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IX WORKSPOT- International workshop on power transformers,

equipment, substations and materials


FOZ DO IGUAÇU, PR – 25 a 28 DE NOVEMBRO DE 2018

A2/PS1

Experiência da UHE Jirau para Realização de Ensaios Elétricos em


Transformadores Elevadores de Potência sem a Desconexão da Subestação
Isolada a Gás SF6.

D. J. D. DO ESPÍRITO SANTO, R. C. FERREIRA, E. G. MARTINS
Energia Sustentável do Brasil – UHE Jirau
Brasil

RESUMO

Este artigo apresenta a experiência da equipe de manutenção da UHE Jirau na realização de ensaios
elétricos em transformadores elevadores de potência sem a desconexão da Subestação Isolada a Gás
SF6 (GIS). Para isso, são utilizadas as chaves de aterramento da GIS para acesso aos os terminais de
alta (525kV) e os barramentos isolados de 13.8kV para conexão com os terminais de baixa tensão do
transformador elevador. Permitindo assim, a realização de ensaios de relação de transformação (TTR),
medição da corrente de excitação, medição de resistência de enrolamento, ensaio do isolamento AC e
DC e medição de capacitância das buchas. Desta maneira, a metodologia utilizada para a realização
dos ensaios elétricos nos transformadores da UHE Jirau apresenta resultados próximos aos valores de
fábrica ou de referência, além disso o tempo de realização destes ensaios é reduzido de 36 horas para 8
horas de trabalho em relação aos ensaios com os terminais desconectados do transformador.

PALAVRAS CHAVE

Subestação Isolada a Gás, ensaios elétricos, transformadores, UHE Jirau, chaves de aterramento.

Diogo José Damasceno do Espírito Santo (diogo.santo@esbr.com.br)



1. INTRODUÇÃO

A UHE Jirau possui 50 unidades geradoras e 13 transformdores elevadores, tipicamente 04


unidades geradoras são conectados a 01 transformadores elevador, ver FIGURA 1. Por essa razão,
danos ou desligamentos intempestivos em qualquer um dos 13 transfornadores elevadores ocasionam
forte impacto na disponiblidade da usina, cuja referência é de 99,5%. Face a grande importância destes
equipamentos, o procedimento utilizado para realização de ensaios elétricos de rotina e de emergência
da UHE Jirau deve atender o objetivo de verificar a condição operacional dos trafos elevadores no
menor tempo possível.

Figura 1 - Diagrama unifilar da UHE Jirau 3.750MW - 50 unidades geradoras de 75MW e 13 transformadores elevadores.
Tipicamente 04 unidades geradoras são conectados a 01 transformadores elevador.

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Os ensaios tradicionais de transformadores utilizam das conexões diretas aos terminais
primários e secundários das buchas dos transformadores. Para realização dos ensaios da maneira
tradicional na UHE Jirau são necessárias a desconexão dos barramentos da GIS e de barramentos de
baixa tensão. A montagem e desmontagem da SIG demandam até 36 horas de atividades, pois são
necessários a retirada do gás SF6, desconexão elétrica da buchas e barramentos, a remontagem, vácuo
por no mínimo de 12 horas, enchimento de gás SF6 e ensaio de estanqueidade.
A alternativa encontrada pela equipe de manutenção da UHE Jirau para reduzir o tempo de
indisponibilidade do transformador foi de realizar os ensaios elétricos de relação de transformação
(TTR), medição da resistência ôhmica dos enrolamentos, ensaio do isolamento AC e DC e fator de
potência de bucha, utilizando os circuitos elétricos da própria GIS e barramentos isolados (baixa
tensão). Para isso, são utilizados os caminhos elétricos das chaves de aterramento isoladas a gás, nas
quais são desconectados os seus pontos de aterramento e utilizados estes para aplicação de potencial e
injeção de corrente, ver FIGURA 2.

Figura 2 - Ligação de aterramento removida da chave de terra da Subestação Isolada a Gás para realização de ensaios do
transformador elevador sem a desconexão com a Subestação Isolada a Gás.

Para que a realização dos ensaios elétricos do transformador pelas chaves de terra da GIS é
necessária que no projeto da GIS as chaves de aterramento permitam a desconexão da barra de ligação
a terra sem que sejam necessários a retirada do gás SF6 do compartimento e/ou a desmontagem do
invólucro. Também, há a necessidade de esquemas de baypass de intertravamento que permitam
fechar a chave de aterramento e seccionadoras ao mesmo tempo para acesso as buchas dos
transformadores [1].

2. ENSAIO DE RELÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO

No ensaio de Relação de Transformação (TTR) verifica-se a relação do número de espiras dos


enrolamentos do transformador. Caso o erro percentual entre os valores medidos e de referência seja
de mais ou menos 0,5% [2] haverá indicativo de existência de expiras da bobina em curto-circuito,
falha nos comutadores de tensão e ligações erradas de derivações. Este ensaio deve ser realizado no
tap de maior tensão afim de cobrir todo o enrolamento do transformador ou em todos os taps do
transformador.

2.1. Procedimento:

1. Abrir os disjuntores das unidades geradoras, disjuntor do transformador,


seccionadoras das unidades e seccionadoras seletoras de barra e chaves de aterramento
da baixa do transformador, ver FIGURA 3;

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FIGURA 3 - Manobras e ligações típicas para ensaio de relação de transformação (TTR) de um transformador elevador da
UHE Jirau.

2. Fechar a chave de aterramento 57T-3;


3. Desconectar o ponto de aterramento da chave 57T-3, ver FIGURA 2;
4. Realizar as conexões de acordo com o grupo angular fasorial do transformador sob
teste, ver TABELA 1;

TABELA 1 – Diagrama com as ligações dos grupos fasoriais angular de tensão de


transformadores e a respectiva fórimula da relação de espiras (relação de transformação).

5. Conectar o cabo primário (H) no ponto de conexão da chave 57T-3, ver Figura 2, e
cabo secundário (X) no ponto de conexão com o Reator Limitador de Curto Circuito,
ver FIGURA 4 de acordo diagrama,

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FIGURA 4 – Ligação cabo secundário (X) para o ensaio de relação de transformação (TTR) no ponto de conexão com o
Reator Limitador de Curto Circuito. Este é ponto acessível ao terminal de baixa do trafo elevador.

3. ENSAIO DE CORRENTE DE EXCITÃO

É um ensaio realizado nos enrolamentos de alta do transformador que é uma importante


ferramenta a fim de avaliar possíveis faltas no núcleo do transformador (curto entre as laminações),
curto entre espiras ou nas partes do enrolamento. Os valores de corrente obtidos em cada fase são
comparados entre si. Ou seja, para as fases das extremidades (ex. fases A e C) os valores normais
esperados são na ordem de até 5% de diferença, já entre a fase do meio (fase B) espera-se um valor até
30% mais baixo em relação as outras fases [2].

3.1. Procedimento para medição:

1. Abrir os disjuntores das unidades geradoras, disjuntor do transformador,


seccionadoras das unidades e seccionadoras seletoras de barra e chaves de aterramento
da baixa do transformador, ver FIGURA 5;

FIGURA 5 - Manobras e ligações típicas para ensaio de corrente de excitação do transformador elevador da UHE Jirau.

2. Fechar a chave de aterramento 57T-3;


3. Desconectar o ponto de aterramento da chave 57T-3, ver FIGURA 2;
4. Conectar o cabo secundário (X) no ponto de aterramento da estrela do transformador,
ver FIGURA 5;
5. Conectar o cabo de medição primária (H) para realizar medição em cada fase do
enrolamento de alta do transformador (transformador ligado em estrela). Caso o
enrolamento seja ligado em delta, dever-se realizar os ensaios com duas fazes curto-
circuitas por vez e aterrar a terceira fase.

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4. MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIA ÔHMICA DOS ENROLAMENTOS

Este ensaio mede a resistência ôhmica dos enrolamentos do transformador. A medição é efetuada em
corrente contínua O ensaio é capaz de verificar a condição ôhmica dos enrolamentos, contatos de
comutadores e conexões internas, através da injeção de corrente contínua e medição da diferença de
potêncial entre os pontos de injeção de corrente. Para este ensaio espera-se com valores normais
direfenças de até 1% das medidas em fábrica ou comissionamente ou diferenças de 2-3% quando são
comparadas medições entre fases. Os valores de resistência devem ser corrigidos a 75°C.

4.1. Procedimento para medição no enrolamento de alta do transformador (ligação em estrela


aterrado):

1. Abrir os disjuntores das unidades geradoras, disjuntor do transformador,


seccionadoras das unidades e seccionadoras seletoras de barra e chaves de aterramento
da baixa do transformador, ver FIGURA 6;

FIGURA 6 - Manobras e ligações típicas para ensaio de medição de resitência de enrolamento de alta (ligação em estrela
aterrado) do transformador elevador da UHE Jirau.

2. Fechar a chave de aterramento 57T-3;


3. Desconectar o ponto de aterramento da chave 57T-3, ver FIGURA 2;
4. Conectar o cabo de tensão e corrente no ponto de aterramento da estrela do
transformador, ver FIGURA 6;
5. Conectar o cabo de medição de corrente e tensão em cada fase do enrolamento de alta
do transformador.

4.2. Procedimento para medição no enrolamento de baixa do transformador (ligação em delta):

1. Abrir os disjuntores das unidades geradoras, disjuntor do transformador,


seccionadoras das unidades e seccionadoras seletoras de barra e chaves de aterramento
da baixa do transformador;
2. Conectar os cabos de tensão e corrente no ponto do circuito do RLC em duas fazes por
vez (X1-X2, X1-X3 e X2-X3) e realizar as medições.

5. MEDIÇÃO DE ISOLAMENTO DC

Estes ensaios verificam a condição da isolação entre os enrolamentos, e destes para a terra [3].
Para transformadores de tensão maiores que 69 kV se espera que a resistência de isolação DC esteja
maior que 1GΩ a 20°C e para transformadores de tensão menores ou igual a 69kV uma resistência de

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isolação maior que 500MΩ a 20°C [2]. Da mesma maneira dos outros ensaios apresentados
anteriormente, as ligações sem a desconexão do transformador devem acessar a parte de alta pelas
chaves de terra 57T-3, o ponto de aterramento de neutro do transformador e o circuito do RLC, ver
FIGURA 4, para acessar os pontos de baixa do transformador.

6. MEDIÇÃO DE ISOLAMENTO AC (FATOR DE POTÊNCIA)

A medição do isolamento AC mede o fator de potência que é a relação entre corrente alternada
que circula pela parte resistiva e a corrente capacitiva da isolação. Para medição nos enrolamentos
espera valores normais de fator de potência na ordem de 0,5%, valores maiores que 1% são
questionáveis e necessitam de uma investigação [2].
O ensaio de medição de isolamento AC pode identificar contaminação no óleo isolante ou
defeito em evolução na isolação.

6.1 Procedimento para medição das capacitâncias do primário contra secundário (CH-X), do
primário contra terciário (CH-Y) e do primário contra terra (CH-G).

1. Abrir os disjuntores das unidades geradoras, disjuntor do transformador,


seccionadoras das unidades e seccionadoras seletoras de barra e chaves de aterramento
da baixa do transformador;
2. Fechar a chave de aterramento 57T-3;
3. Desconectar o ponto de aterramento da chave 57T-3, ver FIGURA 2;
4. Curto-circuitar as fases entre si da chave de aterramento 57T-3;
5. Desconectar o aterramento do neutro do transformador;
6. Realizar conexão entre a bucha H0 e as fases da chave de terra 57T3 com cabo de
classe de isolação 15kV, ver FIGURA 7;
7. Desconectar o barramento das buchas de baixa do transformador (secundário e
terciário) e curtocircuitá-las. As buchas de baixa são desacopladas do barramento de
baixa a fim de eliminar as capacitâncias em paralelo equivalentes do barramento,
para-raios e demais equipamentos conectados.
8. Conectar o cabo de baixa tensão vermelho, LV(A) no terminal das buchas do
secundário do transformador, ver FIGURA 7;
9. Conectar o cabo de baixa tensão azul, LV(B) no terminal das buchas do terciário do
transformador, ver FIGURA 7;
10. Conectar o cabo preto de alta tensão (HV) na bucha H0;
11. Efetuar a medição da capacitância do primário contra secundário (CH-X). O
instrumento de medição de capacitância deverá estar configurado para a posição
USTA (Undergrounded Spcecimen Test), ou seja, teste do espécime desaterrado. O
equipamento fará a leitura apenas do objeto conectado ao cabo de baixa tensão
vermelho LV(A) e as fugas em direção a terra não serão lidas;
12. Efetuar a medição da capacitância do primário contra terciário (CH-Y). O instrumento
de medição de capacitância deverá estar configurado para a posição USTB
(Undergrounded Spcecimen Test), ou seja, teste do espécime desaterrado. O
equipamento fará a leitura apenas do objeto conectado ao cabo de baixa tensão azul
LV(B) e as fugas em direção a terra não serão lidas;
13. Efetuar a medição da capacitância do primário contra terra (CH-G). O instrumento de
medição de capacitância deverá estar configurado para a posição GSTgA+B, Grounded
Spcecimen Test (guard), ou seja, guardam-se as fugas em direção aos terminais LV(A)
e LV(B) do equipamento e executa-se a leitura das fugas em direção a terra.

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FIGURA 7 – Ligações para medição das capcitâncias do primário contra secundário(CH-X), do primário contra terciário
(CH-Y) e primário contra terra (CH-G).

6.2 Procedimento para medição das capacitâncias do secundário contra terciário (CX-Y) e do
secundário contra a terra (CX-G):

1. Repetir os passos de 1 a 7 do item 6.1.


2. Conectar o cabo de baixa tensão vermelho, LV(A) no terminal das buchas do terciário
(Y), ver FIGURA 8;
3. Conectar o cabo preto de alta tensão (HV) nas buchas do secundário (X);
4. Efetuar a medição da capacitância do secundário contra terciário (CX-Y). O instrumento
de medição de capacitância deverá estar configurado para a posição USTA;
5. Efetuar a medição da capacitância do secundário contra a terra (CX-G). O instrumento
de medição de capacitância deverá estar configurado para a posição GSTgA+B.

FIGURA 8 – Ligações para medição das capcitâncias do secundário contra terciário (CX-Y) e secundário contra a terra CX-
G).

6.3 Procedimento para medição da capacitância do terciário contra a terra (CY-G):

1. Repetir os passos de 1 a 7 do item 6.1.


2. Conectar o cabo preto de alta tensão (HV) nas buchas do terciário (Y), ver FIGURA 9;
3. Efetuar a medição da capacitância do terciário contra a terra (CY-G). O instrumento de
medição de capacitância deverá estar configurado para a posição GSTgA+B.

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FIGURA 9- Ligações para medição da capcitância do terciário contra a terra (CY-G).

7. MEDIÇÃO DE CAPACITÂNCIA E FATOR DE FATOR DE DISSPIPAÇÃ EM


BUCHAS DE ALTA TENSÃO.

O teste de fator de dissipação e teste de capacitância sãos os testes mais conhecidos e eficazes
na detecção precoce de contaminação e deterioração de buchas. As capacitâncias das buchas
condesivas são divididas em capacitância C1, capacitância do condutor central para o tap capacitivo, e
capacitância C2, capacitância do tap capacitivo para a terra, ver FIGURA 10
.

FIGURA 10 – Diagrama do circuito de buchas condesivas e suas capacitânicas C1 e C2.

As diretrizes para avaliar os ensaios de capacitância estão apresentadas na TABELA 2.

TABELA 2 - Diretrizes para avaliação dos ensaios de capacitância das capacitâncias C1 e C2


de buchas condesivas [5].

As diretrizes para avaliar os ensaios de fator de dissipação (DF) de buchas condesivas estão
apresentadas na TABELA 3.

TABELA 3 - Diretrizes para avaliação dos ensaios de fator de dissipação das capacitâncias
C1 e C2 de buchas condesivas [5].

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7.1. Procedimento para medição da capacitância C1:

1. Repetir os passos de 1 a 7 do item 6.1;


2. Conectar o cabo de baixa tensão vermelho, LV(A) no conector de derivação de tap da
bucha, ver FIGURA 11;
3. Conectar o cabo preto de alta tensão (HV) na bucha H0;
4. O instrumento de medição de capacitância deverá estar configurado para a posição
USTA,

FIGURA 11 – Ligações para medição da capcitância e fator de dissipação C1 da bucha de alta do transformador.

7.2. Procedimento para medição da capacitância C2:

1. Repetir os passos de 1 a 7 do item 6.1;


2. Conectar o cabo preto de alta tensão (HV) no conector de derivação de tap da bucha;
ver Figura 12
3. O instrumento de medição de capacitância deverá estar configurado para a posição
GSTA+B,

FIGURA 12 - Ligações para medição da capcitância e fator de dissipação C2 da bucha de alta do transformador.

8. ANÁLISE DOS RESULTADOS DA MEDIÇÕES REALIZADAS SEM A


DESCONEXÃO DO TRANSFORMADOR ELEVAOR DA GIS.

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TABELA 4 - Resultados dos enaios de relação de transformação sem a desconexão do trafo
elevador da GIS.

Os ensaios de relação de transformação do trafo elevador conectado a GIS apresenta


resultados satisfatório e dentro do critério de erro máximo de 0,5%.

TABELA 5 - Resultados dos enaios de corrente de excitação sem a desconexão do trafo


elevador da GIS.

A interpretação dos ensaios de corrente de excitação se faz com valores de corrente obtidos
em cada fase que são comparados entre si. Ou seja, para as fases das extremidades (ex. fases A e C) os
valores normais esperados são na ordem de até 5% de diferença, já entre a fase do meio (fase B)
espera-se um valor até 30% mais baixo em relação as outras fases [2]. O ensaio do trafo sem a
desconexão demonstra que a GIS e o barramento isolado estão coerentes com os valores obtidos
durante os ensaios de fábrica.

TABELA 6 - Resultados dos enaios de resistênica ôhmica sem a desconexão do trafo


elevador da GIS.

Os ensaios de medição de resistência ôhmica dos enrolamentos sem a desconexão da GIS


como transformador deverão ser a nova referência para os futuros ensaios, pois resultados serão
influenciados pelas resistências equivalentes em série das conexões seccionadoras e barramentos.

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TABELA 7 - Resultados da medição de isolamento AC (Fator de Potência) sem a desconexão
do trafo elevador da GIS.

As medições sem a desconexão da GIS demonstram a influência da associação em paralelo de


capacitâncias de para-raios, transformadores de potencial indutivo e capacitâncias, dos barramentos
influenciam nos resultados. Então, esta medição será a nova base para comparação na interpretação de
futuros ensaios.

TABELA 8 - Resultados da medição das capacitâncias C1 e C2 de bucha sem a desconexão do


trafo elevador da GIS.

Já os resultados das medições de capacitância de bucha C1 e C2 não presentaram diferenças


significativas dos resultados de placa ou fábrica devido a não influencia das capacitâncias paralelas a
terra da GIS nos circuitos de medição, pois para estas medições não são utilizados a referência para a
terra

9. CONCLUSÃO

A metodologia utilizada para a realização dos ensaios elétricos nos transformadores da UHE
Jirau apresenta resultados próximos aos valores de fábrica ou de referência, principalmente nos
ensaios de relação de transformação e corrente excitação. Os ensaios de resistência ôhmica e
capacitância sofrem influência da resistência equivalente em série (barramento e seccionadoras) e
capacitâncias em paralelo, respectivamente, assim, ensaios sem desconexão deverão ser utilizados na
comparação de futuros ensaios.
A metodologia utilizada pela UHE Jirau mostrou-se uma alternativa excelente e confiável para
a tomada de decisão quando houver a necessidade de ensaios após um desligamento intempestivo ou
manutenção preventiva pela redução do tempo de indisponibilidade do transformador de 36 horas para
8 horas trabalho.

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10. BIBLIOGRAFIA

[1] Koch, Hermman. “GIS Gas-Insulated Substations”, IEE PRESS WILEY, page 154.
[2] Working Group A2.34 CIGRE. “Guide for Transformer Maintenance”, February 2011, pages 52-
59.
[3] Grupo de Trabalho A2.05. “Guia de manutenção para transformadores de potência”, novembro de
2013, páginas 91-93.
[4] Manual CPC-100/CPTD1, Artigo Número: VESD0606 Manual Version:
CPC100TD1.A5.5.OMICRON2010.
[5] Santos, A.C, Silva, “Análise de Ensaios Elétricos de Isolamento AC, em diferentes Metodologias,
em transformadores de potência de alta tensão”. ELETRONORTE.
[6]. Milasch, Milan. “Manutenção de Transformadores em Líquido Isolante”, Edgard Bulcher,1984.
[7]. IEE Power Energy Society, “IEE Guide for diagnostic Field Testing of Fluid-Filled Power
Transformers, Regulators, and Reactors”, IEE Std C57.152-2013.

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