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como de pequenino se ensaia o destino

se constroem
destinos…
como de pequenino se constroem destinos

DE PEQUENINO
De pequenino
de muito pequenino
se torce o destino
se torce o destino

Primeiro sem saber porquê


e depois com um quê
de quem já sabe de saber mudar
de quem já sabe de saber fazer
uma outra terra no mesmo lugar
um lugar feito para gente viver
e mesmo que seja longo
mesmo que vá demorar

De pequenino
de muito pequenino
se toce o destino
se torce o destino
Abril/2011 Margarida Rangel Henriques 3
Proactividade da Criança
• Para que de pequenino se façam destinoS, é preciso
vs “comos” que o favoreçam

– E que “comos”?

– Qual o COMO na intervenção da psicologia clínica


• Como fazer então emergir o envolvimento activo da
criança no processo clínico?
• Como estimular essa proactividade e expandi-la
para todo o processo de mudança?

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Proactividade da Criança
COMO ?
• Dar espaço à criança e confiar na sua
capacidade significar as experiências e
construir mudanças
• Centrar a intervenção no que é pertinente
para a criança e contextualizando nas suas
metáforas
• Espaço relacional específico
– Que não seja semelhante ao de pais, tios,
professores, treinadores, amigos, etc.

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Proactividade da Criança
Particularmente privilegiada no contexto de uma
epistemologia construtivista e do construcionismo
social que assenta na proactividade do cliente;

Mais especificamente nas abordagens narrativas,


enquanto construtor da significação das suas
experiências

Cliente = actor autor actor

autor actor

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Abordagens Narrativas na
Psicologia Clínica
ABORDAGENS NARRATIVAS
• a abordagem narrativa na psicologia concebe
o ser humano como um construtor de
significados, como um narrador

• a narrativa surge como “unidade” de


significação, i.é. a forma de dar significado
às experiências de vida o domínio central
no estudo do ser humano

• Sem a construção de narrativas, a nossa


vida seria um conjunto de experiências
caóticas
ABORDAGENS NARRATIVAS
• Ao referirmos a importância da significação temos
necessariamente subjacente a noção de
acontecimento, pois o sujeito significa a sua
experiência.

• “Aquilo que acontece” passa a constituir o


elemento central da narrativa e esta, por sua vez, a
afirmar-se como um acontecimento em si mesmo.

• A psicologia passa a interessar-se pela existência e já


não pela essência (numa perspectiva molecular,
essencialista, passivo-estática, estruturalista e
internalista).
Definições de Narrativa
• Várias têm sido as definições e caracterização que
os investigadores e terapeutas têm encontrado
para a concretizar a metáfora da narrativa no
âmbito da sua abordagem

• Epston, White e Murray (1992)


– são histórias que determinam a selecção
dos aspectos da experiência a serem
expressos, a forma de expressão que se
lhes imprime, o seu significado, bem como
os seus efeitos nas nossas vidas e
relações
Definições de Narrativa
• Quando se pensa em qualquer situação concreta ou
imaginária surgem necessariamente
– actores
– acções
– cenários
– intenções, objectivos, pensamentos ou emoções
– desenrolar da acção e desfecho

• Pensamos, fantasiamos, recordamos, sofremos,


compreendemos e fazemos escolhas de acordo com
uma estrutura narrativa (Sarbin, 1986)
Definições de Narrativa
• Gonçalves (2000) destaca sete
elementos fundacionais para definir a
natureza da narrativa:
– (1) analógica
– (2) temporal
– (3) contextual
– (4) gestáltica
– (5) significadora
– (6) cultural
– (7) criativa
Definições de Narrativa
• Matriz narrativa (Gonçalves, 2000) é constituída
por 3 dimensões:
– Coerência Estrutura Recordação

– Complexidade de Processo
Adjectivação

– Diversidade de Conteúdo Projecção


Díriamos que a experiência de bem-estar
nada tem em comum com a vivência de um de
um sofrimento incapacitante, pelo que
parecerá inevitável que tal se repercuta em
diferentes formas de narrar.
Flexibilidade Narrativa vs
Disfuncionalidade Narrativa
• As narrativas adaptativas caracterizam-se pela
diversidade, flexibilidade e multiplicidade

• As narrativa podem tornar-se disfuncionais quando


se tornam rígidas e “totalitárias”/”saturada”
– Narrativas reduzidas a um único tema
– Que contém uma imagem incapacitante do narrador
– Reforçadas pelos diversos interlocutores presentes
– Auto-perpetuantes (a experiência tende a ser lida por esta
perspectiva, reforçando-a ainda mais)
• Depressão, ansiedade, problemas de comportamento, portar-se
mal quando vai ao médico...
Rigidez Narrativa
• O indivíduo, em lugar de ver a realidade como um
processo de negociação
– quer entre as possibilidades múltiplas do mundo e
das suas próprias experiências
– quer entre si e os outros no quadro da variedade da
matriz social

• assume a existência de:


» uma realidade absoluta
» insubstituível
» da qual tem a exclusiva responsabilidade
Psicoterapias Narrativas
• Globalmente, os modelos de psicoterapia narrativos,
assumem como objectivo expandir a significação e a
libertação narrativa.
• Para tal, a psicoterapia
» não se inscreve no paradigma da cura de
uma doença, nem no da resolução de um
problema
– mas antes, no paradigma da criação,
– constituindo TERAPIAS DA CRIAÇAO
• Trata-se de lançar o paciente num processo de
contínua e crescente mudança, sem nunca pre-
definir os limites desta mudança
Psicoterapias Narrativas
• Não é só a construção de um dado produto
narrativo que conduz à mudança, mas a
própria acção de a narrar.
• As soluções não são descobertas, não pré-
existem à conversação, mas são construídas
à medida que a interacção terapêutica vai
evoluindo.
• Os terapeutas narrativos têm desenvolvido
recursos conversacionais que enfatizam
precisamente este processo.
Princípios de uma Terapia situada
no Modo Narrativo do Pensamento

• Fomenta o sentido da autoria e da re-autoria da


própria vida e das relações de cada pessoa a
contar e voltar a contar a sua própria história

• Reconhece que as histórias se co-produzem e


procura estabelecer condições em que o
“objecto” se converta em autor privilegiado

• Introduz consistentemente os pronomes “eu” e


“tu” na descrição dos acontecimentos.

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Princípios de uma Terapia situada
no Modo Narrativo do Pensamento
• Estimula a polissemia e o uso da linguagem coloquial,
poética e pitoresca na descrição das vivencias e no
intuito de construir novos relatos

• Propõe que se funcione no modo subjuntivo da cultura,


consiste no modo do talvez, do poderia ser, do como se,
o modo das hipóteses, da fantasia da conjectura, do
desejo; é mover-se no campo das possibilidades
humanas, mais do que no das certezas estabelecidas

• Convida a adoptar uma postura reflexiva e a apreciar a


participação de cada um nos actos interpretativos

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Psicoterapias Narrativas
• Grande diversidade de técnicas retóricas tem sido
desenvolvida (ex.s)
• desenvolvimento de competências narrativas (O.
Gonçalves, 2000)

• conversas externalizadoras (White & Epston, 1990)

• terapias relatadas, utilização de documentos escritos

• uso das equipas reflexivas (Andersen, 1991)


Relação Terapêutica

• Relação Colaborativa
– Particular ênfase na proactiviade
– Responsabiliza o(s) interlocutores na
mudança
– Identifica como “especialista” para
significar as suas próprias experiências a
criança ou adolescente

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Proactividade da Criança
E para o conseguirmos ?

• Espaço para a ouvirmos, sentirmos, conhecermos os


seus significados quanto a si e ao que a rodeia
• Tempo para que experiencie o protagonismo naquele
espaço
• Curiosidade genuina
• Evitar ficar aprisionamento pelas descrições pré-
definidas associadas à sua faixa etária, ou estádio de
desenvolvimento
• Não abebezar, não ter que brincar, não encurtar
expectativas, mas sim que “levar a sério” essa
interacção e co-construir alternativas
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Abordagem narrativa com
cianças e adolescentes
• Um modelo de estimulação da
competência narrativa e reautoria
• Fazer emergir a proactividade da criança e a
sua definição do problema
• Produzir a mudança, através da exlporação de
outros posicionamentos em relação ao
problema
• Adquirir domínio sobre os processos utilizados
na mudança
• Atribuir consistência ás mudanças, projectando
no futuro a alternativa narrativa construída

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Um modelo de estimulação da
competência narrativa e reautoria
2 ferramentas centrais

• Promoção da capacidade cognitivo-


narrativa de construção dos episódios

• Linguagem externalizadora

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Um modelo de estimulação da
competência narrativa e reautoria
3 grandes fases:
• Exploração de acontecimentos significativos
da sua vida, tanto quotidiana, como passada
• Desafio ao problema e reconquista de um
espaço pessoal, liberto do domínio deste
• Projecção em diversos contextos e no futuro
das mudanças conseguidas

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Exploração de acontecimentos
marcantes
Objectivos:
• Estimulação da memória episódica
• Exploração da qualidade da narrativa,
aumentando a sua elaboração
– a sua coerência,
– riqueza de adjectivação
– diversidade de conteúdo
• Facilitar a compreensão dos acontecimentos
através da sua significação
• Integrar vivencias particularmente adversas
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Exploração de acontecimentos
marcantes
Particularmente útil para:
• Exporar de acordo com a experiência da
criança as situações que estão a ser fonte de
mal-estar e abrir porta à identificação e
apropriação de coisas de problemas
• Integrar experiências traumáticas
• Organizar situações de confusão, com
frequência associadas a períodos de
muitas/grades transições
• Necessidades de diferenciação emocional
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Exploração de acontecimentos
marcantes
Principais estratégias:

• Registo de narrativas diárias


– Noticiário da Semana

• História de vida
– Comboio da Vida

• Baralho de cartas

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“Narrative Therapy with
Children Video”
by Stephen Madigan

https://www.youtube.com/watch?v
=XMst5HoOS6c

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Desafio ao problema e
reconquista do espaço pessoal
Objectivos
• Focar intervenção no problema, explorando formas
de o ultrapassar ou minorar a sua influência

• Aumentar o sentimento de poder e capacidade e


eficácia pessoal face a situações problemáticas

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Desafio ao problema e
reconquista do espaço pessoal

Particularmente útil:
• Quando se identificam emoções ou problemas que o
próprio vive como defeitos/incacipadades suas e que
estão a ser avassaladoras para a pessoa,
interferindo no seu funcionamento
• exs. Medo, Saudade, Ansiedade,
Irritação, Raiva, Distração, Timidez
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Desafio ao problema e reconquista do
espaço pessoal
Principais estratégias:
• Construção externalizada do problema
– Identificá-lo e descreve-lo
– Descrever as suas estratégias de actuação, forças e
fraqueza
Sempre de modo muito concreto e animista
» Muito útil: plasticina, desenhos, construção de diálogos
em role-play e escritos
• Exploração de resultados únicos
– Identificação da sua ocorrência
– Narrativas detalhas de acontecimentos de sobreposição do
poder do próprio ao problema
» Muito útil: Utilizar diálogos escritos, bandas
desenhadas, estátuas corporais.
• Exploração de comparações entre o antes e o agora
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A importância de agarrar os interesses,
gostos como base para metáforas em
relação às metas a atingir

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Linguagem Externalizadora
• Uma forma diferente de pensar acerca do problema
– Pensar no problema como uma coisa
– Separar o problema da pessoa
– Dar poder à pessoa na relação com o problema

• Meios para externalizar


– Questões externalizadores
– Desenvolver actividades externalizadoras
Componentes da
externalização
• Efeitos do problema sobre a pessoa
• História da relação com o problema
• Aliados do problema / Interrelação entre
problema como forma de sustentar o prolema
• Objectivos do problema
• Estratégias do problema
• Influências contextuais
Exemplos de Questões
• O que faz com que reajas assim, em vez de fazer Y,
do modo como preferias?
• O que te impede de reagir como gostarias?
• O que é que o problema quer para a tua vida?
• Quando surgiu na tua vida o problema?
• Como é que este problema tem ganho poder na sua
vida?
• Que efeitos tem o problema na tua vida?
• Quais os truques preferidos do problema?

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Exemplos de Questões
• O que é que ele te diz… diz como se fosse ele… diz
alto como é que ele te diz isso?
• De que o modo o comportamento de X tem dado
poder ao problema?
• O que faria o teu pai, mãe, amigo (uma outra
pessoa) ao problema, se pudesse fazer alguma
coisa?
• E a tu, o que gostarias de lhe fazer?
• De que forma é que os problemas se apoiam uns
aos outros?

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Exercício dos repórteres

Afinal de quem é a vida?


Adapt. de Roth & Epston (1996)
Miguel Gonçalves (Universidade do
Minho, 1998)
Refletir acerca daquilo que
aconteceu
• Como foi ser o Problema? E foi ser repórter?

• Como foi a sua experiência diferente, ou


parecida, da experiência que teve noutras
conversas profissionais (ou na formação
universitária)?

• Como é que explica as diferenças que notou?

• O que o surpreendeu como Problema ou como


Repórter?
Vantagens da externalização
• reduz a conflitualidade entre as pessoas acerca de quem é o
responsável
• reduz o sentimento de fracasso face às dificuldades
• une as pessoas em torno do problema
• abre possibilidade de reclamar a vida ao problema
• permite ver o problema de forma mais libertadora
• cria retoricamente um novo espaço entre a pessoa e o problema
Resultados únicos
• Detalhes fora da narrativa problema
não permite que aquela se mantenha
de modo totalitário
• Resultados únicos e narrativa
problemática
• Ciclos viciosos/virtuosos entre a
narração e a acção
Identificação de Resultados
Únicos
• Que ocorreram
• Passado ou presente
• Espontâneos ou intencionais
• Que foram imaginados
• Que foram percebidos por outros actores, mas não pelo próprio
• Questões sobre outros pontos de vista

• Orientados para outros contextos


• Temporais e espaciais
Desenvolvimento dos resultados
únicos na Paisagem da Acção
• Processos envolvidos

• Detalhes (desenvolver os detalhes sensoriais)


• Contrastes temporais

• Pessoas
• Contextos que suportam

• Detalhes sobre eventos hipotéticos


Desenvolvimento dos resultados
únicos na Paisagem da
Consciência
• Significados e implicações
• Características e qualidades
• Motivações e objectivos
• Significados e implicações
• Valores e crenças
• Conhecimento e aprendizagens
Exemplos de Questões
• O Como é que tens resistido ao problema?
• Como fazes para limitar o domínio que o problema
tem na tua vida?
• Quais são os efeitos que consegues?
• Esta semana houve alguma altura em que o
problema não conseguiu controlar o teu
comportamento ou os teus pensamentos?
• Quem não ficará nada surpreendido com este
acontecimento?
• Quem é que vai perceber primeiro que o problema já
não te ocontrola totalmente?

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Exemplos de Questões
• Imaginaste-te, em alguma altura, a derrotar o
porblema? Como foi?
• Como é que imaginas o futuro, depois de o problema
ter deixado de dominar a tua vida?
• Como te preparaste para enfrentar o problema?
• No passado, quando estavas dominado pelo
problema terias reagido desse modo?
• Das pessoas que te rodeiam, quem teve um papel
mais importante nas tuas vitórias?
• O que é que ter superado o problema nesta situação
te diz de ti próprio?
• Se esta nova forma de agir se consolidasse numa
nova forma de ser que nome darias a esta nova
história?
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Exemplos de Questões

• De que modo esta nova forma de ser te permite


atingir os teus objectivos?

• Seria possível tal ter acontecido se o problema


dominasse totalmente a tua vida?

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Consolidação de Narrativas
Alternativas
• “Baptizar” a nova história e contrastar com a história antiga
• Criar audiências para a nova história
– trazer à apreciação dos outros a nova história
– fazer circular a história em audiências mais vastas
• Reais (e.g. clubes)
• Diálogos imaginários (e.g., com um heroi, com uma
pessoa significativa que já tenha falecido)
• “Ancorar” as mudanças
– Utilização de cartas (e.g. escritas pelo terapeuta, escritas
pelo cliente), partilhar as notas com os clientes
– Documentar a terapia (e.g., livros, estátuas, desenhos)
– Cerimónias
Projecção das novas narrativas
em diversos contextos e no futuro
Objectivos:

• Aumentar a frequência das mudanças


e

• Promover a diversidade nas narrativas


alternativas

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Projecção com diversidade de personagens a encarnar,
de acções, de temas, de cenários, de vários caminhos
e de de lugares de chegada, de tempos a navegar

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Projecção em diversos contextos
e no futuro das novas narrativas
Sempre necessário antes da finalização de um
processo clínico
Objectivos
•Aumentar consistência das mudanças
•Apoiar o processo de reconhecimento dos processos
construídos por parte da criança ou adolescente e
adultos significativos
Primeiro sem saber porquê
e depois com um quê
de quem já sabe de saber mudar
de quem já sabe de saber fazer
uma outra terra no mesmo lugar”
Margarida Rangel Henriques 52
Projecção em diversos contextos
e no futuro das novas narrativas
Principais estratégias
• Explorar quem já tem conhecimento das mudanças
• Identificação de possíveis públicos
• Promover estatégias para sua divulgação
• Antecipar situações da semana ou do futuro que
voltem a ser difíceis e construí-las através de
narrativas com boa qualidade de estrutura, processo
e conteúdo
• Ritualizar o fim do processo com documentos que de
algum modo o narrem e simbolizem a satisfação
desse momento

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Modelo da Reautoria com Crianças

DIFICULDADES COMUNS
Na externalização
• O evitamento de falar do problema
– excesso de tensão e ansiedade em abordar o assunto
• A desconfiança da criança em relação à
linguagem
– “é de bebé, eu sei que ele não existe, são pensamentos
meus”
• O não reconhecimento do problema como
algo que a prejudica
– Pode ser mais fácil externalizar, mas muitas vezes mais
difícil incrementar a responsabilidade pela mudança

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Na externalização
• O que externalizar?

• Usar a linguagem externalizadora

• Explorar suficientemente a externalização

• Como envolver os pais no trabalho que se está a


desenvolver com a criança

• Como pedir a colaboração dos pais para se


conseguir iniciar um trabalho com a criança

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Os Resultados Únicos
• Não assumir autoria das mudanças

• Desvalorizar a importância das vitórias (como


algo banal)

• Aprofundar a descrição da experiência e não


ficar apenas pela enunciação do resultado

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Na Consolidação da Nova História

Particularmente, na publicitação:
• Não querer falar mais do assunto
– Já toda a gente deu conta
– Isso para eles não interessa
– Não tenho nada que andar a falar da minha vida
– Eles nem sabiam muito bem do que se passava

• Não querer assumir que em algum momento


foi diferente… (que o problema existiu)

Margarida Rangel Henriques 58


Exigências grandes de agilidade,
multiplicidade de significação e co-autoria são
colocadas aos psicoterapeutas que se
aventuram pelos modelos narrativos

Margarida Rangel Henriques 59


De pequenino se trocam histórias aprisionantes por
narrativas que nos projectam noutras personagens,
outras expriências, outras liberdades.
De pequenino se vai sentindo o poder e prazer nessas
construções.
De pequenino se constroem novos rumos para as
memórias, novas significados, novas formas de
satisfazer as nossas necessidades de “ficar bem”
De pequenino “se torce o destino”, apontando novas
direcções…
Abril/2011 Margarida Rangel Henriques 61

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