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> CORPO DE BOMBEIROS MILITAR ESTADO DE GOIAS SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR PORTARIA DE APROVAGAO es no cant? sass CORALINA ‘CORPO DE BONBEIROS MILITAR Porusia 91.2020- CBM. Bore Spore Ban 0 Comandante Geral do Corpo de Bombeizos Militar do Estado de Gos nomeado pele Decreto de 12 de dezembro de 2019, pblicado no Diso Oficial do Estado n. 2.197, de 12 de dezembro de 2019, no uso de uss auibuigses lepasereglamentaes, nos esmon do artigo 11,1, da Lei Fatal 18 305, de 30 de dezemibro de 2013, «do argo T14, [do Decreto Estadual 9.690, de 06 dejutho de 2020, que ‘prove o Regulameato da Secretaria de Evado da Seguenga Piblice CONSIDERANDO ¢ que_ conta dos autor do Proceso Adusnisuanve SED 1 2o1900013025962. RESOLVE ‘Ast 1° AprovarstualizarSo do Protocolo de Suporte Bisico de Vida, elaborata por ComistSo dssignada po forga da Porana n.340/2019- CBM (538255), en ee rovidenciem o que thes compete. ‘An. 3* Detmingr a0 Comando da Academia © Enso » ao Batlhdo de Salvamerta 2m Emergéncin que adotem providéncas imeditas conjuntamente visando a disseminasio © « musiicagto da ssushznpio dousaaa em debate junio so efenvo da Corporat. Ant Detenminar aos Comandantes Regionsis que acompanhem 2 cores aplicas’o do ‘rotecoloa que se sefereo aig I" devs pomaia. ‘Art 5° Bstaportaria entra em vigor a data de ua pblicacio em Boetim Geral Eetrnico, PUBLIQUESE e CUMPRASE, Gabinete do Comandante Geraldo Corpo de Bombeuos Milter, em Goin GO, aoe inte © otto dias do més de jul de 2020, Ener Tsiat d Lesns - Coronel QOC ‘Comactate Gra < Q > Ww a ° 9 G t Pr) w EB 4 ° a 5 a w a ° a ° ° °o Ee ° a“ a SE | sepa etna re ESMERALDINO JACINTO DELEWOS,Comandaste Geral es 2807 2020 a8 10:59, conte art 2 § 2.10, JaLe 170502010 eat 3B, 1 do Deo tt “Jars sos 2018 TORRIIG 5 aecsicate do documento pode ur confine site 3 apse go go rseeonraader externe phy? scao-doctunento conferirSid_orgno acess eterno“ afscmando 0 cgoveiicaor 000014348927 wi oes CRC SPHINN, SECRETARIAGERAL ‘Novo Commando Geral do CBMGO (A. -206 A C-198, anim Ame, Goians-GO) ‘Refetncia Prosino*201900011025982 SELOD0014345927 Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abrili2020 34012019 2de 140 ESTADO DE GOIAS SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR COMISSAO DE REVISAO TECNICA E ATUALIZAGAO - Cel QOC 1155 Jonas Henrique Moreira Bueno (Presidente); - Maj QOC 2303 Luiz Eduardo Machado Lobo (Membro); - Cap QOC 2197 Saul Ezrom de Miranda Xavier (Membro/Médico); - Cap QOC 2772 Italo Ferreira Silva (Membro); - Cap QOA 1158 Leonardo de Castro Oliveira (Membro/Enfermeiro); - 1° Ten QOC 03.260 Daniel Gongalves Vitorino C. de Miranda (Membro); - 1° Ten QOC 3262 Renata Vilela Chaveiro Ramos (Membro); - 1° Ten QOC 2420 Gabriel Lins dos Santos (Membro); - 1° Ten QOC 1554 Hugo Brito (Membro); - 1° Ten QOA 1448 Célio Fernando de Paula (Membro/Enfermeiro); - 2° Sgt QP/Comb. 1712 Samuel Melo Meneses (Membro/Enfermeiro); - 3° Sgt QP/Comb. 02.571 Wesley DA COSTA Reis (Membro/Médico); - 3° Sgt QP/Comb. 1794 Alessandro Rodrigues de Morais (Membro / Enfermeiro). - Ms. Elisngelo Aparecido Costa da Silva (Enfermeiro. SIATE). PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA Colaboradores: - 19 Ten QOC 3676 Anténio Carlos Sabbatini da Silva. - 2° Sgt QP/Comb 01,582 Eric Pereira Lima = Cb QP/Comb 03.304 Jordéo Emerick Ramos - Sd QP/Comb. 3852 Tadeu Moura. Protocolo de suporte bésico de vida / Corpo de Bombeiros Militar. - Goisnia : - 2020. 140 p. =i. Varios colaboradores. ) 1. Suporte basico de vida. 2. Primeiros socorros. 3. Emergéncias médicas. 4. ‘Atendimento pré-hospitalar. |. Goids (Estado) - Corpo de Bombeiros Militar. Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abrili2020 34012019 3de 140 ESTADO DE GOIAS SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR APRESENTACAO Socorrista, vocé esta atualizado quando o assunto ¢ Atendimento Pré-Hospitalar? “Atualizar’ significa tornar atual, adequar aos dias de hoje, modernizar. Seria impossivel, entdo, tratar deste assunto sem passar pela evolugao cronolégica do Servigo de Resgate no Corpo de Bombeiros do Estado de Goids. Reunir informagées histéricas que permitam que vocé, leitor, entenda rapidamente a criagao e estruturacao deste servigo. No final dos anos 80, o Governo Federal (Ministério da Satide) criou © Programa de Enfrentamento ao Trauma e Emergéncia, compreendendo a fase de Atendimento Pré-Hospitalar, em que varios Corpos de Bombeiros Militares do Brasil receberam treinamento e atualizagdes para atuarem em situagées de trauma, a fim de padronizar técnicas em todo o Pais, capacitando os Bombeiros Militares como Socorristas de Resgate. Em 1990 o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goids adere ao programa de enfrentamento ao trauma e emergéncia e cria o Programa PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA “Chame Ambulancia’, a fim de levar o atendimento as vitimas de ‘emergéncias clinicas e traumaticas, bem como o transporte inter-hospitalar. No entanto, em 1996, 0 programa foi substituido pelo projeto Resgate, com a criagao do Grupo de Resgate Pré-Hospitalar (GRPH), tendo como escopo um servigo de atendimento pré-hospitalar composto por equipes de atendimento basico e avangado. Em 1998/99, iniciaram as tratativas de criagdo do Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergéncia (SIATE), em parceria com a Secretaria de Estado da Satide, permitindo o intercdmbio multiprofissional com apoio de profissionais de satide, propiciando j& no inicio do ano 2000, a regulagao médica no Centro Operacional de Bombeiros (COB), e a implementagao de duas Unidades de Suporte Avangado (USA). Com a parceria do SIATE 0 Servigo de Atendimento Pré-Hospitalar do CBMGO, recebe investimentos da Secretaria de Satide, propiciando a expansdo do servigo aos municipios que possuiam unidades da Corporagao, os quais receberam viaturas modernas, atendendo 0 conceito Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 Ade 140 Comi ESTADO DE GOIAS SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR APRESENTACAO de Unidade de Resgate (UR) para as OBM's e Unidade de Suporte Basico (USB) para as prefeituras realizarem o transporte inter-hospitalar. Além das parcerias operacionais, o Resgate, também passa a atuar juntamente com o SIATE, na capacitagao continuada junto aos Servigos de Satide da capital e interior, capacitando médicos e enfermeiros em todo o Estado. Em 2007, o CBMGO altera a formatagao dos cursos de capacitago em atendimento pré-hospitalar e inicia o Curso de Resgate, aprimorando a formagao e especializagdo dos socorristas para 0 CBMGO e outras instituigées, tornando-se assim multiplicador de conhecimento na area pré-hospitalar, tendo ja formando socortistas para o Brasil e exterior. Concomitantemente ao crescimento doutrindrio, o Servigo de Resgate tem buscado melhorias no que se refere a equipamentos e viaturas, contando hoje com viaturas modernas, tanto de suporte basico como de suporte avangado, inclusive com viatura e equipe especializada em atendimento de emergéncia neonatal e aeronaves de asa fixa e PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA rotativa com o servigo aeromédico. Em 2019 é criado 0 Grupo de Agdes e Respostas Rapidas - GARRA, com emprego de motocicletas, tendo como objetivo diminuir o tempo resposta em atendimentos, aumentando as chances de sobrevivéncia das vitimas assistidas pelo sistema de APH em Goids Respeitando 0 contexto e a tradigao histérica do APH na corporagao, estabeleceu-se a comissdo de reviséo e atualizagéo do Protocolo de Suporte Basico de Vida, adotado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiés (CBMGO), a luz das mais recentes evidéncias descritas em literaturas, diretrizes e protocols consagrados no Brasil e no exterior. © presente protocolo, mantém sua fungdo de ser um ato normatizador, constituindo um conjunto de regras e procedimentos (condutas) que devem ser respeitadas e seguidas para amparar as agdes dos nossos socorristas, bem como, proteger a sociedade. Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 Sde 140 Comi ESTADO DE GOIAS SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR APRESENTACAO ‘Sendo obrigatéria a sua aplicagao no ambito de nossa instituigo, onde as ocorréncias devem ser cadastradas no Registro de Atendimento Integrado (RAI) e as condutas e/ou intercorréncias, devem ser descritas detalhadamente, visando amparar a vitima e os socorristas. Permanece a doutrina conceitual do ‘periodo de ouro’, priorizando seus principios: avaliagao, conduta e o transporte rapido, sem prejudicar a seguranga e a manutengdo dos sinais vitais da vitima. Todavia, este protocolo entre outras atualizagées, apresenta as novas condutas para a restrigao de movimentos na coluna vertebral (RMC), baseada em evidéncias, permitindo ao socorrista raciocinar acerca da melhor conduta e preferéncias de atendimento, servindo para ruptura de paradigmas praticas até entao utilizadas pelas equipes do CBMGO: Salvamento, Combate a Incéndio e Atendimento Pré-Hospitalar, composta por trés PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA socorristas (guarni Esta atualizagao, sem esgotar o assunto, foi construida a partir de uma pesquisa bibliografica, onde as condutas aqui apresentadas foram padrao) ou dois socorristas (guarnigao reduzida). atualizadas com base em doutrinas, amparadas por estudos cientificos e protocolos de diversas instituigées renomadas, descritas nas referéncias bibliograficas deste protocolo, servindo para nortear e contribuir com aprimoramento técnico profissional dos bombeiros militares a servigo da populagao do nosso estado. Agora é com vocé, movidos pela vontade de fortalecer cada vez mais © Servigo de Atendimento Pré-Hospitalar de nossa corporacao e pelas palavras de nosso Imperador e Patrono, D. Pedro Il ‘Nao conhego missao maior e mais nobre que a de dirigir as inteligéncias jovens e prepara os homens do futuro”. Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 6 de 140 Comi ESTADO DE GOIAS SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR PREFACIO Para a presente atualizagao do Protocolo de Suporte Basico de Vida, foi designada uma comisséo de bombeiros militares, médicos e enfermeiros > do CBMGO e do SIATE, para condugao dos trabalhos de forma colaborativa, a qual buscou analisar as evidéncias e protocols consagrados, bem como ‘© compartihamento de experiéncias adquiridas pelo servigo ao longo de sua existéncia. O Suporte basico de Vida, constitui a coluna dorsal do atendimento inicial, prestado pelo CBMGO e pelo SIATE a nossa sociedade, sendo representado pelas as equipes de Resgate, através das Unidades de Resgate (UR) e Moto Resgate (GARRA) as quais normalmente sao e devem ser as primeiras equipes a chegarem no local da ocorréncia, antes das equipes de Suporte Intermediario, Suporte Avangado e/ou do Servico PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ‘Aeromédico, E mister a constante necessidade de aprimoramento das técnicas e da doutrina de Atendimento Pré-Hospitalar, constituindo um desafio para nossa instituigao servir cada vez melhor a populagdo goiana. Portanto, esta atualizagdo do protocolo traz entre outras a inovagao de possuir uma formatagéo de paginas em fichdrio, permitindo sua atualizagdo por assunto de forma mais dinamica e agil, sem a necessidade de no futuro constituir comissdes de atualizacao do protocol como um todo, mas no momento oportuno e necessério, bastando a designacdo de comissao para atualizar determinado assunto que requeira mudangas pontuais acompanhando novas evidéncias, porem mantendo a estrutura do protocolo atual. Protocolo de Suporte basico de Vida é a base da estrutura dos demais protocolos adotados pela corporagao e pelo SIATE, a exemplo dos Protocols de Suporte Intermediario de Vida, Suporte Avangado de Vida e Suporte Aeromédico, onde todos devem ser seguidos e adotados por toda a estrutura de Atendimento Pré-hospitalar prestada pelas equipes do CBMGO e do SIATE durante o atendimento as ocorréncias Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 Tde 140 Comi ESTADO DE GOIAS SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR PREFACIO Nao poderia deixar neste momento de reconhecer e agradecer aos pioneiros e entusiastas que contribuiram para formar a doutrina do atendimento pré-hospitalar em nossa corporagao, ainda nos anos 90: Cel QOC RIR Divino Aparecido de Melo; Ce! QOC RIR Leénidas Eduardo Dias; Cel QOC RIR Hérisson de Abreu Pancieri; Cel QOC RIR Luiz Renato Piloto Lopes; Cel QOS R/R Wilton Adriano da Silva Filho e Dr. Ciro Ricardo Pires de Castro. Reconhego ainda e agradego aos demais oficiais e pragas que ao longo da nossa histéria, contribuiram e tem contribuido para aprimorar e aplicar a doutrina de Atendimento Pré-Hospitalar em nossa corporagao. Cumprimento ainda e agradego, a equipe de revisdo e atualizagdo do Protocolo de Suporte Basico de Vida/2020 j4 nominada anteriormente. PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA Por fim, nesta oportunidade convoco a todos os Bombeiros Militares do Estado de G s, independente de atuarem nas guamigées de Resgate, mas também os diversos profissionais que atuam diariamente nas fungées Administrativas, Servigos Técnicos e Servigo Operacional nas diversas guarnigées de Salvamento e Combate a Incéndio em todo o Estado de Goias, a adotarem este protocolo, como modelo doutrindrio para todos os atendimentos de primeiros socorros (suporte basico de vida), prestados por nossa instituigao a sociedade goiana. Goiania-GO, 24 de abril de 2020. Esmeraldino Jacinto de Lemos — Cel QOC. Comandante Geral do CBMGO ) Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 8 de 140 Comi ESTADO DE GOIAS SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA CORPO DE BOMBEIROS MILITAR SUMARIO Ne ‘ASSUNTO. Pag. CAPITULO - 1 SEGURANGA E AVALIAGAO DA ViTIMA 7.1 | Seguranga no atendimento a ocorréncia 10 1.2 | Cinematica do trauma 16 1.3 | Restrigéio de Movimentos da Coluna Vertebral — RMC 21 1.4 | Avaliagao Primaria 25 7.5 | Avaliagao Secundaria 29 7.6 | Incidente com Miltiplas Vitimas 34 CAPITULO - Il SUPORTE BASICO DE VIDA 2.1 | Obstrugao das Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE) 43 2.2 | Parada Respiratéria 47 2.3 | Parada Cardiorrespiratéria (PCR) 53 2.4 | Hemorragias 68 2.5 | Choque 73 CAPITULO - Ill EMERGENCIA TRAUMATICA 3:1 | Trauma Cranio-Encefalico - TCE 76 3.2 | Trauma Vertebromedular 81 3.3 | Trauma Toracico 82 3.4 | Trauma Abdominal 84 3.5 | Trauma Musculoesquelético 87 3.6 | Trauma em Gestante 97 ‘CAPITULO - IV EMERGENCIA CLINICA 4.11 | Acidente Vascular Cerebral — AVC 98 4.1 | Angina Pectoris 100) 4.2 | Infarto Agudo do Miocardio - IAM 101 4.3 | Insuficiéncia Ventilatéria (Respirat6ria 102 4.4 | Crise Convulsiva 103 45 | Desmaio (Sincope) 105) 4.6 | Emergéncias Diabéticas 106) 47 | Hipertensao Arterial 110) CAPITULO - V EMERGENCIA PSIQUIATRICA 5.1 | Agitagao ¢ situagao de violéncia 112 5.2 Autoagressao e risco de suicidio 115 5.3 | Manejo da crise em satide mental 117, CAPITULO - VI SITUAGOES ESPECIAIS 6.1 | Assisténcia ao Parto no APH 119) 6.2 | Atendimento ao Deficiente Auditivo 123 6.3 | Afogamento 124 6.4 | Choque Elétrico 126 6.5 | Queimaduras Térmicas 127 6.6 | Animais Pegonhentos / Perigosos 129) 6.7 | Hipotermia 132, 6.8 | Intoxicagao 133 6.9 | Urgéncia Odontolégica 135 6.9 | Ocorréncia de natureza desconhecida 138 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 139) Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica Abril/2020 3490/2019 9 de 140 PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: SEGURANGA NO ATENDIMENTO A OCORRENCIA 1- RECONHECIMENTO: Toda e qualquer circunstancia que oferega algum risco em potencial para a Guamigao de Resgate/Atendimento Pré-Hospitalar (APH), as vitimas @ ou para as demais pessoas envolvidas em fungao do atendimento a uma ocorréncia e/ou nos respectivos deslocamentos da viatura empenhada. 2- CONDUTA: Priorizar sempre a protegdo das equipes empenhadas e de todas as demais pessoas envolvidas, através do mneménico da regra dos “3S”: 2.1 CENA DO ACIDENTE (SCENE): De acordo com as informagées preliminares repassadas pelo centro de operagées, a guamigao deverd definir as agdes a serem desenvolvidas antes mesmo da chegada ao local do fato. E a partir desse contexto preparar 0 material que sera utilizado neste atendimento, assim como manter contato direto com 0 COB solicitando dados adicionais. Em caso de Incidente com Miltiplas Vitimas (IMV), requerer apoio e verificar ou confirmar junto ao COB: 4° Tipo / natureza do evento; 2° Numero de vitimas; 3° Veiculos envolvidos; 4° Mecanismo de trauma ou natureza da doenga; 5° Recursos j4 empenhados no local ou acionados para deslocar; 6° Possivel evolugao do evento, etc. 2.2 SEGURANGA (SECURITY): Adotar todas as medidas de protegao e seguranga: das guamigées empenhadas, das vitimas e das demais pessoas envolvidas na cena do acidente, durante os deslocamentos e no estabelecimento da viatura no local da ocorréncia, analisando e mitigando riscos em potencial, estabelecendo as seguintes ages preventivas: 1° Deslocar com todos os dispositives sonoros e luminosos ligados; Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 10 de 140 Comi & PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: SEGURANGA NO ATENDIMENTO A OCORRENCIA 2° Observar as regras de diregdo defensiva durante os deslocamentos; 3° Parar e estabelecer a viatura em local seguro, que favoreca o atendimento a chamada e saida rapida do local; 4° Se necessario, realizar o isolamento do local da ocorréncia, englobando toda a drea do sinistro, afastando transeuntes e curiosos; 5° Se necessario, realizar a sinalizagdo e o controle do transito nas vias. ¥ Os deslocamentos com dispositivos sonoros e luminosos ligados, nao é recomendado em ocorréncias de natureza psiquidtricas, onde estes dispositivos possam potencializar o risco de a vitima realizar seu intento ou ATENCAO!! uando om deslocamentos e transportes nao oferega beneficios a vitima. Y Viaturas @ veiculos envolvidos na ocorréncia devem ser calgados, principalmente nos aclives e declives. 2.2.1 Equipamentos de protegao individual - EPI: A utilizagao dos equipamentos de protegao individual (protegao ativa) 6 obrigatéria para todos os socorristas durante os atendimentos nas cenas de acidentes. Os EPIS devem ser compativeis com os riscos existentes no local. Caso seja necessario, a guamigao devera aguardar a chegada das equipes especializadas antes de iniciar o atendimento as vitimas: 1° EPI’s Nivel Basico - empregado durante o atendimento a ocorréncias classificadas como Riscos Biolégicos Classe 1 e 2, corresponde a maioria das ocorréncias atendidas pelas equipes de Resgate: |. Uniforme Operacional (4° “A") com mangas desdobradas; lI. Luvas de procedimento ou cirtirgicas; Ill Mascara cirdirgica; IV. Oculos de protego ou viseira do capacete abaixada; V. Joelheira. VI. Capacete; A ¥ Améascara cirtirgica é de uso tinico para cada ocorréncia de APH, podendo ser ul \da por até trés horas seguidas, em uma mesma ocorréncia ou em ATENCAOM! ocorréncias sequenciais., Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abrili2020 34012019 11 de 140 & PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: SEGURANGA NO ATENDIMENTO A OCORRENCIA 2°EPI’s Nivel Intermediario - empregado durante o atendimento a ocorréncias classificadas como Riscos Biolégicos Classe 3, que envolvam o transporte de vitima que requer maior necessidade de protegao respiratoria (ex. meningite, tuberculose, H1N1 e COVID 19): |.Uniforme Operacional (4° “A") com mangas desdobradas; lI.Jaleco ou capote descartavel de carater impermedvel. lll.Luvas de procedimento ou cirtrgicas; IV.Mascara cirdrgica (em caso de manipulagao: RCP e ventilagées utilizar a mascara bico de pato ou N-95 — PFF2 ou PFF3); V.Oculos de protegao ou viseira do capacete abaixada; Vi.Joelhei Vil.Capacete; V As mascaras N-95, Bico de Pato ou PFF2/PFF3, podem ser utlizadas em diversos atendimentos, por até 24 horas, durante todo o plantao de resgate. A Exceto se a mascara danificar, molhar ou se a natureza da ocorréncia for ATENCAO! H4N1 ou COVID-19. Nestes casos elas serdo de uso Unico, sendo descartadas ao final de cada evento; 3° EPI’s Nivel Avangado - empregado durante o atendimento a ocorréncias classificadas como Riscos Biolégicos Classe 4, que envolvam o transporte de vitima que requer alto grau de protegdo das vias aéreas e contaminagao contra fluidos (ex. Ebola): |.Uniforme Operacional (4° “A") com mangas desdobradas; IMacacdo impermeavel (descartavel); IIl.Dois pares de Luvas procedimento/ciriirgicas (descartavel); IV.Mascara bico de pato ou N-95 (PFF2 ou PFF3) (descartavel): V.Protetor facial; VI.Bota de cano longo, de carater impermedvel: VIl.Cobre botas impermeavel (descartavel); A ¥ Os modelos das mascaras PFF2(S) ou PFF3(S), utilizadas no atendimento pré-hospitalar, nao devem possuir valvula de exalagao; ATENCAO! Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 42 de 140 Comi & PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: SEGURANGA NO ATENDIMENTO A OCORRENCIA A ¥ Aconduta de colocagao, utilizagdo e remogao dos EPI's, nivel avangado, devem seguir protocolos e treinamentos espectficos; [ATENCAOI 2.2.2Precaugées universais de biosseguranga para o atendimento: 1° Possuir e manter 0 cartdo de vacina atualizado (protegao passiva); 2° Lavar as maos, com agua e sabao, antes e apés cada atendimento, conforme técnica especifica de higienizagao das maos; 3° O uso do alcool 70% (gel), ndo substitu a lavagem das maos, mas é uma alternativa eficiente quando nao for possivel lava-las; 4° Utilizar os EPI’s compativeis com o risco biolégico que estara exposto; 5° Utilizar, durante o atendimento a ocorréncias com mitltiplas vitimas, dois pares de luvas de procedimento ou cirtirgica; 6°. Evitar a contaminagao cruzada entre as vitimas; 7° Colocar mascara cinirgica nas vitimas, com suspeita de doenca infectocontagiosa para evitar propagagao da contaminagao; 8° Desligar 0 ar condicionado e ligar 0 exaustor, nas ocorréncias classificadas como Risco Biolégico Classe 3, na falta do exaustor, abrir as janelas da viatura, propiciando fluxo de circulagao do ar, 9° Utilizar, se disponivel, maca encapsulada ou realizar o envelopamento da viatura, conforme protocolo especifico, nas ocorréncias classificadas como tisco biolégico classe 4; 10° Ter cuidado ao manipular objetos perfuro-cortantes; 11° Substituir as luvas contaminadas, sempre que for manusear outra vitima, pegar materiais na bolsa ou no interior da viatura; 12° Descartar materiais utilizados no lixo infectante, preferencialmente na unidade hospitalar; 13° Realizar a desinfecgao concorrente da viatura e materiais ao término de cada ocorréncia, conforme protocolo especifico; Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 13 de 140 Comi & PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: SEGURANGA NO ATENDIMENTO A OCORRENCIA 14° Realizar_a limpeza terminal da viatura conforme protocolo e planejamento periédico da Central de Assepsia ou apés 0 término de ocorréncia, que contamine o interior da viatura além do normal; 15° Sempre que o fardamento estiver sujo ou contaminado, deverd ser substituido ao término de cada ocorréncia, bem como deverd ser trocado a cada plantao; 16° Lavar o fardamento (uniforme operacional) separado de suas roupas civisfamiliares. Se disponivel, utilizar a lavanderia do quartel. 2.2 SITUAGAO (SITUATION): 4° Informar ao Centro de Operagées a chegada no local da ocorréncia; 2° Verificar se a natureza da ocorréncia se confirma ou reclassificar se necessario; 3° Verificar se as acdes planejadas serao adequadas ou se faz necessario a adogdo de outras condutas; 4° Levantar ou confirmar as seguintes informagées: |. Quantidade de vitimas e idade; Il. Mecanismo de trauma ou natureza da doenga; Ill. Outros riscos existentes (incéndio, eletricidade, desmoronamento etc. ); IV. Necessidade de reforgos e/outros recursos na cena. 5° Se for a primeira guarnigao no local, adotar as condutas iniciais de acordo com o fluxograma de triagem de miltiplas vitimas (START) e rotinas do sistema de comando de incidentes (SCI); 6° Iniciar a avaliagdo das vitimas e condutas conforme protocolo; 7° Observar o algoritmo de Restrigéo de Movimentos da Coluna Vertebral; 8° Informar ao Centro de Operages a condigéo e o estado da vitima passando os dados de forma sistematizada; 9° Transportar a vitima para a unidade hospitalar de referéncia ou aguardar orientagao do Centro de Operagées. Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 14.de 140 Comi & PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: SEGURANGA NO ATENDIMENTO A OCORRENCIA 10° Se hover outras guamigées no local, apresentar-se ao Comandante do Incidente e seguir as orientagées; 41° Posicionar a viatura na Area de Espera e aguardar orientagdes e designagao da guamigao; 12° Interagir e cooperar com outras guarnigées e instituigdes no local; V Nos Incidentes com Miltiplas Vitimas (IMV) outros servigos de A ambulancia devem ser acionados através do Plano de Auxilio Mituo - PAM arenemom (GONcessionarias de rodovias, SAMU, Servigos de APH privado e ‘Ambulancias das prefeituras locais, etc.) ¥ Se for necessario o manuseio de materiais e/ou estruturas abrasivas ou ainda, durante a limpeza da viatura, sobrepor ou substituir as luvas A procedimento por luvas de latex; Y Aretirada dos EPI's, se dara apés a descontaminagao da respectiva [ATENCAOHY viatura, designada para a ocorréncia, 3- FLUXOGRAMA DO ALGORITIMO DE SEGURANGA (3”S” Lom Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abrili2020 34012019 18 de 140 & PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: BIOMECANICA DO TRAUMA 1- RECONHECIMENTO: Avaliar o cendrio e relacionar as avarias mec&nicas nos veiculos, estimar sua velocidade, dispositivos de seguranga utiizados e a posicao dos passageiros antes e apés impacto (cinematica do trauma). Armas e comportamento de agressores, com as possiveis 4reas de impacto no corpo de vitima, estimando supostas lesdes (biomecAnica do trauma). ¥ Sempre relacionar 0 mecanismo do trauma com a possibilidade de presenga de lesées especificas e tratar como se existissem, adotando aTENcAO! medidas de estabilizacao preventivamente. 2- CONDUTA: 1° Avaliar e priorizar a seguranga no atendimento a ocorréncia; 2°A andlise da cinematica do trauma nao deve retardar 0 inicio do atendimento a vitima; 3° Avaliar aspectos de cada tipo de trauma: Colisées automobilisticas: Avaliar aspectos gerais: Como se apresenta o local? 1. a. b. Numero de veiculos? c. Tipo de veiculo? d Numero de vitimas envolvidas? 2 Adultos? Criangas? Quem atingiu o que? Diregdo do impacto? Houve frenagem? Velocidade aproximada? j. Vitimas utilizavam dispositivos de seguranga? k. Airbag acionado? Capacete? |. Ocupantes foram ejetados? Colidiram com algo? m. Estragos no carro? 2 < Q > Ww a ° Q G < pr) w 5 “ ° a 5 a w a ° — ° ° °o E ° a“ a eos ) Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 16 de 140 Comi ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: BIOMECANICA DO TRAUMA n. Considerar os padrées de lesdo esperadas, segundo os diferentes tipos de impacto: 41 lmpacto Frontal - Lesdes esperadas: a. Grandes hemorragias; |. Lesdo de bago ou figado; b. Fratura de coluna cervical; SSnTAS paras ONSIoWET c. Térax instavel anterior; a. Deformidade na parte anterior; d. Contusao miocardica; Passo iaca bo arte e. Pneumotérax; Marcas no'palnet . d. Para-brisas em “olho de boi"; f. Secgdo de aorta; ao g. h . Fratura ou luxagao de quadril e/ou de joelho e tomozelo; Ejecao. A ¥ Considerar a trajetdria possivel: por cima do volante (cabega em diregao ao para-brisas) ou por baixo do volante (cabega em dire¢ao ao painel). aTENCAO 1.2Impacto Lateral - Lesdes esperadas: a, Hemorragias macigas; . Fratura de clavicula; : 4.2.4 Achados no veiculo: Fratura de costelas; a . Contusao pulmonar; Wieniesecs remetistorel . Pneumotérax; Compressao de érgaos sélidos; . Entorse contralateral do pescoso; zero aogs . Fratura de coluna cervical; < Q > Ww a ° 9 G t Pr) w EB 4 ° a 5 a w a ° a ° ° °o Ee ° a“ a i, Fratura de pelve ou acetabulo, 1.3lmpacto Traseiro - Lesdes esperadas: a, Lesdo de coluna por hiperextensdo (chicote). /Sut/Achados|ne velculo: ‘a. Intrusdo da parte posterior do veiculo alvo. A ¥ Avaliar posig&o ou auséncia do encosto de cabega; v ti =>, “ Avaliar a queixa de dor no pescogo da vitima, ) Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 47 de 140 Comi ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: BIOMECANICA DO TRAUMA 1.4Capotamento - Lesdes esperadas: a. Lesées variadas derivadas dos diferentes impactos sofridos; b. Lesdes de érgaos intermos; Eas Astadoainc verer og ee a. Impactos de Angulos diferentes. c. Ejegao. Y A ejegao coloca a vitima no grupo de risco de praticamente todo tipo de lesdo e a mortalidade aumenta consideravelmente. [ATENCAO!! 2. Atropelamento - Avaliar: a. Areas de impacto no adulto: contra MMII e quadris; vitima contra 0 chao; b. Peso e altura da vitima em relagdo a altura do veiculo. 2.1 Lesées esperadas: a, Hemorragias macigas fonco contra 0 capé; 2.1.1 Achados no veicul a. Intrusdo da parte anterior; b. Traumatismo craniano; IS para’urcee cucbreda’ c. Traumatismo raquimedular; d. Lesées tordcicas e abdominais; e, Fraturas das extremidades inferiores; f. Ejegao. 3. Colisées de motocicleta - Lesées esperadas: a, Traumatismo craniano; 3:4 Achados na motocicleta: b. Traumatismo raquimedular; ‘a. Sinais de impacto no capacete; c. Lesdo de MMII; b. Deformidades no guidéo e outras = ni ae, estruturas da motocicleta. d. Lesées tordcicas e abdominais; e. Fraturas das extremidades inferiores. Y Por nao haver contengéo, ha alto risco de ejecéo e suas lesdes A decoronts. Stren“ Informagdes quanto ao comportamento do motociclista para auxiliar na interpretagao de lesées. Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abrili2020 34012019 18 de 140 PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: BIOMECANICA DO TRAUMA 4, Queda - Avaliar aspectos gerais: a. Estimar a altura da queda, superficie sobre a qual o paciente caiu e qual a primeira parte do corpo que entrou em contato com a superficie; b. De alturas superiores a 2 metros é considerada grave; c. Em vitima idosa a queda da prépria altura ja 6 preocupante; d. Lesées esperadas: |. Sindrome de Don Juan: quando as primeiras partes a atingirem 0 solo forem os pés (lesdo de calcdneos, tornozelos, tibias, fibulas, joelhos, ossos longos e quadril); Il. Traumatismo craniano; lll. Lesées toracicas e abdominais. PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA IV. Se a vitima cair para a frente sobre as maos espalmadas: fratura de extremidades superiores. V. Sea vitima cair de cabega: traumatismo raquimedular. 5. Ferimentos penetrantes: Avaliar aspectos gerais: a. Tipo de objeto: alta energia (fuzis e metralhadoras), média energia (revolveres e rifles) ¢ baixa energia (faca e picador de gelo); b. Distancia do agressor; c. Armas de baixa energia: sexo do agressor, leso = trajetéria, arma foi removida? Orgdos proximos? d. Armas de média energia: a cavidade temporaria é 3 a 5 x maior que 0 proj fragmentacao; e. Armas de alta energia: a cavidade temporaria ¢ até 25 x maior que 0 projétil; considerar ainda perfil desconhecido do projétil, rolamento e fragmentagao; f. Local do ferimento (\inico ou miittiplo?); g. Caracteristicas dos ferimentos externos. considerar ainda perfil desconhecido do projétil, rolamento e Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abrili2020 34012019 19.de 140 ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: BIOMECANICA DO TRAUMA 6. Lesées por explosao: Avaliar aspectos gerais: 7.4 Primarias: onda de pressdo atinge a vitima com velocidades de até trés quilémetros /segundo, Padrao de lesao: amputagao traumatica de membros, sangramento pulmonar, pneumotérax, embolia gasosa, laceragéo de pequenos vasos, rotura de timpano, PCR e explosao de pulmao. 7.2 Secundarias: vitima 6 atingida por fragmentos primérios, secundédrios ou ambos, que voam e podem tomar-se projeteis. Padréo de lesao: ferimentos penetrantes, laceragées e fraturas, feridas cutaneas superficiais, lesdes tordcicas e oculares. PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA 7.3 Tercidrias: quando a vitima é arremessada contra um objeto (torna-se um projétil), podendo ser atirada contra outros objetos ou ao chao. Padréo de lesdo: semelhantes as lesGes que ocorrem em vitimas ejetadas de um carro ou que caem de alturas significativas. 7.4 Quaternérias: lesées provocadas por calor e gases oriundos da explosdo. Padrao de lesdo: queimaduras, lesdes por inalagdo e até asfixia. 7.5 Quintenarias: causadas por aditivos colocados nas bombas, como bactérias, radiagdo e substancias quimicas e ataque suicida com homem- bomba. Padrao de lesdo: lesdes por encravamento por restos humanos (ossos do homem bomba), possiveis doengas infecciosas. 4° Observar sempre o Algoritmo de Restrigéo de Movimentos da Coluna Vertebral, para nortear a decisdo de estabilizagao, imobilizagao e transporte. V Suspeitar de traumatismo grave: > Em quedas > 1,5 vezes a altura da vitima; > Atropelamento; > Colis6es com veiculos a mais de 30 Km/hora; > Ejecao da vitima; > Morte de um ocupante de veiculo acidentado; arencaom > Danos graves ao veiculo; > Capotamentos; > Ferimentos penetrantes de cabeca, pescogo, térax, abdome, pelve coxa. Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica Abril/2020 3490/2019 20 de 140 ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: RESTRIGAO DE MOVIMENTO NA COLUNA VERTEBRAL - RMC 1- RECONHECIMENTO: Em vitimas de acidentes de transito, doméstico, trabalho, esportivo ou nas agressées interpessoais, que tenha sido submetida a grande descarga de energia que de acordo com a cinematica do trauma, haja risco potencial de ter sofrido alguma lesdo em virtude do trauma e/ou ter seu quadro agravado em fungao de possiveis movimentagées indevidas. 2- CONDUTA: 4° Avaliar e priorizar a seguranga no atendimento a ocorréncia; 2° Iniciar a Avaliagao Priméria (KABCDE) e intervir conforme necessidade; 3° Caso a vitima apresente alteragéo em “ABCD”, isto 6, vias aéreas obstruidas, respiracao dificultosalsinais de hipoxemia, hemorragia maciga nao controlada/sinais de choque circulatério ou alteragdo de consciéncia, a protego da coluna vertebral é mandatéria, visto que sob tais condigbes ha emergéncia em extricar/evacuar. 4° Em vitimas estaveis clinicamente, decidir quanto a necessidade de proteco de coluna vertebral seguindo o algoritmo de RMC; 5° Criangas abaixo dos 3 anos de idade muitas vezes nao respondem adequadamente 4 anamnese, assim sendo, considerar imobilizé-las. 6° Quanto a técnica de extricagao, sempre que em condig6es (obedece a comandos, nao apresenta lesdes que impegam a deambulagao ou problema em “ABC”), deve ser permitida a auto-extricagao assistida (orientada), sem 0 uso do colar cervical. 7° A protegéo minimalista da coluna cervical, devera ser realizada simultaneamente @ abordagem do socorrista para avaliagao primaria. 8° Para a remogdo da vitima no solo utilizar preferencialmente: 1°) prancha scoop, 2°) elevacao a cavaleira e prancha e/ou 3°) rolamentos e prancha; 9° Nos deslocamentos para a unidade hospitalar, cujo tempo seja superior a 30 min, transferir a vitima da prancha longa para o colchonete da maca (coberta por lengol), fixando-a com cintos de seguranga e suporte craniano. PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 21 de 140 Comi ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: RESTRIGAO DE MOVIMENTO NA COLUNA VERTEBRAL - RMC 3-RESTRIGAO DE MOVIMENTOS NA COLUNA VERTEBRAL - RMC: Imobilizagao Completa (deve permanecer durante toda a Estabilizacdo Manual “em linha” manipulacao do paciente) Imobilizagéo com parte superior do corpo slevada 30° @ sem colar Impedimento na Avaliago? 1 - Difieuldade no idioma 2- Sinais de intoxieagao 2-Lesoes que desviem atengao | Risco Aumentado para Lesio de Coluna? 4 — Sensibilidade na linha Média da coluna 2-Idade 2 65 anos 3~ Redugo da sensibilidade ou forca 4~Velocidade > 100 km/h, capotamento ou ejegio do veiculo 5 ~ Carga Axial ou queda > 2m 6 -Motocicleta ou queda de bicicleta Indicagio de Lesio na Coluna? 4—Dor a palpagio 2~Dor durante rotacio a 45° do pescogo Imobilizago cervical minimalists (O transporte no deve ser retardado) Sem Imobilizagao i Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 22 de 140 Comi PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: RESTRIGAO DE MOVIMENTO NA COLUNA VERTEBRAL - RMC Y Algoritmo de abordagem a coluna vertebral no trauma, segue mneménico ) “XABCDE" para as etapas da abordagem primaria ao politrauma; ATENCAO!" v Ag evidéncias demonstraram que lesées significativas de coluna vertebral em trauma penetrante sao raras, o paciente com tais lesdes, sem queixas/sinais atribuiveis, néo deve ter a coluna vertebral imobilizada; ¥ Protegao minimalista da coluna vertebral envolve principalmente estabilizagao manual continuada, reservando a aplicagao de colar cervical © blocos laterais de cabeca quando na maca. ¥ A protegéo minimalista & coluna esté envolvida nos “Planos B" de extricagdo (répida), reservados as vitimas graves, ao passo que os "Planos A" de extricagao (padrao), reservados as vitimas estaveis, envolvem além A da estabilizagao de coluna, a retirada de sua posigao original de forma mais alinhada possivel com o eixo inicial da coluna (em "angulo zero"). ATENCA! ¥ © uso prolongado da prancha longa causa ou agrava dor na coluna vertebral, uma vez que retifica suas curvaturas naturais. Além disso, pode causar lesdes de pressao na pele, além de restringir a expansdo tordcica e aumentar a pressdo intracraniana ¥ Uma vez sobre a maca da ambulancia, a vitima deve ser rolada em bloco e a prancha retirada. Manter colar cervical e o imobilizador lateral de cabega (montado sobre a prépria maca). Excegao: quando a prancha é parte da estratégia de imobilizagao de fraturas suspeitas em ossos longos/bacia ou quando 0 hospital estiver a ndo mais que 30 minutos. Y No hospital, a vitima com indicagéo de protegdo a coluna vertebral & passada para o leito da emergéncia através de manobra de rolamento lateral areneaom com auxilio da prancha, deslizamento lateral alinhado, lona de transferéncia (passante) ou utilizando prancha scoop (colher) Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abrili2020 34012019 23 de 140 PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: RESTRIGAO DE MOVIMENTO NA COLUNA VERTEBRAL - RMC ¥ Pacientes com trauma contuso e rebaixamento significative de consciéncia (Escala de Coma de Glasgow < 13) que sugira hipertensdo A intracraniana, ao serem postos sobre a maca da ambulancia, devem ter a nencars cabeceira elevada a 30° sem 0 uso do colar cervical (algoritmo de RMC), © qual demonstra-se elevar a pressao intracraniana. Para tanto, o imobilizador lateral de cabeca (“head block’) deve ser montado diretamente ho colchonete (cabeceira da maca) e utiizado para a estabilizagao contra a flexdo lateral/rotagao excessiva. Os cintos de seguranga da maca devem ser afivelados antes do deslocamento da ambulancia, por motivos de seguranga de transito. Y Quanto ao uso do colete de imobilizagao dorsal (K.E.D.), sua indicagao rotineira em cenarios de salvamento veicular fica bastante restrita, a luz dos Novos conceitos aqui apresentados, limitando-se potencialmente a transposigdo por curtas distancias, de vitimas com indicagao de protecao da coluna vertebral, em cenarios angustiados que exijam transporte na posigao A vertical, onde a prancha nao manobre com facilidade, a critério do socorrista. Exemplo: escadas “caracol" entre dois pavimentos; traumas na regido pélvica ATENCAO! | quando nao dispuser de “cinta pélvica”. Y Vitimas de TCE com aumento da PIC = sinais de lesdo cerebral traumatica com aumento da pressio intracraniana (escala de coma de Glasgow < 13, com ou sem alteragao no diémetro pupilar, com ou sem resposta de Cushing), realizar a protegao cervical minimalista = excluidos dispositivos de protegao mais complexos, como colete de imobilizagao dorsal (K.E.D.); Y Triade de Cushing se relaciona a hipertensdo intracraniana grave, composta por: hipertensao arterial sistémica; bradicardia e dispneia, A ¥ Arotago de vitima a 45 graus deve ser ativa, ndo passiva, cabendo ao ATENGAOIN socorrista que estiver estabiizando a cabeca da vitima definir antecipadamente os movimentos, confirmar se os demais socorristas entenderam e dar os respectivos comandos. Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abrili2020 34012019 24 de 140 PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: AVALIAGAO PRIMARIA. 1- RECONHECIMENTO: Vitima com suspeita de ter softido algum agravo a sua satide e/ou integridade fisica, proveniente de uma emergéncia clinica, traumatica ou psiquidtrica, ou ainda, em uma situagao desconhecida (mal stbito), que seja necessario avaliar e monitorar seus sinais vitais 2- CONDUTA: 4° Avaliar e priorizar a seguranga no atendimento a ocorréncia; 2° Iniciar a Avaliagdo Primaria pelo mneménico do "XABCDE": X: Priorizar 0 controle de grandes hemorragias (exsanguinantes): 1- Empregando curativos compressivos; 2- Empregando torniquete. : Desobstrugao das vias aéreas com controle da coluna cervical. 1- Avaliar a responsividade da vitima, chamando-a e tocando-a pelos ‘ombros. Em vitima com suspeita de trauma, executar simultaneamente a estabilizagao manual da cabega com alinhamento neutro da coluna cervical. Checar ventilagao (ver, ouvir e sentir) ¢ pulso simultaneamente, esse procedimento nao deve exceder 10 segundos: > Se a vitima estiver responsiva: se apresentar, conversar com ela e prosseguir com a avaliacao; > Se a vitima nao estiver responsiva, mas possuir pulso e ventilacdo, prosseguir com a avaliacao; > Se a vitima nao estiver responsiva, sem pulso e/ou sem ventilagao ou ventilagao anormal (gasping). Iniciar protocolo de ressuscitagao: v Emergéncia Clinica: v Emergéncia Traumatica: seguir protocolo especifico. 2 Avaliar e desobstruir as vias aéreas: iilizar a sequéncia mneménica do CABD; > Empregar a tragdo de mandibula (Jaw Thrust) e/ou elevagdo da mandibula (Chin Lift) em vitimas de trauma; Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 25 de 140 Comi & PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: AVALIAGAO PRIMARIA. > Podera utilizar a hiperextensdo cervical com elevagao do queixo em casos clinicos ou quando nao houver contraindicacao; 3- Abrir a boca da vitima: > Aspirar as secregGes e retirar corpos estranhos da cavidade oral; > Executar a manobra de Heimlinch em vitimas com Obstrugdo das Vias, Aéreas por Corpo Estranho (OVACE); 4- Utilizar cAnula orofaringea em vitima nao responsiva; 5- Observar o algoritmo de Restrigao de Movimento de Coluna Vertebral. valiar ventilagao e frequéncia ventilatéria: 1- Expor o torax e avaliar a frequéncia ventilatéria; 2-Observar presenga de sinais de esforgo ventilatério ou uso de musculatura acesséria; 3- Avaliar a simetria bilateral na expanso toracica; 4- Avaliar a presenga de lesées abertas e/ou fechadas no térax; 5- Avaliar 0 posicionamento da traqueia e presenga ou nao de turgéncia jugular; 6- Monitorar a saturagao do oxigénio através do oximetro de pulso: > Fomecer suporte ventilatério (oxigenoterapia) com fluxo de oxigénio de 12. 15 L/min via mascara néo inalante para SatO2 < 94%; > Considerar a necessidade de ventilagao assistida através de AMBU com reservatério de oxigénio, para SatOz < 90% ou caso a frequéncia ventilatéria seja inferior a 08 vpm (ventilagdes por minuto); > Se for preciso iniciar protocolo de reanimagao ventilatéria. ¥ Vitima com ventilagéo anormal realizar inspegao € palpagdo de todo o t6rax; ¥ Nas vitimas estaveis, que apresentam boa saturagao (SatOz > 94%), se aTencaom disponivel, poderd utilizar cateter nasal tipo éculos, com fluxo de io de 46 Limin. Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abrili2020 34012019 26 de 140 & PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: AVALIAGAO PRIMARIA. G: Avaliar a circulagao (pulso e perfusao): 1- Avaliar a frequéncia cardiaca: pulso central (carotideo) ou periférico (radial), em criangas (bebés) avaliar o pulso braquial: > Vitima Responsiva: verificar pulso radial, se nao estiver presente, avaliar pulso carotideo; > Vitima nao responsiva: verificar pulso carotideo, se for preciso iniciar Protocolo de Ressuscitagdo Cardiopulmonar - RCP; 2- Avaliar caracteristicas da pele (temperatura, umidade e coloragao); 3- Avaliar enchimento capilar periférico (considerar normal até 2 segundos); 4- Controlar sangramentos externos com compressdo direta da lesdo e/ou toriquete (conforme indicado); 5+ Prevenir e/ou tratar Choque; 6- Se necessério, aferir a pressdo arterial precocemente; Y Pulso radial ausente e pulso carotideo presente: suspeitar e seguir com A protocolo de controle/prevengaio de Choque; Y Pulso radial ausente e pulso central ausente: seguir com protocolo de ATENCAOH Reanimagao Cardiopulmonar (PCR); Avaliar 0 nivel de resposta neurolégica: 1- Escala de Coma de Glasgow; 2. Avaliagdo pupilar: foto-reatividade e simetria. ¥ Aavaliagao do nivel de consciéncia, izando o acrénimo AVDN (Alerta, A Verbal, Dor e Nulo), foi substituido pela escala de coma de Glasgow, porém ATENCAOIN Seu USO é indicado nos Incidentes com Milltiplas Vitimas; E: Exposigao da vitima com prevengdo e controle da hipotermia: 1- Cortar as vestes da vitima sem movimentagao excessiva e somente das partes necessérias, visando a avaliagao e tratamento de ferimentos, traumas de extremidades, queimaduras, imobilizagao dentre outras que nao colocam a vitima em risco iminente de morte; Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abrili2020 34012019 27 de 140 & PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: AVALIAGAO PRIMARIA. 2-Proteger a vitima da hipotermia com auxilio de cobertor térmico aluminizado ou cobertor de la; 3- Utiizar outras medidas para prevenir a hipotermia (ex: desligar o ar condicionado da ambulancia). Durante a exposicao, 0 socorrista deve proteger a intimidade da vitima. A Sempre que possivel, a vitima podera ser acompanhada por um parente ou ATENCAO!! amigo durante o transporte até a unidade hospitalar. 3° Informar ao Centro de Operagées a condigdo e o estado da vitima passando os dados de forma sistematizada; 4° A vitima deveré ser encaminhada para a unidade hospitalar regulada pelo Centro de Operagées ou hospital de referéncia. ¥ E rotina que todo atendimento ie com a Avaliagao Priméria seguindo © proceso mneménico do XABCDE, ¢ as alteragées encontradas devem ser tratadas e priorizadas nesta sequéncia ¥ Durante a avaliacao da vitima, se ocorrerem alteragées nas letras “A’, “B” e °C", que colocam a vitima em risco iminente de morte, deve-se, portanto, ser priorizada a remogao répida da vitima para o hospital, continuando com atencaom © atendimento e a avaliagao durante o transporte, Y Quando howver disponibilidade de varios socorristas durante a avaliagao da vitima, 0 mneménico XABCDE pode ser executado simultaneamente pelos socorristas, mediante coordenagao daqu a cabega da vitima e monitorando as vias aéreas. que estiver estabilizando Y As condutas que requeiram a intervengao de Suporte Intermedidrio ou Suporte Avangado, deverao ser reportadas imediatamente ao Centro de Operagées para deliberagdo do médico regulador, inclusive caso seja necessério, com apoio do SAMU ou de outro servico que garanta o melhor suporte a vitima. Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abrili2020 34012019 28 de 140 PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 AVALIACAO DA ViTIMA NATUREZA: AVALIAGAO SECUNDARIA. 1s RECONHECIMENTO: Vitima com suspeita de ter sofrido algum agravo a sua satide e/ou integridade fisica, proveniente de uma emergéncia clinica, traumatica ou psiquidtrica, ou ainda, em uma situagao desconhecida (mal siibito), que se necessita investigar seus sinais vitais como forma de complemento a coleta de dados, realizada durante a avaliago primaria. 2- CONDUTA: 4° Apés a realizagao da Avaliagdo Primaria; 2° Identificar e colher dados da vitima: > Nome completo, sexo, idade... A Y Caso a vitima possua nome social, o socorrista devera registrar na ficha ED, de ccorréncia © chamé-la pelo seu nome social. 3° Verificar e anotar os sinais vitais, conforme entrevista SAMPLA: S: sinais vitais: 41. Ventilagao (frequéncia, ritmo e amplitude); 2, Pulso (frequéncia, ritmo e saturagéo) 3, Pressao arterial (sistdlica e diastélica); 4, Pele (temperatura, cor, turgor e umidade). A; possui alergias? Principal queixa? (Histéria); M: medicamentos em uso e/ou tratamentos em curso; P: passado médico, gestacao — problemas de satide ou doenga atual; L: hordrio da ultima ingestao de liquidos ou alimentos; e A: ambiente do evento. A ¥ Em vitimas nao responsivas ou impossibilitadas de falar, buscar informagées com familiares e terceiros. AATENCAO! & PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) Elaborado por: Ulima verséo: | Portaria Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abril/2020 34012019 29 de 140 ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANCA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 AVALIACAO DA ViTIMA NATUREZA: AVALIAGAO SECUNDARIA. 4° Avaliagao complementar e continuada: > Monitorar a oximetria de pulso; > Aferir a glicemia capil > Aferir a pressao arterial e ausculta pulmonar. 5° Avaliagdo complementar realizada no exame da cabega aos pés. Realizar um exame objetivo especifico, para localizar ferimentos, sangramentos, afundamentos, desvios, hematomas, alteragdes na cor da pele ou mucosas, assimetrias, instabilidades, alterages de motricidade e sensibilidade, que nao tenham sido identificados anteriormente pela avaliagdo primaria, tendo como propedéuticas a serem utilizadas a inspegao seguida de palpagao: a) Cranio e face: > Inspecionar e palpar 0 couro cabeludo, orelhas, ossos da face, olhos, pupilas (didmetro, reagdo a luz e simetria pupilar), nariz, boca; > Observar alteragdes na coloragao e temperatura da pele. b) Pescogo: > Avaliar regio anterior e posterior; > Avaliar, em especial, se ha distensdo das veias jugulares c) Térax: > Observar, em especial, se hd uso de musculatura acesséria, tiragem intercostal e de furcula, movimentos assimétricos; > Presenga de edema, hematoma, deformidade e crepitagao éssea d) Abdome: > Observar abdome distendido, doloroso ou com massas visiveis; > Presenga de hematomas, equimoses e sinais de cinto de seguranga. e) Pelve: > Observar sangramentos, contusées ou lesdes abertas; > Realizar palpagdo das cristas iliacas na busca de dor e/ou instabilidade realizando compressao lateromedial e anteroposterior. & PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) Elaborado por: Ulima verséo: | Portaria Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abril/2020 34012019 30 de 140 ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 AVALIACAO DA ViTIMA NATUREZA: AVALIAGAO SECUNDARIA. f) Membros superiors: > Observar, em especial, a palpagdo de pulsos distais e perfusdo dos membros (enchimento capilar), sensibilidade; > Avaliar a forga motora, solicitando que a vitima aperte a mao do socorrista e/ou eleve um brago de cada vez, se descartada qualquer potencial lesdo. g) Membros inferiores: > Observar, em especial, a palpagao de pulsos distais e perfusdo dos membros (enchimento capilar), sensibilidade; > Avaliar a forga motora, solicitando que a vitima movimente os pés e/ou eleve uma pema de cada vez, se descartada qualquer potencial lesdo. 6° Realizar reavaliagao continuada e monitorar a vitima durante o transporte; 7° informar ao Centro de Operagées a condigao e o estado da vitima passando os dados de forma sistematizada; 8° A vitima devera ser encaminhada para a unidade hospitalar regulada pelo Centro de Operagées ou hospital de referéncia v Nas vitimas estave jase a Avaliagéo Secundaria logo apés o término da Avaliago Primaria, podendo fazé-la no interior da viatura, a caminho do hospital; A ¥ Retomar avaliagao priméria a qualquer momento se observar qualquer arexenom deterioragao dos sinais e sintomas da vitim Y Vitimas instaveis que necessitam de manobras para a manutencao dos sinais vitais, ndo sera realizada a Avaliagdo Secundaria, devendo priorizar 0 deslocamento rapido para o hospital; v¥ Sempre considerar a cinematica do trauma na busca das lesées; & PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) Elaborado por: Ulima verséo: | Portaria Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abril/2020 34012019 31 de 140 AVALIACAO DA ViTIMA ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: AVALIAGAO SECUNDARIA. 3- PARAMETROS DE REFERENCIA PARA SINAIS E SINTOMAS: G |.Parametros de Sinais Vitais: a) Temperatura corporal (axilar): Febre | Febre | Febre Hipotermia | Normal | discreta | moderada | Elevada | "iperpiroxia 366a] 373'a | 385°a | 39,12 a72c | 384°c | a90°c_ | 405°C <35°C >40,5°C b) Movimentos ventilatérios por minuto (VPM): ‘Adulto | Crianga|__Bebé__| Neonato 12a20 | 15a30 | 25250 | 30a60 ©) Pulso (Frequéncia cardiaca normal): PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA Tdade Wariagao_| Média normal Recém-nato | De 70 a 170 120 Timeses | De 80a 160 120 Zanos | De 80a 130 110 4anos | De 80a 120 100, ‘Adulto [De 60a 100 80, d) Pressdo arterial: Pressao arterial_| Adulto | Crianga//Neonato ica (mmHg) | 110-140 | 80+ 2x Idade Diastélica (mm Hg) | 60-90 213 sistélica Il Avaliag&o pelo mneménico ACENA: ‘Avaliar arredores, a casa e a presenga de armas ou artefatos que indiquem © uso de alcool e drogas; altura e a aparéncia da vitima. Observar a presenca de sinais de conflito e crise na rede social da vitima. ‘Avaliar a5 expectativas ¢ a receptividade da rede social, da propria vitima 6 da equipe de atendimento. Avaliar 0 nivel de consciéncia, a adequagao & realidade, a capacidade de escolha e o nivel de sofrimento. zi\miaq\ > ‘Avaliar a presenga de sinais de uso de alcool e drogas, a presenca de FA) acressividade (atual ou anterior) ¢ a presenga de sinais de autoagressao Elaborado por: Utima verséo: | Portaria Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abril/2020 34012019 32 de 140 ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR AVALIACAO DA ViTIMA NATUREZA: AVALIAGAO SECUNDARIA. a [ATENGAO!! ¥ Utiizar a avaliagéo ACENA para a avaliar vitimas com distiirbio de comportamento, intoxicagdes e problemas psicolégicos. Y Objetivo especifico da avaliagdo secundaria é localizar alteragdes na cor da pele ou mucosas, assimetrias morfoldgicas, _ instabilidades hemodindmicas, ruidos anémalos emitidos pela vitima, alteragdes de motricidade e sensi fade. ¥ As condutas que requeiram a intervengao de suporte intermedidrio ou avangado, deverdo ser reportadas imediatamente ao Centro de Operacées para deliberagao do médico regulador, inclusive com apoio do SAMU ou de outro servigo que garanta o melhor suporte a vitima. Elaborado por: Ulima verséo: | Portaria Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abril/2020 34012019 33 de 140 & PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANCA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 ATENDIMENTO A MULTIPLAS ViTIMAS NATUREZA: INCIDENTE COM MULTIPLAS VITIMAS - IMV 1- RECONHECIMENTO: Ocorréncia, cuja quantidade de vitimas na cena, seja superior a capacidade de resposta e transporte das guarnigdes no local da ocorréncia, sendo necessério realizar a triagem das vitimas, solicitar reforgo de equipes de APH e estabelecer uma Area de Concentragao de Vitimas (ACV). 2- CONDUTA: 1° Sempre avaliar e priorizar a seguranga no atendimento a ocorréncia; 2° Informar ao Centro de OperagGes e solicitar auxilio e/ou reforgo de equipes especializadas; 3° A primeira guamigao que chegar no local realizaré a triagem: a) Classificar as vitimas por cores, de acordo com a gravidade e prioridade de atendimento; b) Adotar os fluxogramas do algoritmo de triagem de vitimas dos métodos START para vitimas adultas e JumpSTART para crianga de 01 a 08 anos; c) Se necessério, durante a avaliagdo da vitima, realizar hemostasia, manter vias aéreas desobstruidas e deixa-la em posigao lateral de seguranga; 4) A avaliagdo/triagem da vitima nao deve ultrapassar 01 (um) minuto 4° A Area de Concentragao de Vitimas (ACV) deve ser montada em local seguro (Zona Fria) e de facil acesso para as vitimas e fluxo de ambulancias; 5° As guarnigdes que chegarem para reforco, devem priorizar a remogao das vitimas ja triadas para a ACV; 6° Se for necessario, a reclassificagao de alguma vitima ocorreré na ACV; 7° Dispor as lonas conforme a classificagao de cores, devendo priorizar a proximidade das lonas vermelha e amarela, podendo haver cooperagao entre os profissionais empregados na assisténcia; 8° Dispor a lona verde, dentro do possivel, em local que nao permita a visualizagéo das demais lonas, para evitar que as vitimas classificadas na cor verde resolvam sair & procura de parentes e amigos; Elaborado por: Uhima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revise técnica ‘Abrili2020 3401/2019 34de 140 G PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) ATENDIMENTO A MULTIPLAS ViTIMAS ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: INCIDENTE COM MULTIPLAS VITIMAS - IMV 9° Dispor a lona preta, dentro do possivel, em local que nao permita a visualizagéo das demais lonas, para evitar a visualizagéo de eventuais amigos e/ou parentes em dbito na cena; 40° medida que as viaturas (ambulancias) forem chegando, devem informar ao Posto de Comando e se deslocarem para a Area de Espera; 41° Os socorristas e/ou profissionais de satide devem deslocar para a ACV © apoiar nas agdes de transporte/remogao de vitimas e assisténcia conforme necessidade e orientagdo do coordenador setorial; 12° Preferencialmente, os motoristas das viaturas deveréo permanecer dentro de seus respectivos veiculos na Area de Espera (E), todavia, na escassez de socorristas, os motoristas das viaturas (ambulancias) poderao ser empregados na ACV, mas devem estar atentos para a necessidade de iniciarem o transporte das vitimas devendo buscar suas viaturas na Area de Espera. G PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA 3- CONDIGOES ESPECIAIS: 3.1- CONDUTA / CENARIO HIPOTETICO 1: ocorréncia em via publica ou local SEM risco potencial: 4° Avaliar e priorizar a seguranga no atendimento a ocorréncia; 2° Aprimeira guamigéo que chegar ao local deverd priorizar a triagem das vitimas no tempo maximo de 01 (um) minuto por vitima 3° As demais guamigées que chegarem a cena nao devem reavaliar a classificagao das vitimas, devendo focar apenas na remogdo das mesmas da Zona Quente para a ACV, conforme a respectiva prioridade. 4° A triagem devera ser realizada pela primeira equipe que chegar a cena aplicando 0 seguinte raciocinio: a) 1° Socorrista: faz a avaliagao das vitimas e coloca o cartéo de triagem conforme a respectiva cor classificada, orientando as vitimas classificadas na cor verde a se deslocarem sozinhas para a ACV. ) Elaborado por: Uhima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abrili2020 3401/2019 38 de 140 ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANCA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 ATENDIMENTO A MULTIPLAS ViTIMAS NATUREZA: INCIDENTE COM MULTIPLAS VITIMAS - IMV b) 2° Socorrista: auxilia o 1° Socorrista e de posse da bolsa de primeiros socorros realiza controle de hemorragias com curativos compressivos ou torniquetes. As vitimas inconscientes deverdo ser colocadas na posi¢ao lateral de seguranga, devendo observar a conduta de Restrigdo de Movimento da Coluna Vertebral (RMC). Tudo no prazo maximo de 01 (um) minuto. c) 3° Socorrista: permanece na Zona Fria, posiciona a viatura, solicita apoio ao Centro de Operagées, define local para a montagem da ACV e comega a acolher as vitimas que foram classificadas na cor verde, as quais, por conseguirem andar, jé foram orientadas a deslocar sozinhas para a ACV. 5° Na medida em que outras guarnigdes de reforgo (APH ou Salvamento) forem chegando, estas deverdo apolar na assisténcia as vitimas na ACV, bem como, designar duplas de socorristas, portando prancha longa para comegarem a remoco das vitimas que esto dentro da Zona Quente para a ACV, conforme a respectiva prioridade jé classificada na sequéncia das cores: ermelha, amarela e preta; 6° Apartir do momento em que a quantidade de socorristas seja suficiente, as vitimas em PCR classificadas na cor preta, podem receber manobras de ressuscitagao cardiopulmonar, caso ainda seja vidvel. 3.2 CONDUTA / CENARIO HIPOTETICO 2: ocorréncia em local de dificil acesso com riscos de desabamentos, explosées, incéndio e outros. 4° Se a primeira guamnigdo que chegar no local nao tiver equipamento de protegao individual e/ou coletiva que garanta a seguranga da guamigao, para adentrar neste ambiente (cendrio) devera: a) Avaliar e priorizar a seguranga no atendimento a ocorréncia; b) Informar o Centro de Operagées e solicitar auxilio e/ou reforgo de equipes especializadas; c) Definir a ACV e Area de Espera (E); 4) Realizar o isolamento, controle e gestao do transito, se necessdrio; e) Acolher e tratar vitimas deambulando. Elaborado por: Uhima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisdo técnica ‘Abrili2020 3401/2019 36 de 140 G PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ATENDIMENTO A MULTIPLAS ViTIMAS ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: INCIDENTE COM MULTIPLAS VITIMAS - IMV 2° Com a chegada da guamicao de salvamento e/ou incéndio, a qual devera estar devidamente paramentada (EPRA), apés estabelecimento da seguranga, esta deverd iniciar a remogao das vitimas da Zona Quente para a Zona Morna sem triar; & 3° As vitimas serdo recebidas pelas equipes de APH na Zona Morna, onde seré realizada a triagem e posterior remogdo para a ACV, estabelecida na Zona Fria. 3,3 CONDUTA/ CENARIO HIPOTETICO 3: ocorréncia envolvendo produtos perigosos ou risco biolégico. 1° Se a primeira guarnigéo que chegar no local nao tiver equipamento de protegao individual e/ou coletiva que garanta a seguranga da guamigao, para PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA iniciar 0 atendimento neste ambiente (cenario) devera: a) Avaliar e priorizar a seguranga no atendimento a ocorréncia; b) Informar ao Centro de Operagées e solicitar auxilio e/ou reforgo de equipes especializadas; c) Posicionar a viatura observando a diregao do vento, distancia adequada e segura para a guamigao; 4) Realizar o isolamento do local; e) Tentar identificar o produto perigoso envolvido na ocorréncia; f) Iniciar o controle e gestao do transito, se necessario; g) Definir a ACV e Area de Espera (E); h) Acolher e tratar vitimas deambulando tendo cuidado com risco de contaminagao. 2° Com a chegada da guamicéo de intervengéo a emergéncias com produtos perigosos, estando devidamente paramentada, apés. estabelecimento da seguranga, devera iniciar a remogao das vitimas da Zona Quente para a Zona Morna sem triar; ) Elaborado por: Uhima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revise técnica ‘Abrili2020 3401/2019 37 de 140 ATENDIMENTO A MULTIPLAS ViTIMAS ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: INCIDENTE COM MULTIPLAS VITIMAS - IMV 3° Na Zona Morna as vitimas deverao passar pelo Corredor de Redugao de Contaminagao - CRC, na sequéncia serdo classificadas e triadas pelas equipes de APH e removidas para a ACV, a qual sera montada na Zona Fria. 4- AREA DE CONCENTRAGAO DE VITIMAS (ACV): A prioridade de atendimento serd definida em fungao da gravidade das vitimas. Os profissionais de satide (médicos e enfermeiros) deverdo ser alocados prioritariamente na e Lona Amarela respectivamente com auxilio de Socorristas. Na [EEEMIZETS caso nao haja profissionais de satide (médicos e enfermeiros), deverd haver socorristas, podendo também haver o apoio de religiosos, psicdlogos, assistentes sociais entre outros profissionais de dreas afins, os quais devem estar devidamente orientados e paramentados. G PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA E necessario designar socorristas para o atendimento de vitimas na (WME). podendo haver legistas, auxiliares de necropsia entre outros profissionais de dreas afins. 4.1. CONDUTA DE ATENDIMENTO AS VITIMAS NA 1° Acolher as vitimas e realizar a triagem secundaria, se necessario, reclassificar; 2° Avaliar e atender as vitimas conforme conduta para os traumas identificados: a) Priorizar a contengdo de hemorragias (hemostasia); b) Manter vias aéreas pérvias; c) Realizar reposigao volémica; ) Ofertar suporte ventilaterio. 3° Realizaro controle das vitimas utilizando formulario SCl — 206, anotando a respectiva numeragao do cartéo START. 4° Coordenar a remogao das vitimas acionando viaturas (ambulancias) da Area de Espera (E), via Posto de Comando. Elaborado por: Uhima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abrili2020 3401/2019 38 de 140 ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 ATENDIMENTO A MULTIPLAS ViTIMAS NATUREZA: INCIDENTE COM MULTIPLAS VITIMAS - IMV possivel, observando 0 period de our, podendo ser empregadas viaturas ATENCAO! de suporte basico ou avangado conforme disponibilidade. A ¥ As vitimas devem ser estabilizadas e removidas com maior brevidade 4.2. CONDUTA DE ATENDIMENTO AS ViTIMAS NA LONA/AMARELA: 4° Acolher as vitimas e realizar a triagem secundaria, se necessario, reclassificar; 2°. Avaliare atender as vitimas conforme conduta aos traumas identificados: a) Priorizar a contengdo de hemorragias (hemostasia); b) Manter vias aéreas pérvias; c) Realizar reposigao volémica; 4) Ofertar suporte ventilatério. 3° Realizaro controle das vitimas utilizando formulario SC| — 206, anotando a respectiva numeragao do cartéo START. 4° Aguardar a autorizagao do médico regulador para iniciar a remogao das vitimas para a rede hospitalar, apés 0 término da remogao das vitimas classificadas na cor vermelha. 4.3. CONDUTA DE ATENDIMENTO AS VITIMAS NA EXEMVERUI2: 1° Acolher as vitimas e realizar a triagem secundaria, se necessério, reclassificar; 2° Avaliare atender as vitimas conforme conduta aos traumas identificados: a) Priorizar a contengéo de hemorragias (hemostasia); b) Manter vias aéreas pérvias; c) Ofertar suporte ventilatério; 4) Realizar protegao de ferimentos (curativos).. 3° Conversar, acalmar e orientar as vitimas; 4° Nao permitir que as vitimas saiam da lona verde a procura de entes queridos; Elaborado por: Uhima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisao técnica ‘Abrili2020 3401/2019 39 de 140 Comi & PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) ATENDIMENTO A MULTIPLAS ViTIMAS ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: INCIDENTE COM MULTIPLAS VITIMAS - IMV 5° Realizaro controle das vitimas utilizando formulario SCl — 206, anotando a respectiva numeragao do cartéo START. 6° Aguardar a autorizagao do médico regulador para iniciar a remogao das vitimas para a rede hospitalar, postos de satide ou a sua liberagao da cena (alta médica); & A ¥ As vitimas poderdo ser transportadas por ambulancias, énibus ou vans se disponiveis. [ATENCAO! 4.4. CONDUTA DE ATENDIMENTO AS VITIMAS NA [GXUMastaie: 1° Acolher as vitimas e realizar a triagem secundéria, se necessario, reclassificar; 2° Se houver viabilidade, viimas em PCR poderao ser atendidas e reclassificadas para a Lona Vermelha; PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA 3° As vitimas deverdo ser acondicionadas preferencialmente em sacos para despojo humano; 4°. Se disponivel na cena, equipes do IML poderao iniciar seus protocolos; 5° Realizaro controle das vitimas utilizando formulario SCl — 206, anotando a respectiva numeragao do cartéo START. 6° A remogao das vitimas se daré mediante autorizagéo do Posto de Comando, podendo iniciar independentemente da retirada das demais vitimas; 7° Para a remogao das vitimas serao empregadas preferencialmente viaturas do IML, funerarias e/ou ambulancias apés a remogao de todas as demais vitimas. ) Elaborado por: Uhima versio: | Portaria: Pagina: Comissao de Revise técnica ‘Abrili2020 3401/2019 40 de 140 ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANCA PUBLICA ATENDIMENTO A MULTIPLAS ViTIMAS ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: INCIDENTE COM MULTIPLAS VITIMAS - IMV 5- FLUXOGRAMA DO ALGORITIMO START: ena oom ae oe = os & <10 vpm >30 vom [fe 19 20spm >2e0g. es PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA Legenda: vpm - ventilages por minuto / seg - segundos Elaborado por: Uhima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abrili2020 3401/2019 41 de 140 ESTADO DE GOIAS ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANCA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR ATENDIMENTO A MULTIPLAS ViTIMAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR NUMERO DO CAPITULO: 01 NATUREZA: INCIDENTE COM MULTIPLAS VITIMAS - IMV 5.1 FLUXOGRAMA DO ALGORITIMO JumpSTART (crianca de 01 a A. Wou Localiza a dor anos) —| seaungana na ACV Legenda: vpm - ventilagées por minuto / seg - segundos & PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) Elaborado por: Comissao de Revisao técnica Abril/2020 Ultima verso: Portaria: Pagina: 3401/2019 42 de 140 ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 02 NATUREZA: OBSTRUGAO DE VIA AEREA POR CORPO ESTRANHO 1- RECONHECIMENTO: Episédio testemunhado (ou referido) de engasgo com ou sem tosse elou sinais de sufocagao, onde a vitima apresenta dificuldade para respirar espontaneamente, inquietagao, nao conseguindo falar, cianose, podendo estar com as mos posicionadas na garganta 2- CONDUTA: 1° Sempre avaliar e priorizar a seguranga no atendimento a ocorréncia; 2° Iniciar a Avaliagdo Primaria (KABCDE) e intervir conforme necessidade; 3° O atendimento a OVACE inicia-se na letra “A” da avaliagao inicial: 4° Obstrugo leve (parcial): vitima adulta ou crianga, capaz de responder se estd engasgado, consegue tossir, falar e respirar: Lnicialmente nao realizar manobras de desobstrugao (nao interferir); lAcalmar a vitima; Ill Incentivar tosse vigorosa; IV.Monitorar e oferecer suporte de oxigénio, se necessario; V.Observar a saida do corpo estranho; VL.Se nao desobstruir, seguir conduta para obstrucao grave. 5° Obstrugdo grave (total): vitima adulta ou crianga, que ndo consegue falar, podendo apresentar ventilacao ruidosa, tosse silenciosa: a) Vitima adulta ou criangas maiores que um ano consciente: Abra a boca da vitima e tente visualizar o corpo estranho e tente retird-lo; IILNo realize exploragao digital 4s cegas, isso poder pressionar o corpo estranho para uma posigdo ainda mais de dificil remogao; Ill.Efetuar 04 ou 05 tapotagens entre as omoplatas; IV.Caso a vitima ainda continue engasgada, abrace a vitima por tras e com © punho cerrado no estémago, faca 05 (cinco) compressées abdominais (manobra de Heimlich) ou no esterno (gestantes, obesos e em vitimas que a manobra de Heimlich nao for indicada ou eficaz); \V.Repita os passos nas ages 1, 2, 3 e 4, caso nao obtenha sucesso; Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 43 de 140 Comi PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 02 NATUREZA: OBSTRUGAO DE VIA AEREA POR CORPO ESTRANHO ¥ O socorrista deve abracar a vitima por tras para executar a compressao abdominal (manobra de Heimlich), podendo em vitimas de baixa estatura (crianga) ficar ajoelhado; Y Conduta para a execugdo da manobra de Heimlich: 1. Posicionar-se por tras da vitima, com seus bragos & altura da crista iiaca; ateneaom 2. Posicionar a mao dominante fechada, com a face do polegar encostada na parede abdominal, entre apéndice xifoide e a cicatriz umbilical; 3. Com a outra mao, nao dominante, devera estar espalmada sobre a primeira, devendo comprimir o abdome em movimentos rapidos, direcionados para dentro e para cima (formando um J); 4. Repetir a manobra até a desobstrugao total, intercalando com tapotagens ou a vitima tornar-se nao responsiva. ¥ Em vitimas obesas e gestantes, realize as compressdes sobre 0 esterno (linha intermamitar) ¢ nao sobre 0 abdome. b) Vitima adulta ou criangas maiores que um ano inconsciente: .Posicionar a vitima em decibito dorsal em uma superficie rigida; \l.Abra a boca da vitima e tente visualizar o corpo estranho, caso o encontre, tente retird-to; IILLN&o realize exploragao digital as cegas, isso podera pressionar 0 corpo estranho para uma posigdo ainda mais de dificil remogao; IV.Executar compressées tordcicas com objetivo de remogao do corpo estranho e ventilagées, conforme protocolo de RCP; V. Apés dois minutos de RCP, repetir os passos | ¢ Il, se nada encontrado, realizar 1 insuflagdo e se 0 ar no passar ou o t6rax ndo expandir, reposicionar a cabega e insuflar novamente; VLReiniciar a RCP e considerar o transporte imediato mantendo as manobras basicas de desobstrugdo e ressuscitacao; 5° Prevenir choque e fornecer suporte ventilat6rio conforme demanda; 6° Se necessario, pega auxilio do Suporte Intermedidrio ou Avancado; 7° Realizar a avaliago secundaria, se a vitima estiver estavel; Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abrili2020 34012019 44 do 140 PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANCA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 02 NATUREZA: OBSTRUGAO DE VIA AEREA POR CORPO ESTRANHO 8° Estabilizar e priorizar a movimentago: 1°) prancha scoop, 2°) elevagao a cavaleira, 3°) rolamentos no solo e posiciond-la sobre prancha longa; 9° Observar o algoritmo de Restrigao de Movimentos na Coluna Vertebral; 10° informar as condigées da vitima ao Centro de Operagées, pedir suporte avangado e/ou transporta-la para o hospital regulado ou de referéncia. ¥ Nao se realiza compressdes abdominals (manobra de Heimlich) em vitima A inconsciente, devendo realizar compressées toracicas equivalentes 4 RCP. ATENCAO! 3- SITUAGOES ESPECIAIS: De igual forma, na vitima pediatrica (bebé menor que 1 ano de idade) com obstrugao leve, nao se realiza manobras de desobstrugdo quando o bebé esta responsivo. O socorrista devera tentar acalmar a vitima, permitir tosse vigorosa e observar atenta e constantemente a evolugdio. Jé em caso de obstrugao grave em bebé responsivo, o profissional deve sentar-se para realizar a manobra da seguinte maneira: a) Vitima: crianga menor que um ano (bebé) consciente: |.Pegue a crianga, posicione em decibito dorsal e verifique a cavidade oral, removendo corpos estranhos ou aspirando secregées, ndo sendo possivel; II.Posicione a crianga em dectbito ventral em seu antebrago, com a cabega mais baixa que 0 tronco, podendo apoid-la em seus membros inferiores; Ill.Efetue cinco tapotagens entre as escapulas; 1V.Caso nao obtenha sucesso, vire a crianga em deciibito dorsal em superficie rigida e realize cinco compressées no esterno; V.Nao realize exploragao digital as cegas, isso podera pressionar 0 corpo estranho para uma posigdo ainda mais dificil de remogao; VI.Se ndo obtiver sucesso, repita as agdes |, Il, Ill e IV quantas vezes for necessério, até a chegada do Suporte Avangado, se disponivel. A v Em pacientes obesas e gestantes no ultimo trimestre, realize as compressées sobre o esterno (linha intermamilar) e nao sobre o abdome. [ATENCAOI! Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abrili2020 34012019 45 de 140 PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 02 NATUREZA: OBSTRUGAO DE VIA AEREA POR CORPO ESTRANHO b) Vitima crianga menor que um ano (bebé) inconscient: L.Pegue a vitima (crianga) posicione em dectbito dorsal em superficie rigida e realize 4 ou 5 compressées no estemo; IL.Verifique a cavidade oral se ha algum corpo estranho, caso tenha, retire; IILN&o realize exploragao digital as cegas, isso podera pressionar 0 corpo estranho para uma posigdo ainda mais de dificil remogao; IV.Realize as compressées tordcicas com 2 dedos (15 compressées para cada 2 ventilagdes), mantendo a frequéncia de compressao de no minimo 100 e no maximo 120 compressées por minuto, semelhante a RCP; vo condutas de primeiros socorros em caso de OVACE, durante o deslocamento até a chegada da equipe de APH: leofonista do COB deverd acalmar e orientar o solicitante, quanto as Y Sao sinais de OVACE em lactente: cianose e olhos arregalados, além da A dificuldade de chorar, tossir e emitir sons. aTencaom™ Y Em lactente e neonato, fazer somente compressées tordcicas com dois dedos e mantendo a cabega mais baixa que os pés; ¥ © socorrista deve tomar cuidado quanto a cabega da crianga, devendo apoi-la e evitar chicote. Elaborado por: Ultima versdo: | Portariar Pagina Comissao de Revisao técnica Abril/2020 3490/2019 46 de 140 PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 02 NATUREZA: PARADA RESPIRATORIA 41- RECONHECIMENTO: Vitima nao responsiva, com pulso presente (batimento cardiaco), em apneia (parada ventilatéria), sem movimentos de expanséo tordcica e pele de cor arroxeada nos labios e extremidades (cianstica). 2- CONDUTA: 4° Sempre avaliar e priorizar a seguranga no atendimento a ocorréncia; 2° Iniciar a Avaliagao Primaria (KABCDE) ¢ intervir conforme necessidade; 3° O atendimento a parada respiratéria inicia-se na letra“ 4° “A" Verifique a responsividade da vitima enquanto simultaneamente avalia pulso e ventilages ou se a mesma é anormal: Estabilize a coluna cervical usando as maos; Se nao houver histéri de trauma: Desobstrua as vias aéreas com a extensdo da cabega e elevagao do queixo; Ill.Na_presenca de histéria de trauma: Desobstrua as vias aéreas sem a extensdo da cabega, utilizando a tragdo da mandibula; IV.Constatado pulso presente e ventilagdes ausente 5° Abra a boca da vitima e avalie a necessidade de desobstrugao com aspiragdo de secregao ou retirada de corpos estranhos; 6° “B" efetuar 02 (duas) ventilagdes de Resgate, cada ventilagao deve ser administrada em 1 segundo e deve produzir expansao tordcica. Se o térax nao expandir apesar das manobras anteriores, seguir protocolo de obstrugao de vias aéreas por corpo estranho (OVACE); 7° *C" verifique pulso central (adulto: carotideo ou femoral; crianga: braquial); 8° Se houver pulso, continue administrando 01 (uma) ventilagao a cada: © 5 segundos em vitimas adultas; © 3, 4 ou 5 segundos para as vitimas {de 1 ano (crianga) até adolescéncia}, dependendo da estatura e idade da vitima; © 3 segundos para Bebés (menores de um ano exceto neonatos); © 1,5 segundos para bebés recém-nascido (neonatos). Elaborado por: Unima versio: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 47 de 140 Comi PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANCA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 02 NATUREZA: PARADA RESPIRATORIA 9° Cheque pulso central a cada 2 minutos. Na auséncia de pulso iniciar Protocolo de Reanimagao Cardiopulmonar (RCP). 40° Prevenir choque e fornecer suporte ventilatério conforme demanda; 11° Realizar a avaliagdo secundéria, se a vitima estiver estavel; 4° Estabilizar e priorizar a movimentagao: 1°) prancha scoop, 2) elevagao a cavaleira, 3°) rolamentos no solo e posicioné-la sobre prancha longa; 2° Observar o algoritmo de Restri¢do de Movimentos na Coluna Vertebral; 3° Informar as condigées da vitima ao Centro de Operacées, pedir suporte avangado e/ou transporté-la para o hospital regulado ou de referéncia. 3- CONDIGOES ESPECIAIS: 3.1. CONDUTA PARA VENTILAGAO BOCA A BOCA: A ventilagdo boca a boca sé deverd ser feita caso 0 socorrista ndo disponha de material adequado (AMBU ou Pocket Mask) para atendimento de emergéncia, seu emprego 6 um meio de fortuna, devendo seguir a mesma conduta de reanimagao para a parada ventilatéria, substituindo 0 AMBU, pelo selo da boca do socorrista com a boca da vitima: |.Se ndo houver contraindicagao, realizar extensdo da caber |lLOcluir as narinas com o polegar ¢ indicador com uma mao e tracionar 0 queixo da vitima para cima; IlL.nspirar normalmente (nao realizar inspiragao maxima); \V.Soprar 0 ar contido em seu térax na boca da vitima, mantendo selo entre 08 ldbios da vitima e do socorrista de modo que nao se perca ventilagao pelo vazamento de ar. Apés ter insuflado o torax da vitima, deixar que ocorra espontaneamente a expiracdo; \V.Repetir 0 procedimento na frequéncia ventilatéria definida pela idade da vitima. VI.Checar pulso central a cada 02 (dois) minutos, se pulso ausente iniciar Protocolo de Reanimagao Cardiopulmonar (RCP); Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisao técnica Abril/2020 3490/2019 48 de 140 PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 02 NATUREZA: PARADA RESPIRATORIA VILSe pulso presente, manter as ventilagdes até o retorno da ventilagao espontanea ou chegada da guamigao de Resgate. > 3.2. CONDUTA PARA VENTILAGAO BOCA NARIZ: Seguir a mesma conduta de reanimagao para a parada ventilatéria, substituindo o AMBU, pelo selo da boca do socorrista com o nariz da vitima: Em criangas com face pequena, o socorrista faz selo entre a sua boca e a boca e o nariz da vitima; \l.Soprar somente a quantidade de ar necessaria para insuflar o térax da vitima (acompanhar a insuflagao do térax durante o procedimento com a visao periférica), PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ¥ Amanobra de ventilagao boca a boca ou boca nariz, deve ser empregada ‘como meio de fortuna, em ultimo caso, cabendo ao socorrista a decisao de executé-la; Y Compete a guamnigao de Resgate ou Guarda-Vidas em prevencao, possuir AMBU ou pocket mask em seu kit de primeiros socorros, no local da A ocorréncia para prevenir o contato boca a boca ou boca nariz durante ATENcAo!! Manobras de reanimagdo; v Em vitima adulta, com trauma na regio maxilar onde hé dificuldade para ventilagao boca a boca, pode-se proceder a ventilagao boca nariz Y Apesar da importancia de se realizar as ventilages boca a boca, ndo & recomendado pelo risco biolégico, todavia nao existem dados significativos de contaminagao de socorristas ao executé-la 3.3. CONDUTA PARA VENTILAGAO BOCA MASCAR, Seguir a mesma conduta de reanimagao para a parada ventilatéria, substituindo o AMBU, pela “Pocket Mask’, a qual isola a boca do socorrista do contato com a boca da vitima: ) L.Selecionar a mascara adequada; II.Colocar a porgdo mais estreita da mascara sobre o nariz da vitima; Elaborado por: Unima versio: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abrili2020 34012019 49 de 140 ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 02 NATUREZA: PARADA RESPIRATORIA l,Posicionar a mascara no rosto, fixando-a com as maos de modo a conseguir um selo que impega o vazamento de ar. IV.Ventilar como descrito no procedimento para ventilagao boca a boca; V.Se a mascara possuir entrada de oxigénio complementar, deve ser utilizado se disponivel no local da ocorréncia; invertendo a posigao da mascara em relagao ao nariz, posicionando a porgao ATENCAO!! mais estreita da mascara sobre o queixo do bebé ou crianga; A Y A “Pocket Mask’ pode ser utilzada em bebés ou criangas pequenas 3.4CONDUTA PARA VENTILAGAO COM AMBU (UM SOCORRISTA): A conduta de reanimacdo ventilatéria, segue a mesma sequéncia, cabendo ao socorrista, realizar a fixagao da mascara do AMBU com uma das mos e apertar 0 reservatério com a outra, no ritmo compativel com a faixa etaria da vitima. \.Selecionar o AMBU adulto ou infantil; \l.Posicionar atras da vitima e estabilize a cabega com os joelhos; Ill.Colocar a mascara sobre a boca e nariz e faga pressdo para baixo com 0 polegar e indicador para adaptar a mascara na face da vitima. Os outros dedos sAo distribuidos pela mandibula e fazem tragdo em diregao a mascara para puxar a mandibula e manter a via aérea aberta; IV.Comprimir o reservatério com a outra mao para enviar seu volume para o térax da vitima. A insuflagao deve ser realizada em 1 segundo e produzir elevagao visivel do térax. 3.5 CONDUTA PARA VENTILACAO COM AMBU (DOIS SOCORRISTA): ‘A conduta de reanimagao ventilatéria, segue a mesma sequéncia, Um socorrista realizar a fixacéo da mascara do AMBU com as duas maos e 0 outro socorrista aperta o reservatério, no ritmo compativel com a faixa etéria da vitima. |.Um socorrista ajoelha-se atras da vitima, e com as duas maos posiciona a mascara sobre a boca e nariz. Os polegares e indicadores das duas maos Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 50 de 140 Comi PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ) ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 02 NATUREZA: PARADA RESPIRATORIA fixam a mascara e aplicam pressdo em direcdo a face. Os outros dedos so distribuidos pela mandibula e a tracionam para cima para manter a via aérea aberta. 11.0 segundo socorrista fica encarregado de aplicar pressao no reservatério. para insuflagao do térax. A insuflagéo deve ser realizada em 01 (um) segundo e produzir elevagao visivel do térax. 3.6 CONSIDERAGOES SOBRE SUPORTE VENTILATORIO: A ventilagéo deve ser ofertada para todas as vitimas, conforme respectiva necessidade, buscando prevenir que a vitima entre em Choque, methorar a oxigenagao tecidual e evitar hipéxia. PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA 3.6.1 ASSISTENCIA VENTILATORIA OU OXIGENOTERAPIA: © AMBU é constituido por uma bolsa dotada de valvula unidirecional permitindo criar um fluxo continuo através de sua compressao, visando fomecer uma oxigenagao adequada aos tecidos, garantindo um suporte ventilatério nas dispneias, paradas respiratérias ou durante a reanimagao cardiopulmonar; 3.6.2 ASSISTENCIA QUANTO A FREQUENCIA VENTILATORIA: 4° Vitimas com ventilagao normal de 12 a 20 por minuto, utilizar de cateter nasal com oxigénio na proporgao de 4 a 6 Limin; 2° Vitimas com bradipnéia, menos que 10 ventilagdes por minuto ou ausente, deve-se providenciar assisténcia ventilatéria com AMBU acoplado com reservatério conectado ao oxigénio na proporgao de 12 a 15L/min; 3° Vitimas com taquipneia entre 20 a 30 ventilagdes por minuto: usar mascara nao reinalante com reservatério de oxigénio, para obter saturagao de oxigénio (FIO2) acima de 85%; 4° Vitimas com taquipneia severa (ventilagéo ofegante) acima de 30 ventilagses por minuto: providenciar_assisténcia __venttilatoria ) Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 51 de 140 Comi ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 02 NATUREZA: PARADA RESPIRATORIA preferencialmente com AMBU acoplado com reservatério conectado ao oxigénio na proporgao de 12 a 15L/min. ¥ Sempre que possivel, adotar ventilagao assistida com oxigénio na aTeNcAo! Proporcdo de 15 L/min em todos atendimentos. 3.6.3 ASSISTENCIA QUANTO A SATURAGAO DE OXIGENIO: CONDUTA A SER ADOTADA PARA OFERTADO DE OXIGENIO A VITIMA, ‘Saturagao de Oz | Classificagdo_| Cuidado geral com a vitima (conduta) ‘Administre oxigénio via cateter nasal (4 a 6 > 94% Normal Umin) ou mascara (12 a 15 Limin), se necessario < 94% 0>90% | Hipéva Lever | Admins oxigenio via mascara 12 a 75 ‘Administre Oz a 100% com AMBU ¢€ Hipoxia ve + , = 90% i reservatério (15 L/min), seguir conduta Significativa | parada respiratéria ‘Administre O2 a 100% com AMBU = 85% Hipéxia Severa | reservatorio (15 L/min), seguir conduta “ee “Grave” parada respiratéria (atencdo para risco PCR). ¥ Alteragao na saturagao da vitima, ofertar inicialmente oxigénio via mascara nao reinalante. Caso nao tenha uma resposta satisfatoria de melhora, ATENCAO!! 3 ventilagdo com AMBU e reservatério de O2. 3.6.4 PARAMETROS DO PERCENTUAL DE OXIGENIO: PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA Dispositivo Régua de fluxo® | Concentragao 07" SEM OXIGENIO SUPLEMENTAR_ Ventilagao boca-boca NIA 15a 16% Ventilagao Boca-mascara NA ato % Ventilagao AMBU NIA 21% ‘COM OXIGENIO SUPLEMENTAR Ventilagao - Canula nasal 24-45% Boca-mascara 707 50% Mascara facial simples S101 40-60% Ventilagéo AMBU s/reservatorio 8-101 40-60% Ventilagao AMBU cireservatério 10-15 | 90-100% Valvala de demanda NA 90-100% Ventilador NIA 21-100% “Tiros por minutos (Limin), as porcentagens s4o valores aproximados, N/A - ndo se aplica Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 52 de 140 Comi ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 02 NATUREZA: PARADA CARDIORESPIRATORIA - PCR 1- RECONHEGIMENTO: Vitima nao responsiva, ventilagées ausentes ou respiragao agénica (gasping), sem pulso central palpavel. Criangas menores de 1 ano de idade, com frequéncia cardiaca inferior a 60 bpm, deve ser interpretado como ritmo de parada cardiorrespiratéria - PCR e iniciar manobras de Reanimagao Cardiopulmonar - RCP. 2- CONDUTA PARA A RCP EM EMERGENCIA CLINICA: 4° Sempre avaliar e priorizar a seguranga no atendimento a ocorréncia; 2° Iniciar a Avaliagao Primaria (KABCDE) e intervir conforme necessidade; 3° O atendimento a PCR (parada cardiorrespiratéria) inicia-se na letra “A”; 4° Em um processo unico e dinamico 0 1° Socorrista devera avaliar a responsividade da vitima: > Chamando-a e tocando-a pelos ombros - “Ei senhor (a)!"; > Checar a ventilacao (ver, ouvir e sentir) ¢ pulso simultaneamente, esse procedimento nao deve exceder 10 segundos. > Se a vitima ndo estiver responsiva, sem pulso e/ou sem ventilagéo ou ventilagdo anormal (gasping). > Posicionar a vitima em deciibito dorsal sobre superficie plana, rigida e seca ¢ iniciar protocolo de reanimagao cardiorrespiratéria (CABD). 5° Simultaneamente e no curto prazo que 0 1° Socorrista esta avaliando a vitima, 0 2° Socorrista deverd, caso nao haja pulso ou se houver diividas: > Selecionar e preparando os materiais necessarios: AMBU com reservatério, kit de oxigénio portatil, canula orofaringea e 0 Desfibrilador Externo Automatico - DEA; < Q > Ww a ° 9 G t Pr) w EB 4 ° a 5 a w a ° a ° ° °o Ee ° a“ a > Expor o térax da vitima; > Apés a confirmagéo da PCR pelo 1° Socortista, iniciar a massagem cardiaca com 30 compressées no centro do térax (esterno), mantendo as maos espalmadas, sobrepostas e com os bragos esticados. ) Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 53 de 140 Comi ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 02 NATUREZA: PARADA CARDIORESPIRATORIA — PCR forte (deprimindo o t6rax em 5 a 6 cm), devera permitir que o térax retorne > Comprimir rapido (na frequéncia de 100 a 120 compressées/minuto) & > totalmente sua posicao normal entre as compressdes e evitar interrupgdes; 6° Simultaneamente a execugao das compressées pelo 2° Socorrista, 0 1° Socorrista deve: > Desobstruir as vias aéreas da vitima e inserir a cénula orofaringea; > Em vitimas de emergéncia clinica e que nao receberam descarga de energia poderd realizar hiperextensao cervical (pescogo); > Apés as primeiras 30 compressées realizadas pelo 2° Socorrista, iniciar as ventilagdes com 02 (duas) insuflagdes eficientes (de 1 seg cada e com elevacao visivel do t6rax) utilizando AMBU com reservat6rio e oxigénio adicional, jé conectado ao cilindro de oxigénio com fluxo regulado entre 12 a 15 Limin); 7° Apés as 02 insuflagdes 0 2° Socorrista reinicia as massagens cardiacas PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA executando 30 compressées; 8° A reanimagdo cardiopulmonar sera realizada pelo 1° e 2° Socorista devendo manter o ritmo de 30 (trinta) compressdes para 02 (duas) insuflagdes, com checagem do pulso a cada 02 minutos ou 05 (cinco) ciclos; 9° © 3° Socorrista apés informar ao COB e solicitar apoio do Suporte Avangado, de posse do Desfibrilador Externo Automatic - DEA assim que possivel, posiciona precocemente as pas no térax da vitima: > Instalar os eletrodos de adulto do DEA no térax desnudo, raspado e seco da vitima sem interromper as compressées toracica; > Com 0 posicionamento dos eletrodos o DEA deverd ser ligado; > Os 1° © 2° Socorristas devem interromper a RCP e ndo tocar na vitima, enquanto 0 equipamento estiver analisando o ritmo cardiaco; > Apés a andlise do ritmo cardiaco, seguir orientagdo do DEA (se houver indicagao de choque, solicitar que todos se afastem da vitima e disparar o choque quando indicado pelo DEA); Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 54 de 140 Comi ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 02 NATUREZA: PARADA CARDIORESPIRATORIA - PCR 40° Reiniciar a RCP, no ritmo de 30 compressées para 02 insuflacdes, sem desconectar o DEA e avaliar o pulso a cada 02 minutos ou 05 (cinco) ciclos; 41° Apés 02 (dois) minutos de compressées e insuflagdes eficientes, checar novamente o ritmo com o DEA: > Se choque for indicado, siga as orientagdes do equipamento, Em seguida, reinicie imediatamente a RCP com ciclo de 30 (trinta) compresses para 2 (duas) insuflagdes; > Se choque nao for indicado, checar pulso carotideo e, se pulso ausente, reiniciar imediatamente a RCP com ciclo de 30 (trinta) compresses para 2 (duas) insuflagées. 12° Checar pulso carotideo a cada 2 minutos, se a vitima nao voltar a ter sinais vitais e 0 DEA néo for indicado, manter a RCP, no ritmo de 30 PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA compressées para 02 insuflagdes a cada 02 minutos ou 05 (cinco) ciclos; 13° Manter a RCP e avaliagdo do pulso a cada 2 minutos até a chegada do Suporte Avangado de Vida, chegada ao hospital ou até a vitima apresentar sinais de circulagao (respiragao, tosse e/ou movimento); 14° Se houver retorno da circulagéo esponténea, seguir Protocolo de cuidados pés RCP; 15° Na auséncia de retomo a circulacdo espontanea ou outras condigdes de risco, considerar Protocolo de Interrupgao da RCP; 16° Prevenir choque e fornecer suporte ventilatério conforme demanda; 17° Realizar a avaliagdo secundaria, se a vitima estiver estavel; 18° Estabilizar e priorizar a movimentagdo: 1°) prancha scoop, 2°) elevago a cavaleira, 3°) rolamentos no solo e posiciond-la sobre prancha longa; 19° Observar o algoritmo de Restrigo de Movimento na Coluna Vertebral; 20° Informar as condiges da vitima ao Centro de Operagées, pedir suporte avangado e/ou transporta-la para o hospital regulado ou de referéncia ) Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 55 de 140 Comi SECRETAI ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR RIA DE ESTADO DA SEGURANCA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 02 NATUREZA: PARADA CARDIORESPIRATORIA - PCR ATENCAO! Y Assim que constado o pulso AUSENTE na vitima, 0 Centro de Operagdes deve ser informado imediatamente e solicitando apoio de suporte avangado na cena; ¥ Achecagem pulso (central): carotideo na vitima adulta e braquial na vitima pediatrica, nao deve exceder a 10 segundos. Y Obrigatoriamente, durante a RCP, as posigdes entre os socorristas devern ser alternadas a cada 2 minutos para minimizar a fadiga. ¥ Na impossibilidade ou inexisténcia do 3° Socorrista para apoiar durante a RCP, 0 1° ¢ 2° Socorrista deverao realizar a rotina completa da RCP com o uso do DEA; V Sempre que possivel, priorizar a realizagdo da RCP com a jatura parada; ¥ Os eletrodos do DEA deverao ser posicionados na posi nterolateral em vitima adulta e anteroposterior em vitimas pediatricas elou portadoras de marca-passo. ¥ Na auséncia de atenuador de carga ou eletrodos especificos para vitima pedidtrica, poderdo ser utiizados os eletrodos para vitima adulta Elaborado por Unima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica Abril/2020 3490/2019 56 de 140 PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 02 NATUREZA: PARADA CARDIORESPIRATORIA - PCR 3- CONDUTA PARA A RCP EM CRIANCA/ BEBE / NEONATO: 4° Sempre avaliar e priorizar a seguranga no atendimento a ocorréncia; 2° Iniciar a Avaliagao Primaria (XABCDE) e intervir conforme necessidade; 3° O atendimento a parada cardiorrespiratéria inicia-se na letra "A"; 4° Em um processo tinico e dinamico verifique a responsividade (no maximo 10 segundos) checando ventilagao e pulso simultaneamente, caso ndo haja pulso ou se houver diividas, solicite apoio de Suporte Avangado de Vida; 5° Posicione a crianga em decibito dorsal em superficie plana e rigida; 6° Se for 01 (um) socorrista: I. Inicie RCP com 30 compress6es tordcicas e 02 ventilagées, produza elevagao visivel do térax; Il. Continue 0 procedimento de 30x02 até que o DEA esteja disponivel e com as pas conectadas (precocemente) na vitima; 7° Se forem 02 (dois) socorristas: |. Inicie RCP com 15 compressées tordcicas e 02 ventilagdes, produza elevagdo visivel do térax; Il. Continue 0 procedimento de 15x02 até que o DEA esteja disponivel e com as pas conectadas (precocemente) na vitima; 8° Apés a andlise do DEA seguir suas orientagdes; 9 Se indicado, reiniciar a RCP 30x02 (01 Socorrista) ou 15x02 (02 Socorristas) por dois minutos ou na sequéncia de 05 (cinco) ou 10 (|dez) ciclos respectivamente, na sequéncia aguardar a andlise do DEA; PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA 10° Checar pulso a cada 02 minutos; se ausente, reiniciar a RCP; 11° Se houver retorno da circulagéo esponténea, seguir Protocolo de cuidados pés RCP; 12° Prevenir choque e fornecer suporte ventilatério conforme demanda; 13° Realizar a avaliagdo secundaria, se a vitima estiver estavel; 14° Estabilizar e priorizar a movimentagao: 1°) prancha scoop, 2°) elevagdo a cavaleira, 3°) rolamentos no solo e posiciond-la sobre prancha longa; Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 57 de 140 Comi ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 02 NATUREZA: PARADA CARDIORESPIRATORIA - PCR 15° Observar 0 algoritmo de Restrigo de Movimentos na Coluna Vertebral; 16° Na auséncia de retomo a circulagdo espontanea ou outras condigdes de risco, considerar Protocolo de Interrupgao da RCP; 17° Informar as condigées da vitima ao Centro de Operagées, pedir suporte avangado e/ou transporté-la para o hospital regulado ou de referéncia. ¥ Segundo a AHA, as faixas etarias so: 0 a 28 dias (neonato), 29 dias a 1 ano (lactente), 1 a 8 anos (crianga) e acima de 8 anos (adulto). Y Para fins de SBV, no entanto, a faixa etéria da crianga é de 1 ano até a Puberdade e do adulto da puberdade em diante. As demais faixas etérias permanecem inalteradas. aTencéom ¥ Ao checar a responsividade em criangas, chame-a tocando em seus ombros - “Ei vocé esta bem?", nos bebés (lactentes) toque em seus pés; Y Durante a avaliagéo da responsividade observ expanséo do torax, temperatura e coloragao da pele, se constatar: auséncia de movimentos toracicos, pele fria, palida e com cianose na face, nao estiver responsiva, sem pulso e/ou sem ventilag4o ou ventilagdo anormal (gasping) suspeitar de PCR; |. Posicionar a vitima em dectbito dorsal sobre superficie plana, rigida e seca ¢ iniciar protocolo de reanimagao cardiorrespiratéria (CABD). II. As compressées no bebé sdo realizadas na linha intermamitar com 02 dedos ou com uma ou duas maos (crianga), conforme a tamanho da vi Ill. As insuflagdes devem produzir elevagao visivel no térax Y Para evitar 0 risco de isquemia cerebral, ndo checar pulso carotideo em bebés (lactente) e neonato, prefira sempre checar pulso braquial; ¥ Execute compressées répidas e fortes, com no minimo 100 e no maximo ¥ Permita 0 retorno completo do térax apés cada compressao, 120 por minuto, deprimindo esterno 5 cm em crianga e 4 cm em lactente. a v [ATENCAOI imize as interrupgées entre os ciclos de compressées. ¥ Evite excesso de ventilagao (hiperventilacao) YO desfibrilador externo automatico — DEA, pode ser usado em bebés ou criangas, com atenuador de carga ou pas pediatricas; Y Na auséncia de pds pedidtricas pode-se utilizar as pas de vitima adulta. Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: Comissao de Revisao técnica ‘Abrili2020 34012019 58 de 140 PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA ESTADO DE GOIAS ATENDIMENTO PRE-HOSPITALAR ‘SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANGA PUBLICA ‘CORPO DE BOMBEIROS MILITAR NUMERO DO CAPITULO: 02 NATUREZA: PARADA CARDIORESPIRATORIA - PCR 4- CONDUTA PARA A RCP EM EMERGENCIA TRAUMATICA: 4°. Sempre avaliar e priorizar a seguranga no atendimento a ocorréncia; 2° Iniciar a Avaliagao Priméria (KABCDE) e intervir conforme necessidade; 3° Posicionar a vitima em dectbito dorsal sobre superficie plana, rigida & seca, mantendo a estabilizagéo da coluna cervical com as maos ¢ posteriormente com os joelhos; 4° Priorizar e controlar as grandes hemorragias; 5° O atendimento a parada cardiorrespiratéria inicia-se na letra 6° Avaliar a responsividade da vitima: > Chamando-a e tocando-a pelos ombros - “Ei senhor (a)!"; > Checar ventilagado (ver, ouvir e sentir) e pulso simultaneamente, esse procedimento ndo deve exceder 10 segundos; > Se a vitima nao estiver responsiva, sem pulso e/ou sem ventilagao ou ventilagaio anormal (gasping). 7° Observar e contextualizar a PCR com a cinematica do trauma; PROTOCOLO DE SUPORTE BASICO DE VIDA 8° Informar ao COB e solicitar apoio do Suporte Avangado; 9° Desobstruir as vias aéreas com controle de coluna cervical, se necessério, aspirar secregdes e/ou remover corpos estranhos; 10° Inserir cAnula orofaringea; 11° Iniciar as ventilagdes com 02 insuflagdes (ventilagdo de resgate), utilizando AMBU com reservatério de oxigénio, fluxo de 15 L/min; 12° Expor 0 t6rax da vitima; > Se necessario realizar curativo valvulado (trés pontos) e imobilizar objetos empalados (ndo remover); 13° Na sequéncia, adotar a frequéncia de 01 insuflagao a cada 06 segundos; 44° Nao demorar na cena, priorizar a remogao da vitima, mantendo as ventilagSes durante o transporte; 15° Continuar com a avaliago priméria, no interior da viatura, se necessério e possivel, realizar curativos, imobilizagées e outras condutas (massagem); ) Elaborado por: Unima verso: | Portaria: Pagina: 10 de Revisdo técnica ‘Abrili2020 34012019 59 de 140 Comi

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