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nae BINWPIAGET Aula ESEGEEE anrsce ner : . UNIVERSIDADE JEAN PIAGET DE MOCAMBIQUE Curso: Engenhatia Civi Nome da disciplina: Redes e Infracestruturas Urbanas ‘ Docente: Gongalo R. Perira Z Data: Tema: 3.2. DIMENSIONAMENTO DE ORGAOS DE *TRATAMENTO POR FOSSAS: SkPTICAS E DE POGOS ABSORVENTES. 3.2.1. Fossa Séptica. Conceito. Quando nio ha disponibilidade de uma rede de esgoto publica, torna-se obrigatério 0 uso de instalagSes necessarias para a depuragao bioldgica e bacteriana das aguas residuarias. 0s despejos langados sem tratamento propiciam & protiferagio de inimeras doengas,Cerea de 50 tipos de infecgdes podem ser transmitidas directamente via excretas hhumanas(Ex.: febre tifoide, célera, disenteria, hepatite jnfecciosa, dentre outras )- ‘As fossas sépticas sto unidades de tratamento primério de esgoto domeéstico nas quais sho feitns a separagio e trausformasio da matéria solida contida no esgoto. Existem véris tipos de de fossa, alguns jé pateateados. Fisicamente consistem basicamente em uma esixa impermedvel |_|. egegeegaeg dg controle 100% rigoroso, desta forma se sabemos da provedéncia ¢ 0 controle de como a fossa “~ esta sendo feita, entiio podemos adoptar as mesma, caso contrario devemos sempre dimensionar e executar (construir) as mesmas na obra. De acordo com a Norma Brasileira, NB7229/1993, estabelece 0 seguinte em relagdo a aplicagao do sistema (Fossa Séptica): YO sistema de tanques sépticos aplica-se primordialmente ao tratamento de esgoto doméstico e, em casos plenamente justificados, ao esgoto sanitario. YO emprego de sistemas de tanque séptico para o tratamento de despejos de hospitais, clinicas, laboratérios de andlises clinicas, postos de saiide ¢ demais estabelecimentos + prestadores de servigos de saide deve ser previamente submetide & apreciago das 4 BINWerAGET Aula autoridades sanitérias © ambiental competentes, para a fixagio de eventuais exigéncias especificas relativas a pré e pés-tratamento. Y Mesmo nos casos em que seja admitide o tratamento de esgoto sanitario com presenga de substincias tGxicas, nas termos das secgdes precedentes, cuidados especiais devem ser tomados na disposigio do lodo. mensionado e implantado de forma a receber a totalidade dos Y O sistema deve ser despejos, com excepgio dos despejos especificados a baixo: E vedado o encaminhamento ao tanque séptico de: dguas pluvieis, 4 despejos capazes de causar interferéncia negativa em qualquer fase do proceso de ‘ratamento ou a elevacio excessiva da vazdo do esgoto afluente, como os provenientes de piscinas e de lavagem de reservatérios de 4gua De acordo com a mesma Norma, uso do sistema de tanque séptico (Fossa Séptica) somente & indicado para: Y- frea desprovida de rede piblica colectora-de esgoto; Y alternativa de tratamento de esgoto em areas providas de rede colectora local; Y retengio prévia dos sélidos sedimentiveis, quando da utilizagdo de rede colectora com didmetro e/ou declividade reduzides para transporte de efluente livre de sélidos sedimentaveis. 3.2.2, Posicionamento da Fossa Séptica, As fossas sépticas no devem ficar muito perto das moradias (para evitar mau cheiro) nem muito longe (para evitar tubulagdes muito longas). A distincia recomendada é de 4 metros. Também Elas devem ser construidas do lado do banheiro, para evitar curvas nas canalizagde: devem ficar num nivel mais baixo do terreno ¢ longe de pogos ou de qualquer outra fonte de captagio de gua (no minimo 30 metros de distncia), para evitar contaminagées, no caso de um, eventual vazamento. Be rAGcET Aula © tamanho da fossa séptica depende do mimero de pessoas da moradia, Ela é dimensionada em Fangdo de um consumo media de 200 litros de Sgua por pessoa, por dia, Porem a capacidade munea deve ser inferior a 1000 litros. As fossas sépticas podem ser de dois tipos: -Pré-moldadas -Feitas no local (Recomendada para Grandes Obras). De acorde co Norma Brasileira, NBR 7229/1993, Os tanques sépticas devem observar as Seguintes distincias horizontais minimas: 8) 1,50 m de construgées, limites de terreno, sumidouros, valas de infiltragao ¢ ramal predial de 4gua; b) 3,0 mde drvores e de qualquer ponto de rede puiblica de abastecimento de Agua; ©) 15,0mde pogos fiedticos ¢ de compos de agua de qualquer natureza. 3.2.3. Execucio da Fossa Séptica. A execugio da fossa séptica feita na obra comeca pela escavagio do buraco onde a fossa vai ficar enterrada no terreno. © fundo do buraco deve ser compactado, nivelado e coberto com uma camada de 5 cm de betio de limpeza, sobre o betao de limpeza é feita uma laje de betio armado de 10 om de espessura, armado com malhasol ou vardo de didmetro 6, 8 mm ou, conforme a especificagio do Projecto, ‘As paredes sio feitas com bloco macigados com bello, ao taco especificado no Projecto. Durante a execugo da alvenaria, jé devem ser colocados os tubos dle entrada e saida da fossa {tubos de 100 mm), bem como os tubos de comunicagéo entre as cAmaras, no caso fossas rectangulares. As paredes intemas da fossa devem ser revestidas com argamassa a base de cimento ¢ posteriormente queimadas & colher de pedreiro, para o melhor funcionamento da mesma, Na fossa séptica rectangular a separagio das cémaras € feita també em alvenarias ¢ a tampa da fossa sfio feitas com placas pré-moldados de betdo armado, BINPIAGET Aula A tampa a subdividida em placas, para faciitar a sua execucdo e até a sua remoglo. As placas Possuem 10 em de espessura e sua armag%o também é feitn conforme a espesificagao do Projecto, podendo ser armado com vardes de didmetro 8 ou 10 mm. A fossa séptica circular, na qual apresenta maior estabilidade, utiiza-se para retentores de cscuma na entrada e na saida, Tés ce PVC de 90 graus com didmetro de 100 mm. Segundo a Norma Brasileira, NBR 7229/1993, as medidas internas dos tangues devem observar © que segue: profundidade itl: varia entre os valores minimos e méximos recomendados na Tabela 4, de acordo com 0 volume itil obtido mediante a fSrmula de; Y didmewo intemo minimo: 1,10 m; Y Targura intema minima: 0,80 m; Y relagio comprimento/largura (para tanques - prisméticos retangulares): minimo 2:1; maximo 4:1. 3.2.4, Funeionamento da Fossa Séptica. Nas fossas, as éguas servidas softem a acco de bactérias anacrébicas, ou seja, micro-organismos que sé actuam sem a presenga de oxigénio. Durante a acco desses micto-organismos (em grande parte presentes nos proprios residuos lancados), parte da matéria organica sélida é convertida em gases ou em substincias sohiveis, que dissolvidas no liquido contido na fossa, so esgotadas e lancadas no terreno. Ao longo do processo, depositam-se no fundo da fossa, as particulas minerais sélidas (lodo) e forma-se na superficie do Hiquido uma camada de espuma ou crosta constituida de substancias insoltiveis ¢ mais leves que contribui para evitar a circulago do ar, facilitando a acco das bactérias. Como resultado hé a destruigao total ou parcial de organismios patogenicos. DRHPIAGE =n cs prev enor on mecwnmre Aula 3.2.5. Concepciio de Fossas Sépticas. 1. As fossas sépticas devem ser reservatérios estanques, concebidas, dimensionados © construides de acordo com critérios adequados, tendo em conta o namero de habitantes a Servir, ¢ respeitando nomeadamente ox seguintes aspectos: Y podem ser construidas no local ou pré-fabricadas, com elevada integridade estrutural © completa estunquidade de modo a garantirem a protecgo da satide piblica © ambiental: Y- devem ser compartimentadas, por forma a minimizar perturbagdes no compartimento de saida resultantes da libertagdo de gases e de turbuléncia provocada pelos caudais afluentes (a separa entre compartimentos & normalmente realizada ateavés de parede provida de aberturas laterais interrompida na parte superior para facilitar a ventilagio); Y devem permitir 0 acesso seguro a todos os compartimentos para inspecgao ¢ Jimpeza; Y devem ser equipadas com deflectores 4 entrada, para limitar a turbuléncia causada pelo caudal de entrada ¢ nao perturbar a sedimentacio das lamas, bem como A saida, para reduzir a possibilidade de ressuspen flutuantes, 2. O efluente liquido & saida das fossas sépticas deve ser sujeito a um tratamento \ complementar adequadamente dimensionado. A selecgo da solugdo a adoptar deve ser precedida da anélise das caracteristicas do solo, t através de ensaios de percolagio, para avaliar a sua capacidade de sub-irrigacio, bem como da anilise das condigées de topografia do terreno de implantagdo. Em solos com boas condigées de permeabilidade, devem em geral utilizat-se as seguintes ! solugdes: pogo de infiltragao, trincheira de infiltragdo ou leito de infiltragdo, No caso de ' solos com mas condigées de permeabilidade, as solugdes usualmente utilizadas so: | aterro filtrante, trincheira filtrante, filtro de areia, plataforma de evapo- transpiragio ou lagoa de macréfitas 3. Os projectos de fossas sépticas devem ser aprovados pelo Conselho Municipal ou por entidade @ quem tenha sido atribuida esta actividade no quadro de delegacio ou MIRHPIAGET Aula concessdo do servico de saneamento, devendo 0 respective requerimento ser instruldo com cépia da licenga de descarga ou comprovative do inicio do proceso de licenciamento. Para o efeito, podem ser definidas © disponibilizadas a todos 0s interessados normas de concepgao ¢ dimensionamento de fossas sépticas. © Consetho Municipal pode ainda aconselhar, no ambito do processo de aprovas isdes tteis 80, a melhor solugo a implementar, nomeadamente facultando projectos-tipo, indica outros elementos informativos. 4, Na apreciaydo de projectos que contemplem a implantagio de fossas sépticas, a5 centidades licenciadoras devem atender a critérios de saide piblica ¢ impacto ambiental, nomeadatmente tendo em consideragio: distancias minimas as éreas habitadas, perimetros de protec de captagdes de dgua e riscos de contaminagio de lengbis freaticos. ‘Segundo a Norma Brasileira, NBR. 7229/1993, as Fossas Sépticas podem ser: Y Tanque Séptico (Fossa Séptica) de cimara ti Unidade de apenas um compartimento, em cuja zona superior devern ocorrer processos de sedimentagio ¢ de flotagiio e digestio da escuma, prestando-se 2 zona inferior a0 aciimulo e digestao do lodo sedimentado. VY Tanque Séptico (Fossa Séptica) de caimaras em sé Unidade com dois ou mais compartimentos continuos, dispostos seqiiencialmente no sentido do fluxo do liquido ¢ interligados adequadamente, nos quais devem ocorrer, conjunta e decrescentemente, processos de flotago, sedimentagiio ¢ digestdo. 3.2.6. Manuteng&io de Fossas Sépticas e recolha ¢ transporte de lamas. Y As fossas sépticas devem ser odjecto de manutengio, da responsabilidade dos seus utilizadores, de acordo com procedimentos adequados, tendo nomeadamente em conta a necessidade de recolha periédica ¢ de destino final das lamas produzidas. Y A titularidade dos servigos de recolha e transporte de lamas de fossas sépticas & Municipal, no Ambito da atribuigdo relativa ao saneamento bisico, cabendo a responsabilidade pela sua provisiio as entidades gestoras dos sistemas municipais de saneamento (os proprios servigos municipais ou municipalizados, empresas municipais, ou empresas concessiondrias), que devem garantir 0 cumprimento das normas ambientais, | 5 | CRPIAG Er Littell Aula ‘plicfveis, nomeadainente no que respeita& entega das lamas em destino adcquado, ¢ a Driven de precos que nlo coloquem em causa a prestagdo de tum servigo publico As entidades gestoras podem assegurar a Prestagdo deste scrvigo através da combinagio ane Sonsiderem adequada de meios humanos ¢ técnicos proprios e subcomtratados, 7.4, Considera-se que as lamas devem ser removidas sempre que 0 seu nivel distar menos de Exceptuam-se 0s utilizadores industriais, que o podem fazer por meios préprios, desde ‘que devidamente habilitados para esse efeito, Por iiltimo, e segundo # Norma Brasileira, NBR 7229/1993, fixa entre 1 5 anos o intervalo entre as limpezas. 7 3.2.6.1. Aberturas de inspecio, As aberturas de inspesio dos tanques sépticos deve ter nti & remosio do lodo e da escuma acumulados, assim como a desobstrugio dos dispositivos internos. As seguintes relagSes de distribuigo ¢ medidas devem ser observadas: 2) todo tanque deve ter pelo menos uma abertura com a menor dimensio igual ou Superior 4 0,60 m, que permita acesso ditecto ao di tanque; ispositivo de entrada do esgoto no 5) 0 méximo raio de abrangéncia horizontal, admissivel . 8 partir do qual nova abertura deve ser necesséia: ©) a menor dimenslo das demais aberturas, ‘ue ndo a primeira, deve ser igual ou superior 20,20 m; SMPiAGceT Aula @) 08 tangues executados com lajes removiveis em segmentos nfo necessitam de Aberturas de insperio, desde que as pegas removiveis que as substituam tenham aren igual ow inferior a 0,50 m?; ©) 08 tanques prismiticos retangulares de cémaras multiplas devem ter pelo menos uma abertura por camara; £05 tanques cilindricos podem ter uma nica abertura, independentemente do némero de chmaras, desde que seja_observado o raio de abrangéncia disposto em b) € que a distincia entre o nivel do liquide © a face inferior do tampio de fechamento seja igual ou superior a 0,50 m. 3.2.7, Destino das lamas de fossas sépticas. YE interdito 0 tangamento das lamas de fossas sépticas directamente no meio ambiente e nas redes de drenagem piiblica de 4guas residuais, “As lamas recolhidas devem ser entregues para tratamento muma Estagdo de tratamento de Aguas Residuais (ETAR) equipada para o efeito. 's Jamas podem, em altemativa, ser entregues a outras entidades que, de acordo com a legislacdo em vigor, Possam assegurar @ sua valorizagao ou destino final, No primeiro caso, compete & entidade gestora definit, tendo em conta 88 capacidades de “stamento disponiveis © consideragdes de ondem téenico-econdmica, os locais de entrega ‘estas lamas, que poderio ser estagdes de tratamento sob a sua gestio directa ou afectas a outros sistemas municipais ou multimunici estagdes de tratamento, tendo, no entanto, que ser previamente ponderada a sua ‘Wiequabilidade, nomeadamente no que diz respeito aos teores de humidade © grau de establizagio apresentedos. A entidade gestora responsdvel elo tratamento pode ainda trlar as Tamas de fossas sépticas conjuntamente com as aguas residuais na Estagdo de Tratamento, Sempre que necessério, as estagdes devem dispor de unidades de homogeneizagio que permitam a mistura gradual, evitando chogues de carga orginica o, Consequentemsente, efeitos negativos no funcionamento daquelas instalagdes, GRPIAGET Aula = Y Sea entidade gestora de uma estagdo de tratamento for concessionéria de um sistema ‘municipal, intermunicipal ou multimunicipal de saneamento de éguas residuais urbanas, a actividade de recepgao, tratamento © destino final de lamas provenientes de fossas sépticas deve ser entendida como uma actividade enquadrada no objecto material da concessio, todavia nic sujeita a uma obrigasiio de disponibilizacio do servigo nem conferindo & concessionéria o direito de exclusividade territorial A imagem a equerda mostra as paredes da Fossa Séptica j4 concluidas, tendo sido executadas em alvenaria de bloco e macigados com betio enquanto que a imagem da direita, ilustra a ° mesma Fossa, ji com as tampas (lajes) pré-fabricadas assentes ¢ revestidas, faltando as tampas de manutengao ¢ inspecsio da Fossa, conforme as descrigdes feitas atras, Aula DINHPIAGET TESSREEEEEN wove or ecmmcne POGOS ABSORVENTES OU SUMIDOURO. 33. E um poco sem laje de fumdo que permite a penetragio do efluente da fossa séptica ne solo. © didmetro e a profundidade dos sumidouros dependem da quantidade de efluentes e do tino de solo, Mas, nfo deve ter manos de Im de didmetro € mais de 3m de profundidade, a construgéo. Os Pogos Absorventes (Sumidouros) podem ser feitos com blocos mecigades com para simplificer ida com anéis pré-moldados de betdo (Manilhas).. betdo ou Pogo seco escavado no chio e nfo impermeabilizado, que orienta a infiltragao de agua residuéria no solo. A construgdo de um Pogos Absorventes (Sumidouros) comega pela escavarao do buraco, a cerca de 3m da Fossa Séptica e num nivel um pouco mais baixo, para facilitar 0 escoamento dos cefluentes por gravidade. A profundidade do buraco deve ser 70 cm maior que a altura final do Pogo Absorvente (Sumidouro). Isso permite a colocagio de uma camada de pedra, no fundo do Pogo Absorvente (Sumidouro), para infiltragao mais répida no solo, ¢ de uma camada de terra, de 20cm, sobre a tampa do Pogo Absorvente (Sumidouro). Os blocos s6 devem ser assentados com argamassa de cimento ¢ areia nas juntas horizontais. As juntas verticais deve ter espagamentos, ¢ nao devem receber pré-moldados, eles devem ser 7 apenas colocados uns sobre 0s outros, sem nenhum rejuntamento, para permitir 0 escoamento dos efluentes. A laje ou tampa do Pogo Absorvente (Sumidouro) pode ser feita com uma ou mais placas pré- moldadas de Betio, ou executada no proprio local, tendo 0 cuidado de armar conforme o especificado noProjecto. , WINHIPIAGET Aula ER caer cme Sistema de Tanque Séptico- Esquema geral Alternativas para tratamento complementar disposigio final Fito anaerdbio Filtrooersbio -JPogo absorvente (sumidouro) Fluente, ‘iltro de arcia ‘ala de infiltragao Bsa [om] fae grit det afuente | sépticn | —"° ,\ vata de fitragio Torpo de égua ce ~ Escoamento superficial ~ Sistema pablico (simplificado) Desinfecgao Digestor + Aterrosanitirio Leito de secagem — Campo agricula ELT Esgoto Efluente. Parcela liquida que sai de qualquer unidade de tratamento. Filtro anaerébio, Unidade destinada ao tratamento de esgoto, mediante afogamento do meio bioldgico filtrante, Vala de filtragdo. Sistema de tratamento biolégico do efluente do tanque séptico, tubulagdes perfuradas superiores, para que consiste em um conjunto ordenado de caixa de distribuigdo, caixas de inspegdo, distribuir o efiuente sobre leto biolégico filtrante, ¢ tubulagdes perfuradas inferiores, para coletar © filtrado ¢ encaminhé-lo a disposigao final, \ MAPIAGET ie Vala de infiltragio Sistema de disposicfo do efluente do tanque séptico, que orienta sua infiltrago no solo ¢ consiste em um conjunto or- denado de caixa de distribuigao, caixas ss de inspesao € tubu- lagao. Perfurada assente sobre a camada-suporte de pedra britada. iy oo Aula ‘A imagem a superior esquerda ilustra 0 processo de escavagio do Pogo Absorvente, enquento que a da direita, faz evidéncia a0 proceso. de assentamento de alvenaria de blocos macigados em paredes de elevagio do Pogo Absorvente (Sumidouro), enquanto que a imagem inferior esquerda, mostra 0 mestno Poco Absorvente, jé com a tampa (laje) colocada, faltando os trabathos de acabamentos € a respectiva tampa de manuutengao e inspecgio. 3 \ DIRHPIAGET Aula 3.4, DIMENSIONAMENTO DA FOSSA SEPTICA. Segundo » Norma Brasileira, NBR 7229/1993, © volume til total do Tanque Séptico (Fossa ‘Séptica) deve ser calculado pela formula: V= 1000 +N (CT +K-L) Onde: V =volume aitil, em hitros IN = nimero de pessoas ou uni ides de contribuigio C ~conttibuigio de despejos, em litro/pessoa x dia ou cm litro/unidade x dia (ver Tabela 1) T = poriodo de detengio, em dias (ver Tabele 2) K = taxa de acumulasdo de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de acumulagio de todo fresco (ver Tabela 3) j0 de lodo fresco, em litro/pessoa x dia ou em litro/unidade x dia (ver Tabela 1) Entendendo-se Volume itil, como sendo 0 espago interno minimo necessirio a0 correcto funcionamento do Tanque Séptico (Fossa séptica), correspondente & somatéria dos volumes destinados a digestio, decantagao ¢ armazenamento de escuma, Volume total ‘Volume itil acrescido'de volume correspondente a0 espago destinado a circulacao de gases no interior do tanque, acima do nivel do liquido. Lodo. Material acumulado na zona de digestio do tanque sép- tico, por sedimentagdo de particulas sélidas suspensas no esgoto. Lodo fresco. Lodo instivel, em inicio de processo de digestio, DIRHPIAGET Tabela 1- Contribuigao di ‘ocupante. Uni Contribuigio Prd Unidade | diiria ° Esgotos (C) a Atead ‘Ocupantes permencates = Residencia padrao alto. Pessoa. 160. 1 ‘padrao médio Pessoa. 130. : pedro baixo Pessoa 100 t ~ Hotel (excepto lavanderia e cozinha) Pessoa, 100 1 Algjamenio provisério Pessoa 80 i Apartamentos Pessoa 150) r ~Escolas = Inermaios Pessoa 150 1 = Casas populares — murals Pessoa] "120 T ~Hospitais Tito 250 1 2 — Ocupantes tempordrios = Fabrica em geral Pessoa. 70 0330 - Escritérios Pessoa 50, 0,20 - Edificios pablicos ou comerciais Pessoa 50. 0,20 ~Escolas (extematos) ¢ locais de longa) Pessoa 5 a {permanéncia : - Bares 6 0,10 - Restaurantes e similares 25 0,10 Cinemas, teatro e locals de curla permanéncia : 0,02 sanitérios piblicos™ sapitdrios pablicos i 7 © Apenas de acesso aberto a0 piblico (estagio rodoviéria, ferroviria, logradouro piblico, estédio esportivo, ete.). Periodo de detengao do esgoto Tempo médio de permanéncia da parcela liquida do esgoto dentro da zona de decantagdo do tanque séptico. a MWINHPIAGET Aula “Tabela 2 - Periodo de detengio dos despejes, por faixa de contribuigso didria. “| antic Revododedstensio | itros) Dee oe ‘Ate 1500 1,00 De 1501 # 3000 0,92 De 3001 a 4500 0.83 De 4501 2 6000 0,75 De 6001 a 7500 0.67 De 7501 2 9000 0,58 Mais que 9000 0,50 C(didriay =N+C Taxa de acumulasio de lodo Miimero de dias de acumulagio de lodo fresco equivalente ao volume de lodo digerido @ ser armazenado no tanque, considerando reduglo de volume de quatro vezes para 0 lodo digerido. Tabela 3 -'Taxa de acumulagdo total de lodo (K), em dias, por intervalo entre limpezas temperatura do més mais frio Intervalo entre Valores de K por faixa de ‘temperatura ambiente (ft), em °c _timpezas (anos) [tS 10 W< ts 20 t> 20 1 94 2 65 37 | [ 2 134 105 97 | 3 174 145, 137 ij 4 214 185. 17 _| 5 254) 225 217) \ Profundidade total. Medida entre a face inferior da laje de fechamento ¢ 0 nivel da base do tanque. Profundidade dtil. Medida entre o nivel minimo de saida do efluente ¢ o nivel da base do tanque. Tabela 4 - Profundidade stil minima e maxima, por faixa de volume titil Aula Volume dtit | Profundidade | Profundidade ait (m3) ‘itil minima maxima (ex) _&en) Res 1,20 220 De 6,02 10,0 1,50 2,50. Mais que 10,0, 1,80. 2,80 te Dyer as AGET Aula EXEMPLO PRATICO Dimensionar para o projectar de um edificio com pavimentos tipo, térreo pilots, imentos, padre médio de acordo com os dados absixo: com4 apartamentos por p: 1. Profundidade do colector na entrada do TQ e igual 0,70m 2. Distincia minima do fundo das unidades ao lengol de éyua é igual 1m. 3. Didmetro do colector 150mm, declividade 1%, 4, Desnivel entre 0 NA do TQ e do FA ¢ Ah = 0,20m. 5. Distncia média entre FA ¢ Sumidouro 10m. 6. Coeficiente de percolagao do solo K= 0,08 m3 / m2.dia, 7. Periodo de limpeza de 4 anos. RESOLUCAO, Dimensionamento da Fossa Séptica. 1° Passo: Determinacao do Numero de contribuintes (N) ~ Edificio com & Pavimentos tipo com 4 apartamentos por pavimentos, Padrio Médio (2 Dormitérios sendo um de Casal, Sala, Cozinha, Banheito, Area de Servigo), Logo Admitindo 5 pessoa por apartamento ¢ Mais 5 Pessoas da Administragdo condominial ¢ mais 1% de Visitas temos: N=8+4+5+540,01+(8 +4 + 5) = 166,6 = 167 Pessoas 2° Passo: Determinagao das Contribuicdes unitarias de esgoto (C) e de Lodo Fresco (Li) - Tomando a Resisténcia com padrdio Médio Temos Pela Tabela 1 NBR7229/1993 os seguintes valores: C= 130 litros/dia « pessoa Lf= 1 litros/dia + pessoa 3° Passo: Determinagao do Periodo de detengiio (I) — MeTAGET ta | ~ Para a determinagio do periodo de detengdo consulia-se a tabela 2 (NBR7229/1993). Porém, antes disso € preciso calcular @ contribuico didria, obtidaa partir do produto entre a Contribuicao didria por pessoa vezes o ntimero de pessoas. (C(didria) = N - C= 167 + 130 = 21710 litros/dia Tomando 21710 litros/dia como Contribuigao didria consulta-se a Tabela 2 (NBR7229/1993) © i Obtemos: T=0,50 dias 4° Passo: Determinagio da Taxa de acumulagao total de lodo (K), por intervalo entre limpeza e \ temperatura de més mais frio, ~ Admitindo um valor de temperatura média para o més mais frio do ano, compreendendo t > 25 °C, para 0 caso de Tete, ¢ um intervalo entre limpeza da fossa de 4 anos, consulta-se a tabela 3 (NBR7229/1993), obtém-se K = 177 dias S*Passo: Céleulo do Volume ail (V) V = 1000 + Ne (C+ T+ K+ Lf — (NBR7229/1993) = Colocando os dados obtidos nos passos anteriores, temos: ‘V= 1000 + 167 + (130 + 0,50 +177 « 1) V= 41414 litros ; V= 41,414 m3 6° Passo: Determinagio das dimensdes - Conforme os dados acima e cpnsultando a tabela 4, tém-se: Profundidade Minima(m) (NBR7229) (metros) = 1,80m Profundidade Maxima(m) (NBR7229) (metros) = 2,80m

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