13 ‫ܢܒܝܐ ܕܓܠ‬ “profeta da falsidade”, “falso profeta”, esse


personagem aparece na narrativa pela primeira vez aqui, alguns
comentaristas o associam com o animal narrado no capítulo 13 que
seduz o mundo para a adoração da imagem do primeiro animal.
‫“ ܠ ܕܟܝܬܐ‬não puros”, espíritos imundos, demônios, esse termo
apenas aparece na Peshitta, a versão poliglota possui um termo
diferente aqui. ‫ܐܘܪܕܥܐ‬ “rãs”, nome plural def., um animal
imundo, portanto usado para se referir a algo imundo, perverso.
‫( ܐܝܬܝܗܝܢ ܓܝܪ ܪܘܚܐ ܕܫܐܕܐ‬16:14)
‫ܐܝܠܝܢ ܕܥܒܕܢ ܐܬܘܬܐ ܕܐܙ ݈ܠܢ ܥܠ ܡܠܟܐ ܕܬܐܒܝܠ‬
‫ܠܡܟܢܫܘ ܐܢܘܢ ܠܩܪܒܐ ܕܝܘܡܐ ܗܘ ܪܒܐ ܕܐܠܗܐ ܐܚܝܕ ܟܠ‬

14 Pois são rochi’ de shi’di’, as que operam sinais; que vão ao


encontro dos reis do mundo, para congregá-los para a batalha do
grande dia de ‘Alaha’ que tudo possui.

14 ‫“ ܫܐܕܐ‬shi’dhi” nome plural de ‫“ ܫܐܕܐ‬shi’dha”, “espírito


mal”, “demônio”, hebraico: ‫“ שדים‬shedim” (Dt 32:17), existem
muitas explicações sobre origem deste termo, alguns afirmam que
o termo tem origem em certos montes com formatos de seios
femininos (shadh), nos quais ocorriam cerimônias idólatras, o
termo ‘El Shadday possui raiz nesse termo, o termo Shad (ou Sad)
refere-se a certas paisagens do campo aberto, pequenos montes,
etc. Outros entendem que o termo possui raiz na expressão “shodh”
que significa “roubo”, “saque”, “pilhagem”.

‫( ܗܐ ܐܬܐ ܐܝܟ ܓܢܒܐ‬16:15)


‫ܘܗܝ‬
݈ ‫ܘܗܝ ܠܗܘ ܕܥܝܪ ܘܢܛܪ ܡܐܢ‬
݈ ‫ܛܘܒ‬
‫ܕܠ ܥܪܛܠ ܢܗܠܟ ܘܢܚܙܘܢ ܒܗܬܬܗ‬

15 – Eis que venho como ladrão. Bendito aquele que vigia, e


guarda as suas vestes, para que não ande nu, e vejam a sua
vergonha –

15 ‫ܓܢܒܐ‬ ver 3:3. Se um ladrão roubasse as vestes de uma


pessoa o obrigaria (pelo menos nos tempos antigos) a se expor, por
isso a analogia. ‫ ܥܪܛܠ‬ver 3:18. ‫“ ܢܚܙܘܢ‬vejam”, “verão”,
imperfeito plural. ‫“ ܒܗܬܬܗ‬sua vergonha”, “suas partes íntimas”.

‫( ܘܢܟܢܫ ܐܢܘܢ ܠܬܪܐ ܕܡܬܩܪܐ ܥܒܪܐܝܬ ܡܓܕܘ ܀‬16:16)


16 E os congregaram no lugar que se chama em hebraico Magdo.

16 ‫ܡܓܕܘ‬ “Magdo”, curiosamente o termo não está aqui na


forma usual hebraica do texto massorético, mas na forma síria de
pronunciar este termo, porém talvez seja apenas uma questão de
tradição de pronúncia, pois o texto grego translitera o termo
hebraico como Magdo. O termo foi corrompido em português
como “Armagedon”, que se tornou sinônimo de eventos
apocalípticos. Esse local na antiguidade tem sido muito usado por
exércitos devido à sua posição estratégica.

‫( ܘܡܠܟܐ ܕܫܒܥܐ ܐܫܕ ܙܒܘܪܗ ܒܐܐܪ‬16:17)


‫ܘܢܦܩ ܩܠ ܪܒܐ ܡܢ ܗܝܟܠ ܡܢ ܩܕܡ ܟܘܪܣܝܐ ܕܐܡܪ ܗܘܐ‬

17 O sétimo Mala’kha’ derramou o seu incensário no ar; e saiu


uma grande voz do Templo de diante do Trono, que dizia: (...)

17 Aquilo que a voz dizia é omitido pelo manuscrito, a versão


grega possui “Está feito!”. Sem dúvidas a antiga versão desse livro
possuía uma frase mais extensa nesta passagem, mas por algum
motivo foi excluída das versões cristãs, ou ainda a frase que foi
dita seja um dos textos posteriores e toda a narrativa intermediária
seja um enxerto.

‫( ܘܗܘܘ ܒܪܩܐ ܘܪܥܡܐ ܘܢܘܕܐ ܗܘܐ ܪܒܐ ܕܐܟܘܬܗ‬16:18)


‫ܠ ܗܘܐ ܡܢ ܕܗܘܘ ܒܢܝܢܫܐ ܥܠ ܐܪܥܐ‬
‫ܕܐܝܟ ܗܢܐ ܙܘܥܐ ܗܟܢܐ ܪܒ ݈ܗܘܐ‬

18 E houve relâmpagos, trovões; e houve um grande terremoto,


qual nunca houvera desde que os filhos dos homens existiram
sobre a Terra, como foi este grande terremoto;

18 O episódio narrado nesta passagem é um grande cataclisma, a


narrativa fala de uma tragédia de proporções inimagináveis. O
texto do Crawford omite “vozes”. ‫“ ܐܟܘܬܗ‬como ele”,
“semelhante a ele”. ‫ܙܘܥܐ‬ ver 11:13; o termo “terremoto”, neste
versículo, é escrito de duas formas diferentes.

‫( ܘܗܘܬ ܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܪܒܬܐ ܠܬܠܬ ܡܢܘܢ‬16:19)


‫ܘܡܕܝܢܬܐ ܕܥ ݈ܡܡܐ ܢܦܠܝ ܘܒܒܝܠ ܪܒܬܐ ܐܬܕܟܪܬ ܩܕܡ ܐܠܗܐ‬
‫ܠܡܬܠ ܠܗ ܟܣܐ ܕܚܡܪܐ ܕܚܡܬܗ ܘܕܪܘܓܙܗ‬

19 e sucedeu que a grande cidade tornou-se três partes, e as


cidades dos povos caíram; e a grande Bavil foi lembrada diante de
‘Alaha’, para dar a ela o cálice do vinho do furor e da sua ira.

19 ‫ܡܢܘܢ‬ “partes”, “porções”. ‫ܒܒܝܠ‬ ver 14:8. ‫ܐܬܕܟܪܬ‬ “foi


lembrada” passivo. ‫ܕܚܡܪܐ‬ ‫“ ܟܣܐ‬cálice”, “taça de vinho”.

‫( ܘܟܠ ܓܙܪܬܐ ܥܪܩܬ ܘܛܘܪܐ ܠ ܐܫܬܟܚܘ‬16:20)

20 E toda ilha fugiu, e os montes não foram encontrados.


20 O cataclisma é tão grande que altera toda a geo-forma do
planeta. ‫ܥܪܩܬ‬ ver 12:6. ‫ܐܫܬܟܚܘ‬ “foram encontrados”,
“achados”.

‫( ܘܒܪܕܐ ܪܒܐ ܐܝܟ ܟܟܪܐ ܢܚܬ ܡܢ ܫܡܝܐ ܥܠ ܒܢܝܢܫܐ‬16:21)


‫ܘܓܕܦܘ ܒܢܝܢܫܐ ܠܠܗܐ ܥܠ ܡܚܘܬܐ ܕܒܪܕܐ‬
‫ܡܛܠ ܕܪܒܐ ݈ܗܝ ܡܚܘܬܗ ܛܒ ܀‬

21 E uma grande saraivada como um peso que desce dos Sh’may’


sobre os filhos dos homens; e os filhos dos homens blasfemaram
de ‘Alaha’ por causa da praga da saraivada; porque a sua praga era
muito grande.

21 ‫ܐܝܟ ܟܟܪܐ‬ “como kak’ra”, “como talento”, a versão


poliglota possui “como o ato de pesar algo”, a ideia e o sentido
aqui não é o do tamanho de pedras que caem do céu, mas a
similaridade com um peso que cai.

17

‫( ܘܐܬܐ ܚܕ ܡܢ ܫܒܥܐ ܡܠܟܐ‬17:1)


‫ܕܐܝܬ ܥܠܝܗܘܢ ܫܒܥ ܙܒܘܪܝܢ ܘܡܠܠ ܥܡܝ ܠܡܐܡܪ‬
‫ܬܐ ܒܬܪܝ ܐܚܘܝܟ ܕܝܢܐ ܕܙܢܝܬܐ ܕܝܬܒܐ ܥܠ ܡܝܐ ܣܓܝܐܐ‬
1 E veio um dos sete mala’khi’ que carregavam os sete incensários,
e falou comigo, dizendo: “Vem após mim, mostrar-te-ei o
julgamento da prostituta que está sentada sobre muitas águas;

1 É difícil determinar até que ponto este capítulo é uma criação


cristã ou não, a homogeneidade que existe no texto e a falta de
sincronia que ele possui com o restante do texto demonstra que
talvez todo o capítulo seja um acréscimo, ou ainda os textos que o
circundam não sejam originais. Seja como for, o quebra-cabeça
desses textos é de difícil solução. ‫ܬܐ ܒܬܪܝ‬ “vem após mim”,
“segue-me”. ‫ܐܚܘܝܟ‬ “mostrar-te-ei”. ‫ܕܝܢܐ‬ “juízo”,
“julgamento”, “tribunal”, “sentença”, aqui o sentido de
“condenação”, siríaco: “dina’”, hebraico: ‫דין‬ “din”. ‫ܙܢܝܬܐ‬
“prostituta”, def., da raiz ‫“ ܙܢܐ‬prostituir”, “fornicar”.

‫( ܕܥܡܗ ܙܢܝܘ ܡܠܟܝܗ ܕܐܪܥܐ‬17:2)


‫ܘܪܘܝܘ ܟܠܗܘܢ ܥܡܘܪܝܗ ܕܐܪܥܐ ܡܢ ܚܡܪܐ ܕܙܢܝܘܬܗ‬

2 com a qual se prostituíram os reis da Terra; e se embriagaram


todos os habitantes da Terra com o vinho da sua prostituição.

2 ‫ܙܢܝܘ‬ “prostituíram-se”, plural, da raiz ‫ܙܢܐ‬ (veja acima). ‫ܪܘܝܘ‬


“embriagaram-se”.

‫( ܘܐܦܩܢܝ ܠܚܘܪܒܐ ܒܪܘܚ‬17:3)


‫ܘܚܙܝܬ ܐ ݈ܢܬܬܐ ܕܝܬܒܐ ܥܠ ܚܝܘܬܐ ܣܘܡܩܬܐ‬
‫ܕܡܠܝܐ ܫܡܗܐ ܕܓܘܕܦܐ‬
‫ܕܐܝܬ ܠܗ ܪܫܐ ܫܒܥܐ ܩܪܢܬܐ ܕܝܢ ܥܣܪ‬
3 E me fez sair ao deserto em roch (espírito); e vi uma mulher
montada sobre o animal escarlate, que estava cheia de nomes de
blasfêmia, que possuía sete cabeças, porém dez chifres.

3 ‫ܐܦܩܢܝ‬ “me fez sair”. Neste episódio o espírito da pessoa é


levado ao deserto para ter uma visão. ‫ܣܘܡܩܬܐ‬ ver 6:4.
Aparentemente o texto se refere a um animal descrito num texto
anterior, porém tanto o dragão do capítulo 12 como o animal do
capítulo 13 possuem essas características. Em relação à mulher, o
livro cita uma mulher que é perseguida pelo dragão e que se refere
ao povo fiel, obviamente aqui a mulher prostituta se refere a um
povo infiel e que estava conectado ao reino do animal.

‫( ܘܐ ݈ܢܬܬܐ ܐܝܬ ݈ܗܘܐ ܕܡܥܛܦܐ ܐܪܓܘܢܐ‬17:4)


‫ܘܙܚܘܪܝܬܐ ܕܡܕܗܒܢ ܒܕܗܒܐ ܘܟܐܦܐ ܛܒܬܐ ܘܡܪܓܢܝܬܐ‬
‫ܘܐܝܬ ܠܗ ܟܣܐ ܕܕܗܒܐ ܥܠ ܐܝܕܗ‬
‫ܘܡܠ ܛܡܐܘܬܐ ܘܣܘܝܒܐ ܕܙܢܝܘܬܗ‬

4 E a mulher era a que estava vestida de vestes púrpuras e de


escarlata que eram adornadas com ouro, pedras preciosas e pérolas;
e possuía o cálice de ouro sobre sua mão, e cheio de imundícias e
impureza da sua prostituição;

4 ‫ܡܥܛܦܐ‬ “vestida”, “trajada”. ‫ܐܪܓܘܢܐ‬ “púrpuras”, nome


plural def. de ‫ܐܪܓܘܢܐ‬ “púrpura”, cor usada pela realeza, sua
menção aqui indica que o povo infiel estaria envolvido com a
realeza deste mundo, que aqui é simbolizada pelo animal que a
prostituta monta. ‫“ ܙܚܘܪܝܬܐ‬escarlate”, esse termo se refere mais
a vestimentas enquanto ‫ܣܘܡܩܬܐ‬ refere-se mais à tonalidade
natural de um objeto e por isso se aplica à cor do animal. ‫ܡܕܗܒܢ‬
“adornadas” com ouro, pedras preciosas, etc, ou seja, a roupa
possuía adereços dourados e de outros itens preciosos que a
enfeitavam, tudo isso passa ao leitor a ideia de opulência e riqueza.
‫ܟܐܦܐ‬ “pedras”, nome plural def. ‫ܛܒܬܐ‬ “boas”, ou seja,
“preciosas”. ‫ܡܪܓܢܝܬܐ‬ “pérolas”, nome plural fem. def.
‫ܛܡܐܘܬܐ‬ “imundícias” (o termo no manuscrito possui duas
letras trocadas, mas é um erro do copista), nome plural fem. def.,
esse termo se refere a coisas que a Torá (Lei) determina como
coisas imundas, ou seja, o povo infiel descrito aqui não possuía
respeito pela Lei. ‫“ ܣܘܝܒܐ‬poluição”, “impureza”, termo raro na
peshitta, porém refere-se a coisas que a lei proíbe (o termo aparece
em 2Mc 6:5), assim o que o autor quer passar com esta passagem é
que o povo infiel, representado pela mulher, não guardava e não
obedecia a Lei (Torá).

‫ܐܪܙܐ‬݈ ‫( ܘܥܠ ܒܝܬ ܥܝܢܝܗ ܟܬܝܒ‬17:5)


‫ܒܒܝܠ ܪܒܬܐ ܐܡܐ ܕܙܢܝܬܐ ܘܕܣܘܝܒܝܗ ܕܐܪܥܐ‬

5 e entre os seus olhos estava escrito um mistério: “Grande Bavil,


mãe das prostitutas e das impurezas da terra”.

5 ‫ܒܝܬ ܥܝܢܝܗ‬ “entre os seus olhos”, esse termo era usado para
se referir ao tefilim (caixa que possui textos da Torá/Lei) que eram
postos sobre a testa, como sinal da obediência à Lei; esse jogo de
termos era uma indicação aos leitores que a mulher se referia a um
povo que havia trocado a Lei pela desobediência. Alguns textos
colocam na testa da mulher o nome “mistério”, entretanto o termo
‫ܐܪܙܐ‬
݈ (ver 1:20) refere-se ao enigma que estava escrito. ‫ܒܒܝܠ‬
ver 14:8. ‫ܙܢܝܬܐ‬ “prostitutas”. ‫ܣܘܝܒܝܗ‬ ver acima (aqui com
sufixo), ela é mãe da impureza, ou seja, daquilo que é contra a Lei,
levando as prostitutas (povos infiéis) a abandonarem a Lei.

‫( ܘܚܙܝܬ ܐ ݈ܢܬܬܐ ܕܪܘܝܐ ܡܢ ܕܡܐ ܕܩܕܝܫܐ‬17:6)


‫ܘܗܝ ܕܝܫܘܥ ܘܐܬܕܡܪܬ ܕܘܡܪܐ ܪܒܐ‬
݈ ‫ܘܡܢ ܕܡܐ ܕܣܗܕ‬
‫ܟܕ ܚܙܝܬܗ‬

6 E vi a mulher embriagada com o sangue das pessoas separadas


e com o sangue das testemunhas de Yisho’. E fiquei admirado com
grande admiração quando a vi.

6 ‫ܪܘܝܐ‬ “embriagada”. ‫ܘܗܝ ܕܝܫܘܥ‬


݈ ‫“ ܣܗܕ‬testemunhas de
Yisho’”, ver 12:17. ‫“ ܐܬܕܡܪܬ‬fiquei admirado”. ‫ܕܘܡܪܐ‬
“admiração”, “espanto”, nome def. A prostituta (povo infiel) fazia
com que os povos praticassem aquilo que era contrário à Lei, e
ainda perseguia e matava as testemunhas de Yisho’. Sabe-se que
tal campanha foi movida pelo imperador romano Constantino e os
bispos católicos que a ele se reuniram, abandonando a prática da
Lei e adotando uma política de perseguição àqueles que não
aceitavam tais medidas Conforme o relato de Eutico, patriarca de
Constantinopla (Patrologia Grega Volume 111, p. 1012), em uma
reunião privada entre o Imperador Constantino e o Patriarca Paulo
de Constantinopla foi traçado um plano para assassinar os
seguidores de Yisho’. Conforme o patriarca esse acontecimento se
deu por volta do trigésimo ano do reinado do imperador, ou seja,
em 336 e.C. um ano antes de sua morte, seis anos após a fundação
da capital de seu império: “ele ordenou: que nenhum judeu de
Jerusalém vivesse dentro dela ou passasse por ela. Ele ordenou a
morte a todos que diziam respeito a não terem abraçado a religião
cristã, assim o nome de Cristo professado das nações entre os
judeus são muitos, obtido a partir de diversos cristianismos. O
imperador Constantino foi informado que os judeus com a morte
de Cristo professavam essa religião, mas ao mesmo tempo
conservavam sua própria religião. Então perguntou Constantino:
Como saberemos com certeza? Paulo patriarca de Constantinopla
respondeu: A carne de porco é proibida pela Lei, por isso os judeus
não comem, oferece para matar o porco e faça cozê-los, que esta
seita come o que é fornecido; pois se não come, o encontrará
apegado ao judaísmo”. (op. cit, p. 1012). O imperador Constantino
interroga o patriarca se tal solução poderia afetar outros cristãos, o
que ele de pronto respondeu: “Nosso Senhor Cristo ab-rogou tudo
que estava na Lei, temos uma nova lei melhor no evangelho. Ele
disse no evangelho sagrado: Tudo que entra pela boca do homem
não polui, que é o que nós comemos, mas o homem se contamina
com tudo o que sai da boca, a loucura da infidelidade, e outras
coisas. Foi também o que Paulo o apóstolo na primeira carta aos
habitantes da cidade de Corinto: A comida é para o ventre e o
ventre para a comida, Deus aboliu a ambos. Está escrito em Atos
dos Apóstolos, o apóstolo Pedro, o príncipe, quando foi à cidade de
Jope, na casa de um homem curtidor chamado Simon, e subiu para
orar à hora sexta, ele adormeceu e viu o céu aberto, e um grande
lençol descendo, até que chegou ao solo da Terra, no qual estavam
quadrúpedes e feras, repteis, aves do céu, e uma voz que dizia:
Levanta Pedro, mata e come”. O patriarca com isso queria dizer
que cristãos não seguem a Lei, e que tais indivíduos não poderiam
ser considerados cristãos. “Em seguida, o imperador ordenou matar
porcos, e cozinhar sua carne em pedaços cortados, e as portas da
igreja em todo o Reino, determinou o domingo de Páscoa, todo
mundo fora da igreja, um pedaço de carne de porco como presente,
e todo aquele que não comia, era punido com a morte, assim uma
grande multidão de homens foram mortos”. Esta perseguição foi
apenas uma de muitas que sucederam ao longo da história.

‫( ܘܐܡܪ ܠܝ ܡܠܟܐ ܠܡܢܐ ܐܬܕܡܪܬ‬17:7)


‫ܐܢܐ ܠܟ ܪܐܙܐ ܕܐ ݈ܢܬܬܐ ܘܕܚܝܘܬܐ ܕܛܥܝܢܐ ܠܗ‬
݈ ‫ܐܢܐ ܐܡܪ‬
‫ܕܐܝܬ ܠܗ ܫܒܥܐ ܪܫܝܢ ܘܥܣܪ ܩܪܢܢ‬

7 E me disse o Mala’kha’: “Por que estás tão admirado? Eu te


direi o mistério da mulher, e da besta que a leva, a qual tem sete
cabeças e dez chifres.

7 ‫ܐܬܕܡܪܬ‬ “estás admirado” hetipaal, o verbo indica que ele


havia ficado muito admirado com a visão. ‫ܪܐܙܐ‬ ver 17:5.
‫“ ܕܛܥܝܢܐ ܠܗ‬que a carrega”.

‫( ܚܝܘܬܐ ܕܚܙܝܬ ܐܝܬܝܗ ݈ܗܘܬ ܘܠܝܬܝܗ ܥܬܝܕܐ‬17:8)


‫ܕܬܣܩ ܡܢ ܝܡܐ ܘܠܒܕܢܐ ܐܙ ݈ܠ ܘܢܬܕܡܪܘܢ ܥܡܪܝ ܥܠ‬
‫ܐܪܥܐ ܗܢܘܢ ܕܠ ܟܬܝܒܝܢ ܫܡܗܝܗܘܢ ܒܣܦܪܐ ܕܚܝܐ‬
‫ܡܢ ܬܪܡܝܬܗ ܕܥܠܡܐ ܕܚܙܝܢ ܚܝܘܬܐ‬
‫ܕܐܝܬܝܗ ݈ܗܘܬ ܘܠܝܬܝܗ ܘܩܪܒܬ‬

8 O animal que vistes é e não é; o que está destinado a subir do


mar, e à perdição há de ir; e se admirarão os que habitam sobre a
Terra, os cujos nomes não estão escritos no Livro da Vida desde a
fundação do mundo, quando virem o animal que é e não é, e
aproxima.

8 “é e não é” uma paródia com o epíteto dado à divindade, assim


como ‘Alaha’ é o que é, era e há de vir, este animal (que se
assemelha ao dragão) é o oposto da divindade. ‫ܬܣܩ‬ “subir” do
mar, ou seja, o animal descrito aqui é aquele revelado em 11:7 e no
‫“ ܐܒܕܢܐ‬destruição”, “perdição”. ‫“ ܐܙ ݈ܠ‬há
texto do capítulo 13
de ir”. ‫“ ܢܬܕܡܪܘܢ‬admirar-se-ão”, plural imperfeito. ‫ ܟܬܝܒܝܢ‬ver
13:8. ‫“ ܫܡܗܝܗܘܢ‬seus nomes”. ‫“ ܩܪܒܬ‬aproxima”, “vem”.

‫( ܗܪܟܐ ܗܘܢܐ ܠܕܐܝܬ ܠܗ ܚܟܡܬܐ‬17:9)


‫ܫܒܥܐ ܪܫܝܢ ܫܒܥܐ ܐܢܘܢ ܛܘܪܝܢ‬
‫ܐܝܟܐ ܕܝܬܒܐ ܐ ݈ܢܬܬܐ ܥܠܝܗܘܢ‬

9 Aqui está a mente que tem sabedoria: sete cabeças são sete
montes, como as que a mulher assenta;

9 Evidente que aqui o texto se refere à cidade de Roma, a qual


estava construída sobre sete colinas. Houve uma perseguição brutal
do império romano contra os cristãos primitivos, sejam eles de
quais seitas fossem.

‫ܘܗܝ‬
݈ ‫( ܘܡܠܟܐ ܫܒܥܐ ܐܢܘܢ ܚܡܫܐ ܢܦܠܘ ܘܚܕ ܐܝܬ‬17:10)
‫ܐܚܪܢܐ ܠ ܥܕܟܝܠ ܐܬܐ ܘܡܐ ܕܐܬܐ ܩܠܝܠ ܝܗܝܒ ܠܗ‬ ݈ ‫ܗܘ‬
‫ܠܡܟܬܪܘ‬
10 e os reis são sete: cinco caíram; um existe; o outro ainda não
veio; e quando vier pouco tempo será dado a ele, para permanecer.

10 A maioria dos comentaristas associam esses reis aos


imperadores romanos após Augusto, porém é difícil determinar o
significado disto. Normalmente nesses tipos de profecias esses reis
não necessariamente são homens, mas domínios reais, podendo
significar sete períodos de reinos ou sete regiões de domínio.
‫ܥܕܟܝܠ‬ “ainda”, junção dos termos ‫ܥܕ‬ “até” ‫ܟܝܠ‬ “agora”.‫ܩܠܝܠ‬
ver 3:4, aqui usado como advérbio de tempo. ‫ܡܟܬܪܘ‬
“permanecer”, “continuar”.

‫( ܘܬܢܝܢܐ ܘܚܝܘܬܐ ܗܝ ܕܐܝܬܝܗ ܘܠܝܬܝܗ‬17:11)


‫ܘܗܝ ܕܬܡܢܝܐ ܘܡܢ ܫܒܥܐ ݈ܗܝ ܘܠܒܕܢܐ ܐܙ ݈ܠ‬

11 E o dragão e o animal que é e não é, e é o oitavo rei e dos sete


é, e à perdição irá.

11 “E o dragão”, único manuscrito a possuir essa expressão,


alguns acreditam que um copista tenha anotado o termo “dragão”
para identificar o animal com o dragão do capítulo 12, e
posteriormente isso tenha feito parte do texto. O texto é bem
confuso, ele afirma que o próprio animal seria um oitavo rei, mas
ele também era um dos sete reis descritos no verso anterior.

‫( ܘܥܣܪ ܩܪܢܢ ܕܚܙܝܬ ܥܣܪܐ ܡܠܟܝܢ ܐܢܘܢ‬17:12)


‫ܐܝܠܝܢ ܕܡܠܟܘܬܐ ܠ ܥܕܟܝܠ ܢܣܒܘ‬
‫ܐܠ ܫܘܠܛܢܐ ܐܝܟ ܡܠܟܐ ܚܕܐ ܫܥܬܐ ܫܩܠܝܢ ܥܡ ܚܝܘܬܐ‬
12 Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não
receberam reino, mas autoridade como reis uma hora recebem,
com o animal.

12 ‫ ܥܕܟܝܠ‬ver acima. ‫“ ܫܩܠܝܢ‬recebem”, plural absoluto.

‫( ܗܠܝܢ ܚܕ ܨܒܝܢܐ ܐܝܬ ܠܗܘܢ‬17:13)


‫ܘܚܝܠ ܘܫܘܠܛܢܐ ܕܝܠܗܘܢ ܠܚܝܘܬܐ ܝܗܒܝܢ‬

13 Estes possuem um desejo, e darão o poder e a autoridade deles


ao animal.

13 ‫ܨܒܝܢܐ‬ “desejo”, “ânsia”, “querer”. O texto aparentemente


diz que dez reis reinarão ao mesmo tempo por um curto período,
tendo o propósito de entregar o reino ao oitavo rei, isto é, o próprio
animal, que era um dos sete, como um rei que renasce.

‫( ܗܠܝܢ ܥܡ ܐܡܪܐ ܢܩܪܒܘܢ ܘܐܡܪܐ ܢܙܟܐ ܐܢܘܢ‬17:14)


‫ܡܛܠ ܕܡܪܐ ܗܘ ܕܡܪܘܬܐ ܘܡܠܟ ܡܠܟܐ‬
‫ܘܕܥܡܗ ܩܪܝܐ ܘܓܒܝܐ ܘܡܗܝܡܢܐ‬

14 Estes guerrearão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá,


porque dos senhores é quem domina e o rei dos reis; e os que estão
com ele, os chamados, eleitos, e fiéis.

14 ‫ܢܩܪܒܘܢ‬ “guerrearão”, “combaterão”, “lutarão”, plural


imperfeito.

‫( ܘܐܡܪ ܠܝ ܡܝܐ ܕܚܙܝܬ ܕܥܠܝܗܘܢ ܝܬܒܐ ܙܢܝܬܐ‬17:15)


‫ܥ ݈ܡܡܐ ܘܟܢܫܐ ܘܐܡܘܬܐ ܘܠܫܢܐ ܐܝܬܝܗܘܢ‬

15 E disse a mim: “As águas que tu viste, sobre as quais assenta a


prostituta, são povos, multidões, nações e línguas.

‫( ܘܥܣܪ ܩܪܢܬܐ ܕܚܙܝܬ ܠܚܝܘܬܐ ܗܠܝܢ ܢܣܢܝܢ ܠܙܢܝܬܐ‬17:16)


‫ܘܚܪܒܬܐ ܘܥܪܛܠܝܬܐ ܢܥܒܕܘܢܗ ܘܒܣܪܗ ܢܐܟܠܘܢ‬
‫ܘܢܘܩܕܘܢܗ ܒܢܘܪܐ‬

16 E os dez chifres que viste no animal, estes odiarão a prostituta


e desolada e nua a tornarão, e sua carne comerão, e a queimarão no
fogo.

16 Os dez reis odiarão a prostitiuta, ou seja, odiarão o povo infiel


que abandonou a Lei, e o destruirão. ‫“ ܢܣܢܝܢ‬odiarão”, o termo
original no manuscrito é ‫ܢܤܥܢܢ‬ mas é corrigido nas edições.
‫ܚܪܒܬܐ‬ “desolada”, “desértica”, “arruinada”. ‫“ ܥܪܛܠܝܬܐ‬nua”,
“desnuda”, “sem roupa”, as roupas da prostituta no início do
capítulo são descritas com opulência, isso significa que esses
poderes políticos irão despojar o poder religioso de sua antiga
majestade. ‫“ ܒܣܪܗ‬sua carne”. ‫“ ܢܐܟܠܘܢ‬comerão” plural
imperfeito. ‫“ ܢܘܩܕܘܢܗ‬a queimarão”. Após ser despojada, a
prostituta será totalmente consumida.

‫( ܐܠܗܐ ܓܝܪ ܝܗܒ ܒܠܒܘܬܗܘܢ ܕܢܥܒܕܘܢ ܨܒܝܢܗ‬17:17)


‫ܘܢܥܒܕܘܢ ܨܒܝܢܗܘܢ ܚܕ ܘܢܬܠܘܢ ܡܠܟܘܬܗܘܢ ܠܚܝܘܬܐ‬
‫ܘܗܝ ܕܐܠܗܐ‬
݈ ‫ܗܝ ܥܕܡܐ ܕܢܫܬܡܠܝܢ ܡܠ‬
17 Pois ‘Alaha’ pôs nos seus corações o executarem o desejo
dele, e farão o desejo deles de acordo, e darão o reino deles ao
animal, até que se cumpram as palavras de ‘Alaha’.

‫( ܘܐ ݈ܢܬܬܐ ܐܝܕܐ ܕܚܙܝܬ ܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܪܒܬܐ‬17:18)


‫ܐܝܕܐ ܕܐܝܬ ܠܗ ܡܠܟܘܬܐ ܥܠ ܡܠܟܝܗ ܕܐܪܥܐ ܀‬
18 E a mulher que viste é a grande cidade, a que possui o Reino
sobre os reis da Terra”.

18 A cidade aqui, sem dúvidas, é Roma.

18
‫ܐܚܪܢܐ ܡܠܟܐ‬݈ ‫( ܘܡܢ ܒܬܪ ܗܠܝܢ ܚܙܝܬ‬18:1)
‫ܕܢܚܬ ܡܢ ܫܡܝܐ ܕܐܝܬ ܠܗ ܫܘܠܛܢܐ ܪܒܐ‬
‫ܘܐܪܥܐ ܢܗܪܬ ܡܢ ܬܫܒܘܚܬܗ‬

1 E depois destas coisas, eu vi outro Mala’kha’ que descia dos


Sh’may’, que tinha grande autoridade, e a Terra brilhou com a sua
majestade.

1 Alguns mala’khi’ (anjos) são descritos com grande majestade,


denotando uma proximidade com a fonte divina; estas passagens
demonstram uma doutrina de emanações a partir da divindade.
‫ܢܗܪܬ‬ “brilhou” peal fem. perfeito. A presença deste Mala’kha’
era tão intensa que iluminou a Terra, assim como o sol.
‫( ܘܩܥܐ ܒܩܠ ܪܒܐ ܢܦܠܬ ܢܦܠܬ ܒܒܝܠ ܪܒܬܐ‬18:2)
‫ܘܗܘܬ ܡܥܡܪܐ ܠܫܐܕܐ ܘܢܛܘܪܬܐ ܠܟܠ ܪܘܚܐ ܠ ܕܟܝܬܐ‬
‫ܘܣܢܝܬܐ‬

2 E ele clamou com grande voz: “Caiu, caiu a grande Bavil, e se


tornou morada para shi’dhi’, e a prisão para todas as rochi’
(espíritos) impuras e detestáveis.

2 ‫ܡܥܡܪܐ‬ “morada”, “habitação”, nome def., termo pouco usual


(também em Ef 2:22). ‫ ܫܐܕܐ‬ver 16:14. ‫“ ܢܛܘܪܬܐ‬vigilância”,
“cuidado”, “manutenção”, aqui o sentido pode ser da guarda de
uma prisão, ou ainda da vigilância que certos animais fazem em
seus covis. ‫ܕܟܝܬܐ‬ ‫ ܪܘܚܐ ܠ‬ver 16:13. O texto Crawford omite a
frase “e prisão de todo tipo de besta impura e prisão de todo tipo de
ave impura”, essa omissão também é atestada com algumas
variantes em manuscritos bizantinos e alexandrinos, o que
demonstra que manuscritos antigos não possuíam esta frase ou
porções dela. ‫“ ܣܢܝܬܐ‬detestáveis”.

‫( ܡܛܠ ܕܡܢ ܚܡܪܐ ܕܙܢܝܘܬܗ ܡܙܓܬ ܠܟܠܗܘܢ ܥ ݈ܡܡܐ‬18:3)


‫ܘܡܠܟܝܗ ܕܐܪܥܐ ܥܡܗ ܙܢܝܘ‬
‫ܘܬܓܪܐ ܕܐܪܥܐ ܡܢ ܚܝܠ ܕܫܢܝܗ ܥܬܪܘ ܀‬

3 Porque do vinho da sua prostituição ela diluiu para todos os


povos, e os reis da terra com ela se prostituíram; e os mercadores
da terra do poder de sua insanidade enriqueceram”.
3 ‫“ ܡܙܓܬ‬diluiu”, “misturou”, peal fem. perfeito. Essa expressão
significa que a doutrina pervertida de Bavil (Babel) se espalhou por
todos os povos, contaminando a pureza doutrinária. Essa
contaminação se deu através de alianças políticas e religiosas,
sujeitando os povos vassalos à submissão religiosa. Esse tipo de
união expandiu o mercantilismo, de tal forma que o comércio era
imposto aos povos juntamente com a submissão (ou aceitação)
religiosa, que se expandiu por toda a terra até o seu auge no início
dos tempos modernos. O texto Crawford omite o termo “vinho da
ira” e também o verbo “beberam”, que possui uma série de
variantes em manuscritos gregos e afins ‫“ ܬܓܪܐ‬mercadores”,
“comerciantes”, nome plural def. de ‫“ ܬܓܪܐ‬mercador”, da raiz
‫ܐܓܪ‬ “lucrar”. ‫ܫܢܝܗ‬ “sua insanidade”, “loucura”, “perversão”,
esse termo no grego é “sensualidade” ou “luxúria”. ‫ܥܬܪܘ‬
“enriqueceram”, plural perfeito.

‫ܐܚܪܢܐ ܩܠ ܡܢ ܫܡܝܐ ܕܐܡܪ‬


݈ ‫( ܘܫܡܥܬ‬18:4)
‫ܦܘܩܘ ܡܢ ܓܘܗ ܥܡܝ ܕܠ ܬܫܬܘܬܦܘܢ ܒܚܛܗܝܗ‬
‫ܕܠܡܐ ܬܣܒܘܢ ܡܢ ܡܚܘܬܗ‬

4 E ouvi outra voz dos Sh’may’ que dizia: “Saí dela, povo meu,
para que você não sejais participantes dos seus pecados, para que
não recebais de suas pragas.

4 ‫ܦܘܩܘ‬ “saí”, imperativo plural. ‫ܓܘܗ‬ “dela”, “do seu


interior”. Esse texto faz um paralelo com o retorno dos judeus do
cativeiro babilônico, assim como os judeus perderam sua
identidade em Babilônia (Bavil/Babel), esse novo poder político e
religioso iria minar a pureza espiritual dos primeiros discípulos,
afastando-os do culto verdadeiro; assim, a exortação é a de
abandonar as características desse culto mentiroso. ‫ܬܫܬܘܬܦܘܢ‬
“sejais participantes”. ‫ܚܛܗܝܗ‬ “seus pecados”. ‫ܬܣܒܘܢ‬
“recebais”. ‫“ ܡܚܘܬܗ‬suas pragas”, “feridas”.

‫( ܡܛܠ ܕܕܒܩܘ ܒܗ ܚܛܗܐ ܥܕܡܐ ܠܫܡܝܐ‬18:5)


‫ܘܐܬܕܟܪ ܐܠܗܐ ܥܘܠܝܗ‬

5 Porque nela se acumularam os pecados até os Sh’may’, e


‘Alaha’ se lembrou das suas transgressões.

5 ‫ܕܒܩܘ‬ “ajuntaram”, “aderiram”, acumulando ao ponto de


chegar até os céus. ‫ܚܛܗܐ‬ “pecados”, plural def. ‫ܐܬܕܟܪ‬
“lembrou-se”. ‫ܥܘܠܝܗ‬ “suas iniquidades”, “transgressões”, no
sentido de fazer aquilo que é contrário à Lei.

‫( ܦܘܪܥܘܗ ܐܝܟܢܐ ܕܐܦ ܗܝ ܦܪܥܬ‬18:6)


‫ܘܥܘܦܘ ܠܗ ܐܥܦܐ ܥܠ ܥܒܕܝܗ‬
‫ܒܟܣܐ ܗܘ ܕܡܙܓܬ ܡܙܘܓܘ ܠܗ ܐܥܦܐ‬

6 Tornai a dar a ela como também ela tem dado, e retribuí em


dobro a ela conforme as suas obras; no cálice em que ela diluiu
diluí em dobro a ela,

6 ‫“ ܦܘܪܥܘܗ‬retribui a ela”. ‫“ ܦܪܥܬ‬retribuiu”. ‫“ ܥܘܦܘ‬dai em


dobro”, imperativo plural, da raiz ‫“ ܥܦ‬duplicar”. ‫ܐܥܦܐ‬
“dobro”, “duplicado”, nome masc. def., termo derivado da raiz ‫ܥܦ‬
(ver acima).‫“ ܥܒܕܝܗ‬suas obras”, “atos”, “feitos”. ‫ܡܙܓܬ‬ ver
18:3. ‫“ ܡܙܘܓܘ‬diluí”, imperativo plural.

‫( ܥܠ ܡܕܡ ܕܫܒܚܬ ܢܦܫܗ ܘܐܫܬܥܠܝܬ‬18:7)


‫ܕܐܝܟ ܗܟܢ ܫܘܢܩܐ ܘܐܒܠ ܡܛܠ ܕܒܠܒܗ ܐܡܪܐ‬
‫ܐܢܐ ܡܠܟܬܐ ܘܐܪܡܠܬܐ ܠܝܬܝ ܘܐܒܠ ܠ ܐܚܙܐ‬݈ ‫ܕܝܬܒܐ‬

7 por ter se exaltado tanto e se tornado arrogante que é de tal


forma o tormento e o luto; porque em seu coração disse: ‘Estou
sentada como rainha, e não sou viúva, e luto não verei’.

7 ‫ܫܒܚܬ‬ “louvou”, “exaltou”, pael feminino. ‫ܐܫܬܥܠܝܬ‬


“tornou-se arrogante” heshtafal fem. ‫ܕܐܝܟ ܗܟܢ‬ literalmente:
“que como assim”, aparentemente uma corrupção na tentativa de
traduzir o texto grego τοσοῦτον “é tão grande”. ‫ܫܘܢܩܐ‬
“tormento”, nome def. ‫ܐܒܠ‬ “pranto”, “luto”, “choro”, nome
def. ‫“ ܡܠܟܬܐ‬rainha”, nome fem. def. ‫“ ܐܪܡܠܬܐ‬viuvez”.

‫( ܡܛܠܗܢܐ ܒܚܕ ܝܘܡܐ ܢܐܬܝܢ ܥܠܝܗ ܡܚܘܬܐ ܡܘܬܐ‬18:8)


‫ܘܐܒܠ ܘܟܦܢܐ ܘܒܢܘܪܐ ܬܐܩܕ ܡܛܠ ܕܚܝܠܬܢ ܡܪܝܐ ܕܕܢܗ‬

8 Por isso, num mesmo dia virão sobre ela as pragas: morte, luto,
e fome; e no fogo será queimada; porque o poderoso Mar’ya’ que a
julgou”.

8 ‫ ܟܦܢܐ‬ver 6:8. ‫ ܚܝܠܬܢ‬ver 5:2.


‫( ܘܢܒܟܘܢܗ ܘܢܪܩܕܘܢ ܥܠܝܗ ܡܠܟܝܗ ܕܐܪܥܐ‬18:9)
‫ܗܢܘܢ ܕܙܢܝܘ ܥܡܗ ܘܐܫܬܥܠܝܘ ܡܐ ܕܚܙܝܢ ܬܢܢܐ ܕܝܩܕܢܗ‬

9 E a prantearão e lamentarão por ela os reis da Terra, que com


ela se prostituíram e se tornaram arrogantes, quando virem a
fumaça do seu incêndio;

9 ‫“ ܢܒܟܘܢܗ‬a prantearão”, “chorarão”, plural imperfeito com


sufixo. ‫“ ܢܪܩܕܘܢ‬lamentarão”, plural imperfeito. ‫ܐܫܬܥܠܝܘ‬
“tornaram-se arrogantes”, “soberbos”, heshtafal plural. ‫ܝܩܕܢܗ‬
“sua queima”, “incêndio”.

‫( ܟܕ ܩܝܡܝܢ ܡܢ ܩܒܘܠ ܡܢ ܕܚܠܬܐ ܕܬܫܢܝܩܗ ܘܢܐܡܪܘܢ‬18:10)


‫ܘܝ ܘܝ ܘܝ ܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܪܒܬܐ ܒܒܝܠ ܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܥܫܝܢܬܐ‬
‫ܡܛܠ ܕܒܚܕ ܐܫܥܐ ܐܬܐ ܕܝܢܟܝ‬

10 e, estando postos distante por medo do seu tormento, dirão:


“Ai, ai ai! A grande cidade Bavil, a cidade forte! pois que em uma
hora veio o teu julgamento”.

10 ‫“ ܬܫܢܝܩܗ‬seu tormento”, ver 18:7. O texto sírio possui uma


série de três ais (‫)ܘܝ ܘܝ ܘܝ‬, enquanto o texto grego possui dois
apenas.

‫( ܘܬܓܪܐ ܕܐܪܥܐ ܢܒܟܘܢ ܘܢܬܐܒܠܘܢ ܥܠܝܗ‬18:11)


‫ܘܡܘܒܠܗܘܢ ܠܝܬ ܕܙܒܢ ܬܘܒ‬
11 E os mercadores da terra prantearão e ficarão de luto por ela; e
as suas mercadorias não há mais quem compre:

11 ‫ ܬܓܪܐ‬ver 18:3. ‫ ܢܒܟܘܢ‬ver 18:9. ‫“ ܢܬܐܒܠܘܢ‬ficarão de


luto”. ‫ ܡܘܒܠܗܘܢ‬literalmente: “suas cargas”, ou seja,
“mercadorias”, nome com sufixo plural.

‫( ܡܘܒܠ ܕܕܗܒܐ ܘܕܣܐܡܐ ܘܕܟܐܦܐ ܝܩܝܪܬܐ‬18:12)


‫ܘܕܡܪܓܢܝܬܐ ܘܕܒܘܨܐ ܘܕܐܪܓܘܢܐ ܘܫܐܪܝܐ ܕܙܚܘܪܝܬܐ‬
‫ܘܟܠ ܩܝܣ ܕܒܣܡܐ ܘܟܠ ܡܐܢ ܕܫܢܐ‬
‫ܘܟܠ ܡܐܢ ܕܩܝܣܐ ܝܩܝܪܐ ܘܢܚܫܐ ܘܦܪܙܠ ܘܫܝܫܐ‬

12 mercadorias de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas,


de linho fino, de púrpura, de seda e de escarlata; e toda espécie de
madeira odorífera, e todo utensílio de marfim, e todo utensílio de
madeira preciosa, bronze, ferro e mármore;

12 ‫ ܡܘܒܠ‬ver acima. ‫ ܣܐܡܐ‬ver 9:20. ‫ ܟܐܦܐ‬ver 17:4.


‫“ ܝܩܝܪܬܐ‬preciosas”. ‫ ܡܪܓܢܝܬܐ‬ver 17:4. ‫“ ܒܘܨܐ‬linho
fino”, nome masc. def., siríaco: “bosa’”, hebraico: ‫“ בוץ‬butz”.
‫ ܐܪܓܘܢܐ‬ver 17:4. ‫“ ܫܐܪܝܐ‬seda”, nome def.. ‫ ܙܚܘܪܝܬܐ‬ver
17:4. ‫“ ܩܝܣ‬madeira”, nome, nome def: ‫ ܩܝܣܐ‬. ‫ ܒܣܡܐ‬esse
termo pode indicar um tipo de unguento, óleo ou ainda referir-se a
especiarias, aparentemente o termo está relacionado à madeira
(madeira odorífera), em grego o termo é θύϊνος e se refere à
madeira de cedro importada do norte da África. ‫“ ܫܢܐ‬presa”,
“marfim”, “dente”, nome def. ‫“ ܫܝܫܐ‬mármore”, nome def.
‫( ܘܩܘܢܝܡܘܢ ܘܒܣܡܐ ܘܡܘܪܘܢ ܘܠܒܘܢܬܐ ܘܚܡܪܐ‬18:13)
‫ܘܡܫܚܐ ܘܣܡܝܕܐ ܘܥܪܒܐ ܘܪܟܫܐ ܘܡܪܟܒܬܐ ܘܦܓܪܐ‬
‫ܘܢܦܫܬܐ ܕܒܢܝܢܫܐ‬

13 e canela, especiarias, perfume, incenso, vinho, azeite, flor de


farinha; e ovelhas, cavalos e carros de guerra; e corpos e almas de
filhos dos homens.

13 ‫“ ܩܘܢܝܡܘܢ‬canela”, “cinamomo”, termo único no Novo


Testamento. ‫“ ܡܘܪܘܢ‬perfume”, “unguento”. ‫ܠܒܘܢܬܐ‬
“incenso”, “olíbano”. ‫“ ܣܡܝܕܐ‬flor de farinha”, termo comum no
Tanakh (antigo testamento) para se referir à oferta de alimentos
(minchá). ‫ܥܪܒܐ‬ “ovelhas”, nome plural def. ‫ܦܓܪܐ‬ “corpos”,
nome plural def.

‫( ܘܐܒܟܝ ܪܓܬܐ ܕܢܦܫܟܝ ܐܙܠ ܡܢܟܝ‬18:14)


‫ܘܟܠ ܕܫܡܝܢ ܘܫܒܝܚ ܐܙܠ ܡܢܟܝ ܘܠ ܬܘܒ ܬܚܙܝܢ ܐܢܘܢ‬

14 E os teus frutos desejáveis de teu ser foram-se de ti, e todos os


que amadureceram e são apreciáveis se foram de ti, e nunca mais
os verás,

14 ‫“ ܐܒܟܝ‬teus frutos”, de ‫“ ܐܒܐ‬fruto”. ‫“ ܪܓܬܐ‬desejável”,


“da luxúria”; aparentemente falta uma partícula na frase, que daria
o sentido: “os teus frutos que eram a luxúria de teu ser”. ‫ܢܦܫܟܝ‬
“teu ser”, “alma”, “pessoa”. ‫ܫܡܝܢ‬ “ricos”, “amadurecidos”
(provavelmente aqui), plural absoluto. ‫ܫܒܝܚ‬ “apreciável”,
“louvável”. ‫“ ܬܚܙܝܢ‬verás”, peal perfeito, fem. singular.

‫( ܘܠ ܢܫܟܚܘܢ ܐܢܘܢ ܬܓܪܐ ܕܗܠܝܢ ܕܥܬܪܘ ܡܢܗ‬18:15)


‫ܡܢ ܩܒܘܠ ܢܩܘܡܘܢ ܡܢ ܕܚܠܬܐ ܕܫܘܢܩܗ ܟܕ ܒܟܝܢ ܘܐܒܝܠܝܢ‬

15 e não os encontrarão os mercadores destas coisas, que por ela


enriqueceram, ficarão de longe por medo do tormento dela,
enquanto choram e lamentam,

15 ‫“ ܥܬܪܘ‬enriqueceram”. ‫“ ܫܘܢܩܗ‬seu tormento”, com sufixo,


ver 18:7. ‫“ ܒܟܝܢ‬choram”, plural absoluto. ‫“ ܐܒܝܠܝܢ‬lamentam”,
plural absoluto.

‫( ܘܐܡܪܝܢ ܘܝ ܘܝ ܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܪܒܬܐ ܕܡܥܛܦܐ ܒܘܨܐ‬18:16)


‫ܘܐܪܓܘܢܐ ܘܙܚܘܪܝܬܐ ܕܡܕܗܒܢ ܒܕܗܒܐ ܘܟܐܦܐ ܝܩܝܪܬܐ‬
‫ܘܡܪܓܢܝܬܐ‬

16 e diziam: “Ai, ai! A grande cidade, da que estava vestida de


linho fino, púrpura, e escarlata, e que estava adornada com ouro, e
pedras preciosas, e pérolas!

16 ‫ ܡܥܛܦܐ‬ver 17:4. ‫ ܒܘܨܐ‬ver 18:12. ‫ ܡܕܗܒܢ‬ver 17:4.

‫( ܡܛܠ ܕܒܚܕܐ ܫܥܐ ܐܣܬܪܩ ܥܘܬܪܐ ܕܐܝܟ ܗܢܐ‬18:17)


‫ܘܟܠ ܡܕܒܪܝ ܐܠܦܐ ܘܟܠ ܐܙ ݈ܠܝ ܒܐܠܦܐ ܠܕܘܟܝܬܐ ܘܐܠܦܪܐ‬
‫ܘܟܠ ܕܒܝܡܐ ܦܠܚܝܢ ܡܢ ܪܘܚܩܐ ܩܡܘ‬
17 Porque numa só hora se esgotou uma riqueza como esta!” E
todos os condutores de navios, e todos que navegavam em
embarcações para um destino e todos os marinheiros, e todos os
que no mar trabalham ao longe estavam;

17 ‫ܐܣܬܪܩ‬ “esvaziou”, aqui o sentido de “esgotou”.


‫ܡܕܒܪܝ ܐܠܦܐ‬ “condutores de navios”. ‫“ ܐܠܦܐ‬navios”,
“barcos”, nome plural def. de ‫“ ܐܠܦ‬barco”. ‫“ ܕܘܟܝܬܐ‬lugar”.
‫“ ܐܠܦܪܐ‬marinheiros”, nome plural def. ‫“ ܦܠܚܝܢ‬trabalham”,
plural absoluto.

‫( ܘܒܟܐܘܗ ܟܕ ܚܙܝܢ ܬܢܢܐ ܕܝܩܕܢܗ ܘܐܡܪܝܢ‬18:18)


‫ܡܢ ݈ܗܝ ܕܕܡܝܐ ܠܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܪܒܬܐ‬

18 e a prateavam, enquanto viam a fumaça do seu incêndio, e


diziam: “Qual que se assemelha à grande cidade”?

18 Este capítulo possui uma repetição de termos e expressões,


exagerando o lamento a respeito da cidade.

‫( ܘܐܪܡܝܘ ܥܦܪܐ ܥܠ ܪܝܫܝܗܘܢ ܘܩܥܘ‬18:19)


‫ܟܕ ܒܟܝܢ ܘܐܒܝܠܝܢ ܘܐܡܪܝܢ ܘܝ ܘܝ ܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܪܒܬܐ‬
‫ܐܝܕܐ ܕܒܗ ܥܬܪܘ ܐܝܠܝܢ ܕܐܝܬ ܠܗܘܢ ܐܠܦܐ ܒܝܡܐ‬
‫ܡܢ ܐܝܩܪܗ ܕܒܚܕܐ ܫܥܐ ܚܪܒܬ‬

19 E lançavam pó sobre as suas cabeças, e clamavam, enquanto


choravam e lamentavam, e diziam: “Ai, ai! A grande cidade, na
qual enriqueceram aqueles que possuíam embarcação no mar pelo
seu esplendor! Porque numa só hora foi assolada”.

19 ‫ܐܪܡܝܘ‬ “lançavam”, “arremessavam”. ‫ܥܦܪܐ‬ “pó”,


“poeira”, “cinzas”. A prática de lamentar desta forma era comum
desde os tempos antigos, como atestam as próprias Escrituras.
‫ܪܝܫܝܗܘܢ‬ “suas cabeças”. ‫ܐܠܦܐ‬ ver 18:17. ‫ܚܪܒܬ‬ “assolada”,
“desolada”.

‫( ܐܬܦܨܚܘ ܥܠܝܗ ܫܡܝܐ ܘܩܕܝܫܐ ܘܫܠܝܚܐ ܘܢܒܝܐ‬18:20)


‫ܡܛܠ ܕܕܢ ܐܠܗܐ ܕܝܢܟܘܢ ܡܢܗ ܀‬

20 Tende alegria a respeito dela, ó Sh’may’, e pessoas separadas


e shelichi’ (emissários) e nevi’ (profetas); porque ‘Alaha’ julgou a
vossa causa contra ela.

20 ‫ ܐܬܦܨܚܘ‬ver 12:12. ‫ ܫܠܝܚܐ‬ver 2:2.

‫( ܘܫܩܠ ܚܕ ܡܢ ܡܠܟܐ ܚܝܠܬܢܐ ܟܐܦܐ ܪܒܬܐ‬18:21)


‫ܐܝܟ ܪܚܝܐ ܘܐܪܡܝ ܒܝܡܐ ܘܐܡܪ ܗܟܢܐ ܒܚܐܦܐ ܬܫܬܕܐ‬
‫ܒܒܝܠ ܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܪܒܬܐ ܘܠ ܬܫܟܚ ܬܘܒ‬

21 Um dos mala’khi’ poderosos pegou uma grande pedra como


de moinho, e lançou no mar, e disse: “Assim com ímpeto lançará
Bavil, a grande cidade, e nunca mais achará.

21 ‫“ ܚܝܠܬܢܐ‬poderosos”, plural def. de ‫ ܚܝܠܬܢܐ‬ver 5:2. ‫ܪܚܝܐ‬


“uma pedra de moinho” usada para prensar uvas ou outros grãos,
normalmente movida por animais. O termo‫ ܐܝܟ‬foi adicionado
ao texto pelo copista do manuscrito. ‫“ ܚܐܦܐ‬violência”,
“ímpeto”, “arrojo”. ‫“ ܬܫܬܕܐ‬lançará”. ‫“ ܬܫܟܚ‬encontrará”, os
tempos verbais nesta passagem deveriam estar no tempo passivo.
Compare esse texto com Jeremias 51.

‫( ܘܩܠ ܕܩܝܬܪܐ ܘܕܫܝܦܘܪܐ ܘܕܙܢܝ ܙܡܪܐ ܘܕܡܙܥܘܩܐ‬18:22)


‫ܠ ܢܫܬܡܥ ܒܟܝ ܬܘܒ‬

22 E o som de cítaras, de shofar, e de vários tipos de músicas, e


de trombetas em ti não mais se ouvirá;

22 ‫ܩܝܬܪܐ‬ ver 5:8. ‫ܙܢܝ ܙܡܪܐ‬ “vários salmos”, “músicas”,


“instrumentos musicais”, ver Dn 5:3. ‫ܡܙܥܘܩܐ‬ “trombetas”. O
texto Crawford omite toda a frase “e nenhum artífice de arte
alguma se achará mais em ti; e em ti não mais se ouvirá ruído de
mó”, alguns estudiosos acreditam que o copista grego tenha pulado
do primeiro καὶ no início do texto para o segundo καὶ do final do
texto ou do início do v. 23, omitindo essas duas (ou uma das)
expressões.

‫( ܘܢܘܗܪܐ ܕܫܪܓܐ ܠ ܢܬܚܙܐ ܠܟܝ ܬܘܒ‬18:23)


‫ܘܩܠ ܕܚܬܢܐ ܘܩܠ ܕܟܠܬܐ ܠ ܢܫܬܡܥ ܒܟܝ ܬܘܒ‬
‫ܡܛܠ ܕܬܓܪܝܟܝ ܐܝܬ ݈ܗܘܘ ܪܘܪܒܢܝܗ ܕܐܪܥܐ‬
‫ܡܛܠ ܕܒܚܪܫܝܟܝ ܐܛܥܝܬܝ ܠܟܠܗܘܢ ܥ ݈ܡܡܐ‬
23 e luz de lâmpada não mais será vista em ti, e voz de noivo e de
noiva não mais se ouvirá em ti; porque os teus mercadores eram os
grandes da Terra; porque pelas tuas feitiçarias foram enganados
todos os povos.

‫“ ܢܘܗܪܐ‬luz”, nome masc. def., da raiz ‫“ ܢܗܪ‬brilhar”.


23
‫“ ܫܪܓܐ‬lâmpada”, nome masc. def. ‫“ ܢܬܚܙܐ‬será vista”,
hetipeal masc. (o termo lâmpada é masculino no idioma sírio).
‫“ ܚܬܢܐ‬noivo”, nome masc. def. ‫“ ܟܠܬܐ‬noiva”, nome fem. def.
‫“ ܚܪܫܝܟܝ‬tuas feitiçarias”, “encantamentos”.
(18:24)
‫ܘܒܗ ܐܫܬܟܚ ܕܡܐ ܕܢܒܝܐ ܘܩܕܝܫܐ ܕܩܛܝܠܝܢ ܥܠ ܐܪܥܐ ܀‬

24 E nela se achou o sangue dos nevi’, das pessoas separadas que


foram mortas sobre a terra”.

24 o texto Crawford omite o termo “e de todos”, a menção do


sangue é somente em relação a pessoas separadas, homens justos.
A menção deste derramamento de sangue aparenta ensinar aqui
que a referência não é somente ao império romano, mas algo mais
abrangente e universal.

19
‫( ܘܡܢ ܒܬܪ ܗܠܝܢ ܫܡܥܬ ܩܠ ܪܒܐ ܕܟܢܫܐ ܣܓܝܐܐ‬19:1)
‫ܒܫܡܝܐ ܕܐܡܪܝܢ ܗܠܠܘܝܐ ܦܘܪܩܢܐ ܘܬܫܒܘܚܬܐ ܘܚܝܠ‬
‫ܠܠܗܢ‬
1 E depois destas coisas, ouvi grande voz de muitas multidões nos
Sh’may’, que diziam: “Haleloya’! A salvação, a majestade e o
poder ao seu ‘Alaha’;

1 ‫“ ܗܠܠܘܝܐ‬Haleloya’”, “Aleluia”, transliteração síria do termo


hebraico ‫“ הללויה‬Haleluyá”, que significa “louvai Yá”,
curiosamente esse termo aparece somente em Geliana’
(Apocalipse), dentre os livros do Novo Testamento. O manuscrito
possui “seu ‘Alaha’”, porém as versões modificam para “nosso
‘Alaha’”

‫ܘܗܝ‬
݈ ‫( ܡܛܠ ܕܫܪܝܪܝܢ ܘܟܐܢܝܢ ܕܝܢ‬19:2)
‫ܡܛܠ ܕܕܢ ܠܙܢܝܬܐ ܪܒܬܐ ܐܝܕܐ ܕܚܒܠܬ ܠܪܥܐ ܒܙܢܝܘܬܗ‬
‫ܘܗܝ ܡܢ ܐܝܕܝܗ‬݈ ‫ܘܬܒܥ ܕܡܐ ܕܥܒܕ‬

2 porque verdadeiros e puros são os seus juízos, porque ele julgou


a grande prostituta, a que havia corrompido completamente a Terra
com a sua prostituição, e requereu o sangue de seus servos das suas
mãos”.

2 ‫ܟܐܢܝܢ‬ ver 15:3. ‫ܘܗܝ‬


݈ ‫ܕܝ ܢ‬ “seus juízos”, “julgamentos”. ‫ܚܒܠܬ‬
“ela corrompeu”, pael fem. de ‫ܚܒܠ‬ ver 8:9. ‫ܬ ܒܥ‬ “requereu”,
“vingou”.

‫( ܕܬܪܬܝܢ ܐܡܪܘ ܗܠܠܘܝܐ ܘܬܢܢܗ ܣܠܩ ܠܥܠܡ ܥܠܡܝܢ‬19:3)

3 que diziam novamente: “Haleloya’! E a fumaça dela sobe para


além eternamente”.
3 ‫ ܗܠܠܘܝܐ‬ver 9:1. ‫“ ܬܢܢܗ‬fumaça dela”.

‫( ܘܢܦܠܘ ܥܣܪܝܢ ܘܐܪܒܥܐ ܩܫܝܫܝܢ ܘܐܪܒܥ ܚܝܘܢ‬19:4)


‫ܘܣܓܕܘ ܠܠܗܢ ܕܝܬܒ ܥܠ ܟܘܪܣܝܐ ܘܐܡܪܝܢ ܐܡܝܢ ܗܠܠܘܝܐ‬

4 E se abaixaram os vinte e quatro anciãos e os quatro seres


prostraram-se ao ‘Alaha’ que está sentado sobre o Trono, e diziam:
“’Amin! Haleloya’!”

4 As edições vertem como “nosso ‘Alaha’”, porém o manuscrito


omite o pronome.

‫( ܘܩܠ ܡܢ ܟܘܪܣܝܐ ܕܐܡܪ ܫܒܚܘ ܠܠܗܢ‬19:5)


‫ܘܗܝ ܘܕܚܠܝ ܫܡܗ ܟܠܗܘܢ ܙܥܘܪܐ ܥܡ ܪܘܪܒܐ‬
݈ ‫ܟܠܗܘܢ ܥܒܕ‬

5 E uma voz do Trono, que dizia: “Louvai o nosso ‘Alaha’, todos


os seus servos, e os que temem seu nome, todos os pequenos como
grandes”.

5 “Uma voz do trono”, seria de se esperar que fosse a voz de


‘Alaha’, mas esta voz fala “o nosso ‘Alaha’”. ‫ܫܒܚܘ‬ “louvai”,
imperativo plural.

‫( ܘܫܡܥܬ ܩܠ ܐܝܟ ܕܟܢܫܐ ܣܓܝܐܐ‬19:6)


‫ܘܐܝܟ ܩܠ ܕܡܝܐ ܣܓܝܐܐ ܘܐܝܟ ܩܠ ܕܪܥܡܐ ܚܝܠܬܢܐ‬
‫ܕܐܡܪܝܢ ܗܠܠܘܝܐ ܡܛܠ ܕܐܡܠܟ ܡܪܝܐ ܐܠܗܐ ܐܚܝܕ ܟܠ‬
6 E ouvi uma voz de muitas multidões, e como a voz de muitas
águas, e como a voz de poderosos trovões, que diziam: “Haleloya’!
Porque reina Mar’ya’ [‘Alaha’], o que tudo possui.

6 ‫ܚܝܠܬܢܐ‬ ver 18:21. O termo ‘Alaha’ no manuscrito é uma


interpolação do copista.

‫( ܚܕܝܢܢ ܘܡܬܦܨܚܝܢܢ ܢܬܠ ܠܗ ܬܫܒܘܚܬܐ‬19:7)


‫ܡܛܠ ܕܐܬܬ ܡܫܬܘܬܗ ܕܐܡܪܐ ܘܐ ݈ܢܬܬܗ ܛܝܒܬ ܢܦܫܗ‬

7 Alegremo-nos, e exultemos, demos a ele louvor; porque veio as


bodas do Cordeiro, e a sua mulher preparou a si mesma,

7 ‫ܚܕܝܢܢ‬ “alegremo-nos”. ‫ܡܬܦܨܚܝܢܢ‬ “regozijemos”,


“exultemos”. ‫ܡܫܬܘܬܗ ܕܐܡܪܐ‬ “festa do Cordeiro”, “festa de
bodas do Cordeiro”, uma referência à união mística entre o
Cordeiro (o Messias) e o seu povo. ‫“ ܛܝܒܬ‬preparou”, “aprontou”,
uma referência ao preparo da noiva para o casamento.

‫( ܘܐܬܝܗܒ ܠܗ ܕܬܬܥܛܦ ܒܘܨܐ ܕܟܝܐ ܘܢܗܝܪܐ‬19:8)


‫ܒܘܨܐ ܓܝܪ ܬܪܝܨܬܐ ܐܢܝܢ ܕܩܕܝܫܐ‬

8 e foi dado a ela adornar-se de linho fino puro, resplandecente;


pois o linho fino são as retidões das pessoas separadas.

8 ‫“ ܬܬܥܛܦ‬se vestisse”, hetipaal fem., a ação intensifica denota


um vestido de noiva elaborado. ‫“ ܬܪܝܨܬܐ‬retidões”,
“integridades”, “honestidades”. O povo aqui retratado como uma
“noiva” não era um povo com obras ímpias, mas um povo cheio de
boas obras.

‫( ܘܐܡܪܘ ܠܝ ܟܬܘܒ ܛܘܒܝܗܘܢ ܠܝܠܝܢ ܕܠܚܫܡܝܬܐ‬19:9)


‫ܕܡܫܬܘܬܗ ܕܐܡܪܐ ܐܝܬܝܗܘܢ ܩܪܝܐ ܘܐܡܪ ܠܝ‬
‫ܗܠܝܢ ܡܠ ܕܫܪܝܪܢ ܕܐܠܗܐ ܐܝܬܝܗܝܢ‬

9 E disseram-me: “Escreve: Benditos aqueles que para a ceia das


bodas do Cordeiro são chamados”. E ele disse a mim: “Estas são as
verdadeiras palavras de ‘Alaha’”.

9 ‫“ ܚܫܡܝܬܐ‬ceia”, “jantar”, o jantar servido como em toda festa


de casamento. O manuscrito não possui ‫ ܟܬܘܒ‬porém ‫ ܬܘܒ‬mas
sem dúvidas é um errodo copista.

‫ܘܗܝ ܘܣܓܕܬ ܠܗ ܘܐܡܪ ܠܝ‬


݈ ‫( ܘܢܦܠܬ ܩܕܡ ܪܓܠ‬19:10)
‫ܠ ܟܢܬܟ ܐܝܬܝ ܘܕܐܚܝܟ ܗܠܝܢ ܕܐܝܬ ܠܗܘܢ‬
‫ܣܗܕܘܬܐ ܕܝܫܘܥ ܠܠܗܐ ܣܓܘܕ ܝܬܝܪܐܝܬ‬
‫ܣܗܕܘܬܐ ܓܝܪ ܕܝܫܘܥ ܐܝܬܝܗ ܪܘܚܐ ܕܢܒܝܘܬܐ ܀‬

10 E eu cai diante de seus pés e o reverenciei, e ele me disse:


“Não! Sou teu conservo e de teus irmãos, os que têm o testemunho
de Yisho’; a ‘Alaha’ reverencie especialmente; pois o testemunho
de Yisho’ é a Rokha’ da profecia”.

10 ‫ܣܓܕܬ‬ “reverenciei”, “adorei”, “prostrei-me”, da raiz ‫ܤܓܕ‬


ver 11:1. O termo não necessariamente indica uma adoração, mas
um respeito pela pessoa. ‫ܟܢܬܟ‬ “teu conservo”, “teu
companheiro”. ‫ܐܚܝܟ‬ “teus irmãos”. ‫ܝܬܝܪܐܝܬ‬
“especialmente”, “abundantemente”. Esse texto não fala que
Yochanan (João) cometeu idolatria, mas a respeito da humildade
do anjo.

‫( ܘܚܙܝܬ ܫܡܝܐ ܕܦܬܝܚ ܘܗܐ ܣܘܣܝܐ ܚܘܪܐ‬19:11)


‫ܘܗܝ ܡܬܩܪܐ ܡܗܝܡܢܐ ܘܫܪܝܪܐ‬
݈ ‫ܘܕܝܬܒ ܥܠ‬
‫ܘܒܟܐܢܘܬܐ ܕܐܢ ܘܡܩܪܒ‬

11 E vi os Sh’may’ que foram abertos, e eis um cavalo branco; e


o que estava montado sobre ele se chamava Fiel e Verdadeiro; e
com justiça julga e guerreia.

11 ‫“ ܟܐܢܘܬܐ‬justiça”, “retidão”, nome def. de ‫ ܟܐܢܘ‬nome


fem. ‫“ ܕܐܢ‬julga”. ‫“ ܡܩܪܒ‬peleja”, “batalha”, “guerreia”,
particípio.

‫ܘܗܝ ܕܝܢ ܐܝܟ ܫܠܗܒܝܬܐ ܕܢܘܪܐ‬


݈ ‫( ܥܝܢ‬19:12)
‫ܘܥܠ ܪܝܫܗ ܬܐܓܐ ܣܓܝܐܐ ܘܐܝܬ ܠܗ ܫܡܐ ܟܬܝܒܐ‬
‫ܐܝܢܐ ܕܠ ܝܕܥ ܐܠ ܐܢ ܗܘ‬

12 Ora, os seus olhos eram como chamas de fogo; e sobre a sua


cabeça muitos diademas; e possuía um Nome escrito, o qual não se
sabia exceto ele.

12 ‫“ ܬܐܓܐ‬diademas”, “coroas”, nome plural def.


(19:13)
‫ܘܡܥܛܦ ܡܐܢܐ ܕܙܠܝܥ ܒܕܡܐ ܘܡܬܩܪܐ ܫܡܗ ܡܠܬܐ ܕܐܠܗܐ‬

13 E estava utilizando a arma que foi desembainhada no sangue;


e seu nome era chamado: A Melta’ (Palavra) de ‘Alaha’.

13 Normalmente as versões possuem “vestes salpicadas de


sangue”, porém essa frase não se aplica ao verbo usado no texto
Crawford, que significa “desembainhar”, ou “tirar” (‫)ܙܠܝܥ‬, Gwynn
acredita que o termo original fosse ‫ܙܠܚ‬ “aspergir”, “salpicar”. De
fato uma escrita pouco caprichosa poderia confundir o termo ‫ܙܠܝܥ‬
com ‫ܙܠܚ‬, porém o termo ‫ܡܐܢܐ‬ era utilizado para diversos tipos
de utensílios, inclusive armas (embora muito incomum), veja o v.
15 do presente capítulo. Embora seja mais provável a explicação
dada por Gwynn, adotou-se no presente texto a tradução literal do
manuscrito.

‫( ܘܚܝܠܘܬܐ ܕܫܡܝܐ ܢܩܝܦܝܢ ݈ܗܘܘ ܠܗ‬19:14)


‫ܥܠ ܪܟܫܐ ܚܘܪܐ ܘܠܒܝܫܝܢ ܒܘܨܐ ܚܘܪܐ ܘܕܟܝܐ‬

14 E os exércitos dos Sh’may’ o seguiam, sobre cavalos brancos,


e vestes de linho fino, branco e puro.

14 ‫“ ܕܟܝܐ‬puro”, “reto”, “correto”.

‫( ܘܡܢ ܦܘܡܗܘܢ ܢܦܩܐ ܚܪܒܐ ܚܪܝܦܬܐ‬19:15)


‫ܕܒܗ ܢܩܛܠܘܢ ܠܥ ݈ܡܡܐ ܘܗܘ ܢܪܥܐ ܐܢܘܢ ܒܫܒܛܐ ܕܦܪܙܠ‬
‫ܘܗܘ ܕܐܫ ܡܥܨܪܬܐ ܕܪܘܓܙܗ ܕܐܠܗܐ ܐܚܝܕ ܟܠ‬
15 E da boca deles saía a espada afiada, para com ela matarem os
povos. E ele os apascentará com vara de ferro; e ele é o que pisa o
lagar da ira do ‘Alaha’ que tudo possui.

15 “Da boca deles”, e não “da boca dele”. “Matarem os povos”,


aqui uma clara referência aos povos que se ajuntam contra Israel.
“Ele os apascentará”, a expressão é tirada do salmo segundo, v. 9
(mas não segundo o texto massorético vocalizado). Existe uma
ambiguidade dentro deste mesmo versículo, enquanto os exércitos
celestiais matarão os povos, o que se assenta no cavalo branco os
apascentará. ‫“ ܕܐܫ‬pisa”, “calca”. ‫ ܡܥܨܪܬܐ‬ver 14:19.

‫ܘܗܝ ܥܠ ܥܛܡܬܗ ܫܡܐ ܟܬܝܒܐ‬


݈ ‫( ܘܐܝܬ ܠܗ ܥܠ ܡܐܢ‬19:16)
‫ܡܠܟܐ ܕܡܠܟܐ ܘܡܪܐ ܕܡܪܘܬܐ‬
16 E possuía sobre sua arma, e sobre a sua coxa, o nome escrito:
Rei dos reis e Mara’ dos senhores.

16 Levando-se em conta o termo do v. 13: ‫ܡܐܢܐ‬, o mesmo


termo deste verso deve também ser traduzido como “arma”.
‫“ ܥܛܡܬܗ‬sua coxa”, talvez aqui a bainha da arma.

‫ܐܚܪܢܐ ܡܠܟܐ ܕܩܐܡ ܒܫܡܫܐ‬݈ ‫( ܘܚܙܝܬ‬19:17)


‫ܘܩܥܐ ܒܩܠ ܪܡܐ ܘܐܡܪ ܠܦܪܚܬܐ ܕܦܪܚܐ ܡܨܥܬ ܫܡܝܐ‬
‫ܬܘ ܐܬܟ ݈ܢܫܘ ܠܚܫܡܝܬܐ ܪܒܬܐ ܕܐܠܗܐ‬

17 E vi outro Mala’kha’ em pé no sol; e clamou com grande voz,


e disse às aves que voavam pelo meio dos Sh’may’: “Vinde,
ajuntai-vos para a grande ceia de ‘Alaha’,
17 ‫“ ܦܪܚܬܐ‬aves”, “pássaros”. ‫ ܚܫܡܝܬܐ‬ver 19:9.

‫( ܕܬܐܟܠܘܢ ܒܣܪܐ ܕܡܠܟܐ ܘܒܣܪܐ ܕܪܫܝ ܐܠܦܐ‬19:18)


‫ܘܒܣܪܐ ܕܥܫܝܢܐ ܘܒܣܪܐ ܕܪܟܫܐ ܘܕܐܝܠܝܢ ܕܝܬܒܝܢ ܥܠܝܗܘܢ‬
‫ܘܒܣܪܐ ܕܚܐܪܐ ܘܕܥܒܕܐ ܘܕܙܥܘܪܐ ܘܕܪܘܪܒܐ‬

18 para comerdes carne de reis, carne de chefes de exércitos,


carne de autoridades, carne de cavalos e dos que sobre eles
montavam, e carne de nobres e escravos, e de pequenos e grandes”.

18 ‫ܬܐܟܠܘܢ‬ “comerdes”, imperfeito plural.‫“ ܒܣܪܐ‬carne”,


nome def., siríaco: “besra’”, hebraico: ‫“ בשר‬basar”. ‫ܪܫܝ ܐܠܦܐ‬
literalmente: “chefes de milhares”. ‫“ ܥܫܝܢܐ‬autoridades”,
“poderosos”. ‫ ܚܐܪܐ‬ver 6:15.

‫( ܘܚܙܝܬ ܠܚܝܘܬܐ ܘܠܚܝܠܘܬܗ ܘܡܠܟܐ ܕܐܪܥܐ‬19:19)


‫ܘܠܦܠܚܝܗܘܢ ܕܡܟܢܫܝܢ ܠܡܥܒܕ ܩܪܒܐ‬
‫ܘܗܝ‬
݈ ‫ܥܡ ܗܘ ܕܝܬܒ ܥܠ ܣܘܣܝܐ ܘܥܡ ܦܠܚ‬

19 E vi o animal e os seus exércitos, e os reis da Terra e os seus


soldados, que se reúnem para fazerem guerra contra quem estava
montado sobre o cavalo, e contra seus soldados.

19 Este versículo possui dois termos para se referir a “exércitos”,


o segundo é usado mais para os soldados e trabalhadores.

‫( ܘܐܬܬܨܝܕܬ ܚܝܘܬܐ ܘܢܒܝܐ ܕܓܠ ܥܡܗ‬19:20)


‫ܗܘ ܕܥܒܕ ܐܬܘܬܐ ܩܕܡܝܗ ܕܒܗܝܢ ܐܛܥܝ ܠܝܠܝܢ ܕܢܣܒܘ‬
‫ܪܘܫܡܐ ܕܚܝܘܬܐ ܘܠܝܠܝܢ ܕܣܓܕܘ ܠܨܠܡܗ ܘܢܚܬܘ ܬܪܝܗܘܢ‬
‫ܘܐܬܪܡܝܘ ܒܝܡܬܐ ܕܢܘܪܐ ܕܝܩܕܐ ܘܕܟܒܪܝܬܐ‬

20 E o animal foi capturado, e o falso nevia’ (profeta) com ele,


aquele que fizera os sinais diante dele com os quais enganou os que
receberam a marca do animal e os que se prostraram à sua imagem.
E os dois desceram e foram lançados no lago de fogo que arde e de
enxofre.

20 ‫“ ܐܬܬܨܝܕܬ‬foi capturado”, o termo é usado para a caça ou


a pesca. ‫ ܢܒܝܐ ܕܓܠ‬ver 16:13. A identidade do “falso profeta”
nesse versículo é a do animal do capítulo 13.

‫( ܘܕܫܪܟܐ ܕܝܢ ܐܬܩܛܠܘ ܒܚܪܒܗ ܕܗܘ ܕܝܬܒ‬19:21)


‫ܥܠ ܣܘܣܝܐ ܒܐܝܕܐ ܕܢܦܩܐ ܡܢ ܦܘܡܗ ܘܟܠܗ ܛܝܪܐ‬
‫ܣܒܥܬ ܡܢ ܒܣܪܗܘܢ ܀‬

21 E o restante, porém, foram mortos pela espada daquele que


estava montado sobre o cavalo, através do que saía da sua boca; e
todas as aves se fartaram das suas carnes.

21 ‫“ ܛܝܪܐ‬aves”, “pássaros”, termo distinto daquele usado acima,


apenas aqui em todo o Novo Testamento. ‫ܣܒܥܬ‬ “fartou-se”, o
termo está no singular porque se refere à “espécie”, “espécie
animal”. ‫“ ܒܣܪܗܘܢ‬suas carnes”, ver acima.
20
‫ܐܚܪܢܐ ܡܠܟܐ ܕܢܚܬ ܡܢ ܫܡܝܐ‬݈ ‫( ܘܚܙܝܬ‬20:1)
‫ܘܗܝ ܩܠܝܕܐ ܕܬܗܘܡܐ ܘܫܝܫܠܬܐ ܪܒܬܐ ܒܐܝܕܗ‬
݈ ‫ܕܐܝܬ ܥܠ‬

1 E vi outro Mala’kha’ que desceu dos Sh’may’, que havia sobre


ele as chaves do abismo e uma grande cadeia na sua mão.

1 ‫“ ܫܝܫܠܬܐ‬cadeia”, “grilhão”, nome def.

‫( ܘܠܒܟܗ ܠܬܢܝܢܐ ܚܘܝܐ ܩܕܡܝܐ‬20:2)


‫ܘܗܝ ܐܟܠܩܪܨܐ ܘܣܛܢܐ ܘܐܣܪܗ ܐܠܦ ܫܢܝܢ‬݈ ‫ܗܘ ܕܐܝܬ‬

2 Ele agarrou o dragão, a serpente primordial, que é o Devorador


Acusador e Satana’, e o prendeu mil anos.

2 ‫ܠܒܟܗ‬ “prendeu-o”, “agarrou-o”. ‫ܐܠܦ ܫܢܝܢ‬ “mil anos”, o


texto não afirma se esse número é literal ou apenas simbólico.

‫( ܘܐܪܡܝܗ ܒܬܗܘܡܐ ܘܐܚܕ ܘܛܒܥ ܠܥܠ ܡܢܗ‬20:3)


‫ܕܠ ܬܘܒ ܢܛܥܐ ܠܟܠܗܘܢ ܥ ݈ܡܡܐ‬
‫ܒܬܪ ܗܠܝܢ ܝܗܝܒ ܠܡܫܪܝܗ ܩܠܝܠ ܙܒܢܐ‬

3 E o lançou no abismo, e fechou e selou sobre ele, para que não


mais enganasse todos os povos. Depois destas coisas é concedida a
sua soltura pouco tempo.
3 ‫“ ܢܛܥܐ‬enganasse”. O texto Crawford omite “até que os mil anos
se completassem”, essa omissão é única em todos os manuscritos.

‫( ܘܚܙܝܬ ܡܘܬܒܐ ܘܝܬܒܘ ܥܠܝܗܘܢ‬20:4)


‫ܘܕܝܢܐ ܐܬܝܗܒ ܠܗܘܢ ܘܢܦܫܬܐ ܗܠܝܢ ܕܐܬܦܣܩ‬
‫ܡܛܠ ܣܗܕܘܬܐ ܕܝܫܘܥ ܘܡܛܠ ܡܠܬܐ ܕܐܠܗܐ‬
‫ܘܕܐܝܠܝܢ ܕܠ ܣܓܕܘ ܠܚܝܘܬܐ ܘܠ ܠܨܠܡܗ‬
‫ܘܠ ܢܣܒܘ ܪܘܫܡܐ ܥܠ ܒܝܬ ܥܝܢܝܗܘܢ ܐܘ ܥܠ ܐܝܕܝܗܘܢ‬
‫ܕܚܝܘ ܘܐܡܠܟܘ ܥܡ ܡܫܝܚܐ ܐܠܦ ܫܢܝܢ‬

4 E vi assentos; e sentaram sobre eles e o julgamento foi dado a


eles, e as almas daqueles que foram degolados por causa do
testemunho de Yisho’ e por causa da Palavra de ‘Alaha’, e aqueles
que não se prostraram ao animal e nem a sua imagem, e não
receberam a marca entre os seus olhos ou sobre suas mãos; que
viveram, e tornaram-se reis com o Meshicha’ mil anos.

4 ‫“ ܡܘܬܒܐ‬assentos”, nome plural def. ‫“ ܝܬܒܘ‬eles sentaram”,


o texto não diz quem sentou, apenas que eles receberam autoridade
para julgar. ‫“ ܐܬܦܣܩ‬foram cortados”, ou seja, foram degolados.
‫ܐܡܠܟܘ‬ “tornaram-se reis” afel plural.

‫( ܘܗܕܐ ݈ܗܝ ܩܝܡܬܐ ܩܕܡܝܬܐ‬20:5)

5 Esta é a primeira ressurreição.

5 O texto Crawford omite a frase “mas os outros mortos não


reviveram, até que os mil anos se completassem”, os demais
manuscritos não a omitem. ‫ܩܝܡܬܐ‬ “ressurreição”, literalmente
“o levantar”, “erguer”.

‫( ܛܘܒܢܐ ݈ܗܘ ܘܩܕܝܫܐ ܡܢ ܕܐܝܬ ܠܗ ܡܢܬܐ‬20:6)


‫ܒܩܝܡܬܐ ܩܕܡܝܬܐ ܘܥܠ ܗܠܝܢ ܠܝܬ ܫܘܠܛܢܐ ܠܡܘܬܐ ܬܢܝܢܐ‬
‫ܐܠ ܢܗܘܘܢ ܟܗܢܐ ܕܐܠܗܐ ܘܕܡܫܝܚܐ‬
‫ܘܢܡܠܟܘܢ ܥܡܗ ܐܠܦ ܫܢܝܢ ܀‬

6 Bendito e separado aquele que tem parte na primeira


ressurreição; e sobre estes não tem autoridade a segunda morte;
mas serão kaheni’ (sacerdotes) de ‘Alaha’ e do Meshicha’, e
reinarão com ele mil anos.

6 ‫“ ܡܢܬܐ‬parte”, “porção”, o manuscrito possui “morte” (‫)ܡܝܬܐ‬,


mas é um erro do escriba.

(20:7)
‫ܘܡܐ ܕܐܫܬܠܡ ܐܠܦ ܫܢܝܢ ܢܫܬܪܐ ܣܛܢܐ ܡܢ ܚܒܘܫܝܗ‬

7 E quando se completar o período de mil anos, satana’ será solto


da sua prisão,

7 ‫“ ܢܫܬܪܐ‬será solto”. ‫“ ܚܒܘܫܝܗ‬seu confinamento”, “prisão”,


ver 2:10.

‫( ܘܢܦܘܩ ܠܡܛܥܝܘ ܠܟܠܗܘܢ ܥ ݈ܡܡܐ‬20:8)


‫ܒܐܪܒܥ ܙܘܝܬܗ ܕܐܪܥܐ ܠܓܘܓ ܘܠܡܓܘܓ‬
‫ܘܠܡܟܢܫܘ ܐܢܘܢ ܠܩܪܒܐ ܐܝܠܝܢ ܕܡܢܝܢܗܘܢ ܐܝܟ ܚܠ ܕܝܡܐ‬
8 e sairá a enganar todos os povos que estão nos quatro cantos da
terra, Ghogh e Maghogh, a fim de ajuntá-los para a guerra, aqueles
cujo número é como a areia do mar.

8 Esta batalha está conectada à profecia de Ezequiel sobre a


batalha de Ghogh e Maghogh, esses dois termos são controversos,
alguns identificam com a Rússia, ou com a Turquia, a profecia
sempre indica nações ao norte de Israel, embora isso também possa
compreender a Síria, Assíria (atual Iraque), Pérsia (atual Irã) e
todos os países orientais, pois era sempre do Norte que esses países
atacavam o povo de Israel. Neste texto em específico, Ghogh e
Maghogh são “todos os povos que estão nos quatro cantos da
terra”. ‫“ ܡܛܥܝܘ‬enganar”, “fazer errar”, “tropeçar”, “desviar”,
particípio. ‫ ܐܪܒܥ ܙܘܝܬܗ ܕܐܪܥܐ‬ver 7:1.

‫( ܘܣܠܩܘ ܥܠ ܦܬܝܗ ܕܐܪܥܐ ܘܚܕܪܘܗ ܠܡܕܝ ݈ܢܬܐ‬20:9)


‫ܕܡܫܪܝܬܐ ܕܩܕܝܫܐ ܘܠܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܚܒܝܒܬܐ‬
‫ܘܢܚܬܬ ܢܘܪܐ ܡܢ ܫܡܝܐ ܡܢ ܐܠܗܐ ܘܐܟܠܬ ܐܢܘܢ‬

9 E subiram sobre a largura da Terra, e cercaram a cidade do


acampamento das pessoas separadas e a cidade querida; mas
desceu fogo dos Sh’may’ de ‘Alaha’, e os devorou;

9 ‫ܣܠܩܘ‬ “subiram”, perfeito plural. ‫ܦܬܝܗ ܕܐܪܥܐ‬ “largura da


terra”. “Cidade”, o texto Crawford o repete e não possui
“acampamento” ou “arraial”, e sim “cidade do acampamento”
( ‫)ܡܫܪܝܬܐ‬ a cidade sem dúvidas aqui é Jerusalém. ‫ܚܒܝܒܬܐ‬
“querida”, “amada”. ‫ܘܐܟܠܬ ܐܢܘܢ‬ “e os devorou”, figura
semelhante encontramos no caso de Coré, Datã e Abirão, bem
como os dois filhos de Arão, Nadabe e Abiú.

‫( ܘܐܟܠܩܪܨܐ ܡܛܥܝܢܗܘܢ ܐܬܪܡܝ ܒܝܡܬܐ ܕܢܘܪܐ‬20:10)


‫ܘܟܒܪܝܬܐ ܐܝܟܐ ܕܚܝܘܬܐ ܘܢܒܝܐ ܕܓܠ‬
‫ܘܢܫܬܢܩܘܢ ܐܝܡܡܐ ܘܠܠܝܐ ܠܥܠܡ ܥܠܡܝܢ ܀‬

10 e o Acusador Devorador, o enganador deles, foi lançado no


lago de fogo e enxofre, onde estão o animal e o falso profeta; e
serão atormentados de dia e de noite para além eternamente.

10 ‫ܡܛܥܝܢܗܘܢ‬ “enganador deles”. ‫ܢܫܬܢܩܘܢ‬ ver 9:5, aqui o


sentido deve ser no passivo. Finalmente neste versículo vemos a
destruição de todo o mal, embora pouco explicativo o texto é claro
nesse ponto.

‫( ܘܚܙܝܬ ܟܘܪܣܝܐ ܪܒܐ ܚܘܪܐ‬20:11)


‫ܘܗܝ‬
݈ ‫ܘܠܕܝܬܒ ܠܥܠ ܡܢܗ ܗܘ ܕܡܢ ܩܕܡ ܐܦ‬
‫ܥܪܩܬ ܐܪܥܐ ܘܫܡܝܐ ܘܐܬܪ ܠ ܐܫܬܟܚ ܠܗܘܢ‬

11 E vi o grande Trono branco e o que estava sentado sobre ele,


dele, de quem cujas faces fugiu a Terra junto com os Sh’may’; e
lugar não foi achado para eles.

11 Este episódio narra o dia do juízo final, um tema corrente nos


textos proféticos.

‫( ܘܚܙܝܬ ܠܡܝܬܐ ܪܘܪܒܐ ܘܙܥܘܪܐ ܕܩܡܘ ܩܕܡ ܟܘܪܣܝܐ‬20:12)


‫ܘܗܝ ܕܕܝܢܐ‬
݈ ‫ܐܚܪܢܐ ܣܦܪܐ ܐܬܦܬܚ ܕܐܝܬ‬
݈ ‫ܘܣܦܪܐ ܐܬܦܬܚܘ ܘ‬
‫ܘܐܬܕܝܢܘ ܡܝܬܐ ܡܢ ܐܝܠܝܢ ܕܟܬܝܒܢ ܒܣܦܪܐ ܐܝܟ ܥܒܕܝܗܘܢ‬

12 E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam em pé diante


do Trono; e livros foram abertos; outro livro foi aberto, que é o do
Juízo; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas
no livro, segundo as suas obras.

12 ‫ܐܬܦܬܚܘ‬ “foram abertos”, passivo plural, os livros aqui


naturalmente são rolos, que eram desenrolados conforme a leitura.
Todas as versões do livro de Apocalipse dizem que foi aberto o
“livro da vida”, a versão Crawford é a única que diz “livro do
juízo”, segundo o texto é esse livro que julga os mortos.

‫( ܘܝ ݈ܗܒ ܝܡܐ ܡܝܬܐ ܕܒܗ‬20:13)


‫ܘܡܘܬܐ ܘܫܝܘܠ ܝ ݈ܗܒܘ ܡܝܬܐ ܕܨܐܝܕܝܗܘܢ‬
‫ܘܐܬܕܝܢ ܚܕ ܚܕ ܡܢܗܘܢ ܐܝܟ ܥܒܕܝܗܘܢ‬

13 E o mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o Shiol


entregaram os mortos que estava próximo deles; e eles foram
julgados, um a um, segundo as suas obras.

13 ‫“ ܨܐܝܕܝܗܘܢ‬próximos deles”.

‫( ܘܡܘܬܐ ܘܫܝܘܠ ܐܬܪܡܝܘ ܒܝܡܬܐ ܕܢܘܪܐ‬20:14)


‫ܘܗܝ ܡܘܬܐ ܬܢܝܢܐ‬
݈ ‫ܗܢܐ ܕܐܝܬ‬
14 E a morte e o Shiol foram lançados no lago de fogo. Esta é a
segunda morte.

‫( ܘܐܝܢܐ ܕܠ ܐܫܬܟܚ ܕܪܫܝܡ ܒܟܬܒܐ ܕܚܝܐ‬20:15)


‫ܐܬܪܡܝ ܒܝܡܬܐ ܕܢܘܪܐ ܀‬

15 E o que não foi achado gravado na Escritura da Vida, foi


lançado no lago de fogo.

15 ‫ܪܫܝܡ‬ ver 5:1. Aqui vemos o termo “Escritura da Vida”, que


aparece em 13:8, mas não em 20:12.

21
‫( ܘܚܙܝܬ ܫܡܝܐ ܚ ݈ܕܬܬܐ ܘܐܪܥܐ ܚܕܬܐ‬21:1)
‫ܫܡܝܐ ܓܝܪ ܩܕܡܝܬܐ ܘܐܪܥܐ ܩܕܡܝܬܐ ܐܙܠܘ‬
‫ܘܗܝ ܬܘܒ‬
݈ ‫ܘܝܡܐ ܠܝܬ‬

1 E vi Sh’may’ novos e Terra nova, Pois os primeiros Sh’may’ e a


primeira Terra passaram, e o mar não existe mais.

1 ‫ܚ ݈ܕܬܬܐ‬ “novos”, “renovados”, plural. O texto pode tanto se


referir a uma renovação do planeta terra e do universo, como de
fato uma nova ordem espiritual e física a surgir após o julgamento
final. O mar na literatura antiga e também na judaica é um símbolo
do caos e da desordem, da qual a ordem nasce; porém, a ausência
do mar aqui simboliza a ausência de desordem e do caos,
demonstrando que este novo mundo é um mundo celestial,
espiritual e angelical.
‫( ܘܠܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܩܕܝܫܬܐ ܐܘܪܫܠܡ ܚܕܬܐ ܚܙܝܬܗ‬21:2)
‫ܕܢܚܬܐ ܡܢ ܫܡܝܐ ܡܢ ܨܝܕ ܐܠܗܐ‬
‫ܕܡܛܝܒܐ ܐܝܟ ܟܠܬܐ ܡܨܒܬܬܐ ܠܒܥܠܗ‬

2 E a cidade separada, a Nova ‘Orishlem (Jerusalém) vi, a que


descia dos Sh’may’ junto de ‘Alaha’, que está preparada como uma
noiva adornada para o seu marido.

2 O conceito apresentado neste capítulo já aparece em 3:2, e


também é um tema profético (veja Isaías 65 e 66), a restauração de
Jerusalém também é tema frequente na literatura judaica, embora
aqui devamos ver uma linguagem mais celestial e espiritual.
‫“ ܡܨܒܬܬܐ‬adornada”, particípio. ‫ ܒܥܠܗ‬literalmente “seu
senhor”, ou seja, “seu marido”.

‫( ܘܫܡܥܬ ܩܠ ܪܒܐ ܡܢ ܫܡܝܐ ܕܐܡܪ‬21:3)


‫ܗܐ ܡܫܪܝܐ ܕܐܠܗܐ ܥܡ ܒܢܝܢܫܐ ܘܫܪܐ ܥܡܗܘܢ‬
‫ܘܗܢܘܢ ܥܡܐ ܕܝܠܗ ܢܗܘܘܢ ܘܗܘ ܐܠܗܐ ܥܡܗܘܢ‬
‫ܘܢܗܘܐ ܠܗܘܢ ܐܠܗܐ‬

3 E ouvi grande voz dos Sh’may’, que dizia: “Eis a Morada de


‘Alaha’ com os filhos dos homens, e habita com eles, e eles serão o
povo dele, e ‘Alaha’ mesmo estará com eles. E será para eles
‘Alaha’.
3 O texto grego possui “voz do Trono”. ‫ ܡܫܪܝܐ‬ver 13:6. ‫ ܫܪܐ‬ver
1:5. “Será para eles ‘Alaha’”, muitos manuscritos omitem e os
estudiosos veem nisso uma interpolação.

‫( ܘܗܘ ܢܠܚܐ ܟܠ ܕܡܥܐ ܡܢ ܥܝܢܝܗܘܢ‬21:4)


‫ܘܡܘܬܐ ܠ ܢܗܘܐ ܡܟܝܠ ܘܠ ܐܒܠ ܘܠ ܪܘܒܐ‬
‫ܘܠ ܟܐܒܐ ܬܘܒ ܢܗܘܐ ܥܠ ܐܦܝܗ‬

4 E ele enxugará todas as lágrimas de seus olhos; e morte não


haverá mais, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem mais dor
haverá sobre as faces dele”.

4 ‫ܐܒܠ‬ ver 18:7. ‫ܪܘܒܐ‬ “clamor”, “alarido”, “tumulto”, nome


def., da raiz‫“ ܪܒ‬causar um clamor”, siríaco: “rav”, hebraico: ‫ריב‬
“riv”, “conflito”. ‫ ܟܐܒܐ‬ver 16:10. O texto Crawford omite “as
primeiras coisas passaram”, possui em seu lugar “nem mais dor
haverá sobre as faces dele (de ‘Alaha’)”.

‫( ܘܐܙ ݈ܠܬ ܘܐܡܪ ܠܝ ܕܝܬܒ ܥܠ ܟܘܪܣܝܐ‬21:5)


‫ܐܢܐ ܟܠ ܘܐܡܪ ܠܝ ܟܬܘܒ ܗܠܝܢ ܡܠ‬݈ ‫ܗܐ ܚ ݈ܕܬܐ ܥܒܕ‬
‫ܡܗܝܡܢܬܐ ܘܫܪܝܪܬܐ ܐܝܬܝܗܝܢ‬

5 E eu fui. E me disse o que estava sentado sobre o Trono: “Eis que


eu faço renovadas todas as coisas”. E disse-me: “Escreve estas
palavras, fiéis e verdadeiras elas são”.

5 “E eu fui”, texto próprio do manuscrito Crawford, talvez esse


texto tenha sido entendido pelo copista grego (ou o inverso, porém
menos provável), “e passou”, as primeiras coisas. ‫ܡܗܝܡܢܬܐ‬
“fiéis”, “fidedignas”, plural fem. ‫ܫܪܝܪܬܐ‬ “verdadeiras”, plural
fem.

‫( ܘܐܡܪ ܠܝ ܗܘܝ ܐܢܐ ܐܠܦ ܘܐܢܐ ܬܘ‬21:6)


‫ܐܢܐ ܐܬܠ‬݈ ‫ܪܝܫܝܬܐ ܘܫܘܠܡܐ ܠܕܨܗܐ‬
‫ܡܢ ܥܝܢܐ ܕܡܝܐ ܚܝܐ ܡܓܢ‬

6 E disse-me ainda: “Eis que eu sou o ‘Alaf e sou o Taw, o


princípio e a consumação. A quem tiver sede, eu darei a ele da
Fonte da Água da Vida de graça.

6 ‫ܫܘܠܡܐ‬ “consumação”, “cumprimento”. ‫ܨܗܐ‬ “sedento”,


“com sede”. ‫“ ܡܓܢ‬de graça”, “gratuitamente”.
(21:7)
‫ܘܕܙܟܐ ܗܘ ܢܐܪܬ ܗܠܝܢ ܘܐܗܘܐ ܠܗ ܐܠܗܐ ܘܢܗܘܐ ܠܝ ܒܪܐ‬

7 E o que é puro herdará estas coisas; e eu serei seu ‘Alaha’, e ele


será meu filho”.

‫( ܠܩܢܘܛܬܢܐ ܕܝܢ ܘܠ ܡܗܝܡܢܐ ܘܥܘܠ ܘܡܣܝܒܐ‬21:8)


‫ܘܩܛܘܠ ܘܚܪܫܐ ܘܙܢܝܐ ܘܦܠܚܝ ܦܬܟܪܐ ܘܟܠܗܘܢ ܕܓܠ‬
‫ܡܢܬܗܘܢ ܒܝܡܬܐ ܝܩܕܬܐ ܕܢܘܪܐ ܘܟܒܪܝܬܐ‬
‫ܐܝܕܐ ܕܐܝܬܝܗ ܡܘܬܐ ܬܢܝܢܐ‬
8 “Mas, quanto aos covardes, e aos incrédulos, e aos
transgressores, e aos imundos, e aos homicidas, e aos feiticeiros, e
aos adúlteros, e aos adoradores de ídolos, e a todos os falsos, a sua
parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda
morte”.

8 ‫ܩܢܘܛܬܢܐ‬ “medrosos”, “covardes”, plural def. ‫ܥܘܠ‬


“injustos”, “iníquos”, “perversos”, “transgressores (da lei)”, plural
def. ‫ܡܣܝܒܐ‬ “imundos”, particípio plural, o termo se refere a
pessoas que praticavam coisas proibidas pela Lei, e que os deixava
imundos, como comer sangue ou carnes proibidas, ou tocar naquilo
que é proibido. ‫“ ܩܛܘܠ‬homicidas”, “assassinos”. ‫ܚܪܫܐ‬
literalmente “mudos”, ou “pessoas que falam sibilando”, a prática
do sibilismo associada à feitiçaria. ‫“ ܙܢܝܐ‬prostitutos”, “adúlteros”.
‫ ܦܠܚܝ ܦܬܟܪܐ‬literalmente “servos de ídolos”, ou seja,
“idólatras”. ‫“ ܝܩܕܬܐ‬queimando”, “ardendo”.

‫( ܘܐܬܐ ܚܕ ܡܢ ܫܒܥܐ ܡܠܟܝܢ‬21:9)


‫ܐܝܠܝܢ ܕܐܝܬ ܥܠܝܗܘܢ ܫܒܥ ܙܒܘܪܝܢ ܕܡܠܝܢ ܫܒܥ ܡܚܘܬܐ‬
‫ܐܚܪܝܬܐ ܘܡܠܠ ܥܡܝ ܠܡܐܡܪ ܬܐ ܐܚܘܝܟ ܠܟܠܬܐ‬ ݈
‫ܐ ݈ܢܬܬܗ ܕܐܡܪܐ ܀‬

9 E veio um dos sete mala’khin, os que eram deles os sete


incensários que estavam cheios de sete outras pragas, e falou
comigo, dizendo: “Vem, eu te mostrarei a noiva, a mulher do
Cordeiro”.

‫ܘܐܘܒܠܢܝ ܒܪܘܚ ܠܛܘܪܐ ܪܒܐ ܘܪܡܐ‬ (21:10)


‫ܘܚܘܝܢܝ ܠܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܩܕܝܫܬܐ ܐܘܪܫܠܡ ܕܢܚܬܐ ܡܢ ܫܡܝܐ‬
‫ܡܢ ܨܝܕ ܐܠܗܐ‬

10 E me fez conduzir em roch (espírito) a um grande e elevado


monte, e mostrou-me a cidade separada, a ‘Orish’lem (Jerusalém)
que descia do Sh’may’ de junto de ‘Alaha’,

10 ‫“ ܐܘܒܠܢܝ‬me fez conduzir”, “levar”. O autor do texto teve uma


experiência extra-corpórea.

‫( ܘܐܝܬ ܠܗ ܬܫܒܘܚܬܐ ܕܐܠܗܐ‬21:11)


‫ܘܢܘܗܪܗ ܐܝܟ ܕܡܘܬܐ ܕܟܐܦܐ ܝܩܝܪܬܐ ܐܝܟ ܝܫܦܗ‬
‫ܐܝܟ ܕܘܡܝܐ ܕܩܪܘܣܛܠܘܣ ܀‬
11 e possuía a Majestade de ‘Alaha; e o seu brilho como a
semelhança de uma pedra preciosa, como o jaspe, como a
semelhança do cristal;

11 ‫ܢܘܗܪܗ‬ “seu brilho”, ver 18:23.‫ ܝܫܦܗ‬ver 4:3 e a forma de


grafia dessa palavra no manuscrito. ‫“ ܕܩܪܘܣܛܠܘܣ‬de cristal”,
termo único, no manuscrito há uma lamad e não um dalat.

‫( ܘܐܝܬ ܠܗ ܫܘܪܐ ܪܒܐ ܘܪܡܐ‬21:12)


‫ܘܐܝܬ ܠܗ ܬܪܥܐ ܬܪܥܣܪ ܘܥܠ ܬܪܥܐ ܡܠܟܐ ܬܪܥܣܪ‬
‫ܘܫܡܗܝܗܘܢ ܟܬܝܒܐ ܐܝܠܝܢ ܕܐܝܬܝܗܘܢ ܫܡܗܐ‬
‫ܕܬܪܥܣܪ ܫܒܛܐ ܕܐܝܣܪܝܠ‬
12 e possuía uma grande e elevada muralha, e possuía doze
portões, e junto aos portões doze mala’khi’, e os nomes escritos,
que são os nomes das doze tribos de Ysra’il.

12 ‫“ ܫܘܪܐ‬muro”, “muralha”, nome def. ‫“ ܬܪܥܐ‬portões”, nome


plural def. Normalmente as cidadelas possuíam poucos portões, o
número 12 indica uma grande cidade, além claro do seu valor
simbólico. ‫ܡܠܟܐ‬ plural def., em concordância com certas
seções do livro (ver 7:1). ‫“ ܟܬܝܒܐ‬escritos”, “escrituras”.

‫(ܡܢ ܡܕܢܚܐ ܬܪܥܐ ܬܠܬܐ‬21:13)


‫ܘܡܢ ܓܪܒܝܐ ܬܪܥܐ ܬܠܬܐ ܘܡܢ ܬܝܡܢܐ ܬܪܥܐ ܬܠܬܐ‬
‫ܘܡܢ ܡܥܪܒܐ ܬܪܥܐ ܬܠܬܐ‬

13 Do lado oriental três portões, e do norte três portões, e do sul


três portões, e do ocidente três portões.

13‫“ ܡܕܢܚܐ‬oriente”, nome def. ‫“ ܓܪܒܝܐ‬norte”, nome def.


‫“ ܬܝܡܢܐ‬sul”, nome def. ‫“ ܡܥܪܒܐ‬ocidente”, nome def.

‫( ܘܫܘܪܐ ܕܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܐܝܬ ܠܗ ܫܬܐܣܐ ܬܪܬܥܣܪܐ‬21:14)


‫ܘܗܝ ܕܒܪܐ ܀‬
݈ ‫ܘܥܠܝܗܝܢ ܬܪܥܣܪ ܫܡܗܐ ܕܫܠܝܚ‬

14 E a muralha da cidade possuía doze fundamentos, e sobre eles


estavam os doze nomes dos doze shlichi’ (emissários) do Filho.
14 ‫ܫܬܐܣܐ‬ “fundamentos”, nome plural def. ‫ܬܪܬܥܣܪܐ‬
“doze”. “Do Flho”, variante única do texto Crawford,
invariavelmente outros textos possuem “do Cordeiro”.

‫ܘܗܝ ܩܢܝܐ‬
݈ ‫( ܘܗܘ ܕܡܡܠܠ ݈ܗܘܐ ܥܡܝ ܐܝܬ ݈ܗܘܐ ܥܠ‬21:15)
‫ܕܡܫܘܚܬܐ ܕܕܗܒܐ ܠܡܡܫܚܗ ܠܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܘܠܫܘܪܗ‬

15 E o que falava comigo possuía sobre si uma cana de medir de


ouro, para medir a cidade, e a sua muralha.

15 ‫ܩܢܝܐ‬ ver 11:1. ‫ܡܫܘܚܬܐ‬ “medida”, “medir”. O texto sírio


omite “seus portões”, é provável que a interpolação sejam os
versículos 11, 12 e 13.

‫( ܘܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܡܪܒܥܐܝܬ ܣܝܡܐ ܘܐܘܪܟܗ ܐܝܟ ܦܬܝܗ‬21:16)


‫ܘܡܫܚܗ ܠܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܒܩܢܝܐ ܥܠ ܬܪܥܣܪ ܐܠܦܝܢ ܐܣܛܕܘܬܐ‬
‫ܐܘܪܟܗ ܘܦܬܝܗ ܘܪܘܡܗ ܫܘܝܢ ܐܢܘܢ‬

16 E a cidade tinha quatro lados; e o seu comprimento como a sua


largura. E mediu a cidade com a cana por doze mil estádios; e o
seu cumprimento, largura e altura eram iguais.

16 ‫“ ܡܪܒܥܐܝܬ ܣܝܡܐ‬quatro lados”, não há redundância no


texto Crawford. ‫“ ܐܘܪܟܗ‬seu comprimento”. ‫ ܦܬܝܗ‬ver 20:9.
‫“ ܡܫܚܗ‬mediu-a”. As medidas da cidade indicam que ele era
semelhante ao “Santo dos santos”, indicando que ele era
completamente sagrada por possui a presença de ‘Alaha’ por todo
o seu interior.
‫( ܘܡܫܚܗ ܠܫܘܪܗ ܡܐܐ ܘܐܪܒܥܝܢ ܘܐܪܒܥ ܐܡܝܢ‬21:17)
‫ܐܢܫܐ ܐܝܕܐ ܕܐܝܬܝܗ ܕܡܠܟܐ‬݈ ‫ܒܡܫܘܚܬܐ ܕ‬

17 E a medida da sua muralha era cento e quarenta ‘amin, pela


medida do homem, a mão que é a do Mala’kha’.

17 O manuscrito possui “cento e quarenta”, porém as edições


possuem “centro e quarenta e quatro”, que é o múltiplo de doze.
‫’“ ܐܡܝܢ‬amin”, unidade de medida muito comum na peshitta,
tradicionalmente a medida do antebraço (‘amá), que aqui é
informado como o antebraço de uma Mala’kha’.

‫( ܘܕܘܡܣܐ ܕܫܘܪܗ ܝܫܦܗ ܘܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܕܕܗܒܐ ܕܟܝܐ‬21:18)


‫ܒܕܡܘܬܐ ܕܙܓܘܓܝܬܐ ܕܟܝܬܐ‬

18 E a construção da sua muralha era de jaspe, e a cidade de ouro


puro, à semelhante do vidro límpido.

18 ‫“ ܕܘܡܣܐ‬construção”, nome def.

‫( ܘܫܬܐܣܐ ܕܫܘܪܐ ܕܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܒܟܐܦܐ ܝܩܝܪܬܐ‬21:19)


‫ܡܨܒܬܢ ܘܫܬܐܣܬܐ ܩܕܡܝܬܐ ܝܫܦܗ ܘܕܬܪܬܝܢ ܣܦܝܠ‬
‫ܘܕܬܠܬ ܩܪܟܕܢܐ ܘܕܐܪܒܥ ܙܡܪܓܕܐ‬

19 E os fundamentos da muralha da cidade em pedras preciosas


adornadas. E o primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o
terceiro, calcedônia; o quarto, esmeralda;
19‫“ ܡܨܒܬܢ‬adornadas”, da raiz ‫ܨܒܐ‬ “desejar”.
‫“ ܫܬܐܣܬܐ‬fundamento”. ‫ܣܦܝܠ‬ “safira”, nome def., essa
pedra preciosa é mencionada como sendo a base dos pés de
Mar’ya’ (Ex 24:10). ‫ܩܪܟܕܢܐ‬ ver 9:17.‫“ ܙܡܪܓܕܐ‬esmeralda”,
esse termo é vertido em 4:3 como ‫“ ܙܡܪܓܕܐ‬esmeralda” (Ez
28:13).

‫( ܘܕܚܡܫ ܣܪܕܘܢ ܘܛܦܪܐ ܘܕܫܬ ܣܪܕܘܢ‬21:20)


‫ܘܕܫܒܥ ܟܐܦ ܕܗܒܐ ܘܕܬܡܢܐ ܒܪܘܠ ܘܕܬܫܥ ܛܘܦܢܕܝܘܢ‬
‫ܘܕܥܣܪ ܟܪܘܣܦܪܣܐ ܕܚܕܥܣܪܐ ܝܘܟܢܬܘܣ‬
‫ܕܬܪܬܥܣܪܐ ܐܡܘܬܣܣ‬

20 e o quinto, sárdio e ônix; o sexto, sardônica; o sétimo, pedra


de ouro; o oitavo, berilo; o nono, topázio; o décimo, crisópraso; o
undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista.

20 ‫ ܣܪܕܘܢ‬ver 4:3. O texto Crawford acrescenta ‫“ ܛܦܪܐ‬ônix”.


‫“ ܒܪܘܠ‬berilo”. ‫“ ܛܘܦܢܕܝܘܢ‬topázio”, termo incomum, aparece
na Síro-Hexapla. ‫ ܟܪܘܣܦܪܣܐ‬transliteração do termo grego
χρυσόπρασος. ‫“ ܝܘܟܢܬܘܣ‬jacinto”. ‫“ ܐܡܘܬܣܣ‬ametista” (Ez
28:13).

‫( ܘܬܪܥܣܪ ܬܪܥܐ ܘܬܪܬܥܣܪܐ ܡܪܓܢܝܬܐ‬21:21)


‫ܚܕܐ ܠܚܕܐ ܘܟܠܚܕ ܡܢ ܬܪܥܐ ܐܝܬ ݈ܗܘܐ‬
‫ܡܢ ܚܕܐ ܡܪܓܢܝܬܐ ܘܫܘܩܐ ܕܝܢ ܕܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܕܕܗܒܐ ܕܟܝܐ‬
‫ܐܝܟ ܙܓܘܓܝܬܐ ܐܝܬ ܒܗ‬
21 Os doze portões e as doze pérolas: um a um, e cada um dos
portões era de uma só pérola; mas a praça da cidade era de ouro
puro, como o vidro que havia nela.

21 ‫“ ܫܘܩܐ‬praça”, “rua”, nome def.

‫( ܘܗܝܟܠ ܠ ܚܙܝܬ ܒܗ‬21:22)


‫ܘܗܝ ܗܝܟܠܗ‬
݈ ‫ܡܪܝܐ ܓܝܪ ܐܠܗܐ ܐܚܝܕ ܟܠ ܗܘ ܐܝܬ‬

22 E Templo não vi nela, pois Mar’ya’ ‘Alaha’, o que tudo


possui, é o seu Templo.

22 O texto do Crawford do verso 22 omite a frase “o Cordeiro é


sua lâmpada”, (o versículo 23 por sua vez a possui). O manuscrito
possui uma interrupção no meio do versículo, desconectando as
duas frases por alguma razão desconhecida.

‫( ܘܠܡܪܐ ܘܠܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܠ ܡܬܒܥܐ ܫܡܫܐ‬21:23)


‫ܘܠ ܣܗܪܐ ܕܢܢܗܪܘܢ ܠܗ ܬܫܒܘܚܬܗ ܓܝܪ ܕܐܠܗܐ‬
‫ܘܗܝ ܐܡܪܐ ܀‬
݈ ‫ܐܢܗܪܬܗ ܘܫܪܓܗܐܝܬ‬

23 E para o Cordeiro e para a cidade não havia busca do sol, nem


da lua, que brilharão nela; pois a majestade de ‘Alaha’ é o seu
brilho, e a sua lâmpada é o Cordeiro.

23 O versículo 23 do texto Crawford é bem diferente de outros


tipos textuais, o texto diz: “E para o Cordeiro e para a cidade não
havia busca do sol...” O termo “busca” no texto é ‫ܡܬܒܥܐ‬
Hitipael infinitivo “estar em busca de”, “olhar para”, “requerer”. O
texto Crawford não ensina que “Deus e o Cordeiro” brilharão na
cidade, mas que o sol e a lua brilharão na cidade, porém o Cordeiro
e a cidade não “buscarão” o sol ou a lua. Por outro lado, alguns
acreditam que isso seja apenas o uso de um termo sírio para
traduzir o termo grego χρεία “necessidade”. A tradução acima
adotou a literalidade do texto sírio, embora seja mais provável que
o termo seja apenas uma leitura do grego (não havia necessidade
de sol).

‫( ܘܡܗܠܟܝܢ ܥ ݈ܡܡܐ ܒܢܘܗܪܗ‬21:24)


‫ܘܡܠܟܐ ܕܐܪܥܐ ܡܝܬܝܢ ܠܗ ܬܫܒܘܚܬܐ‬

24 E os povos andam em sua Luz; e os reis da Terra trarão para


ela a sua majestade.

(21:25)
‫ܘܬܪܥܝܗ ܠ ܢܬܬܚܕܘܢ ܒܐܝܡܡܐ ܠܠܝܐ ܓܝܪ ܠ ܢܗܘܐ ܬܡܢ‬

25 Os seus portões não se fecharão de dia, pois noite não haverá


ali;

‫( ܘܢܝܬܘܢ ܠܗ ܬܫܒܘܚܬܐ ܘܐܝܩܪܐ ܕܥ ݈ܡܡܐ‬21:26)

26 e eles trarão a ela a majestade e a preciosidade dos povos.

‫( ܘܠ ܢܗܘܐ ܬܡܢ ܟܠ ܛܡܐ ܘܕܥܒܕ ܡܣܝܒܘܬܐ‬21:27)


‫ܘܕܓܠܘܬܐ ܐܠ ܐܢ ܐܝܠܝܢ ܕܟܬܝܒܢ ܒܟܬܒܗ ܕܐܡܪܐ ܀‬
27 E não haverá ali qualquer imundo, e o que pratica abominação
e o que é falso; mas somente os que estão inscritos no Livro do
Cordeiro.

27 ‫ܛܡܐ‬ “imundo”, “profano”, este termo é usado no Tanakh


sempre como uma referência ao culto sacerdotal, assim o termo
aqui indica que a cidade possuirá um caráter sacerdotal, sendo
proibido a entrada de coisas que contaminam de acordo com a Torá
(Lei, veja o livro de Levítico), ‫“ ܡܣܝܒܘܬܐ‬abominação”, termo
único em todo o Novo Testamento, sem dúvida referindo-se às
“abominações” nomeadas pela Lei de Moisés. Esse termo é
encontrado em 2Macabeus 6:5: “O altar estava cheio de oferendas
proibidas, reprovadas pelas leis”, ou seja, as leis da Torá. O verso
sírio omite “o Livro da Vida”.

22
‫( ܘܚܘܝܢܝ ܢܗܪܐ ܕܡܝܐ ܚܝܐ ܕܟܝܐ ܐܦ ܢܗܝܪܐ‬22:1)
‫ܐܝܟ ܓܠܝܕܐ ܘܢܦܩ ܡܢ ܟܘܪܣܝܗ ܕܐܠܗܐ ܘܕܐܡܪܐ‬

1 E mostrou-me o Rio das Águas Vivas, também pura luz como o


cristal, e saía do Trono de ‘Alaha’ e do Cordeiro.

1 ‫ܢܗܝܪܐ‬ “luz”, “brilho”, nome def. ‫“ܓܠܝܕܐ‬cristal”, “gelo”,


nome def. Em Ezequiel (capítulo 47) o rio também sai do Templo.

‫( ܘܡܨܥܬ ܫܘܩܝܗ ܡܟܐ ܘܡܟܐ ܥܠ ܢܗܪܐ ܩܝܣܐ ܕܚܝܐ‬22:2)


‫ܘܗܝ‬
݈ ‫ܘܗܝ ܘܛܪܦ‬
݈ ‫ܕܥܒܕ ܦܐܪܐ ܬܪܥܣܪ ܘܒܟܠ ܝܪܚ ܝܗܒ ܦܐܪ‬
‫ܠܣܝܘܬܐ ܕܥ ݈ܡܡܐ‬
2 No meio da sua praça, de um lado e de outro junto ao rio a
Árvore da Vida, que produz doze frutos, e em toda renovação da
lua produz seu fruto; e as suas folhas são para a cura dos povos.

2 ‫ܝܪܚ‬ “lua”, “renovação da lua”, os meses para os hebreus era


contado pela renovação da lua, quando ressurgia no céu. O
conceito aqui fica um pouco confuso, devido ao fato que o texto
precedente diz que não haverá mais noite (embora a lua seja visível
ao dia). Quanto a questão da existência do sol e da lua ver 21:23.
‫“ ܠܣܝܘܬܐ‬para a cura” “saúde”.

‫( ܘܟܠ ܚܪܡܐ ܠ ܢܗܘܐ ܬܡܢ‬22:3)


‫ܘܟܘܪܣܝܗ ܕܐܠܗܐ ܘܕܐܡܪܐ ܒܗ ܢܗܘܐ‬
‫ܝܗܝ‬
݈ ‫ܘܗܝ ܢܫܡܫܘܢ‬
݈ ‫ܘܥܒܕ‬

3 E qualquer irresgate não haverá ali. E o Trono de ‘Alaha’ e do


Cordeiro nela estará, e os seus servos o servirão,

3 ‫ܚܪܡܐ‬ “irresgate”, algo que não podia ser resgatado, não


necessariamente algo ruim, porém como a falta de resgate de um
produto fazia com que le fosse abandonado, o termo passou a ser
visto como algo negativo.

‫ܘܗܝ ܘܫܡܗ ܥܠ ܒܝܬ ܥܝܢܝܗܘܢ‬


݈ ‫( ܘܢܚܙܘܢ ܐܦ‬22:4)

4 e verão as suas faces; e o seu Nome entre seus olhos.


‫( ܘܠܠܝܐ ܠ ܢܗܘܐ ܬܡܢ ܘܠ ܢܬܒܥܐ ܠܗܘܢ ܢܘܗܪܐ‬22:5)
‫ܘܫܪܓܐ ܘܢܘܗܪܗ ܕܫܡܫܐ ܡܛܠ ܕܡܪܝܐ ܐܠܗܐ‬
‫ܡܢܗܪ ܠܗܘܢ ܘܡܠܟܗܘܢ ܠܥܠܡ ܥܠܡܝܢ ܀‬

5 E noite não haverá ali, e nem se buscará para eles luz ou


lâmpada, ou luz do sol, porque Mar’ya’ ‘Alaha’ os ilumina; e
reinarão para além eternamente.

‫( ܘܐܡܪ ܠܝ ܗܠܝܢ ܡܠ ܡܗܝܡܢܢ ܘܫܪܝܪܢ‬22:6)


‫ܘܡܪܝܐ ܐܠܗܐ ܕܪܘܚܬܐ ܕܢܒܝܐ ܩܕܝܫܐ ܫܕܪ ܠܡܠܟܗ‬
‫ܘܗܝ ܡܐ ܕܝܗܝܒ ܠܡܗܘܐ ܒܥܓܠ‬ ݈ ‫ܠܡܚܘܝܘ ܠܥܒܕ‬

6 E disse-me: “Estas palavras são fiéis e verdadeiras; e Mar’ya’


‘Alaha’ dos espíritos dos nevi’ (profetas) separados, enviou o seu
Mal’kha’, para mostrar aos seus servos as coisas que devem
acontecer rapidamente.

6 ‫“ ܡܗܝܡܢܢ‬fiéis”, “fidedignas”. ‫“ ܪܘܚܬܐ‬espíritos”, plural fem.

‫ܐܢܐ ܒܥܓܠ‬݈ ‫( ܘܗܐ ܐܬܐ‬22:7)


‫ܘܗܝ ܠܡܢ ܕܢܛܪ ܡܠ ܕܢܒܝܘܬܐ ܕܟܬܒܐ ܗܢܐ ܀‬
݈ ‫ܛܘܒ‬

7 E eis que eu venho rapidamente; bendito aquele que guarda as


palavras da profecia deste escrito”.

‫( ܐܢܐ ܝܘܚܢܢ ܕܚܙܐ ܘܫܡܥ ܗܠܝܢ ܘܟܕ ܚܙܝܬ ܘܫܡܥܬ‬22:8)


‫ܘܗܝ ܕܡܠܟܐ ܕܡܚܘܐ ܠܝ ܗܠܝܢ‬݈ ‫ܢܦܠܬ ܠܡܣܓܕ ܩܕܡ ܪܓܠ‬
8 Sou Yochanan, quem viu e ouviu estas coisas. E quando vi e
ouvi, prostrei-me para reverenciar diante dos pés do Mal’akha’ que
me mostrava estas coisas.

8 ‫“ ܡܣܓܕ‬reverenciar”, “prostrar”, para a raiz ver 11:1, o termo


era usado de forma vasta para se referir a vários tipos de
homenagens que eram feitas a reis, embaixadores e pessoas
influentes, e não necessariamente está ligado à adoração prestrada
à divindade. Na crença antiga, um Mal’akha’ (mensageiro) era uma
manifestação da mente e vontade divina através da mensagem
enviada, de natureza celestial. No manuscrito o termo “Yochanan”
está marcado pelo copista, indicando que ele não era original da
passagem, provavelmente inserido para harmonizar com o início
do livro.

‫( ܘܐܡܪ ܠܝ ܚܙܝ ܠ ܟܢܬܟ ܐܝܬܝ ܘܕܐܚܝܟ ܢܒܝܐ‬22:9)


‫ܘܕܐܝܠܝܢ ܕܢܛܪܝܢ ܗܠܝܢ ܡܠ ܕܟܬܒܐ ܗܢܐ ܠܠܗܐ ܣܓܘܕ ܀‬

9 E ele me disse: “Veja! Não sou teu conservo e de teus irmãos


nevi’ (profetas)? E dos que guardam estas palavras deste livro. A
‘Alaha’ revencie”.

9 ‫ ܟܢܬܟ‬ver 19:10. ‫ ܐܚܝܟ‬ver 19:10.

‫( ܘܐܡܪ ܠܝ ܠ ܬܚܬܘܡ ܡܠ ܕܢܒܝܘܬܐ ܕܟܬܒܐ ܗܢܐ‬22:10)


‫ܙܒܢܐ ܓܝܪ ܩܪܒ‬

10 E disse-me: “Não seles as palavras da profecia deste livro;


pois o tempo está próximo.
10 ‫“ ܬܚܬܘܡ‬seles”, “estampes”.

‫( ܘܕܡܥܘܠ ܬܘܒ ܢܥܘܠ ܘܕܨܥ ܬܘܒ ܢܨܛܥܨܥ‬22:11)


‫ܘܙܕܝܩܐ ܬܘܒ ܢܥܒܕ ܙܕܝܩܘܬܐ ܘܩܕܝܫܐ ܬܘܒ ܢܬܩܕܫ ܀‬

11 Quem é mau, ainda fará maldade: e quem é tolo, ainda fará


tolice; e quem é justo, ainda fará justiça; e quem é separado, ainda
se separará”.

11 Algumas pessoas aplicam esse texto como uma espécie de


fatalismo ou de predestinação, mas o que o texto está dizendo é
que o estado de coisas do mundo ainda não iria mudar, havendo
ainda injustiça no mundo. ‫“ ܡܥܘܠ‬perverso”, “iníquo”, “mal”,
“injusto”. ‫ܢܥܘܠ‬ “transgridirá”, “errará”, imperfeito. ‫ܨܥ‬ “tolo”,
termo raro nas escrituras sírias. ‫ܢܨܛܥܨܥ‬ “será tolo”, “fará
tolices”. O manuscrito indica uma quebra de parágrafo neste
versículo.

‫ܐܢܐ ܡܚܕܐ ܘܐܓܪܝ ܥܡܝ‬


݈ ‫( ܗܐ ܐܬܐ‬22:12)
‫ܘܐܬܠ ܠܟܠܢܫ ܐܝܟ ܥܒܕܗ‬

12 “Eis que eu venho logo e a minha recompensa está comigo, e


darei a cada um segundo a sua obra.

(22:13)
‫ܐܚܪܝܐ ܘܫܘܪܝܐ ܘܫܘܠܡܐ‬
݈ ‫ܐܢܐ ܐܠܦ ܘܐܢܐ ܬܘ ܩܕܡܝܐ ܘ‬
13 Eu sou o ‘Alaf e sou o Taw, o primeiro e o último, o princípio
e o fim.

13 ‫“ ܫܘܪܝܐ‬início”, “princípio”, termo distinto do usado no início


do livro.

‫ܘܗܝ ܢܗܘܐ ܫܘܠܛܢܗܘܢ‬


݈ ‫( ܛܘܒܝܗܘܢ ܠܕܥܒܕܝܢ ܦܘܩܕܢ‬22:14)
‫ܥܠ ܩܝܣܐ ܕܚܝܐ ܘܒܬܪܥܐ ܢܥܠܘܢ ܠܡܕܝ ݈ܢܬܐ‬

14 Benditos os que praticam os seus mandamentos, haja a


autoridade deles sobre a Árvore da Vida, e pelas portas entrarão na
cidade.

14 O manuscrito Crawford não é o único nessa passagem a dizer


“praticam os seus mandamentos”, em vez de “lavam as suas
vestes”, ele é acompanhado da peshitta harklean, de vários
manuscritos gregos, e alguns latinos, coptas, armênios e de certos
pais da igreja.

‫( ܘܙܢܝܐ ܘܩܛܘܠ ܘܦܠܚܝ ܦܬܟܪܐ ܠܒܪ‬22:15)


‫ܘܛܡܐܐ ܘܚܪܫܐ ܘܟܠ ܚܙܝܝ ܘܥܒܕܝ ܕܓܠܘܬܐ ܀‬

15 E os que praticam prostituição, homicídios e os adoradores de


ídolos ficarão de fora. E a imundícia, os feiticeiros, e todo o que
testemunha e pratica a falsidade”.

15 Algo neste versículo foi editado pelo copista, há um ponto de


parágrafo no meio do texto, bem como a ordem dos que ficam de
fora não segue o padrão de outros textos de Apocalipse. Uma lista
semelhante é dada em 21:8. ‫“ ܛܡܐܐ‬imundícia”, “imundo”, o
termo tem paralelo com certas práticas que a Torá (Lei) determina
a imundícia, as versões gregas possuem “os cães”, em vez deste
termo. ‫ ܚܙܝܝ ܕܓܠܘܬܐ‬literalmente “os que olham a falsidade”,
ou seja, os que testemunham e nada fazem.

‫( ܐܢܐ ܝܫܘܥ ܫܕܪܬ ܠܡܠܟܝ ܕܢܣܗܕ ܒܟܘܢ ܗܠܝܢ‬22:16)


‫ܐܢܐ ܥܩܪܐ ܘܫܪܒܬܗ ܕܕܘܝܕ‬݈ ‫ܩܕܡ ܥܕܬܐ ܐܢܐ‬
‫ܘܥܡܗ ܘܟܘܟܒ ܨܦܪܐ ܢܗܝܪܐ‬

16 “Eu, Yisho’, enviei o meu Mala’kha’ para testificar entre vós


estas coisas diante das congregações. Eu sou a Raiz e a Geração de
Dawidh (Davi) e seu povo, e a Estrela da Manhã Resplandecente”.

16 ‫ܢܣܗܕ‬ “testemunhar”, pael imperfeito. ‫ܥܩܪܐ‬ ver 5:5, o


termo aqui é profético. “Seu povo”, variante única do manuscrito
Crawford. ‫ܨܦܪܐ‬ ‫ ܟܘܟܒ‬ver 2:28. ‫ ܢܗܝܪܐ‬ver 22:1.

‫( ܘܪܘܚܐ ܘܟܠܬܐ ܐܡܪܝܢ ܬܐ ܘܕܫܡܥ ܢܐܡܪ ܬܐ‬22:17)


‫ܘܕܨܗܐ ܢܐܬܐ ܘܢܣܒ ܡܝܐ ܚܝܐ ܡܓܢ‬

17 E a Rokha’ e a noiva dizem: “Vem”. E quem ouve, dirá:


“Vem”. E quem tem sede, virá; e recebe a Água da Vida de graça.

17 Esse texto é um chamado initerrupto, o Espírito diz “vem”,


alguém ouve e também faz o chamado a outra pessoa, e assim por
diante. ‫ ܡܓܢ‬ver 21:6.

‫ܐܢܐ ܠܟܠ ܕܫܡܥ ܡܠܬܐ ܕܢܒܝܘܬܐ‬ ݈ ‫( ܡܣܗܕ‬22:18)


‫ܘܗܝ ܐܠܗܐ‬
݈ ‫ܕܟܬܒܐ ܗܢܐ ܕܐܝܢܐ ܕܢܣܝܡ ܥܠܝܗܝܢ ܢܣܝܡ ܥܠ‬
‫ܡܚܘܬܐ ܕܟܬܝܒܢ ܒܟܬܒܐ ܗܢܐ‬

18 Eu testifico a todo que ouve a palavra da profecia destes


escritos: Quem acrescentar a eles alguma coisa, ‘Alaha’
acrescentará a ele as pragas que estão escritas neste livro;

18 ‫ܐܢܐ‬
݈ ‫ܡܣܗܕ‬ “eu testifico”, “testemunho”, ou: “sou
testemunha”, particípio. “Todo o que ouve”, pois nas congregações
antigas não haviam livros disponíveis para todos, assim as pessoas
escutavam a prédica do livro juntos na congregação.
‫“ ܢܣܝܡ ܥܠܝܗܝܢ‬puser sobre eles”, ou seja, acrescentar algo.

‫( ܘܐܝܢܐ ܕܡܒܨܪ ܡܢ ܡܠ ܕܟܬܒܐ ܕܢܒܝܘܬܐ ܗܕܐ‬22:19)


‫ܢܒܨܪ ܐܠܗܐ ܡܢܬܗ ܡܢ ܩܝܣܐ ܕܚܝܐ ܘܡܢ ܡܕܝ ݈ܢܬܐ ܩܕܝܫܬܐ‬
‫ܐܝܠܝܢ ܕܟܬܝܒܢ ܒܟܬܒܐ ܗܢܐ ܀‬

19 e qualquer que tirar das palavras do livro desta profecia,


‘Alaha’ tirará a sua parte da Árvore da Vida, e da Cidade Separada,
que estão escritas neste livro.

19 ‫ܡܒܨܪ‬ “tirar”, “diminuir”, particípio de ‫ܒܨܪ‬ termo


incomum em diversos manuscritos do Novo Testamento, presente
na Peshitta Tanakh, em Ex 5:8. ‫“ ܢܒܨܪ‬diminuirá”, imperfeito,
ver anterior. ‫“ ܡܢܬܗ‬sua porção”, “parte”.

‫ܐܢܐ ܒܥܓܠ ܀‬
݈ ‫(ܐܡܪ ܟܕ ܡܣܗܕ ܗܠܝܢ ܐܝܢ ܐܬܐ‬22:20)
‫ܬܐ ܡܪܝܐ ܝܫܘܥ‬
20 Ele diz testificando estas coisas: “Sim, eu venho logo”.

Vem, Mar’ya’ Yisho’.

‫( ܛܝܒܘܬܗ ܕܡܪܢ ܝܫܘܥ ܡܫܝܚܐ‬22:21)


‫ܘܗܝ ܐܡܝܢ ܀ ܀‬
݈ ‫ܥܡ ܟܠܗܘܢ ܩܕܝܫ‬

21 O favor do Maran Yisho’ Meshicha’ seja com todos pessoas


separadas dele. ‘Amin!

Término de Geliana’, de Yochanan, o separado, shelichi’


(emissário) e evangelista. A sua oração pelo pecador que
escreveu, ‘amin!

21 O manuscrito Crawford ainda acrescenta o final acima


transcrito.
GLOSSÁRIO TERMOS ARAMAICOS
‘Aba’ – Pai
‘Achav - Acabe
‘Adhom - Edom
‘Afrat – Efrata
‘Afrim – Efraim
‘Ahron – Arão
‘Alaha’ –“o Poderoso”, “Deus”, em hebraico: “’Eloha” “’Elohim”
‘Alahota’ – divindade
‘Alim – Elim
‘Alompa’ – Olimpa (Rm 16:15)
‘Alpeli – Apele (Rm 16:10)
‘Ama’ – unidade de medida
‘Amin – Plural de ‘Ama’.
‘Amin – Amém
‘Amita – Ave de significado incerto, alguns sugerem avestruz.
‘Ampliaws – Ampliato (Rm 16:8)
‘Amri – Onri
‘Andrawniqaws – Andrônico (Rm 16:7)
‘Andreos – André
‘Anpa - – ave de significado incerto, alguns sugerem a poupa, garça, batuíra, tarambola,
cormorão, cegonha, etc.
‘Aristavolaws – Arístobulo
‘Arlmy’ – circuncisos? (Adulam – texto massorético)Gn 38:1
‘Ashir–Aser
‘Asonqritaws – Asíncrito (Rm 16:14)
‘Atam – Otam
‘Aufir – Ofir, local desconhecido.
‘Awna’ – Habitação superior, celeiro, metáfora das regiões celestiais.
‘Avishai - Abisai
‘Avodá – nos targumim a ideia de avodá está ligada à oração de avodá praticada pelos
judeus.
‘Aviho – Abiú
‘Avirom - Abirão
‘Avraham - Abraão
‘Ayl – Poderoso,“Poder”
‘Aylshaday – ‘El Shaddai
‘Aza’ – Gaza
‘Azaza’il – literalmente “o Forte de ‘IL (do Poderoso, o termo IL é uma forma primitiva
para referir-se à divindade)
‘Azenia – ave de significado incerto, alguns sugerem o abutre negro, ou a águia marinha,
falcão, águia pescadora, águia do mar, etc.
‘Azia’ – ave de significado incerto, alguns sugerem a garça-real, ou a águia negra.
Bhavel – Babel, Babilônia
Balha’ –Bila
Bar ‘Aba – Barrabás
Benyamin – Benjamim
Bhalaq - Balaque
Bil – em hebraico: Bel. Nome de uma divindade babilônica.
Bil’am - Balaão
Chalfai – Alfeu
Cham – Cam, Cão, filho de Noé
Chat’fita – ave de significado incerto, alguns sugerem a avestruz.
Chavita’ – unidade de medida para líquidos, cerca de 32 litros
Cherem – algo destinado somente ao uso cultual, sendo destruído caso não seja utilizado. O
termo posteriormente passou a ser usado de forma negativa.
Chermo’ – ver Cherem
Chezaqya’ – Ezequias
Cholda’ – animal de significado incerto, alguns sugerem a toupeira.
Chomer – outra forma de escrever o termo ‘omer.
Chorva’ – ave de significado incerto
Choriv – Horebe
Dayta’ – ave de significado incerto, alguns sugerem o papagaio, abutre, urubu, etc.
Dawid – Davi
Darm’seq – Damasco
Dhatan - Datã
‘Evrai’ – Hebreu
‘Erish’lem – Jerusalém
‘Erastaws – Erasto
‘Estakhos – Estaquis (Rm 16:9)
‘Estira’ – unidade monetária, equivalente a quatro zozin.
‘Ezoba’ – tradicionalmente o hissopo, mas o termo refere-se à manjerona.
Falegawn – Flegonte (Rm 16:14)
Farascha’ – Medida antiga, entre 3 e 4 milhas
Filalagaws – Filólogo (Rm 16:15)
Filipas - Felipe
Finchis – Fineias
Firishi’ – Fariseus
Fovi – Febe (Rm 16:1)
Gad – Gade
Gahana – Forma aramaica do termo GeHinon
Garba – Termo utilizado para diversas doenças de pele, normalmente traduz o termo
hebraico “tzara’at”
Gel’adh - Gileade
Gershon – Gérson
Geza – ave desconhecida, alguns sugerem a águia marinha.
Giaws – Gaio
Gishon – Gósen
Hemina’ – unidade de medida
Hosha’ – Oséias, uma referência ao profeta, ou ao termo encontrado para referir-se a Josué,
o termo no texto massorético é Yehoshua
‘Ilisha’ – Eliseu
‘Ischoq - Isaque
‘Isu – Esaú
Kak’rin – unidade monetária, plural de kakh’ra’
Kakh’ra’ – unidade monetária
Kerobi’ – Querubim
Kerova’ – singular de querubim
Khosheta’ – animal de significado incerto.
Khifa’ – Pedro.
Kitai’ – conjunto de povos que alguns identificam como os das ilhas de Chipre, Creta e até
os romanos.
Kor – uma grande unidade de medida, cerca de 405 litros.
Lavi – Labeu.
Lelita – demônio em forma feminina.
Lia’ – Léia.
Liwyi - Levi
Loga’ – unidade de medida, equivalente a 250 mililitros.
Login – plural de loga’.
Loqiaws – Lúcio (Rm 16:21)
Mala’kh – Anjo, mensageiro, mensageiro divino
Mala’kha’ – forma enfática de Mala’ch
Mala’khi’ – Plural de Mala’kh
Mala’chin – Plural absoluto de Mala’kh
Malin – plural de mele’
‘Maliq – Amaleque
Maqdsho’ – Templo, literalmente “a seperação”
Mar – Senhor.
Mar Moruta’ – O Senhor Dominador (Senhor dos Exércitos, em hebraico)
Maran – Nosso Senhor
Mari – Meu Senhor
Mari’ – Senhores, nome def.
Mash’kena’ – mesmo que Mishkan, tenda, tabernáculo, habitação
Mat’qala’ – unidade monetária
Mat’qalin – plural de mat’qala’
Maziqa’ – um espécie de demônio.
Maziqi’ – plural de maziqa’
Mele’ – unidade de medida, uma mão cheia.
Melta’ – Palavra, expressão, discurso.
Menarta’ – candelabro, menorah (hebraico).
Menin – plural de mena’, moeda de menor valor.
Menoch – Manoá
Meshicha’ – Ungido, Messias
Mesrin - Egito
Mesrai’ – egípcios
M’naron – Candelabros
Morat - Mara
Mar’ya’ – Termo que é usado comumente na peshitta para referir-se ao Nome de YHWH
Memra’– Palavra
Moshi’ - Moisés
Mo’av – Moabe
Na’ama’ – ave de significado incerto.
Nadhav - Nadabe
Narqisaws – Narciso (Rm 16:11)
Naziru – nazireu, um espécie de voto de consagração, o termo é semelhante ao das árvores
que deveriam ser deixadas intocadas durante o “ano sabático”. O termo também é
relacionado ao termo “coroa”, relacionado ao diadema que era posto na cabeça das pessoas,
como se o voto fosse um sinal de dignidade
Nefula – tipo de acrídeo desconhecido.
Negor tora’ – ave de significado incerto, alguns sugerem a galinhola.
Nessa’ - ave de significado incerto, alguns sugerem o falcão.
Nequn – Unidade monetária desconhecida (Gn33:19)
Navi’ – profeta
Nevi’ – profetas
Niraws – Nereu (Rm 16:15)
Nit’qa’ – doença da pele, alguns sugerem a tinha, ou eczema.
Noch – Noé.
Kahene – Kohanim, sacerdotes
Kaheni’ – Kohanim, sacerdotes
Kherova’ – forma aramaica de Kheruv (Querubim).
Kocha’ – espécie de lagarto desconhecido.
Ksht – planta aromática desconhecida.
‘Odha’ – ave de significado incerto, alguns sugerem o falcão, de espécie semelhante ao
bacurau.
‘Oraitá – Lei, Torá
‘Orish’lem - Jerusalém
‘Orvanaws – Urbano (Rm 16:9)
‘Oyov – Jó (targum)
Parquias Pihistas – Pórcio Festo
Patrava – Pátrobas (Rm 16:14)
Penu’el– Peniel
Perasa’ – Unidade de medida de longa distância
Perasin – Plural de Perasa’
Perasi’ – Plural de Perasa’
Peron – Faraó
Persis – Pérside (Rm 16:12)
Prisqila – Priscila
Qadhar – Quedar, nome de um povo.
Qapopa – Provavelmente bufo, ou coruja, ou corvo.
Qisosa’ – algum tipo de lagarto ou réptil.
Qleiopa’ – Qleopas (tio de Yahushua)
Qorach – Coré
Qor’ch – Coré
Rabban – Nosso “grande”, “mestre”, “senhor”, hebraico: “Rabino”.
R’oil - Reuel
Ribboni – Meu ‘grande’, meu senhor, etc.
Refeqa’ – Rebeca
Rebeqah– Rebeca
Reshuna’ – uma espécie de gafanhoto desconhecida.
Robil–Rúben
Rofas – Rufo (Rm 16:13)
Sa’ – unidade de medida, equivalente a 11 litros e meio
Sain – plural de sa’
Sa’ir – Seir
Sa’ir – Literalmente o “peludo”, na cultura da época espécie de demônio, sátiro, bode, etc.
Safra’ - escriba
Safri’ – escribas
Sakhot – Sucote
Satana’ – Satan, Satanás. O termo em sua raiz significa “opositor”.
Sa’ta’ – unidade de medida
Sawsipatraws – Sosípatro
Sayida – ave de significado incerto, alguns sugerem um tipo de ave silvestre.
Shabta- Sábado, shabat.
Sharqaqa’ – ave de significado incerto, um tipo de ave comedora de abelhas.
Sehion – Sião
Sela’ – uma moeda, unidade monetária básica.
Sepora’ – Zípora
Silin – plural de sela’
Shabi’ – sábados, shabatot (sábados)
Shachfa’ – ave de significado incerto, alguns sugerem a gaivota do mar.
Shal’mi – Completo, pleno, perfeito, pacífico, usado também para um tipo de sacrifício.
Shal’ma – Completo, pleno, perfeito, pacífico, usado também para um tipo de sacrifício.
Shamir – verme que cortava pedras
Shekiná – a habitação (de YHWH)
Shekinot – plural de Shekiná (targumim)
Shlama’ – Shalom, perfeição, completude
Sh’may’ – Céus
Shemsha’ – sol
Shi’ol – Termo relacionado à morte.
Sheraqraqa’ – ver Sharqaqa’
Shem’on – Simeão
Shemoná – Pequena moeda de menor valor
Shemoni’ – plural de shemoná
Sh’limon– Salomão
Shichim–Siquém
Shilo – Silo
Shom’lay’ – Uma espécie de oferta, completude? Aperfeiçoamento? Término? Conciliação?
Tadai - Tadeu
Tama – Tomé
Tarawfena’ – Trifena (Rm 16:12)
Tarofasa’ – Trifosa (Rm 16:12)
Tawurus ‘Amanus – cadeia de montanhas na fronteira da Cilícia.
Tertiaws – Tércio
Yasawn – Jáson (Rm 16: 21)
Yatron – Jetro
Yawsef - José
Y’hodha’ – Judas, Judá
Y’hodai’ – judeu
Y’hodi’ – judeus
Yhuda’ – Judas, Judá
Ysakhor–Issacar
Yochabar – Joquebede
Yolia – Júlia (Rm 16:15)
Yonia – Junias (Rm 16:7)
Yordani–Jordão
Ya’qov – Jacó, Tiago (Ya’aqov em hebraico)
Yo’av – Joabe.
Yochanan – forma aramaica do nome Yachanan/Yochanan, “João”.
Zabedai - Zebedeu
Zalpa’ - Zilpa
Zevolon – Zebulon
Zopa’ – tradicionalmente o hissopo, mas o termo refere-se à manjerona.
Zoz – unidade monetária
Zozin – plural de zoz
‫ –ܝܫܘܥ‬Forma aramaica (escrita estrangela edessa) do nome Yeshua, na massorá aramaica
Yisho’ ou Yesho’.
[ ] - Texto duvidoso ou faltando

APARATO CRÍTICO
G– Septuaginta
GL– Septuagintarescensão de Luciano
GO– Septuagintarescensão de Orígenes
d
H Manuscritos Du Tillet
q
H Manuscrito de Munster revisado por Quinquarboreus
s
H Manuscritos ShemTob
Q– Qumran
a
Q – Rolo de Isaías de Qumran 1QIsa
b
Q – Rolo de Isaías de Qumran 1QIsb
1QGenAp – Gênesis apócrifo de Qumran
1QIsa– Manuscrito de QumranIsa
4Q158 – Manuscrito de Qumran 4Q158
T– Targum
TJ– Targum Yonatan
U– Versão Árabe
M– Pentateuco samaritano
ά– Versão grega de Áquila
ο εβρ – Texto hebraico de Orígenes
σ– Símaco
θ– Versão grega de Teodocião
S– Peshitta
SC CodexLeningradensis Bibl. Publ. N.S. no. 2séc V
ScManuscrito Velho Siríaco “Curetoniano”
ShManuscritos do tipo versão harklean
SfManuscritos do tipo versão filomexiana
SpManuscritos do tipo versão Peshitta ou Peshitto
S1 PeshittaCodexAdicional 14455 (British Museum)
S2 PeshittaCodexAdicional 17116 (British Museum)
S3 PeshittaCodexAdicional 14669 (British Museum)
S4 PeshittaCodexAdicional 14459 (British Museum)
S5 PeshittaCodexAdicional 14464 (British Museum)
S6 PeshittaCodexAdicional 14669 fragmentonestoriano (British Museum)
S7 PeshittaCodexAdicional 14460 (British Museum)
S8 Peshitta Codex Adicional 17114 (British Museum)
S9 Peshitta Codex Adicional 17119 (British Museum)
S10 Peshitta Codex Adicional 17115 (British Museum)
S11 Peshitta Codex Crawford I
S12 Peshitta Codex Crawford II
S13 Peshitta Codex Adicional 14454 (British Museum)
S14 Peshitta Codex Adicional 14453 (British Museum)
S15 Peshitta Codex Adicional 14459 (British Museum)
S16 Peshitta Codex Adicional 7157 (British Museum)
S17 Peshitta Codex Adicional 14470 (British Museum)
S18 Peshitta Codex Adicional 17117 (British Museum)
S19 Peshitta Codex Adicional 14462 (British Museum)
S20 Peshitta Codex Adicional 12137 (British Museum)
S21 Peshitta Codex Adicional 14449 (British Museum)
S22 Peshitta Codex Adicional 14458 (British Museum)
S23 Peshitta Codex Adicional 17113 (British Museum)
S24 Peshitta Codex Adicional 14461 (British Museum)
S25 Peshitta Codex Adicional 14463 (British Museum)
S26 Florentinum I
S27 Peshitta Codex Adicional 14457 (British Museum)
S28 Peshitta Codex Adicional 14452 (British Museum)
S29 Peshitta Codex Adicional 14450 (British Museum)
S30 Peshitta Codex Adicional 14451 (British Museum)
S31 Peshitta Codex Adicional 12140 (British Museum)
S32 Peshitta Codex Adicional 14471 (British Museum)
S33 Peshitta Codex Adicional 14448 (British Museum)
S34 Peshitta Codex Adicional 12141 (British Museum)
S35 Peshitta Codex Adicional 14456 (British Museum)
S36 Peshitta Codex Dawkinsianus III Oxoniensis
S37 Peshitta Codex Dawk
S30 Peshitta Codex Adicional 14451 (British Museum)
S38 Peshitta Codex Florentinum II
S39 Peshitta Codex Guelpherbytanum
S40 Peshitta Codex Vaticanum
S41 Peshitta Codex Meermanianum
S42 PeshittaCodexSyrorumOccidentalium
SMAS.1 PeshittaCodex Adicional 12138
SMAS.2 PeshittaCodex Adicional 12178
SMAS.3 PeshittaCodex Adicional 7183
SMAS.4 PeshittaCodex Adicional 14684
S42 PeshittaCodexKhabouris
S43 PeshittaCodex 36 jerusalém
S44 PeshittaMingana 148
S45 PeshittaLaurentiana 04
S46 Peshitta Claude Buchanan
S47 PeshittaLaurentiana 56
S48 PeshittaLaurentiana 58
S49 PeshittaCodexAdicional 17182 (British Museum)
S50 PeshittaCodexAdicional 14619 (British Museum)
S51 PeshittaCodexAdicional 14623 (British Museum)
S52 PeshittaCodexAdicional 14473 (British Museum)
S53 PeshittaCodexAdicional 17226 (British Museum)
S54 PeshittaOriental pertencente a Rendel Harris
S55 Manuscrito de Wetstein
SsManuscrito Velho Siríaco “Sinai Palimpsest”
Ss2 PeshittaCodexSinaitico2
Ss3 PeshittaCodexSinaitico3
Ss5 PeshittaCodexSinaitico5
Ss11 PeshittaCodexSinaitico 11
Ss12 PeshittaCodexSinaitico 12
Ss15 PeshittaCodexSinaitico 15
Ss17 PeshittaCodexSinaitico 17
Ss54 PeshittaCodexSinaitico 54
Ss74 PeshittaCodexSinaitico 74
Ss92 PeshittaCodexSinaitico 92
Ss134 PeshittaCodexSinaitico 134
Ss135 PeshittaCodexSinaitico 135
Ss145 PeshittaCodexSinaitico 145
Ss172 PeshittaCodexSinaitico 172
Ss159 PeshittaCodexSinaitico 159
Ss205 PeshittaCodexSinaitico 205
Ss231 PeshittaCodexSinaitico 231
Ss272 PeshittaCodexSinaitico 272
‫ –א‬Códex Sinaitico
B – Códex Vaticano
D – Códex Bezae
F – Códex Boreelianus
G – Códex Boerneriense
K – Códex Ciprius
L– Códex Leningrado B19a
P– Códex Guelferbitanus
Δ – Códex de Gall 037
Ψ– Códex Ψ
075– Códex Uncial 075
150– Códex Uncial 150
274– Códex Uncial 274
arm– Arminiano
Biz– Manuscrito grego tipo bizantino
sa
cop – versão copta saídica
bo
cop – versão copta boaírica
geo– versão georgiana
1
geo – versão georgiana revisada AB
2
geo –versão georgiana revisada CD
esl– Eslavo
It– Vetus Latina
Lec– Lecionário
Min– Manuscrito grego em letras minúsculas (Minúsculo), o número indica o manuscrito.
vg– Vulgata
Hier. – Jerônimo
Ƥ46 – Papiro 46
TM – Texto Massorético.
PcMss – Poucos manuscritos
Mss – manuscritos
NonnMss – numerosos manuscritos
KOEHLER – Lexicon in VeterisTestamenti Lib
(1) – versículo ausente no manuscrito
BIBLIOGRAFIA

Edições Bíblicas:

Ceriani, Antonio Maria. Translatio Syria Pescitto: Veteris


Testamente ex Codice Ambrosiano sec. Fere VI (fac-símile).
Officinis Photolithographica Angeli Della Croce: 1876.

Field, Fridericus. Origenis Hexaplorum: Quae Supersunt;


Sive Veterum Interpretum Graecorum In Totum Vetus
Testamentum Fragmenta. OXONII: E Typographeo
Clarendoniano, 1875.

Lamsa, George M. London: 1961

Murdock, James. New Testament: London, 1851

Sionita, Gabriel. Paris Polyglot: 1645

Walton, B.. London Polyglot: 1657

Livros de Referência:

Gwilliam, Georgius Henricus. Tetraeuangelium Sanctum:


Juxta Simplicem Syrorum Versionem. OXONII: E
Typographeo Clarendoniano, 1901.

Gwynn, John. D.D. Remnants of the Later Syriac Version


of the Bible. Willians and Norgate: Oxford, 1909.
Gwynn, John. D.D. The Apocalypse of St. John in a syriac
version hitherto unknown. Dublin University Press: Dublin,
1897.

Brock, Sebastian P. The Bible in the Syriac Tradition.


Oriental Institute Library: Oxford,1993

Thomas, John Daniel. The Harklean Margin: A Study of the


Asterisks, Obeli and Marginalia of the Harclean Syriac
Version, with special reference to the Gospel of Luke.
University of St. Andrews, 1973.

Whish, Henry F. Rev. Clavis Syriaca: A Key to the Ancient


Syriac Version, called “Peshitto” of the Four Holy Gospels.
George Bell and sons: London, 1883.

White, Josephi. Actuum Apostolorum et Epistolarum tam


Catholicarum quam Paulinarumm Versio Syriaca
Philoxeniana ex. Codice Ms. Ridleiano. OXONII: E
Typographeo Clarendoniano, 1799.
Autor: Fernando Lucius

felucius@gmail.com

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