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Coordenagao editorial ‘nile Sones Carneiro Revista Maria Cristina Perigo Revisit técnica ‘Marcell Lopes Guimaraes Projeto grafico, capa e editoraglo Roehl chitin Pavimn Strie usa, m. 193, CCoondenasdo de Processos Técnicos. Sistema de iblitecas. FPR HIB Robes, 17 str hitorigzata eercon is / eqs see tude de Cares Lis Dra isda {tnd Sel Masts Fher Rasy, Motown Cos da Siva Curt UP, 200. Beap. re ego 153) oto de tests rcs. | orga 2. rang = irograiia Dicey, cose conference {Tia Sere con 907.302 ISBN 979-85.7335-238-2 ef. 556 Direitos reservados a Editora UFPR ua Jodo Negro, 280, 2° anda, Cento HEL! (41) 460-7400 / Tox 41) 10-786 wove editora utp ie ‘aitoradtupe be ‘cea tal 17309 9910.20 Cua «nan «rol 2010 Sumario (© reno dos novos comegos, Jose G. Gomes // CConstrugées francesas do pasado: uma perspectiva histeriografca / 19 Mentalades: uma particularidade francesa? Historia de uma nogio ede seis ss 95 A institlgho€ 6 socal 117 Michel de Certeu historador: a instinoe seu conte / 14 Maguinas,cstratégias e comdutas: © gue entendean os historindores / 155, Siegfried Kracauere 6 mundo de baixo tice tn hte Des avane-dniescos, Pas, tok 2008) / 177 Recursos narratives e conheeimento histérico / 205 A biogratia como problema historogratice / 238 © fando da meméria /249 fim de sua vida, oresgate da realade rio tem mas, sem vida, para ee os _mesmos riscos, Hle no esta mais investido da espera revoluciondria qu ‘enjamin pensava era le tain noes mais corro pela desesperangn {de um mundo desencantado ¢retraido sobre sua superficie, No entanto, a calfstrofee08 eitios romp a exist@neia de Kracauer que vive doravatite nos interstcios de uma sociedade que ndo € a sua, que escreve em usa lingua que no é a sua, Mas da extraterritorialiade & qual a hist6ria @ constrangeu, ele escolheu tirar um valor positive. Nao determinannos condigdes da experiencia histériea, mas é possivel apoiar-s sobre elas se Aecidimos conbecé-las, aramos entio, até certo ponto, de suporti-las. O retrato sensivel de Erasmo que ele esboga na introduo deste livro nila € certamente um autorretrato, Mas € uma maneira de lembrar que o homem ‘que fez a escolha de se subtrair& necessidade, de nfo se alinhar sobre as posigles afrontadas, de “conservar sas ideas no estado Muido’, enriquece 0 ‘mundo ~ mesmo se século termina ki Jjustos da lenda judsica, ele contribuiu por um tempo para fazer exist 0 sano-o 20 pior.Coms trintae ses ‘mundo. Notamos isso suficientemente? No lugar do otimismo, hii no erradeiro Kracauer alguma coisa como que um pessimismo ativo, He confessa seu interesse pelos momentos falies da historia, aqueles em que tudo parece ainda aberto. Simetricamente, ele nos convida a encontrar iio a ‘origem, mas o frescor dos comegos, quando nada € representado, quando 1s formas da histéria permanecem incertas, quando a verdade conserva ainda “a ambguidade que Bed sua marca de verdade". Da tengo prestat 0s vestigis da reatdade historic, ele continua a esperar surpress Cort conviego de que outras experiencia foram possives ao passo que (ida os parece if representado. Tal €a promessa co mundo incerto de bax ti {6 alligio deste livro profundo. * tiatoie, . 64, 63. a verdad, Nitze € ewe no rari ie soa ass east: noo Nietzsche da segunda das empties, m8 {gue eperava bx genealogia ge ela tornase posse a wre Histor a hist Tela su ugar na descontimeiade ena diveritade do tempo, qe pei a0 “| hstric eet distri supra histrn, EM owes, “tse, a gi histoire” (1971, stomsado em Dis rts, Paris, Gaiard, 1998, p. 118 aot Recursos narrativos e conhecimento histérico 11. Em 1979, ohistoriador anglo-americano Lawrence Stone publcna na revista Pas and Present un artigo que fez grande barulho(€ Que fol imedltnmente traduzido em todo © mundo) Sob um tule provocador, The Revival of Narrative'r ele apresentava de fato Wm Alagodstico bastante sombri, O seul, estimava ele, investia mites capecativaseesforgos nos programas de hist “denifc’suestvamente tecitadonmtrecs ane 1950. 1860, Coavinha hej reve a3 one ce queda tanto porque os proetos no inam sustentado suas promessas como pore asia ent —enfendamas aque pretender sore tegretol coece ees ex area a construgo depos a vllagho de hipStesespreviamente explitaas — dima de lado reallads eapercas. Asim, © movlo de uma “hisra eee eee eee sseuos XIV XVII alcomo havi xbogao E. LeRoy Lai ea posse apenas na cont e no conaeraro entmenos como "a Renae, ee See ee eee os istoiadores “entfia(s):o qe preted conformar a@ecpaago ee ee eee ‘chegado o momento de avaliar de maneira critica os beneticios reais desses procedimento ed perguntar sews resultados jstifenvem a alcudade "Stone, “The Revival of Narrative. Reltons om New OM History" Past ans Present, 85,1979, p. 3-24 (tad fr “Rou au ef, o Efkaons sur une nouvel ville stole, Le Eb, 4, 1980, p. 116-14). Hida hse: xen 20) de obt@-low: aqui aia, Stone lamentava que els fossem “mais modesto «mm compara com todo ese gasto de tempo, de eer retorsio da narrativa ganhava assim valor de stoma. Ass suposta de uma visio ea de um conjunto de prétieas. Essa tomada de posiio hilo teria, no entante, conbecido tal repereussio se © préprio Lanvrence ‘Stone no tivessesido um dos maioreshistoriadores sodas contemporinens, © autor de livros eélebres sobre a crise da aristocracia inglesa, sobre a Revolugdo Inglesa do século XVI, sobre a familia e o casamento, sobre a ‘mobildade socal na sociedade britanica, ete Eno seu meio, como empirista Indiscutve, que cle denunciou as ilusdes da histéra centifea —o que explict «que sua tomada de posigdo tenha 3s vezes sido recebida como uma forma de ‘rao, Para sr preciso, énocesséro sem divid lembrar que apés ter semeado 4 inguietagio, a divide ea desconfianga, Stone retornou niio & narrativa, mas a seus grandes canteiros de histéria socal e que podemos nos alegrar [No mesmo ano de 1979, 6 historiador italiano Carlo Ginzburg ppublicava um Tongo texto que conheceu um sueess0 mais notvel alt *Signos, tags, pists. Razes de um paradigma inicio fi ma das referencias quas obrigatria no mando dos historiadores durante dca de 80. Sumani era mais stil quea deStone esa proposta mais ambicont |i que propunha chamara tengo sobre a“emergénci sienciosa Le 1um modelo epstemologico” original, no final do século XIX. Face 0 paradigm galkano dominante nas cits da natureza 0 que faz a medida dos fendmenos eda possibile de generalizar a obsereaglo 0 funnlamento do conhecimento centifio com convo de que esta { so mundo ématemsica-, Ginzburg insita sobre existecia de um ot | moo de conhscment fundado sobre alosizago de ndcios escontinaes, |) de elementos tnicos, de depoimentosindividusis.Assocade a préticas antigos (a adivinhasao, a caga), esse tipo de comportamento tinha, segundo el encontrado uma aplicagso em toda uma série de formas de conhecimento pelos tragos, da antropométrica médica &identificagSo dos quadros ¢ psicanslise freudiana, cu surgimento fora contemporaneo 20 nascimen > Ginzburg, “Spl, Radic un paradigms infiniario, ls A Gara ‘ly, Cols da eaglone, urn, 1979, p. 57-106 tad. Le Deut, 6, 1980, p. 3-4) ‘das elfnicls socials, No entanto, elas nto havian leva em conta essa titel da nalurena, Set oe Bo have cheno mowocrio de esnslere Cast sot, cm price no cas a itr? Como toda os orm de faba: Gat pa tculemeate iguana eee iea isan a nem prediamente atodat as situades em que a exiguidadee o carter insubtinirel doe dade so decsves oso. den pve impcaas™ ad ered aera coment ae ee No Gomomento de dst quia tes de Ginzburg Reems somente jelic tmnt a tse a eer er ust um regime de ertsza ein fundado sobre a abso de propricdades gras’ partir de uma observer. © conbecimenta da ‘expen lin (Gd 00 SY coms ee dn pol co ee tempo um reateio esa experiencia uma narrative ua tab de ‘interstage gue er intimamente ssociado, hue a produ istin Carey eal Se ea pe oe ee a Inwestignlo no qual olitor es aseociado & pesquisa ~ quer dlc, 2s seas aaieetece esa ee a talc th pox cpio de Ves gr sesame Ae ee ee, ambigdes tinham sido frustradas: gla era insepardvel de um modo de conhecimento particular, ) DDuas propostas, exatamentecoitempordieas, © que hi quinze anos reintroguziam o problema. rrativa em um debate historiogratieo ‘no qual esse problema nfo tna mais um lugar de destaque, As sas no ‘comegaram, portanto, em 1979. Nos anos de 1970, temos mais conscincia hoje com adistncia,vimos se suceder uma série de intervengGes de natreza ntengBes bastante diversas, pouco ou nada coondenadas, mas ej ® C.Ginahurg, “Signe, p 18-19 Ver também oartigo-programa da micro histrin publedo no meso momento: C. Ginzburg eC. Res,“ nome eH come Mercato striograico scambio dnuguae", Chinen stor, 40, 1979, . 181-190 (tad fr parcial “La mro-histoe", Le Deel, 17,1981, p. 133-136) * Omuthorexrmplo,omaisclaramenterevindado¢ em dvidaaEngutte sur Piero della Francesa (1981), Mas, na veda, a constatago wale pare a moria ese ios, dos Benandant (1955) aos Fomage ete ers (1976)¢, mals recetemente, ‘omit ambicoso Sabb des sors (1989), ites itoigrafa-cxcon ction 207 assist Poul convergénclarelativa aparece ainda mais visivel Em 1971, 0 Veyne havia radicalizado: perguntando-se Comune on drt Uhistoir’ ele contestavaa pretensio da dseipina em produzir enunciados cientifics (no sentido das cgncis exatas) como sua aspiragoa sintese, colocanch ao mesino tempo em questo das ambigies essenciais da historiografia eruita nesse séeulo, a dos Annales em particular. Era necessiriorehater:a histéria pod produzir “intrgas", quer dizer, narrativas produtoras de intligibiidade, ‘mas que no saberiam almejar outra coisa além de ser “uma mistura muito humana e muito pouco ‘cientifiea’ de causas materais, de fins ede acasoy ‘uma fatia de vida, em uma palavra, que o historiador recorta como quer ¢ onde os fatos tém suas gages objetivas e sua importanciareativa*”. Dois anos mais tarde, na outra extremidade do mundo erudite ea partir de outras premissas, o americano Hayden White optava por colocar 0 problema de ‘modo mai radical ainda’. O discurso da hist6ria cra abordado all sem evar especificamente jes de conhecimento, que the s ‘em conta especificamente operag habitualmente associadas, mas sob o Angulo de uma potica. Fle revelava, segundo White, diversos modos de intrig: ga (emplotment) e, mai profundamente ainda, de uma tropologia: “Em resumo, estimo que a ‘modatidade tropolégica dominante € o protocolo lingulstico que the € associado compliem a base ‘mel bist6rica™, previamente a qualquer outraescolha. As propostas de Hayden histSrica’ irredutivel de toda obra = Veyne, Comment on rt Piso. Eat épisémologi, Pais, 1971 * id, p46. A longa sites de Veyne m0 fol muito er aclhida 10 moment, por un dito motivo: em rao, sem nema dvi, da agressividade de ‘as propostas¢ da etrantea de suas efeencis (anglo-sis em porta) em um Ineo histriogrifico que nao etava prepara; «porque fomava a contra paso as certezas ea bigs de uma pss em que os procedimentos de quantificacio€ de Iodlagio quel finn entoparecns garantie ua indsctivel enix fons midaram muito dade ent, teremos a caro de lembar mas ante, © € interesante cnsttar que certs tests de Vy, alacant anos ans Fras ils tem reccides na verso (na verdad mai aticulada) que du, per exempo, ean-Caul user Le Rasomoent slog espace on porn da ralaneent at Pars 1991, Veyne velo rrcentemente sea expr em seu depimento Le ote) cl inéresant Entetiens ave. Darbo-Pscans Pal, 1995, White Metahistry. The Historic Imagination a Nteath-Ceny -Buope Balimor-Londees, 1973, "id, p- XL Une perspestivareenteda ara de. White dos problems qu el ooo os histories une wnte anos em R. Carter, “Care questions Hayden Wie, Storia dela Storiografia 24,1993, p. 133-142. White provocaram, sabe-se, certa agitagdo € fortes reagdes entre 0s historiadores - em particular de A. Momigliano depois de C. Ginzburg. versade que elas tamixm contributram para comesar, 2 sua maneira, uma reflexto sobre as fungies¢ sobre os usos da narrativa, No mesmo ano de 1973, Reinhardt Koselleck e Wolf-Dieter Stempalreuniam e publicavam a reflexdes de certo mmamero de historiadores sobre Gescic, segs una Eraihlung’. O debate se desenvolvia segundo linhas € ligieas diversas, ¢ ‘durante um tempo dficilmente elas se comunicaram entre si: no meio de “parratologistas’, mas também no scio de uma reflex filosfica sobre a historia que se tornou quase especialidade anglo-saxi®. Observemos, no ‘entanto, que no fim dos anos 70, esa reflex jf parcca bastante forte part ‘uma primeira tentativa de confrontagao — na falta de um balango —e foi feita _ Canary ¢ Henry Kozicki reuniram as andlises de hhstoriadores, de filsofos ede Iiterdvios sobre “a escrita da histéria”*. Na Franca, apesar do precoce brilho de Veyne € @ muito original reflexiio contemporanea de Michel de Certeau®, © tema da narrativa vingou quando Robert verdadeiramente bastante tarde, Ndo avangaremos sugerindo que uma tradigfo poderosa de histsriapositiva como a dos Annales pode ajudar a dar conta desse atraso relativo: durante muito tempo a atengo dedicada aos procedimentos e o aciimulo dos dados pareceram riscos prioririos. Fot nnecessério que essascertezas comegassem a enfraquecer para que as coisas ‘mudassem, Mas ainda a iniciativa nao veio dos proprios historadores. a ‘obra de um filsofo, Paul Ricoeur, que em uma langa medida conseguitt ‘convencer, nesses tiltimos anos, os historiadores franceses de entrar em tum {debate tanto porque ela propunha uma versio poderosa € original como, econhegamos, porque colocava comodamente a sua disposigso as pecas ‘mais importantes ce uma reflexdo coletivajé bem engajada™ + uric, 197. Edge pose ten os deena sess ames Histay ant Thay 9 cea Ae 1950 ud "PH Canay eH. Rosh, Es, The Weting of Mtory trary Tor nd Hire Undertaing, Maori, 1978 contra sgictvanent oui Mink, Hayen White Hone Goss. Nc deca, “Leptin istrgu’ Le Gaffe or, 8) ae eis, ars 1929) tt 34pm Hor dete, 1975, 7 © moe mst Rt, Fars 1983-1985. 3 irece motores decnteais, | VS us stra ching exon ES {eam a intenglo de fazer ver que 0 “retorno A naetaliyg outta coisa ¢ nilo um retorno, Melhor seria conslatar alguma establizado hoje. Hle associa de fato caracterisiea ‘ontraitéras.E pode primeitamente ser conypreendio ea le traduz uma reagio ~ ou antes, um conjunte cle eae «stado de uma produgdo historiograicafortemente hele slobalmente um sentimento de insatsfago ode decep ‘Mas anarrativa €no mesmo momento o objeto de un inves IN procura-se nela nio apenas uma parada ou uma soli de também um recurso, Para dizer a verdade, as das ovientages 9 frequentemente de modo dificilmente separdvel eny inimero recentes. Essa confusio no esta sem dvida desprovidi de sgnificago. As paginas que seguem gostariam de contribult jh subtrar certosriscos do debate em curso, ® 2, Recontec-t imeditamente: esse debate no € 0M) antigo como a propria historiografia, ao menos na sta vers Desde suas origens gregas, a tarefa do historiador obvuevet « cexigenca, Ela deve prestar contas de certo estado das coisas ¢ pri explicago através da identifieago de eausas naturals, Mas ess abil ‘observacdo ¢ de interpretagdo requeria uuma Formagdo que era {ai ppensada como uma ordenagio: para que a andlise fosse reeebidi wilt nocessirio ser capazde manter a atenglo do lito, de conver 0 pil que era dado devia, para comunicar a ihisto da realidad, ser ott sargheia ou, como dirs mais tarda retérica latina, de evident inna ay pmigliano «primeira preccupayi 80 -mais a esfea da observagio médica (no vocabulirio de onde unpshi ‘nome mesmo da hist6ria); a segunda revelava claramente @ «loi {i ansocnaga ener an epee onstitutiva do genera hstorien durante pertode vinte cinco séeulose, f thirante muito tempo, parece natural, Foi to forte que permite preender a hierarquia dos éneros literati tal como aestabelee, por ‘senplo, Aristételes em uma oflebre passagem da Povtiea, A historia € ai ‘onfrontada poesia em termos que podem nos surpreender, mas que Je conhecimento misto que se tornou amplamente farangeina, em todo caso opaca Na verdad, histori eo poeta no diferem peo fato de fazer suas narrativas um em verso € outro em prosa (poverlamos ter cok a cba de Heréito em verso « ea into seria menos histéria em verso que em prosa, les $€ Aistinguem ao contrério no que tim conta 0s eventos que fecorreram, o outro eventos que poderiamocorer Tab 3 Pcs € mais flosiiea e de um eseiter mais elevado ue a historia; pois @ poesia conta mais o geral ¢ @ historia © particular © geral, quer dizer, que um fal ipo de homer Ai ofa tas coisas verossimilmente ow necsariamente (4 san sepresentagfo que visa a poesia, ands que ela arin hones aos personagens © “particular € que fez Akebaks ‘900 que Ihe ocoreu" [A hierarquia mareada entre a poesia € a histéria ~ que é como © fst febra, a que existe entre o universal © 0 particular ~ remete a modalusdes diferentes da compos. ‘0 autor de Fg (notresho que segue, de tragédias) mestre cm “compor a fabula de modo que ea sia dramtia vote fm torno de tuma sniea ago, itera completa, tendo wm inicio ¢ um fim, a fim de que, estando inteira como wnt ser vivente, la procurao peazer que Ie € propel iso € evident a composigio niio deve ser semelhante as narrativas histricas em que € previo ver no somente uma ao, mas ‘um Ginko temp, isto é todos os eventos que, a0 longo do fempo, ocorreram a um nico omen ou a varios, eventos {que ttm enfre ces apenas uma relagdo de sorte™. (0s géneros poticos ea histria pertencem, no entanto, ao mesmo conjunto, 0 das narrativas de lo, no interior desseconjunto que wma fib, 1-11 ta J. Mandy Pais, 1965, 4 > ahi, 594, 10-24, i tires enco lest i ‘order pode ganar sentido entre elas as primeiras cansentem a seus autores ‘uma Hiberdade na coneepgdo ena organiza com que os historindores 10 Ppodern pretender rivaliza: 190 no significa que eles possam ignorar suas [ exigeniins. Para Aristoteles, hes, a produo de fegdes através da dupa ativilade dle mimesis ede intriga (muthes) no esta separada de operagdes de ‘conhecimento: cla prope formas que pou ser conics ou reo © que Femetem a uma inteligéncia das agdes, a uma praxcologia. A representagio acabada, 0 agenciamento judicial dos fates no interior de uma harragio so produtores de inteligibildade's, Masai ond a poesia demonstra ‘sua suaperioriade send capaz de submeter cada uma das partes da composigio 2 composigio do todo, a histéria pena em subtrair uma légica a partir de «ncaeamentos que ndo parecem sempre necesiriose que slo portanto menos intligsives porque do conta de ages de eventos que s50 dispersados no tempo. A oposizao nlo passa entBo de fcglo e nik fcgd0, com que ess distirngao, para nds, fundamental, implicaria hoje: uma relagzo funda mentalmente diferente da “realidade’. Ela seins | que, em sua definigdo ret6rica, produzem formas de conhecimento centre 0s gencros | inegavelmente acabadas. Assim explca-st, por exemplo, que, na clase das parrativas hist6ricas, algunas sejam mais estimadas que outras: Amado Momigiinolembrou que Tacides marcava una dviso clara entreahistria, ‘tnero aristocritico, ea biogratia,género “popular” jogando, desde antes de Aristo teles, com a hierarquia entre o geral eo particular (a oposio deveria reaparecer em vérias etomadas depois disso, eem sentdos diferentes)”. No 0 momento de entrar muito nesse debate. Retenhamos dele somente este ‘{ ponto nodal: nas origens ocidentais da historiograia, nfo existe contradisio | entree histria © queo como investigayo ea hstéria como narrativa. As verdades storiador traz luz sio susctiveis de serem transmitidas apenas 20 prego cle uma formago ede uma ondenago que seidentifcam a uma intrign He no saberia, portanto, contentar-s¢ em apresentar os fatos que reolhew «em orclem cronolégica; ele deve Ihe dar uma organizagio detentora de uma significado, produzindo figuras reconbectves, Um coment recente desis paginas, sobre as qui existe ans vasa trata, em Ricoeur, 1, Lintgue ct et Nstrigue,p. 82-86 A. Momiglan, Te Development of Gritk Bograph Cag, MA Auge pet dado fo aceto tal qualatéo século XVIl, quaisquer {que tenham sido entre tempos as transformagBes do enero historiogréico| depois, a partir do fim da Kdade Média, a prepara ao de procedimentos téenicos destinados a melhor separar o verdadero do also. Voltaire, que € tin fiequéncia considerade um dos pals da historiografia moderna, no remuncia nem assim ao paraelo entre ahistria a tragédia quando ele d4 conta do projeto do Siete de Louis XIV: o que distingue a historia a que ele ambiciona da crOnica vulgar € precisamente ‘uma organizaro narrativa que cativa a atengao do Ietor e que di um sentido claro matéria da qual ele tata. Assim, compreende-se, sem divida, a flexibiidade com que a escrta da histéria troca suas propriedades por putras prosupdeslitsrérias da Klade Moderna; no somente coma tragédia fou com a epopeia, mas ainda com o romance (pensemos em Diderot), até ‘mesmo com as formas artisticas nao litersrias: R. Koselleck comentou longamente nesse sentido a riqueza de uma expresso ambivalente como ‘A longo prazo, tal concep¢o foi insepardvel, ao menos ‘mpliitamente, de uma dupla propasigio. A primeira exprimia que a retria fosse outra coisa além de uma téenica de ornamentagao € que Ihe fossem econbecidos os recursos cognitives ou que acetasse ao menos a exist de um quattro de referencias no interior do qual as operagdes de formatagao «ea prego de um saber no fossem separadas, Ela esteve na origem de ‘uma reflex durvel(,reconbamos, am pouco reptitiva)sobreas regras «da composigio historia, que s prolongou até o séeulo XVIIL. A segunda roposigdo colocava que uma separagio clara exist entre a histria rel, tal como cla efetivamente ocorrera, ¢@ relagio dada pelo historiador do que hhavia acontecido. A possibilidade de re-escreverindefinidamente a mesma historia, durante muito tempo, nao foi unicamente nem principalmente fundada sobre a invengao de novos depoimentos ou sobre areleitura critica de documentos 4 conhecidos (tal como fora progressivamente codiicada © Ver sobre esse ponto as exclefes nota de L- ossman, “stony a titerature Reproduction or Signifcation”, ns Canary ¢ Kos, (ds), the Writing of History, p- 3-39, pariularmente p 1039; Roselle, Le Futur past Cnteibuton la stmanigue ds temps istorigues, tad. Fe, Pais, 1990 (1. ed 1979) a pela erudite a partir do séeuto®¥™ a tay que passa também, para apacidaye dizer a versa € até mais, pel modadades fundamental Xe organizar os fatos segundo * capacidade nilo era, no entart, 5 BUSCA de a ‘uma origina fe associa dade ou de una fees de modelos de inventive ete. Hla noe ¥en por wna si nova — quer dizer, de uma intef*™2 — verdade recuperiveis na desord “Pte ay historia res atribuldo a0 historidgrafo dof°SP*, escothido por seu dominic da spoon as por st Pca nen dtr Racine Boileauem torno de Lub @PArtiy de 1676); tal eraatarefaue seatribufa ao autor que, de seu?" Shee, dava-se por missdo exalt a exemplar detum momento P20 (Yetta). Para que las ovens osfii,tais operates supu™ "bem aue fora reconhecida una ein a atch rah? COORG ey dye ee bl erao papel eledestinava sus obra, €0s temp* Pa, r55q convicydo garatia cue, para além das viisitudes eas rf!" *Parentes que ela oferecia ao char exédulo a historia era depostés?™ ™ "&rertgro de exemplos ee ges, ‘deexemplos quetinham vocagaof"™ “Px jiedes. Desde a poca helenisica { ca retérica atin, a fens 19 U Che ser retomada: a histéra sale | porgue émagisa vitae ela entré’* 9" sae er preedentes, modehs e ¢ valores ela ¢invstida de uma fs! P83 en inseparavelmente floss i Oe Ne a, «moral, mais tarde religiosa. E#™™*© Taesse ponto o papel decisive do ‘que poderiamoschamar dea “bot ©xrcontré-ta, €, para historiacr, tomar a histriefalante para at"? "Pc + } Esse contrato retoricaf!®°2 ry ty segunda metade do sécalo vite as primis dcadas dos? ™P Vers ordens de razdesconcortm, eee ora ear ee ‘a desqualificagan da retsrica co#? "SU syento de conhecimento. Elise toma eno suspita ao mesmo" ae seve re jn 7a Ne seve rlegaa dominic a iniiagio dos eitos de conv *" "eam de estilo: € supetal, omamental. Acisam-na de fant! tne 4 realidade do mundo e ua expresso litera. Uma seguad"™"?- 439 profunda quanto, afeh a {pS propria coneepio da histria. B™ 8° te vr, hstoriador alent Reinhardt Kosclick mostrou cat” ©, século das Luzes, havianse & quedtusta, entre tos deoimentos, «ane famosa do escritor reclamando sobre seu leto de merte sort dim dss personages, dautor Horace anche. ‘ccm que ela constitu primeia (, no Fando, a tinica decisiva) experiencia do tempo histori, Mas a via a por Michelet ndo € a dniea, nem provavelmente a mais significativa, A histéria Mosca e suas vastas arquiteturas inerprelativas propdem urna outa, mais frequentada. A Istria erudita, uma teroeina vi enja importancia ndo para de ganhar através do steulo até ocupar 0 essencial da cena historiogrética. Entretanto, ‘essas distingSes clisscas tem o inconveniente de mascarar o essencial do assunto que nos retém, Elasariscam a perder de vista que eses géneros 130 foram, durante muito tempo, incompatives, mas quase sempre associalos: Michelet € novamente um exemplo, mas também Ranke, que coloca juntos 4a exigencia eruelta e o projeto filosdfico, As distingdes nfo devem, além dlsso,fazer-nos esquecer que ces so todos accmpanhados de uma raefinig0 «do papel da narrativa historia. Todos esses autores produziram grandes nartativascuja ambigio nf se sulbmete em nada dquela de seus predecessores, fo contrétio, que eles se empreguem na narrag¥o da nago, aquela dos ‘momentos de guinada da histéria da humanidade ou reconstrupio de uma bist6ria universal. Mas a escolha de um modelo narrativo ndo depende mais «da boa vontade ov da habilidade do escrtor. Ela é pensada doravante como inseparavel de um processo particular que equer uma forma espectfica. Le ‘Tableau deta France de Michelet pode assim tomar a libenlade de interromper ‘curso de sua Histoire no inicio dos tempos medievais, no momentoem que _a personaldade francesa Ihe parece tomar consisténcia,«justifica o inventério de suas diferengas na mesmo instante que ocorr a afirmagao de sua unidade profunda, Do mesmo moda, Tocqueville escolhe renunciar a seguir um fio cronoligico quando interroga o segredo da passagem do Antigo Regime & Revolugio: € que o encaminhamento da investigagao sistematica he parece ‘omelhor a dar conta da imbricasio do novo edo antigo na compreensto da o desapareceu, a0 contréio, Mas é ruptura revoluciondria, A narrativa loravanteinseparvel do sentido do qual historiador pretend fazer nascer historia 43, Essas grandes obras no ocupam sozinbas a cena historiogrética, A medida que se avana no século XIX, ahistéria erudita ‘passa ao primeiro plano na maioria dos patses ocidentas. Hla €detgntora de ‘exigéncias diferentes, ao mesmo tempo mais limitadas e mais rigklas, a0 ponto de fazer osclar desde os anos de 1890 os mestres das geragdes isn soir enn et a7 eriores~ Michelet, mas também Renan, Taine e até Fustel de Coulanges no mundo fastigado da literatura. Para essa esol ‘que geralmente cchamam na Franga de *positivista” (melhor seria dizer: positiva), € 0 etait tits qeae breadth eat cpt ee teat ee eee teens i crea des oats para separa o vera Jo fas 0 puro do a eae eee ee ee sees en eee ea een _mentira eengano? Eloquentes em detalbar 0s recursos da erudigo erica, ‘os mestres de verdade se fazem bem mals alusivos sobre esse pont: assim Langlois Seignobos em sua célebre Introduction aux études historiyues (1898), 0 manual que redigiram com a intengao da primeira geragio de «estudantesfrancesesformados nos encaminhamentos cientificos. Tudo se passa no fundo como se esperassem fatos que eles proprios ajetam em ‘ordem para contar uma histéria: ordem eronologica, pode-se presumir,¢ ‘que nio saberia transgredir as regras do bom senso ¢ do plausivel; ou, se preferem, como se existisse 8 disposigio do historiador um repertorio de narrativas neutras, aceitaveis, suscetives de acolher suas descobertas. A possibiidade da narrago ndo é em nada questionamento, nem mesmo provavelmente sua necessidade.|Ela simplesmente deixou de ser um yroblema. | yortalva 2 rrotems}~ Chowt, forks "Sn andblemac / E, entre outras, contra essa solugio confortavel, misto de / certezas supostas ede preguig intelectual, que ntervzn no ino desse séeulo Frangois Simiand em ur texto memorével, “Méthode historique et science sociale". Em 1903, Simiand € um homem joven. Fil6sofo de formasio, encontrou logo o grupo escolhide gue Durkheim soube reunir cm toro dele. Rapidamente adquiriu ali um lugar de destaque. Antes ‘mesmo que seus trabathos pessonis, na encruzihada da economia e da sociologia, fagam-no conhecido,eleencarna melhor que nenhum outro 0 °F Simind, “Méthode historique ct slente socal”, Roe de Syntise Iistngue, 1903, 1-22 € 120-157, retomado em FSimland, Mode historique et seis socials, choix présentation pr M Caro, Pai, 1987p. 113-169. Otexto ‘apo sabe cicada vos de F Lacombe, Desire conser comme scent, Pais, 1894, de. Selgnobos, La Méthode historique applique aux since seca, Paris, 1901 catilo de interven ede vigltncia intelectual que exprime desde 1898 0 Lrabalho coletive da Annie sviologiqu. Hle se encontrars, portanto, na linha de frente ens toda uma seve de eonfrontagdes com as outras dseiphinas| Alestacando, do que comecam nomear, no seo dla Universidade renovada, ns eitncins sociais, Aos olhos dos durkheimianos, esse plural aparece indefensével, como 0 € a diversidade e a heterogencidade dos «encaminhamentos que pretendem contribuir no confhecimento do homem socal Se existe uma céneia da sociedad, ela tem vocagio para ser unificad| sob a égide da discipina da qual Durkheim acaba de codificar de mancira preseritiva as regras do método. A (nica, a sociologia esta preparada ta ‘medida para definir para elas todas 0 cinon epistemolagico que garantini todo oconjunto de alidade ea coesio no sei da ciéncia socal, no singular Pois nada mais saberia justficar a divisdo diseiplinar das tarefas, senio habits dscipinares herdezos de una hist6ria catia e, ali, mal reflec, ( restante salienta competéncias técnicas, sem davida respeitaveis, mas secundtias do pontode vista das exigénciasepistemoldgicas que estamos no direlo de formular no quadro de um projeto cienifio global. Ainda € preciso que cada uma das préticas particulares aceite tomar seu lugar esse novo quadro: o que significa claramente que ela devera resolver renunciara seus nefastos habites para se conformar ao descrtivo que the prope a sociologia, Tal é mais particularmente, © papel atribuido a ian: ele vai se encarregar de it explicar aos historiadores, depois aos _ge6grafos, aos economistas enfim, qual éo prego a ser page para reformar suas maneiras de pensar ede air, para partcipar da construc da ciéncia social Ele nfo tem trinta anos e fala em nome de uma disciptina quase inexistente no sei das insituigdes universtérias quando se apresenta dante da socecade de historia moderna e contempordnea para explicar aos grandes Dares da dsciplina histérica 0 que énecessério fazer, mas primeiramente 1 que ¢ preciso renunciar es intervesetos que ives com alguasajae aaa ere un dor rans exo anes derefldo cheese a bistvaenampals que durant ut terpo fl etente aes pode ‘bet veluntranent retdo eo "Se i, résin e date ca pod colada como rime forilago, ala ticos, a mals igi também, do projto que os Amal de Marc Boch rin histoire: oni a me éum ‘Lucien Febvreiniciarto uma geragio mais tarde, ertiea de Sin ‘questionamento radical dos pressupostos do método positive, tal come Langlois Seignchosecabin de formula: No ¢ momento al de entrar oo dale de umn demonsiraeBo que efuta as pretends cna cede ca ancryese de ers tated epee dos historiadores,Reenhamos disso apenas dois pontosesencas. O primero se refere reduildade pretended conhetmento sti "ob, de um lad, uma histva dos fenteenos seks ¢ por outo, uma citnciadesses mesmosfenomenos, HA uma dsplina clelien que, para alcancar os fendmenos objeto de se est, se serve de certo metodo, 0 modo istic. specifica israeli, eee eee et eer ee socioligica. © segundo ponto se deduz logeamente do primi: se 08 historiadresqurem jstifer su preenst oremar un pocemento eee enfin: constr fatos em fun de uma pes expla, depois precedera ma valor, Teme sua ipetia ener ae ne eee ea Anos stp do aconecimento, do ndvdu, da conc pte, cronologi, “los” simsivos drante muito tempo venerados pla tribo ie ae ee dads sentcamenteconstiuldos dos quai sera portane observar a Aistibuiedo, a evolugdo na duragio, a fim de valorizaras regularidades, até _mesmo as leis de organizaglo ede transformaglo. Resurindo muito sumariamenteas tests de Simiand, nao estamos distantes de nosso tema de eflexo sno aparenternent, Rosa critica implica também um questionamento feroz da narrativa tal como pratica a histéria académica etal come ea oaceta com uma confianga ingénua. Nao ésuficiente, + 0 texto de simian fot repubiado (em uma vest incompleta por Braudel noe Annales cm 1960 - sm coment, is interesante observa que et tomas situa Bo momento a “ere geal das cencissocals” que daguostewa rade en seucelre artig sobre “La longue durée" (1958)-como sea teferéncaa esse testo funda guardsese alin ta sun ica ¢ devese permit conjurararuptra temivel dos projets diacpinnres (EJ. Revel "Ls paradige des Annales, Anal ES, 1079, p. 136021376). y na verde, pretender funuar a oyetvidae a imnparcaidade de um eat sobre sua adequagio sobreposta aos fatos, tal como os separam, de modo crtico, das massas documenta: A representapo do prssado que pode e quer nos dara historia fo tem grau alguim wma “Frograna do passado"; lan € fem grau algum uma reprodugdo integral, xm registro de todos 0s fatos que os documentos subsisentes permite confer A ob histérica mais brut, 0 exame minuciso de textos mais amorfos, a coletanea de documentos mais passives, € uma excolha, implica alguma elimina, supe ‘uma visho previa do esprit © historindor no pode, portant, pretender restringir se Ppel 8 produedo de materais em vista de uma construpio ‘ae Ihe eseapars, quer cla sca reservada a outros, quer, ‘male voluntariamente, que estimemos que ela se organize por si mesma. A partir disso, a critica pode se ater mais preisamaente as constroySes implicit que esto sendo fits nos trabalhos da histéria académica, Ela denuneia em particular ma coneepefo equivocada da temporada e da covsalidade ra habitual aos historiadores¢ Ihes acontece hoje ainda, ‘com mals frequencia que imaginam, car um fato ou vétios fatos anteriores ecolhidos sem regea precisa, presumindo, segundo a impessio, a ituigfo pessoal, digamos, 20 3caso ‘Ao nivel mais trivial, € @ anteriordade que €invoeada como ‘usa segundo frmalaelissica do posthoc rg proper hoe: €0 que 8 ertaica astra exemplarmente, De modo mais Aifso ¢ mais sui, a analogia que pretende Fondae a reap causal, em nome de ima plusibildade da intviga dfinida fem termos vagos ¢ que revelam Trequentemente t30 fut, "histoire quantitative etl construction du fit histor Annales EC, 1971, p. 63-75. Hiri chistoipai eee aan m5 le, forma irretivel da experiencia humana do tempo, assim que anu histoviografia © a narrativa de fiydo Lol quer se trate de afirmae 0 parenteco profunda entre a exigncia le verde dos dois modos narratives [1 um pressuposto doaina todos saber, que o defi im, tanto Mdentidade strata da fungi narrativa quanto da exigenca de verde de toda obra narrativa, €0 earster temporal da experiéncs ‘humana. © mundo exbido por qualquer obra narrative Sempre um mondo temporal. Ou, camo sera fequentemente repetida nesta obra: o tempo torn-se tempo hu ‘medida cm que esté articulado de modo narrati compensagio, 2 haratva € significative ni media bog os tragor da experifein temporal Em sua formagao lapidar, a proposta tem o mérito de resumir de maneiea cOmoda a tese central de Ricoeur (ela tem, € claro, o inconveniente de no levar em consideragdo a riqueza ea sutileza das anlises precisas que vém servir de base articular juntos os elementos). Ndo nos aventuraremos aqui no detalhe da demonstrago. Vamos nos contentar em observar que ela tem, para um historiador praticante,o inconvenient de se situar logo em nivel meta-hist6rico (que € quase espontaneamente aquele do flésofo). Que a temporaldade escape ao dscurso imediato de uma fenomenologia e que cla requeira o “discurso indireto da narrativa’ para reconfigurar heterogeneidade da experiencia, consitulda aq como uma espicie de contigo prévia a qualquer postibiidade de enunciaglo. Nossa proposta€ tals modesta mas mata a tenia comprenser por que ema aquees aque “fazem histéria® (ou ao menos alguns entre ees) pararam de penser set possfvel uma lertagio da pressio narrativa Seria permitido, por exemple, perguntar se 05 historiadores ‘ontemaporaneos conseguiram efetivamentelibertar-seda tirana da narrativa, Se a questi tivesse sido colocada nesses termos ha trintae cinco anos, cla Ricoeur, Temps et RE, «1, p17. (radupdo para o portugues de \Constanga Marcondes César nemo enaratva. Campinas, SP Papas, 1994, tomo 1 oe teria sem nenbuma hesitacio reeebido uma resposta positiva, Os pesqulsadores acumulavam dados com a forte conviegio de contribu com ‘um trabalho de conhecimento coletivo que colocaria a dispos! 0 a ‘comunidade cientifica um material suscetivel de ser utilizado ~ quer dizer, indefinidamente reordenado ~ segundo as ligicas das problematicas por vir «segundo elas somente. Formulada hoje, a mesma pergunita receberia sem ‘avids uma resposta mais incerta. 19, 0 menos, por duns azBes principal ‘cos efeitos oscilaram no mesmo sentido ha uma geragao. Cada um sabe: onivel ea natureza das certezas que animavan os historiadores, como a maioria dos outros praticantes das ciéncas soca, definizam desde entoo objeto com uma severarevisto em baixa. Os grandes paradigmas que pareciam garantir, até meados dos anos 70, aintelgibiidade slobal de nossas sociedadese das que as haviam precedide, se enftaqueceram, Fssas sociedades se tornaram nese intervalo de tempo mais opacas a elas proprias e mas reticentes ao otimismo funcionaista que inspirava grandes ‘modelos integradores para além de suas notaves diferengas — tal como © marxismo ou estruturalismo, ou, mais modestamente, 0 projeto realizado pelas primeiras geragGes dos Annales. No mesmo momento, a propria dlinamica da pesquisa ea dificuldade de geir seu crescimente levaram.a uma ruptura defato, da qual a evolugSo da histria social dé, em sua diversdad, ‘uma boa ilustrago, Pode-se deploré- aqui. O que parece astegurad €a possibilidade de reunir ede confrontar ‘ou festejé-la, isso pouco importa uma multiplicdade de medidas no scio de um espago epistemolégico tunificado, medidas também para acumular resultados earticulé-los entre s tornaram-sefortemente problemstica". A concomitncia de um momento ‘de anarquiaepistemogica ede uma perda de confianga nos grandes modclos ‘unificadores pode ajudar a compreender melhor 6 ecuo de certo otimismo cientifico. © ensaio desiludido de 1, Stone, que evocdivamos no inicio, pole ser lido como um reconhecimento precoce desse estado dos lugares. CCheguemos agora.a uma segunda ondem de rizdes, Porque esto hhoje mais sensiveis ao tema como ndo estavam hi uma gera¢io, os * Remeto-me as iterogapdesformuladas por dls etriaiscoetivos sucessvos ds Annals "istireetcenes scales, Un touraant rte”, Annales ESC 1989, p. 291-293, “enous Fexprience", bi, 1989, p. 1327-1323. Yer tambem 8, Lepett J. Revel, “Lexpsimentation contre ariteae, id, 1992, p. 261-265 Hist chiral een a) historiadores estdo preparados para se perguntar se efetivamente conseguliram neutralizar a narrativa em seus trabalhos.Eles no publican voluntariamente os resultados de tais exames de conscéncia. Mas, se ees arriscassem, as espostas poderiam nos surpreender,¢ primeiramentea eles ‘mesmos. Elas sugeriiam, por exemplo, que a narrativa voltow porque jamais esteve de fato ausente. Tal afirmagdo remete, na verdade, a us0s muito divers, Uns so puramente ret6ricos, como na obra Fromage tls Virs (1976) deC. Ginzburg, que enquadra a imagem e a ago sobre o hens {do livro: “Ble se chamava Domenico Scandella, mas conheciam-no sob o nome de Menecchi..”. Outros revelam prodiugdo de efeitos do real: ahistria contads, que toma frequentemente a forma de uma exemplificagao, visa a {dar consistencia a uma proposta abstrata(invertendo a ordem de valores exposta por Aristteles). Lima proposta geral, por exemplo: a explosio dos precos dos grdos de tal ano do século XVI e suas consequencias sociodemogréficas, chegaré entdo a ser retomada ao nivel da anedota que fard aparccer um individuo particular, culos arquives nos conservaram afortunadamente o nome enos fizeram saber que ele veioa morrer de fome cfetivamente diante da porta de certo hospital, de certa cidade, certo ‘Tudo ocorre como se o deta insignificante, acummulado e organizado em ia, ete ‘micronarrativa, cstivesse reservado para garantir que o fendmeno geral acontecese porque ele €susctivel de ser encarnado em um destino particular. (Ora, dessa mancira de fazer, as grandes tesesfrancesas de histdria social nos «o.com exemplos, ainda que seu objeto declarado fosse apolar suas andlises «¢ suas interpretagdes sobre o tratamento de fontes massivas, serais, _andnimas. Ali, valeria a pena olhar mais de pertoeestudar os comentirios ‘que acompanham os quadros de dados ¢ o corpus de curvas que foram ‘obstinadamentee to massivamente compilados e publicados durante uns trinta anos. Encontraremos sem dificuldade a parte do reitative que 0 seco ‘comentario dos dads parece fatalmente chamar. Ao lado das elaboraptes tstatisticas afirma-se toda uma poftica do ntmero, da conjuntura, das osclagbes edos ritmos™. Melhor, essas abstragGes elaboradas puderam fazer snascereshogos de personificaglo: que “a conjuntura” tenha eonseguido, em ° siguns elementos que seam dsevolvidos no enala de® Carrad, ots ofthe New History. French Historia Discourse from Braue] to Chari, Baltimore onde, 1992, Ver tambem Md Certs, “Loperation historique”. | Luma parte da historiogratla francesa dos anos de 1950 ¢ 1960 a0 menos tornarse uma espécie de agente individualizado, regulamentando soberanamente 0 jogo das economiase das socedades, e que evocissemos estrutura’, iso tudo seria sufieiente para fazer notar s0u “dislogo com aquals sto as atragdes escondidas ¢ 0s recursos da narrativa obra de f Braudel, grande detrator da narrativa de que ele acabaria por se tornar tm restr, sera sufiiente somente ela mutrto dossi que apenas entreabrimes | aqui: E, ali, seria totalmente nfursdado ler sua obna-prima, 0 Maditerna, ‘como uma tentativa para contara mesma histéria a partir de trésconjutos sali onde o autor nos intima. aver somente ‘0 jogo das tréstemporalidades? Te renee uns wel | temp ‘Nao procuramos arriscar 0 paradoxo, € menos ainda marear de convensies narrativas der ood dedi» ceticismo ou distancia no que se refere a uma empresa de conhecimento que permanece grande, Queremos apenas lembrar que, na sta construgio textual, o procedimento que mais quis se separar das velhas conelgBes da parrativa (e que o fez de toda conscinca) nfo pe evitarreintroxuzi-las de modo obliquo equas clandestino ~ segundo modalidads que, ai, puderam serextraordinariamente diversas. / 6.08 historiadores ni seriam munca de fato separados da Z nasvativa. Resta saber se se trata da mesma narrativa que acompanha & ‘ect oidental da stra desi aorigem. Stone suger se assim em Se tiga de 1979, As eoisas poderiam ser um pouco mais complicaas € gostariamos de avangar,concuindo que, de soassuessivasmetamoroses, ft narativa sau transformnda: que sea diferente ao mesmo tempo da ‘organiza soberana que the confera a retérica na sua era de Ouro, € da forma neutra (ou mehor:neutralzad) qual pretend reine a histia [Fpostva Ela est astocada hoje a implcagescogntivas; ou, a0 menos, a | questo parce fundamentad em wos cognitive ca narrativa (por opie fot usos eséticos que Ihe reconbeciam tradicionalmente tanto ses | apologist como seus detratores) Novamente a interrogasio velo de vir lados nesses Gitimos anos. critica anglo-saxido modelo nomol6gio esteve assim na origem de ‘uma reflexdo multiforme sobre as possibilidades eos limites da narragiio histériea. 0 fldsofo Louis Mink tentou, por exemplo, mostrar a existéncia _Nseriaeitrigrafe xeon 2 de incompatibiidades funddamentas entee a narrativa ea persistene potese, do projeto de ura histéria universal”, Depo dle ‘George Reisch props aos historiacdores constataro revs estan amigo de separar das leis gerais, no modelo da fisica pos-newtoniana, A histéria revelaria por exceléncia 0 tipo de process que estudam os tedricos contemporiineos do caos, os que so governaxlos por dindmicas no lineares « para quem 0 conhecimento de um estado inicial no permite prever os {endmenos que ele engenra, A complexidade dos modelos de causalcae hhstoricos seriam tais que a narrativa permaneceria segundo ele a tnica 'modalidade para dar conta do que realmente aconteceu", Vé-se bem sobre {quence utilmente a erftica, Discerne-se pouco sobre o que a proposta abre como possbilidades realmente novas ¢ abriria como vias praticavels. narragdo sugerida por Resch evoca a operasio le cartografia em 1:1, | agH0 sugerida. po pert de cartogain em 11, [SY tanoo mi dependents rede tangs Ons cn een dean San ¥ Se um historigrafo pudesse partir sobre sua histéria como um muladero sobre sua mul, aisto de Roma a Loete, sem. ‘um nico olharadireta ou esquerda, ele poesia se arrscar ‘cm Ihe predizer a uma hora prto do fim de sua viggem: mas 4 coisa € moralmente falando, impossve. ois por pouco que © autor tenha de esptito, ser§ preciso a cle desviar ‘Snguenta vez de sua rota em uma ou outta compania € sem que ele pense em escapar dali; pontos de vista se apresentardo €0 solctardo sem cess: impossvel no parar Para contempli-os. Haver, além disso, diversas narrativas 4 cone, anedotas a collar, inscrgdes a dear, hist 4 dkslzar na trama, trades passarno crv, personages 4 visitor, panegiticos a exbir sobre essa ports, pasguinadas sobre outra: de que 0 homein ¢ 4 mula estdo dispensados Ionicamente, serio necessérios a cada etapa arquivos, folhear paps, atos, documentos genealogins interninives ‘eos eseripulos nfo cessardo de desaelerar a etora. Em resume, nfo terminamos nunca”. {Mink "Narrative Form asa Copetv struments Kosice Canary, |), he wining of istry, 139-149, Gorge Reich Choos, History and Narrative, History an Thay, 19, " LStene, Yee Opinions deistram Shandy, rd ede © Maron Pars, 1966, ¥ 1, Leap IV, p 1-52 (ef 1945) Mas Sterne, grande romancista, no € um historiador recomendvel eee justifica, através dessa alegoriairniea, 0 fate de que seu Ihe no tent and nascid enguanto que sua confisso autobiograica esteja bem encaminhada. 0 decalque proposto por G. Reisch nio podera, portanto, ser tomado como uma redugdo ad absurdam, destinada a caracterizar os recursos € as impossbildades da nareativa, He dA, por contragolpe,razio a Mink demonstrando, justamente pelo absurd, impossibiode de una narrago qu vara em conta todos os elementos da | experigneia hist6rica. £ proviso, entao, rebater-se sobre formulagdes mais modestas, ‘mais eléssicas também, Nao somente nenbuma narrativa pode reivinicar ‘exaustividade, mas toda narrativa € uma escolha. Como lemsbrava Arnaldo ‘Momigliano na ocasiao de sua polémica com Hayden White, “toda historia supie a climinagSo de outras historias alternativas”. Essa operaco mo € nem incerta, nem arbitréria, nem indiferente: aescotha de uma organizaglio narrativa ede uma intriga ¢aquela de urn modelo de inteligildace particular, Essas escallas, os hstoriadores as fazem a todo o momento, com frequent 4 ‘sem pensar: como e por que climinamos as outras versDes possveis para ‘conservar apenas uma qule € quase sempre apresentada em seguida Como 2 naturate P Sobre esse ponto, na entanto, as coisas talve2 tenham comegado ‘a mudar. 16 tivemos a oportunidade de perceber o uso recorrente, nesses ‘ltimos anos, do modelo da investigaco policial a servigo da exposicio de histrico®. Vijamos um exemplo. Em Le ouvir ar village, Lev ‘procura dar conta de um epis6dio Gnico, abscuro e, aids, sem sequéncia’ as um f ‘campanhas de exorcismo condueidas, durante algumas semanas, nos ‘campos piemonteses do fim do século XVI por um padre de interior de ‘quem nao se sabe quase nada e que desaparece logo, por assim dizer, do campo da observagl0, quer dizer, das fonts, A busca nos cond a dines aparentemente desordenadas, descontinuas: a imaginagdo da desgraga © Além das obras de innbung tas mais acima, vere outa, NZ Davis, Le Retur de Martin Gre, Bris, 1983; A Farge Revel Legs de afoul tae ds enltvements enfants, Pais, 1750, Fars, 1968; J. Contreras, Stas canta Riquelme. Regiores, inquires y erptjudos, Madrid, 1992. acting cog biologica eda cura em uma sociedade do Antigo Regime: a forga eos meios| das solidaridades familiares; 0 equilorio dos poderes no seio de uma ‘comunidade; a constituigdo ea transmissio da autoridade em um mundo fem que a informagda € o recurso mais taro € 0 mais precioso. Mas esse percurso sinuoso nao ests destinado a nos desviar nos meandros de um mundo que teria por funglo sempre nos escapar, como em Sterne. E, a0 contrrio, o momento de colocar& prova uma série de hipoteses,separadas| no inicio, mas que deixam pouco a pouco aparecer uma imagem coerente nna desordem ds fatos, A metora da investigagio deve ser levada a séro, Como em uma verdadera investigaySo (ou como em um bom romance Policia, em que o narrador se submete em nfo se dar conta até fim do que ‘conhece da resolugio do enigma), trata-se aqui de conformar 0 relatério & labora o de uma interpretagio através da comprovagdo © depois do nterpretagSes possveis ae Nes Ait per une dear oe (20 mesma tempo a forg.eafraquera do histor Por dreunstnca ele onheesomente eventos qu ocorreram qe corres pense Vez categoria do ree Ctesptra.). Os agentes hist rics se entfcam para nds com escolas el ento uma das mais difees a pensar em histéria, lve usar as comodidades da fiegdo (lo tipo: o nariz de ‘que se tornaram fatos e que aparecem como 0s Gnicos possveis ji que eles 8a 0s nicos que temos para conhecer Um géneroclfssico como a biogratia epousa usualmente sobre essa hipatese.#le faz de uma vida uma unidade organi morte. Ora, no € desconhecido que a biografia tenba recentemente por 9 unidirecional e necessara,estendida entre um nascimento e uma ‘objeto experimentagdes que visam a complicar esse esquema de evidencia, ‘Vejamos a vida de um reformadbr italiano do século XI, Arnaldo de Brescia, «que nos éconliecido através de uma série de depoimentos que ndo.cancordam entre si (0 que € provavelmente o caso mais frequente). O que acontece se nos privamos do procedimento tradicional, que consistira em guandar desses {depoimentos somente a parte coerente em recusaeo resto.como duvidoso? Foio que tentou o medievalista A, Fragoni com um sucesso notdvel: vida © Gav Le Pun a tage La cree dn exons dans eon sh Ve ie, ta. fr, as, 1989, de Arnaldo nos parece inscrta em uma phuralidade de mundos disjuntos ~ como ¢, na verdade, toda experiencia biogréfica. A liglo da andlise nfo a cada um sua verdade, assim como gostaria um ceticismo comum, Ela ‘empurra, 90 contrétio, a andlise ao ado da complexidade, irando partido de ‘um gneroliterério que produz babitualmente efits de simplfcago. Outros cexemplos recentes permitiriam valorizar estratégias de pesquisa associadas| A invengdo de outras construgdes narrativas™ a biografia € apenas um dos dominios da experimentagio da /nareativa hoje Un outro género tradicional, como a histéria nacional sugeririareflexdes paralelas. Uma strie de tentatvas explorou recenternente as vias de uma exposiio que rompia com as regras, explicitase implicit, da velha narrativa da nago tal como ela existe na Franga ao menos desde as Grandes Chroniques, no fim do século XIll, Quais efeitos de eonhecimento (entre outros, 0 PFO} Gos Lieux de mémoire), na continuidade da narrativa (através de uma abordagem temética, como na Histoire de la France), colocando como problema a existencia até de uma personalidade nacional (como o fez F pproduzimos renunciando a ambigdo total Braudel na tentativa inacabada de Lkdntié de la Francey"? © que est em questo nessas experimentagbes ~ ¢em muitas outras hoje —nao ésomente, sabe-se, a possbiidade de renovar velhas formulas historiogricas. Isso tudo ¢ antes uma retomada da narrativa como recurso. £ uma das maneitas possivels de contribuir para a construgo © para a experifncia de uma intelgibildade dos objtos que ohisto or etude, novamenteinsparivel {a elaboragio critica de uma interpretagSo. » alguns exemplos:R. Zapper, Anibale Carat Portal dats en jee rome, tafe, Pais, 199% (elativa de bogeaia compared dos tes Carrah) 8 ergo, Sldats Un laboratiredisiptinabs: arméepmontalse au XV sie, Pai, 1991 testo de rts bogrficas individu coletvas) Utes flees sabe se tema: G. Levi, “Les usage dela bigrapie', Amal BSC 6, 1989, p. 1325-1936; Le. Praseron, “Biographies, Hux ingale, tractors", Ree fancalse de Silo 1, p32, ami Nora, (El), Les Lise mma, Pris, 1984-1992, v.75 F. Bendel edo deta Fas, Pais, 1986, « 3-8. Bunge € J Reve, (Es), Hise deb Frame, rs, 1989-1993, v4 lementos de fio en Burgulere-e Revel sire dea France, 1 Peéenlato, 6-24; ecm B Nora, Ls ix de mémoe, 1 1, "Comment eve Vise de rane” 11-32 e. Pq ari histoigraf: xref

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