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Estado do Cearé Prefeitura Municipal do Crato Gabinete do Prefelto C.cE-07 587 975/0001-57 CGP: 06 920.2518 LEIN*.2.279/2005 Ementa: Dispde sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, PDDU, do Municipio do Crato e dit outras providencias a 0 PREFEITO MUNICIPAL DO CRATO, no uso de suas atribuigdes legais. ‘Faso saber que a Camara Municipal do Crato aprovou e eu sanciono a seguinte LEI: DISPOSICOES PRELIMINARES Ant. 1®- A presente Lei institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Municipio do Crato, instrumento basico da sua politica de desenvolvimento e de expansio urbana, otjetivando, fa partir da fixagdo de objetivos e diretrizes definidos no Plano Estratégico ¢ no Plano de Estruturagio Urbana, orientar 0 processo de transformagio do municipio, assegurando uma melhor qualidade de vida a seus habitantes. TiTULO! DA POLITICA URBANA CAPITULO I Das Disposigdes Gerais Ant.2®- © Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Crato destina-se & execusio, pelo Poder Piblico Municipal, da politica de desenvolvimento ¢ de expansio urbana, conforme diretrizes gerais por ele fixadas. a ‘Art. 3°- A politica de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Publico Municipal, tem por fungdo bisica ordenar o pleno desenvolvimento das fungées sociais da cidade © garantir © bem-esiar de seus habitantes, a partir da definigdo de objetivos estratégicos que permitam & obtengéo do perfil urbano ideal. ‘Paragrafo tinico - A propriedade urbana cumpre sua fungio social quando atende as exigéncias fundamentais de ordenago da cidade expressas no plano diretor. Art. 4°- © Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do municipio tem como objetives fundamentais: T- realizar 0 pleno desenvolvimento das fungdes sociais da cidade ¢ da propriedade & garantir o uso socialmente justo e ecologicamente equilibrado de seu territéric, de forma a assegurar o bem-estar de seus habitantes, I- estimular a expansiio do mercado de trabalho e das atividades produtivas; IIT propiciar melhores condigbes de acesso da populagio a moradia, a trazalho, aos transportes @ aos equipamentos e servigos urbano: Taige Tolle soraives sims caniro Tal 1086) ssza0062 - 95292055 Estado do Cears CRAT eee tras oatta IV- disciplinar 0 uso ¢ ocupagao do solo, compatibilizando-os com o meio anibiente ¢ a infra-estrutura disponivel; V- compatibilizar a estrutura urbana da cidade ao cresc! ‘econémico previsto; VI- preservar, conservar recuperar as areas ¢ edificagses de valor historico, paisagistico, artistico ¢ natural; VII - distribuir a densidade demogrifica em area urbanizada, de forma a proporcionar maior eficiéncia na oferta dos servigos pablicos a comunidade: VIII -estabelecer mecanismos de participagio da comunidade no planejamento urbano e na fiscalizacdo de sua execugio; IX- estabelecer padrdes basicos de urbanizagio, estimulando, inclusive, a reurbanizagio de reas deterioradas, X- _ implantar um sistema integrado de planejamento e de democratizagiio da gestio urbana, tendo como referencial para isso a Unidade de Vizinhanga; XI- promover a universalizacdo do ensino fundamental com garantia de qualidade CAPITULO II Dos Objetivos Estratégicos Constituem objetivos estratégicos do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do nto demografico, social e XII - definir padrdes urbanos de apoio 4s Unidades de Vizinhanga existentes e aos distritos, estruturando as referidas Unidades; XIII -desenvolver © manter uma imagem positiva da cidade; XIV -criar e manter a estabilidade das Unidades de Vizinhanga, obedecendo aos critérios de acessibilidade, sustentabilidade e vitalidade comunitaria; XY - proteger a qualidade do sistema ambiental através da implementagio de ages de poder piblico em articulagao com a sociedade civil; XVI -assegurar a prestago de servigos pablicos igualitarios e eficientes; XVII- — promover condigdes que, estrategicamente, garantam a sustentabilidade do desenvolvimento, CAPITULO III Do Plano Estratégico de Desenvolvimento Art. 6°- O Plano Estratégico do Municipio do Crato objetiva assegurar um grau de desenvolvimento econmico sustentivel através da oferta de servigos de qualidade, propiciando 0s moradores ¢ visitantes uma cidade equilibrada fisica e socialmente. Compde-se de cinco linhas tésicas, a seguir elencadas: I- Linha Estratégien 1: Crato deveré ser um importante centro de turismo do sul do Ceara; IL- Linha Estratégica 2: Crato deverd ser uma cidade de ensino especializado de qualidade; I~ Linha Estratégiea 3: Crato devera ter uma economia industrial forte e descextralizada, ‘com produtos de valor agregado cada vez maior, IV- Linha Estratégica 4° Crato devera ter uma economia agricola de produtos diferenciados para 0 mercado nordestino; Targe Jullo Saraiva, sn centro Tel, (088) 85233362 - 35232085 Estado do ceard — Preteitura Municipsl do Crato cp Gabinete do Prefeito RATO Cee a eee CG: 00 920.281-0 Vz, _ Linha Estratégica 5: Crato deveri ser um municipio equilibrado fisica e socialmente. Br. 75, Ficam definidos como componentes bisicos para a consecugao da Lisha Estratigica 1 1- criar infra-estrutura para promover o turismo ecolégico; TL. _ #Proveitar sinergias do turismo religioso com o Municipio de Juazeiro do Norte. An'6°~ _ Fiea definido como componente basico para a consecugao da Linha Fstrateyiea 2 T- fortalecer 0 municipio como cidade do ensino, adequando a educagto profissonalizante © superior para suprir as necessidades dos setores econdmicos mais promissores da cona sul do Ceara e de estados vizinhos. Att 9" Ficam definidos como componentes bisicos para a consccugio da Linha Estratégica 3: T- continuar com a politica de atragtio de industrias, buscando setores que cejam mais adequados as condigdes naturais ¢ sociais; II" fortalecer o desenvolvimento de micro ¢ pequenas empresas Am 10- Ficam definidos como componentes bisicos para a consecugdo da Linha Estratégica 4: 1- estimular a produgdo de hortigrangeiros sem agrotéxicos TL-__ estimular 0 cultivo de frutas tropicais para consumo no mercado intemo; I~ manter a produgaio da cana-de-agicar como fonte de empreuo e renda, IV ~ manter culturas tradicionais consorciadas pecuaria leiteira, V-_Barantir assisténcia técnica e comercial para os agroprodutos ¢ derivados Ar. 11- Ficam definidos como componentes bisicos para a consecugdo da Linha Estratézica 1- aumentar a atratividade fisica do municipio; TL- manter e preservar o meio ambiente ¢ os recursos naturais IIT criar condigdes de desenvolvimento para todos 0s segmenios da sociedade: IV ~ oferecer uma qualidade de vida superior a populagao 81%. As agdes especificas © os projetos estruturantes vinculados a cada compcnente eo conjunto de indicadores de desempenho componente de cada linha estratégica encontram.se definidos no Plano Estratégico do Municipio, o qual constitui parte integrante desta Let independentemente de transcrigo, $2°~ Os termos de referéncia preliminares relativos aos projetos estruturantes devertio ser elaborados a partir das ages decorrentes das linhas estratégicas supracitadas e das dirctrizes do Plano de Estruturagao Urbana, descritas no Capitulo TV do Titulo I, a seguir CAPITULO IV Do Plano de Estruturagaio Urbana Considera-se Plano de Estruturagio Urbana a definiglio de uma politica de afirmago de para 0 planejamento © 0 futuro da cidade, estabelecendo metas a curto © a longo pnizos, objetivando viabilizar o desenvolvimento da comunidade nos aspectos fisicos, ambientais e socials Parégrafo nico - Conforma, ainda, o Plano de Estruturagdo Urbana a indicagao de un elenco de intervengdes estruturantes ¢ respectivos projetos que, somados implantados, numa Cergo lulie Saraiva, s/n centre Tal 1008) Seaas00T T SSTSTOSS Estado do Ceard tura Municipal do Crato Gabinete do Prefeito OSCR orm e Ne hierarquia temporal de complementariedade, devergo, ao final de sua implementasio, consigurar o perfil desejado para a Cidade do Crato e 03 demais distritos do municipio. Sogo T Das Diretrizes Gerais Art 13 ~ A implementagéo do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Mtnicipio do Crato observaré as diretrizes gerais © politicas tragadas nos seus dois componertes: Plano Estratégico e Plano de Estruturagio Urbana. §1°- Constituem diretrizes basicas para o futuro uso do solo: T- _estabelecer 0 zoneamento do uso do solo através de uma estrutum policéutriea, com uso misto e incremento de densidade; T- _incentivar a permanéncia o incremento da moradia na Zona Central; I~ apoiar a configuragdo de limites fisicos de Unidades de Vizinhanga, considerando um raio de caminhabilidade médio de 600,00m, a partir de seu centro, TV- _ criar um sistema troneal de vias para priorizar a ligagio entre os centros das Unidades de Vizinhanga através de transporte coletivo e ciclovias, V~- garantir para as Unidades de Vizinhanga @ coexisténcia de atividades de moradia, trabalho, comércio, lazer e a acessibilidade aos servigos piblicos, além dos ‘equipamentos de seguranga, salide e educagio; VI- configurar nas Unidades de Vizinhanga as atividades de convergéncia em terno de um espago piiblico central, cujo principal foco 6 a estagio de transporte piiblico, VI- descentralizar o trabalho industrial em nucleos eqiidistantes em relagao a maioria das ‘Unidades de Vizinhanga; VIIT- evitar a expansio dos limites urbanizados da cidade © controlar seu crescimento através da ocupagiio dos vazios urbanos disponiveis e do incremento da densidade, IX- criar atratividades de desenvolvimento na zona urbana existente para conter a transferéncia de atividades urbanas para as margens do futuro contomo rodoviério, ‘X= — manter as reservas de espaco natural, como areas nao urbanizaveis, na zona situada entre a érea urbana e 0 contomo rodovisrio; X1-_ promover a urbanizagdo moderada as margens de alguns recursos hidricos, ressalvadas Suas faixas de protegdo, objetivando dar-lhes a conformagao de parques urba.10s, XI- _criar uma rede de espagos de convivéncia e lazer nas Unidades de Vizinhanga e distritos; XIII - ordenar os novos usos das margens da Rodovia CE-292 no seu trecho urbanc, XIV - favorecer estreitar as relagSes com os municipios limitrofes, particularmente com os Municipios de Juazeiro do Norte e Barbalha, criando uma continuidade de usos © adres de urbanizacio; XV- estabelecer medidas disciplinadoras para © uso do solo, no sentido de conter 0 processo de degradagio ambiental das areas marginais dos Rios Batateiras, Ciranjeiro € Saco, bem como dos Riachos das Piaba e Constantino; XVI- considerar a realidade de conurbagio com 0 Municipio de Juazeiro do Norte, ordenando © processo jé existente de ligago fisica, de forma contigua, contendo a disperso e adensamento da faixa ao longo da CE-292 a fim de preservar 0 equilibrio social ¢ econdmico do municipio; terge Julie Saraiva, s/n~ cenWo Tel foes) SoDaaaes ae TazOSS Estado do Ceara as am Preteitura Municipal do Crato aapiunetecireaiia CRATO eect leotanay 'GOVERNO MUNICIPAL C.GF.: 06.920,251-6 XVII - conter o espraiamento do desenvolvimento urbano, evitando a expansio desordenada dos limites da area urbana; XVII - —_promover ages que visem a preservago ¢ recuperacio ambiental da Chapada do Araripe, ordenando o seu uso, em estreita articulagio com os demais municipios da regido; XIX- promover agdes que visem a preservagiio, recuperagdio e tombamento clo patriménio arquiteténico da zona central, inclusive ordenando a transformagio de seus usos quando essa se mostrar necessiria e conveniente para seu proprietizio € para os cidadaos em geral; XX promover a protesao do patriménio histérico e cultural §2°- Constituem politicas basicas de transporte e acessibilidade: T- criar junto ao sistema troncal uma triha de ciclovias e caminhos para pedestres, conectando as Unidades de Vizinhanga entre si e essas aos espagos centrais da cidade, I~ implantar sistema de transporte publico de alta acessibilidade, ligando as Unidades de Vizinhanga entre si essas aos equipamentos centrais de uso comum, Ill incentivar a construgdo de um conjunto de estacionamentos em areas privadas, acessiveis ao novo sistema troncal e proximos a firea central; TV criar uma malha de caminhos para pedestres na zona central, @ partir da redueio do wafego de veiculos e do alargamento de alguns passeios e arborizagio desses espagos; V- implantar érgo gestor do planejamento e operagdo dos transportes, pura coordenar institucionalmente sua geréncia, na forma a ser estabelecida mediante reguiamento;, VI- incentivar 0 uso do transporte piblico em toda a sua plenitude através da criagdo de rolas eficazes e paradas racionais, ‘VII - implantar um sistema de anéis vidrios para o desvio das cargas da area ventral e para garantir maior fluidez ao trafego §3°- Constituem diretrizes bisicas quanto ao desenho urbano I- _ criar paisagens urbanas renovadas para os centros das Unidades de Vizinhanga, II- estabelecer eritérios mais rigidos para aprovagdo de projetos, com vistas a obter melhor qualidade arquiteténica das futuras construgées, TI- estabelecer critérios locais para preservago do acervo historico ¢ cultural edificado da zona central, TV - prover as areas abertas e futuros parques com mobiliario urbano e amenidades com boa qualidade de desenho; V- determinar que as novas Unidades de Vizinhanga deverio ter, preponderantemente, construges térreas, podendo, entretanto, ser permitidas construgdes de até urés pavimentos de moradia superpostos a um pavimento térreo com atividade de comércio no centro da Unidade de Vizinhanga, e, em zonas especificas, poderio ser permitidas construgdes de até 18 pavimentos, ressalvadas as hipdteses previstas nesta Lei, §4°- Constituem politicas basicas quanto a habitago e ao desenvolvimento da comunidade I- _assegurar politicas e programas para criar e adaptar as Unidades de Vizinhanga como padrio de unidade de planejamento das comunidades urbanas, com diversidade Large Julio Saraiva, #/n— centro Tel: (08a) 35233362 - 35292055 Estado do Ceard Preteitura Municipal do Crato Gabinete do Prefeito : €.G.C:07 587 975/0001-07, ‘Coven MUNICIPAT C.GF.:06920.251-6 condigdes de vida saudével para todos 0s seus residentes e configuradas com no maximo 12,000 habitantes; I- definir como elemento aglutinador dos componentes do centro da Unidade de Vizinhanga 0 espago piblico convergente na escala da comunidade; TIl- estabelecer que o centro da Unidade de Vizinhanga sera o ponto focal da convergéncia da comunidade, equipado com comércio, servigos ¢ oportunidades locais ce trabalho, € que a conexio do transporte piblico, ciclovias e calgaddes para pedestres com 0 conjunto das Unidades de Vizinhanga seri feita através de estagdes localizadas no mesmo; IV- estabelecer que as Unidades de Vizinhanga deverio utilizar 0 modelo de uso misto, com alta densidade no nécleo central e densidade decrescente no sentido da periteria; V- assegurar que a prestagdo de servigas de saiide & populagdo deva ser realizada mediante sistema composto de varias unidades, articuladas entre si e vinculadas ao Sistema Unico de Satide, SUS, para atendimento harménico e abrangente & comunidade, VI- estabelecer que cada Unidade de Vizinhanga deverd dispor, obrigatoriamenie, de servigo de atendimento primério de satide capaz de realizar atividades de promogao, prevengao € recuperagdo, que serio desenvolvidas por médicos generalistas ¢ demais profissionais da area de saide; VIT- estabelecer que a prestagdo de servigos educacionais & populagdo deva ser realizada mediante sistema composto por varios estabelecimentos de diferentes graus de ensino, articulados entre si para o atendimento harménico e abrangente das necessidades da populagao infanto-juvenil VII -Estabelecer politicas de promogdo das atividades culturais e de lazer da conunidade §5°- Constituem politicas bisicas de natureza ambiental: I~ disciplinar 0 uso do solo, do subsolo, da agua e do ar, TI- incrementar, por parte do poder piblico, 0 planejamento e fiscalizagdo do uso dos recursos ambientais; TIL- proteger os ecossistemas, com a preservago de areas representativas, através da criaglo de novas unidades de preservagio ou conservagio; TV - identificar e controlar as atividades potencial ou efetivamente poluidoras, V- incentivar o estudo e a pesquisa de tecnologias orientadas para 0 uso racional e & protegdo dos recursos ambientais; VI- proteger areas ameagadas de degradacdo e recuperar éreas degradadas; VII- exigir @ realizagdo de estudo de impacto ambiental das atividades, obras ou empreendimentos causadores de significativa degradacao ou poluigao ambiental; VIII -estabelecer padres locais de qualidade ambiental, desde que mais restritivos aos estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente, CONAMA, IX- criar instrumentos de auto-sustentabilidade das unidades de preservagao e conservagio ambiental instituidas pelo poder piblico; X- instituir e oferecer 0 necessirio suporte logistico ao pleno funcionamento do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, COMDEMA; XI-_criar um sistema de parques, com urbanizag%o para caminhadas e ciclovias; Largo Julie Saraiva, s/n centro Tel: (088) 35283362 - 35287085 Estado do Ceara . Preteitura Municipal de Crato CR Gabinete do Prefelts CK Cacrarssrsneeney mea Caveuno MUNICIPAT C.GF:06.920.251- XIL- preservar os ambientes Raturais sensiveis, evitando urbanizagSes inadequadas e Mmantendo as drenagens naturais; XIII -promover a Fecuperacdo das Areas naturais dos recursos hidricos, iniciando-se com o Rio Batateirs, de forma a remover os usos inadequados e criar uma via. paisagistica para melhorar a acessibilidade e o uso seguro por parte da populagio. XIV - promover a urbanizagio ¢ o tratamento aisagistico do trecho canalizado do Rio Granjeiro, §6°- Constituem politicas bisicas de infra-estrutura e servigos publicos T- assegurar que todas as dreas da cidade sejam servidas por infra-estrutura de servigos, de forma a garantir uma melhor qualidade de vida as Unidades de Vizinhanga; Il- criar um conjunto de servigos recteacionais e oportunidades para promover servigos igualitariamente acessiveis a todos os residentes; IT car alternative adequada para destinagao final do lixo através de sistemas mistos de anes sanitirios controlados e implantagio gradativa de coleta seletiva e reciclagem de materiais; TV~ expandir as redes de infia-estrutura basica (redes de abastecimento de gua, Ssgotamento sanitario, energia elétrica e telefonia), com énfase para os sistemas de ubastecimento de agua © esgotamento sanitiio, ajustando os programas dv expansto vom os de desenvolvimento e ‘consolidagao das Unidades de Vizinhanga; V- integrar as politicas de drenagem urbana e meio ambiente. VI- proveder a integragdo rodoviéria interdistital e & operacionalizagao de sistema de transporte coletivo regular por énibus ou similar, articulando a rede de distritos do rounicipio entre si; VIL implantar equipamentos comunitérios de cariter multifuncional ¢ estimuladores da organizag&o comunitaria; \Vill-estruturar programas e ambientes propicios capacitaglo para 0 wabalho, educagéo Profissionalizante © desenvolvimento de atividades produtivas e turisticas Nio Predatérias nas Unidades de Vizinhanca; TX- estimular a implantagdo gradual da rede hierarquizada de equipamentos de saide, educagdo, cultura e esportes na sede municipal e nos distritos, X-_ estimular a parceria com os municipios limitrofes, em especial com Juazeiro clo Norte € arbalha, objetivando a criagdo de consércios em alguns setores de servigos piblicos infra-estrutura basica, §7°- Constituem politicas basicas de consolidagio ¢ integragio da rede de distritos: T__ consolidar’o centro do distrito como ponto focal da convergéncia da comunidarle; I~ expandir as redes de inffa-estrutura basica, com énfase especial para os sistemas de abastecimento de égua e esgotamento sanitario; TII- proceder ao ordenamento urbanistico bésico das sedes distrtais, objetivando sua requalificago para futuras expanses; TV estabelecer critérios locais para preservagio do acervo hisidrico e cultural edif.cado nos distritos, Largo Julio Saraiva, s/n cenivo Tel, 1088) 35Da0007 o Estado do Ceara a Preteltura Municipal do Crato CPA my Gabinete do Prefeito wT €..C: 07.587,975/0001-07 Scoveano Municiea CGF: 069202518 V- garantir condigdes para que no distrito possa ocorrer a coexisténcia de atividades de moradia, trabalho, comércio, lazer e a acessibilidade aos servigos piblicos, além dos equipamentos de seguranga, saiide e educagio, VI- estruturar programas e ambientes propicios & capacitac%o para o trabalho, educagao profissionalizante e desenvolvimento de atividades produtivas © turisticas no predatérias nos distritos; VIT- preservar os ambientes de natureza sensivel; VIII -criar e complementar as redes de infra-estrutura basica, incluindo saneamento basico simplificado e Agua com o respectivo tratamento, IX- fomentar a criago de centrais comunitirias de comunicagdo e cidadania nos centros convergentes das sedes, X- estruturar programas de atendimento a saiide, educagio, priticas de esportzs e lazer comunitirio e a preservagio das raizes populares das comunidades distritais; XI- implantar e operacionalizar sistemas simplificados de coleta e destinagdo final de lixo TITULO IL DO PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO URBANO CAPITULOI Da Definigao e dos Objetivos Ast. 14- © Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, instrumento basico da politica municipal de desenvolvimento e ordenamento da expansio urbana, tem como objetivos especificos’ I- realizar 0 pleno desenvolvimento das fungdes sociais da cidade © da propriedade ¢ garantir, ainda, 0 uso socialmente justo e ecologicamente equilibrado de seu territério, de forma a assegurar o bem-estar dos seus habitantes; I1- estimular a expanso do mercado de trabalho e das atividades produtivas a partir de um planejamento estratégico; IL- distribuir as locagdes de servigos e equipamentos com eqilidade © alto grau de acessibilidade; TV- promover a qualificagio urbana pela busca de estabilizagao das Unidades de Vizinhanga € suas contigiidades, V- considerar a compactagio das Unidades de Vizinhanga e 0 uso miltiplo como formas mais econdmicas de melhor utilizar a infra-estrutura, relacionando densidade com custos, VI- preservar, conservar e recuperar patriménio ambiental do municipio, respeitando as reas verdes, protegendo areas agricolas no perimetro urbano e, sempre que possivel, viabilizando convivéncia de reas urbanizadas com areas naturais acessiveis dentro de toda a regiao urbanizada; ‘VIL - preservar, conservar e recuperar as areas e edificagdes de valor histéricc, cultural, paisagistico e natural; VIII -disciplinar a ocupago e © uso do solo, compatibilizando-os com o meio ambiente € & infra-estrutura disponivel, TX- estabelecer estratégias de agdo que integrem os esforyos institucionais, tendo como centro a gestio da qualidade de vida e o estabelecimento de politicas piblicas de gestdo targe Jui Saraiva, s/n ~ centro Tel: (086) s5200062 - 95292055 Estado do Cearé = Preteitura Municipal do Crato CR oO Gabinete do Prefeito ih €.6.:07 07 975/0001-67 ‘coveve Monier CG F:06 920.2816 urbana integradas com as politicas nacional e estadual de meio ambiente 2 gestio dos recursos hidricos, + promover uma gestio urbana integrida com a gestio ambiental, buscando-se sempre modelos institucionais que articulem 0 poder pibblico com os segmentos organizados da sociedade civil, XI- garantir a participagio de deficientes e idosos, através de seus movimentos Tepresentativos, nas atividades pertinentes ao acompanhamento e implementaglo do plano diretor; ‘XII - exigir, quando da liberagdo de toda e qualquer obra publica ou privada, a observancia das necessidades € dos direitos das pessoas deficientes a0 acesso e uso de ambientes e ‘equipamentos adaptadas as suas limitagSes. CAPITULO IL Dos Instrumentos de Operacionalizagio Art. 15~ Constituem instrumentos de ‘Operacionalizago do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, sem prejuizo de outros previstos na legislag#o municipal, estadual e federal ertinentes 1- _ INSTRUMENTOS INSTITUCIONAIS. a) Conselho Municipal do Plano Diretor; ©) Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, COMDEMA, ©) Sistema Integrado de Planejamento Municipal Il- DOS INSTRUMENTOS URBANISTICOS / AMBIENTAIS 8) Estudo de Impacto Ambiental, EIA e respectivo Relatério de Impacto Ambiental, RIMA, b) Programa de Formagio de Estoque de Terras; ©) Desapropriacdo, nos termos do art. 182, paragrafo 4°, inciso III da Constituigéo Federal combinado com 0 art. 296 da Constituigéo do Estado do Ceara; 4) Tombamento, TI- DOS INSTRUMENTOS TRIBUTARIOS / FINANCEIROS a) _Incentivos Fiscais; b) Imposto Progressivo; c) Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano. Segao I Dos Instrumentos Institucionais Subsegio I Do Conselho Municipal do Plano Diretor Art. 16- © Consetho Municipal do Plano Diretor 6 0 érgio de deliberagdo superior e de assessoramento a0 Poder Executivo, com atribui¢do bisica de analisar © propor medidas de efetivagdo da politica urbana, bem como verificar 0 cumprimento das direirizes expressas no Plano Diretor. Art.17- A composigao, organizagéo € as normas de funcionamento do conselho serio regulamentadas no prazo de 30 (trinta) dias apés a edig&o desta Lei, observando-se como regia bisica cue de sua composicéo deverdio integrar representantes de drgios/entidades governamentais € no govemamentais, observada a necessiria paridade. large Julio Saraiva, s/n - centro Tel: (088) 2200060 35232088 Estado do Ceard — Preteltura Municipal do Crato CRA oO Gabinete do Prefelto —f €.6.6:07 87975/001-67 GOVERNO MUNICIPAL CGF: 06902516 §1°- As deliberagdes do conselho, no ambito de sua competéncia, deverdo ser consideradas como resolugdes, podendo, em situagdes especiais, assumir cariter deliberative, o que deverd ser objeto de regulamentagio, §2°- Consideram-se organizagBes nfio-govemamentais, para os efeitos desta Lei 1- as associagdes de bairros ou moradores que tenham por finalidade estatutdria promover ‘ou defender os interesses comunitirios locais; Tl- as entidades que tenham sido declaradas de utilidade publica municipal; IIL - as entidades cujos estatutos estejam devidamente registrados na forma da lei civil e com atas da elei¢éo das diretorias devidamente autenticadas Art. 18 Compete ao Conselho Municipal do Plano Diretor 1- promover a aplicagdo ¢ fiscalizar 0 cumprimento da legislagdo municipal referente ao Plano Diretor, estabelecendo, quando solicitado, a interpretagéo uniforme e adequada dos dispositivos legais pertinentes; T1- opinar sobre os projetos de lei, decretos e demais atos regulamentares necessérios & atualizag&o e complementagdo da presente Lei II- opinar sobre propostas de alteragbes dos padres urbanisticos; IV- opinar sobre a programagao de investimentos anual ¢ plurianual dos instrumentos de planejamento municipal; V- promover a integragio das atividades de planejamento urbano municipal atinentes a0 desenvolvimento estadual e regional; VI- promover as atividades de planejamento urbano, acompanhando a sua execugéo, em especial quando do estabelecimento, atualizaglo permanente ¢ reviso feriddica 8) da ordenagio do uso do solo, da ocupago e do parcelamento do solo ursano: ¢ b) da definigdo das prioridades governamentais ‘VI - promover um canal de comunicagao efetivo entre 0 Poder Executivo e 05 cidadios no ‘que tange a execugdo da politica urbana; ‘VII -baixar normas de sua competéncia, necessirias a execugo e implementagio da politica urbana do municipio, IX. determinar, quando julgar necessirio, a realizagio de estudos sobre alternativas possiveis consequéncias urbanistico / ambientais de projetos publicos ou privados, com vistas @ adequagdo dos mesmos as diretrizes constantes nesta Lei, X- submeter, por intermédio do Secretirio de Planejamento do Municipio, & apreciagao do Chefe do Poder Executive as propostas referentes 4 concessio de incentives & beneficios fiscais e financeiros, visando a melhoria da qualidade urbana; XI- apreciar os projetos de urbanizagao e de equipamentos urbanos que venham a causar significative impacto ambiental em estreita articulagdo com o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, COMDEMA, ¢ respectivos drgios executives da gestio ambiental e urbana no municipio; XIL- exercer outras atividades que lhe venham a ser conferidas por lei. Subsegio II Largo Julio Saraiva, s/n ceniro Tel, (066) So25a002 95252085 Estado do Cearé = Preteitura Municipal do Crato CR e TO Gabinete do Preteito . C.o.c:0nsersrs/co0\07 = CGR: o6mm028-6 CoveaNo wun Do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente Art.19- O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, COMDEMA, constitui ‘orgdo consultivo e deliberativo, no ambito de sua competéncia, integrante dos Sistemas Nacional ¢ Estadual do Meio Ambiente, competindo-lhe, especialmente T- propor diretrizes para a politica municipal de meio ambiente; - estimular © acompanhar o inventério dos bens que deverao constituir patriménio ambiental (natural, étnico e cultural) do municipio; TII- propor © mapeamento das areas criticas e a identificagdo das obras ou atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, Ay” Sstudar, definir e estabelecer, mediante resolugio, padres de qualidade ambiental, V-_promover e colaborar na execugo de programas intersetoriais de protegdo aribiental do municipi VI- propor ¢ acompanhar os programas de educagao ambiental, VIT- manter intercmbio com as entidades pablicas e privadas de Pesquisa com atuagdo na area ambiental; | ‘VII -identificar ¢ representar junto aos érgios competentes as agressdes ambientais ocorridas no municipio; IX- convocar audiéncias publicas, quando necessari X-_ exigir, para instalagio de obra ou atividade potencialmente causadora de significative slegradagdo do meio ambiente, o Estudo Prévio de Impacto Ambiental, a que se dari publicidade. Subsegdo III Do Sistema Integrado de Planejamento Municipal Ant 20- Fica instituido 0 Sistema Integrado de Planejamento Municipal, constituido por érgios e entidades da administragdo municipal, direta, indireta ¢ fundacional, bem como o érgo colegiado € 8 comissises instituldas no dmbito do municipio, com a seguinte estrutura bésica = Orgio Superior ~ Conselho Municipal do Plano Diretor, U- Orgdo Central - Secretaria de Planejamento do Municipio; TI- Orgios / Entidades Seccionais ~ érgios, entidades ou comissdes especificas ins:ituidas no Ambito da Administragdo Piblica Municipal, cujas atividades estejam associadas, direta ou indiretamente, implementagao da politica urbana ¢ das diretrizes expressas. no Plano Diretor. Art. 21 - Fica autorizado 0 Chefe do Poder Executivo Municipal a criar e implantar na estrutura Organizacional da Secretaria de Planejamento do Municipio uma unidade responsavel pelo acompanhamento e geréncia do Plano Diretor An. 22- © Conselho Municipal do Plano Diretor, como érgio superior do Sistema de Planejamento Municipal, poderé constituir comissdes permanentes ou tempordsias, para acompanhar a execug&o do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, Pardgrafo Unico - Fica, de logo, instituida a Comisso Permanente de Avaliagdo do Plano Diretor. & qual compete, em especial, acompanhar a execugio do plano e avaliar, sistematicamente, a legislagio pertinente, no sentido de propor as alteragdes e revises necessérias Largo Julle Saraiva, s/n ~ centro I: (068) 35239362 - 35232085 4 Estado do Cearé Preteltura Municipal do Crato Gabinete do Prefeito (©.G.C: 07.587 975/0001-07 C.GF:06920.251-4 Art. 23- A estrutura, composigo e normas de funcionamento da comissio a que se refere 0 artigo anterior sero objeto de regulamentagiio no prazo de 30 (trinta) dias, competindo-Ihe, especialmente, elaborar termos de referencia e cronogramas de desenvolvimento € ‘acompanhamento dos seguintes planos diretores setoriais: T+ saneamento basico; - drenagem; II- transporte; IV - habitagao; V- meio ambiente; VI- cigncia e tecnologia; VIL - educagao e cultura; VII -saiide; IX- desporto, lazer e turismo, Art. 24- A operacionalizagao do Sistema Municipal de Planejamento Urbano far-se-a através da articulagio com os érgios federais, estaduais e municipios limitrofes, no sentido de Compatibilizar os planos, programas e projetos de interesse comum Paragrafo unico - Os programas, projetos e agdes de iniciativa dos governos federal © estadual, no dimbito do territério do municipio, deverdo compatibilizar-se com as ditetrizes do Plano Estratégico ¢ Plano de Estruturagio Urbana, ambos integrantes do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano. Art. 25- Os dados e informagdes necessérios 4 avaliagdo e adequagao das diretrizes ¢ metas do plano de desenvolvimento do municipio serio agrupados em um sistema de informagées, devendo todos os érgios que compdem o Sistema Integrado de Planejamento alimentar a formagdo de um banco de dados, que subsidiard uma constante e permanente avaliagdo das agdes empreendidas, funcionando, ainda, como relevante instrumento de democratizago ¢ ‘transparéncia da gestiio urbana. Seco I Dos Instrumentos Urbanisticos / Ambientais Subsegao I Do Estudo Prévio de Impacto Ambiental Art.26- Dependeri de Estudo Prévio de Impacto Ambiental, elaborado por profissionais habilitados, a implantagao de atividades, obras ou empreendimentos, piblicos ou privados, que Possam vir a representar uma excepcional sobrecarga na capacidade de infra-estrutura urbana dos centros de Vizinhanga, ov ainda possam vir a provocar danos ao ambiente natural ou const uido. Parigrafo nico - O estudo a que se refere 0 "caput" deste artigo ¢ exigivel nos termos da Constimigdo Federal e a do Estado do Cearé e da Lei Organica do Municipio para instalaglo de obra, atividade ou empreendimento causador de significativa degradagao / poluigto do meio ambiente. Art. 27-0 Estudo Prévio de Impacto Ambiental devera conter a anilise dos impact pela obra ou empreendimento, considerando, dentre outros, os seguintes aspectos I- as diretrizes e metas tragadas no Plano Estratégico e Plano de Estruturagaio Urbana; TL-_ 03 padrdes de uso e ocupagio do solo nos centros de Vizinhanga; Largo Julio Saraiva, #/n~ centro Tel, (08a) Ss2s0002 ~ 35792085 ausados Estado do Cearé eltura Municipal do Crato Gabinete do Prefeito (©.G.C:07-587975/0001-07 C.GF:06920.251-8 THL- © compatibilizagio da obra ou empreendimento com as proposias de intervengoes ¢ projetos estruturantes que integram © PDDU. Art. 28- O Estudo Prévio de Impacto ‘Ambiental sera apreciado pelos Conselhos Municipais do Plano Diretor e de Defesa do Meio Ambiente, que poderdo recomendar ou nio a aprovagao da obra, stividade ou empreendimento e, ainda, exigir do empreendedor, &s suas expenses, todas as obras e medidas atenuantes e compensatdrias dos impactos previsiveis. §1°- © Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, COMDEMA, normatizaré mediante resoludo, a parti de proposta téenica do Conselho Municipal do Plano Disetor, os eritérios basicos ‘ediret-izes gerais para uso e implementaglo da avaliago do impacto ambiental urbano §2- Compete ao érgio ambiental municipal, owvidos os drgios competentes da Unido elou do Estado, quando couber, o licenciamento ambiental de empreendimentos ¢ atividades de impacto ambiental local e daquelas que the forem delegadas pelo Estado por instrumen'o legal ou convénio, observado o disposto na legislagdo federal ¢ estadual vigentes, em especial nas Resolugdes N* 001/86 ¢ 237/97, do ‘Conselho Nacional do Meio Ambiente, CONAMA. Subsegdo II Do Programa de Formagio de Estoque de Terras Art. 29- Fica instituido o Programa de Formagao de ‘Estoque de Terras, de acerdo com o disposto nesta Lei e no que vier a ser disciplinado por regulamentago propria. ‘Att 30 - © Poder Executivo deverd implementar um programa de municipalizagdo de terras que objetivard a aquisigdo progressiva de areas da Cidade do Crato através de permulas, transferéncias, compras e desapropriagies. Art. 31- © programa destinar-se-4, preferencialmente: 1. a implementagio da politica municipal de desenvolvimento urbano, principalmente & implantagdo de programas habitacionais e equipamentos de carater social; I~ a implementagdo de projetos referentes ao programa de municipalizagdo de terras; TH- a outros programas e projetos que atendam & fungio social da cidade, @ exemplo de assentamentos populares Art.32- Anualmente o Chefe do Poder Executivo Municipal elaboraré a proposta de investimentos do Programa de Formagio de Estoque de Terras, observado o seguinte T. serh dado amplo conhecimento a sociedade civil da proposta mencionada neste srtigo através de publicagdo em jomal de grande circulacdo ¢ divulgacio pelos demais meios de comunicagéo; © programa de investimento: devera ser previamente aprovado pelo Conselho Municipal do Plano Diretor. ‘Art. 33-0 direito real de uso sera individualizado, preservando formas coletivas ce titulagdo & ‘organizagdo do espago territorial. ‘An. 34 A urbanizagdo do espago coletivo ficara a cargo da municipalidade ‘aL 35. A concessio de direito real de uso resolver-se~i antes de seu termo, em favor da ‘Administragdo, se o beneficiério transfert, transmitir, ceder 0 imével a terceiros, @ qualquer titulo, ou tomar-se proprietirio de outro imével. ‘An. 36. O Poder Pablico Municipal, por deliberagdo do Conselho Municipal do Plano Diretor, poders ceder éreas para fins especificos de projetos de habitacio coletiva, especialmente pars u Torgo lulio Saraiva, s/n ~ cent 395252085 Tor: (088) 3528: Estado do Ceara = Preteltura Municipal do Crato CRATO Gabinete do Prefeito CRAIO Ciscronsersrsace 97 I- cooperativas habitacionais; II- _sindicatos de trabalhadores. Subsegdo I Do Tombamento Art 37- © tombamento constitui limitagdo administrativa e de disponibilidade a que estio sujeitos os bens integrantes do patriménio ambiental, histérico, paisagistico e cultural do municipio, cuja conservagdo e protegdo sejam de interesse piblico. Ant. 38- Constitui o patriménio ambiental, histérico, paisagistico e cultural do municipio 0 conjunto de bens iméveis existentes em seu territério e que, por sua vinculagdo a fatos pretéritos memoraveis e a fatos atuais significativos, ou por seu valor sociocultural, ambiental, histérico, cientifico, estético, paisagistico ou turistico, seja de interesse piblico proteger, preservar € conservar. §1°- Os bens, referidos no "caput" deste artigo, passardo a integrar o patriménio histérico € sociocultural mediante a sua inscrigo, conjunta ou isoladamente, no Livro de Tomto, §2°- Equiparam-se aos bens referidos neste artigo e so também sujeitos a tombamento os monumentos naturais, bem como os sitios e paisagens naturais que importem conservar € proteger pela feicdo notavel com que tenham sido dotados pela natureza Art. 39- Consideram-se edificagdes, obras ¢ monumentos naturais de interesse de preservago aquelas que se constituirem em elementos representativos do patriménio ambiental urbano do ‘municfpio pelo seu valor hist6rico, cultural, social, funcional, técnico ou afetivo. §1°- A identificagdo das edificagdes, obras e dos monumentos naturais de interesse de preservagio seri feita pelo Conselho Municipal do Plano Diretor, mediante os seguintes critérios I+ historicidade — relacdo de edificagdo com a historia social local; TI- caracterizagfo arquiteténica ~ estilo arquitetnico de determinado periodo histérico, IIL - situagdio em que se encontra a edificagdo — necessidade ou nao de reparos, IV- tepresentatividade — exemplares significativos dos diversos estilos arquitaténicos € periodos de urbanizagio; V- raridade arquiteténica ~ apresentagdo de formas valorizadas, porém, com ocorréncia pouco comum; VI- valor cultural ~ qualidade que confere a edificagio permanéncia na meméria coletiva, VII- valor ecolégico ~ relag&o existente entre os diversos elementos naturais bidticos € abidticos e sua significancia; VIII -valor paisagistico ~ qualidade visual de elemento natural de caracteristicas impares, IX- nivel de interesse do bem tombado ~ se municipal, estadual ou federal §2°- O projeto arquiteténico de restauragdo ou reforma das edificagdes identificadas de interesse de preservagio dever ser submetido, previamente, ao exame da Secretaria Municipal de Planejamento, para parecer técnico, e posterior encaminhamento ao Conselho Municipal do Plano Diretor, para avaliagao final. §3°- Nao seri pemmitida a utilizag&o de perfis metilicos ou placas similares que encubram quaisquer elementos das fachadas das edificagdes identificadas como de interesse de preservagiio. ‘Art. 40- Os bens tombados deveriio ser conservados ¢ em nenhuma hipdtese poderdio ser demolidos, destruidos ou mutilados. Torgo Jule Saraiva, s/n centro Tel, (088) 35258362 - 95292058 Estado do Ceard eltura Municipal do Crato Gabinete do Prefeito (©.6.C:07.587975/0001-07 CGF: 06920.251-5 §1°- As obras de restauragio somente poderiio ser iniciadas mediante prévia comunicago / aprovagio do Conselho Municipal do Plano Diretor e comunicagao / autorizagdo ‘obrigatonia do Instituto do Patriménio Histrico e Artistico Nacional, [PHAN §2°- Dependendo do grau de interesse, 0 projeto arquiteténico ou urbanistico devera ser submetido a andlise pelo érgio estadual ou federal competente. §3°- A requerimento do proprietirio, possuidor ou detentor, que comprovar insuficiéncia de recursos para realizar as obras de conservagdo ou restauragio do bem, o Poder Publico ‘Municipal poderd assumir esse énus, §4°- Sem prévia consulta ao Conselho Municipal do Plano Diretor, nfo podera ser executada qualquer obra nas proximidades do imével tombado que Ihe possa impedir ow reduzir a visibilidade ou que no se harmonize com o aspecto estético, arquiteténico ou paisagistico do bem tombado. §5°- A vedagio supra estende-se a colocagio de cartazes, painéis de propaganda, anuncios, tapuimes ou qualquer outro objeto de empachamento. Segio IIL Dos Instrumentos Tributirios / Financeiros ‘Subsegdo I Dos Incentivos Fiscais Ast. 41 - O municipio podera conceder incentivos fiscais, sob a forma de isengdo ou redugdo de tributos municipais, com vistas a protegio do ambiente natural, das edificagdes de interesse de Preservasiio e dos programas de valorizagao do ambiente urbano. § 1° As edificagdes de que trata 0 "caput" deste artigo poderio gozar, nos termos da legislagdo tributiria municipal, de isengéo dos respectivos impostos prediais, desde que as mesraas sejam mantidas em bom estado de conservagiio, comprovado através de vistorias realizadas pelos 6rgios municipais competentes. §2°~ Os proprietirios dos iméveis tombados ou que estiverem sujeitos as restrigdes impostas pelo tombamento vizinho gozardo de isengo ou redugdo nos respectivos impostos predial e territorial de competéneia do municipio ‘Subsee&o II Do Imposto Progres Art. 42 - O imposto progressivo de que trata o art. 182, § 4°, inciso II da Constitu:gdo Federal combinado com oart. 296 da Constituigdo Estadual, incidiré sobre terrenos ndo edificados ou subutilizados ou ndo utilizados Art. 43- O imposto progressivo nao incidiri sobre terrenos de até 250,00m? (duzentos e cingiienta metros quadrados), cujos proprietérios no possuam outro imovel Art. 44 - Lei de iniciativa do Poder Executivo regulamentara o imposto progressivo, dispondo, dentre outros aspectos, sobre I- _ identificag&o dos terrenos, nas respectivas Unidades de Vizinhanga, que no cumprem a fungo social da propriedade e que esto em desacordo com a proposta de estruturagio e adensamento do Plano Diretor; T- aliquotas; II- formas de aplicagio, contendo: Large Julle Saraiva, #/n Centro Telr (088) 35239962 ~ 3523205 Estado do Cearé sae rroteitere unicipar de crato CRATO Cebinele do rrefelts a cee arasrs Ss a) chleulo do valor a ser pago; b) forma de pagamento; ©) penalidades. Subsegao III Do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano Art. 45 - Fica instituido o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, vinculado 4 Secretaria Municipal pertinente, destinado & aplicagdo de recursos para 0 desenvolvimento econdmico, social e cultural do municipio, mediante a execugio de programa de financiamento aos setores Produtivos, em consonincia com as linhas do Plano Estratégico e diretrizes gerais e setoriais do Plano de Estruturagdo Urbana, que integram esta Lei Art. 46 Os recursos do fundo destinam-se a oferecer suporte financeiro a implementaglo dos objetivos, programas e projetos estruturantes definidos por esta Lei, devendo sua destinag&o estar especificada na proposta orgamentiria do municipio, e sua aplicagio dever. ser feita, Prioritariamente, na execugdo dos programas de urbanizagao e de obras de infra-estratura basica ‘os centros de Vizinhanga com maior caréncia desses servigos. Art. 47 Constituem receitas do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano: 1- — dotagdes orgamentarias do municipio, TL- recursos resultantes de doagdes, contribuigdes em dinheiro, valores, bens méveis & iméveis que venha a receber de pessoas fisicas ou juridicas, | MI- rendimentos de qualquer natureza que venba a auferir como remuneragio decorrente de aplicagées de seu patriménio; IV-- outras, destinadas por lei Art. 48~- Dentro de 60 (sessenta) dias, a contar da publicagao desta Lei, 0 Poder Executive regulamentaré 0 Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, fixando as normas para obtengac e distribuigdo de recursos, assim como as diretrizes e os critérios para sua aplicagao. TITULO I DAS ZONAS DE PLANEJAMENTO. Art. 49~ © zoneamento urbanistico compreende @ divisio do espago territorial do municipio, objetivando possibilitar a vinculago da politica urbana as normas de uso e ocupagio do solo, visando a uma distribuigdo social mais eqiitativa dos custos ¢ beneficios da urbanizagdo, na forma a ser definida na Lei de Parcelamento, Uso Ocupagio do Solo. Parigrafo Unico - Na definig&o das Zonas de Planejamento deverio ser respeitados os seguintes principios: I- atendimento da fung&o social da propriedade e da cidade, entendida como o uso socialmente justo ¢ ecologicamente equilibrado do espaco urbano - do direito a cidadania, entendido como aquele garantidor da participagdo dos habitantes da cidade na ordenagao do seu territério, assim como 0 acesso as condigdes de vida urbana digna e ao usuftuto de um espago culturalmente rico e diversificado Art. 50- © uso e ocupagio do solo urbano nas diferentes zonas respeitartio os seguintes rincipios: I- atender a fungao social da propriedade, com a subordinago do uso e ocupagdo do solo ato interesse coletivo; Largo Julie Saraiva, #/n re Tr (088) s5233060 Estado do Ceara — pretelture Muntelpel do Crate TO “Jabinete do Prefelto ef UES or ssronsotnie? STE RCLSLO Ee ee IL- _proteger o meio ambiente e o patriménio cultural como condicionamento da ocupagdo do solo; II- conter o espraiamento do desenvolvimento urbano, ‘evitando que a cidade dilate o seu raio de area urbana; TV- incrementar a acessibilidade da populagio em suas atividades quotidianas com relaglo 20 trabalho, aos servigos sociais, as inffa-estruturas, ao lazer e a0 comércio, V~ _preservar e realgar o patriménio arquiteténico de importancia histérica, articulado com 0 processo de tombamento, com o redesenho dos espagos piblicos circundantes, VI- reordenar 0s espagos piblicos naturais e urbanizados, no sentido de ‘avorecer 4 convivéncia da populagio com varios raios de alcance, de acordo com a escala, desde a ‘Vizinhanga até os espagos centrais; VIL- preservar 0s espagos naturais de natureza sensivel e drenagem natural; Vill -facilitar & circulagéo de pedestres e bicicletas, satisfazendo as necessidades de circulagdio da maioria da populagio, configurando o perfil da cidade saudavel, IX- criar uma forma de desenvolvimento urbano para a cidade, no sentido de controlar 0 seu crescimento, baseado numa espacialidade organica, através de um sistema articulado € gradativo de Unidades de Vizinhanga que poderio acomodar comunidades de até 12.000 habitantes. ‘Art. $1- As zonas serio delimitadas por vias, logradouros piblicos, acidentes topogrificos, recursos hidricos e divisdo de lotes, sempre que possivel. ‘Art. 52- Em cada zona haveri usos de solo permitidos, tolerados, permissiveis € proibidos. TITULO IV DO PARCELAMENTO, USO E OCUPACAO DO SOLO CAPITULO Das Disposicdes Gerais ‘Ant 53 - © Plano de Estruturagdo Urbana contempla a definig&io de politicas basicas de uso € ‘ocupagio do solo, dentre as quais destacam-se: T. estabelecer as formas de parcelamento do solo, de modo a orientar o proceso de urbanizago, a integragio da malha viéria e 0 direcionamento dos investimentos piblicos em infra-estrutura e equipamentos urbanos; Il- controlar 0 uso e ocupagdo do solo, buscando equilibrio na utilizago dos espagos ¢ ‘compatibilizando a intensidade de uso do solo com a oferta de servigos, IIT- estabelecer pardmetros de densidades populacionais possiveis © desejaveis em cada centro de Vizinhanga, sempre considerando a capacidade dos equipamentos sociais, rede vidria, transporte e infra-estrutura, IV- reestruturar 0 zoneamento do uso do solo através de uma estrutura policéntrica, com uso isto ¢ incremento de densidade, V- incentivar a permanéncia e o incremento de moradia na Zona Central; Vi- configurar nas Unidades de Vizinhanga as atividades de convergéncias coletives em tomno de tum espago piiblico central, cujo principal ponto focal é a estago de transporte piblico, VIL- evitar a expansio dos limites urbanizados da cidade © controlar seu crescimento, através da ocupagiio dos vazios urbanos disponiveis e do incremento da densidade, ire Tel: (088) ss2ss062 - 38292055 Torgo Juilo Saraiva, #/ Estado do Cearé Preteitura Municipal do Crato TR e TO Gabinete do Prefeito SSA ‘€.G.C:07.587 975/0001-07 “CoveiNo MUNICIPAL CGF: 06.920.251-5 An. 54- O parcelamento do solo para fins urbanos proceder-se-a na forma desta Lei, observadas os principios, normas e diretrizes gerais insertas na Lei Federal N° 6766, de 19 de dezembro de 1979, alterada pela Lei Federal N° 9785, de 29 de janeiro de 1999, na legislagao estadual pertinente, bem como nas politicas basicas definidas no Plano de Estruturago Urbana do municipio. Parigrafo Gnico - Para aprovagio dos projetos de parcelamento do solo, pelo municipio, seri necessirio o exame e a anuéncia prévia do Estado nas hipdteses alinhadas no artgo 13 da Lei Federal N° 6.766, de 19 de dezembro de 1979, e alteragdes posteriores, sem prejizo da licenga ambiental legalmente exigivel Art. 55 O parcelamento do solo ¢ a subdivisio de glebas em lotes, com ou sem abertura de novas vias, logradouros piiblicos ou seus prolongamentos, podendo apresentar-se sob as formas de loteamento e desmembramento. Art, 56 Considera-se loteamento a subdivistio de gleba em lotes destinados & ecificagéo, com abertura de novas vias de circulago, logradouros piblicos ou prolongamento, modificagdo ou ampliagdo das vias existentes. Art. 57 - Considera-se desmembramento a subdivisdo de gleba em lotes destinados a edificagéo, com aproveitamento do sistema viario existente, desde que no implique a abertura de novas vias ¢ logradouros piblicos, nem no prolongamento, modificago ou ampliagao dos ja existentes. Art. 58- Para efeito desta Lei, entende-se como gleba o terreno que ainda no foi objeto de parcelamento, sob a forma de desmembramento, Art. 59 Para efeito desta Lei, entende-se como lote o terreno servido de infia-es-rutura basica, contido em uma quadra, com pelo menos uma divisa lindeira 4 via oficial de circulagao de veiculos, cujas dimensbes atendam aos indices urbanisticos definidos pela Lei de Parcelamento, Uso e Ocupagto do Solo urbano do municipio. Art. 60- Para prevengio de possiveis causas de degradagdo ambiental, ficam 0s loteamentos sujeitos ao prévio licenciamento do érgio ambiental do Estado do Ceari, nos termos do art. | da Le: Estadual N° 11.411, de 20 de dezembro de 1987 Art. 61- Consideram-se infra-estrutura bésica os equipamentos urbanos de essoamento das Aguas pluviais, iluminago publica, redes de esgoto sanitirio, de abastecimento de tigua potavel € de energia elétrica piblica e domiciliar e as vias de circulagao, pavimentadas ou no. Art. 62- A percentagem de Areas piblicas destinadas ao sistema de circulago, & implantagao de equipamentos urbanos e comunitirios, bem como aos espagos livres de uso piiblico, néo podera ser inferior a 40% (quarenta por cento) da gleba, ressalvada a hipdtese prevista ne art, 4° da Lei Federal N? 6766, de 19 de dezembro de 1979, alterada pela Lei N° 9785, de 29 de janeiro de 1999 §1°- As éreas destinadas ao sistema de circulagdo, & implantagio de equipamento urbano € comunitério, bem como a espacos livres de uso piblico, serio proporcionais a densidade de ocupagio previstas nesta Lei ou aprovadas por lei municipal para a zona especi-ica em que se situa, em conformidade com a Lei do Sistema Vidrio Basico §2°- A Lei de Parcelamento, Uso e Ocupagdo do Solo definira, para cada zona em que se divide o territério do municipio, os usos permitidos e os indices urbanisticos de parcelamento Targo Julio Saraiva, #/n = ceniro Tel: {088) 35208862 - 35232085 Estado do Cearé — Preteltura Municipal do Crato CR Gabinete do Prefeito & ©.G.€:07.587:975/0001-07 ‘Cavetho Munn F06:920.251-6 eat c. © ocupago do solo, que incluirio, obrigatoriamente, as areas minimas e miximas de lotes e os coeficientes méximos de aproveitamento Art 63 ~ Ao longo das iguas correntes © dommentes ¢ das faixas de dominio piblico das odovies, linhas de alta tensfo elétrica, ferrovias e dutos, seri obrigatoria a reserva de ume fone “non aedificandi* de 20,00m (vinte metros) de cada lado, salvo maiores exigéncias da legislagaio especifica Pardgrafo unico - A faixa “non aedificandi" referida neste artigo nio sera computada para 0 cilculo de areas publicas destinadas aos espagos livres de uso piiblico. Art 64- Para efeito desta Lei, os Indicadores Urbanos de Ocupagaio a serem utilizados na Cidade do Crato, so definidos na forma seguinte: I~ afastamento ou recuo de frente; TI afastamento ou recuo de fundos; TI - afastamento ou recuo lateral; TV - altura maxima da edificagio; V.- frea e testada minima de lote; VI- indice de aproveitamento; VI - taxa de ocupacao; VII -taxa de permeabilidade. Paragrafo nico - A altura maxima Permitida para as edificagdes, em qualquer zona de uso, fica sujeita as normas estabelecidas na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupagio do Solo e as disposigdes da Lei Federal N° 7.565/86 (Cédigo Brasileiro de Aeronautica) e legis.agdes correlatas Am. 65- A execugio do atuamento, pela abertura das vias de comunicagac e demais logradouros pibblicos vinculados a circulagéo urbana e rede viaria do municipio, obedecerd a0 tragado e as caracteristicas funcionais, geométricas, infra-estruturais e paisagisticas Art. 66- Nao caberé prefeitura responsabilidade por qualquer divergéncia relacionada com dimens6es, areas e outras caracteristicas dos lotes de terrenos, constantes da planta de loteamento, verificadas em confronto com a situagdo real da gleba parcelada TITULO V DO SISTEMA VIARIO BASICO Art. 67 Os planos, programas, normas e projetos referentes ao sistema vidirio ¢ de circulagdo de veiculos e de pedestres observario as diretrizes tragadas no Plano de Estruturacdo Urbana, integrante desta Lei, em especial: I~ considerar 0 uso e a ocupagio do solo estabelecidos para a regitio; IL- _priorizar a seguranga e o conforto da populagdo e a defesa do meio ambiente; IIl- estabelecer critérios de hierarquizagdo da rede vidria bésica, priorizando sua utilizagdo pelo transporte piblico de passageiros; TV- criar um sistema de comunicagao visual, através de sinalizagao gréfica e semaférica, de forma a atender as necessidades do sistema vidrio, considerando o interesse paisewistico, V- criar um circuito de transporte publico de alta acessibilidade, ligando as Unidades de Vizinhanga entre si e essas aos equipamentos centrais de uso comum; Large Julio Saraiva, s/n ~ centro Tel: (088) 35 Estado do Ceara — 2 Prefeltura Municipal do Crato CRATO Gabinete do prefeiis €.G.C:07.587:978/0001-07 Covteno MUNICIPAL \VI- criar junto ao sistema viério troncal uma trilha de ciclovias e caminhos pera pedestres, conectando as Unidades de Vizinhanga entre si e essas aos espacos centrais da cidade ¢ seus equipamentos; VIL criar uma malha de caminho de pedestres na zona central, « partir da redugio do tego de veiculos e © conseqiente alargamento de alguns passeios ¢ arborizagao desses espagos. Ar. 68- A definigio do Sistema Viério Bésico da Cidade do Crato contemplara rarquizagdo das vias, os projetos de alinhamento para as vias principais, as prioridades das solugdes de drenagem ¢ a garantia de espacos destinados a pedestres, através da regulamentagao do uso dos passeios, articulando os centros de Vizinhanga Pari grafo tinico - Os detalhes de alinhamento para efeito de alargamento ou abertura de noves vias que irdo configurar o sistema vidrio basico e as solugdes de drenagem serdo ientificados quando da elaborago dos respectivos projetos de engenharia Art 69 -_ As vias devem ser atmentes e funcionais para os pedestres, de modo a garantir melhores condigdes de locomogio, inclusive para portadores de deficiéncia fisica, melhorando as condigdes paisagisticas e climéticas e regulamentando 0 uso das faces adjacentes com placas e aniincios, TITULO Vi DAS DEFINICOES Art 70 Para efeito desta Lei, além das definigdes constantes nos artigos anteriores, so adotadas como referenciais ao fiel cumprimento de suas disposigSes normativas: 1 Acessibilidade ~ Consiste em sistemas que permitam e favoregam o deslocamento de essoas e bens dentro da estrutura urbana, visando garantir de forma eficiente 0 encontro entre pessoas, a relagio entre atividades ¢ 0 acesso a informagdes e lugares, M- Centro de Unidade de Vizinhanga ou Centro de Vizinhanga — Constitui-se em uma érea da comunidade situada, aproximadamente, no centro geométrico da Unidade de Vizinhanga, como seu elemento aglutinador, estando materialmente Tepresentada pelo conjunto de equipamentos de apoio a vida cotidiana, incluindo lazer, saiide, educagio, seguranga e a estado de transporte publico, cujas fungdes Sociais incluem 0 desenvolvimento do controle social ¢ facilidades para integragio do individuo na sociedade M- Centro Histérico ou Zona Central ~ Refere-se & area urbana contida entre a via férrea e 0 Rio Granjeiro, IV- — Crescimento Contiguo — Crescimento urbano compacto que evita deixar vazios urbanos, a ndo ser nos casos justificados de zonas de interesse ambiental ou espagos abertos de uso pubblico. V- — Densidade ou Adensamento — indice que traduz a relago entre quentidade de habitamtes ¢ area, de grande importincia para a definicdo e dimensionumento das infra-estruturas, equipamentos e servigos publicos das zonas de uma cidade. VI- — Desenho Urbano ~ Aspecto global dos volumes construidos nas zonas urbanas suas relagdes, incluindo os espagos piblicos. Largo Julio Soraiva, #/n Estado do Ceara —. Se Preteitura Municipal de Crato zeta “Gabinele do Prefelts © €.G.¢:07.587975/0001-07 Coveano MUNICIAT CGF:06920.2516 VIL- Diretrines ~ Expresso de conteido que define o curso da ago para a materilizagdo dos conceitos VIII- Edificagao — E a construgéo acima, no nivel ou abaixo da superficie de um terreno de estruturas fisicas que possibilitem a instalagio e 0 exercicio de atividades IX- Equipamentos Urbanos ~ Sio aqueles destinados a prestagdo dos servigos de abastecimento de Agua, esgotamento sanitario e pluvial, energia elétrica publica e domiciliar, rede telefénica e gis canalizado e as vias de circulagao, pe vimentadas ou no. x Evolugdo Urbana — E a compreenso do processo gradativo pelo qual a cidade se desenvolveu espacialmente, desde a sua fundagtio até a configuragio atual, entendendo 0 ciclo ¢ fatos que o determinaram Férum Visivel - E 0 conjunto formado por espagos piblicos, edificios comerciais, civicos, sociais ¢ educacionais, situados no nicleo da Vizinhanga, com carater de espago civico, Imagem da Cidade ~ Imagem memorivel da cidade cuja silhueta se forma pela Jung dos remanescentes de recursos historicos e culturais, combinacos com os aspectos naturais, definindo o carater especifico da cidade Indicadores Urbanos — Sao taxas, quocientes, indices e outros indicadores com 0 objetivo de disciplinar a implantagao de atividades e empreendimentos no municipio Infra-estruturas — Sto as. instalagdes, construgdes, equipamentos, cabos ¢ tubulagdes destinados a prestagiio de servigos de abastecimento de Agua, esgotamento Sanitario, energia elétrica, coleta de aguas pluviais, telefonia, coleta e destino final de lixo, transporte e vias de circulagdo, pavimentadas ou no. Licenga Ambiental — Ato administrativo pelo qual o érgio ambiental competente estabelece as condigdes, restrigdes e medidas de controle ambiental que deverao ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa fisica ou juridica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores, ou aqueles que, sob qualquer forma, possam causar degradagio ambiental Licenciamento Ambiental ~ E 0 procedimento administrativo pelo qual 0 érgio ambiental competente licencia a localizagdo, instalago, ampliago e a operagao de empreendimentos ¢ atividades utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores, ou daqueles que, sob qualquer forma, possam causar degradaco ambiental, considerando as disposigdes legais e regulamentares e as normas técnicas aplicdveis ao caso. Logradouro Publico ~ Parte da cidade destinada ao uso publico, reconhecida oficialmente e designada por um nome. Lote ~ E 0 terreno servido de infra-estrutura basica cujas dimens®es atendam aos indices urbanisticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zcna em que se situe. Meta — Condigio ou estado relacionado com a satisfagao publica ou bem-estar geral, para 0s quais o planejamento deve ser dirigido. Largo Julio Saraiva, s/n ~ centro Tel: (080) 3528 32055 Estado do Cearé Preteltura Municipal do Crato Gabinete do Prefeito €.6.C: 07.587 978/0001.07, C.GF:06920.251-4 XX- Ordenamento do Uso e Ocupasiio do Solo ~ Eo processo de intervenedo do poder Piblico, | visando orientar e disciplinar a implantagio de arividadee o Supreendimentos no territério do municipio, com vistas a objetivos de naturezs s6cio-econémica, cultural, administrativa XXI- Plano Diretor — E o instrumento que constitui uma politica de afirmagao de XXII - Recursos Naturais ~ Elementos relacionados & terra, gua, ar, plantas, vida animal e as inter-relagdes desses elementos, XXII Subsistema Coletor ~ B aquele formado pelas vias destinadas a coletar 0 flaxo de veloulos das areas de trifego calmo. XXIV - Subsistema Local — E aquele formado Pelas vias locais, vias paisa, © vias de pedestres, XXV- Subsistema Troncal ~ £ 0 aquele formado pelas vias destinadas a absorver grande volume de trafego, interligando os centros das Unidades de Vizinhanga e constituindo a base fisica do sistema de transportes coletivos XXVI- Unidade de Vizinhanga ou Vizinhanga ~ Unidade de planejamento da cidade que Consiste numa area delimitada Por um raio de caminhabilidade médio de 600,00m e cuja escala de populagao situa-se entre 0s 7.000 e 12.000 habitantes, Contempla a existéncia de habitagio, comércio, creche, educagdo bisica e demais apoios a vida cotidiana, conectados pelo sistema viario, Promovendo a descentra izagdo do trabalho e reduzindo os custos de transporte para seus habitantes XXVII -Urbanizagio — E 0 processo de incorporagao de areas ao tevido urbano, seja através da implantagao de unidades imobilidrias, seja através da implantagdo de sistemas instalago de infra-estrutura XXVIM- Uso Adequado ~ E 0 uso compativel as caracte isticas estabelecidas paca a via XTX Uso do Solo ~ E o resultado de toda e qualquer atvidade que implique dor inaylo ou apropriagio de um espago ou terreno XXX- Uso Inadequado~ FE o uso incompativel as caracteristicas estabelecidas peraa via XXXI- Via de Circulagio — E 0 espaco organizado para a circulagdo de veiculos, motorizados ou nfo, pedestres e animais, compreendendo a pista de rolamento, 0 Passei0, 0 acostamento e canteiro central. a) via oficial ~ aquela que se destina a0 uso piiblico, sendo reconhecida oficialmente como bem municipal de uso comum do povo; >) via particular ~ aquela que se constitui em propriedade privada, ainda que ‘cas, ciclovias lade ~ E a capacidade da estrutura urbana de suportar as fungdes humanas ¢ os Tequisitos biolégicos. TITULO Vit DAS DISPOSICOES FINAIS Large Jullo Saraiva, s/n centro Tel (088) 38233000 aoe Estado do Ceara QE Preteitura Municipal do Crato CRATO Gabinete do Prefeito Lik Cocc.orsarsrsocov? ‘Govriwe MUNK C.GF:06.920.251-5 Art, 71 - O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, PDDU, do Municipio do Crato define as macrodiretrizes e diretrizes setoriais a serem atendidas na promogao de seu deser-volvimento planejamento urbanistico nos préximos 20 (vinte) anos, sem prejuizo das revisdes cecorrentes de sua atualizagiio permanente. Art 72- O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano poder ser alterado, mediante reviséo, sempre que se fizer necessério, por proposta do Conselho Municipal do Plano Diretor, dos Poderes Executivo ou Legislativo, observado-se, para tanto, o competente processo legislativo. Art. 73- As revisdes do Plano Diretor se aplicam aos processos administrativos em curso 1nos érgios técnicos municipais, salvo disposigao em contrario no texto da revisit. §1°- E assegurada a participagdo da comunidade em todo o processo de planejamento pelo amplo acesso as informagées e ainda por sua representagdo em entidades = associagdes comunitirias, em grupos de trabalho, comissdes, provisorias ou permanen'es, e Srgios colegiados. §2°- A gestio integrada do planejamento urbano ¢ promogdo do desenvolvimento do\ municipio dependerd, basicamente, da capacidade de mobilizagio das varas instincias governamentais ¢ sua permeabilidade & participagdo direta dos agentes sociais, inclusive da iniciativa privada, Ant. 73 - Caberd a0 Poder Piblico Municipal proceder & identificagdo das reas urbanas para 0 ‘atendimento do disposto no art. 182, pardgrafo 4°, da Constituigao Federal combinado com o art. 290 da Constituigdo do Estado do Ceara. Ant. 76- O Poder Executivo divulgard, de forma ampla e diditica, 0 conteisdo desta Lei, visanéo 0 acesso da populag&o aos instrumentos de politica urbana que orientam a produgao € organizagdo do espago habitado. Art.77- O Chefe do Poder Executivo Municipal encaminhara, no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da publicag&o desta Lei, projeto de lei dispondo sobre a regulamentagdo, naquilo que couber, dos instrumentos de natureza institucional, urbanistica / ambiental, tributana e financeira para operacionalizagao do PDDU. ‘Art, 73 Consideram-se como partes integrantes desta Lei, independentemente ce tanscrigao, todos os textos, mapas e desenhos da versio final do Plano de Estruturago Urbana, PEU, do ‘Crato, bem como todos os textos ¢ mapas constantes do Plano Estratégico, PE, do Crato. Paragrafo Unico - As informagies técnicas contidas nos documentos supra deverio ser utilizadas por todos os érgios da Administragdo Municipal, objetivando g implementago das diretrizes de desenvolvimento sécio-econémico do municipio, envolyprdo sua sede e distritos, bem como as diretrizes da politica urbana ‘Art. 79- Esta Lei entrara em vigor na dg ‘ fo, revogadas as disposigdes em contrério, ediro Tels (088) 35233862 — 35292055

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