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mecanica VPatilti{ti Automotive Informagao profissional Seasaasc eee Dae eA lg CENTRO DE DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA MECANICA Mu ec Para que um motor apresente boas condicdes de funcionamento, é imprescindivel que seus componentes internos trabalhem dentro de tolerancias estabelecidas pelo fabricante. Tais tolerdncias dizem respeito as especificacdes geométricas, metalograficas, fluidodinamicas, térmicas e dimensionais. Dentre elas, a tolerancia dimensional é a que possui maior relevancia, pois & 0 tinico fator passivel de intervencao para o reparador automotivo, apés a fabricagio do motor. Isso porque as dimensédes dos componentes internos, inevitavelmente, sofrem alteragdes devido ao uso e ao desgaste. Por esta razio, a tolerancia dimensional é também um dado que determina ou caracteriza a vida itil do motor. Os procedimentos corretos para desmontagem, inspego, andlise e montagem de motores exigem razoavel conhecimento de metrologia, para determinacao das dimensdes e folgas de trabalho corretas, coms quais os motores devem operar. © recondicionamento consiste em inspecao, andlise e operacées de usinagem aplicadas nas artes € nos componentes dos motores que sofreram desgaste, tais como arvore de manivelas, casquilhos, cilindros do bloco, émbolos, anéis, sedes e guias de valvulas “MecAnica 2000 - Motores”, neste seu primeiro volume, mostra as caracterfsticas técnicas do motor GM OHC “familia II", e as intervengdes necessdrias para manté-lo em perfeitas condigoes de uso. Este motor, de origem alema (Opel), & produzido no Brasil ininterruptamente desde 1982 e estdé presente em diversos veiculos Chevrolet. No sentido de fortalecer ainda mais esta parceria de sucesso entre 0 CDTM e 0 profissional de manutengao automotiva, esperamos que este manual possa auxilid-lo da forma mais eficaz, dentro do que é atualmente considerado atribuigdo dos reparadores no que tange as atividades de manutengo em motores, seus subsistemas e componentes. Um grande abraco da Mecénica 2000! [Corpo stra» Aptos woes Corpo editorial Diregdo geral: Marcley Lazarini Criacao e texto: Rodrigo Bekerman Apoio técnico: Amilton Rocha Administragao: Daniel Marques Coordenacao e marketing: Claudio Lazarini Programacao visual e capa: Pedro Bonneau Parceria Apoios Em ho 2 aa: SCHADEK Pe eb Ay. Sebastifio de Brito, 215 - D. Clara 31260-000 - Belo Horizonte - MG Automotive Televendas: (31) 3123-0700 CENTRO DE DESENVOLVIMENTO ‘DE TECNOLOGIA MECANICA www.mecanica2000.com.br esi > _— ~ 7 a — it I Sgan Motores GM Familia Il Indi Introdugao 1 5-Retifica 49 5.1 -Retifica da arvore de manivelas 49 1 -Apresentagiio do motor 4 5.1.1 -Casquilhos sobremedida 50 1.1-Omotor GM OHC Familia tt 4 5.1.2-Procedimentos operacionais na arvore 1.2-Familia Il 5 demanivelas 51 1.3- Fases ou geragées do motor 6 5.1,3-Mandrilhamento 54 1.4- Modificagées mais recentes 7 5.2-Cabegote 54 1.5-Motor GM DOHC 16 valvulas 7 5.3-Substituigao das guiasde valvula 55 5.4 Substituigao das sedes de valvulas 56 2-Desmontagem 10 5.5 -Retificae brunimento dos cilindros 58 2.1 -Desmontagem (remogao) dos componentes 10 5.6 -Substituigdo dos émbolos 59 domotor 2.2 Remocao do eixo comando de vélvulas 13 6 -Consideragdes sobre componentes do motor eseus ajustes dimensionais, 62 '3-Desmembramento dos componentes v7 6.1 -Arvore de manivelas 62 3.1 -Cabegote e componentes 17 6.2-Classesdimensionais ouclassesdeajuste 62 3.1.1 -Remogao das valvulas 17 6.3 -Selecdo de casquilhos da arvoredemanivelas 62 3.1.2-Guias de valvulas 21 Selecdode casquilhos Medida padrao (Standard) 63 3.1.3 -Sedes de valvulas 21 Selecao de casquilhos -Inframedida 0,25 64 3.2-Blocoe componentes 21 Selecio de casquilhos -Inframedida 0,50 65 3.3 -Cédigos do bloco do motor para drvore de 6.4-Consideracdes sobre casquilhos 66 manivelas e cilindros 28 6.5 -Embolos, pinos ebielas 68 6.6-Embolos e cilindros 68 4-Inspegao dos componentes 30 Pontos passiveis de folga edesgaste 30 7-Montagem 70 Inspecio visual 31 7.1 -Arvore de manivelas 70 Andlise dimensional 31 7.2-Anéisdesegmento 74 4.1-Empenamento da érvore de manivelas 32 7.3-Conjuntos émbolos-bielas 7 4.2-Conicidade dos colos dos munhées e moentes 7.4-Bomba de 6leo, tubo de succao, defletor (mancais principais e mancais de bielas) 32 dedleoecarter 87 4.3- Conicidade dos colos dos munhdes e moentes 7.5-Componentes do cabegote 88 (mancais principais e mancais de bielas) 33 7.6- Instalagio do cabecote 95 4.4- Folga radial entre os easquilhos e a arvore 7.7-Correia dentada, polia do eixo comando demanivelas 33 devdlvulase bombad’égua 105 4.4.1 -Identificagao da folga radial da drvore demanivelas 33 8-Partidae primeiro funcionamento 108 4.4.2 Identificagao da folga radial da arvore de ‘manivelas como.uso do Plastigage 36 —_-9-Apéndice- Dados téenicos 109 4.5 -Folgaaxial da drvore de manivelas 41 Observagies sobre o video 109 4.6- Folga axial da bielano moente 42. indice para dados dos motores 4.7 -Cabegote 42 GM Familia I DOHC 16V a2 4.8-Guiasde valvulas 42 indice para dados dos motores 4.8.1 -Folgaentre haste da vélvulae guia de GM Familia I OHC 8V 12 valvula 42 Procedimento 1 42 Procedimento 2 8 Procedimento 3 44 4.9 -Anéise émbolos 44 4.10- Comando de valvulas e carcaca 47 4.10.1 -Folga radial 47 4.10.2- Altura dos lébulos 48 4.10.3 Folga axial 48 Procediimento de reparagio 49 | Apresenagso do motor Puce Clg FE O motor GM OHC Os motores GM OHG “Familia II” jé séo familiares a muitos reparadores brasileiros. O nome “OHC” é uma sigla que significa Over Head Camshaft, ou comando de valvulas sobre o cabecote. © motor apresenta um conjunto compacto € equipa diversos veiculos, nas disposices transversal e longitudinal O bloco do motor é produzido em ferro fundido e ocabecote em aluminio. © comando de valvulas é fixado em um componente especifico, chamado “carcaga do comando”. Nao existem capas de mancais para 0 comando, pois a carcaca ja contém os alojamentos devidamente dimensionados para a fixagio ¢ lubrificagdo do eixo comando de valvulas. © cabecote possui fluxo cruzado: o coletor de admissdo e 0 coletor de escapamento estio localizados em lados opostos do cabegote. Devido & concepgiio do sistema de acionamento das valvulas, a camara de combustao apresenta valvulas de admissio e de escape em posigdes pee diagonalmente opostas, e ndo_alinhadas, As vlvulas e os dutos de admissao so localizados do lado direito do cabecote. As valvulas ¢ os dutos de escapamento so localizados do lado esquerdo do cabecote. ‘Vélvulas de admissio e de escapamento Tomando-se como referéncia a frente do motor, onde se localiza a correia dentada, a primeira valvula do primeiro cilindro é uma valvula de escapamento. A segunda valvula do primeiro cilindro é uma valvula de admissao. Esta ordem se repete para todos os cilindros do motor. Assim, nao existem duas valvulas de escapamento ou duas valvulas de admissio adjacentes. As molas das vélvulas de admissio sio apoiadas em “pratos” simples inferiores. Entretanto, os assentos inferiores das molas das valvulas de escapamento so “roletados”, ou seja: sao componentes com rolamento interno. para proporcionar as valvulas maior liberdade de giro durante 0 funcionamento do motor. Contudo, existem versdes deste motor cujos assentos inferiores das valvulas de escapamento também so constitufdos de pratos simples. Os tuchos deste motor sao elementos compensadores hidrdulicos das folgas das valvulas. O acionamento das vilvulas é feito por meio de balancins, cujas extremidades sto apoiadas, em um lado, nos tuchos hidrdulicos, e no outro lado, nas escoras localizadas acima das hastes das valvulas. Com essa configuracio ¢ possivel um tinico eixo comando de valvulas acionar valvulas localizadas em posicdes diagonalmente opostas no cabecote, sem a necessidade da utilizagio de um eixo de balancins. Sistema de acionamento de valvulas © valor do curso das valvulas, encontrado nas fichas técnicas deste motor e de outros com sistemas de acionamento de valvulas similares, ndo corresponde A altura dos cames do eixo comando de valvulas, pois existe a alteracio dimensional feita pelos balancins, que também atuam como bracos multiplicadores. Desta forma, cames com altura inferior a 7 mm proporcionam deslocamentode 11 mmnas valvulas. ‘Tuchos localizados fora da linha de acionamento das valvulas Os tuchos nao esto localizados acima da linha de movimento das valvulas. Com isso, 0 acionamento das valvulas se faz sem a necessidade de deslocamento dos tuchos, que acompanhariam 0 movimento linear das vlvulas caso fossem apoiados sobre as partes superiores das mesmas. Isso visa reduzir a inércia dos componentes, e minimizar a solicitagdo nas molas das valvulas. As velas de ignico estao localizadas préximas das valvulas de escapamento. A maioria dos motores GM OHC utiliza cabos de velas com protegdo térmica nas extremidades, voltadas para as velas. Porém, em algumas versoes deste motor, ‘Apresentacie do motor como no antigo Astra importado, 0 proprio cabecote contém um tubo externo de protegio para as velas. Também existem versoes com cabegotes que utilizam velas com sextavado de 21mm (a grande maioria) e sextavado de 16 mm, © bloco do motor € feito em ferro fundido cinzento. Possui drvore de manivelas com cinco mancais fixos (munhées). Como a configuragao do motor é de quatro cilindros em linha, a arvore de manivelas possui também quatro mancais méveis (moentes). A bomba de 6leo, de Iobulos, é fixada A parte frontal do bloco do motor por meio de parafusos. FE Familia Il Entende-se por “Familia II” uma linha de motores da General Motors, que j4 equipou os veiculos Astra, Kadett, Vectra, Monza, Ipanema, Omega, Suprema e Zafira. O motor “Familia I” é encontrado nas seguintes cilindradas: Motores “Familia II” 1.6 _ | Primeiro Monza 1.8 | Astra, Kadett, Ipanema e Monza produzidos a partir de 1987 2.0 _| Astra, Kadett, Ipanema, Monza, Vectra, Zafira, Omega e Suprema até 1995 2.0 16V | Vectra até 1996, Astra, Zafira 2.2__| Vectra, Omega, Suprema, S-10, Blazer 2.2 16V | Vectra, Zafira 24 | S-10, Blazer 2.4 16V | Vectra a partir de 2006 Exemplos de veiculos equipados com motores GM OKC “Familia I” = ‘Aprosntagae do mot ae Os motores “Familia II”, apesar de visualmente possuirem uma arquitetura parecida com a do motor Familia I, sao conceitualmente diferentes ¢ nao devem ser confundidos. O motor “Familia I", que surgiu no Brasil em 1994 equipando o primeiro Corsa, posstii variagées no deslocamento volumétrico, ¢ existe nas seguintes versdes: Motores “Familia |" 1.0 _ | velculos Celta, Corsa e Classic 7.0 16v | antigos Corsa 1.4 _| veiculos Celta e antigo Corsa 1.6 _| velculos Classic 7.6 16v | antigos Corsa GLS e Corsa Gsi 1.8 | veiculos Corsa, Meriva, Montana, Stilo, Palio, Strada 4.8 16y | veiculos Meriva e Stilo EF Fases ou geragées do motor “Fase IT” € 0 nome dado a segunda geracao do motor GM OHC, A nomenclatura “fase II” identifica que o motor é uma evolugio do “fase I", que equipou os veiculos Monza 1.6¢ 1.8 até 1986. Portanto, a grande maioria dos motores GM OHC que rodam no Brasil so da segunda geracdo, ou seja, “fase I” Ao elevar o deslocamento volumétrico (Cilindrada) para 2.0 litros, o fabricante também introduziu modificagSes no motor 1.8, com redugao global de peso, pela utilizagio de componentes mais leves e eficientes. As bielas ¢ 0s émbolos foram modificados, de forma a reduzir a razo entre o raio da drvore de manivelas e 0 comprimento das bielas (o mesmo principio aplicado na mesma época aos motores Volkswagen, ao passarem de motor MD 270 para motor AP“biela longa”). Os anéis dos émbolos tornaram-se mais finos e mais leves. As bielas e os émbolos do motor “fase IM” so aproximadamente 270 gramas mais leves que os do motor “fase I”. © bloco, a drvore de manivelas, os pinos dos émbolos e as bielas foram aliviados em seus pesos numa média global de 10%, Assim, as massas oscilantes foram reduzidas. sistema de lubrificagao também foi alterado; 0 volume de dleo especificado foi aumentado de 3,5 para 4,25 litros, e o bloco recebeu novas e maiores galerias de retorno de dleo, para melhor lubrificagao interna e maior agilidade de saida de 6leo das partes altas e quentes do motor. Dessa forma, buscou-se minimizar a formagao de borras nesses pontos. As galerias de arrefecimento também foram alteradas, visando reduzir o tempo de aquecimento dos motores a alcool. © cabecote teve sua face superior redesenhada para reduzir 0 volume de dleo acumulado e as valvulas foram redimensionadas para maior eficiéncia volumétrica. As valvulas de admisséo do motor 1.8, fase I, sio de 41,0 mm de diametro. Ja as vilvulas de admissao do motor 1.8, fase I, possuem 41,8 mm de didmetro. O didmetro das valvulas de admissio do motor 2.0 é 43,0 mm. A camara de combustao foi redesenhada para dutos de admisséo que otimizam o swirl (movimento da mistura no interior dos cilindros ao redor do seu eixo). ‘A razio de compressio do motor 1.8 litros a gasolina passou de 8,5:1 para 8, Os motores a alcool possuem émbolos com saliéncia na cabeca (topo). O didmetro e 0 comprimento do pino foram reduzidos para diminuic&o das massas alternativas. Os anéis tiveram suas massas reduzidas: a altura do primeiro anel de compressio foi mantida em 1,5 mm. A altura do segundo anel passou de 1,75 mm (fase 1) para 1,5 mm (fase II). O terceiro anel (raspador de 6leo) teve sua altura reduzida = de 4,0 mm para 3,0 mm. Estas modificagdes reduziram 0 atrito interno e as perdas causadas por ele. O anel da segunda canaleta (segundo anel) é do tipo Naiper: em movimento ascendente executa uma pré-raspagem do filme de éleo, a0 mesmo tempo que mantém a compressio. A fixagiio das capas das bielas, das capas dos mancais principais e do volante também sofreu modificagdes e adotou o conceito de torque mais, Angulo (torque angular). As capas das bielas passaram a ser fixadas somente com parafusos, sem porcas. A arvore de manivelas também foi modificada. Os contrapesos foram aliviados em relagéo aos da verso 1.8 anterior. © céirter de dleo, além da maior capacidade volumétrica, recebeu uma placa defletora para evitar a formacao de espuma. A junta do carter recebeu uma junta em “U” . Finalmente, outros componentes, como a polia do comando de valvulas, 0 rotor da bomba d’égua e tampa de valvulas também foram modificados. F Modificagées mais recentes Mesmo na fase Il, o motor ainda sofreu algumas modificagées importantes para o reparador. Na década de 1990, 0s parafusos do cabecote, que eram sextavados, passaram a ser do tipo Torx. Consequentemente, © torque especificado para aperto do cabecote também foi alterado. Nos motores com parafuso sextavado, 0 valor especificado de aperto consiste de 25 N.m iniciais mais 3 etapas de 60° (60° + 60° + 60°). Apés 0 motor atingir a temperatura normal de funcionamento, os parafusos deveriam receber um aperto adicional de 30° a 50°, sempre na seqiiéncia. Nos motores atuais, que utilizam parafusos Torx, © torque recomendado para aperto nos parafusos do cabecote é de 25 N.m em uma primeira etapa, seguidos de 3 etapas de 60° (60° + 60° + 60°) e por tiltimo uma etapa de 10°. E comum também encontrar recomendagao de aperto similar a do motor Familia I: 25 N.m, mais uma etapa de 180° e uma etapa final de 10°. Aorsertagio do motor Neste manual, bem como no video, Mecdnica 2000 recomenda o torque de 25 N.m + 3 etapas de 60° + 10°. FE Motor GM DOHC 36 valvulas © motor GM Familia II recebeu uma versio com cabecote 16 valvulas, apresentado inicialmente no Vectra GSi, na versio C20XE. A sigla DOHC significa Double Over Head Camshaft, ou duplo comando de valvulas no cabecote. Como beneficios da utilizagao de dois comandos de valvulas em um mesmo cabesote, neste motor, as camaras de combustao possuem duas valvulas de admissio localizadas em posigdes opostas as duas valvulas de escapamento. As velas de ignigao ‘ocupam posicao central nas camaras. ‘um comando aciona as de adiissio e outro as valvulas de escapamento. As valvulas séo acionadas diretamente pelos cames dos eixos comando de valvulas. Os tuchos, hidrdulicos, sao localizados entre os cames ¢ as valvulas. Os componentes do cabecote possuem dimens6es e massas reduzidas se comparados aos domotor OHC, ‘motor ila de escape do motor OHC, vlvula de admissao do motor DOHC e valvula de escape do motor DOHC. MI OHC e DOHC vistas por outro angulo. Ge ove ‘molas, retentores das mo pratos inferiores e valvulas. © motor Familia II DOHC 16 valvulas, langado inicialmente na versio de 2.0 litros, recebeu posteriormente um aumento em seu deslocamento volumétrico para 2.2 e 2.4 litros, pela adogio de drvore de manivelas de maior curso. As versées 2.2 e 2.4 litros possuem balanceador de vibracdes, localizado abaixo da Arvore de manivelas. Os detalhes de desmontagem, inspecéo e montagem deste motor so apresentados no video que acompanha este manual. Manutengao preventiva. i Encare essa EA INAV GEEANE! LIQUIDO e SPRAY Veja as caracteristicas que 0 seu veiculo pode apresentar sem fazer uma MANUTENCAO PREVENTIVA. Repare bem as fotos ANTES e DEPOIS da aplicagao do produtos ISO TECH para limpeza de injetores e descarbonizagao, elaborados com tecnologia de ponta para manter seu veiculo protegido. ANTES Coma sujeira e carvao nas camaras de combustéo, as valvulas sujas e os bicos injetores entupidos, seu | veiculo pode apresentar: F ©Perda de poténcia, principalmente pela falta de ie. Injetor com Se estanqueidade na camara de combustéo. ee ©Dificuldade nas partidas. ctelene uuncionamento irregular e com falhas. ‘@Substancial aumento no consumo de combustivel | DEPOIS ‘Aumento na emiss&o de gases poluentes. Com 0 corpo de borboleta, os bicos injetores, as valvulas de admissao e cAmara de combustao livres de crostas e sujeiras, seu veiculo agora vai apresentar: Menor consumo de combutivel. Melhor retomada na aceleragao. Partidas faceis, mesmo a frio. Marcha lenta reguiada ‘@Reducdo da emissao de poluentes. Vaivulas ‘com veda¢ao deficiente | | njetor com versace Vaivut ficiente lagao 2 | Desmontagem Antes de iniciar quaisquer servigos no motor, certifique-se de que todas as condigées de seguranca sejam atendidas. Faca uso de luvas de protecao nos procedimentos mecanicos e de luvas quimicas ao trabalhar com éleo, graxa ¢ combustivel. Utilize éculos de protecio ¢ nao permita a existéncia de fontes de calor préximo ao local de trabalho. Procedimentos operacionais Remova 0 motor do veiculo ¢ instale-o em um suporte especial. Em alguns casos pode ser mais facil a remocao do conjunto motor-transmiss4o, Nesses casos, apés a remogao do conjunto motor- transmissio, solte os parafusos de fixagio da transmissao € remova-a do conjunto. Prepare um recipiente para recolher 0 dleo do motor. Solte o bujéo de drenagem do carter e escoe todo o dleo do motor antes de iniciar as operacées de desmontagem. Remova também todos os sensores e chicotes elétricos envolvidos. Desmontagem (remocao) dos com ntes do motor Com o motor j removido do veiculo e adequadamente instalado em um suporte especifico, inicie as operagdes pela remogao do cabecote, conforme se segue: + Remova a correia de acionamento dos acessérios (micro-V ou trapezoidal). Nos motores equipados com correia micro-\, gire o tensor da correia no sentido hordrio utilizando uma chave 15mm, para aliviara tensao da correia; * Trave o volante do motor para que a drvore de manivelas nao gire no procedimentoa seguir; Sam 10 _ — Para travamento do volante do motor, 0 fabricante recomenda a utilizacio de uma ferramenta especifica, que deve ser aparafusada em um dos furos traseiros do bloco e encaixada na cremalheira do volante. Caso essa ferramenta no esteja dispontvel, o reparador pode optar por alguma outra forma improvisada de travamento do volante, mas tendo © cuidado para nao danificar seus dentes ou parafusos e mantendo a atencao para a seguranga. * Solte os parafusos dos coletores de admissio e descarga e remova-os; * Solte os parafusos de fixagio da cobertura anterior (externa) da correia dentada; + Remova a cobertura anterior (externa) da correia dentada; + Com uma chave 13 mm, solte o parafuso de fixacao do tensor da correia dentada e remova 0 tensor. Este procedimento eliminard a tensao da correia dentada; * Remova a correia dentada; Correia dentada removis + Remova os cabos das velas, as velas ¢ a bobina deignicao; + Remova as mangueiras de “ventilacao positiva do carter” (respiro de leo); * Solte os parafusos de fixagdo da tampa de vélvulas, obedecendo uma seqiiéncia iniciando das extremidades para 0 centro; * Remova a tampa de vAlvulas; + Com uma chave fixa 22 mm, trave 0 eixo comando de valvulas, fixando 0 sextavado existente entre os cames que acionam as valvulas do quarto cilindro do motor. Esse procedimento permitird a remocio do parafuso da polia dentada do comando de valvulas. Simultaneamente solte, com uma chave 17 mm, © parafuso de fixago da polia dentada do eixo comando de vAlvulas; Desmontagem + Solte os parafusos de fixagéo da cobertura posterior (interna) da correia dentadi * Remova a cobertura posterior da correia dentada; Travamento do eixo comando de valvulas Cobertura posterior da correia dentada removida “Remogio do parafuso de fixagio do ets comando de valvulas * Solte os suportes traseiro e superior do alternador ao coletor de admissao; * Solte os parafusos de fixacio do cabecote, obedecendo a sequiéncia indicada: - inicialmente afrouxe cada parafuso em % de volta, Em seguida, repita a seqiiéncia, afrouxando cada parafuso mais ¥2 volta. Remova os parafusos. Seqiiéncia de desaperto das parafusos do cabegote + Remova o parafuso da polia do eixo comando de valvulas; + Remova a polia do eixo comando de valvulas; Polia do comando de valvulas removida valvulas ird se deslocar ligeiramente para cima quando os parafusos do cabecote forem afrouxados, devido 4 agéo das molas das valvula: A Note que a carcaga do eixo comando de Desmoriager + Remova a carcaca do eixo comando de valvulas; ee ee le ane Carcaca do eixo comando de valvulas removida + Remova os balancins, os encostos das valvulas € Escora da valvula ostuchos hidrdulicos; Remogao dos balancins Remocao dos tuchos hidrdulicos Balancim 12 Tucho hidrdulico + Posicione estes componentes numa bancada de forma a nio permitir a inversio de nenhuma das posigdes para que, na montagem, eles sejam instalados em suas posicées originais. Se julgar necessirio, enumere-os com um marcador industrial; + Remova cuidadosamente 0 cabegote e acomode-o em posicao horizontal, sobre uma bancada plana. Cabegote removido Desmontagem Ao ser removido 0 cabecote, todas as vilvulas estarao fechadas. CAmaras de combustao com as vélvulas fechadas Careaca do eixo comando de valvulas + Remova os dois parafusos de fixacao da placa de retenciio do eixo comando de valvulas, localizada na parte posterior da carcaga do comando de valvulas; Desmontagem + Remova o eixo comando de valvulas pela parte Placa de retengao do eixo comando de valvulas posterior da carcaca; Remocio do eixo comando de valvulas (1) Parafusos da placa de retengio removidos "Remogao do eixo comando de valvulas (2) Observe a identificago do eixo comando de valvulas. Neste caso, a identificagio éJ. + Removaa placa de retencao; as . Remogao do eixo comando de vilvulas (3) Placa de retengio removida SS eal LS esc smererrmre e -Remogao do eixo comando de valvulas (4) ixo comando de valv lateral e frontal ae Ea ee Se = Remogao do eixo comando de valvulas (5) Vista posterior do eixo comando de valvulas + Limpe todas as pecas e acomode SOQUESGEGNN —_—_organizadamente os componentes. -vélvulas sem 0 eixo a eS Carcaga do eixo comando de esmoniager a Cabecote, comando e componentes do sistema de acionamento de valvulas Cabecote sem os balancins Cabegote e componentes do sistema Cabecote, comando, carcaga do comando e com- de acionamento de valvulas ponentes do sistema de acionamento de vilvulas Gb ibid Cabecote e componentes do sistema Cabegote, comando, carcaga do comando e com: de acionamento de valvulas ponentes do sistema de acionamento de valvulas 16 Cabecote, comando, carcaca do comando ¢ com- ponentes do sistema de acionamento de valvulas Cabecote, comando, carcaca do comando e com- ponentes do sistema de acionamento de valvulas Para melhor organizagao dos procedimentos, 0 motor deverd ser inspecionado em duas etapas: uma verificando 0 cabecote com seus componentes internos e a outra abordando o loco e os elementos nele contidos. |, rep ene Antes de iniciar as operagdes de desmontagem limpe externamente o cabecote e elimine 0 Deemamamente dos components excesso de dleo para facilitar a visualizacio dos componentes. Posicione cuidadosamente o cabecote em uma bancada apropriada, sem irregularidades ou superficies abrasivas. FE moo das valvulas Inicie o procedimento de remogao das valvulas do cabecote da seguinte maneira: + Com uma ferramenta espectfica ou um sargento para remocao de vilvulas, calce a cabeca da valvula na parte inferior do cabegote; Ferramenta apoiada na eabeca da valvula Ferramenta de remocao das valvulas posicionada y 3 + Simultaneamente, posicione a pata superior da ferramenta sobre o retentor da mola da valvula. 7 Desmembramento dos componentes Pata superior da ferramenta apoiada sobre o prato (retentor) da mola da valvula i Remogéo das chavetas de travamento da haste da valvula + Remova as chavetas de travamento da haste das valvulas; Chavetas da valvula removidas Nao posicione a pata da ferramenta sobre ahaste da valvula. * Acione a ferramenta e comprima a mola da valvula até que as chavetas de travamento fiquem expostas; Mola sem travamento ‘Mola comprimida 18 + Retorne lentamente a haste da ferramenta e * Removaa mola; remova-a; Remosao da mola Mola sem travamento Altura da mola nao limitada pelo travamento na haste Mola removida + Remova o retentor da mola: : + Remova o prato simples de assento Remogao do retentor da mola (prato superior) EVE O Digi ato Se mola, no caso da valvula de admiss } Para as valvulas de escapamento, o prato giratério de assento inferior deve ser removido apés a remogao dos vedadores. Alguns motores possuem pratos simples e no giratdrios de assento inferior das valvulas de escapamento, 19 Desmembrements dos componantes * Remova a cabecote; {ivula pela parte inferior do Remogdo da valvula: a haste deve ser empurrada para baixo... A valvula é deslocada no interior da guia até ser removida 20 Repita esta operagéo para todas as valvulas do motor. ‘Ao remover as vilvulas, coloque-as em uma disposicao que possibilite a facil identificagdo de cada uma delas. Posicione também as chavetas, as escoras, molas, retentores e assentos inferiores junto a suas respectivas valvulas. Se necessario, faga uma marca de identificacio em cada componente. + Com uma ferramenta especifica (um alicate apropriado) remova os vedadores de dleo das hastes das vélvulas. Caso nao disponha da ferramenta especifica, utilize ferramentas tradicionais para esta operagao com cuidado, para nao danificar as guias de valvula; Vedador de valvula ‘Remogao do vedador de valvula Pa. + Remova os pratos giratérios de assento inferior das molas das valvulas de escapamento. Posicione estes componentes junto A suas respectivas valvulas para possibilitar sua identificacao. EF Guias de valvulas 0 fabricante nao especifica o procedimento para remocio/instalagao das guias de valvulas. Esta operacio é realizada pelo retificadot. Consulte 0 item 5.3 deste manual. sl Sedes de valvulas Assim como as guias de valvulas, este é considerado um procedimento de retifica. Consulte o item 5.4 deste manual. FE Bloco e componentes Pistées, anéis, bielas e cilindros Apés a remocao do cabegote, limpe as rebarbas € depésitos da parte superior dos cilindros e do bloco do motor. (Odleo ja deve ter sido drenado) + Remova a engrenagem da drvore de manivelas; * Afrouxe os parafusos do volante do motor; + Remova a ferramenta de travamento do volante do motor; = EEE + Solte os parafusos do volante do motor; + Remova o volante do motor; + Faca uma marcago nos pistes, para identificd- os quando removidos. Utilize preferencialmente um marcador industrial; * Gire o motor; + Remova o filtro de dleo e descarte-o; + Remova os parafusos do cérter; Bata levemente com um martelo de borracha, para deslocar o cdrter. ‘Parafusos de fixagao do cdrter + Removao cdrter com sua junta; + Solte os parafusos de fixacao do tubo de succio (pescadorde dleo); Parafusos de fixagéo do tubo de suecio Parafusos de fixagao do suporte tubo de suc¢ao Defletor de leo + Remova osuporte do tubo de suegao; + Removao defletor de dleo; Suporte tubo de suegio removido Defletor de dleo removido + Removao tubo de succio (pescador de dleo); Vista inferior do bloco do motor, ainda com bomba de dleo, arvore de manivelas, Si cee capas dos mancais € das bielas. 22 * Solte os parafusos de fixacdo da bomba de dleo; Parafusos de fixacao da bomba de 6leo Dexmambramento dos componentes + Removaas capas das bielas; Capas das bielas removidas + Remova a bomba de éleo do bloco. Se necessirio, utilize cuidadosamente uma chave de fenda; Bomba de éleo removida + Removae descarte a junta da bomba de leo; + Remova o vedador da arvore de manivelas da bomba; + Limpe a bomba de éleo e a regio de assentamento no bloco; * Solte os parafusos das capas das bielas; * Observe se existe marcagdo nas capas das bielas. Caso no esteja visivel, ou entdo por seguranca, marque as capas das bielas, conforme a mart dos pistées, para ser possivel identificar a quais cilindros elas pertencem; + Remova as capas das bielas com seus respectivos casquilhos. Organize-os preferencialmente em uma disposigéo que permita facil visualizagio; * Com uma chave 18 mm, solte os parafusos das capas dos mancais fixos (munhdes); arafusos das capas dos mancais fixos (ou maneais principais) 23 + Procure a identificagao das capas dos mancais. Ascapas dos maneais principais dos cilindros 2.e 3 nao sao numeradas. Porém, como o terceiro maneal € de enéosto, nao ha possibilidade de confundi-los. Ainda assim, caso julgue necessario, marque as capas dos mancais principais, enumerando-os em ordem crescente a partir do primeiro cilindro; * Remova o vedador posterior da drvore de manivelas; Parafusos da capa do mancal traseiro removidos Vedador traseito da drvore de manivelas deve ser descartado apés removido. + Remova as capas dos mancais fixos (capas dos munhées); Capas dos mancais principais removidas * Remova cuidadosamente a drvore de manivelas e acomode-a sobre a bancada em posicdo vertical; Remogao da drvore de manivelas (© maneal traseiro (quinto mancal principal) oferece resisténcia para sua Temogao. Para auxilio nesta ‘operaciio, pode-se utilizar uma ferramenta espectlica ou 0 seus proprios parafusos, parcialmente introduzidos em seus orificios —y Arvore de manivelas removida + Remova os conjuntos émbolos-bielas. Se necessdrio, utilize um cabo de martelo (de madeira) que n4o danifique, nem marque os componentes. Apds a remocio, organize os conjuntos émbolos-bielas de forma que permita a visualizagdo de suas posig6es de trabalho; Remogio do conjunto émbolo-biela: empurre-o para cima... Desmembraments dow cormmaentes através da parte inferior da biela.. aué que os anéis saiam do bloco. A partir deste momento & possivel a remogao manual, 2B Desmembramento dos components pela parte superior do bloco.... Casquilho de biela _..com cuidado para nao arranhar as paredes dos cilindros. Os émbolos somente devem ser removidos pela parte superior do motor. + Remova os casquilhos das bielas e das capas das bielas. Limpe-os e posicione-os de forma que seja possivel a identificagao de suas posicdes de trabalho; Casquilho de biela Casquilho de biela + Remova os casquilhos das capas dos mancais principais e de seus alojamentos no bloco. Limpe- os e posicione-os também conforme jé descrito, numa seqiiéncia que permita a identificagao de suas posigées de trabalho; Observe que os casquilhos de mancais possuem um rasgo de lubrificacao. Casquilho de mancal com rasgo de lubrifieagao 26 Desmmembramento dos componetes Casquilho de mancal com rasgo de lubrificagao Casquilho central (terceiro mancal) Os casquinhos centrais superior ¢ inferior (ou b casquilhos do terceiro mancal) possuem flanges ORREES AUS GS EE ona laterais, que controlam a folga axial da arvore de ‘Possuem Inscricso,S TL. na face cxtemne, manivelas. Inscrigdo STD (Standard) Casquilho central (terceiro mancal) Medida-padrao Standard identificada pela ‘As flanges laterais controlam a folga axial inscrigao STD da drvore de manivelas a “lei Posicione todos os casquilhos de forma organizada sobre uma bancada, e inspecione-os visualmente quanto a descoloragdes que possam indicar deformacées ou empenamentos nos colos dos mancais ou na érvore de manivelas. do bloco do motor para manivelas e cilindros Depois do motor completamente desmontado, observe os cédigos existentes nas faces inferior e superior do bloco. Estes cédigos sao referéncias utilizadas pelo fabricante para ajustes dos conjuntos drvore de manivelas-casquilhos cilindros-émbolos. 0 eédigo na face superior do bloco se refere ao ajuste, durante a fabricagio, dos conjuntos émbolo-bielas, de forma que as tolerdncias dimensionais estejam restritamente dentro dos limites especificados em projeto, conforme a seguinte tabela: Gravagao no bloco Embolo selecionado 5 Padrao 00 6 Padrao 00 Z Padrao 00 8 Padrao 00 99 Padrao 00 00 Padrao 00 04 Padrao 02 02 Padrao 02 03 Padrao 02 o4 Padrao 02 05 Padrao07 | 06 Padréo 07 07, Padrao 07 08 Padrao 07 epg eer mre a crane: do bloco do motor de identificacao dos cilindros STD Os eddigos de identificagio das classes jimensionais dos cilindros so localizados préximo & numeragao do motor Neste motor, todos os cilindros possuem identificagao 0 (zero), que indica. que os émbolos a serem instalados no motor Standard (quando novo) devem também possuir identificacao 0 (zer0).. Desmembranent dee somponentos .. para que a folga entre os émbolos ¢ os cilindro: estejam dentro das especificacoes do fabricante, Observe também os cé¢ inferior do bloco, que se referem aos ajuste: executados durante a fabricacao, para a selk de casquilhos, que ser explicada mais adiante. Os e6digos do bloco para os casquilhos sA0 localizados na face inferior do bloco. s cédigos inferiores do loco do motor determinam as classes dimensionais dos maneais prineipais, Cada eddigo é localizado junto ao seu mancal de referéncia Neste exemplo, os cinco maneais prineipais do bloco apresentam identificacéo 0 (zero). 30 4 | Inspe¢ao dos componentes Um motor, ao longo de sua vida itil, realiza bilhGes de ciclos. Por possuir muitas pecas méveis, projetadas para trabalhar com estreita precisao, sofre inevitavel desgaste em seus componente. considerado normal o desgaste de alguns componentes, apés muitas horas de servico, dadas as variadas condicdes de temperatura, carga e velocidade a que 0 motor se submete constantemente. Entretanto, condigdes de uso desfavordveis ou manutengao inadequada aceleram 0 processo de desgaste dos componentes internos do motor, razées pelas quais, recomendamos a inspecio de seus componentes sempre que o motor for desmontado, mesmo que nao tenha sido aberto para fins de recondicionamento. ontos passiveis de folga e desgaste Cilindros e émbolos O desgaste entre os émbolos ¢ 0s cilindros se deve ao continuo deslocamento relativo e as elevadas forcas exercidas pela combustéo sobre os émbolos. Apesar de o sistema de lubrificagio do motor prover uma pelicula capaz de evitar o contato metal-metal entre os émbolos e os cilindros, é inevitavel que, apés elevada quilometragem, o motor apresente desgaste nesses pontos, caracterizado pelo aspecto nao- uniforme das superficies das saias dos émbolos e dos cilindros, redugao do diametro dos émbolos € da espessura de suas saias, assim como pelo desaparecimento parcial do brunimento dos cilindros, Arvore de manivelas e casquithos O desgaste nas superficies dos colos dos mancais da drvore de manivelas j € previsto pelo fabricante. A rotacao do motor, ao longo de sua vida titil, submetido as condigées variadas de carga e rotacao, somada as condicées criticas de lubrificagdo durante a partida e eventuais falhas na lubrificagao fluida entre arvore de manivelas e casquilhos, provoca o desgaste das superficies dos —— iene mancais da drvore de manivelas, caracterizado pela reducdo dos diametros dos colos e pelo aspecto irregular das superficies, com surgimento de ranhuras, marcas, escoriagdes e perda do acabamento superficial. Anéis de segmento e canaletas dos anéis Os anéis siio submetidos &s solicitagées térmicas severas, e suportam vibraces de alta freqiiéncia, Durante o funcionamento do motor, os anéis se apdiam alternadamente nas superficies superiores e inferiores das canaletas dos émbolos, sujeitos A temperatura e pressio existentes na cimara de combustio. Também promovem o amortecimento dos émbolos nos cilindros durante cada tempo de combustao, no instante em que os émbolos invertem seu apoio nos cilindros. Valvulas, sedes e guias A haste da vilvula deve trabalhar com folga determinada. Com o movimento ciclico de abertura e fechamento, é normal essa folga aumentar, devido ao desgaste interno nas guias ou nas proprias hastes das valvulas. As sedes das valvulas séo submetidas as forcas da combustio, ao movimento repetitivo de fechamento das valvulas e sofrem ataques quimicos provenientes docombustivel. Estes componentes devem ser inspecionados por meio de inspecao visual, medigées dimensionais metrolégicas e em alguns casos, testes especificos, que exigem equipamentos especiais ¢ normalmente nao vidveis de realizacio em oficinas mecanicas, como os testes de trincas em eixos. Porém, as avaliaces feitas visualmente ¢ metrologicamente so satisfatérias para uma boa conclusiio acerca das condi¢des do motor. DiS ‘A inspegao visual minuciosa é um dos mais importantes métodos de avaliagao do estado dos componentes do motor e de suas condigdes de trabalho. Permite também a identificacao de determinadas falhas, como fadiga, superaquecimento, desgaste irregular da arvore de manivelas (no caso dos casquilhos), ‘empenamento de bielas e lubrificacao deficiente. Para a correta inspegdo visual, todas as pecas devem estar limpas, isentas de dleo e de qualquer tipo de contaminagao. As posigdes de operagao de todas as pegas devem ser conhecidas, razo pela qual recomendamos a marcagio das pecas durante a desmontagem do motor, ou mesmo a organizacao em uma seqiiéncia que permita a identificago das posigdes de trabalho. Andlise dimensional Embora as especificagées técnicas do motor GM OHC Familia Il apresente algumas dimensées nominais com resolugio em décimos de milésimos de milimetro, Mecinica 2000 adotou como padrao a resolugio maxima em milésimos de milimetro. Isto por que nao é usual as oficinas reparadoras possufrem equipamentos com tal resolugéo e por considerar aceitdvel os procedimentos de medicio com utilizagao de ‘equipamentos tradicionais de metrologia. Para fins prdticos, os valores de folga e dimensionais sio aqui apresentados como passiveis de serem medidos com instrumentos tradicionais de metrologia: + Paquimetro universal com resolugio de 0,05 mm; + Micrémetros com resolucao de 0,01 mm, com faixas nominais de: - 0-25mm - 25-S0mm - 50-75mm + Base magnética de relégio comparador; + Relégio comparador com resolugdo de 0,01 mm; + Comparador de diametro interno com resolucao de0,01 mm; + Régua retificada graduada; * Calibradorde laminas. Somente algumas medidas, como empenamento da arvore de manivelas, ovalizacao e conicidade dos colos dos munhées e moentes, sao apresentadas em milésimos de milfmetro, visando fidelidade as prescrigdes do fabricante. Antes de iniciar os procedimentos de inspecao, limpe todas as pecas e seque-as com ar comprimido. Analise cautelosamente todos os componentes antes de optar pelo recondicionamento ou * substituicéo dos componentes. As pecas néo devem ser reinstaladas e/ou reutilizadas quando estiverem prdximas de atingirem seus limites dimensionais. —— ee Empenamento da arvore je manivelas Todos os componentes devem estar limpos ¢ isentos de impurezas que possam comprometer os resultados das medigées. 1 — Lubrifique os casquilhos superiores dos mancais principais 1 e 5 ¢ instale-os corretamente em seus alojamentos no bloco. Os outros alojamentos devem permanecer sem os casquilhos; 2 - Instale a drvore de manivelas. Somente os munhées (mancais principais) 1 e 5 devem servir de apoio para a drvore de manivelas. Gire manualmente a drvore de manivelas para obter melhorassentamento; 3-Instale um relégio comparador. Prenda a base do equipamento em uma superficie fixa, como na face inferior do bloco. A leitura sera feita no colo do mancal principal n° 3 da drvore de manivelas. Portanto, utilize os recursos do relégio comparador e posicione a haste (apalpador) no centro do colo do terceiro mancal_ principal (terceiro munhao); 4—Com o relégio comparador devidamente fixo, gire a drvore de manivelas lentamente. Efetue a leitura dos valores maximos e minimos acusados pelo equipamento. Tome nota desses valores e registre-o5; 5—Removao relégio comparador; 6—Remova a arvore de manivelas e os casquilhos dos mancais principais 1 e 5 previamente instalados. A diferenca entre os valores maximo e minimo identificados pelo relégio comparador nao deve exceder 0,03 mm (empenamento maximo). Caso o empenamento da arvore de manivelas seja superior a 0,03 mm, substitua a drvore de manivelas. RS 32 \Verificagdo de empenamento da arvore de manivelas a (© empenamento maximo nao deve exceder 0,03 mm. Conicidade dos colos dos munhées: e moentes (mancais principais e mancais de bielas) Com um micrometro devidamente aferido, faga a leitura do diémetro dos colos dos mancais em pelo menos trés pontos distintos: no centro e nas duas partes laterais da superficie. Tome nota dos valores encontrados. A diferenga entre os valores maximo e minimo nao deve exceder a 0,005 mm. Repita esse procedimento para todos os munhées emoentes da drvore de manivelas. — ‘Verificagdo do diémetro do mancal manivelas a manivelas ae outp ponto de mediato. A dferenga bntre‘os valores méximo e minimo a coniidade. Ovalizacao dos colos dos munhées e moentes (mancais principais e mancais de bielas) Com um micrémetro devidamente aferido, faga a leitura do didmetro dos colos dos mancais na parte lateral do colo. Registre o valor encontrado. Posicione agora o micrémetro a 180° da posigéio de medigao inicial. Efetue nova medigao nesse novo ponto e anote o valor encontrado. A diferenca entre o valor maximo e minimo nao deve exceder a 0,004mm. Refaca esse procedimento para a regitio central do colo e também para a outra lateral domesmo colo. Tome nota de todos os valores ¢ caleule a diferenca entre 0 diametro do colo em determinado ponto e o didmetro do colo no mesmo ponto, porém defasado em 180°. Em nenhuma situacao a diferenga deve exceder a 0,004 mm. Repita esse procedimento para todos os munhées e todos os moentes da Arvore de manivelas. gE Folga radial entre os casquilhos e a rvore de manivelas A folga radial 6 aquela existente entre os colos dos mancais da drvore de manivelas e os casquilhos, também popularmente conhecida como “folga de dleo”. E a dimens&o compreendida entre 0 eixo € seuapoio. Identificagao d di Fr irons ds eauveuiea Método 1 Para a identificagdo da folga radial entre os casquilhos e a drvore de manivelas, devem ser utilizados um micrémetro (para medicéo do didmetro de cada colo dos mancais da drvore de manivelas) e um comparador de didmetros internos, popularmente conhecido como “stibito” (para medigao do didmetro dos alojamentos com os casquilhos). A diferenga entre esses valores determinard a folga radial. O procedimento é 0 seguinte: Como micrémetro, faca a leitura do diametro dos munhées e dos moentes da drvore de manivelas. Para cada munhdo/mancal, efetue a medigo em dois pontos defasados 180°. Calcule a média dessas medidas. | Inspecdo dos components da drvore de manivelas ledicao do diametro do maneal fixo da drvore de maniveles da drvore de manivelas 4 Repita 0 procedimento para todos os munhées todos os moentes da Arvore de manivelas. Tome nota de todos os valores encontrados e registre os didmetros de todos os munhées todos os moentes. Sugerimos que siga a tabela abaixo: Didmetros médios dos munhes e moentes da drvore de manivelas: Arvore de | Primeira Segunda . manivelas | _leitura | teitura (180°) | M@d# Munhao 1 fa) Munhao 2 (b) Mundo 3 (©) Munhlo 4 (d) Munhao 5 (e) Moente 1 © Moente 2 (a) Moente 3 (h) Moente 4 @ Para a medigo da folga radial ou do didmetro interno dos alojamentos, instale tanto as capas dos maneais principais quanto as capas das bielas com seus respectivos casquilhos. Aperte todas as capas com os torques especificados: Capas dos mancais Sane eee principals: Capas das bielas 35 Nm+ 45° Nao instalea arvore de manivelas. Nao é necessdrio, neste momento, a utilizagdio de novos parafusos de fixagio das capas de mancais e capas de bielas. Para identificar 0 dimetro interno de cada par de casquilhos dos mancais principais, ajuste 0 micrometro na dimenso encontrada no diametro do munhdo correspondente © transfira essa medida para o comparador de diémetro interno Cstibito”). 0 diametro do primeiro munhao, previamente identificado na tabela anterior, deve ser utilizado para determinar a folga radial entre ele e os casquilhos do mancal fixo (e da capa de mancal) ntimero 1. O didmetro do segundo munhao deve ser utilizado para determinar a folga entre ele ¢ os casquilhos domaneal fixo ntimero 2, e assim sucessivamente. Faca a medicéo do diémetro interno dos casquilhos dos mancais principais. Mega cada casquilho em trés posigdes distintas. O valor minimo acusado pelo comparador em cada posicao deve ser registrado e deve ser calculada a média dos trés valores encontrados. Esse valor médio corresponde a folga radial da arvore de manivelas nesse munhfio (mancal fixo) avaliado. Repita este procedimento para todos os munhées da drvore de manivelas. ‘Amedigao do didimetro interno dos casquilhos deve ser realizada... ...com 0s parafusos das capas dos mancais apertados com os torques nominais utilizados na montagem. inapogbo cos componontce valor do diametro deve ser obtido em trés pontos distintos... preferencialmente defasados em aproximadamente 30°. Para identificar a folga radial entre os moentes (mancais méveis) e os casquilhos das bielas, execute o mesmo procedimento: transfira para 0 comparador de diametro interno cada valor médio encontrado durante a medigéo dos diametros dos moentes. Desta forma, o valor do diametro do moente ntimero 1 deve ser aplicado no comparador, para a medicio da folga radial entre ele e os casquilhos da biela do primeiro cilindro. 0 diametro do moente niimero 2.deve ser utilizado para identificar a folga entre o moente 2 € 05 casquilhos da biela do segundo cilindro e assim sucessivamente. 0s valores minimos acusados pelo comparador de didmetro interno em cada uma das trés medigbes de cada alojamento devem ser registrados. Tome nota de todos os valores encontrados. Calcule a média destes valores, somando-os e dividindo-os por trés, Registre a média encontrada 35 Isoogbo dos componentes Sugerimos que siga a tabela abaixo: Folga radial dos munhées e moentes da drvore de manivelas Primeira [Segunda] Terceira| Média medig&0 | medig&o | medigdo | as ata Alojamentos. De posse desses valores, caleule a folga radial de cada mancal da drvore de manivelas, subtraindo o valor médio do didmetro de cada alojamento do valor do didmetro do mancal correspondente. Sigaatabela: ‘Capa de mancal 1 Capa de mancal 2| Folga radial dos munhées e moentes da arvore de manivelas: Capa de mancal Arvore de | pitmetro médio do| Diémetro médo| Folga radial Capa de mancal4| ga radia coo rear manivelas | abjementa (rm) |domancal mm} (mm) Capa de biela 1 Munhdo 1] (A) @_ |A-@= caasepee’ Munhao2| (8) () | (B)=(b)= Capa de bile Munhao 3] (C) © |[(©)-© Munhao 4 (0) (d)__| (0)- (4) Munhao 5 (E) (e) (E) -(e) Repita esse procedimento em todos os casquilhos Moente 1 (F) (f) (F)-(f (de mancal e de biela). Os valores médios obtidos Moente 2 (G) (g)__| (G)-(9) correspondem a folga radial. Moente 3 (H) (ph) | (H)-(h) Moente 4 W @) [0-0 Obtém-se, dessa outra forma, os valores de folga Método 2 radial da drvore de manivelas. Outra maneira de se determinar a folga radial é subtrair do diémetro interno real de cada par de casquilhos os valores dos diémetros dos mancais ‘ou moentes correspondentes. Para tanto, deve-se conhecer os valores reais dos diémetros dos casquilhos. Esse método é recomendado caso 0 reparador nao disponha de um comparador de diimetro interno, mas sim de um medidor de didmetro interno, ou mesmo, caso se deseje conhecer os didmetros internos dos casquilhos. Nesse caso, efetue trés medigdes em cada um dos didimetros internos dos casquilhos, e calcule a média destas trés leituras, conforme a seguinte tabela: Didmetros internos dos casquilhos de mancais principais e de bielas : Primeira [Segunda] Tercsira Enianirins medicao | medi¢ao | medigao | Misia ‘Capa de mancal 1 @ ‘Capa de mancal 2 () ‘Capa de mancal 3 (o) ‘Capa de mancal 4 (0) ‘Capa de mancal 5 © Capa de biela 1 ) Capa de biela 2 (G) Capa de biela 3 (A Capa de biela 4 o SERS 36 Emnenhum mancal ou moentea folga radial deve extrapolar ao limite maximo de 0,041 mm. Se a folga radial estiver acima dos limites pré- determinados, a arvore de manivelas deveré ser retificada ou substituida. © raciocinio para selecio de casquilhos e direcionamento para operagées de retifica serd explicado mais adiante. Identificagao da folga radial da &rvore de manivelas com 0 uso do Pla: Outra maneira de se medir a folga radial é com a utilizagao do “Plastigage” Plastigage € 0 nome de uma ferramenta descartavel capaz de identificar faixas da folga radial da arvore de manivelas existente no motor. © Plastigage & um elastémero produzido com preciso e tolerancias micrométricas, que deve ser introduzido longitudinalmente entre 0 colo do moente (ou munhao) e a capa da biela (ou de mancal), com seus respectivos casquilhos. Para a utilizacdo do Plastigage, monte as capas das bielas € de mancais e seus respectivos parafusos. Aplique, entdo, o torque nominal de aperto nos parafusos para que o Plastigage se deforme e por fim remova novamente as capas de bielas e de mane Por possuir propriedades de esmagamento extremamente controladas, uma vez deformado devido ao torque aplicado nos parafusos, 0 Plastigage se achataré, 0 que permitira a identificagio aproximada da folga radial da Arvore de manivelas. Aembalagem do Plastigage possui uma escala que contém as faixas de folga acusadas pela deformagio dofio. "-Embalagem do Plastigage eure 7m ‘Foeala de folgas do Plastigage Diferentemente dos instrumentos de metrologia convencionais, o Plastigage nao necessita de aferigdes periddicas e oferece menos probabilidade de erros de leitura das medidas, como apalpamento incorreto ou erros de paralaxe. Outra vantagem do Plastigage é a faci visualizagio de conicidade nos colos dos mancais emoentes da drvore de manivelas, dispensando a tarefa de executar leituras em varios pontos do mesmo colo. Durante a aplicagao do Plastigage, os moentes e os munhdes devem estar isentos de dleo. Nao permita que a drvore de manivelas gire enquanto o Plastigage estiver aplicado. © procedimento para medi¢ao da folga radial com uso do Plastigage é0 seguinte: 1- Instale os casquilhos nos alojamentos do bloco, nas bielas, nas capas de mancais e nas capas das bielas correspondentes; 2- Instale arvore de manivelas no bloco; 3+ Posicione um pedaco de Plastigage no munhao/moente, em toda sua largura Preferencialmente posicione-o afastado do centro da capa demancal em aproximadamente 6 mm; ~ Plastigage posicionado sobre 0 colo do mancal da drvore de manivelas Ineperto dos componentes Plastigage esmagado pelo torque aplicado nos lastigage posicionado sobre 0 colo do mancal da parafusos das capas dos mancais drvore de manivelas 5 : P ‘A comparacio da largura do Plastigage esmagado 4 - Instale as capas dos mancais e aperte os eee ise coal parafusos com 50 Nm + 45° + 15°. No caso das capas de bielas, utilize novos parafusos de fixago, eaperte-os com 35 Nm + 45°; As capas dos mancais devem ser instaladas € seus parafusos apertados com o torque nominal de montagem para deformar corretamente 0 Plastigage possibilita a identificagao aproximada da folga radial da drvore de manivelas. 5 - Remova as capas dos mancais e efetue as medigées de folga, conforme a escala de medi¢ao fornecida com a embalagem do Plastigage. Compare a espessura da deformacéo do Plastigage com as faixas existentesnaescala. Observe que menores deformagées do Plastigage se devem a maiores folgas radiais. 38 A|LP esta completando sua linha de injecao eletronica. Sensor de posicao da borboleta =o Sensor de rotagao xf Atuador de marcha lenta / Motor de passo ALP atua no mercado produzindo diafragmas para carburadores e reguladores de pressao para injecdo ® eletrdnica, sempre acompanhando de perto os avancos tecnolégicos junto as necessidades de seu consumidor. 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Os parafusos das capas dos mancais devem ser apertados com o torque nominal de aperto - utilizado na montagem do motor-cujos valores so 50Nm + 45° + 15°. Fixe a base magnética do relégio comparador na face do bloco e encoste o apalpador na extremidade traseira da érvore de manivelas. Para medico da folga axial da drvore de manivelas.. ..a base magnética do relégio comparador deve estar apoiada no bloco Inapegto don componentes Procure deixar o apalpador do relégio comparador o mais paralelo possivel com 0 eixo longitudinal da drvore de manivelas. Aplique a pré-carga no comparador e zereo relogio. ...€ 0 apalpador deve ser posicionado no flange traseiro, paralelamente & arvore de manivelas. Todas as capas dos mancais principais devem estar instaladas e seus parafusos apertados com o torque especificado. Com uma alavanca apoiada entre as capas dos mancais principais e os contrapesos da arvore de manivelas, force a arvore de manivelas ao longo de seu eixo longitudinal, em ambos os sentidos. Jamais force a alavanca sobre as superficies dos colos da Arvore de manivelas. © valor da folga axial, identificado pelo relégio comparador, deve estar compreendido entre 0,05 mme 0,152 mm. a "Ao forgar a drvore de manivelas para frente e para tris, all Folga axial da biela no moente 0 procedimento € parecido com o de inspegio da folga axial da drvore de manivelas (item 4.5). Porém, além da arvore de manivelas instalada, as bielas também devem estar instaladas com seus respectivos casquilhos. Instale também as capas das bielas com seus casquilhos e aperte seus parafusos com35.Nm + 45° Fixe a base magnética do relégio comparador na lateral ou superficie do bloco e apéie seu apalpador na capa da biela. Aplique a pré-carga no relégio comparador e zere-o. Apdie uma alavanca entre o contrapeso da arvore de manivelas e a biela ou capa de biela. Force seu deslocamento em ambos os sentidos. valor observado no relégio comparador deve estar compreendido entre 0,07 mm e 0,242 mm. EF Cabegote Faca uma inspecao visual no cabecote do motor Observe o aspecto superficial das camaras de combustao, procure pela existéncia de trincas, confira a integridade das roscas das velas de ignicdo, observe 0 aspecto das sedes e guias de valvulas, bem como dos dutos de admissio e descarga, Observe também a superficie inferior do cabegote eseu acabamento superficial Com 0 cabegote bem limpo ¢ isento de residuos, verifique sua planicidade (empenamento), utilizando uma régua de ago adequada, sobre as posig6es longitudinal e diagonal. Observe a altura do cabegote, que deve estar entre 95,9mm e 96,3 mm. Caso o cabecote apresente um pequeno empenamento, é possivel seu aplainamento, desde que sua altura no seja reduzida para valores inferiores ao minimo especificado. Fe Guias de valvulas Folga entre haste da valvulae jia de valvula Procedimento 1 A maneira mais recomendada de medigo da folga entre a haste da valvula ea guia de valvula é a tradicional: com um micrdmetro, meca o diametro da haste da valvula nos pontos superior, central e inferior, e tome nota dos valores encontrados. Gire 0 micrémetro em 90° e efetue nova medida nos mesmos pontos. Tome nota novamente dos valores encontrados. Para medir 0 diametro interno da guia de valvula, transfira a medida média de didmetro da haste da valvula para um mini-comparador de diametro interno e insira-o na guia e faca trés leituras, nas posigdes superior, central e inferior. Procedimento de medigao da folga entre a guia e ahaste da valvula Rel6gio comparador de diametro interno inserido na guia de valvula Folga entre haste e guia ¢ a diferenea entre 0 diametro da haste da valvula eo didmetro interno da guia Caso 0 mini-comparador de diametro interno possua apenas duas pontas apalpadoras, gire-o 90° ¢ efetue novamente mais trés leituras nas Inapocte doa compenentos mesmas posicdes (superior, central e inferior) Tome nota de todos os valores encontrados. Calcule a média das leituras de cada medio efetuada, antes e apés o equipamento ter sido girado em 90°. Caso 0 equipamento tenha trés apalpadores e permita a identificacéo do didmetro interno da guia, efetue trés medig6es, nas posigdes superior, central e inferior da guia e tome nota dos valores obtidos. De posse destes valores, calcule a folga entre a haste ¢ a guia, subtraindo dos valores médios encontrados em cada ponto da guia os valores médios correspondentes de cada ponto da haste. Em nenhum ponto a folga deve estar fora da faixa especificada. Para as vilvulas de admissio, a folga deve estar compreendida entre 0,018 mme 0,052 mm. Para as valvulas de escapamento, a folga deve estar compreendida entre 0,038 mm 0,072 mm. © procedimento de medigao da folga deve ser realizado para todas as valvulas do motor. Procedimento 2 Um outro procedimento, nao recomendado oficialmente pelo fabricante mas extensamente utilizado e difundido entre reparadores, pode ser executado para identificar folga entre a haste e a guia, dada a pouca probabilidade de o reparador dispor de um reldgio comparador de diémetro interno que caiba no interior da guia de valvula. Para esta medio, insira parcialmente a vélvula em sua guia no cabecote e fixe a base magnética de um reldgio comparador no cabegote. Apdie o apalpador na cabeca da valvula e movimente-a em ambos os sentidos. Identifique o deslocamento pelo visor do relégio comparador e tome nota da variagao obtida. Porém, este procedimento pode levar a erros de medicio, caso haja irregularidades ou particulas entre a haste e a guia. Existe também a propagacao de erro de leitura devido ao néo paralelismo, que é desconsiderada neste caso. 43 Inaperto don componentos Procedimento 3 Algumas retificas utilizam ainda célibres especificos, do tipo “passa - nao passa”, confeccionados em tungsténio, para cada dimensio de guia de valvula, que possibilitam a identificagao da folga dentro ou fora da faixa especificada. Anéis e émbolos: Utilize um alicate expansor préprio para remover osankis dos émbolos. Remova o primeiro anel (de compressio). Abra 0 alicate somente o suficiente para que o anel seja removido, pela parte superior do émbolo. Remogio do primeiro anel Remogio do primeiro anel Remogao do primeiro anel Primeiro anel removido Observe que o primeiro anel (de compressio) possui seco de perfil retangular e uma inscricao “C” emsua face superior. Neste motor, o primeiro anel (de compressio) posstii seco de perfil retangular. 4 a ape a " Sere eee ‘Uma marcacio indica a face superior doanel Remogao do segundo ‘nel ae Removaem seguidao segundo anel. Abra oalicate Segundo anel removido somente o suficiente para que o anel seja removido, pela parte superior do émbolo. EEE —e- ‘Remogao do segundo anel Observe que o segundo anel possui um rebaixo em. sua face externa (conhecido como Napier). A face externa deste anel é também conica. Portanto, 0 anel é assimétrico, com seco de perfil cénica e rebaixo, que deve estar voltado para baixo. A arn = = inserico “C” ou “TOP” deve estar voltada para Remogto do segundo anel cima para o correto funcionamento do motor. segundo anel possui um rebaixo em sua face inferior ae ~ 0 pertil do segundo anel é assimétrico Observe a diferenca entre o primeiro e 0 segundo anel. Identifique a folga entre o émbolo e o cilindro. A folga deve estar compreendida entre 0,010 mm e 0,030 mm. Para medir a folga, mega com um micrémetro o didmetro do pistao, préximo a parte inferior da saia e em posicao perpendicular & do pino. Transfira a maior medida encontrada na saia do pistio para um comparador de didmetro interno e meca 0 cilindro referente aquele pisto. Identifique a folga e tome nota dos valores. Repita esta operagao para todos os cilindros e pistes. Inspecione também a folga entre as pontas dos anéis de segment Insira o anel no respectivo cilindro. Utilize um émbolo para posicionar o anel de forma perpendicular & superficie do bloco e desloque-o para o interior do cilindro, a aproximadamente 15 mm abaixo da superficie do bloco do motor. Com um raspador adequado, limpe os residuos de verniz e de carvao que possam estar alojados nas canaletas dos angis e cabeca dos émbolos. Desobstrua os sulcos e furos de dleo. Inspecione atentamente os pistdes quanto & integridade, existéncia de trincas nas paredes, canaletas, saias, etc. Observe o aspecto das superficies das canaletas quanto ondulacées. Com uma escova de ago, limpe as cabecas dos pistes e remova todos os residuos de carvéo que estiverem incrustados. Observe as cabecas dos pistes. Nao devem apresentar sinais de corroséo, danos, deformagées causadas por particulas s6lidas, etc. Sa 46 Pistdo utilizado para posicionar o anel no cilindro ‘Anel posicionado paralelamente a superficie do bloco Com um calibrador de laminas, meca a folga entre as pontas dos anéis, que deve estar entre 0,20 mm. a 0,40 mm para o primeiro e segundo anéis de segmento, e de 0,40 mm a 1,40 mm para os anéis daterceiracanaleta. Identificacao da folga entre as pontas dos anéis FF Comando de valvulas e carcaca Eixo comando de valvulas Pere | Inepepto dos componentas E ll Folga radial Com um micrémetro, mega o diémetro dos mancais do eixo comando de valvulas e tome nota dos valores. Medico do didmetro dos maneais do eixo comando de valvulas Transfira a medida encontrada em cada mancal para um comparador de didmetro interno. Faga a leitura da folga entre cada mancal do eixo comando de valvulas e seu alojamento. O valor acusado pelo relégio comparador identifica a folga radial do eixo comando de valvulas. ‘Alojamentos dos mancais do eixo comando de valvulas, internos & carcaca do comando a7 " Medigio da folga radial do eixo comando de valvulas Altura dos l6butos ‘Com um micrémetro, mega o diametro dos cames do eixo comando de valvulas nas posigées de maior e menor medidas. A diferenga matemdtica entre essas duas medidas ¢ a altura do lébulo do eixo. Repita esta operaciio para todos os Idbulos do comando de valvulas. a ian —__ " Medio do maior diametrodocamedo comando de valvulas " Medigio do menor didmetro do came do comando de valvulas FAIA steeax Oprocedimento de inspecio da folga axial do eixo comando de valvulas deve ser executado com 0 eixo devidamente instalado em sua carcaca. A placa de retencao deve ser instalada e seus parafusos apertados com o torque nominal aplicado na montagem do motor (8,5 Nm). a carcaca do comando de valvulas no motor em sua posigao de trabalho (sobre 0 cabegote), para que seja posstvel a fixacao da base magnética do comparador na lateral do bloco, pois as laterais do cabecote e da carcaca do comando sio de aluminio e nao possuem propriedades ferromagnéticas para a fixacéio da base do comparador. Para esta operacao os balancins nao podem estar instalados. A Se necessério, posicione provisoriamente | Posicione 0 apalpador do reldgio comparador na parte traseira do eixo comando de valvulas. Aplique a pré-carga no relégio comparador e force © eixo para frente e para trs. Os valores acusados no relégio comparador correspondem & folga axial do comando de valvulas. Procedimento de reparaca Caso os valores de folga radial e altura dos lébulos se apresentem fora da especificacao, sera necessdria a substituigio do eixo comando de vélvulas. Se 0 conjunto comando de valvulas € care apresentar folga axial excessiva, deve-se medir a espessura da placa de retencao e comparé-la com uma nova. Caso a diferenca de espessura entre a placa de retencio usada e a nova seja superior a0 excedente de folga axial do comando de valvulas, substitua a placa de retencao. Caso contrario, substitua 0 eixo comando de valvulas. Em alguns casos, sera necessdrio substituir 0 eixo comando de vilvulas e sua carcaga, para que os pardmetros especificados sejam restabelecidos. Em caso de substituigao, 0 eédigo de identificagao do eixo (no caso, identificado pela letra J) deve ser respeitado e deve ser providenciada a instalagao de um novo eixo comando de valvulas com cédigo semelhante. Identificagao "S’ no eixo comando de valvulas Pe) Apés a desmontagem completa e a inspegao criteriosa dos componentes do motor, pode ser necessaria a execucao de trabalhos de retifica em um ou mais de seus componentes. Este capitulo tem por objetivo a familiarizacéo do reparador com os procedimentos realizados nas empresas especializadas em retifica, procedimentos esses invidveis de serem executados nas oficinas mecdnicas automotivas propriamente ditas. Recomendamos especial atengéo A selegio da empresa que executaré tais servigos, uma vez. que o critério nos procedimentos e o zelo para com 0 produto, sobretudo nesta fase do proceso de recondicionamento do motor, afetardo de forma irreversivel as condicées do motor e definirdo 0 éxito de todo o proceso, bem como a vida itil do motor. EF Retifica da arvore de manivelas Caso a inspecdo dos pardmetros (folga radial, folga axial, empenamento, conicidade ou ovalizagao dos colos) da drvore de manivelas apresente um ou mais resultados fora das faixas especificadas, seré necessdrio substituir ou retificar a rvore de manivelas. A substituigo da drvore de manivelas é um recurso utilizado em tltimo caso, devido ao elevado custo desse componente. Somente sera necessiiria caso a Arvore de manivelas tenha sofrido danos irrepardveis, como trincas, ruptura, avarias profundas que nao seriam removidas com a retifica ou mesmo em caso de ja ter sido retificada o maior niimero de vezes possivel. Se nfo houver nenhuma dessas situages criticas érecomendado submeter a érvore de manivelas a um processo de retifica, uma vez que isto nao acarretaré. modificagdes na durabilidade do motor, desde que feita de forma criteriosa. a

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