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Observação da Mitose em células do ápice

radicular da cebola

1. Objectivos 
Os objectivos desta actividade experimental foram:

 Realizar uma preparação de ápice radicular da cebola com carmim acético;


 Observar essa preparação ao microscópio óptico composto (M.o.c);
 Observar e identificar as diferentes fases do ciclo celular em que se encontravam as
células;
 Comparar as observações do ápice radicular da cebola a 1 e a 4cm da extremidade.

2. Introdução teórica
Nesta actividade experimental fomos observar células do ápice radicular da cebola, e
identificar as diferentes fases do ciclo celular em que estas se encontravam.
O ciclo celular é o processo pelo qual uma célula passa desde que nasce até que se divide.
Este processo integraga duas fases fundamentais – a interfase e a fase mitótica.
A interfase é a fase mais longa do ciclo celular, e a fase em que as células se encontram a
maior parte do tempo. Esta fase integra três sub-fases: fase G1, S e G2. esta fase é
reponsável pelo crescimento celular e duplicação do ADN.
A fase mitótica é a fase do ciclo celular onde ocorre duas divisões, a divisão do núcleo –
mitose -  e do citoplasma – citocinese. A mitose integra 4 subfases: profase, metafase,
anafase e telofase. Todas estas fases se caracterizam por um dados conjunto de fenómenos:

 profase – é a etapa mais longa da mitose, onde os filamentos de cromatina se


condensam, originado umas estruturas grossas e curtas – os cromossomas - , que
vão ser constituídos por dois cromatídeos unidos por um centrómero, a membrana
nuclear fragmenta-se e o nucléolo desaparece e por fim forma-se o fuso acromático
nos polos da células;
 metafase – é a etapa onde o fuso acromático se vai ligar aos centrómeros dos
cromossomas, que já atingiram o encurtamento máximo, formando assim a placa
equatorial, onde os cromossomas se dispõem voltados para o centro do plano com
os braços voltados para fora; anafase – dá-se a fragmentação dos centrómeros,
separando assim os cromatídeos, passando cada um destes a formar agora um
cromossoma; as fibras do fuso acromático começam a encurtar levando assim os
cromossomas para os polos – ascenção polar;
 telofase – passa-se exactamente o contrário da profase, ou seja, a cromtina vai
descondensar e alongar, o fuso acromático dissolve-se, a membrana nuclear irá
reaparecer dipondo-se à volta dos cromossomas, formando assim dois núcleos
novos.

Terminada a mitose, vai ocorrer então a citocinese, que consiste na separação do citoplasma
da célula-mãe, em duas partes iguais, originando assim as duas novas células.
A mitose é então considerada como o processo responsável pelo crescimento dos vegetais.
No princípio da formação dos vegetais, todas as células do embrião de dividem, mas mais
tarde são criadas estruturas próprias para a mutiplicação celular – os meristemas - onde
ocorrem sucessivas divisões celulares. Essas estruturas encontram-se nos ápices radiculares
e formam o meiristema apical radicular. E superiores a essas zonas situam-se as zonas de
alongamento celular, onde ocorre o crescimento das células e sua especificação. Mas nestes
dois locais as células apresentam-se de maneira diferente, uma vez que têm funções
diferentes.
No meristema apical radicular as células são pequenas, apresentam núcleos volumosos,
pequenos vacúolos e citoplasma compacto. Enquanto que na zona de alongamento as
células são de maior dimensão, alongandas, com vacúlos de gandes dimensões, núcleos
pequenos, e um citoplasma muito reduzido situado entre a membrana celular e os vacúolos.
Com estas condições as células adquirem assim uma função específica.
Tudo isto faz parte do crescimento dos vegetais.

3. Material
 Microscópio óptico (M.o.c.);
 Lâminas;
 Lamelas;
 Tesoura;
 Bisturi;
 Pinça;
 Agulha de dissecção;
 Vidro de relógio;
 Papel de filtro;
 Papel de limpeza;
 Água destilada;
 Carmim acético ou orceína acética;
 Ápices radiculares de cebola.

4. Procedimento
1. Cortou-se aproximadamente 1 cm da extremidade do ápice radicular da cebola e
colocou-se num vidro de relógio;
2. Colocou-se duas gotas de carmim acético no centro de uma lâmina;
3. Colocou-se o ápice radicular, com a pinça, sobre as gotas de carmim acético;
4. Dissociou-se o ápice radicular, com duas agulhas de dissecção e aguarda um minuto.
De seguida, cobriu-se com a lamela o material dissociado;
5. Retirou-se o excesso de corante da preparação com o papel de filtro;
6. Observou-se a preparação ao microscópio óptico. Se necessário recorreu-se á
objectiva de imersão;
7. Repetiu-se os procedimentos anteriores utilizando, desta vez, uma região localizada
a 4 cm da extremidade radicular.

5. Registo de Observações
Observação ao M.o.c.:

Legenda:
1 – núcleo
2 – membrana celular
3 – cromossomas (ADN)
4 – citoplasma
5 – membrana nuclear
6 – parede celular
Diferentes fases observadas:
Interfase

Profase

Metafase

Anafase
Telofase

6. Tratamento de dados

7. Conclusão e Crítica
A partir desta actividade experimental podemos concluir que a mitose é um processo de
grande importância para os vegetais, uma vez que lhes possibilita o seu crescimento e
desenvolvimento.
Com as observações efectuadas podemos concluir que a mitose consiste então na profase,
metafase, anafase e telofase. Podemos distinguir estas diferentes fases através de aspectos
relevantes pertencentes aos acontecimentos de cada uma das fases:

 quando a célula se encontrava em profase, já era possível distinguir os seu


cromossomas, apesar de ainda se encontrarem um pouco enrolados em si;
 quando a célula se encontrava em metafase, era possível observar a placa equatorial
formada pelos cromossomas ligados ao fuso acromático;
 quando a célula se encontrava em anafase, era possível ver os cromossomas ligados
ao fuso acromático na sua ascensão aos pólos da célula;
 por fim quando a célula se encontrava em telofase, era possível observar a formação
de dois núcleos, com a cromatina dispersa de novo, de maneira que os cromossomas
não eram perceptíveis.
A citocinese não foi possível observar, mas algumas células encontravam-se na interfase,
onde apenas se destacava o núcleo da célula com a cromatina dispersa.
Por fim observamos ainda que as células do ápice radicular da cebola a 1cm da extremidade
eram mais pequenas e se apresentavam em diferentes fases da mitose, enquanto que as
células a 4cm da extremidade eram de maior dimensão e encontravam-se na interfase. Isto
acontece porque na extremidade do ápice radicular, as células aí presentes, fazem parte dos
meristemas, onde ocorrem sucessivas divisões celulares, daí o seu aspectos e as fases em
que se encontravam. Já as células a 4cm da extremidade situam-se na zona de alongamento
celular, onde as células estão em crescimento/alongamento e em especialização, daí a sua
dimensão e fase em que se encontravam.
Quanto a críticas, temos apenas a apontar dois factos. Um deles foi que devido a uma
incorrecta dissecação do fragmento do ápice radicular da cebola, não foi possível a sua
observação, uma vez que os tecidos se encontravam muito condensados, impedindo assim a
sua observação. Assim foi necessário observar preparações definitivas, existentes no
laboratório da escola. Outro factor a apontar foi a demorada realização de uma parte do
protocolo experimental, não partindo assim a sua finalização, bem como da actividade
experimental, tendo sido assim necessário fazer a suposta previsão de alguns resultados. De
resto o trabalho correu dentro do parâmetros propostos, sem nenhum acidente relevante.

8.    Bibliografia
 Caderno diário, onde foram tomadas as anotações da actividade experiemental;
 SOARES, Rosa, ALMEIDA, Carla, SERRA, Lídia, Técnicas Laboratoriais de Biologia –
Bloco II, Porto Editora, Porto, 2003.

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