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SIMBOLISMO FUNERARIO MAGONICO M-.M..ROBERTO AGUILAR M. S. SILVA A.R-.L-.S.. SENTINELA DA FRONTEIRA CORUMBA, MS, BRASIL Simbolismo Funerario Magénico Introdugao Os ritos sempre acompanham o homem em diversas fases da sua vida. Tanto 0 homem moderno quanto o tradicional, ainda que cada qual apreenda de formas e jeitos diferentes, os rituais sempre estaréo presentes na vida humana, como o nascimento, 0 batizado, a primeira comunho, a circuncisao, © noivado, 0 casamento e a morte. Assim, os ritos mortuarios presentes em todas as sociedades cumprem em cada grupo a sua fungao e ainda que em cada uma dessas populagées eles sejam compreendidos de maneira diferente, mesmo assim eles sao carregados de significados e exercem grande influéncia mitica, contribuindo para a formag&o identitaria daquele grupo (Conceicao, 2009). Para Carvalho (2001) Ha, na racionalidade humana, a maior das angistias: a consciéncia da finitude. A morte, enquanto rito de passagem implica em uma estrutura de sinalizagao. O rito, profano em sua aparéncia, abre-se para 0 sagrado. Na relagao entre o caos (morte) e 0 equilibrio (vida), 0s ritos funerarios séo possuidores da perturbagéo da morte mas instauram uma nova ordem. A morte introduz a desorganizagéo no processo da vida diaria. A Morte Desde os primérdios da Civilizago, a morte 6 considerada um aspecto que fascina e, ao mesmo tempo, aterroriza a Humanidade. A morte e os ‘supostos eventos que a sucedem sao, historicamente, fonte de inspiracao para doutrinas filos6ficas e religiosas, bem como uma inesgotavel fonte de temores, angistias e ansiedades para os seres humanos (Brasil Escola, 2009). Segundo Gregorio () na Antigtidade prevalecia o sentimento natural e duradouro de familiaridade com a morte, Sécrates, por exemplo, ensinava-nos que a filosofia nada mais era do que uma preparacao para a morte. Nas sociedades tribais, o problema da morte nao existia porque o individuo tinha um peso muito diminuto com relagao a coletividade. Deixando de viver, a pessoa imediatamente fazia parte da “sociedade dos mortos", inclusive, com a possibilidade de se comunicar com os vivos. Durante a Idade Média, marcada pela forte influéncia da religiao, a populacéo era educada no sentido de aceitar a morte como um destino inexoravel dos deuses. Dentro desse contexto, cada qual esperava passivamente a sua passagem deste para o outro mundo. Na Idade Moderna, depois de Revolugao Industrial, e com o desenvolvimento do consumismo, vemos que a morte comega a ser interdita, ou seja, proibida. Como nao temos mais tempo de cuidar dos velhos e dos doentes, deixamos essa incumbéncia para os hospitais, que estdo preparados para salvar vidas e nao cultuar a morte. Em certo sentido, a morte é um fracasso da medicina. Conforme Oliveira (2009) na Grécia antiga, o tema “sentido da vida e da morte” era objeto de muitas indagagées, conforme podemos verificar no diélogo escrito por Platdo, intitulado Fédon, no qual o pensador grego afirmou que a verdadeira Filosofia € “exercicio de morte’, uma vez que a alma deseja constantemente fugir do corpo e retornar ao mundo das idéias onde, livre do carcere do corpo, pode retomar a sua liberdade. Ou ainda, no fragmento do texto Gorgias: E nao me admiraria se Euripedes dissesse a verdade quando afirmava ‘Quem pode saber se viver nao é o mesmo que morrer morrer o mesmo que viver’? e quando sustentava que nés, na realidade, talvez estejamos mortos. Ja ouvi dizer, na verdade, mesmo por homens sabios, que atualmente estavamos mortos e que o corpo constitui para nés um tamulo [..] Para Gregorio (2009) as religides tm exercido poderosa influéncia nas atitudes dos individuos com relagao ao passamento para a outra dimensao de vida. Para os judeus, a lei permite ao moribundo que vai morrer por sua casa em ordem, abengoar a familia, enviar mensagem aos que Ihe parecem importantes, e fazer as pazes com Deus. A confissao in extremis 6 considerada importante elemento na transigao para o outro mundo, Para o hinduismo, na morte a alma ou esséncia espiritual (atman) do é eterna, Como tal, nao é atingida pelas varias alteragdes no estado de existéncia porque passa o fenomenal eu au ego (jiva) em cada periodo de vida. Para o Budismo, a vida depois da morte é um problema sobre o qual pode ser dito. Nao nega nem afirma a vida apés a morte. Deixa essa questo em aberto. Para o Catolicismo, a vida depois da morte esta inserida na crenca de Céu, de um Inferno e de um Purgatério. Dependendo de seus atos, ele se dirige para cada um desses lugares circunscritos nos espago. . (Kiibler-Ross, s. d. p.) Para o Espiritismo, a vida depois da morte reveste-se de substancial significado, pois iremos tanto para lugares iluminados como para trevosos, dependendo do estado de nossa consciéncia. Conforme o mesmo autor, pensadores da humanidade desenvolveram, ao longo do tempo, trés concepcdes de mundo: Materialista, Idealista Religiosa. De acordo com essas concepgdes, construiram as diversas doutrinas. As mais importantes para o propésito de nossos estudos dizem respeito ao Nillismo, ao Panteismo, ao Dogmatismo Religioso e ao Espiritismo. Para o Niilismo, a matéria sendo a Unica fonte do ser, a morte é considerada 0 fim de tudo. Para o Panteismo, o Espirito, ao encamar, 6 extraido do todo universal; individualiza-se em cada ser durante a vida e volta, por efeito da morte, a massa comum. Para o Dogmatismo Religioso, a alma, independente da matéria, é criada por ocasiao do nascimento do ser; sobrevive e conserva a individualidade apés a morte. A sua sorte j esta determinada: os que morreram em "pecado" iro para o fogo eterno; os justos, para o céu, gozar as delicias do paraiso. Para o Espiritismo, o Espirito, independente da matéria, foi criado simples e ignorante. Todos partiram do mesmo ponto, sujeitos a lei do progresso. Aqueles que praticam o bem, evoluem mais rapidamente e fazem parte da legido dos "anjos", dos "arcanjos" e dos "querubins". Os que praticam © mal, recebem novas oportunidades de melhoria, através das inimeras encarnagdes. Rituais funerdrios Nas culturas humanas, desde a neanderthal as contemporaneas, ha modelos de ritualizagao do cadaver: aceleragdo da decomposicao, inumagao, defumagao, embalsamamento, ingestao canibalesca, cremagao e outros. Os ritos funerais esto em correspondéncia com os quatro elementos: o ar, com 0 cadaver exposto; a inumagao no elemento terra, a mais praticada; a imersao no elemento agua e , finalmente, o elemento fogo, com a incineragao, praticada ja no Neolitico. No fundo, apesar de suas miltiplas formas no tempo e espago, as condutas apresentam um discurso manifesto: a aceitagéo de uma forma de sobrevivéncia. Trata-se da luta humana para dominar simbolicamente a morte, negando a nossa finitude. Em 1968, Arlette Leroi- Gourhan, examinando 0 chao da tumba neandertalense de Shanidar, no Iraque, mostrou que 0 corpo fora posto sobre leito de folhas de pinheiro e coberto de flores. Conforme Oliveira (2009) na Grécia antiga, o tema “sentido da vida e da morte” era objeto de muitas indagagdes, conforme podemos verificar no didlogo escrito por Plato, intitulado Fédon, no qual o pensador grego afirmou que a verdadeira Filosofia é “exercicio de morte”, uma vez que a alma deseja constantemente fugir do corpo e retornar ao mundo das idéias onde, livre do carcere do corpo, pode retomar a sua liberdade. Ou ainda, no fragmento do texto Gorgias: E nao me admiraria se Euripedes dissesse a verdade quando alirmava ‘Quem pode saber se viver ndo & o mesmo que morrer morter o mesmo que viver’? e quando sustentava que nés, na realidade, talvez estejamos mortos. JA ouvi dizer, na verdade, mesmo por homens sabios, que atualmente estavamos mortos e que o corpo constitui para nés um tumulo [...] Segundo Mistérios Antigos (2009) os ritos funerdrios formam parte da cosmologia humana desde sua origem. Este conjunto de teorias sobre a origem, estrutura e evolugao do universo, no poderia evitar uma realidade tao absoluta como a morte. Por este motivo, ao longo de todas as épocas, a humanidade procurou alguma explicacao ou interpretacéo ao fim da vida terrena, e desenvolveu uma gama quase ilimitada de manifestagées rituais funerdrias. Através dos tempos se produziu uma notavel interagao entre o meio natural e os ritos funerarios que adotaram os distintos coletivos humanos. Na China arcaica se introduzia arroz cru na boca do defunto. Em lugares como o Tibet, a auséncia de madeira impedia a incineragao e 0 chao, excessivamente rochoso, néo era apto para sepultar o defunto. Em tais condigdes acabaria por impor um ritual funerario no que o corpo era consumido por aves de rapina. Por outro lado, na Sibéria e na costa americana do Pacifico, existiram auténticos cemitérios arboricolas. Inicialmente esta tradigao pretendia afastar dos corpos os animais carniceiros. Na india a incineragao se converteu na manifestagdo ritual mais estendida. As crénicas ocidentais quiseram exagerar 0 costume do sati ou imolago da viliva durante a ceriménia finebre. Sati 6 um antigo costume Hindu, hoje em dia proibido, que obrigava a esposa vitiva a se sacrificar na pira (fogueira) funerdria de seu marido depois que ele havia morrido. Alguns estudiosos afirmam que esse era um costume voluntario, raramente imposto & mulher. Mas, em 1829 foi proibida pelas autoridades britanicas. A queima do defunto possivelmente seja, junto a inumagao, a pratica mais estendida ao longo da historia em todos os continentes. Entre os antigos galos e germanos era muito habitual. Os galos construiam grandes piras funerérias nas quais se consumiam tanto os restos mortais do defunto como o conjunto de seus bens, ‘enquanto que os germanos realizavam ceriménias extremamente singelas. Por outro lado, a civilizagao romana tendeu a converter a morte em um espetaculo social. Segundo a mitologia romana, a vida e a morte estavam separadas pelo rio da imortalidade, o rio Styx (Estige), e o barqueiro Caronte era o encarregado de transportar os mortos em seu barco até ao reino do submundo. Daqui nasceu o costume de depositar uma moeda na boca do defunto, como pagamento pela travessia. Entretanto, as classes dominantes logo instituiram funerais publicos que derivariam em auténticos desfiles. O cristianismo adotou praticas funerarias menos chamativas. Nos primeiros séculos, 0 ritual funerario crist&o implicava certas doses de alegria, ja que 0 crente se reunia com seu Deus depois de uma vida de perseguicées generalizadas. A partir do século Vill, quando a Igreja j4 se achava plenamente institucionalizada, o funeral se transformou em uma expressao de tristeza mais ou menos publica. As Construgées Funerdrias e os Rituais de Sepultamento Conforme Mistérios Antigos (2009) em muitas culturas, a morte tinha conseqiéncias em Ambitos que foram muito mais a frente do simples ritual no momento do funeral. Na Mesopotamia, a invengao do tijolo permitiu a edificagao de grandes construgdes de uso estritamente funerério, Recintos cuja finalidade consistia em albergar os objetos que tinham servido ao defunto em vida, e que uma vez morto 0 acompanhariam ao além. Na Europa e parte da Asia se generalizaram os timulos funerarios, construgdes que se recobriam com terra, onde os mortos podiam repousar toda a eternidade porque, com o passat do tempo, o lugar tornar-se-ia irreconhecivel. Mas, se existiu uma civilizagéo com os ritos funerérios mais intrigantes, esta foi sem divida, a que comegou a desenvolver-se no Egito ha quatro mil anos a.C. As Mastabas e, posteriormente, os Grandes Templos e as Piramides contribuiram para exaltar a idéia da morte como um fato social. Segundo alguns estudiosos, a pirdmide de Djoser em Sakara foi inicialmente projetada para ser uma Mastaba, ainda que originalmente - seria totalmente construida em pedra. Esta mastaba foi sendo expandida, construindo-se gradualmente cinco troncos piramidais cada vez menores, até ficar com a forma piramidal. Por todo 0 Egito existem milhares de “Mastabas” com uma grande variedade de pinturas, algumas com valor artistico inestimavel. Essas imagens retratam, geralmente, atividades do cotidiano no Antigo Egito. Deste modo, estes monumentos funerérios revelam-se uma fonte importantissima de informagao sobre este periodo da historia da humanidade. No Museu do Louvre pode-se visitar a capela funeraria da “Mastaba” do nobre “Akhethétep”, transportada do planalto de Saqgara para Paris. Os Egipcios acreditaram numa vida para além da morte. Em principio esta vida estava apenas acessivel ao rei, mas apés 0 Primeiro Periodo Intermediario esta concepcao alargou-se a toda a populacao. Para aceder a esta vida era essencial que 0 corpo do defunto fosse preservado, razao pela qual se praticou a mumificagdo. A mumificagao para os antigos egipcios era um ritual sagrado, para eles o corpo era constituido de diversas partes: o ba, ou alma, o ka, ou forca vital, e 0 akh, ou forga divina inspiradora da vida. Para alcangar a vida depois da morte, o ka necessitava de um suporte material, que habitualmente era o corpo (khet) do morto. Este devia manter-se incorrupto, 0 que se conseguia com a técnica da mumificagao. Os sacerdotes funerarios encarregavam-se de extrair e embalsamar as visceras do corpo. A técnica de embalsamar era muito complicada, e os sacerdotes deviam ter conhecimentos de anatomia para extrair os 6rgaos sem danifica-los. Primeiro extraiam o cérebro introduzindo um gancho no nariz, depois de terem partido 0 osso etméide. A seguir; marcavam, com um pincel, uma linha no lado esquerdo do corpo, onde faziam um corte para extrair as visceras. O coragao, que devia controlar o corpo no Além, @ os rins, aos quais 0 acesso era dificil ou por motivos ainda nao revelados (descobertos), permaneciam dentro do morto. As visceras eram lavadas com substancias aromaticas e colocadas em Vasos Canopos (vasos ou umas de pedra), representando divindades chamadas Filhos de Horus, que protegiam as visceras da destruigao. Eram quatro vasos, com tampas em forma de homem, de chacal, de faledo e de macaco. A partir da XXI dinastia, estes érgaos eram enfaixados e colocados dentro do corpo do morto. A seguir, o corpo era depositado em natrao (carbonato de sédio natural) durante algum tempo e, depois, lavado e massageado com perfumes, dleos e incenso pata a cabega. Colocavam-se olhos de vidro, para dar sensagao de realidade, cobria-se a incisdo do lado esquerdo do corpo, da qual eram extrafdas as visceras, com uma placa de madeira, cera ou metal com o simbolo Udyat (Olho de Hérus). Assim, o cadaver estava pronto para ser enfaixado. O morto devia ser reconhecido no Além. Por isso, depois de enfaixado 0 corpo mumificado, colocava-se uma mascara com um retrato idealizado do morto. As mascaras dos farads eram feltas de ouro e lépis-lazill. Segundo os egipcios, a carne dos deuses era de ‘ouro, seu cabelo de lapis-lazuli e os ossos de prata, material muito raro no Egito. Os faraés eram representados como 0 Deus Osiris, soberano dos mortos. Na cabega levavam o nemes, adorno listrado enfeitado na parte da frente com a serpente protetora dos faraés. Os bragos ficavam cruzados sobre © peito, Numa das maos, seguravam o cetro real e na outra, um chicote. Uma vez preparado 0 cadaver e depositado no sarcéfago, fazia-se uma procisséo. Quando a procissao chegava ao timulo, o sacerdote realizava ritual de abrir a boca da mumia, para que ela (mimia) voltasse a vida. Todo 0 material funerdrio, juntamente com o sarc6fago e as oferendas, era depositado no tamulo, inclusive seus escravos que eram colocados a forga na piramide e mortiam no local que, a seguir, era selado para que nada perturbasse 0 eterno repouso do defunto. Assim, o morto iniciava um longo percurso pelo mundo Além-Tumulo. As piramides constituem um milagre da arquitetura, que, além disso, tinham por objeto assegurar a etemidade dos fara6s. Diante das transformacdes que sofreu o Antigo Egito no decorrer de sua histéria, o ritual funerario associado ao embalsamento se perpetuou a0 longo de séculos. Na América se desenvolveu uma rica civilizagao, os Maias, que recorda © mundo egipcio, principalmente pela utilizagéo de técnicas como a mumificagao e pela construgao de piramides funerarias. Nestas construgdes, a cAmara sepuleral albergava sarcéfagos com restos humanos e jdias de jade, mascaras e outros restos arqueolégicos. O exemplo mais significativo de tais praticas se encontra no conjunto arquiteténico de Palanque. Segundo Carvalho (2001) o entendimento da morte como um rito de passagem foi genialmente sintetizado por Marguerite Yourcenar' em as Memérias de Adriano: “procuremos entrar na morte com os olhos abertos’.Torna-se necessario morrer para renascer. Esse 0 constante didlogo homem-natureza em seu eterno cantico de renovacéo. Somos apenas um momento da vida eterna. Para algumas culturas aceita-se a reencamagao, baseada na continuidade da consciéncia. Contos de inimeros povos exprimem a crenga na imortalidade da alma, que passa por diversas fases antes de voltar terra: a cosmologia primitiva aceita a doutrina dos mundos superpostos. A reencarnagao 6 o retorno do principio espiritual a um novo involucro carnal. Retomando o assunto 0 enterro sistematico dos corpos humanos remonta, pelo menos, a cem mil anos do presente, na cultura neandertalense. Os corpos eram depositados em posigdes variadas, com 0 arranjo das sepulturas modificado de acordo com as ferramentas, vestigios de fogueira e restos de animais. Em alguns sepultamentos os corpos eram salpicados de ocre. Nos sepultamentos 0 esqueleto passa sempre a ser acompanhado de mobiliario funerario, caracteristica cultural dos sapiens sapiens. As sepulturas passam também a ser agrupadas. A prética funeréria mais utilizada era a do enterramento primario, em covas pouco profundas (0,5m). Quatro as posigSes principais dadas aos corpos: alongada, semidobrada, amarrada e em flexao forgada (feto). Em geral, a posigao do esqueleto é orientada na linha leste-oeste, com a cabega voltada para 0 sol poente. Trata-se, simbolicamente, do reconhecimento dos ciclos da finitude na natureza: o nascer e o morrer do * Marguerite Yourcenar, psoudénimo de Marguerite Cleenewerck de Crayencour (anagrama de Yourcenan (Bruxelas, 8 de junho de 1903 — Mount Desert Island, Maine, EUA, 17 de dezembro de 1987), foi uma escritora belga de lingua francesa. Foi a primeira mulher eleita @ Academia Francesa de Letras em 1980, apos uma campanha e apoio ativos de Jean dOrmesson, que escreveu o discurso de sua admissao. sol. “O sol morte todas as noites, atravessa o mundo das trevas e ressuscita todas as manhas”. Luz e trevas passam também a estar associadas a vida e morte. Os mortos deveriam encontrar o caminho do além, o qual, muitas vezes, era situado no oeste, lugar em que o sol desaparece e parece morrer. Algumas culturas registravam também o sepultamento em dois tempos (enterramentos secundarios). Os ossos, perdidas as carnes, eram exumados e lavados, sendo submetidos a novos funerais. O rito cindia toda a relagdo do defunto com a vida terrestre pois era necessario que a carne deixesse 0s ossos para libertar a alma Segundo Pedrosa Neto et al. (2009) o rito funerario trata da relagao teatralizada e derradeira com 0 morto no sentido de fazer-Ihe mengao honrosa e também de dar aos seus 0 consolo de que a vida nao se extinguiu de todo, pois asseguram-lhes haver uma vida algures. Soma-se a este sentido, o fato de que os ritos mortuarios possuem eficdcia simbélica ao fornecerem uma harmonizagao psico-social do cosmo, que fora perturbado com o fatidico acontecimento, tal como mostra o fragmento ritualistico magénico utilizado quando do final do Ritual de Pompas Funebres pelo 1° Vigilante, 2° Vigilante e Veneravel Mestre respectivamente: “Estamos confortados, certos do seu glorioso triunfo, pois, enquanto vivia, pelas suas agées e palavras em torno de nés era um modelo de virtude!” “Estamos confortados certos de seu glorioso triunfo, porque a Vida é uma s6, e a mera supresséo da aparéncia terrena, nao corta o fio da existéncia. A saudade que dele sentimos, 6 agora um incentivo para o aprimoramento de nosso labor: ndo é um sentimento debilitante ou enfraquecedor!” “Ja ndo voltamos a cabega para a noite. Preferimos olhar o Sol que ilumina as cristas dos montes e enfeita de luz as estradas do mundo. Estamos sim mais confortados do que na abertura dos trabalhos.” O Ritual Magénico, tal como a instituigéo, é pleno de representagdes simbélicas. Estes atos simbélicos remetem-se justamente a analise teorica proposta na obra “Sentido Oculto dos Ritos Mortuarios”, que trata da simbélica da morte como sendo um ato, no qual “o visivel se remete a um significado ausente, a uma entidade abstrata e ndo apresentavel’ servindo, desta forma, para evocar o extra-sensivel em todos os seus aspectos. Dentre os simbolos magénicos significativos no comportamento ritual, tem-se, por exemplo, o transcrito a seguir, desde a ornamentagao do Templo Magénico - Iécus onde se passa o Ritual — até a consumacao dos atos da ritualistica mortuaria que se iniciam no 7% 30°0u 33°dia apés a morte “do elo ausente da corrente magénica”: “A Loja seré composta conforme as generalidades litirgicas do Grau de Aprendiz [1° grau da Ordem Magénical, com as disposi¢ées particulares que aqui se descrevem, mantidos os materiais e ornamentos daquele Grau. Entretanto, mesmo enquanto sendo a sessao celebrada no Grau de Aprendiz deve-se notar que, salvo determinacdes expressas do Grao-Mestre, as honras funebres sao devidas somente aos Mestres Magom. A loja seré forrada de preto, com galées brancos ou prateados @ objetos alusivos ao ato, da mesma, se admitindo o uso de outros ornamentos. Caso se empregue vaso com flores nos altares, todas deverdo ser brancas ou amarelas. Executam-se as de uso ritualistico que serdo vermelhas, despetaladas, como se vera. A iluminagéo sera efetuada por trés luzes (velas de pura cera), além da instalagao elétrica convencional, sendo uma em cada um dos altares do Veneravel Mestre [posto Mor] e dos 1° e 2° Vigilantes [cargos consecutivos a0 maior posto], instaladas em Castigais de Trés Luzes. Além dessas luzes, sobre o altar do Veneravel Mestre estaré 4 esquerda um castigal com uma’ tnica vela, que se acenderd/apagaré no decorrer do cerimonial. O tumulo ou catafaico levantar-se-4 no Ocidente, ao Centro do Pavilho do Mosaico [parte por vezes central, por vezes geral do piso da Loja ,quadriculado em preto e branco, contendo as designagdes cardeais], adornado de preto e prata, segundo o uso destas solenidades, com a extremidade correspondente aos pés voltada para o Oriente. Nos angulos do esquife estarao quatro brandées (grandes velas de cera ou cirios). Sobre ele colocam-se, a partir do lado do Oriente (relativo 4 cabe¢a), uma Espada desembainhada, 0 Avental do defunto, 0 Esquadro, 0 Compasso, e 0 Ramo de Acacia. Ainda sobre 0 Pavilhdo do Mosaico, na frente do catafalco, do lado do oriente, colocar-se-A uma coluneta, coberta de crepe e sobre ela a Pira Funerdria, um vaso prateado com alcool perfumado. Os brandoes e a Pira serdo acesos no momento ritualistico adequado. A direita e 4 esquerda da Pira Funeréria, em dois suportes, um pouco mais baixos, estaréo duas cestas, uma cheia de ramos verdes de Acdcia e outra contendo pétalas de rosas vermelhas. Finalmente existirao trés vasilhas (tripegas) contendo élcoo! perfumado, uma na altura da cabega, ao lado esquerdo, outra no meio do tumulo, ao lado direito, e outra aos pés, do lado esquerdo. Elas designam os trés graus simbdlicos e tem relacdo com as trés idades da vida humana. Serdo acesas antes de se percorrer 0 Caminho da Saudade [voltas ritualizadas no entomo do caixao], e assim se conservam durante toda a ceriménia, apagando-se, porém, apés se recitar a oracao fanebre de encerramento. Uma cadeira, simbolizando o lugar que o Irmo falecido ocupava na Loja, deve estar colocada na coluna do Sul [refere-se ao lado Sul da Loja], e coberta com pano preto salpicado com lagrimas prateadas. 10 Sero designados quatro Imaos com Espadas (pontas apoiadas no solo) para Guardiées do timulo, que ficaréo sempre sentados também voltados para o Ocidente (de costas, portanto, para o Oriente).{ TRECHO DO RITUAL MAGONICO DO RITO ADONHIRAMITA). Da Hierarquizagao do Ritual: Sabe-se que a Maconaria tem sua organizagao dividida em Graus, que so, Aprendiz (equivalente ao 1*Grau da Instituicao ); Companheiro( 2°Grau) e Mestre ( 0 3°e ultimo dos graus simbélicos, tendo por consecutivo os graus Filoséficos) . O Ritual Magénico Magno de Pompas Funebres € concedido somente aos Mestres Macons, pois eles acreditam que neste grau o Magom alcangou sua plenitude em relagéo a simbologia da Pedra, outrora bruta, mas que quando de sua elevacdo ao grau de Companheiro, ganhou aspecto cibico, polido. Pode-se, a partir desta concepco “hierarquizada” do cerimonial magénico, fazer mengao que diz que o ritual funerario pode variar conforme a posigao social do individuo falecido. Dos Ornamentos: O Ritual se passa dentro do templo magénico, que normalmente é azul. Contudo, por ocasiao do luto, as paredes, os moveis e os adornos que circundam o esquife, séo todos revestidos de panos pretos salpicados de lagrimas cor de prata, simbolizando, desta feita, 0 sofrimento ali presente em razo da partida do Irmo. Dos Simbolos: A Magonaria faz uso dos simbolos para espargir suas intengdes @ conhecimentos. Em seu Ritual Finebre acontece o mesmo. Suas pretensdes em relacdo & morte sao postas de forma a serem compreendidas através dos simbolos ali presentes. Dentre esses simbolos tem-se: A Rosa, como simbolo da comunhao fratera existente entre os membros desta instituigao e também assinalando a simbologia de que “O AMOR E MAIS BELO QUE A MORTE?", tal como informa o Ritual. Na ritualistica, a Rosa é despetalada e langada no esquife pelo 1° e 2° Vigilante as ordens do Veneravel Mestre que assim também o faz, enquanto circundam o esquife. Os ramos de Acacia, como emblema da imortalidade, nao necessariamente metafisica - posto que esta pode se configurar no imaginario coletivo, como se pode notar no fragmento ritual a seguir: “Os virtuosos como vos, terminada a vida material, revivem nos exemplos que deixaram, triunfando sobre a morte”. ‘A Acacia, por fim, representa que “O AMOR E MAIS FORTE QUE A MORTET’. Da mesma forma que ocorre com a Rosa, a Acacia é lancada enquanto se circundam trés vezes o esquife. in O Incenso, como signo da uniao entre o transitério e o Eterno. Neste Ritual ele representa o contato, por meio da oracdo, entre o mundano e o divinal, e lembra também que “O AMOR — MAIS SABIO QUE A MORTE!". 0 esquife @ incensado trés vezes enquanto se executa as trés voltas rituais. O Esquife vazio simboliza a morte do irmdo. Este 6 colocado no centro do Templo sobre o Pavimento do Mosaico. As grandes velas ou cirios simbolizam pela sua Luz, conforme nos diz Louis-Vincent Thomas, “o calor, a leveza, a pureza e 0 amor’, além de testemunharem “a imortalidade da alma e a sua entrada na manséo celeste”. Acresce-se a isso 0 fato de que a claridade dos cirios denota expressao de vida e conhecimento, sendo este ultimo a culminancia dos ideais magénicos. O Avental, simbolo do trabalho magénico, é posto no interior do esquife para ratificar sua vida mag6nica no post mortem. Ha também Fogo, além dos cirios, representado na Pira Funeraria, que um vaso prateado contendo alcool perfumado, a qual é colocada sobre uma coluneta coberta de crepe. Junto 4 Pira Funeraria @ os Cirios existem trés vasilhas contendo também alcool perfumado, simbolizando as trés idades da vida humana ( “nascer, viver e morrer) e 0 trés graus simbdlicos da Ordem Magénica. O fogo 6, senao, a representagao da purificacdo por meio da destruigdo da vida terrena. Remonta também, a dualidade vida x morte, aquele que destroi para fazer renascer, tal como a Fénix que a cada cem anos incinera-se a si propria, para das préprias cinzas renascer. Entre os simbolos, ha também a cadeira que o falecido ocupava quando dos trabalhos in Loja. Esta estar posta no lado Sul da Loja, lado mais iluminado do Templo Magénico, revestida com um pano preto salpicado de lagrimas prateadas. Como ja foi esclarecido anteriormente, as lagrimas e 0 preto simbolizam o pesar e 0 luto magénico pela fatidica perda, mas também a esperanca de que o “Irmo” que partiu, encontra-se Na Luz. Por fim, hd a designagao de quatro macons, para sentarem-se disposto dois - a - dois, voltados para 0 Ocidente - lado mais escuro do Templo Magénico -, portando espadas, que ficardo voltas para o solo. Estes recebem a alcunha de Guardides do Tumulo. Ora, pode-se concluir a partir disso, que esses “Guardides”, possuem a fungao de salvaguardar a ‘passagem iluminada” do morto ao plano etéreo das influéncias obscuras vindas da “noite escura”. Evidentemente que a interpretaco dos simbolos acima descritos, bem como sua utilizagdo, foram descritas conforme sugere o Ritual “Publico” de Pompas Funebres, que é uma ceriménia aberta aos “profanos”, sendo a simbélica “secreta” restringida aos pertencentes da instituigao em voga. Cemitérios e Simbolismo Para Schneider e Lamb (2009) 0 tema da morte tornou-se essencial a0 Pensamento religioso e & compreenséo cristé da existéncia humana. Ha 12 milénios, constitui um campo fértil da produgao cultural, sendo representado através de diversas manifestagdes artisticas, com expressdes repletas de simbolismos, demonstrando como diversas sociedades compreendiam a morte. Dentre as inumeras formas de expressao do homem diante da morte, destaca- se a construgao de jazigos ricamente simbdlicos, os quais demonstram as aspiragGes e dividas do ser humano em relacdo a morte. Essas imagens eram mais usuais em fins do século XIX e comego do XX. Em torno da década de 1930 elas tomaram-se mais escassas, chegando a praticamente desaparecer no decorrer do século. Os jazigos passaram a ser construidos com menos detalhes simbdlicos e a arquitetura apresenta mais simplicidade, com formas retas e utilizando materiais como a ceramica e o granito. Os cemitérios secularizados propiciam 0 acesso a uma modalidade de construgao vinculadora de um determinado idedrio estético. Por seu intermédio, © neoclassico, 0 neogatico, o art nouveau, o art déco e o moderismo serviram de modelo e de orientagao para a formagao do gosto estético da populacao. Esses repertérios artisticos avangaram os limites uns dos outros, fundiram-se pela acdo dos artesdos e se popularizaram de forma democratica e sem conflito. Nao ha, pois, como desconsiderar a importancia de tal producao, calcada em ages técnicas culturalmente instaladas. A arquitetura e a estatuaria funeraria esto articuladas a um conjunto de fatores que transcende 0 Ambito artistico. Elas valem por si mesmas e sua presenga é suficiente para integrar-se ao inconsciente coletivo da comunidade vigente. Como mantém um compromisso com as representagdes do luto, alicergadas no discurso religioso, moral e econémico do grupo social de que procede, sua abrangéncia é mais ampla do que se supée. Portanto, a arte funerdria exige uma leitura mais complexa, que pressupde interdisciplinaridade (Borges, 2002). Segundo o mesmo autor nos cemitérios e abrigos funerarios, tanto das sociedades contemporaneas quanto das extintas, encontram-se referéncias sociais fundamentais: as nog6es de vida e morte, as crengas em seres e vidas sobrenaturais e, acima de tudo, a viséo que os homens e mulheres constroem de si proprios no mundo dos vivos. As sepulturas nos permitem comprovar a efemeridade do tempo e nos mostram uma grande carga de informagées, contidas nos textos e nomes gravados nos epitéfios e nas fotografias instaladas. Elas abrigam também esculturas cristas, profanas e alegéricas, passiveis de serem decodificadas com suas formulas iconograficas e formais. Induzem, portanto, ndo s6 a consciéncia do olhar, mas a consciéncia do transitério da vida. Ao fazer uma leitura da arte funeraria e de suas formas de exposigao, procuramos demonstrar a possibilidade de poder romper com os espagos institucionais, néo se prender a praticas ortodoxas, agir com informalidade, sem com isso deixar de atribuir o devido significado ao mobilidrio funerério, que guarda um valor artistico. E constroi uma historia das idéias no imaginario coletivo da sociedade vigente, de forma espontanea agregando-se ao inconsciente das pessoas. Com isso, assumimos que nao estamos recebendo passivamente uma das problematicas da sociedade contempordnea, que ¢ rejeitar simbolicamente a morte, pois, se 0 cemitério nao existe mais, é porque as cidades modernas assumem por inteiro a fungao deste: sao cidades mortas e cidades de morte. Segundo Figueroa (2009) 0 cemitério é uma entidade dinamica de alto contetido simbélico e de re-signicagao permanente que manifesta o sistema de 13 pensamento, crencas e estrutura da sociedade a qual pertence, que se converte, desta forma, em uma janela a historia de uma cidade que se mostra como uma forma de auto-expressao de seus habitantes. Existe uma série de manifestagdes simbélicas que se expressam na arquitetura funeraria, cujas significagdes estéo ligadas com o sistema de crengas e ideologia dos individuos. A Arte Funeraria, entéo, como manifestagao social, se encontra regida por normas estabelecidas por um determinado grupo em um tempo e lugar especifico. Os estudos funerarios, por tanto, teriam dois objetivos. O primeiro seria caracterizar as expresses funerarias como indicadoras da identidade sociocultural dos setores que moldam a comunidade a qual pertencem, explicitando estilisticamente e simbolicamente as manifestagdes funerarias dos cemitétios, enquanto que o segundo seria explicitar os processos de alteragdes socioculturais e seu impacto nas manifestagdes funerdrias, sendo a analise estilistica de grande utilidade. Simbolismo é a ciéncia mais antiga do mundo. Através dos simbolos, os povos primitivos se comunicavam e registravam sua historia. © verdadeiro simbolo é aquele que pode ser interpretado por diversos 4ngulos, de acordo com a capacidade intelectual e emocional de cada um. De acordo com a Encyclopaedia de Mackey, “a Maconaria € um sistema de moralidade desenvolvido e inculcado pela ciéncia do simbolismo”. Com o surgimento da Magonaria especulativa no século XVIII, na Inglaterra, ressurgiu, também uma reeleitura dos simbolismos religiosos que se encontravam deturpados pela ignordncia eclesiastica medieval. Os Macons especulativos comegaram a estudar os simbolismos religiosos e iniciaticos, dando origem a simbologia mistica, dos magons operativos, alquimicos e outros simbolos tradicionais. Foram incluidos, também, os simbolos de significado particular, como é 0 caso da Roma, Estrela Flamigera, a letra G, Acacia, o Pelicano, etc. Sao inumeros os simbolos Magénicos, porém alguns ‘se destacam pelo seu constante uso e conhecimento entre os Magons. Simbolos Magénicos Encontrados em Lépides Estrela Flamigera, esquadro e compago 14 AESTRELA FLAMIGERA - Pentagonal que antigamente tinha raios ou pontas ondulantes, tal qual ainda aparece em Obediéncias inglesas e americanas € 0 emblema indicidual do Companheirismo. O astro que ilumina a Loja de Companheiros, onde figura no Oriente acima do Veneravel ou no Ocidente entre as duas colunas ou ainda acima do pedestal do Segundo Vigilante, a sudoeste, segundo 0 Rito Escocés © COMPASSO - 0 Compasso 6 considerado um Simbolo da espiritualidade do conhecimento humano. Sendo visto como Simbolo da espiritualidade, sua posiedo sobre o Livro da Lei varia conforme o Grau. No Grau de Aprendiz, ele esta. embaixo do esquadro, indicando que existe, por enquanto, a predominancia da matéria sobre o espirito . A abertura indica o nivel do conhecimento humano, sendo esta limitada ao maximo de 90°, isto @ % do conhecimento. A sua Simbologia ainda é muito mais variada, podendo ser entendido como Simbolo da justiga, com a qual devam ser medidos os atos humanos. Simboliza a exatiddo da pesquisa e ainda pode ser visto como Simbolo da imparcialidade e infalibilidade do — Todo-Poderoso. © ESQUADRO - O primeiro instrumento passivo e companheiro por exceléncia do Compasso @ o Esquadro. Seu desenho nos permite tracar o Angulo reto e, por tanto, esquadrejar todas as formas. Deste mods, é visto como Simbolo, por exceléncia, da retidao. E também a primeira das chamadas Jéias Méveis de uma Loja, constituindo-se na Joia do Veneravel, pois, dentre todos, este deve ser 0 mais justo e eqiiitativo dos Magons. O Esquadro, ao contrario do Compasso, representa a matéria; por isso é que, em Loja de Aprendiz, ele se apresenta sobre 0 Compasso. Predominancia da Matéria sobre o espirito. a i. MILDRED MAY MOORE |, (MARTIN) 1) i AUG. 22, 1923 MAR. 9, 2002 |” Esquadro, compago, pentagrama LETRA“G” - Sétima letra do alfabeto magénico. Chama-se gimel em hebreu. Em geral significa Geometria, Geracéo Gldria, Grande, Gréo. No grau de Companheiro € 0 emblema misterioso que Ihe conduz os passos e naturalmente alude a Geémetra (Deus). 15 PENTAGRAMA - O Pentagrama sempre foi objeto de vivo interesse. Ja utilizado pelos egipcios, ele foi também altamente considerado pelos druidas ‘sob a forma de uma estrela regular de cinco pontas chamada “pé dos druidas”. Para Pitagoras, o Pentagrama era o simbolo do himeneu celeste: a fusdo da alma com o Espirito. Ele dava ao niimero 5 o nome de “namero do homem no. microcosmo”. O Pentagrama era téo apreciado entre os pitagéricos (os discipulos e sequidores de Pitégoras) que para eles participarem das reunides secretas era necessario portar um Pentagrama em sua mao direita. Entre os primeiros cristdos, o pentagrama representava Cristo, outra designagao do Alfa @ Omega, do comego e do fim. Os alquimistas medievais recorriam a estrela de 5 pontas como sinal da Quinta Essentia, o quinto elemento, o éter-fogo ou, ainda, o Espirito Santo. E 0 sinal do Verbum Dimissum. Giordano Bruno considerava 0 nimero 5 como o numero da Alma por ser composto (como ele 0 6) de igual e desigual, de par e impar. O Pentagrama é associado ao grau de Mestre Eleito da Magonaria, no rito Escocés. No Pentagrama Esotérico esto inscritas as proporgdes exatas do Athanor, essencial a realizacdo da Grande Obra. COLUNAS - Na Magonaria usamos as Colunas de origem grega, a JOnica que corresponde ao Veneravel Mestre da Loja a qual significa sabedoria. A Dérica que corresponde ao Primeiro Vigilante e que representa a forca. Por ultimo, a Corintia que corresponde ao segundo Vigilante e representa a beleza. Na porta do Templo s4o colocadas duas Colunas efetivas que so chamadas Boaz 16 (ou Booz) e Jachim. A primeira, Boaz, se localiza @ esquerda e a segunda Jachim @ direita da entrada do Templo. As duas combinadas representam “Deus se estabelecera em forga” ou “como fortaleza” OLHO QUE TUDO VE - Olho que Tudo Vé é um simbolo exibindo um olho cercado por raios de luz ou em gléria, normalmente dentro de um triangulo. Costuma ser interpretado como a representacao do olho de Deus observando a humanidade. a sua forma atual, o simbolo apareceu primeiro no ceste durante os século 17 e 18, mas representacdes do Olho que Tudo Vé pode ser encontrado ja na Mitologia Egipcia, no Olho de Horus. Em descrigdes do século XVII como 0 Olho da Providéncia algumas vezes aparece rodeado de nuvens. A adigao posterior de um triangulo normalmente é visto como uma referéncia mais explicita da Trindade de Deus, no Cristianismo. Em 1782 0 Olho da Providéncia foi adotado como parte do simbolismo no verso do Grande selo dos Estados Unidos da América. Olho foi introduzido pelo comité original do projeto em 1776, e foi desenvolvido de acordo com as sugestées do consultor artistico Pierre Eugene du Simitiere. Um dos principais motivos é sua larga adogao pela Maconaria e, sendo magons os legisladores estadunidenses foi 0 seu uso difundido. No selo, 0 Olho é cercado pelas palavras Annuit Caeptis, querendo dizer "Ele [o Olho da Providéncia] é favorével aos nossos empreendimentos (tradugao livre). O Olho esté posicionado acima de uma piramide inacabada com treze passos, representando a origem dos treze estados e 0 crescimento futuro do pais. A combinacao sugerida seria a de que © Olho, ou Deus, favorece a prosperidade dos Estados Unidos. O Grande Selo € usado para endossar documentos oficiais de Estados Unidos. Como tal, € reproduzido, junto com o Olho de Providéncia, nas costas de cada nota de um dolar. O Olho que Tudo Vé também aparece como parte da iconografia da Magonaria. © Olho que Tudo Vé é entao um lembrete para os Magons de que sempre sao observados pelo Grande Arquiteto do Universo. Tipicamente o Olho Magénico da Providéncia tem um semi-circulo de luz sob o olho — frequentemente com os raios incidindo para baixo. As vezes, um triéngulo 6 incluido ao Olho, mas isto é visto como uma referéncia a preferéncia do Magom para o numero trés em numerologia. Outras variagdes do simbolo também podem ser achadas, com o olho sendo substituido pelas letras ‘G’, representando o Grande Arquiteto. A primeira referéncia Macénica oficial a0 lho esté em O Monitoramento Magénico por Thomas Smith Webb em 1797, alguns anos depois que o Grande Selo foi projetado. O uso Mag6nico do Otho em geral no incorpora uma pirdmide, embora o triéngulo seja incluido freqdentemente é interpretado como sendo parte. Dos dezesseis signatarios da Constituigéo norteamericana, nove Benjamin Franklin, William Ellery.John Hancock, Joseph Hewes, William Hooper, Robert Treat Paine, Richard Stockton, George Walton e William Whipple eram Magons. O jornal do website Escocés The Scottish Rite Jounar! cita Henry A. Wallace como segue, dizendo que apés ter visto 0 quadro do Grande Selo, levou-o ao Presidente: Roosevelt, olhou a reprodugao colorida do Selo, e o primeiro detalhe a Ihe chamar a atengao foi a representagao do Olho que Tudo Vé — uma representacao Magénica do Grande Arquiteto do Universo. A seguir, ficou impressionado com a idéia que a fundagao para a nova ordem havia sido inscrita como 1776, mas seria completada somente sob o olho do Grande Arquiteto. Roosevelt, assim 7 como eu, era magom do 32.° grau. Sugeriu entéo que o Selo fosse posto na nota de délar. Uma versio Magénica do Olho de Providéncia com nuvens em um semi-circulo de luz. Colunas, Livro da Lei, Esquadro e Compasso e Pentagrama, LIVRO DA LEI - Na Magonaria, o Livro da Lei é o livro que se localiza no altar sagrado, que pode estar no centro da Loja ou em outras posigdes, dependendo do rito praticado. Sua presenga simboliza o Grande Arquiteto do Universo, isto 6, a presenga de Deus na Loja Macénica, e nenhuma reuniao pode ser iniciada sem antes acontecer a abertura ritualistica do Livro da Lei. O Livro da Lei possui esse nome genérico para se evitar qualquer tipo de sectarismo, pois, a0 nominar o livro sagrado de uma reunido mag6nica de qualquer titulo, seja Biblia, Alcoréo, Tora, ou outros, automaticamente estar-se-ia limitando o carater ecuménico da Ordem. Assim sendo, qualquer um que nao seja da 18 crenga dominante de uma loja magénica e queira prestar seu juramento em algum outro volume de Sagradas Escrituras que nao o usual, pode requisité-lo para seu uso. A Unica restrigao é que o volume deve conter, realmente, as Sagradas Escrituras de uma religiéo conhecida, e fazer referéncia a Deus, 0 Grande Arquiteto do Universo. Pavimentos de Mosaicos, Cemitério de Recoleta, Buenos Aires, Argentina PAVIMENTO MOSAICO - De origem sumeriana, simboliza, com seus quadrados brancos e negros, os opostos na vida do homem: a boa e a ma sorte, a virtude e 0 vicio, a riqueza e a miséria, a alegria e a tristeza, etc. Representa a mistura de racas, das condigdes sociais e do dualismo. Romas, Olho Que Tudo Vé, Esquadro e Compasso (Posicao de mestre) ROMAS — Para Fadista (2009) emblemas que coroam as colunas J e B dos templos e cujos graos significam prosperidade e solidariedade da familia mag6nica. A romanzeira ou pé de roma, em hebraico Rimmén, @ uma Pequena arvore, ou até um arbusto pertencente a familia "Punica Granatum'" — nome latino — e no vernaculo mais purista, diz-se Romazeira. No sul da Espanha existe uma linda cidade, que foi a capital dos reinos de 19 Castela e Arago, conquistada aos drabes em 1492 pelos reis catélicos, chamada roma = Granada. Cresce silvestre no Oriente Médio e principalmente na Palestina, onde existem trés cidades com o nome desse fruto, Rimon, Gate Rimon e En-Rimon. Da Palestina, através da Diaspora, foi levada a todo 0 mundo, inclusive, depois dos descobrimentos, ao Novo Mundo e posteriormente & Australia e Nova Zelandia. Considerando-se a otigem da Rom& como sendo hebraica, nada melhor, para uma compreensao inicial, que recorrermos as Sagradas Escrituras. O Velho Testamento refere a Roma, ONZE vezes, enquanto o Novo Testamento, a omite totalmente. Para os Assirios, a roma simbolizava a vida e os primeiros frutos da colheita eram entregues ao sacerdote que extraia o seu Suco para que 0 Rei o oferecesse ao idolo. Os frutos mais formosos que simbolizavam 0 prolongamento da vida eram preservados para o templo; a Romazeira era considerada como o pai da vida; com a madeira da arvore, eram confeccionados amuletos. Os fenicios, tinham a Roma, também, como frutos sagrados, bem como os Cartagineses e os Romanos, que os Teproduziam nos capitéis de suas colunas e os colocavam nas tumbas dos sacerdotes e dos reis. Para os gregos a Roma era sagrada e eles a denominavam de Roidion, e a Romazeira de Roja; os frutos eram oferecidos & deusa da sabedoria, protetora da cidade de Atenas. Para os iniciados nos mistérios de Eleusis, Dodone, Delfos, Megara e outros, a Roma simbolizava a fecundidade ¢ a vida. Se a Roma era usada como simbolo de vida, a concepcéo hebraica a refora, considerando a propagagao da espécie como o elemento mais relevante da vida. Por qué Salomao valorizava tanto a roma e o seu vinho? Além do atributo afrodisiaco que os comerciantes déo ao vinho da Romazeira, o relato de Cantares 6 claro. O rei Salomao reinou sobre Israel durante quarenta anos, Portanto, no se o pode julgar uma pessoa ja idosa, mas no vigor da idade. O telato inserido em | Reis 11 nos da: "Ora além da filha do farad, amou Salomao, muitas mulheres estrangeiras; moabitas, amonitas, edomitas, sid6nias e hetéias, mulheres das nagdes de que havia o Senhor dito aos filhos de Israel: nao caseis com elas, nem casem elas convosco, pois vos perverteriam o coragao, para seguirdes os seus deuses. A estas se apegou Salomao pelo amor. Tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas. Sendo ja velho, suas mulheres Ihe perverteram 0 cora¢ao para seguir outros deuses; e 0 seu coragao ndo era de todo para com o Senhor seu Deus, como fora o de Davi, seu pai." Apesar do texto biblico denomina- lo de "Velho", um homem para contentar a mil mulheres, mesmo com higidez excepcional, deveria valer-se de algum produto afrodisiaco, que no era outro sendo o vinho da roma. Isto justifica 0 seu uso, a ponto de fazer da Roma um simbolo sexual conjugado com os lirios, simbolo da exceléncia feminina. Colocadas as Romas e os Litios, nos capitéis das Colunas do Templo, quis Salomao render destaque & sua condigao de rei poderoso em todos os sentidos. Poder-se-ia, contudo, questionar sobre esse evento: mas quando Salomao tinha mil mulheres o Templo ja estava construfdo como as duas respectivas colunas. No entanto, j naquele momento, Salomao possula mulheres em grande numero e 6 de se supor que a ingestao do vinho afrodisiaco ja era um habito e uma necessidade. Nao se conhece a idade exata de Salomado. No livro | Crénicas, 29:1 lemos: "Disse mais o rei Davi a toda a congregacao; Salomao meu filho, 0 dnico a 20 quem Deus escolheu, é ainda mogo e inexperiente, e esta obra 6 grande; porque o palacio nao é para homens, mas para o Senhor Deus." E no livro | Reis, 3:7 lemos: "Agora, pois, 6 Senhor meu Deus, tu fizestes reinar a teu servo em lugar de Davi meu pai; ndo passo de uma crianga, nao sei como conduzir-me". Quando Davi ordenou o censo, excluiu os que tinham a idade de menos de 20 anos. Poderiamos, calcular, a grosso modo, que Salomao sentira-se crianga, talvez por no ter atingido a idade de vinte anos. Portanto, se Salomao reinara durante quarenta anos, e assumira 0 reinado aos vinte anos, ao morrer, teria sessenta anos, idade que nao podemos aceitar como de pessoa ja velha. Porém, se Salomao se considerou crianga, poderia, perfeitamente, ter apenas quatorze ou treze anos de idade, e entéo ao morrer teria cingienta e trés a cingilenta e quatro anos! Mas, se com essa idade iniciou a construgéo do Templo, como justificar a presenga das Romas e dos Lirios? Talvez uma manifestacdo profética, uma vez que esses adoros foram determinados por Davi que os recebera do Senhor. Davi, por sua vez, tivera um grande numero de mulheres e concubinas, e 0 uso do vinho afrodisiaco, poderia ter sido também um hdbito seu. Em Jerusalém era muito usada a Alcaparra, denominada em hebraico de Abyynah, cujos brotos e flores excitavam os desejos sexuais; hoje as sementes conservadas em vinagre constituem um condimento muito apreciado em toda a_ parte. De qualquer forma, é preciso encontrar-se uma justificativa muito mais coerente sobre a presenga das Romas, do que a simplista de que simbolizava a unio fraterna, pela coesdo de seus graos. A necessidade dos excitantes sexuais vem justificada pelo costume que os poderosos tinham de manter junto a si, miltiplas esposas e concubinas; os excessos sexuais da época nao constituiam pecado ou falha moral. Os frutos representam os magons que estéo no Oriente Eterno; sao pedras totalmente polidas que abrilhantam o Reino Celestial. As camaras simbolizam a vida externa e a interna, ou seja, a mente humana e o espirito. As cinco células da Camara Alta representam as fases intelectuais onde se estuda a razdo da verdade eterna; o conhecimento, o impulso para 0 elevado, para a moral e para a perfeita harmonia. Representam, ao mesmo-tempo, as cinco ragas humanas, perfeitamente unidas, sem preconceitos; também recordam as cinco idades do homem: a embrionaria, a infancia, a do aprendizado, a construtiva e a madura. As trés células da Camara Baixa correspondem ao aprendizado, ao companheirismo e ao mestrado. As trés substdncias do homem: sangue, came e ossos; ao homem Templo, ao homem Altar e ao homem Alma. As trés luzes: Ven.’. e Wig.’.. O formato extero, representa a Terra, seja pela sua esfera, seja pela sua coloragéo e contetido. A Roma expressa, na sua coloragdo, a Tealidade. A cotoa de triangulos ou coroa da virtude, do sacrificio, da ciéncia, da fraternidade, do amor ao proximo, esta colocada numa extremidade da esfera. Simboliza o coroamento da obra da Arte Real. A flor rubra representa a chama do entusiasmo que conduz 0 Nedfito ao seu destino, iluminando a sua jornada. As cores da Roma simbolizam: o verde, © reino vegetal; a amarela, 0 reino mineral; e a vermelha, o reino animal. As membranas brancas, que nao constituem cor, mas a mistura de todas as cores como as obtidas quando o raio transpassa o cristal formando 0 arco- iris, simboliza a paz e@ o amor fraterno. Podemos acrescentar que o 21 simbolismo da roma se equivale, na Arte Real, ao simbolismo da Cadeia de Unido, da Orla Dentada, da Corda de 81 Nos, e ao do Feixe de Esopo. Em suma, a roma simboliza a propria Loja e a sua a Egrégora. Colunas e Olho que Tudo Vé, Cemitério de Chacarita, Buenos Aires. 22 Caveira @ tibias e Pavimento Mosaico. Cemitério de Chacarita, Buenos Aires, Argentina. CRANIO E TIBIAS - Em varios graus da Magonaria o cranio é uma pega importante tanto na representagao do grau como na omamentagao do templo para o ritual do grau. Pois bem, na alquimia o cranio como momento mori é um emblema da operacdo da mortificatio. Ele produz reflexdes a respeito da mortalidade pessoal de cada um e serve como pedra de toque para os valores falsos e verdadeiros. Refletir sobre a morte pode nos levar a encarar a vida sob perspectiva da eternidade e, desse modo, a negra cabeca da morte pode transformar-se em ouro. Com efeito, a origem e o crescimento da consciéncia parecem estar vinculados de maneira peculiar & experiéncia da morte. Talvez 0 primeiro par de opostos a penetrar na consciéncia em vias de despertar dos eres humanos primitivos tenha sido o contraste entre o vivo e o morto. 23 Na capela de Kilmory, no loch Sween se encontram 40 tumulos de templarios, uma delas claramente bem conservada mostra um esquadro magénico na cabega do guerreiro, talhado na lapida. Entrada de Cemitério Templario na Escécia Referencias Bibliograficas BORGES, M. E. Critica de Arte: especificidade da arte funeréria no Brasil e a interdisciplinaridade das suas formas de exposic&o.Artigo apresentado em forma de comunicagao no Congresso Internacional da ABCA, Sao Paulo, 2002. BRASIL ESCOLA. Estudo Teérico da Morte. http:/www.brasilescola.com/ psicologia/estudo-teorico-morte.htm. Acessado em 27/01/2009. CARVALHO, F. L. Simbologia dos Ritos Funerarios na Pré-Histéria. Canindé, Xing6, n° 1, Dezembro de 2001. 24 FADISTA, A. R. O Simbolismo da Romi. http:/Awww.maconaria.net/ portal/index. php?option=com_content&view=article&id=43, Acessado em 27/01/2009. FIGUEROA, D. La Masoneria y Su Simbolismo Funerario. El Simbolismo Masonico de los Cementerios. http://www.gliu.es/index.php?id=265. Acessado em 27/01/2009. GREGORIO, S. B. Desencarne. http://www.ceismael.com.br/artigo/ artigo069.htm. Acessado em 27/01/200 9. MISTERIOS ANTIGOS. Ritos Funerarios. http:/Avww.misteriosantigos.com/ artigos/modules/soapbox/article.php?articleID=58. Acessado em 27/01/200 9. 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